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www.ramtha.com
www.vivermais.net
eISBN: 978-989-96518-0-7
v3.0_r1
ÍNDICE
I - Título
II - Direitos de Autor
III - Dedicatória
IV - Prefácio do Editor
V - Prefácio de JZ Knight
Capítulo 1: Introdução
Capítulo 4: Deus É
Glossário
Glossário - Figuras
Anotações
Bibliografia
Agradecimento
PREFÁCIO DO EDITOR
Toda a minha vida desde quando eu era uma pequena pessoa, ouvi
vozes na minha cabeça, e vi coisas maravilhosas que, para mim, na
minha vida, eram normais. Tive a sorte de ter uma mãe que era um ser
humano muito psíquico e que nunca condenou o que eu estava a ver.
Tive experiências maravilhosas durante toda a minha vida mas a mais
importante era este profundo amor que eu tinha por Deus e que havia
uma parte de mim que compreendia o que isso era. Mais tarde, na
minha vida, eu ia à Igreja e tentava compreender Deus do ponto de
vista da doutrina religiosa e tinha nisso grande dificuldade porque
estava como que em conflito com aquilo que eu sentia e sabia.
Ramtha tem sido parte da minha vida desde que nasci, mas eu não
sabia quem ele era e não sabia o que ele era, só sabia que havia uma
energia maravilhosa que caminhava comigo, e que, quando eu estava
em dificuldades – e tive muita dor na minha vida enquanto estava a
crescer – tinha sempre experiências extraordinárias com este ser que
podia falar comigo. Eu podia ouvi-lo tão claramente como vos posso
ouvir quando estamos a conversar. Ele ajudou-me a compreender
muitas coisas na minha vida que estavam para além do âmbito normal
do que alguém daria como conselho a outra pessoa.
A primeira coisa que eu lhe disse – e eu não sei donde isto saiu – foi:
“Tu és tão belo. Quem és?” Ele tem um sorriso como o sol. É
extraordinariamente bem-parecido. Ele disse: “O meu nome é
Ramtha, o Iluminado e vim ajudar-te a atravessar a vala.” Por ser a
pessoa simples que sou, a minha reação imediata foi olhar para o chão
para ver se algo se tinha passado com o piso, ou então se tinham
deixado cair uma bomba. A partir desse dia ele tornou-se uma
constante na minha vida. E durante o ano de 1977 aconteceram uma
série de coisas interessantes, para não dizer mais. Os meus dois jovens
filhos conheceram Ramtha e tiveram experiências fenomenais, bem
como o meu marido.
Tentar vestir o meu corpo para Ramtha era demais. Eu não sabia o
que fazer. A primeira vez que tivemos uma sessão de canalização eu
estava com saltos altos e uma saia. Eu pensava que ia para a igreja. Por
isso vocês podem imaginar, se tiverem tempo para o estudar, como é
que ele se pareceria se vestisse um fato e tivesse tacões, coisas que ele
nunca usou na sua vida.
Bem, isto é a minha jornada e tem sido o meu caminho toda a minha
vida. Se não fosse importante e não fosse aquilo que eu tenho sido,
certamente, não estaria a viver no esquecimento a maior parte do ano
só para que umas pessoas viessem aqui ter uma experiência de Nova
Era. Isto é muito mais grandioso do que ter uma experiência de Nova
Era. Devo também dizer que isto é muito mais importante do que a
capacidade de meditar ou fazer yoga. Trata-se de mudar
completamente a consciência ao longo das nossas vidas, em qualquer
ponto, e ser capaz de desamarrar as nossas mentes e torná-las
ilimitadas de forma a podermos ser tudo o que podemos ser.
Portanto, o que eu quis foi vir aqui e mostrar-lhe que existo, que
amo o que faço e que espero que esteja a aprender com este professor.
E, mais importante ainda, espero que continue.
JZ Knight
CAPÍTULO UM
INTRODUÇÃO
“Não há outra redenção para a humanidade senão a de realizar a sua divindade. Vós
sois as sementes desta realização. Tudo aquilo que pensarem, tudo o que realizarem,
eleva e expande a consciência em todo lado. Quando vocês viverem aquilo que vieram
para compreender, em total proveito da vida que vocês escolheram, então permitirão
a outras pessoas verem em vós um processo superior de pensamento, uma melhor
compreensão e uma existência com mais sentido.”
— Ramtha
Eu vim para vos dizer que sois muito importantes e preciosos para
nós pois a vida que flui através de vós e o pensamento que vem até
cada um de vós – qualquer que seja a forma como o utilizem – são a
inteligência e a força da vida a que vocês chamaram Deus. É esta
essência que nos liga a todos, não somente àqueles que estão no vosso
plano, mas a todos aqueles em universos desconhecidos que ainda não
tendes olhos para ver.
Eu estou aqui para vos lembrar de uma herança que a maior parte
de vocês há muito, muito tempo esqueceu. Eu vim para vos dar uma
perspetiva mais vasta a partir da qual vocês possam raciocinar e
compreender que são verdadeiramente entidades divinas e imortais
que sempre têm sido amadas e apoiadas pela essência chamada Deus.
Eu estou aqui para vos ajudar a perceber que só vocês mesmos, através
da vossa sublime inteligência, criaram toda a realidade da vossa vida e
que, com esse mesmo poder, tendes a opção de criar e experienciar
qualquer realidade que desejeis.
Para vos impedir de me adorarem, não vim até vós no meu próprio
corpo. Em vez disso escolhi falar-vos através de uma entidade que foi a
minha filha amada quando vivi neste plano. A minha filha, que
graciosamente me permite usar o seu corpo, é o que se chama um
canal puro para a essência que eu sou. Quando vos falo, ela já não se
encontra dentro do seu corpo, pois a sua alma e o seu espírito
deixaram-no completamente.
Porque é que isto está a ser feito? Porque vocês são amados muito
mais do que alguma vez pensaram que o amor era e porque é tempo de
o homem viver uma compreensão mais grandiosa do que aquela
calamidade que o mergulhou na escuridão durante séculos, lhe tirou a
sua liberdade, dividiu povos e causou ódio entre amantes e guerra
entre as nações. É tempo de isso acabar. Chegou o tempo do homem se
aperceber da sua divindade e da imortalidade do seu ser e deixar de
rastejar pela sobrevivência neste plano.
EU SOU RAMTHA
“Eu já fiz de tudo. E por causa disso, entidade, ganhei sabedoria de tudo que alguma
vez fiz e nunca mais terei de o fazer de novo. Eu sou virtuoso, entidade, pois fiz todas as
coisas para me tornar aquilo que sou. Como é que sabe o que é o amor, entidade, até
ter odiado? Como é que sabe o que é a vida até estar no limiar da morte, e o sol irá pôr-
se mesmo que você esteja a morrer e os pássaros nem olharão para si. Você não sabe
isso até, realmente, chegar ao ponto de compreensão.”
— Ramtha
Isto era assim quando nasci neste plano. Eram os meus tempos. Em
que género de sonho estava eu? A chegada do homem à arrogância e
estupidez do intelecto.
Eu não culpei a minha mãe por eu não saber quem era o meu pai. Eu
não culpei o meu irmão por o nosso pai não ter sido o mesmo, nem
culpei a minha mãe pela nossa pobreza absoluta. Eu era ainda um
rapazote quando vi a minha mãe ser levada pelas ruas para lhe
roubarem a sua doçura. Depois de a minha mãe ter sido levada, eu vi
uma criança formar-se no seu ventre, e eu sabia quem era o pai. E vi a
minha mãe chorar, pois iria haver outra criança a sofrer pelas ruas
aquilo que nós tínhamos sofrido nesta Terra Prometida.
Como a minha mãe estava muito fraca para ter a criança sozinha, eu
ajudei-a a dar à luz a minha pequenina irmã. Eu buscava comida pelas
ruas, matei cães e animais selvagens e, à noite, roubei trigo dos
proprietários, pois eu era ágil. Alimentei a minha mãe, que por sua vez
amamentava a minha irmã.
Eu não culpei o Deus desconhecido pela sua falta de amor por mim.
Não o culpei por não amar o meu povo. Não o culpei da morte da
minha mãe e da minha irmãzinha. Eu não o culpei. Eu odiava-o!
Eu não tinha mais ninguém, pois o meu irmão tinha sido raptado
por um sátrapa e levado em servidão para a terra que mais tarde se
chamaria Pérsia. Aí foi abusado para o prazer do sátrapa e para
satisfação daquilo a que se chama os desejos sexuais.
Voltei a olhar para o sol. Ele nem sequer reparara que ela tinha
morrido. Continuei a olhar para ela enquanto a enterravam debaixo de
um alto choupo perto do rio.
Eu exigi ao vento que voltasse para onde eu estava, mas ele só se ria
nas suas rajadas pelo desfiladeiro. Depois de a minha cara se ter
tornado azul de tanto eu ter gritado ordens, sentei-me no chão e só
então é que ele voltou e soprou suavemente sobre a minha cara. Isso é
liberdade.
Para além do vento, pensei eu, o que mais pode dar ao homem uma
tal liberdade de movimento, um tal poder; que nunca pode ser
aprisionado pela natureza limitada do homem, que lhe permite estar
em todos os lugares em qualquer momento, e que, ao contrário do
homem, nunca morre?
Para mim o vento era a essência última, pela sua continuidade e pela
sua maneira livre de se mover e de tudo poder conquistar. Não tem
fronteiras nem forma. É mágico, explorador e aventuroso. Isso é
certamente o que mais se assemelha à essência da vida, a Deus. E o
vento não julga ou abandona o homem. Se o chamardes ele vem até
vós por amor. Assim deviam ser os ideais.
A primeira vez que isso ocorreu foi cerca de seis anos depois de ter
sido ferido. Em cada entardecer eu subia a esse planalto solitário e
sentava-me a admirar a lua, na sua palidez suave e a contemplar o
vento. Até que um dia chegou em que, para minha surpresa, me
encontrei muito alto no céu, e sem sequer saber quem era, ao olhar
para baixo.
Levou muito tempo até me tornar o vento outra vez, cerca de dois
anos, segundo a vossa maneira de contar o tempo. Dessa vez, isso
aconteceu não a observar o vento mas durante o descanso do sono. Eu
tinha louvado a fonte e origem de tudo, o sol, a vida, a poeira cor de
açafrão, a lua, as estrelas, o cheiro doce do jasmim. Quando fechei os
olhos eu estava de novo nos céus, como o vento.
Aprendi de algo que é constante, que não faz juízos e que é fácil de
compreender se a pessoa realmente quiser. Graças a isso eu não caí
nas mãos do pensamento alterado do homem, com a sua hipocrisia, os
seus dogmas, crenças supersticiosas e todos esses deuses
multifacetados que é necessário aplacar. Foi por isso que foi fácil para
mim aprender numa só vida neste plano aquilo que a maioria ainda
não compreendeu, pois buscam Deus através do ensinamento de
outros homens. Buscam Deus na autoridade dos governos ou das
igrejas ou nos ensinamentos da história em relação à qual ainda se têm
que interrogar sobre quem a escreveu e por que razão foi escrita. O ser
humano baseou as suas crenças, entendimentos, processos mentais e
as suas vidas em algo que, vida após vida, provou ser erróneo.
Contudo, o homem, tropeçando no seu pensamento alterado,
aprisionado na sua arrogância, continua obstinado na sua hipocrisia
que somente o leva à morte.
“O que é a ascensão? Levar tudo o que sou para a eternidade, como o vento. Se eu
tivesse dado ouvidos ao homem, entidade, eu tinha morrido naquela vida. Toda a
gente aqui morre, porque sabem que vão morrer e toda a gente aqui vive pelas
opiniões dos outros. Que tolice. Eu aprendi a amar-me a mim mesmo quando me
comparei a algo grande e majestoso. Ao que quer que seja que o homem no seu ser se
contemple, nisso se tornará, pois ele é o Deus escondido atrás da máscara da
humanidade.”
— Ramtha
Não voltei para vos contar os esplendores que estão além deste
plano, mas para vos ajudar a verem por vocês mesmos. Não através de
discursos filosóficos mas sim através de ensinamentos que soam tão
obviamente verdadeiros no vosso interior, que a vossa alma vos
persuade a tornarem-se o princípio divino que há tanto tempo
esqueceram. Até para que possam continuar como raça humana, é
muito importante que cada um tome consciência da sua divindade e
da de todos os outros. Pelo poder do meu ser e pelo amor que tenho
pelo vosso, ensinar-vos-ei como me ensinei a mim próprio, a voltarem
à vossa grandeza e glória. Na vossa alegria, eu rirei convosco. Quando
chorarem, mandarei um vento que vos seque as lágrimas.
