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04/03/23, 21:30 EDUCAÇÃO PARA TODOS SOB A ÓTICA DA INCLUSÃO ESCOLAR Exigências e Diretrizes

EDUCAÇÃO PARA TODOS SOB A ÓTICA DA


INCLUSÃO ESCOLAR Exigências e Diretrizes
Políticas públicas da educação brasileira, histórico da inclusão e educação especial, o pa
do professor e da escola na educação inclusiva.

RESUMO
Muito se tem falado na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais. A legislação vigen
explícita, quanto à imposição de ter que acolher e matricular todos os alunos, independentemente de suas necessidade
diferenças. Contudo, não é o bastante apenas essa obrigação de acolher, mas é necessário que o aluno com necessid
educacionais especiais tenha condições efetivas de sua aprendizagem, bem como, assegurado o desenvolvimento de
potencialidades. Sendo assim, busca-se analisar o estado interativo que esses alunos estabelecem com seus professo
colegas. Assim, objetiva-se avaliar como se processa a inclusão escolar desses alunos, em que quase todos os alunos
apresentam tais necessidades. Presume-se que essa circunstância traz impactos em relação a viabilidade de intera
comunicação e construção de conhecimento desses alunos. O estudo está direcionado para a repercussão de
condições sobre a falta de um território comum, consequentemente para a explanação de ideias e o diálogo verdad
principalmente porque escola/professores não estão preparados para receber essa clientela. A escola ao longo da
história, caracterizou-se pela visão elitizada da educação onde a vida escolar é privilégio de um grupo.

INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é sobre Educação para todos sobre a ótica da inclusão diante dos seus desafios,
precisamente, no processo de inclusão de alunos com deficiência nas escolas. Para desenvolver esse trabalho, busco
observância de alguns questionamentos: é possível um ensino de qualidade, que garanta aprendizagem efetivamente
inclua alunos com deficiência nas escolas?

A Justificativa para a escolha desse tema é justamente, num primeiro momento é pesquisar e entender como se proces
inclusão de pessoas com deficiência nas escolas, perante uma sociedade que necessita superar seus preconce
reconsiderar seus valores e procurar novos paradigmas diante de uma educação inclusiva.

É muito importante a verificação ainda se na realidade existem condições necessárias de aprendizagem atravé
inclusão, um acolhimento adequado para o desenvolvimento integral de potencialidades e habilidades na escolarização
alunos.

O objetivo deste trabalho, também é analisar como ocorre o papel do professor frente este desafio, para que se alc
uma escola para todos sem exclusão. Uma escola tenha como uma de suas metas preparar o aluno para que p
conviver com a diversidade, considerando que todos somos diferentes.

Foi utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica, recorrendo-se a autores e material disponível sobre a Educ
inclusiva de alunos com deficiência.

Ao longo da pesquisa procuramos traçar uma correlação entre os tópicos, onde foram abordados assuntos como: polí
públicas de educação, trazendo um pouco da história da inclusão, educação escolar inclusiva, legislação, o pape
professor nesse tipo de educação.

Daí para frente, a pesquisa busca mostrar em forma de exemplo, algumas das deficiências que são excluídas da educ
como visual, auditiva e mental/intelectual, como investigação das reais necessidades desse alunos.

POLITICAS PÚBLICAS DA EDUCACIONAL BRASILEIRA


A educação instrui o homem culturalmente, agindo de forma positiva em suas transformações, principalmente, no es
físico, moral e também intelectual. A educação é o cerne do desenvolvimento social. Inexistiria a sociedade sem que

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seus membros, houvesse suas particularidades. Ela perpetua e reforça essa igualdade. Assim sendo, o termo, educar
a sociedade “significa preparar as crianças para as condições próprias de sua existência” (Durkheim, 1955). Dentr
ações que efetivamente são eficazes para que a sociedade possa apropriar-se dos bens culturais estabelecidos
humanidade é praticar a capacidade de discernimento, de reflexão, senso crítico e desenvolvimento intelectual. Com is
política educacional caracteriza-se como fundamental no âmbito das políticas sociais e como obrigação do Estado.
Leão (2005) destaca que:

O governo brasileiro durante quase três séculos não desenvolviam ações par
escolarização do povo e só na terceira década do século XIX surgirá algum empe
neste sentido. De 1834 a 1934, assiste-se no Brasil a uma lenta, mas cont
democratização do acesso à escola pública básica nas redes estaduais e [...]
municipais (LEÃO, 2005, p.2).

Conforme as palavras da autora, a política de educação Brasileira baseia-se desde os primórdios da República nos id
liberais, caracterizada pela centralização, formalismo e autoritarismo. A grande luta da sociedade brasileira
universalização do acesso à escola regular insistia em evidenciar essa reivindicação como prioridade, garantindo, q
último texto constitucional reafirmasse a educação como um direito de todos, definindo a quem cabe à responsabilidade
sua promoção e estímulo, e estabelecendo suas finalidades. Conforme esta assegurada a educação no Artigo 20
Constituição Federal de 1988, a qual declara:

Art. 205 – A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovi
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trab
(BRASIL, 1988).

A educação infantil passou a ser analisada como direito social relevante no histórico da política brasileira. Constitu
através de lutas dos movimentos sociais no final da década de 1980, a partir da Constituição Federal de 1988, quand
garantido o direito ao acesso a todas as crianças a creches e pré-escolas em suas comunidades.

O constituinte dá uma definição política de educação: é um direito de todos e dever do Estado e da Família. Porém
extrema significância observar um detalhe interessante: na passagem do artigo 205, proclamada em 1988, em que
subentendido que a tarefa de educação é primeiramente do Estado ou Poder Público e em segunda instância, a família

O renomado autor Frigotto (2010) apud Florestan Fernandes (1992), ressalta que:

A educação nunca foi algo de fundamental no Brasil, e muitos esperavam que


mudasse com a convocação da Assembleia Nacional Constituinte. Mas a Constitu
promulgada em 1988, confirmando que a educação é tida como assunto menor,
alterou a situação. ( FRIGOTTO (2010) apud FERNANDES, 1992).

Já na afirmação de Marilda Bruno (2008), aduz que:

antes da institucionalização das leis que asseguram os direitos a educação, a po


vigente para a infância era de cunho social e assistencialista. Sem fins educativo
creche, visava amenizar as carências, o desamparo, a pobreza e outras mazelas soc
As crianças de 0 (zero) a 06 (seis) anos eram atendidas em creches mantidas
instituições sociais e comunitárias, tendo em vista minimizar os riscos sociais. Essa po
assistencial não se ampliava a todas as crianças, somente ao atendimento de cria
sem deficiência. (BRUNO, 2008, p. 32).

