Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Infância, família e creche: um estudo dos significados atribuídos por pais e educadoras
de uma instituição filantrópica
GOIÂNIA - GO
2006
45
CAPÍTULO 1
1.2 - Rumo a uma nova concepção de infância: a criança como sujeito social
Nem domínio do pecado, nem jardim do paraíso, a infância habita muito mais
como seu limite interior e fundante, nossa linguagem e nossa razão humana. Ela é
signo sempre presente que a humanidade do homem não repousa somente sobre
sua forca e seu poder, mas também de maneira mais secreta, mais essencial, sobre
suas faltas e suas fraquezas, sobre esse vazio que nossas palavras, tais como fios
num motivo de renda não deveriam encobrir, mais sim, muito mais, acolher e
guardar. É porque a infância não é humanidade completa e inacabada, é porque a
infância (...) nos indique o que há de mais verdadeiro no pensamento humano: a
saber, sua incompletude, isto é, também a invenção do possível (GAGNEBIN,
1997, p. 99)
1
O termo menor foi severamente criticado e repudiado por seu caráter estigmatizante e segregador. Ao
denunciar a estigmatização e a criminalização da criança e do adolescente das camadas populares, por meio
de estudos e pesquisas, os militantes na defesa dos direitos da criança e do adolescente contribuíram para o
crescimento da produção científica sobre o tema, como por exemplo: Altoé (1993), Gomes da Costa (1991),
Passeti (1991 e 1987), Pino (1987) Priore (1991) e Rizzini (1997, 1995, 1993).
51
2
A Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, no século XVII, foi gradualmente expandindo-se para
outros países da Europa e EUA, modificando assim suas relações sociais de produção e a maneira de viver
e pensar das pessoas. Este fenômeno ocorreu, posteriormente, no Brasil, ao final do Século XIX e início do
Século XX.
52
3
As concepções científicas de criança, que surgiram, principalmente no fim do Século XIX e início do
Século XX, tinham o objetivo de conhecer seu desenvolvimento da criança para melhor controlá-la, fazendo
com que ela passasse a ser o centro das atenções, na época moderna, em especial, nas sociedades capitalistas
ocidentais.
53
As crianças, que não podiam ser cuidadas e educadas por suas mães, passaram a
ser objeto de preocupação das sociedades e dos Estados, que criaram instituições para
suprir essa ausência. Essas instituições eram, inicialmente, mantidas apenas por obras de
caridade, com o objetivo de acolher as crianças abandonadas, como a roda dos expostos,
os asilos e orfanatos, as mães mercenárias e os lares substitutos. Esse acolhimento
realizava-se, principalmente, por meio de obras religiosas, que treinavam as meninas para
prendas domésticas e os meninos para serem homens honestos e trabalhadores,
ensinando-lhes um ofício e educando a ambos para serem bons cristãos e cidadãos
ordeiros.
Esse papel de assistência, que, historicamente, havia sido da Igreja e, depois, dos
filantropos, foi assumido, gradualmente, pelo Estado, que, pressionado pela sociedade
civil organizada em movimentos reivindicatórios e trabalhistas, transformou-se num
Estado Social.
É nesse contexto que se situa o surgimento das creches e salas de asilo, no Brasil,
sob a influência marcante dos saberes jurídicos, médico-higienistas e religiosos.
Constituiu-se, pois, num dos elementos de uma política assistencialista de controle sobre
os trabalhadores, ainda incipiente no final do Século XIX e início do século XX, dentro
de um conjunto de interesses políticos, que tinham a infância como principal eixo
articulador.
5
A respeito das Casas dos Expostos, ver Priore (1991) e Mello (2001).
6
No Capítulo II, deste trabalho, deteremo-nos mais no higienismo, ao analisar a trajetória histórica da
família urbana brasileira.
56
A criação das creches e jardins de infância não obteve o consenso dos educadores,
das instituições e da sociedade da época, pois se compreendia que a atribuição de cuidar
e a educar a criança pequena era, primordialmente, da família e da mãe. Segundo Vieira
(citado por KUHLMANN JR., 1998), mesmo os autores que defendiam a criação da
creche, a qualificavam com a expressão “um mal necessário”, para justificar a sua
implantação.