Escolhi estar convosco através do corpo de uma mulher que foi nos
meus tempos a minha filha amada. Quando vivi no vosso plano, nunca
me casei. Mas, durante a marcha, muitas entidades davam-me os seus
filhos em sinal de reconhecimento. Havia aqueles que faziam queijo e
me davam o seu queijo e havia aqueles que faziam vinho e me davam o
seu vinho. Havia outros para quem a maior recompensa eram as suas
crianças e faziam delas doação à Casa do Ram. Para alguém que nunca
se tivesse deitado com uma mulher, eu tinha mais crianças que
qualquer outra pessoa que eu conhecesse. Essas crianças eram grandes
professores para mim, pois na sua inocência e pureza de espírito, as
crianças vivem uma verdade muito simples.
No dia em que ascendi, apesar dela não saber para onde eu ia, eu
prometi à minha filha que voltaria. Encarreguei-a de ir para uma terra
chamada Turk, onde ela viveu à minha espera até morrer. Mas eu não
voltei.
Só você pode ser o seu melhor amante. Só você pode ser o seu
melhor amigo e professor. Não há voz alguma que vos possa ensinar
melhor do que a vossa própria voz. Não há palavra escrita maior que a
vossa. O que sois hoje é a resposta a tudo aquilo que haveis desejado,
mas, se insistirdes em procurar fora de vós caminhos a seguir e
entidades para adorar, nunca vereis ou conhecereis a glória de Deus.
Só podereis realizar a vossa divindade, a vossa iluminação e o vosso
desabrochar através de vós próprios e do vosso amor declarado pelo
vosso ser. O único caminho para a paz, a felicidade e a plenitude é
venerar-se e amar-se a si próprio, pois isso é amar a Deus e amar-se a
si próprio mais do que a qualquer outro, pois isso vos dará o amor e a
perseverança que vos permitirá abraçar toda a humanidade.
Todos vocês têm sido governados pelo medo. Sempre tem sido
assim. O conhecimento permitir-vos-á abandonar o medo, de forma a
não estarem mais escravizados pelos desejos de outrem, mas sim a
viverem totalmente na vossa liberdade. Quando tiverem o
conhecimento terão a liberdade, sempre. Quanto mais contemplarem
sobre estes ensinamentos, quanto mais os aplicarem e experienciarem,
mais livres e alegres se tornarão.
Um dia – que poderá ser nesta vida ou nas que se seguirão – quando
o mundo já não tiver mais nada para vos oferecer, chegará um grande
vazio, um grande apelo e um grande desejo de vos tornardes tudo.
Então, também vós desejareis com expectativa o momento em que vos
podereis sentar na colina, onde o vento é como dedos fortes que
acariciam os vossos cabelos, onde os pássaros partem para ninhos
longínquos e onde o sol projeta os seus dardos luminosos pelos céus.
E, quando, tal como eu, se tiverem tornado vocês próprios, pois isso é
o mais importante, eu dar-vos-ei as boas vindas, lá onde o Ram
chegou, pois a porta para a liberdade, chamada conhecimento, existe
para todos vós que abram os vossos processos de pensamento a uma
compreensão mais vasta e que vivam esta compreensão não fora, mas
dentro de vocês próprios. Quando viverem isso, já não terão mais nada
a fazer aqui, estarão de partida para uma nova aventura. As aventuras
que estão para além deste lugar são mais grandiosas e espetaculares
do que podem imaginar. Vocês são tão maleáveis na luz que podem
viajar no espaço exterior ou no espaço interior até onde quer que
queiram ir.
DEUS É
“O pai nunca o julgou em qualquer momento da sua vida. Ele tem sido você mesmo e a
plataforma da vida sobre a qual você tem expressado intencionalmente o seu ser
divino. Ele deu-vos a maneira de ser única do vosso ego e a liberdade de escolha de se
tornarem naquilo que quiserem, de percecionarem a vida que ele é da forma que
quiserem percecionar.”
— Ramtha
Deus é uma energia que consome tudo e que está em tudo. É o vento
que sopra sobre a água, a mudança das folhas, a simplicidade da rosa
de cor intensa. Deus é os amantes enlaçados, as crianças que riem, o
brilho dos cabelos cor de mel. É o nascer do sol na manhã, a estrela
que brilha à noite, a lua que cresce e decresce no céu da meia-noite.
Deus é o inseto bonito, o pássaro humilde que voa, o verme feio e
insignificante. Deus é movimento e cor, luz e som. Deus é paixão. Deus
é amor. Deus é alegria. Deus é tristeza. Aquilo que é, tudo o que é, é o
que se pode chamar Deus Pai, a totalidade da vida. Aquele que ama
tudo o que é.
Vocês pensam que foram julgados pela vida? Nem pensar, pois se
Deus – que é o que vocês são – vos julgasse, estaria certamente a
julgar-se a si próprio. E porque faria tal coisa a inteligência suprema?
A força da vida a que vocês chamam o Pai nem sequer tem a
capacidade de julgar. Pois a vida não tem uma personalidade, com um
ego que se possa dividir a si próprio em facetas boas e más, certas e
erradas, perfeitas e imperfeitas. Se Deus tivesse um ego teria também
a capacidade de perceber a dualidade dentro de si.
Ramtha: Porquê?
Ramtha: É por isso que não quer morrer, pois acha que é para lá
que vai.
Estudante: Bem, eu não acho que vou para lá. Não acredito que
Deus me deixe ir para lá pois pedi perdão por tudo o que fiz de errado.
Estudante: Não, mas às vezes eu acho que ele não me ama. Talvez
eu sinta que porventura não fui perdoada. Contudo, sei que fui.
Ramtha: É isso?
Estudante: Sim.
Ramtha: Eram.
Estudante: Sim.
Estudante: Sou?
Ramtha: Certamente.
Não há nada que vos possa fazer sair do reino dos céus, pois não há
nada mais poderoso que Deus e do que a vida. Deus ama-vos para
sempre, pois ele é qualquer direção para onde se virem, qualquer
pensamento que abracem.
Digo-lhe que não vai para o inferno, pois esse lugar não existe. A
partida do seu corpo durará um instante. Depois estará por cima dele e
tornar-se-á de novo uma pura entidade de luz. Então chegarão
grandes mestres que a vão levar para um lugar onde poderá aprender
mais, onde poderá ver que aquilo que estou a dizer são grandes
verdades.
Jeshua não é responsável por vos salvar ou salvar a quem quer que
seja. Através da sua perceção de que era Deus vivendo na terra,
tornou-se o salvador de si próprio, que depois ensinou outros a
aperceberem-se da sua própria salvação através do Deus que estava
neles. Ele dizia a todos, “O que eu fiz, todos o podem fazer, pois o Pai e
vós sois um. O vosso reino não é deste lugar. O reino dos céus está em
vós.” Ele não falou do inferno, falou da vida e da sua beleza.
Mulher querida, ame a bela entidade que você é e o Deus que você é
e deixe de ler o seu livro insidioso. Saiba que o Pai vive dentro de si e
que você vai viver para sempre, pois vai mesmo. É assim que as coisas
simplesmente são. Além disso, o que é que o diabo faria de si quando
lá a tivesse?
Ramtha: Minha senhora, que tipo de Pai seria esse que criaria uma
tal entidade, um tal lugar e um tal medo e a faria a si sem defesas
contra tudo isso? Esse não é o Deus do meu ser e eu recuso reconhecer
uma tal entidade. Eu reconheço a vida, a qualidade de ser que é tudo o
que existe.
Deus é tudo, pois se houvesse uma coisa que não fosse Deus, a
senhora deveria perguntar-se quem teria criado isso. Tudo é o Pai,
pois tudo é a vida. E o Pai só conhece o amor. Nunca julgou nem a si
nem a ninguém, nunca. Ele não tem a capacidade de se alterar a si
próprio e tornar-se menos do que amor ou vida.
Ramtha: E é ódio?
Estudante: Ámen.
OLHAI DEUS
“Você ainda não sabe o quão belo é pois nunca olhou verdadeiramente para si próprio.
Nunca olhou para quem é e para o que é. Quer ver com o que é que Deus se parece? Vá
e olhe-se num espelho. Está a olhar diretamente para a sua face.”
— Ramtha
Vocês foram ensinados que Deus é uma entidade singular, que com
as suas mãos fez o céu e a terra e depois criou o ser vivo que é o
homem. Contudo, são vocês, seres dotados de inteligência divina e
livre arbítrio, que são os grandes criadores de toda a vida. Foram vocês
que criaram a aurora e o entardecer, e a beleza de todas as coisas que
existem. Foram vocês, em verdade, que criaram a notável criatura
chamada ser humano, para que vocês, que eram luzes brilhantes no
Vazio do espaço pudessem experienciar a maravilha das formas que
criaram.
Irmãos amados, aquilo que pensam que são, é somente a soma das
ilusões que têm vivido ao longo de milhares de anos. Vocês são mais
do que meramente humanos, muito mais do que essa criatura
limitada. Vocês são Deus. Sempre o foram, sempre o serão. Vocês são
os grandes e imortais criadores que têm vivido aqui, vida após vida,
para realizarem de novo esse grande conhecimento que permitiram
que vos fosse roubado.
Quem é você? Por que está aqui? Qual é o seu propósito e destino?
Acha que é somente uma criatura nascida do acaso, destinada a viver
uns anos e depois desaparecer para sempre? O que o faz pensar que
não viveu antes? Porquê agora? E porquê você?
Acham que os vossos pais vos criaram? Os vossos pais e mães são os
vossos pais genéticos mas não vos criaram. Numa compreensão mais
vasta, eles são vossos irmãos amados. Vocês têm a mesma idade que
eles, pois todas as entidades foram criadas no mesmo momento.
Todos nasceram quando Deus, o pensamento magnífico e admirável,
se contemplou e se expandiu no brilho da luz. Foi então que nasceram.
O vosso verdadeiro pai é Deus, o Princípio Mãe/Pai de toda a vida.
Acham que são o vosso corpo? Pois não são. O corpo é somente um
manto que representa a essência invisível que é a vossa verdadeira
identidade: a soma de atitudes e sentimentos chamada a vossa
personalidade, que existe dentro do vosso corpo.
Sabe o que você é sem as suas pretensões, sem as máscaras que usa,
sem a sua armadura de coração endurecido? No centro do seu ser,
você é de facto Deus. Deus, o grande mistério para a humanidade
nunca esteve fora de ti. Pois o que está por trás dos teus olhos – por
baixo dos teus finos linhos, para além da ilusão do teu rosto – é a
virtude invisível do pensamento chamado Deus, o ser da
personalidade que faz com que tu sejas tu. O Deus dentro de ti é a
inteligência sublime que te dá crédito e um enorme poder para criar. É
a maravilhosa força vital que sustém a tua vida para sempre e para
sempre.
Eminente Deus criador que você é, quem pensa que criou a sua
vida? Acredita que algum ser supremo ou forças fora de si têm
controlado a sua vida? Não é verdade. Pois tudo o que você foi, fez ou
experienciou é da sua inteira responsabilidade. Você, que tem o poder
de criar as estrelas magníficas, criou todos os momentos e
circunstâncias da sua vida. Você escolheu ser quem é, criou a sua
aparência, desenhou e destinou a forma como vive. Esse é o exercício e
o privilégio de se ser um Deus/homem.
Você cria a sua vida através dos seus próprios processos mentais,
pela forma como pensa. Tudo o que pensa, sentirá, e tudo o que sente
manifestar-se-á de forma a criar as condições da sua vida.
Tudo o que você pensou – todas as fantasias que teve, tudo o que
disse – já aconteceu ou está à espera de se manifestar. O pensamento é
o verdadeiro doador da vida, que nunca morre e nunca pode ser
destruído, é a sua ligação com a mente de Deus.
Desde há séculos que várias entidades vos têm tentado ensinar esta
verdade através de enigmas, de cantos e de escritos. Mas a maioria de
vocês recusaram acreditar nisso. Pois poucos querem assumir a
responsabilidade pelas suas vidas. Mas a verdade é que a forma como
este reino funciona é que tudo aquilo que pensarem – qualquer atitude
que tiverem em relação a si próprios, ao Pai ou em relação à vida – se
tornará realidade. Tanto nas coisas mais vis e feias como nas mais
refinadas e supremas, pois só vocês vêm diferença entre elas. O Pai só
conhece a vida. Pelo que vocês têm aquilo que dizem. São o que
pensam. São as vossas conclusões.
Quem sois vós? Sois o Deus que possui dentro do silêncio do vosso
ser a capacidade de pensar, de criar e de se tornar tudo aquilo que
quer ser, pois vós sois neste momento exatamente o que haveis
escolhido ser e ninguém vos impediu de o fazer. Vós sois quem decide
as leis da vossa vida, o criador supremo da vossa vida e das suas
circunstâncias. Vós sois verdadeiramente o governante supremo,
dotado de inteligência e sabedoria ilimitadas, que, nesta e noutras
vidas, até agora, haveis negado realizar completamente.
Esta vida é somente um jogo, uma ilusão. Tudo o que nela existe é
somente isso. Mas vocês, os jogadores, chegaram à conclusão de que é
a única realidade. Contudo, a única realidade, que sempre existiu e
sempre existirá é a vida, essa essência livre e contínua que vos permite
criarem os vossos jogos da forma que os querem representar.