A autora ainda destaca que a superação desse processo de relação excludente e assistencialista começa acon
baseada nos princípios sócio antropológicos e éticos da educação infantil como direito social garantido na Lei de Diret
e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996). Esta foi a primeira etapa da educação básica nacional a partir da legisla
na qual idealiza a educação infantil com metas e objetivos voltados não só ao cuidar como também ao educar.

A Lei de Diretrizes e Bases passou a existir com o intuito de tornar-se um dos instrumentos de gestão efetivos no con
da política educacional, propondo equacionar todas as diretrizes referentes à educação nacional e depois por regulame
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a educação pública no Brasil por um longo período. Com isso, a LDB busca rever o quadro de má qualidade educaci
bem como os elevados índices de fracasso e evasão escolar.

Vale ressaltar que para Frigotto (2010) “o desfecho da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o percurso do P
Nacional de Educação, agora subentendido pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)”, isso veio confirmar
não houve melhora alguma, até o presente diante das análises críticas feitas por estudiosos da época. Ele cita a an
feita por Dermeval Savianni (2007) referindo-se ao PDE, que, “o qual se superpõe ao Plano Nacional de Educação (PN
à numerologia que o acompanha”, explanando ainda que:

Fica-se com a impressão que estamos diante, mais uma vez, dos famosos mecanis
protelatórios. Nós chegamos ao final do século XX sem resolver um problema qu
principais países, inclusive nossos vizinhos Argentina e Uruguai, resolveram na virad
século XIX para o XX: a universalização do ensino fundamental, com a consequ
erradicação do analfabetismo (SAVIANI, 2008, p. 3).

Completa, ainda, o mesmo autor, referindo-se aos conteúdos das políticas declarando que:

Assim, o governo se equipa com instrumentos de avaliação dos produtos forçando,


isso, que o processo se ajuste a essa demanda. É, pois, uma lógica do mercado qu
guia, nas atuais circunstâncias, pelos mecanismos das chamadas “pedagogia
competências e da qualidade total” (SAVIANI, 2008, p. 3).

Diante do apresentado, entende-se que o Estado brasileiro sempre foi dominado por interesses privados, atributo de
estado capitalista, não sendo uma especialidade de nossa constituição estatal. Porém, o privatismo referido assumiu
características muito mais acentuadas do que em outros países capitalistas.

A sociedade civil tornou-se destaque na relação singular com o Estado, sendo ponto central na ação por uma particip
pública maior. Frente aos avanços relativo ao processo de formação da democracia, percebe-se que o mesmo contr
para dar visibilidade aos projetos políticos que enfatizavam visões distintas, porém determinantes para a ampliaçã
acesso aos espaços públicos a fim de garantir as mudanças esperadas no interior da própria sociedade. Oliveira (2
argumenta que:

A reconfiguração do papel Estado como Estado mínimo possibilitou uma mudança


relacionamento entre Estado e sociedade, o que permitiu uma maior participação
sociedade civil na gestão e provimento das ações públicas, passando o Estado a se
agente regulador e dispondo, cada vez mais, do comando das políticas públicas pa
sociedade. (OLIVEIRA, 2010, p. 65).

Bittencourt (2009) relata que o Banco Mundial teve acentuada influência na determinação das políticas educacio
brasileiras nas últimas décadas, nem tanto pelo grande volume de recursos que implementou no setor, mas pela influe
direta nas políticas sociais, principalmente, porque sua anuência abria portas para a liberação de empréstimos atribuíd
programas de ajuste estrutural.

Assim as ações e estratégias sociais governamentais em um Estado de inspiração neoliberal incidem essencialmente
políticas compensatórias, em programas focalizados, voltados àqueles que, em função de sua "capacidade e esco
individuais", não usufruem do progresso social. Tais ações não têm o poder de alterar as relações estabelecida
sociedade.

Sobre o explanado, acima, Frigotto declara que:

Com isso, o Estado, em vez de alargar o fundo público na perspectiva do atendimen


políticas públicas de caráter universal, fragmenta as ações em políticas focais
amenizam os efeitos, sem alterar substancialmente as suas determinações. E, de
dessa lógica, é dada ênfase aos processos de avaliação de resultados balizados
produtivismo e à sua filosofia mercantil, em nome da qual os processos pedagógicos
desenvolvidos mediante a pedagogia das competências. Nesse contexto, as concep
de educação centradas na pedagogia histórico- crítica – e, portanto, as possibilidade
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uma educação unitária e omnilateral e as suas exigências em termos das bases mate
que lhes dão viabilidade, disputadas quando da definição do Plano Nacional de Educa
(PNE), explicitadas em diferentes Conferências Nacionais e que afetam a educação
conjunto da federação, mormente a educação básica – ficam subvertidas dominantem
pela concepção mercantil (FRIGOTTO, 2010, p.245).

No entanto, Marilda Bruno considera que as políticas públicas são ações complexas invisíveis, em constante modificaç
transformação. A autora cita Palumbo (1994, p. 350), em que o mesmo afirma que a política “é um processo, uma
histórica de interações, ações e comportamentos de muitos participantes”. Palumbo tece comentário sobre uma prop
política não pode ser observada, tocada ou sentida. Ela tem de ser compreendida a partir da série de açõ
comportamentos intencionais de muitas agências e funcionários governamentais responsáveis por sua implementaçã
longo do tempo.

A política educacional direcionada ao desenvolvimento do ser humano é a uma vitória da cultura, da percepção crítica
aproveitamento das potencialidades do ser, requerendo, no entanto, um posicionamento político dos processos educat
Assim sendo, poderemos visualizar as possibilidades de reconstrução da sociedade humana com menos desigualdade
que os direitos procurem alcançar a todos os grupos e classes sociais.

Diante de tudo que foi exposto pode-se afirmar que numa sociedade desigual e heterogênea como a brasileira, a po
educacional deve exercer um papel importante no desenvolvimento do cidadão, do sujeito em termos mais significat
Para tanto, é indispensável que esta se desenvolva acima dos preceitos da reprodução determinada pelo capital
domina o Estado e que adote uma atitude independente, para que o direito educativo de todos os indivíduos seja realm
efetivado. Mais do que oferecer as ações públicas, articuladas com as demandas da sociedade, devem se voltar pa
construção de direitos sociais.

Nesse contexto, a luta pela educação pública de qualidade voltada para a formação humana, a saber, superaçã
exclusões, encontra sentindo-se inserida no movimento de formação de identidade política do povo, bem como dos
governantes e, mais especificamente, daqueles responsáveis pela definição, implementação, acompanhamento e avali
de políticas públicas para a educação pública. Dessa forma, a educação será um espaço mais do que nunca privileg
para lidar com a diversidade, as diferenças culturais e sociais, bem como para combater a ocorrência de desigualdade
exclusão.