Apesar dessas controvérsias, a afirmação da necessidade das creches partia da
possibilidade de colaborar para que a mulher trabalhadora pudesse exercer o seu papel
materno. Os argumentos ao seu favor advinham dos saberes jurídico, médico e religioso,
que se aglutinavam na gestação de uma política assistencial, que tinha seu principal
sustentáculo na questão da infância.
58
7
Em 1929, o IPAI já possuía 22 filiais em todo o país, 11 delas com creches.
59
inaptidão lingüística, motora e social e uma incapacidade para aprender e progredir nos
estudos. Diante dessa concepção estigmatizadora, propunham-se várias políticas
compensatórias, dentre delas a educação pré-escolar, como forma de suprir as carências
do meio familiar e social da criança.
Essa compreensão da relação entre as crianças das classes populares e o fracasso
escolar, marcada pela ótica da carência, culpabiliza a vítima e “distorce o conceito básico
da ‘contradição’ inerente à sociedade de classes, em que a situação marginal e a não-
participação são elementos fundamentais para a manutenção da sociedade capitalista”
(KRAMER, 1995)
No processo de organização e luta da sociedade civil brasileira pela abertura
política e pela democratização do país, no final da década de 1970 e início da década de
1980, um novo conceito de infância consolidou-se: o de criança cidadã, sujeito de direitos
e prioridade da família, da sociedade e do Estado.
Pressionada por movimentos sociais, a sociedade política criou novas leis que
asseguraram à criança brasileira, desde o nascimento, o direito à educação. Entretanto, no
bojo das adequações neoliberais do Estado brasileiro, que ocorreram, na década de 1990,
esse direito lhe foi negado de diferentes formas, desde a inexistência de verbas destinadas
a efetivá-lo, às políticas aligeiradas de formação de professoras para essa etapa da
educação. Diante disso, permanece como desafio a luta a garantia do direito da criança
pequena à educação, em instituições que apresentem condições de assegurar-lhes os
demais direitos constitucionais.
8
Esse inciso da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional sofreu alteração por meio da Lei
11274/2006, que torna obrigatório o ensino fundamental a partir dos seis anos de idade e da Resolução
03/2005, que estabelece as normas para a ampliação do ensino fundamental para nove anos. Entretanto, os
vetos da Presidência da República aos artigos 1o e 2o, da Lei 11274 (que dispõe sobre a duração de nove
anos para o ensino fundamental, com matrícula a partir dos seis anos de idade) conservaram a redação
original deste inciso na Lei 9394/1996, com a justificativa que sua alteração feriria a Constituição Nacional.
A partir de então, foram emitidos vários Pareceres e Resoluções para elucidar como se dará a efetivação
destes preceitos legais. Entretanto, ainda permanecem várias dúvidas quanto à sua implantação,
principalmente, quanto à permanência das crianças de seis anos nas instituições de educação infantil.
65
nível superior – embora aceite, também, a formação no nível médio - e que a formação
continuada dos profissionais de educação deve ser assegurada pelos sistemas de ensino,
de modo a promover uma constante associação entre teoria e prática.
É nuclear, em toda essa mudança legal, a compreensão da Educação Infantil
como direito da criança e não apenas como uma forma de substituí os pais na sua guarda
e cuidado, enquanto esses estão trabalhando. A Educação Infantil passa a ser um direito
da criança pequena e deve ir para além daquela recebida de seus pais e sua comunidade,
no que se refere à sua abrangência e conteúdo. Além disso, essa etapa da educação, ao ser
considerada como a primeira da Educação Básica, passa a fazer parte do Sistema de
Educação. Esse processo tem trazido consigo uma reflexão maior sobre o profissional que
cuida e educa essa criança – seu papel e sua formação.
três esferas, assim como por uma série de ações não-governamentais realizadas no âmbito
da sociedade civil (SHIROMA, 2002).