Vocês são amados muito mais do que alguma vez imaginaram, pois
apesar de tudo o que façam, continuarão a viver. Então porque se
preocuparam? Porque lutaram? Porque se deixaram cair nas doenças e
aflição? Porque se limitaram? Porque não admiraram o esplendor do
nascer do sol, a liberdade do vento e o riso da criança? Porque não
viveram em vez de lutarem?
Vocês vão viver de novo muitas vezes. A semente de que são feitos é
perpétua, dura para sempre. Apesar das vossas incredulidades, da
forma como limitam o reino e de como se preocupam e desesperam,
há uma coisa que nunca poderão destruir: a vida. Por mais cegos que
sejam, por mais que recusem, vocês serão sempre vida, pois esse é o
valor chamado Deus, e isso é o que vocês são.
Saiba que tem valor. Que não há escalas para medir o seu valor. E
não há imagens para revelar a sua beleza. E o seu reino não tem fim.
“A morte é uma grande ilusão, pois aquilo que foi criado nunca pode ser destruído. A
morte só diz respeito ao corpo. A essência que habita e opera o corpo regressará em
breve e integrará outro corpo, se assim o quiser. Pois a força da vida que habita dentro
das paredes da carne é contínua. Lembre-se disso.”
— Ramtha
SERÁ QUE VOCÊS são menos do que as flores? Elas nascem de botões
cheios de vida que desabrocham com o calor dos raios de sol. A sua
essência maravilhosa enche o ar com um aroma que faz com que tudo
se alegre com a promessa de uma nova vida. Elas incentivam os
pássaros no seu voo, as abelhas que trabalham e o homem na sua
alegria e busca de amor.
A morte é uma grande ilusão, pois aquilo que foi criado nunca pode
ser destruído. A morte só diz respeito ao corpo. A essência que habita e
opera o corpo regressará em breve e integrará outro corpo, se assim o
quiser. Pois a força da vida que habita dentro das paredes da carne é
contínua. Lembre-se disso.
A sua mãe está agora num plano de grande sossego, que ela muito
desejava e precisava. Ela foi para o céu que ela chamou de acordo com
a consciência que tinha adquirido. Ela está agora no estado que
corresponde ao nível que é o seu, da mesma forma que vocês estão
neste momento no estado que corresponde a este plano. O seu nível é
o do quarto plano ou seja aquele que está em conformidade com a
atitude emocional do amor sentido mas não expresso. A sua mãe é
uma entidade muito sensível mas que, muitas vezes, não conseguia
exprimir os seus sentimentos. Você e o seu marido muitas vezes não a
compreenderam devido a ela ser incapaz de comunicar a maioria dos
seus sentimentos.
A sua mãe está agora num nível magnífico de ser e ela ficará aí todo
tempo que quiser. Quando ela imaginar um outro tipo de evolução, ela
começará a expandir-se a outros níveis de pensamento através do seu
corpo de luz. Ou então, se ela assim o quiser, regressará a este plano,
escolhendo os genes que lhe parecerão os mais adaptados à expressão
que deseja; ela continuará a progredir neste plano da matéria e
percorrerá o caminho que finalmente a levará ao sétimo nível de
compreensão.
Se a sua mãe decidir regressar aqui, ela poderá optar por nascer de
um dos seus filhos ou dos seus netos. Se ela voltar enquanto você é
viva, será como primeiro bebé da sua filha, se esta decidir ter filhos. Se
você se permitir fazê-lo, reconhecerá a sua mãe, pois quando olhar
para esta criança sentirá algo que transcende as aparências e o que é
óbvio.
Se a sua mãe está consciente de você? Sim, pois quando deixam este
plano, a vossa consciência intensifica-se e vocês podem pôr-se em
contacto com todos os níveis daquilo que são, pois já não estão
envolvidos na matéria densa. Estão numa densidade mais leve, numa
vibração mais alta; desta forma têm a capacidade de ver outros níveis
vibratórios que existem em paralelo ao vosso e que aparecem como
formas pensadas ou formas de luz. Pelo que a sua mãe está muito
consciente de você quando assim o deseja, também você quando
morrer estará muito consciente daqueles que estão aqui, se assim o
desejar.
A sua mãe está feliz? Se você não é feliz aqui, a sua infelicidade
amplificar-se-á quando morrer, pois quando você está sem o corpo,
está num estado de emoção e sentimentos puros, pelo que as suas
emoções se amplificam e intensificam. Mas a partir dessa ampliação
você aprende rapidamente a manifestar todos os níveis que precisa
para continuar a crescer na sua compreensão da alegria.
Esse é o único plano doloroso que existe, o plano das entidades que
acreditaram nesses ensinamentos que se tornaram um dogma. Aí,
podem ver irmãos vossos deitados e adormecidos em filas até ao
horizonte. Todos os outros planos são vida magnífica.
Saiba também, que a razão pela qual você verá a sua mãe como luz
não é porque ela seja mais do que você. A luz vem da velocidade que
irradia a sua essência; é essa velocidade que produz a luz. Também
você tem em si essa luz. Quando você vê a luz de uma entidade, é
porque ela vibra mais intensamente e está em interação com um plano
inferior.
Saiba que tudo o que você quer conhecer, você pode fazê-lo
simplesmente pedindo essa compreensão, escutando depois os seus
sentimentos, que estão dentro do seu ser. Tenha sempre confiança na
sabedoria dos seus sentimentos. Nunca vá contra eles nem tente
forçar-se a acreditar em algo que não sente por dentro.
Depois de se ter expressado neste quinto plano por uns tempos, ele
acabará por ponderar a essência da luz que envolve todas as coisas e
porque terá ele merecido estar ali. Muitos não se questionam porque
mereceram estar no Paraíso, meramente o aceitam. Mas, um dia ele
acabará por ponderar sobre a proveniência da luz e da música. Ele
começará então a ver uma esplêndida energia da força de vida, que
envolve a luz, a flora, os peixes, o lago e os salgueiros na sua cor canela
de Outono. Então ele começará a contemplar aquilo que é comum a
todas as coisas. Começará então a ver que nenhuma coisa é separada
das outras, que todas as coisas vivem num fluxo de unidade. Quando
ele começa a ver isso – quando ele tomar todo o amor que foi
compreendido e expresso e começar a contemplar a unidade de todas
as coisas e de todos os seres – então ele passará para o sexto plano de
compreensão.
O sexto plano do céu está para além das palavras, pois as palavras
não podem descrever como é que vocês – que acreditam estarem
separados da planta, do vento e daquele que está sentado ao vosso
lado – podem ser completamente unos com algo e contudo únicos e
separados daquilo com o qual são unos. O sexto plano é uma porta
para o sétimo, pois em tudo o que vemos e sabemos ser uma realidade,
nisso nos tornamos completamente. Desta forma, quando alguém só
vê Deus na unidade e vive nessa esfera de unidade, ele tornar-se-á
naquilo que vê e naquilo que vive. O superlativo e supremo desta
realização é o sétimo céu. A porta para esse céu é o sexto plano de
compreensão. Onde vemos aquilo em que nos vamos tornar: Deus,
razão pura, pensamento, vida e luz, a substância e a base da totalidade,
de tudo o que é.
Aquilo que surge do núcleo é você. Aquilo a que se chama você – que
sai do núcleo para contribuir para o espetacular do brilho – é alguém
que contemplou a ideia do núcleo e nele se tornou numa forma
singular contínua.
As minhas palavras são muito pobres, pois a vossa visão teria que ir
para além das fronteiras do espaço, do tempo e da medida, para além
das limitações da palavra falada, até chegar a uma compreensão
emocional. Mas posso assegurar-lhe, mestre, que à medida que você
evolui e expande o seu conhecimento – momento a momento, passo a
passo, de realização em realização – o panorama que vocês verão
tornar-se-á cada vez mais vasto e expansivo, até que a vossa emoção
abraçará tudo o que existe. Será então que sereis alegria. Isso é o
sétimo plano. Isso é Deus. É aí que todos eventualmente chegarão.
Estudante: Você disse que quando uma pessoa morre ela vai para
um certo lugar, ou céu, para retomar a sua terminologia, em função
das suas atitudes e que aí decidiria, se queria voltar aqui ou não.
Agora que a sua vida se revela no lago e que ele contempla o que vê,
o mestre olha para a entidade e diz-lhe: “Fiz bem.”
“Através do meu filho? Vou ser o filho do meu filho? Eu, o pai, vou
ser o filho do meu filho e ele o meu pai?”
“Com certeza. Quando viveste noutra altura, ele era o teu pai e tu
eras o seu filho, pelo que como vês, estás somente a repetir a mesma
coisa.”
O homem está ansioso, pois está a reconhecer coisas que lhe são
familiares. Escolhe então rapidamente tornar-se a criança. Lança-se
então e, num instante, esqueceu-se de quem era. A primeira coisa que
sente é a tosse na sua garganta e alguém a limpar-lhe os olhos e a
envolvê-lo em panos.
Mesmo como um bebé nesta vida, esta entidade já sabia como amar.
O que ele tinha que conseguir era ver Deus em si próprio e então
tornar-se Deus. Assim o fez. O nome desse ser era Buda.
MORTE OU ASCENSÃO
“A morte não é uma lei inelutável. É muito mais fácil deixar este mundo levando
consigo o corpo. Não se tem então que nascer para voltar para uma consciência que,
infelizmente, não aceita a memória anterior.”
— Ramtha
Cada entidade sabe antes de voltar aqui, que não está a voltar aqui
para ser a mulher mais bela ou a entidade rica ou o pobre miserável.
Volta aqui porque quer viver aqui e porque quer aprender
emocionalmente neste nível. Porque quer obter compreensões
emocionais que poderão preencher o seu ser. Este é o verdadeiro
tesouro das vossas experiências de vida, quer sejam aqui, quer em
outros planos ou dimensões. É a única coisa que continua com vocês
através da eternidade.
A entidade que a escolheu a si, mestre, era o seu bisavô. Está a voltar
através da linhagem que ele pôs em movimento há mais de um século.
O seu desejo de ter filhos permite-lhe voltar, pois agora tem um
veículo através do qual pode voltar. Essa entidade está na fila, por
assim dizer, para o fruto que você vai manifestar. Há muitas entidades
nesta audiência que têm entidades que as rodeiam no seu campo de
luz, que estão esperando em fila pelo ocorrer da conceção.
Para que tudo tenha a mesma densidade aqui, tudo tem que vibrar à
mesma frequência. Deste modo o seu corpo vibra à mesma frequência
que a cadeira em que está sentada. Este nível existe para si porque os
sentidos do seu corpo foram concebidos para percecionar as mais
baixas vibrações da luz, chamadas matéria.
A morte é uma grande ilusão. Como toda a gente neste plano pensa
que ela é inelutável ela tornou-se uma realidade. A única realidade,
entidade, é a vida, tudo o resto é uma ilusão. As ilusões são
pensamentos...que são jogos...e que se tornam realidades.
A morte não é uma lei inelutável. É muito mais fácil deixar este
mundo levando consigo o corpo. Não se tem então que nascer para
voltar para uma consciência que, infelizmente, não aceita a memória
anterior.
O seu corpo reage em função das instruções que você lhe dá. A sua
alma, que tem a sua sede muito perto do coração, governa todo o
corpo segundo as emoções que são sentidas. É ela que fornece ao
corpo as hormonas que ele precisa. A alma não exerce esta função por
si mesma mas sim de acordo com as suas atitudes e os seus
pensamentos. Por causa destes, as hormonas de vida deixam de ser
produzidas depois da puberdade. São depois substituídas pelas
hormonas da morte, de forma que o corpo começa a declinar,
envelhece e por fim morre. As hormonas da morte tornam-se ativas
através dos sentimentos de culpa ou de auto condenação e pelo medo
da morte. Neste mundo, a beleza está totalmente associada à
juventude dos traços físicos e não à juventude do espírito. O homem
chama a si a morte ao assinar os contratos de seguro para o seu
enterro. Ele assina contratos de seguro para proteger o seu dinheiro
em caso de doença. Faz todo o tipo de coisas que aceleram o seu
envelhecimento e a morte do seu corpo, pois tem totalmente a certeza
de que elas ocorrerão.
A maior parte das pessoas morrerão. Mas isso não significa que
acabarão. Significa unicamente que a máscara, que é o corpo, foi
retirada e que precisarão de encontrar um outro. Se escolherem voltar
a este plano, voltarão dotadas de uma consciência que facilite a sua
ascensão, e não tardarão a compreender e a admitir essa realidade.
Ramtha: Além disso, mestre, durante os anos onde vai criar o seu
irmão, não lhe diga que a vida será mais suave quando ele crescer. Isso
seria muito limitativo. Faça de maneira a que ele conceba que cada
instante da sua vida é importante. Deixe a esta criança o tempo de
crescer, de continuar criança por tanto tempo quanto ela o desejar.
Desta forma, você será uma bênção maravilhosa para um dos seus
amados irmãos e você participará na sua alegria de estar neste plano.