HISTÓRICO DA INCLUSÃO E EDUCAÇÃO ESPECIAL


Na pesquisa deste tema é importante abordarmos as diferentes definições da pessoa com deficiência no decorre
história da humanidade.

Os deficientes, os considerados “diferentes” da antiguidade até nossos dias, sempre foram marcados pela exclus
carregam o estigma da rejeição. Esta mesma já marcada no código de Hamurabi, um dos mais antigos conjuntos de
descobertos, que fazia referência a divisão de classes, onde a história já registra as primeiras notícias sobre o assunt
os filósofos Aristóteles e Herófilo, redigiram notas relacionadas à deficiência mental como mutações da estrutura cerebr

A pessoa com deficiência, sempre foi tratada como um ser atípico, alguém fora dos padrões normais pelo ponto de
histórico-cultural, que sempre traçou as diretrizes para a sociedade, sendo os critérios para a normalidade. Muitos te
foram utilizados para identificar pessoas com deficiência e atravessaram décadas buscando assumir um sentid
inovação na busca pela superação de preconceitos.

Durante muitos séculos foi utilizado o termo retardo mental, atualmente ainda encontrados nos mais importantes código
classificação de doenças. Já na década de 1960, este indivíduo com deficiência ou com retardo mental era reconhe
como “indivíduo excepcional”, significando que representava um tratamento a uma pessoa especialmente talentosa,
essa que buscava uma tentativa de atribuir um sentido positivo aos indivíduos, tentando superar assim as atit
preconceituosas em que eram envolvidas. Rapidamente novas expressões foram surgindo, a exemplo, pessoas
necessidades educacionais especiais, pessoa especial, ou apenas especial, na tentativa de apagar o sentido da deficiê

Mirian Aparecida Graciano de Souza Pan, reflete que:

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As diferentes formas de nomear podem apenas representar o esconderijo de ve


arapucas a maquiar valores sociais contraditórios e a encobrir as tensões geradora
novas formas veladas de exclusão (PAN, 2008, p. 28).

Para ter uma ideia, nos Estados Unidos, até aproximadamente o ano de 1800, a maioria dos alunos com deficiência
eram considerados dignos de ter uma educação formal, mesmo sendo percebidos como irmãos participantes
comunidade. Para a maioria dos alunos pobres dos Estados Unidos deficientes ou não, a primeira dificuldade
simplesmente ter acesso à educação.

Stainback relata que:

No final da guerra Americana da Independência, em 1783, grupos e cidadãos


estabeleceram várias sociedades filantrópicas cuja principal preocupação era garantir
grupos marginalizados não ameaçassem a República e os valores norte-america
vigentes na época. Os motivos da assistência social e do controle eram interligada
funcionamento dessas instituições. Alguns líderes, da educação especial da época fize
notáveis esforços para promover a ideia de que todas as crianças, incluindo as deficien
deveriam ter direito ao ensino (STAINBACK, 1999, p. 37).

Um dos pioneiros a introduzir o conceito da educação de pessoas com deficiência, foi Benjamim Rush, médico do fin
década de 1700, relatava que:

As instituições para pessoas com deficiência continuaram a crescer em número e tama


durante o final do século XIX até a década de 1950, ao mesmo tempo em que surgia
nova tendência de escola conhecida como “escolas comuns”, nas quais a maioria
crianças eram educadas, embora vários grupos de crianças fossem excluídas das esc
públicas regulares. Entre 1842 e 1918, todos os estados legislaram o ensino obrigató
as escolas públicas atraíram enorme quantidade de recursos para seu desenvolvim
(RURY, 1985; U. S. BUREAU OF THE CENSUS, 1975; U. S. DEPARTAME
EDUCATION, NATIONAL CENTER FOR EDUCATION STATISTICS, 1991).

Existiam vários grupos de crianças excluídas das escolas públicas regular dentre eles estão os afro-americanos
nativos americanos que eram em grande parte educados em sistemas escolares separados. Da mesma forma, os al
com deficiência mental visível em sua maioria continuaram sendo excluídos. As instituições residenciais e as esc
especiais permaneceram sendo as indicadas para colocar alunos cegos, surdos ou com deficiência física. Os alunos
déficits de desenvolvimento em geral não tinham nenhum tipo de serviço educacional disponível e ficavam quase se
nas alas dos fundos das grandes instituições do Estado, configurando a segregação da época.

A segregação é revelada por Sigmon (1983, p. 3), quando declara: “Quase todas as crianças confinadas a cadeira de ro
não treinadas no controle das funções fisiológicas ou consideradas ineducáveis eram excluídas, devido aos problemas
seu ensino iria envolver”.

Existem referências sobre a legalização do infanticídio das crianças deficientes até o século IV. Neste período a lut
bispo S. Nicolau Taumaturgo foi grandiosa e o mesmo passou a ser considerado o grande protetor e defensor destes s
humanos.

Na antiguidade predominava o abandono e a eliminação das pessoas com deficiência. O deficiente na Idade Média era
como fruto da ação demoníaca sendo considerado pela igreja como um castigo merecido aos pais.

Já na Idade Contemporânea tem início uma grande preocupação com a educação das pessoas com deficiência
proliferação dos discursos em prol das diferenças, preocupação essa de pouca valia já que a segregação fazia part
realidade dessa época, deixando, até os dias atuais, efeitos ainda prejudiciais às pessoas com deficiência, às escolas
sociedade em geral.

Num contexto histórico a guerra do Vietnã foi responsável por um aumento vertiginoso de deficientes, que além
comprometimentos fisicamente, apresentavam grandes problemas de readaptação social ao voltar ao convívio ap
guerra, muitas vezes por problemas emocionais, levando-os a se isolarem da vida em sociedade. O problem
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isolamento dos deficientes tornou-se tão grave, que levou à reação social, através dos movimentos de defesa dos dir
das minorias, entre elas os deficientes. A ideologia da normalização foi um dos produtos desse momento histórico.

Essa ideologia é discutida por Braddock (1977, p. 4) que define normalização como o “conjunto de ideias que reflete
necessidades sociais e aspirações de indivíduos atípicos na sociedade”.

Essa ideologia é evidenciada por Braddock (1977, p. 4) que dá a definição de normalização como o “conjunto de ideias
refletem as necessidades sociais e aspirações de indivíduos atípicos na sociedade”.

Fez referência à normalização como um processo de ajuda ao deficiente, no sentido de assegurá-lo condição de existê
o mais próximo possível das normas e padrões da sociedade.