9
Cury (2002), ao analisar o impacto da Emenda no 14/96 e a Lei no 9.424/96, que instituíu o FUNDEF,
afirma que a manutenção dos vínculos orçamentários constitucionais foi uma importante conquista para as
políticas educacionais, num momento em que os órgãos internacionais apregoam a retirada do Estado de
áreas sociais como a habitação, saúde e educação. Por outro lado, considerado o conceito de Educação
Básica, instaurado pela LDBEN, como direito de cidadania e dever do Estado, os recursos vinculados
deveriam estar voltados para a manutenção e o desenvolvimento da educação escolar cobrindo suas três
etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Desse modo, a focalização da política educacional
no ensino fundamental gratuito, obrigatório, presencial, na faixa etária de 7 a 14 anos, acaba por significar
o recuo quanto à universalização das outras etapas da educação básica.
68
Em 2005, foi apresentada pelo poder executivo a PEC 205/2005, que não incluía
as creches, atendendo à demanda de alguns setores dos governos estaduais. O projeto
original do governo incluía, no FUNDEB, apenas a criança de quatro a seis anos de idade
em pré-escola. Silenciava-se, porem, sobre a educação das crianças de zero a três anos,
em creche. Diante disso, houve grande mobilização nacional de várias entidades para
incluir as creches no FUNDEB.
A substituição FUNDEF pelo FUNDEB, apesar de trazer inovações
importantes, como a unificação em um mesmo fundo de todo a Educação Básica, mantém
a mesma lógica do antigo do ponto de vista contábil. Os debates realizados em torno da
PEC não modificaram duas questões essenciais do modelo de financiamento que orientou
o antigo recurso, no que diz respeito ao regime de colaboração entre os entes federados
para garantir uma política universalista de atendimento aos educandos. A segunda é
quanto ao papel da União, visto que o custo aluno/ano do FUNDEB está abaixo do cálculo
do critério legal.
Desde a implantação do FUNDEF, a União vem descumprindo o valor do Custo
Aluno Mínimo estipulado em lei, que corresponde à média nacional, o vem banalizando
a Constituição e o sistema democrático do País, uma vez que, até hoje, não houve
qualquer conseqüência ou penalização por esse descumprimento. É fundamental que a
União assuma um papel ativo e partícipe da garantia de padrões mínimos de qualidade
para o ensino público.
O controle social dos recursos do FUNDEF estava previsto para acontecer a
partir dos Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Acompanhamento e Controle
Social do FUNDEF. No entanto, a experiência tem mostrado a baixa eficácia de controle
social desses espaços. Considerando que o FUNDEB movimentará somas mais vultosas
de recursos, torna-se ainda mais indispensável que a lei determine a constituição de
instâncias e mecanismos de controle social efetivos e eficazes.
Para garantir uma Educação Infantil com a qualidade necessária, é
imprescindível, que se garantam recursos para a sua viabilização, portanto, para evitar
retrocessos, necessário se faz que as entidades da sociedade civil organizadas10 em defesa
10
Participaram representantes da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Mieib (Movimento
Interfórum de Educação Infantil do Brasil), Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente), Articulação de Mulheres Brasileiras, Ágere, Andi (Agência de Notícias dos Direitos da
Infância), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Omep (Organização Mundial
de Educação Pré-Escolar), Rede de Monitoramento Amiga da Criança, Fundação Abrinq pelos Direitos da
Criança e do Adolescente, Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Uncme
70
(União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação), Gife (Grupo Institutos, Empresas e Fundações),
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente, Instituto Ethos, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento dos Trabalhadores Rurais sem
Terra (MST) vários sindicatos, além de deputadas e senadoras da Frente Parlamentar dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
71
IV - BIBLIOGRAFIA
ADORNO, S. Criança: a lei e a cidadania. In: RIZZINI, I. (org.) A criança no Brasil hoje.
Desafio para o terceiro milênio. Rio de Janeiro: Ed. Universitária Santa Úrsula, 1993. p.