Assim seja.
CAPÍTULO OITO
CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO
Sem o vosso valor criador nada seria reconhecido por aquilo que é.
Para que serviria a vida ou a beleza das flores se não houvesse
ninguém para apreciar a sua beleza? Sem vocês elas não teriam
nenhum sentido.
Sem vocês este planeta que é vosso seria ainda uma massa informe
nadando nas sementes da criatividade. Sem vocês as estações nunca
teriam existido, as flores nunca teriam florescido, o sol nunca se
levantaria, os ventos nunca soprariam. Pois vocês criaram este reino
segundo os vossos propósitos e objetivos e todas as coisas nasceram de
bom grado a fim de glorificar o Deus que está em vós.
Quem teria concebido este magnífico lugar para vocês habitarem?
Só vocês o fizeram. Não são vocês criaturas de inteligência suprema?
São-no realmente, e não foi através da evolução, vocês sempre o
foram.
No vosso Livro dos Livros está escrito: “No começo era o Verbo e
tudo estava nele.” Muito impróprio. A palavra não era nada sem o
pensamento, pois o pensamento é a base e o criador de tudo o que
existe.
A vossa alma, que está situada dentro do vosso Espírito, é aquilo que
lhes tem permitido ser um princípio criador. Para se poder criar é
necessário ter a habilidade de manter na mente a imagem do
pensamento clara e firme em memória. Ao fazê-lo, poderão
contemplar o pensamento e expandi-lo de forma a dar-lhe os valores
criativos a que se chama realidade.
Por exemplo, para criar uma flor nova e única é preciso ter o
pensamento do nascer de uma flor. O pensamento de uma flor é tirado
do fluxo do pensamento contínuo, com que o Espírito ou a luz do
vosso ser é uno. Depois, o pensamento é guardado com exatidão na
alma como uma imagem na forma de emoção. Graças ao desejo vocês
poderão, a partir de então, lembrar-se da imagem do pensamento
‘flor’, contemplá-lo e expandi-lo, dando-lhe a forma, a cor e o tamanho
que desejarem. Poderão a partir daí criar uma flor única, quando o
quiserem. Mantendo o pensamento perfeitamente fixo na memória
poderão pintar a sua imagem perfeitamente.
Sem a vossa alma, vocês não poderiam expandir o Pai através das
formas criadas, pois vocês não poderiam imobilizar o pensamento de
forma a contemplá-lo e expandi-lo na criação. Aquilo a que vocês
chamam criação é realmente o valor da vida que sempre existiu. Não
há um princípio da criação nem certamente haverá um fim. E os
criadores da substância do pensamento são todos vocês, as entidades
de luz, os Deuses. Tudo foi criado pelos filhos a partir do pensamento
que o Pai é, e tudo aquilo que os filhos criam se torna o ser em
expansão do Pai.
Todas as coisas são criadas por aquilo que não tem velocidade –
pensamento – e expandindo-o naquilo que tem – luz – e depois
abrandando a luz até que se cria isto e aquilo e tudo aquilo que está à
vossa volta.
A maioria de vocês fazia parte dos Deuses que chegaram a este lugar
chamado Terra há muito, muito tempo, e que criaram e
desenvolveram toda a vida aqui existente. Durante milhões de anos,
segundo a vossa conceção do tempo, vocês tomaram do pensamento
que o Pai é, e, graças à vossa suprema inteligência e ao vosso poder
criador, vocês conceberam todos estes ideais de criação.
Tudo aquilo que criaram aqui não seria tão belo nem tão sublime,
nem teria razão de ser, senão tivesse o sopro de vida do seu criador
contido em si. Foram vocês que insuflaram nas vossas criações a
inteligência ou padrões de memória genética, chamada instinto. Foi
isso que deu às vossas criações um propósito para existirem e os meios
– através dos processos de reprodução e da partilha dos genes – para
que novas espécies pudessem evoluir. No entanto as novas espécies
continuariam a transportar a inteligência do instinto, o sopro da vida,
dos grandes Deuses criadores, que puseram em andamento os padrões
da evolução. É por isso que todas as criaturas vivas contêm a essência
divina que é a chispa da vida que partiu de vocês, os Deuses, os seus
criadores.
Com vista a poderem cheirar o perfume duma flor, a tocar uma flor,
para conhecer a sua beleza, experimentar o seu brilho, os Deuses
tiveram que criar um veículo material que vibrasse à mesma
frequência que a flor estivesse a vibrar. Foi por essa razão que os
Deuses criaram o corpo chamado homem, depois de terem criado
todas as outras coisas, a fim de poderem experienciar as suas criações
e de forma a poderem exprimir todo o seu poder criador através da
matéria grosseira – ou aquilo que se chama massa sólida – o
pensamento levado à sua forma mais baixa.
Vocês criaram tudo o que existe neste plano. É por isso que esta
realidade não estaria aqui se não fossem vocês. Vocês amam os
animais, pois foi através de vocês que eles receberam o sopro da vida,
vocês foram os seus criadores. Vocês amam as flores porque elas têm
em si os vossos padrões de beleza. Toda a vida os tem e tudo isso
devido a vocês.
Ramtha: Porquê?
Ramtha: Como é que ela pode ser tão detalhada? Como é que
alguém tem conhecimento das coisas que diz?
Estudante: Através da experiência.
Quem criou tudo o que vocês vêm aqui? Não foi Deus, o
pensamento. Foram vocês, os Deuses, a emoção que tomou o
pensamento e o sentiu e o manifestou nas formas densas da matéria.
Aquilo que vocês chamam realidade não se torna real até que um
pensamento seja abraçado pela emoção dentro da alma, de forma a
tornar-se um ideal de criação e depois expresso como uma forma
criada. São os sentimentos e os valores da emoção que dão
credibilidade e forma àquilo a que vocês chamam realidade. É assim
que o Pai cresce todo momento.
Estudante: Porque você diz que nós todos somos perfeitos, que
ninguém é mais que outrem e que a vida continua para sempre.
“Eu digo-vos que ser parte da humanidade é uma experiência sagrada, pois a condição
humana permite ter a experiência completa de Deus. Só depois de ter sido humano é
que poderá viajar até aos perímetros que abrangem a totalidade do reino dos céus.”
— Ramtha
Para mim, vocês são irmãos amados – não somente para mim mas
para todas as entidades de todos os universos, de todos os planos de
vida, visíveis e invisíveis – pois estamos todos ligados uns aos outros
pela graça, pela inteligência e sobretudo pelo amor, daquilo a que se
chama Deus, o pensamento prodigioso que sempre vos apoia e
mantém por toda a eternidade, apesar de todas as vossas
extravagâncias.
São vocês que dão realidade a todas as coisas, que contribuem para
esta plataforma chamada vida, que exaltam e glorificam este reino de
Deus. Vocês não sabem isso, porque sempre pensaram que eram um
pouco inferiores aos anjos. O que não é certamente o caso. Vocês não
compreendem bem ainda isso, contudo não tardarão a compreender,
porque em breve, a vida, os arco-íris, as cores, as luzes tornar-se-ão
uma lembrança que vos lembrarão daquilo que vocês verdadeiramente
são. A época que se aproxima chamar-se-á a Idade da Iluminação e,
nessa altura, como se terá tornado a vida aqui? Será compreendida
como uma experiência necessária para que alguém se torne na
compreensão de que é verdadeiramente uma parte da mente de Deus.
Quando tiveres adquirido esta inteligência, que aventuras te vão
aguardar? Terás toda a eternidade em que brincar. Terás à tua
disposição o infinito do pensamento para reavaliar e redistribuir os
elementos: matéria, tempo, espaço, distância, tu próprio.
O DEUS IDENTIFICÁVEL
“O Pai nunca pode ser identificado fora do vosso ser maravilhoso. Tentar fazê-lo seria
uma injustiça em relação a vocês próprios, porque estariam a procurar fora daquilo
que são para descrever algo que emana de dentro de vocês. O único meio que vocês
têm de identificar Deus é o de observar o que é o Pai em vós.”
— Ramtha
CADA UM DE VÓS, está neste plano por muitas razões, mas a razão mais
importante e nobre é a de compreender e amar o mistério maior de
todos, o ponto a que se chama o Ser. Eu refiro-me a esse ponto
apropriadamente como Deus, o Pai dentro vós, aquele que deu
realidade ao vosso princípio, aquilo através do qual vocês criam e
evoluem e aquilo que um dia vocês voltarão a ser.
Este Deus que eu amo, ao qual eu sirvo, pelo qual se realizam todos
os prodígios, é o movimento da vida na sua totalidade e continuidade.
Na continuidade do reino da vida, na sua existência eterna, só o Agora
é tudo o que existe. Neste Agora, neste instante específico, Deus é
todas as coisas tal como elas são. Também neste Agora, Deus é o
Estado de Ser de tudo o que é. E, nos Agoras que virão, Deus é a
pulsação de toda a vida contínua que nunca se divide – vibrantemente
vivendo, sentindo, expandindo-se, evoluindo - exprimindo o seu Ser.
Vocês estão aqui numa pequena galáxia. E se vocês pensam que são
a única vida que existe nela, são bastante arrogantes. Na vossa Via
Láctea por si só existem 10 biliões de sóis e cada sol tem planetas que
estão a permitir vida.
Deus é. Quando foi o início? Nunca houve nenhum. Deus sempre foi
o pensamento, o espaço, o Vazio que mantém as telestrelas e lhes dá
vida.
Todos falam do espaço como se não fosse nada. Mas qual é esse
poder que permite que todas as coisas estejam estabelecidas nos seus
sistemas orbitais? O que é que mantém a terra no Vazio? O que é que
mantém a Via Láctea e os seus 10 biliões de sóis? O que é que a
segura? O que faz com que o Sol se mantenha na sua posição? O que é
que permite a passagem de toda a matéria? Que estrada é essa tão
grande sobre a qual a luz avança? Vocês dizem nada? Mostrem-me um
nada capaz de manter 10 biliões de sóis e os seus sistemas solares.
Ser como Deus é, é ser como vocês são. Quando vocês simplesmente
são o Estado de Ser de vocês próprios, vocês são infinitos, ilimitados,
criadores, têm todas as opções. Vocês são a tolerância, são movimento,
são quietude, são alegria. Vocês são pura energia, poder direcionado,
puro sentimento, puro pensamento. Ser e amarem-se a vocês próprios
com todo o vosso ser e com toda a vossa respiração e permitindo a
virtude do vosso ser na vida, é ser como Deus é.
A DÁDIVA DO AMOR
“O amor, na sua forma suprema, é o desejo do Pai de permitir que a vida que ele é
continue em cada um de vocês. A expressão mais pura do amor é o livre arbítrio que o
Pai concedeu a cada um de vós, de forma que, através do exercício dessa vontade,
vocês explorassem as dimensões do pensamento e se expandissem em algo maior, o
que expande a mente de Deus.”
— Ramtha
NÃO EXISTE TAL COISA, como a vontade de Deus, para além da vossa
própria vontade divina. Se Deus quisesse que a vida fosse a
vulgaridade de uma expressão singular, ele nunca os tinha criado, nem
vos teria dotado da vontade que permite a cada um de vós exprimir o
vosso propósito único.
Para vos dar um exemplo do amor de Deus por vós, vamos olhar
para a criatura chamada serpente, um ideal que foi criado por um
Deus com o propósito de expandir a vida numa corrente de vida. Esta
criatura possui um corpo comprido e fino, com muitos músculos e
muitos ossos. Movimenta-se rapidamente e tem uma cabeça muito
grande e pode-vos morder com os seus dentes venenosos, em defesa
própria. Apesar de uma serpente poder fazer cair um gigante num
instante, qualquer homem é capaz de a cortar aos bocados ou esmagá-
la facilmente. Agora vamos considerar dois Deuses. O primeiro tem
uma mente científica, e vê a serpente como uma criatura magnífica,
pois ela é muito ágil, mesmo sem pés. Ela tem um padrão muito belo,
as cores da sua pele são muito bonitas e tem um maravilhoso
esqueleto que parece que nunca mais acaba. O segundo Deus aparece e
diz que a serpente é má e feia, é uma criatura malvada porque a sua
picada é perigosa, e pode matar um homem.
Para o Pai, o Estado de Ser de toda a vida, todas as coisas são puras
no seu estado de ser. Todas as coisas são inocentes na expressão da
vida que ele é. São somente as atitudes de cada entidade em relação a
qualquer coisa, que a faz bela, malvada ou feia. Somos somente nós
Deuses – que temos a faculdade criativa de tomar do pensamento que
o Pai é, contemplá-lo, e alterá-lo – que julgam uma coisa que é
realmente pura e inocente como outra coisa diferente de ser.
Então não é isso maravilhoso, que o Pai se tornará naquilo que vocês
observam e desejam que ele seja simplesmente através dos caprichos
dos vossos processos de pensamento? Em verdade assim é. Isso é
amor.
Não importa quão vil ou miserável percebas a vida que Deus é, Ele
continua a considerar-se como Ele mesmo. Continua a ser Deus.