Hoje, é sabido que não se trata de normalizar as pessoas, mas de “normalizar” o contexto em que vivem e se desenvol
ou seja, oferecer aos deficientes modos e condições de vida os mais compatíveis com suas limitações, incluindo-o
restante da sociedade a fim de que possam desenvolver o máximo suas potencialidades.

Com os avanços dos Direitos Humanos registraram-se consideráveis progressos na conquista da igualdade e do exer
de direitos e o que se sente e observa atualmente, tendo como grande enfoque, é a busca da inclusão destas pes
historicamente marcadas pela segregação, pelo preconceito e pela rejeição.

A Educação Especial que irá surgir ao longo dos tempos retrata a concepção e a visão da deficiência própria de
momento histórico, político e social, onde muitas vezes o que predominava era a educação elitista sendo que po
instituições ofereciam atendimento aos deficientes revelando assim a pouca preocupação com sua educação e com o
de segregação a que estavam submetidos.

No início do século XX, as grandes tendências que determinaram o caminho pedagógico do atendimento educaciona
alunos com deficiência foram a vertente médico-pedagógica, embora a prioridade fosse o atendimento médico, m
questão pedagógica foi significativa.

De acordo com Marcos Mazzota (1996), “a educação especial no Brasil é marcada por dois períodos: de 1854 a 1956,
iniciativas oficiais, particulares e isoladas, e de 1957 a 1993, com iniciativas oficiais e de âmbito nacional”. Até a décad
50, praticamente não se falava em Educação Especial, mas sim na educação de deficientes.

Relatam Coll e cols. (2004) até a primeira metade do século XX, a expressão deficiência tinha um entendimento de que
um problema hereditário, ou seja, algo que não mudaria ao longo da vida. Julgava-se que aquele que nascia com a
déficit sensorial ou mental estava sentenciado a viver com essas limitações. Acreditava-se que eles eram deficie
somente por condições metabólicas. Esse conceito fez com que muitas deficiências fossem encaradas como doenças
deveriam ser catalogadas, classificadas; e diagnosticadas por médicos e/ou profissionais ligados à saúde.

A Educação Especial transcorre, no final do século XX e início do século XXI, por grandes transformações, cris
renovações. É neste novo enredo histórico que se intensifica o processo de exclusão e surge um novo termo que
utilizado pessoa excepcional. Portanto, a história da humanidade, nas diferentes culturas ocidentais, nos transport
resgate das diferentes formas de se entender a deficiência e, portanto, seus paradigmas de atendimento.

Na década de 70 tem-se o conceito das classes especiais e detecta-se a necessidade de integração social dos indiví
que denota deficiência, iniciando-se um movimento cujo objetivo era integrá-los no âmbito escolar, revelando nesta é
avanços significativos na conquista da igualdade e do exercício de direito elevando aos poucos a pressão, de
sociedade envolvida, para que o Estado reconhecesse firmasse um compromisso cada vez mais com a Educação Esp
assumindo responsabilidade e dever. Aparece, então, programas de reabilitação global, incluindo a inserção profission
pessoas com deficiência.

Os autores MOSQUERA; STOBAUS (2004), afirmam fazendo este comentário:

A partir da década de 80 surgem, em nosso país, principalmente no Rio Grande do Su


estudos e aplicações da estimulação precoce, em crianças de zero a três anos de id
que apresentam alguma alteração global em seu desenvolvimento, tanto na
hospitalar e médica, como nas escolas especiais e, posteriormente, nas creches e esc

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infantis. A partir desta nova abordagem dinâmica no tratamento de bebês com deficiê
mental, inicia-se a intervir mais precocemente nas desordens neuromotoras, cognitiv
afetivas desses sujeitos, modificando o prognóstico de aprendizagem dos mes
(MOSQUERA; STOBAUS, 2004, p. 19).

O caminho de batalha em busca da educação e principalmente da luta pelos seus direitos como cidadãos, levando
consideração suas deficiências, deve-se ao papel determinante administrado pelas instituições privadas e de ca
filantrópico. Estas organizaram 9 grandes movimentos pelos direitos das pessoas com deficiência e conduziram para o
das discussões os direitos tão sonegados no decorrer do tempo, denunciando a discriminação, o preconceito e a falt
programas educacionais básicos.

Pertinente a esse assunto se faz necessário um texto extraído da Revista da Educação Especial:

Desde meados dos anos 80 e princípio dos 90, inicia-se no contexto internaciona
movimento materializado por profissionais, pais e as pessoas com deficiência, que lu
contra a ideia de que a educação especial, embora colocada em prática junto co
integração social, estivera enclausurada em um mundo à parte, dedicado à aten
reduzida proporção de alunos qualificados como deficientes. Surge também mais
menos nesta época o movimento que aparece nos EUA denominado “Regular Educa
Iniciative” (REI), cujo objetivo era a inclusão na escola comum das crianças com alg
deficiência (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, out. 2005).

A Educação Especial é uma modelo de ensino onde sua aplicação engloba todo o sistema educacional do país e
proporcionar a pessoa com deficiência à superação de suas capacidades, o desenvolvimento pleno de sua personalida
participação ativa na sociedade e no mercado de trabalho e aquisição de conhecimentos. Também, conforme o Minis
da Educação e Cultura, Espanha (Madri, 1988) “É o conjunto de recursos educativos postos a disposição de alunos qu
alguns casos possam necessitar, de forma transitória ou de forma mais continuada ou permanente” (Revista Brasileir
Educação Especial, 2010).

A competência da Educação Especial é de suma importância dentro da perspectiva de atender as crescentes exigência
uma sociedade em processo de renovação e de buscar incessantemente o valor da democracia, que só será alcan
quando todas as pessoas tiverem acesso à informação, ao conhecimento e aos meios necessários para a formação de
plena cidadania. A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que existem 600 milhões de pessoas com deficiênc
planeta, sendo que, 400 milhões nos países em desenvolvimento. Dados do Banco Mundial apontam que pelo meno
milhões de indivíduos com deficiência estão na América Latina e Caribe, dos quais vinte e quatro milhões são brasileiro
Censo Demográfico (2000) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta que existem aproximadam
3.605.183 jovens com pelo menos uma deficiência (14,7% do total de jovens) (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCA
ESPECIAL, 2010).

No final da década de 80, surge o movimento de inclusão que coloca em xeque mate qualquer situação de exclusão, t
como princípio básico a igualdade de oportunidades nos sistemas sociais, incluindo, principalmente, a instituição esc
Sendo este um movimento mundial tem como mandamentos basilares o direito de todos os alunos frequentarem a es
regular e a valorização da diversidade, de modo que as diferenças passam a ser parte do estatuto da instituição e toda
formas de construção de aprendizagem sejam levadas em conta no âmbito escolar.