102-12
ADORNO, S. A experiência precoce da punição. In: MARTINS, J.S. (org.) O massacre
dos inocentes: a criança sem infância no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1991. p. 181-208
AGUIAR, A. R. de. O processo de aquisição de conhecimentos pela criança através da
linguagem, 2004. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Educação. Universidade Federal
de Goiás, Goiânia.
ALENCASTRO, L. F. de. Vida privada e ordem privada In ALENCASTRO, L. F. de.
(org. do volume) História da vida privada no Brasil: Império: a corte e a modernidade
nacional. São Paulo Companhia das Letras, 1997, p. 11 a 94. (História da vida privada no
Brasil: 2)
ALGRANTI, Famílias e vida doméstica In: SOUZA, L. de M.(org. do volume) História
da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo
Companhia das Letras, 1997, p. 83-154. (História da vida privada no Brasil: 1)
ALMEIDA, J. S. “Nada sei; nunca li letras”: as mulheres na educação escolar brasileira.
In. ALMEIDA, J. S. (org.) Estudos sobre a profissão docente. São Paulo: Cultura
acadêmica Editora, p. 116-170
ALMEIDA, J. S. Mulher e educação: a Paixão pelo Possível. São Paulo: Fundação
Editora da UNESP, 1998.
ALMEIDA, Ordália Alves de. Artefatos legais da Educação Infantil: dos direitos
conquistados aos direitos não garantidos. In: Ícone Educação. Uberlândia: UNITRI. v. 9,
n° 1e 2, p. 209-218, 2003.
ALTOÉ, S. De menor a presidiário: a trajetória inevitável? Rio de Janeiro: Ed.
Universitária Santa Úrsula, 1993.
ALVES, A.J. Meninos de rua e meninos da rua: estrutura e dinâmica familiar. In:
FAUSTO, A.; CERVINI,R. (org.). O trabalho e a rua: crianças e adolescentes no Brasil
urbano dos anos 80. São Paulo: Cortez, 1991.
AMAS. Família de crianças e adolescentes: diversidade e movimento. Belo Horizonte:
Associação Municipal de Assistência Social, 1995.
AMORIN, K., VITÓRIA, T. e ROSSETTI-FERREIRA, M. C. Rede de significações:
perspectiva para a análise da inserção de bebês na creche. In: Cadernos de Pesquisa, São
72
CAROSSI, E.G.M. As relações familiares e o direito de família no século XXI. In: Revista
da Faculdade de Direito, Caxias do Sul, nº 12, p. 47-66, 2001/2002.
CARVALHO, Luís do Nascimento. Infância e espaço urbano: significados e sentidos de
morar em posse urbana para crianças com idade entre sete a onze anos. 2006. Dissertação
(Mestrado em Psicologia) – Universidade Católica de Goiás, Goiânia.
CARVALHO, M.C.; PEREIRA, I. O protagonismo do movimento social de luta pela
criança. Revista do Fórum DCA, n.1, p. 07-10, 1993.
CARVALHO, Maria do Carmo Brant de (org.). A família contemporânea em debate. São
Paulo: Cortez/Educ. , 1995.
CASTRO, L. R. de Uma teoria da infância na contemporaneidade. In: CASTRO, L. R.
de (org.) Infância e adolescência na sociedade do consumo. Rio de Janeiro: NAU Editora,
1999. p.23-53.
CASTRO, L. R. de Consumo e infância barbarizada: elementos da modernização
brasileira? In: CASTRO, L. R. de (org.) Infância e adolescência na sociedade do
consumo. Rio de Janeiro: NAU Editora, 1999. p.54-74.
CERISARA, A. B. Professoras de Educação Infantil: entre o feminino e o profissional.
São Paulo: Cortez, 2002.
CHARLOT, B. A mistificação pedagógica: realidades sociais e processos ideológicos
na educação. 2 ed., Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
CHATEAU, J. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5ed. São Paulo: Cortez, 2001.
(Biblioteca da educação. Série 1. escola, v.16)
CLÍMACO, A.A.S. Repensando as concepções de adolescência. 1991 Dissertação
(Mestrado), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC. São Paulo.