Continua a ser puro e continua a ser amado. Essa promessa é
inabalável porque o Pai, em si mesmo, é completo, sem atitudes, ele
simplesmente é.
O amor que existe entre vocês e Deus não tem nenhuma condição.
Se o Pai censurasse, de alguma maneira, os vossos pensamentos ou
vos pusesse restrições na forma de experienciarem a totalidade da vida
que Ele é, então vocês não teriam a liberdade de continuar para
sempre a sua expansão. Nem teriam ganho a sabedoria das vossas
aventuras no pensamento, com o objetivo de compreender o amor e a
alegria que o Pai verdadeiramente é no seu estado supremo de ser.
Vocês viverão esta vida e todas as que virão de acordo com a vossa
vontade. Aquilo que vos deu a liberdade de fazer isso é aquilo que vos
ama, aquilo a que se chama o vosso Pai, Deus Todo-Poderoso, aquele
que tudo ama.
SOMENTE A VERDADE
“Há verdade em tudo, mestre, mas há refinamento em todas as coisas, pois cada
momento refina a verdade. É por isso que Deus não está num estado de perfeição mas
num estado de se tornar. Cada entidade progride continuamente na sua compreensão,
de forma a englobar uma verdade mais ilimitada. E qualquer que seja a sua
compreensão, momento a momento a momento, será a verdade tal como ele a vê, tal
como ele a conhece.”
— Ramtha
Por exemplo, você diz que não há certo ou errado e que Deus nos
ama apesar de tudo o que façamos. Num certo sentido, aquilo que
ensina faz sentido para mim, mas é muito diferente do que os outros
ensinam. Além disso, certas coisas que você ensina parecem-me um
pouco excêntricas, pois são tão diferentes daquilo que eu aprendi até
agora, ao longo da minha vida.
Ramtha: Primeiro que tudo, mestre, o que é que quer dizer com o
termo excêntrico?
Ramtha: Quando está a pensar estas coisas, não são elas reais? São
ou não uma realidade na sua consciência? Uma verdade em
pensamento?
Tudo é verdade, mestre. Não há nada que seja falso, pois todas as
coisas derivam do pensamento, que é Deus. E Deus não é um
pensamento formulado, ele é a realidade de todos os pensamentos.
Ramtha: O mundo que está lá fora, a que você chama real, mestre, é
somente a ilusão e criação da realidade suprema, que é a realidade
invisível que tem por nome pensamento e emoção. Como é que acha
que todo o vosso mundo surgiu? Foi criado pela imaginação e pela
fantasia. Quando se tornou uma realidade em forma material, isso
estimulou ainda mais a imaginação e a fantasia, pois uma puxa a outra
e ambas são verdadeiramente reais.
Que verdade está correta? Ambas estão. Elas estão ambas corretas,
pois cada uma expressa a verdade que a sua experiência e
compreensão lhes permitiu percecionar. Mas se alguém acredita que
só a sua verdade é correta, ele é limitado na sua compreensão.
Estudante: Mas, Ramtha, como é que pode sentir que algo é verdade
se isso não é apoiado por factos, ou se isso é possivelmente contrário
àquilo que a ciência descobriu ser verdade?
Ramtha: Mestre, não há nada que pode ser provado por aquilo a
que você chama factos, pois os factos mudam à medida que a
compreensão da humanidade evolui e muda. Tudo é conjetura, pois a
realidade está continuamente em evolução e a ser criada através do
pensamento e da emoção. Os factos são somente as manifestações
materiais atuais da consciência coletiva, pensamentos coletivos que
foram abraçados como emoção pelo conjunto da humanidade.
No que quer que seja que escolha acreditar, mestre, assim será.
Então a partir de agora só escolha o que lhe convém, aquilo em que
deseja acreditar.
Saiba que qualquer verdade que você criar na sua vida é suscetível
de ser modificada por si. Aquilo que lhe permite ser soberano é saber
que pode fazer e tornar-se tudo aquilo que desejar e saber que tem a
capacidade de mudar de ideias quando quiser.
Quanto tempo lhe levará para se tornar feliz? Somente o tempo que
é necessário para pensar em alegria e imediatamente se sentirá
radiante. Quanto tempo precisa para se sentir desesperado? Aquele
que precisa para pensar em desespero, e nisso se tornará. Qual é a
verdade subjacente a esse estado de coisas? Que você tem a capacidade
de escolha de se tornar qualquer destas coisas sempre que o desejar e
que pode modificar a sua expressão sempre que o desejar. É essa a
liberdade com que o Pai o ama. Quando souber essa verdade dentro do
seu ser, ultrapassará as suas limitações acedendo à sua divindade.
Assim, enquanto outros ainda se estarão a deixar governar por leis e
códigos morais e ideais, você será uma entidade livre, pois somente
pertencerá à sua verdade.
Lembre-se apenas disto: tudo aquilo que pensar ser é. Sempre que
acreditar em algo, isso tornar-se-á verdade como uma realidade
emocional dentro do seu ser. É por isso que todos estão sempre no
pináculo da verdade, qualquer que seja o seu ponto de vista. A sua
realidade criativa será sempre diferente da dos outros. Quando os
outros falham completamente em verem a sua realidade, é apenas
porque eles ainda estão tão submergidos nas ilusões da sua própria
realidade.
Esta verdade que lhe dou, mestre, permite-lhe ser mais ilimitado,
pois na sua virtude e contexto ela abraça a verdade de cada um e
permite a todas as verdades coexistirem em harmonia. Quando você
abraçar esta compreensão, poderá então dizer-se a si próprio, “Da
verdade que eu expresso, eu sou multifacetado na minha verdade. Não
sou uma só verdade mas toda a verdade. Então o seu fluxo criativo
deixará de ser inibido ou restringido por uma qualquer forma de viver
ou de ser.”
Ame atentamente aquilo que você é e escute o Deus que está dentro
de si, que fala com um tom muito subtil. Chama-se sentimentos. Os
sentimentos, se os escutar, dir-lhe-ão a verdade e o seu caminho para
a iluminação.
Viva a verdade que sente dentro de si. Viva-a e manifeste-a para que
ela seja testemunho da sua glória. Quando o fizer, então terá avaliado,
vivido e compreendido a vida a partir do seu ponto de vista. E
qualquer que seja a forma como a perceba, tudo estará bem. Seja o seu
próprio professor, o seu próprio salvador, o seu próprio mestre, o seu
próprio Deus.
“E quando o homem se libertar desta consciência restritiva com as suas leis, planos e
regras, encontrará a alegria e paz de ser, que lhe permitirão amar-se a si próprio e a
toda a humanidade e permitirá a todos prosseguirem na liberdade dos seus
propósitos. Então ele amará como Deus ama. Então ele será como Deus é, a
plataforma que nutre e apoia toda a vida. Que assim seja.”
— Ramtha
Estudante: Porque deve haver uma razão porque as coisas são como
são.
Ramtha: O único plano que o Pai tem é ser, de forma que todas as
coisas possam expressar a vida que o Pai é. Se ele tivesse um plano,
isso tirar-lhe-ia a si a liberdade de exprimir o Deus que está dentro de
si, o que lhe tiraria a sua singularidade e a sua capacidade de fazer-se
evoluir a si próprio e expandir o princípio de vida chamado Deus.
Este tapete peludo em que você está sentado, qual é a razão dele
estar aqui? Simplesmente porque é. Desta forma se insere no plano de
Deus, porque tudo o resto é. E qual é a razão porque este mestre
amado está aqui? Porque ele é. E este amado mestre, como é que ele se
insere no plano de Deus? Simplesmente sendo, assim como você está a
ser. E como é que eu me insiro? Eu sou, entidade. Eu sou, tal como
este tapete peludo é.
Estudante: Quer você com isso dizer que não há nenhuma forma
especial em que cada um deveria viver, que você pode ser e fazer tudo
que quiser, que vale tudo.
Ramtha: De facto. Esse é o amor que o Pai tem por vocês.
Estudante: Mas se podemos fazer tudo, não será que certas coisas
irão contra a lei de Deus, de que a Bíblia fala?
Ramtha: Meu querido mestre, o seu Pai amado não criou nenhuma
lei, senão uma, e essa lei é que expresse a sua vida de acordo com a sua
vontade soberana, pois só através do exercício da sua vontade você
expande a consciência de toda a vida, que é o que o Pai é. Se Deus, o
Pai, fosse um legislador, Ele tê-lo-ia negado a si e a Ele próprio a
liberdade de expressão que permite a evolução da vida e o seu
perpetuar. Ele ter-se-ia tornado uma fonte limitada, um acabar. A
eternidade nunca acaba, mestre.
Aquilo a que você chama a lei de Deus, tal como escrita no vosso
Livro dos Livros, são muitas leis, pois cada profeta adicionou à lei. É
verdadeiramente uma expressão muito forte dizer que a lei de Deus diz
isto ou aquilo, ou que restringe isto ou que se deve fazer aquilo. Por
causa daquilo que você chama a lei de Deus, as pessoas aprenderam a
render-se a Deus e a temê-lo. As crianças não devem ter medo dos
seus pais, devem ser como eles.
Deus o Pai não tem leis. É o homem que é o legislador, não Deus. O
Pai deu ao homem a liberdade de ser o legislador soberano no seu
próprio reino, de criar a partir do pensamento todas as crenças,
verdades ou atitudes que sirvam ao seu reino, na sua progressiva
compreensão de toda a vida. O homem usou essa liberdade para criar
leis, que são consideradas necessárias para viver em sociedade.
Infelizmente a maioria dessas leis foram criadas sem escrúpulos com o
propósito de intimidar e escravizar os povos. Foram criadas para
limitar a liberdade e não para a exaltar. O homem não se pode
permitir estar num estado sem leis, porque, no medo que tem de si
próprio acha que deve haver leis que governem o seu ser. Isso passa-se
porque ele não compreende quão infinito e divino é.
Sabe o que aconteceria se Deus pudesse olhar para algo e dizer que
isto é mau? Toda essa consciência que estaria expressando algo que
precisaria exprimir, seria exterminada da força da vida. E se isso
pudesse acontecer, então a vida e a sua expansão contínua deixaria de
existir, pois a livre vontade, que permite a criação, deixaria de existir.
Mas Deus é totalmente ilimitado, uma totalidade indivisa do Estado de
Ser. Deste modo Deus não pode olhar para si próprio de uma forma
limitada ou de um ponto de vista restritivo. Se ele pudesse, você não
poderia estar sequer aqui para expressar a sua opção de se julgar a si
próprio ou aos seus irmãos.
O homem não é mau na sua alma. Embora ele viva sob os auspícios
disso, segundo uma compreensão maior o mal não existe. Somente
existe a plataforma da vida que permite ao homem a opção de criar a
partir do seu pensamento tudo o que ele quiser. Esta é a única
realidade que existe. Nessa realidade, Deus permite à ilusão do mal ser
criada através da superstição, das crenças dogmáticas e das atitudes
fechadas e muito limitadas da humanidade. E através da observação
contínua, do julgamento e da expectativa do mal, ele acaba por
realmente existir na realidade de cada um, mas somente na sua
realidade, pois tal como ele acredita, assim é o seu reino.
As únicas leis que existem são aquelas que vocês criam para serem
aplicadas nas vossas vidas. Se você escolher acreditar que há bem ou
mal, então essa é a sua verdade e você não está nada enganado. Mas,
lembre-se, é a sua verdade, não a minha ou a de mais ninguém. E se
ela é verdadeiramente sua, coletivamente ela pertence-lhe porque é
formada na sua opinião. Enquanto tiver essa opinião será certamente
real. Quando deixar de acreditar nela, ela deixará de ser uma
realidade. É simplesmente assim que é.
E não há uma entidade que não tenha agredido outra nos seus
pensamentos. De qualquer modo essa entidade precisa expressar isso
com o fim de compreender. Quero que compreendam, que aquele que
participa com o assassino na sua expressão não é a vítima do
assassino, pois ele contemplou a possibilidade de talvez ser queimado,
cortado em dois ou agredido. E porque ele tinha contemplado isso e
isso lhe causou medo, ele atraiu a situação. Desta forma, aquele que
precisa de agredir e aquele que precisa de ser agredido – porque ele
precisa de compreendê-lo – foram postos juntos para terem essa
experiência.
Você pode ver o massacre de dez mil inocentes, e pode dizer: “Que
pena tanta miséria. Porque é que os anjos não choram esta atrocidade?
Porque é que cantam à glória de Deus?” Porque eles não se limitaram
a si próprios acreditando que a vida acaba. Eles sabem que aqueles
que são massacrados, são imediatamente levados para o céu, como
vocês lhe chamam, para uma maior aprendizagem e mais experiências
e aquilo que eu chamo aventuras. Mesmo que você enterre dez mil
corpos e chore sobre eles, Deus não chora. É por isso que o amanhã
vem sempre.