EDUCAÇÃO ESCOLAR INCLUSIVA


O ramo da educação tem hoje o papel de promover e de oferecer alternativas para que as pessoas que estejam tot
parcialmente excluídas do sistema de ensino possam ter oportunidades reais de reintegrar-se, através da participação,
como da luta pela de direitos sociais e do resgate da cidadania universalmente. O interesse nessa problemática
provocando a reformulação de grandiosos sistemas educacionais, que, por consequência, traçaram ações harmôn
como, por exemplo, fazer de tudo para que seja possível que a educação alcance a todos os alunos em contextos regu
e não segregados.

O autor Romeu Kazumi Sassaki (2003) em sua obra afirma que:

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Educação inclusiva é o conjunto de princípios e procedimentos implementados p


sistemas de ensino para adequar a realidade das escolas à realidade do alunado que
sua vez, deve representar toda a diversidade humana. Nenhum tipo de aluno poderá
rejeitado pelas escolas. As escolas passam a ser chamadas inclusivas no momento
que decidem aprender com os alunos o que deve ser eliminado, modificado, substituíd
acrescentado nas seis áreas de acessibilidade, a fim de que cada aluno possa apre
pelo seu estilo de aprendizagem e com o uso de todas as suas múltiplas inteligên
(SASSAKI, 2003, p.15).

Outro conceito importante é de Mantoan (2004), ele afirma que a educação inclusiva

é fruto de uma educação plural, democrática e transgressora, haja vista que a mesma
uma crise escolar, ou seja, uma crise de identidade institucional, que, por sua vez, aba
identidade dos professores e faz com que seja redefinida a identidade do aluno. D
modo, a educação para todos tem como objetivo desempenhar seu dever de abra
todas as crianças na escola e defender valores como ética, justiça e direito de acess
saber e à formação. (MANTOAN, 2004, p. 45)

Toda exclusão social de indivíduos com deficiências ou alguma necessidade especial é tão antiga quanto à socializaçã
homem. Toda vez que nos referimos ao tema integração ou inclusão social nos somos remetidos às pessoas
deficiência. Não são poucos entendem a integração de forma equivocada ao relacionarem este movimento como sinô
de inclusão. Mesmo com o sistema de integração sendo muito criticado, principalmente pelo seu caráter excludente, po
para haver integração é necessário que à pessoa com deficiência se adeque, se amolde para poder dar conta
exigências da sociedade. É um verdadeiro processo de seleção, processo que atinge toda a sociedade. Toda via
correspondência às pessoas com deficiência, o processo se faz ainda mais cruel e danoso. São lhes tirados até mes
oportunidade de competir, eles são excluídos por um estigma, o princípio da incapacidade.

Mesmo que muitas pessoas confundam o processo de integração com o da inclusão, é necessário que se ten
percepção das diferenças de suas propostas e o que deve ser levando em consideração através da analise são os obje
que cada um desses processos dispõe. Para que se adquira uma vida social que traga liberdade e igualdade, é pre
excluir completamente do seio da sociedade toda atitude discriminatória para com todos os indivíduos que poss
diferenças e deficiências físicas, cognitivas ou psicossociais.

Romeu Sassaki (2003) continuando a cerca da inclusão acredita que a inclusão social é “a forma pela qual a sociedad
adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com deficiência e, simultaneamente, essas també
organizam para assumir seus papéis na sociedade”. O autor Deixa claro que para ele, a sociedade precisa de
transformação completa, devendo, ainda perceber que ela precisa de capacitação para atender às necessidades de
membros.

A conclusão que se nota é que a interpretação do autor supracitado é completamente diferente do que todos imaginam,
na sua visão a inclusão e integração de jeito nenhum tem o esmo significado. A integração é, portanto, a inserção de
portador de deficiência que já está preparado para conviver na sociedade, ou seja, ele deverá ter recebido já toda instr
necessária para se adaptar ao movimento da sociedade, ao passo que a inclusão é conhecida como a transformaçã
sociedade como condição básica para que os mesmos indivíduos possam buscar o próprio desenvolvimento para exer
da cidadania. Conforme foi passando o tempo pode-se perceber a posição a aceitação social do indivíduo que apres
algum tipo de deficiência. A título de curiosidade alguns autores trazem em suas obras explicando que na Idade M
esses indivíduos eram isolados nas igrejas ou tinha função de bobo da corte. Sendo que esses seres humanos e
considerados diabólicos, com isso eram perseguidos e maltratados.

Para resumir a educação inclusiva pode ser entendida como uma concepção de ensino contemporânea que tem
finalidade a garantia dos direito de todos à educação. Ela presume que todos de forma igualitária tenham as mes
oportunidades com base na valorização das diferenças humanas, contemplando, assim, as diversidades étnicas, soc
culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos. provoca uma mudança na cultura, das prátic
das políticas vigentes na escola e nos modelos de ensino, de modo a garantir o acesso, a participação e a aprendizage
todos, sem exceção.

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Além de uma importante ferramenta na análise do discurso e das práticas, a educação inclusiva possui princípios
também representam uma referência fundamental. Além disso, sempre estar estudando sobre o assuntos e faz
reflexões com frequência também pode ajudar educadores experientes e comprometidos com a inclusão a não “perder
rumo”. Os

Segundo o site Diversa: Educação Inclusiva na Prática os cinco princípios da educação inclusiva são:

1. Toda pessoa tem o direito de acesso à educação;

2. Toda pessoa aprende;

3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular;

4. O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos

5. A educação inclusiva diz respeito a todos;

LEGISLAÇÃO: NACIONAIS E INTERNACIONAIS


Ao longo deste árduo caminho houve muitos avanços, na tentativa da conquista de igualdade e do exercício de di
através da legislação brasileira, bem como, internacionais que vieram fomentar a Política Nacional da Educação Esp
na perspectiva da Educação Inclusiva.

Lei nº 4024/61

Aponta que a educação dos excepcionais deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação. N
período a educação dos deficientes é feita por classes especiais, instituições e oficinas separadas da educação reg
acentuando com isso as diferenças mesmo com a possibilidade de desenvolver habilidades nos indivíduos que a es
regular não conseguia. Ocorria também o encaminhamento de indivíduos com deficiência, a postos de trabalho após
longo período em oficinas.

Lei nº 5692/71

Prevê “tratamento especial aos excepcionais”. De acordo com Carvalho, as escolas e as classes especiais passaram
um elevado número de alunos com “problemas” e que não necessitariam estar ali. A oficialização da educação especial
classes especiais se deu em consequência dessa lei, com a criação do Centro Nacional de Educação Especial.