CIDH/OEA. A infância e seus direitos: no sistema interamericano de proteção dos
direitos humanos. São Paulo: NEV-USP
COELHO, V. P. O trabalho da mulher, relações familiares e qualidade de vida. In: Serviço
Social e Sociedade, nº 71, p. 63-79, set. 2002.
76
FREIRE, PAULO. EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE. 8 ED. RIO DE JANEIRO: PAZ
E TERRA, 1980.
78
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Infância e pensamento. In: GHIRALDEI JR, Paulo (org.).
Infância, escola e modernidade São Paulo: Cortez; Curitiba: Editora da Universidade
Federal do Paraná, 1997. p. 83 – 99
GAMBOA, S. A. S. A dialética na pesquisa em educação: elementos de contexto. In:
FAZENDA, I. (org.) Metodologia da pesquisa educacional. São Paulo: Cortez, 1985. p.
91-115
GARCIA, F. L. Introdução crítica ao conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1988.
GENTILI, P. A falsificação do consenso: simulacro e imposição na reforma
educacional no neoliberalismo. Petrópolis: Vozes, 2002.
GOMES DA COSTA, A.C. De menor a cidadão: notas para uma história do novo
direito da infância e da juventude no Brasil. Ministério da Ação Social: Centro
Brasileiro para a Infância e Adolescência, 1991.
GUIRALDELLI Jr, P. Infância, escola e modernidade. São Paulo: Cortez, 1997.
GRAMSCI, A. Concepção Dialética da História. 7 ed. Rio de Janeiro: Editora
Civilização Brasileira, 1987.
HADDAD, L. A creche em busca de identidade. São Paulo: Edições Loyola, 1993.
HORKHEIMER, M. Eclipse da Razão. São Paulo: Centauro Editora, 2000.
HORN, R. H. P. A educação infantil após a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional In: SILVA, E. B. da (org.). A educação básica pós-LDB. São Paulo: Pioneira,
1998.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento de cultura. 4.ed., São Paulo:
Perspectiva, 1993
IANNI, OTÁVIO. DIALÉTICA E CIÊNCIAS SOCIAIS. IN: BOGUS, M. L. M. E VÉRAS, M.
P. B. (ORGS.) EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS. SÃO PAULO: PUC, 1985. P.93-105
(SÉRIE CADERNOS DA PUC, N. 19)
JAEGER, W. Paidéia: a formação do homem. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família brasileira: a base de tudo. 5 ed. São Paulo: Cortez;
Brasília, DF: UNICEF, 2002.
KRAMER, S. Direitos da criança e projeto político-pedagógico de educação infantil In:
BASÍLIO, L. C. e KRAMER, S. Infância, Educação e Direitos Humanos. São Paulo:
Cortez, 2003. p. 51-82
79
LOWY, M. Ideologias e Ciências Sociais: elementos para uma análise marxista. 7ed. São
Paulo: Cortez, 1991.
LURIA, A.R. Pensamento e linguagem: as últimas conferências de Luria. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1987.
MACHADO, M. l. de A. Exclamações, interrogações e reticências na instituição de
educação infantil: uma análise a partir da teoria sócio-interacionista de Vygotski, 1993.
Dissertação (Mestrado em Psicologia da Educação). PUC – São Paulo.
MAGALHÃES, S. M. O. “Vós sois os arcos dos quais vossos filhos serão arremessados
como flechas (...)” um estudo sobre a socialização na infância – valores, princípios e as
possibilidades de um educar transformador, 2004. Tese (Dourado em Educação) –
Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Goiânia.
MANACORDA, M.A. História da educação da antiguidade aos nossos dias. 2.ed., São
Paulo: Cortez, 1989.
MARCELINO, N.C. A sala de aula como espaço para o jogo do saber. In: MORAIS, R
de. (org.) Sala de aula: que espaço é esse? 7 ed., Campinas: Papirus, 1994. p. 59-70.
MARCELINO, N.C. LAZER E EDUCAÇÃO. 2 ED., CAMPINAS: PAPIRUS, 1990.