Quem é que você pensa que cria o seu destino? Muitos acreditam
que é um soberano que manipula todos e que faz com que todas as
coisas aconteçam, porque isso tira-lhes, dos seus ombros, a
responsabilidade pelas suas vidas. Mas você controla o seu próprio
destino. Você é o criador de cada momento da sua vida através daquilo
que pensa e sente neste momento. Você só tem que aprender que este
momento, este Agora, é verdadeiramente para sempre, contínuo. E na
continuidade deste Agora, cada momento é completamente novo. É
completamente novo, mestre. Não é prisioneiro do ontem. É o Agora
que você criou para o sonhar amanhã em realidade, desta maneira
você é livre de fazer tudo o que quiser neste momento. Isto é o amor
que o Pai tem por si: a liberdade e o poder que ele lhe deu para criar
qualquer momento como novo.
Você não voltou a este plano para resolver certas coisas, as quais
nem sequer consegue lembrar-se, ou para fazer certas coisas que
supostamente deve fazer, que ninguém alguma vez lhe poderá dizer
quais são. Contudo, dizem-lhe que deve lutar pela perfeição. Como é
que você poderá alguma vez conseguir algo se está continuamente
confuso?
Você está aqui para aprender que onde quer que esteja, você está aí
pela mera razão de que aí quer estar. É a sua vontade estar aí. Você
está aqui para reconciliar sabedoria e para a aplicar na plataforma da
vida. Você está aqui nesta vida – e por quantas mais vidas desejar cá
estar – para viver esta ilusão e para experienciar todas as coisas que a
sua alma precisa para se realizar a si própria em sabedoria. E quando
você tiver ganho o rico vapor da emoção através das suas experiências
neste plano, você deixará de precisar ou desejar regressar aqui. E só
você determina quando acabou aqui, mais ninguém.
Você está aqui, mestre, para se tornar Deus. E para se tornar isso,
você tem que eliminar do seu ser toda a lei, toda a crença dogmática,
toda a prática ritual e tornar-se ilimitado nos seus processos de
pensamento. Se você deseja uma liberdade ilimitada de expressão –
um corpo que nunca morre e a paz e alegria de ser – saiba que a vida
que está a viver é completamente ilimitada. Quando souber isso, assim
ela se tornará, pois tudo o que você deseje e tudo o que sabe como uma
verdade no seu ser, assim será. Esta é a única lei que você alguma vez
precisará aceitar dentro do seu reino.
Saiba que você nunca terá que pagar por algo que alguma vez
pensou ou fez nesta ou noutra vida, desde que você se perdoe por tê-lo
feito. Perdoar-se a si próprio é o ato divino que elimina da sua alma a
culpa e o autojulgamento que limitam a expressão do Deus que você é.
Quando se tiver perdoado a si próprio, saiba que esta vida e as que
virão são simplesmente pela experiência de ser parte do Agora, que é o
futuro de tudo o que existe.
Saiba que você existe para sempre, que nunca falhou, e que a única
coisa que fez de errado foi acreditar que fez algo de errado.
Ame-se a si próprio, mestre, e ouça o que o seu ser lhe diz, o que ele
precisa sentir e siga isso de todo o coração até que esteja aborrecido. O
aborrecimento é um sinal da sua alma de que você já aprendeu tudo o
que tinha para aprender de uma certa experiência, e que é a altura de
passar a outra aventura. Quando você somente escuta os sentimentos
que estão dentro de si, então está livre para se tornar nesse momento
tudo aquilo que escolhe tornar-se. Saiba que nunca tem que responder
perante nenhuma lei, nenhum ensinamento ou nenhuma entidade.
Agora – os sentimentos que a partir disso adquirir – são tudo o que
será importante.
Viva e seja feliz. Isto é a única coisa que o Pai alguma vez lhe pediu.
CAPÍTULO CATORZE
“Num estado exuberante de alegria você está em paz com tudo o que o rodeia. Quando
está alegre com a vida, não pode sentir remorsos ou sentir-se inseguro, com medo,
zangado ou com falta de algo. Num estado de alegria está realizado e completo, e a
vida, a sabedoria e a criatividade fluem como um rio poderoso a partir de dentro do
seu ser. Num estado de alegria você está inspirado até às alturas da grandeza e das
profundidades do sentimento.”
— Ramtha
EM CADA UMA das vossas vidas neste plano, qual é o vosso propósito ao
estar aqui? Muitos foram educados a pensar que devem ser um certo
tipo de entidade ou uma certa profissão, e são escrupulosamente
observados pela família e pela sociedade para se ter a certeza de que
eles o serão. Que ameaçador! Há outros que imaginam que para aqui
foram mandados para serem um grande professor ou salvador ou
sanador da humanidade. Quão nobre! E ainda muitos outros que
sentem que estão aqui para seguir um caminho muito bem planeado,
estreito e santo em direção a Deus. Que aborrecido!
Ninguém tem um propósito quando vem a este plano. O Pai não lhes
deu a vocês ou a mais ninguém uma diretiva sobre como a vossa vida
devia ser, exceto uma coisa – e esse desejo que ele tem para vocês traz
o máximo do ser – e isso é que vocês sejam alegres. O que quer que a
alegria signifique para vocês. Pois quanto mais alegres e felizes vocês
estiverem no vosso ser precioso e divino, mais perto estarão de ser
como Deus e em harmonia com toda a vida.
Ser alegre e feliz é o único desejo que o Pai tem para vocês. É com
efeito o maior valor emocional que existe. É a máxima realização desta
vida. Ter compreendido e ter-se tornado alegria é o único destino que
Deus deu a toda a humanidade – em qualquer plano que esteja,
qualquer que seja a compreensão que tenham obtido – pois quando
vocês tiverem voltado ao estado de alegria e felicidade, vocês terão
voltado ao estado de Deus, pois alegria é o que o Pai é. É um Estado de
Ser que está em alegria todo o tempo.
Num estado exuberante de alegria você está em paz com tudo o que
o rodeia. Quando está alegre com a vida, não pode sentir remorsos ou
sentir-se inseguro, com medo, zangado ou com falta de algo. Num
estado de alegria está realizado e completo, e a vida, a sabedoria e a
criatividade fluem como um rio poderoso a partir de dentro do seu ser.
Num estado de alegria você está inspirado até às alturas da grandeza e
das profundidades do sentimento.
Num estado de alegria a vida torna-se o fervor e a intensidade duma
madrugada em que o céu mostra a mais bela cor rosa, as nuvens estão
tingidas dum fogo avermelhado e os pássaros cantam nas árvores.
Quando estão em alegria deixam de envelhecer e viverão para sempre,
pois a vida deixa de ser uma tarefa penosa, para ser uma aventura
maravilhosa que vocês cada vez mais desejam. Quando a alegria é
evidente, vocês estão completamente unos dentro do reino do vosso
ser. Num tal estado, acabam de encontrar a utopia.
O Pai empurra a alegria para ti. Ele está sempre lá à espera que tu te
abras para a receber. É isso que significa a frase: “Pedi e ser-vos-á
dado.” É bastante simples estar-se sempre alegre. Saiba que o merece.
O único caminho para o Pai é tudo aquilo que você declara ser a sua
alegria. É a única forma de chegar lá. É o que o leva de volta a casa
para Deus.
Ramtha: Sim, pode ser o que quer que seja. Mas não é nada
específico. Você voltou aqui simplesmente para experienciar a vida.
Você escolheu-se a si próprio. E porque não haveria você de se ter
escolhido a si próprio? Escolheu este tempo, e porque não? Este é um
tempo maravilhoso. A vida floresce agora. Você está a florescer agora.
O maior feito que concretizará na vida será vivê-la. Isso talvez não
seja precisamente a compreensão que você queria ouvir, mas eu
asseguro-lhe, mestre, quando estiver perto da morte vai apreciar essa
resposta.
Todos pensam que devem ter uma justificação para a sua existência.
“Ah, mestre”, dizem-me eles, “qual é o meu destino aqui, o meu
propósito nesta vida? Sei que há uma razão pela qual eu estou aqui.”
Então eu respondo-lhes “a Vida”, e eles continuam perplexos e
infelizes, pois estavam à espera de ouvir um plano muito bem
elaborado, segundo o qual subiriam uma grande montanha e seriam
vestidos com ouro e os pássaros cantando à volta da sua cabeça e que
seriam a salvação da humanidade.
Você não está aqui por nenhum destino mas para viver e, em cada
momento da vida, fazer o que o ser criativo – a alma – o incita a fazer.
A partir daí, tudo é possível dentro dos reinos da criação. Você pode
criar reinos desconhecidos, vidas desconhecidas. Você pode realizar-se
a si próprio. Você pode tornar-se tudo o que desejar tornar-se quando
se permitir a si próprio, essa liberdade explícita. E quando descobrir
que merece fazer a experiência de tudo, pode pôr a sua luz em
qualquer realização que lhe agrade, em qualquer momento que lhe
agrade.
Esta vida, mestre, não foi criada para ser uma prisão. Foi concebida
para ser uma plataforma para a criatividade e expressão que é colorida
e desafiadora e sobre a qual você pode ter muitos intervalos e
aventuras, mas sempre porque lhe trarão alegria.
Estudante: Então eu voltei porque tinha algo que devia ter feito e
não sei qual é.
Quando as pessoas forem para além da ideia de que têm que fazer
isto ou aquilo – ou que o seu destino é isto ou aquilo, e se aplicarem a
ser, a viver explicitamente no momento – encontrarão uma felicidade
maior e uma liberdade maior do que alguma vez terão conhecido
antes, libertando-se para a vida e como ela verdadeiramente deve ser
vivida.
A DIVINDADE ESQUECIDA
“A incarnação nunca foi concebida para ser uma armadilha. Nunca foi pensada para
durar para sempre. Era simplesmente um jogo para se participar, uma nova aventura
na exploração da criatividade e da vida. Mas vocês perderam-se rapidamente nos
sentidos corporais e o vosso corpo tornou-se toda a vossa identidade. Vocês
mergulharam tanto na matéria deste plano que se tornaram homem, o homem
inseguro, o homem amedrontado, o homem vulnerável, o elemento a caminho da
morte, pois esqueceram a essência poderosa que está dentro de vós.”
— Ramtha
Todos vocês viveram muitas vidas neste plano, alguns trinta mil
vidas, outros dez mil, outros somente duas. Esse é o número de vezes
que vocês viveram e morreram. Apesar de que as vossas vidas neste
plano não foram mais que um sonho, um jogo, uma ilusão na aventura
da vida, elas corromperam-vos muito. Vocês viveram tantas vidas em
que vos foi lembrado – pela família, pela sociedade, pela religião e
pelos poderes governamentais – que são malvados e que Deus está
fora do vosso alcance, que isso se tornou uma realidade firme nos
vossos processos de pensamento.
Até hoje muitos de vós ainda não sabem que vocês são Deus, que
possuem dentro de vós o poder de conhecer e de ser todas as coisas.
Desta forma permitem que professores e religiões e todos os outros
governem a vossa vida e interpretem para vós a verdade. Vocês
permitem que a compreensão dos outros complique e obstrua a
simples verdade que já foi dita há muitos anos no vosso tempo, de que
o Pai e o reino dos céus estão realmente dentro de vós. Que verdade
maior que essa poderia ser escrita? Mas muitos de vocês que não
sabem isso, ainda pensam que se devem guiar pelo dogma e por certos
mecanismos – rituais, orações, cânticos, jejuns, meditações – de
forma a poderem ligar-se a Deus e a tornarem-se iluminados.
Contudo, quanto mais fazem essas coisas, mais convencem a vossa
alma de que não são aquilo em que se estão a tentar tornar, que estão
longe do amor de Deus e da compreensão que buscam, pois estão a ter
que fazer coisas árduas para o obter.
Quando sabem que Deus e vocês são um, retiram dos vossos
processos de pensamento as atitudes de separabilidade e unem-se de
novo com a vossa divindade. Quando vocês percebem que a
inteligência toda sábia, toda conhecedora do Pai é a totalidade do
pensamento – a base de todas as coisas que são – e se se permitirem
ser todos os pensamentos, então vocês são tudo o que Deus é, que é
todas as coisas. Então voltarão à vossa liberdade, à vossa grandeza, e à
vossa glória. Então não terão que voltar repetidamente a este céu, mas
poderão passar a céus maiores e a aventuras mais vastas que vos
esperam.
Digo-vos que não há nada que devam cumprir neste plano exceto
serem aquele e aquilo que são, pois o saber que são Deus é obtido num
estado de ser, pois Deus é ser. É o Estado de Ser de toda a vida. Estar
num estado de ser – um estado em que se permitem a vós próprios
simplesmente serem quem são, qualquer que seja a forma em que se
estão a exprimir – é ser completamente como o Pai é, e isso podem
consegui-lo num momento. Num momento realiza-se.