Parecer nº 848/72 do CFE

Sugere a “adoção” de medidas urgentes para que também o campo de ensino e amparo ao excepcional seja dinamiza
A Constituição Federal (1988) Assegura que é objetivo da República Federativa do Brasil “promover o bem de todos,
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (Artigo 3º, Inciso IV). Em
Artigo 5º, a Constituição garante o princípio de igualdade:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vid
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...) (CFRB/88).

Ainda na própria Constituição Federal encontra-se garantido em seu Artigo 205 que a educação é direito de todos e d
do Estado e da família. Logo em seguida, no Artigo 206, estabelece a igualdade de condições para o acesso e permanê
na escola. O Atendimento Educacional Especializado, oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, també
garantido na Constituição Federal (Artigo 208, Inciso III).

Conclusão, a Constituição Federal garante a todos os alunos a frequência no ensino regular, com base no princípi
igualdade. Assim, todo aluno tem direito de estar matriculado no ensino regular e a escola tem o dever de matricular t
os alunos, não devendo discriminar qualquer pessoa em razão de uma deficiência ou sob qualquer outro pretexto.

Lei nº 7853/89

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Prevê a oferta obrigatória e gratuita da Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino, considerando cri
recusa de alunos com deficiência em estabelecimentos de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado. –

Declaração Mundial de Educação para Todos (1990)

Foi aprovada em Jomtien, Tailândia, em 1990. Essa declaração tem como objetivo garantir o atendimento às necessid
básicas da aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos. Em seu Artigo 3º a Declaração trata da universalizaçã
acesso à educação e do princípio de equidade. Especificamente em relação à educação dos alunos com deficiênc
documento diz:

As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiê


requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de ac
à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte do sist
educativo (p. 4)

Declaração de Salamanca (julho de 1994)

Devido à inquietação que a exclusão de pessoas com deficiência causava nos países da Europa e também para reafirm
direito de “Educação para todos” em 10 de junho de 1994, representantes de 92 países e 25 organizações internacio
realizaram a Conferência Mundial de Educação, encontro realizado pelo governo espanhol e pela UNESCO, dando ên
a Educação Integradora, capacitando os professores e escolas para atender as crianças, jovens e adultos deficie
Proclama também que as escolas regulares com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de com
atitudes discriminatórias e que alunos com deficiência devem ter acesso à escola regular, tendo como princípio orient
que “as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, soc
emocionais, linguísticas ou outras” (BRASIL, 2006, p. 330).

Revela--se evidentemente que a Declaração de Salamanca reafirma no princípio orientador o desafio da educação inclu
lançado às escolas, no intuito de que devem acolher e ensinar a todos os alunos.

É importante destacar que a LDBEN garante, em seu Artigo 59, que os sistemas de ensino assegurarão aos alunos
necessidades especiais: - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atende
suas necessidades; - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusã
ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar
os superdotados.

Convenção Interamericana para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portad
de Deficiência (Convenção da Guatemala, 2001)

Esta Convenção da Guatemala foi promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. Deixando c
que todas as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos que qualquer outra pessoa, no tocante a não se
discriminadas única e exclusivamente pela sua deficiência. Esse documento tem como finalidade principal “preve
eliminar todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integraç
sociedade” (Artigo 2º).

No Artigo 1º (nº 2, “a”) a Convenção explicita definição da terminologia discriminação: O termo “discriminação contr
pessoas portadoras de deficiência” quer dizer toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada na deficiê
antecedente de eficiência, consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada,
tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas portadora
deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais.

Esse documento busca terminantemente deixar claro que pessoas com deficiência não podem ser alvo de tratam
desigual, nem mesmo sofrer discriminação que é compreendida como forma de diferenciação, restrição ou exclusão
base exclusivamente na deficiência.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006)

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O Artigo 24 dessa Convenção confere total reconhecimento o direito à educação sem discriminação e com igualdad
oportunidades das pessoas com deficiência. Neste artigo consta que os Estados Parte deverão assegurar que:

- as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob a alegação de deficiência e qu
crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob a alegação de deficiên

- as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdad
condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem;

- adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas;

- as pessoas com deficiência recebem o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a fac
sua efetiva educação; e

- efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadê
e social, compatível com a meta de inclusão plena.

Fica garantido, a partir dessa Convenção, o direito de todos os alunos frequentarem o ensino regular, repudiando qua
tipo de discriminação por apresentarem uma deficiência. Sendo assegurado também o direito ao apoio necessário
promoção facilitada da aprendizagem do aluno com deficiência, apoio esse que pode ser oferecido pelo Atendim
Educacional Especializado (AEE) levando em consideração as necessidades específicas de cada aluno.

A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (janeiro de 2008)

Estabelece que a Educação Especial é uma modalidade de ensino que transcende todos os níveis (Educação Bás
Ensino Superior) e realiza o Atendimento Educacional Especializado sendo este complementar e/ou suplementar no en
regular, fazendo com que o aluno receba atendimento de acordo com suas necessidades específicas como complem
educacional. Esse define ainda quem são os alunos atendidos pela Educação Especial, trazendo uma classificação: al
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento a altas habilidades/superdotação. Essa política tem por objetiv

(...) o acesso, a participação e a aprendizagem de alunos com deficiência, transto


globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regula
orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacio
especiais, garantindo: - transversalidade da educação especial desde a educação inf
até a educação superior; - atendimento educacional especializado; - continuidade
escolarização nos níveis mais elevados do ensino; - formação dos professores pa
Atendimento Educacional Especializado e demais profissionais da educação pa
inclusão escolar; - participação da família e da comunidade; - acessibilidade urbanís
arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicaçã
informação; e - articulação intersetorial na implementação das políticas púb
(Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 14).

Sob um olhar renovado e uma proposta nova é percebido novo prisma sob a Educação Especial, onde é lançado à esc
desafio de questionar e se ampliar no atendimento das diferentes contribuindo na construção da aprendizagem, tendo c
foco principal o aluno.

Decreto nº 6.571/2008

Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, consolida as diretrizes e ações que já existem, voltadas à educ
especial na perspectiva da educação inclusiva. Ele regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 9394/1
destinando recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) ao atendimento educac
especializado de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdot
matriculados na rede pública de ensino regular.

Decreto nº 6.949, 25 de agosto de 2009

Tem como objetivo promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberd
fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito por sua dignidade inerente.
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Esses e muitos outros fatores contribuíram para a realização efetiva do atendimento as pessoas com deficiência, deix
claro que a Educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, assegurado pela Constituição Brasileira de
no seu Art. 205, incentivando assim uma sociedade que aceite e valorize as diferenças sem exclusão. Para que ocorr
prática uma “educação para todos” é primordial que seja feita uma verdadeira revolução dos conceitos, uma transform
de mentalidades “cheias” de preconceitos, para que se manifeste um movimento realmente inclusivo que traga resp
dignidade, integração em prol das pessoas com deficiência que só será possível quando ocorrer uma mudança de po
dos gestores da educação com programas políticos responsáveis e competentes.