MASON, D.T.; LUSK, M.W. Meninos e meninas "de rua" no Rio de Janeiro: um estudo
sobre sua tipologia. In: RIZZINI, I. (org.) A criança no Brasil hoje: desafio para o terceiro
milênio. Rio de Janeiro: Ed. Universitária Santa Úrsula, 1993.
MAZZOTTI, T.B. A ideologia da infância. Revista Didata, n.8, p. 23-51, 1978.
MELLO. S. L.Família: perspectiva teórica e observação factual. In: CARVALHO, Maria
81
MOURA, E.B.B. A infância operária e o acidente de trabalho em São Paulo: In: PRIORE,
M. de (org.) História da criança no Brasil. São Paulo: Contexto, 1991.
NEGRINE, A. Aprendizagem e desenvolvimento infantil: simbolismo e jogo. Porto
Alegre: PRODIL, 1994.
NICOLACI-DA-COSTA, A. M. Sujeito e cotidiano: um estudo da dimensão psicológica
do social. Rio de Janeiro: Campus, 1987.
NOVAIS, Fernando. Condições da privacidade na colônia. In: SOUZA, L. M. História
da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo
Companhia das Letras, 1997, p. 14-39. (História da vida privada no Brasil: 1)
NUNES, B. F. Sociedade e infância no Brasil. Brasília: Editora da Universidade de
Brasília, 2003.
NUNES, D. G. A infância dos pobres no Brasil da modernidade In: Inter-Ação: Revista
da Faculdade de Educação da UFG, Goiânia: Editora da UFG, 27 (01), p. 31-46, jan.-
junho de 2002.
OLIVEIRA, S. M. L. Crenças e valores dos profissionais de creche e a importância da
educação continuada na construção de um novo papel junto a criança de 0 a 3 anos In:
Em aberto, Brasília, v. 18, n. 73, p.89-97, julho de 2001.
OLIVEIRA, Z.M.R. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez,
2002.
OLIVEIRA, Z.M.R. (org.) Educação Infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez, 1994.
OLIVEIRA, Z.M.R. Jogo de papéis: uma perspectiva para a análise do desenvolvimento
humano, 1988. Tese (Doutorado) USP São Paulo.
OLIVEIRA, P. S. O que é brinquedo. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.
PARO, C. R., MACHADO; M. C. S. P. e OLIVEIRA, M. L. M. Perfil da família
goianiense In: SOUSA, Sônia M. Gomes e RIZZINI, Irene (coord.) Desenhos de família
- Criando os filhos: a família goianiense e os elos parentais. Cânone Editorial. Goiânia,
2001. p. 117-136
PASSETI, E. O menor no Brasil Republicano. In: PRIORE, M. de (org.) História da
criança no Brasil. São Paulo: Contexto, 1991.
83
PASSETTI, E. O que é menor? 3 ed., São Paulo: Brasiliense, 1987. (Col. Primeiros
Passos).
PEDRO, J. M. Mulheres do Sul. In: PRIORE, M. de (org.): BASSANEZI, C. História
das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997. p. 278-321.
PERES, V. L. A. Famílias de Crianças em Situação de Rua: modos de vida,
relacionamento familiar e práticas educativas. 1997. Dissertação ( Mestrado)
Universidade Federal de Goiás. Goiânia
PERES, V. L. A. Desenhos de família In: SOUSA, Sônia M. Gomes e RIZZINI, Irene
(coord.) Desenhos de família - Criando os filhos: a família goianiense e os elos parentais.
Cânone Editorial. Goiânia, 2001. p. 73 - 94
PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975.
PIAGET, J. & INHEZDER, B. A psicologia da criança. 13 ed., Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1994.
PINO A. A questão do menor e o significado da infância na sociedade burguesa.
Educação e Sociedade. São Paulo, p. 28:32-50, dez. 1987.
PIMENTEL, S. Perspectivas jurídicas da família: o Novo Código Civil e a violência
familiar. In: Serviço Social e Sociedade, nº 71, p. 26-44, set. 2002.
POLLOCK, Linda A. Forgotten Children – parent – child relations from 1500 to 1990.
Newcastle: Cambridge University Press. 1983.