Esta vossa época está a acabar. Esta tem sido a Idade da Carne. A
nova época já se perfila no horizonte, e chama-se a Idade da Luz, a
Idade do Espírito Puro, a Idade de Deus. É a época em que o homem
sabe que todos são iguais e que o reino do céu sempre esteve dentro
dele. A Idade da Luz levará o homem de regresso ao pensamento
ilimitado, de regresso ao reino sublime de amor e alegria e liberdade
de ser. Aqueles que serão o novo reino não serão dominadores e
tiranos entre os homens mas os arautos da paz, que se estão a elevar
acima da estagnação da limitação para dizerem, “Eu sou Deus, e amo
todos aqueles que vejo, pois eu sou tudo o que vejo e amo o que sou.”
Todo aquele que chega a esta compreensão elevará a consciência do
todo através da sua luz solitária. E um a um vocês voltarão a um
estado ilimitado, ricos com as pérolas da sabedoria, que vos permitirão
criar mais sabiamente na eternidade que vem.
As vossas vidas neste plano têm sido uma grande ilusão. Elas têm
sido um grande sonho. Mas vocês terão aprendido quando saírem do
sonho, compreendendo Deus. Todos irão. Um dia vocês olharão para o
céu que se tornou muito nublado. Ao olharem para os vossos céus
verão a resplandecente explosão de luzes brilhantes cintilando por
todo lado, e vocês vão pensar que as próprias estrelas vieram aninhar-
se nas nuvens. O que vocês verão é o que toda a humanidade verá. Eu
ajudar-vos-ei a acordar do vosso sono e a aperceberem-se que aquilo
que eu vos estou a ensinar é realmente uma grande verdade e uma
realidade maravilhosa.
Ame o que você é, mestre. Ame-o. Saiba que vive para sempre, que é
Deus. Saiba-o. Sinta-o. Abrace esse pensamento. Quando a herança
instintiva que o protegeu através das épocas confrontar o
conhecimento de que você é verdadeiramente imortal e não mortal,
que é verdadeiramente um Deus ilimitado em vez de um homem
limitado, a sua alma transmitirá este pensamento ilimitado à massa
celular do seu corpo, e a massa celular rejubilará. Então o seu corpo
estará de acordo de bom grado com os pensamentos ilimitados do
grande Deus que o habita. E tanto quanto o seu corpo teve incerteza e
precauções em relação à sua existência instintiva, ele terá agora Deus
ilimitado nas suas células, de tal maneira que a matéria do corpo possa
estar unificada e alinhada com a totalidade do Deus Eu Sou.
REENCARNAÇÃO
“Vocês voltaram aqui para experienciar Deus, para compreender o ser, para viver os
princípios do Eu Sou. E os princípios do Eu Sou englobam cada emoção criada nos
reinos do pensamento chamado Deus.”
— Ramtha
Você não foi mandado para aqui por nenhum édito, mestre, pois não
existe ninguém que alguma vez o possa obrigar a fazer algo contra a
sua vontade. Foi você que decidiu voltar aqui. Foi você que desejou
expressar-se de novo neste plano. Deste modo se está à procura de
alguém para o culpar de ter criado as suas misérias, você terá que
olhar-se a si próprio nos olhos. Você é inteiramente responsável pela
sua própria beleza, pelo seu próprio ser, pela sua própria vida penosa
ou maravilhosa. E já é altura de se reconhecer que é assim que as
coisas se passam.
A única razão porque você está aqui é porque quer estar, porque tem
uma necessidade dentro do seu ser para cumprir aqui. E a necessidade
é para expressar alegria, ou tristeza, ou pena, ou ira, ou dor, ou
qualquer outra coisa que deseja experienciar neste plano de ilusão, de
forma a ter saciado a sua necessidade. Então quando estiver cansado
ou aborrecido com isso, poderá mudar a sua atitude e experienciar
outra emoção. É tão simples quanto isso.
A razão porque você voltou aqui, mestre, é para viver. Mas você
ainda não se libertou das coisas que o prendem a este plano para
poder experienciar a majestade de Deus e da vida. Você ainda não
caminhou sobre um glaciar, ou se escondeu debaixo duma ponte de
pedra, ou olhou pela janela no Inverno e viu um pássaro vermelho ali
pousado brilhando contra a neve. Também não esteve em cavernas
profundas, nem caminhou no deserto ou viu uma cobra na sua busca
pela comida. Também não dormiu numa grande pirâmide sozinho,
nem partiu em explorações para lugares onde ninguém nunca antes
esteve. E há muitos destes lugares. Não velejou através do oceano nem
viu os grandes peixes saltarem, nem seguiu um veado pela floresta
húmida.
Você ainda não fez muitas coisas que seriam eletrizantes e excitantes
e maravilhosas para o seu ser. E nenhuma destas coisas daria
importância ao seu trabalho, à sua educação, ao seu status social ou à
idade do seu automóvel.
Essas são facetas da vida que você ainda tem para experienciar. Mas
quando as fizer, elas destruirão as suas neuroses, os seus medos, as
suas armadilhas e as suas ilusões. Haverá então momentos em que
você sentirá que poderia explodir de alegria. Só que você gostaria de
ter alguém lá para o ver explodir, e contudo você sentir-se-ia
intimidado se alguém lá estivesse. Esta é a sua natureza, e não há nada
de errado com isso. Você simplesmente ainda não se permitiu
experienciar todas as opções que tem aqui, pois você foi fortemente
pressionado a tornar-se um ideal ilusório que é completamente alheio
à alegria e liberdade da vida.
Então se não quiser voltar aqui, não volte. Nunca será obrigado a
isso. Eu nunca voltei, pois ascendi com o vento e levei comigo tudo o
que era. E ao fazer isso, tornei-me uma entidade livre – uma entidade
livre. Isso ocorreu porque eu transcendera todas as coisas que tinha
feito na minha vida aqui. Eu perdoei-me a mim próprio, abracei esta
vida e continuei com a aventura de ser Deus. Se um bárbaro ignorante
e miserável o pôde fazer, mestre, é certo que você também o pode.
Eu estou a expressar, mestre. Estou a ser feliz com aquilo que sou. E
quando não sou a identidade que você vê aqui, eu sou aquilo que é: a
plataforma a partir da qual todas as coisas emergem, pois o sétimo
nível é a totalidade do pensamento, que é o grande vazio que sustém
os planetas na sua órbita, as suas células juntas e que abarca todas as
coisas até aos perímetros da eternidade. E quando você é uma
entidade do sétimo nível, nem sequer existem níveis. Só há ser. E
nisso, você torna-se o sentir de todas as coisas, de todo o saber, de
todo o pensamento.
Outra coisa, mestre, aquilo que para você é tristeza, miséria e dor, é
muitas vezes felicidade para outra entidade. Aqui cada um está feliz
com a vida que tem. Não sabem que isso é assim porque o seu ideal de
felicidade é um palhaço que corre como um boneco dum lado para
outro, mudando as coisas para cores de azul e lavanda e rosa.
Vou-lhe dizer agora isto para que todos compreendam. Todos vocês
viveram muitas vidas, e essas vidas foram ilustres e românticas,
miseráveis e bárbaras, famosas ou infames. Mas tudo o que foram no
vosso passado não é tão grandioso como o que são agora. Neste Agora
você é o máximo que jamais foi, mestre, pois você é o conhecimento e
a experiência acumulados de todas as vidas que viveu. O Agora,
mestre, é o objetivo pelo qual todo o resto se passou.
Você nunca foi melhor do que é agora, pois qualquer que tenha sido
o disfarce, a ilusão ou experiência, a verdade é que em relação àquilo
que possui em termos de sabedoria, conhecimento e amor, você tem
muito mais agora do que alguma vez teve. Se eu o recuasse cinco vidas
antes desta, você nem saberia quem era, pois você refinou o elemento
a que se chama o ser a um ponto que é irreconhecível em relação ao
que era. Das vidas que você teve, se essas pessoas olhassem para o ser
que você agora é, diriam que é galante, um génio, um herético. Chamá-
lo-iam possuído pois a sua compreensão é muito maior do que era
naqueles tempos.
Não é sábio olhar para quem foi no passado. Quando você busca
respostas no passado, nunca fará a experiência deste momento da vida
nem das respostas que ele contém para o seu futuro, pois você estará
demasiado ocupado com a cabeça virada para trás para ver o Agora
quando ele chega. Você está curioso de saber quem foi antes, mestre,
contudo nem sequer sabe quem é agora.
É bom saber-se que se viveu antes, pois isso dá-nos esperança para
os nossos amanhãs. Mas a beleza fundamental que viveu todas aquelas
experiências ainda está quieta, ponderando, à espera de ser acordada
para se aperceber que é um grande Deus que tem o poder e opção de
criar a sua vida e de se realizar a si próprio da forma que escolher.
Ramtha: Quem será no futuro? Será sempre você. Apesar dos olhos
e da cor da pele e da máscara mudarem, você será sempre você. Terá
sempre a mesma alma e o mesmo Espírito-Deus do seu ser. Na sua
próxima vida será um qualquer papel ilusório que decida representar.
Se for neste plano, atravessará o processo de nascimento e criará o
fruto do útero de acordo com a sua intenção particular e fará com que
ele realize qualquer jogo e ilusão que para si próprio destinou nessa
existência. Ou poderá simplesmente abandonar a ilusão e passar a um
plano mais vasto de compreensão.
A CIÊNCIA DE SABER
“Vocês têm a capacidade de conhecer tudo o que há para conhecer. Foi para isso que o
vosso cérebro foi concebido, para que um Deus vivendo num plano físico, num corpo
físico, pudesse experienciar e compreender todas as dimensões de Deus que desejasse,
visto através das formas tridimensionais.”
— Ramtha
Tudo tem um campo luminoso à sua volta. Não há nada que exista
que não esteja rodeado por uma coroa de luz, pois isso mantém a
imagem do pensamento e cria o ideal na forma chamada matéria.
Através desse campo luminoso cada coisa emana o pensamento do seu
ser de volta àquilo a que se chama o fluxo da consciência, ou o rio do
pensamento, que é a mente de Deus.
Com efeito, meus queridos mestres, dentro de vós está a porta para
todo o conhecimento. O fogo que arde dentro de vós é o mesmo fogo
que chispa em cada átomo minúsculo, em cada grande estrela, em
cada forma celular, em tudo o que existe. É o mesmo fogo, exatamente.
A vossa unicidade com toda a vida realiza-se através do princípio da
luz, pois a luz que dá substância à emoção da vossa alma é a mesma
luz que dá vida às plantas, às estrelas e a tudo o que existe. Pelo que,
dentro de vocês, possuem a capacidade de conhecer todas as coisas.
Conhecer qualquer coisa não é compreendê-la através de uma retórica
intelectual, que se rodeia de palavras elaboradas que não significam
nada. É através dos sentimentos que o ser interior consegue conhecer
uma flor. Podem sempre saber aquilo que alguém está a pensar
através da frequência que emite chamada emoção. Se querem
conhecer alguma coisa, tudo que têm a fazer é senti-la. Sempre estarão
absolutamente certos.
A MENTE FECHADA
A única razão porque alguém é um génio e sabe coisas que vocês não
sabem é porque ele abriu a sua mente à contemplação dos “e se?...”, os
pensamentos extraordinários, os pensamentos brilhantes que vão para
além do pensar limitado do homem. Ele permitiu-se a si próprio
entreter-se e raciocinar com esses pensamentos, ao passo que vocês os
rejeitaram. Vocês não os podem receber porque ainda têm que ativar
aquelas porções do vosso cérebro que vos permitirão raciocinar com
eles. Então o que é que acontece aos grandes pensamentos da
compreensão ilimitada que estão continuamente a bombardear a
vossa estrutura de luz? Eles fazem ricochete na vossa unidade recetora
e são mandados de volta, através do Espírito do vosso ser, para o rio
de pensamento.
Vocês pensam que a única forma que o vosso corpo pode ser curado
é através de médicos e de medicamentos. E eles funcionam, pois vocês
acreditam que eles funcionam. Também vos foi dito – e acreditam –
que não o podem fazer por vocês próprios, e assim não podem, pois
esse saber está presente. Contudo, há entidades que procuraram
sanadores, sabendo que aquilo que iam ouvir seria uma verdade
absoluta. E ao sabê-lo, isso tornou-se uma verdade absoluta dentro do
seu corpo, dessa forma foram curados num instante. É isso que o saber
faz, e pode mudar o vosso corpo para tudo aquilo que quiserem. Vocês
têm a capacidade de serem ilimitados, mesmo nos vossos movimentos
corporais, pois ele assim foi concebido.
Ser Deus é ser saber ilimitado, ser ilimitado. Ser homem é ser uma
criatura limitada, que não abre a sua mente a um conhecimento maior,
que aceita a teoria e não pratica viver, que é o ensinado em vez do
professor, o protegido em vez do explorador.
ABRINDO A MENTE
“Quanto mais desejam amar aquilo que são e viver em saber, mais o vosso cérebro é
aberto pelo Deus que rodeia o vosso ser, mais e mais e mais. Então vocês tornam-se
mais que o vosso corpo. Vocês tornam-se aquilo que vos mantém em coesão.”