É nosso Dever, então, conviver, respeitar, tolerar, acolher e aceitar as diferenças, e para que isso seja possível se
necessário que seja fomentado em crianças desde os primeiros anos de vida escolar e em todos os níveis do sis
educacional uma atitude de respeito para com os direitos das pessoas com deficiência. Somente assim, teremos ad
que valorizem e respeitem a igualdade como um direito básico de todo cidadão e não como algo que precisa
conquistado.

Nesse conjuntura, Paulo Freire brilhantemente explana que: “a inclusão não é uma utopia, mas uma oportunidade a
realizada, desde que todos nós iniciemos uma luta contra nossos preconceitos e formas mais mascaradas de prática
exclusão”.

É de suma importância, primordial mesmo que professores, alunos considerados “normais” e o Poder Público cumpra
mais com seu papel de instância crítica da realidade e a escola de formadora de cidadãos que possam participar da
em comunidade. Para gerar em grande escala uma aceitação e paz social, todas as crianças devem ter a oportunidad
se tornarem membros efetivos da vida educacional e social.

Cabe aqui também ressalta a Legislação Federal Brasileira de alunos com deficiência, mais recentes, a titulo
conhecimento mesmo, extraímos o exposto a seguir do site www.diversa.org.br sob o título de Diversa – educação inclu
na prática:

2009

Decreto executivo nº 6.949  Site externo:  promulga a Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência e
protocolo facultativo.

Resolução MEC CNE/CEB  nº 4  Site externo:  institui as diretrizes operacionais para o atendimento educac
especializado na educação básica, modalidade educação especial. Afirma que o AEE deve ser oferecido no turno inv
da escolarização, prioritariamente nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de en
regular.

2011

Plano nacional dos direitos da pessoa com deficiência (Plano viver sem limite) Site externo: no art. 3º, estabelece a gar
de um sistema educacional inclusivo como uma das diretrizes. Ele se baseia na Convenção sobre os direitos das pes
com deficiência, que recomenda a equiparação de oportunidades. O plano tem quatro  eixos: educação, inclusão so
acessibilidade e atenção à saúde. O eixo educacional prevê:

• Implantação de salas de recursos multifuncionais, espaços nos quais é realizado o AEE;

• Programa escola acessível, que destina recursos financeiros para promover acessibilidade arquitetônica nos pré
escolares e compra de materiais e equipamentos de tecnologia assistida;

• Programa caminho da escola, que oferta transporte escolar acessível;


• Programa nacional de acesso ao ensino técnico e emprego (Pronatec), que tem como objetivo expandir e democratiz
educação profissional e tecnológica no país;

• Programa de acessibilidade no ensino superior (Incluir);

• Educação bilíngue – Formação de professores e tradutores-intérpretes em Língua Brasileira de Sinais (Libras);

• BPC na escola.

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Decreto nº 7.611 Site externo: declara que é dever do Estado garantir um sistema educacional inclusivo em todos os n
e em igualdade de oportunidades para alunos com deficiência; aprendizado ao longo da vida; oferta de apoio necessári
âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação, entre outras diretrizes.

Nota Técnica MEC/SEESP/GAB nº 06  Site externo:  dispõe sobre avaliação de estudante com deficiência intelec
Estabelece que cabe ao professor do atendimento educacional especializado a identificação das especificid
educacionais de cada estudante de forma articulada com a sala de aula comum. Por meio de avaliação pedagó
processual, esse profissional deverá definir, avaliar e organizar as estratégias pedagógicas que contribuam co
desenvolvimento educacional do estudante, que se dará junto com os demais na sala de aula. É, portanto, importantís
a interlocução entre os professores do AEE e da sala de aula regular.

2012

Decreto nº 7.750  Site externo:  regulamenta o Programa um computador por aluno (PROUCA) e o regime especia
incentivo a computadores para uso educacional (REICOM). Estabelece que o objetivo é promover a inclusão digita
escolas das redes públicas de ensino federal, estadual, distrital, municipal e nas escolas sem fins lucrativos de atendim
a pessoas com deficiência, mediante a aquisição e a utilização de soluções de informática.

2013

Parecer CNE/CEB nº 2 Site externo: responde à consulta sobre a possibilidade de aplicação de “terminalidade espec
nos cursos técnicos integrados ao ensino médio: “O IFES entende que a ‘terminalidade específica’, além de se cons
como um importante recurso de flexibilização curricular, possibilita à escola o registro e o reconhecimento de trajet
escolares que ocorrem de forma especifica e diferenciada”.

2014

Plano nacional de educação (PNE): define as bases da política educacional brasileira para os próximos 10 anos. A me
sobre educação especial, causou polêmica: a redação final aprovada estabelece que a educação para os alunos
deficiência deve ser oferecida “preferencialmente” no sistema público de ensino. Isso contraria a Convenção sobr
direitos das pessoas com deficiência, a Constituição federal e o texto votado nas preparatórias, que estabelece
universalização da educação básica para todas as pessoas entre 4 e 17 anos em escolas comuns – sem a atenuant
termo “preferencialmente”.

Portaria interministerial nº 5  Site externo:  trata da reorganização da Rede nacional de certificação profissional (R
Certific). Recomenda, entre outros itens, respeito às especificidades dos trabalhadores e das ocupações laborai
processo de concepção e de desenvolvimento da certificação profissional.

2015

Lei nº 13.146 – Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (LBI): o capítulo IV aborda o direito à educação,
base na Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, que deve ser inclusiva e de qualidade em todo
níveis de ensino; garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serv
e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras. O AEE também está contemplado, entre outras medidas.

2016

Lei nº 13.409  Site externo:  dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico de
médio e superior das instituições federais de ensino. As pessoas com deficiência serão incluídas no programa de cota
instituições federais de educação superior, que já contempla estudantes vindos de escolas públicas, de baixa renda, ne
pardos e indígenas. O cálculo da cota será baseado na proporcionalidade em relação à população, segundo o censo
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PAPEL DO PROFESSOR E DA ESCOLA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA


É inegável a discrepância humana. Porém a escola, mesmo sendo um espaço sociocultural onde as diferenças camin
mutuamente, nem sempre aprovou sua existência ou considerou-a na sua complexidade, em todos os componente

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processo pedagógico. Propiciar essas diferentes presenças de forma coesa e harmoniosa sempre produtiva na esco
um grande desafio, visto que, esta sempre buscou fortalecer um trabalho baseado na homogeneização, e ainda ‘justific
na premissa de que turmas homogêneas contribuem para o trabalho do professor e facilitam a aprendizagem.