PORTUGAL, Gabriela. Crianças, famílias e creches: uma abordagem ecológica da
adaptação do bebé à creche. Portugal: Porto Editora, 1998.
POSTER M. Teoria Crítica da Família. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. São Paulo: Ed. Graphia, 1999.
PRIORE, M. del E VENÂNCI, R. O livro de ouro da História do Brasil. Rio de Janeiro:
Editoro, 2003.
PRIORE, M. de (org.) História das crianças no Brasil. 4 ed. São Paulo: Contexto, 2004.
PRIORE, M. de (org.): BASSANEZI, C. História das mulheres no Brasil. São Paulo:
Contexto, 1997.
RAGO, M. Trabalho feminino e sexualidade. . In: PRIORE, M. de (org.): BASSANEZI,
C. História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997. p. 578-606
REIS, J.R.T. Família, emoção e ideologia. In: CODO, W. (org.) Psicologia social: o
Homem em movimento. 7.ed., São Paulo: Brasiliense, 1989.p. 99-124.
REIS, José R. Tozoni. Cenas familiares: psicodrama e ideologia. São Paulo: Ágora,
1992.
84
SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 14 ed. São Paulo: Ática,
1996.
SOIHET, R. Mulheres pobres e violência no Brasil urbano. . In: PRIORE, M. de (org.):
BASSANEZI, C. História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997. p. 362-
400
SOUSA, Sônia M. Gomes. Infância contemporânea, cultura do consumo e subjetividade.
In: ARAÚJO, D. S. e BRAGA, M. D. A. (orgs.) Anais do V Seminário das Licenciaturas:
Sala de aula: desafios e perspectivas para a produção do saber. Cd-Room Goiânia: Editora
da UCG, 2006.
SOUSA, Sônia M. Gomes. (coord.) Infância, adolescência e família. Cânone Editorial.
Goiânia, 2001.
SOUSA, Sônia M. Gomes. Pesquisa: O significado da infância, educação e violência
para pais que cometeram violência física contra filhos (Relatório final). PIBIC, VPG-
UCG. Goiânia, 1999.
SOUSA, Sônia M. Gomes e PERES, Vannuzia Leal Andrade. Famílias de camadas
populares: lugar legítimo para a educação/formação dos filhos. In.: O social em questão:
Revista do Programa de Mestrado em Serviço Social da PUC – Rio, Rio de Janeiro: PUC,
v. 07, n. 07, p. 63-74. 2002.
SOUSA, Sônia M. Gomes e RIZZINI, Irene (coord.) Desenhos de família - Criando os
filhos: a família goianiense e os elos parentais. Cânone Editorial. Goiânia, 2001.
SZYMANSKY, H. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano
Editora, 2003.
SZYMANSKY, H. Viver em família como experiência de cuidado mútuo: desafios de
um mundo em mudança. In: Serviço Social e Sociedade, nº 71, p. 9-25, set. 2002.
SZYMANSKY, H. Entrevista reflexiva: um olhar psicológico sobre a entrevista em
pesquisa. In: SZYMANSKY, H. (org.), ALMEIDA, L. R. e PRANDINI, R. C. A. R. A
entrevista na pesquisa em educação: a prática reflexiva. Brasília: Plano Editora, 2002a.
SZYMANSKY, H. (org.), ALMEIDA, L. R. e PRANDINI, R. C. A. R. A entrevista na
pesquisa em educação: a prática reflexiva. Brasília: Plano Editora, 2002.
UNICEF. Fundo das Nações Unidas para a Infância. Situação da infância brasileira.
Brasília, DF, 2001.
UNESCO, OECD, MS. Educação e cuidados na primeira infância: grandes desafios.
Brasília: UNESCO Brasil, OEC, Ministério da Saúde, 2002.
VASCONCELOS, M. R. (org.) Educação da infância: história e política. Rio de Janeiro:
87
1986.
ZANELLA, A. V. Vygotski: contexto, contribuições à psicologia e o conceito de zona de
desenvolvimento proximal. Itajaí: UNIVALI, 2001.