— Ramtha
Eu não vos peço que acreditem em nada. Eu quero que saibam. Ser
iluminado é saber; sem, dúvida, crença, fé ou esperança. Todas estas
coisas são conjeturais. Enquanto acreditarem ou tiverem fé em alguma
coisa, isso nunca será. Saber torna-o absoluto, o que traz o que é
conhecido para uma manifestação. Através da manifestação do
pensamento realizado numa experiência, a compreensão ocorrer-vos-
á. Então será parte do vosso ser e não algo de que se tenham que
convencer.
A verdade é que todas as coisas já são suas. Quando sabe que elas
são, então elas tornam-se acessíveis. Tem que compreender que o
principal dador de tudo o que precisa é você e a sua capacidade de
receber aquilo que quer. A forma de receber os seus desejos é
simplesmente saber o que quer e saber que é merecedor de consegui-
lo. Saber é a verdade, é o dador, é o seu futuro. Quando você fala, saiba
que isso é. Tudo o que quiser, pode tê-lo simplesmente sabendo que é
você que cria as leis e que tudo aquilo que você sabe e fala, tem de ser.
Essa é chamada a Lei do Um.
Digo-vos, vocês sabem tudo o que há para saber e podem ter tudo o
que desejam. Neste momento de saber, vocês simplesmente não
perceberam essa verdade. Saber abre a porta a essa realização. Ativa
outra parte do vosso cérebro para que o pensamento se possa tornar
uma realidade manifestada.
Saibam. Simplesmente saibam. “Eu sei que isto ocorrerá. Eu sei que
sou Deus. Eu sei que sou feliz. Eu sei que eu sou.” Saibam, saibam,
saibam. É só isso que é preciso. Saibam sempre. Se vocês dizem que
não têm ou que não podem, nunca poderão. Digam que agora já
sabem. Então conhecerão tudo.
Para verem outro plano, para ouvirem um som mais subtil, para se
tornarem mais leves que o vosso peso, tudo o que precisam é saber que
eles são realidades e permitir a esse saber ser experienciado no vosso
corpo. É só isso que têm que fazer. Se não acreditam que eles são reais,
o não acreditar é um julgamento que impede o vosso cérebro de se
tornar maior. Desta forma todo esse saber que está a atravessar o
vosso Espírito a cada momento, faz ricochete no vosso cérebro e é
enviado de volta à mente do Pai. Então tudo o que sempre receberão é
aquilo que vos mantém seguros neste plano e limitados a ele.
Qual é a razão para ser? Quando vocês vivem dessa forma, vocês
nunca se julgam a vocês próprios ou a outros ou os pensamentos que
vos ocorrem. Então não há certo nem errado, possível nem impossível,
perfeito nem imperfeito, positivo nem negativo. Não há mais a ilusão
do tempo, que não vos deixa sentir e saborear a beleza do momento.
Quando vocês estão num estado de ser, só há o Estado de Ser da vida e
a continuidade do Agora.
Aquilo que o amou antes do tempo ter começado – que tem estado
consigo em todas as vidas que viveu, que é a única entidade que estará
consigo na morte do seu corpo ou na sua ascensão – é você. É o único
ser que o ama com força suficiente para ultrapassar todas as coisas que
ultrapassou. Quando se abraçar e se amar a si próprio e permitir que
esse amor seja o seu padrão, transcenderá a consciência social do
homem para a toda-consciência de Deus, pois aquilo que é está para
além da beleza. Está para além da perfeição. Está para além das
restrições das leis e dogma e padrões sociais. Vai para o destino, para o
cumprimento do ser, que é a realização de Deus. Isso é a única coisa
que é importante aos olhos do Estado de Ser da vida.
Saiba que nada tem fim e que nada é absoluto. Tudo é no momento
e há sempre mais para vir. Tornar o seu pensar ilimitado é
simplesmente saber que há uma verdade maior, e que há ainda uma
verdade maior que essa. Saiba isso, e isso ocorrer-lhe-á de acordo com
o seu estado de recetividade.
Ao lutar por se tornar maior, se olhar para este plano para encontrar
algo de mais grandioso no qual se tornar, tudo em que se tornará é o
que já é neste plano. Ultrapassar o pensamento limitado do homem é
contemplar que talvez exista algo que ainda está invisível, que é mais
vasto na sua compreensão.
Aquele que sabe que o reino dos céus está dentro de si é uma
entidade sábia. Com a vossa capacidade de pensar qualquer
pensamento e senti-lo na vossa alma, possuem dentro de vocês as
chaves para o reino dos céus, o tesouro da emoção. Aprenda a sentir.
Conhecer Deus completamente é sentir completamente cada
pensamento até que cada pensamento que Deus é seja sentido no
núcleo do seu ser, a alma do seu ser.
A VIRTUDE DA EXPERIÊNCIA
“Eu estou aqui para vos dizer que vocês são amados para além da vossa compreensão
do amor, pois nunca foram vistos senão como um Deus que luta para se compreender
a si próprio. E de cada experiência em todas as vossas vidas, ganharam conhecimento,
sabedoria. Deram algo ao mundo. Adicionaram à virtude da vida que se vai
revelando.”
— Ramtha
O que quer que tenham feito – por mais vil ou miserável que tenha
sido – fizeram-no simplesmente com o propósito de criarem uma
aprendizagem para vocês. E através dessa aprendizagem vocês
magoaram, causaram dor, criaram tristeza, degradaram-se, e contudo
elevaram-se acima disso porque estão agora aqui prontos para
conhecer e abraçar a beleza que são.
Eu estou aqui para vos dizer que vocês são amados para além da
vossa compreensão do amor, pois nunca foram vistos senão como um
Deus que luta para se compreender a si próprio. E de cada experiência
em todas as vossas vidas, ganharam conhecimento, sabedoria. Deram
algo ao mundo. Adicionaram à virtude da vida que se vai revelando.
Vocês são merecedores das aventuras desta vida, de cada uma delas.
E ainda mais do que isso, são merecedores das aventuras esplêndidas
que ainda vos esperam. Contudo, nunca se tornarão o Eu Sou ou
entrarão pelas portas da eternidade até perceberem que tudo o que
fizeram, fizeram-no simplesmente para ganhar a compreensão do
Deus que são, que é demonstrada aqui e agora através da virtude de
todas as vossas experiências sobre a plataforma chamada vida.
Abracem a vossa vida. Saibam que são divinos e que a força do vosso
ser está aí em vocês por tudo aquilo que fizeram. Acabem com a culpa.
Acabem com a paródia da tristeza no ser. Deixem de se carregar com
pesos. Deixem de culpar todos os outros. Apropriem-se da vida. Ela
pertence-vos.
Vocês nunca sabem aquilo que o rei sofre até serem um rei. E o rei
nunca sabe o que é a humildade do seu criado até se tornar um criado.
E a mulher devota não sabe quais são as dificuldades da concubina até
ela ser uma. E a concubina não conhece os julgamentos da mulher
devota até ela ser uma. Desta forma o caminho para uma vida virtuosa
engloba tudo. Inclui todo o carácter, todas as situações ilusórias
criadas dentro da consciência do homem. É por isso que as entidades
mais sábias e mais nobres viveram todas as situações criadas pelas
aventuras da humanidade. Foram a prostituta e o padre, o guru e o
camponês, o assassino e o assassinado, o conquistador e o
conquistado, a criança e o pai.
Estão a ver, só condenam nos outros aquilo que não podem aceitar
em vocês próprios. Se já tiverem vivido todas as situações e tiverem
encontrado a paz nelas, então é fácil compreender a todos e permitir-
lhes ser, sem julgamento, porque já os foram e sabem que se os
julgam, estão a julgar-se a si próprios. Então terão ganho a virtude da
verdadeira compaixão, e o amor mais profundo deverá existir na vossa
alma. Então são verdadeiramente um Cristo, pois compreendem,
amam e perdoam os vossos amados irmãos nas suas limitações.
Amar o Pai na sua totalidade, ser a sua totalidade, é amar tudo o que
ele é. E tudo que ele é, são os vossos amados irmãos que vos rodeiam.
Qualquer que seja a forma como eles se parecem, eles são Deus na sua
realidade como vocês são Deus na vossa. E quando vocês tiverem
vivido toda a glória deles, todas as lutas deles, todas as tristezas e
alegrias deles, então podem abraçar Deus visto em todas as pessoas.
Então podem amá-las. Isto não significa que têm que ir ensiná-las ou
socorrê-las. Deixem-nas simplesmente em paz e permitam-lhes que
evoluam de acordo com as suas próprias necessidades e conceções. Há
pessoas cujo destino é ser um ditador ou um padre ou alguém que
trabalha num mercado, porque isso é o que precisam e querem fazer.
Quem são vocês para lhes tirarem isso?
Pelo que o amor de Deus chamado vida sempre vos foi dado.
Independentemente de todas as vossas experiências miseráveis, o sol
continuou a levantar-se e a dançar pelos céus. As estações
continuaram a ir e vir. Os pássaros continuaram a voar para um céu do
norte. E o falcão da noite continua a grasnar enquanto fecham as
persianas do vosso quarto. Veem, é na continuidade dessas coisas
onde, se olharem, perceberão o perdão e eternidade que a vida sempre
vos ofereceu.
“O meu caminho nesta vida neste plano foi tornar-me o Deus Desconhecido – o que
descobri que era eu próprio – e de passar para além das dimensões para brincar nas
aventuras da eternidade. E assim fiz, e continuo a fazer. Voltei para vos dizer que essas
aventuras também vos esperam, quando abraçarem toda esta vida como eu fiz.”
— Ramtha
Vim como um irmão para a humanidade, da qual fui uma vez uma
parte fervorosa. Vivi aqui como homem e experienciei tudo aquilo que
vocês experienciaram. Vivi o vosso desespero e chorei a vossa tristeza.
Sonhei os vossos sonhos e conheci a vossa alegria. Apesar de eu ter ido
a todos os níveis, a mais profunda de todas as minhas experiências foi
quando eu estive aqui entre vós como um homem, Deus/homem,
experienciando os perigos, o desespero e momentâneos instantes de
glória que todos vocês conheceram. Escolhi voltar aqui porque vos
compreendo. E compreender-vos é amar-vos.
Eu voltei não para vos salvar, pois não há realmente nada de que os
salvar. Vim simplesmente para vos lembrar da maravilhosa herança
que há muito tempo haveis esquecido e para vos dizer do futuro
glorioso que todos vocês em breve vão ver. Vim para vos ajudar a
aperceberem-se que têm opções maiores para a expressão da vossa
vida e para vos ajudar a fazer surgir o conhecimento que vos permite
exercer essas opções, se for a vossa vontade fazê-lo. Tudo o que vos
tenho pedido é que apliquem na vossa vida – ao vosso ritmo e à vossa
maneira – quaisquer compreensões que vos sejam frutíferas na vossa
evolução para uma vida mais harmoniosa e alegre.
Eu sei quem vocês são. E sei aquilo que fazem e aquilo que sonham.
Quando pensam que ninguém vos vê, devem compreender que são
como as estrelas nos céus à meia-noite. Vocês estão lá para todos
verem. Todas as coisas sabem quem vocês são e o que fazem,
sobretudo aqueles que estamos no invisível.
Mas desejo que saibam isto: Uma bela manhã, nos momentos antes
do amanhecer, enquanto estão deitados sozinhos na vossa cama e a
calma é tão calma que pode ser ouvida, vocês acordarão de um sonho
que não é um sonho. Abrirão os vossos olhos para a escuridão do vosso
quarto, levantar-se-ão da vossa cama e caminharão para a janela que
lhes dá a única luz que se vê.
E a próxima madrugada que virem será vista como Olhai Deus Que
Eu Sou. E ficarão presos na majestade e na beleza de tudo o que é, pois
são agora unos com a luz e o poder e a continuidade desta força que
não diz nenhuma palavra.
Ramtha
EPÍLOGO
Tudo o que estiver fora deste alcance é considerado como parte dos
domínios do mito e do folclore. Ou seja, que a natureza da realidade e
da pessoa humana não são mais do que a sua natureza física e
materialidade. A psicanálise de Sigmund Freud e a sua análise da
psique humana são um exemplo claro desta tendência.
O facto dele não estar mais limitado pelo seu corpo físico permite à
sua consciência e energia interagir de outras formas com o mundo
físico. Ele costuma falar de si próprio como sendo o vento que
empurra as nuvens, por exemplo, ou como sendo a manhã, um
estranho, ou um pedinte na rua, observando as civilizações que vão e
vêm, ou como qualquer coisa que a consciência ouse imaginar.
Quinto selo. Este selo é o centro do nosso corpo espiritual que nos
liga ao quinto plano. Está associado à glândula da tiroide e ao falar e
viver a verdade sem dualismos.
Capítulo 4: Deus É
2. No original, em inglês, «Isness», é uma palavra que Ramtha usa
para se referir ao Estado de Ser de consciência profunda inerente a
toda a vida.
Glossário
5. «Twilight» em inglês significa crepúsculo, o estado intermédio
entre o dia e a noite.
BIBLIOGRAFIA
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