Historicamente a escola se caracterizou pela ótica da educação que delimita a escolarização como vantagem de al
grupos, dando legitimidade a um processo de exclusão por meio de suas políticas e práticas educacionais, que descre
a ordem social. Pois, a escola é o primeiro espaço fundamental da manifestação da diversidade, sucede daí a necessi
de repensar e defender a escolarização como princípio inclusivo, reconhecendo a possibilidade e o direito que todos de
ser por ela alcançados. Assim sendo, a atividade de inclusão traz como premissa básica, conceder a Educação para to
haja vista, que o direito do aluno com necessidades educacionais especiais, e porque não dizer de todos os cidadã
educação é um direito garantindo constitucionalmente. No entanto, percebesse na prática a duras penas que a reali
desse método de inclusão ainda é bem diversa do que se propõe na legislação e requer ainda responder a m
questionamentos pertinentes a este tema. Percebe-se com clareza que se compararmos a legislação e a reali
educacional, a inclusão dos alunos que necessitam de amparo educacional especial no ensino regular não se consolido
forma desejada, a proposta de educação existente ainda não garante condições satisfatórias para ser conside
totalmente adequada e inclusiva. Ainda, há a necessidade de uma grande competência profissional, projetos educacio
mais arquitetados, uma grande intensidade de possibilidades de recursos educacionais.

Para garantir uma educação de qualidade para todos provoca, dentre outros motivos, um redimensionamento da esco
que diz respeito, não somente na aceitação, mas principalmente na valorização das diferenças. Esta valorizaçã
apresenta pelo resgate dos valores culturais, os que consolidam sua identidade individual e coletiva, bem como,
dedicação ao ato de aprender e de construir. Por isso, a Educação Inclusiva, que é diversa da Educação Tradiciona
qual todos os alunos é que precisavam se adaptar a ela, chega estabelecendo um novo modelo onde a escola é
precisa se adaptar às necessidades e peculiaridades do aluno, buscando além da sua continuação na escola, ter o
desenvolvimento maximizado. Ou seja, nos moldes da educação inclusiva, uma escola deve se organizar para enfren
desafio de disponibilizar uma educação de qualidade para todos. Levando em consideração que, cada aluno numa es
apresenta características que são só deles, e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e espec
firmando uma diversidade de vantagens e ritmos de aprendizagem, Hoje o desafio da escola é trabalhar com
diversidade na busca de reformular um novo conceito do processo ensino e aprendizagem, extirpando definitivamente o
caráter discriminador, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.

Houve várias reformulações educacionais no país nas últimas décadas, com destaque para a nova Lei de Diretriz
Bases da Educação Nacional, no ano de 1996, o conteúdo das necessidades educativas especiais esteve presente, c
citação comum da responsabilidade do poder público e da matrícula preferencial na rede regular de ensino, com apoiad
necessários especializados.

Com a Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, houv
melhoramento na perspectiva da universalização e atenção à diversidade, na educação brasileira, com a seg
recomendação, em seu Art. 2º aduz que:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organ


se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais espec
assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para to
(RESOLUÇÃO n.2/2001).

No entendimento de Mantoan (2004), a Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é um movimento
tem sido muito polemizado por diferentes segmentos, mas essa inserção nada mais é do que “garantir o d
constitucional que todos independentes de suas necessidades, têm a uma educação de qualidade, e que a Inclusã
depender da capacidade de lidarmos com a diversidade e as diferenças”.

Com toda certeza, generalizando, as escolas conhecem a legislação acerca da inclusão bem como da obrigação de ga
vagas para os alunos com necessidades educacionais especiais, no entanto se apegam a alguns obstáculos pelo sim
fato de não haver a sustentação necessária, como por exemplo, a falta de definições mais estruturadas acerca da educ
especial e da estrutura necessária a sua efetivação. Outro impasse, é a dura realidade das condições de trabalho
limites da formação profissional, o número excessivo de alunos nas salas por turma, a estrutura física inadequad

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inaptidão para ensinar "alunos especiais". É Sabido que, para que a inclusão se concretize não basta leis que a garan
mas há a necessidade de modificações profundas e relevantes no sistema de ensino. Claro que essas mudanças prec
levar em consideração o contexto socioeconômico, além de ser um processo gradativo, planejado e contínuo para ga
uma educação de ótima qualidade. De outra forma, o processo de Inclusão já está funcionando e não se trata de desa
ou para-lo, mas sim de buscarem ajustes formas de articulações que viabilizem essa nova forma de ver e pensar a es
Ademais, a educação inclusiva beneficia não só o aluno com necessidades educacionais especiais, mas, também os o
alunos que criam em si atitudes de respeito e compreensão pelas diferenças, além de juntos receberem uma metodo
de ensino diferenciada e terem a disposição recursos maiores.

Do ponto de vista histórico-crítico, Saviani (2004), aponta que “o papel do professor nesse processo de inclus
fundamental, uma vez que, ele é o mediador do processo ensino/aprendizagem”. Na realidade, cabe-nos até, algu
indagações: a vaga dos alunos com necessidades especiais na rede regular deve ser realizada porque está na Le
porque entendemos suas condições de aprendizagem real? Devemos integrá-los porque nos causam pena ou po
vemos neles a possibilidade real de participação e contribuição na sociedade?

Mantoan (2004) afirma sua posição dizendo que:

é necessário recuperar, urgentemente, a confiança dos professores em saberem lid


desenvolver o processo de ensino/aprendizagem com todos os alunos, sem exceç
Para isso, é oportuno possibilitar aos docentes a participação em cursos que discu
estratégias educacionais visando à participação ativa e consciente de todos os aluno
processo de ensino-aprendizagem. Esses cursos devem atender as necessidades
preparo que os professores têm para desenvolver práticas docentes realmente inclusiv

Já nas palavras de Rosita Édler Carvalho, explana que:

A Letra das leis, os textos teóricos e os discursos que proferimos asseguram os dire
mas o que os garante são as efetivas ações, na medida em que se concretizam
dispositivos legais e todas as deliberações contidas nos textos de políticas públicas.
tanto, mais que prever há que prover recursos de toda a ordem, permitindo que os dir
humanos sejam respeitados, de fato. Inúmeras são as providências polít
administrativas e financeiras a serem tomadas, para que as escolas, sem discrimina
de qualquer natureza, acolham a todas as crianças, independentemente de s
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras... (Carva
2004, p. 77)

Consequentemente, para que a inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino
efetivada, promovendo o resgate de sua cidadania e aumentar suas perspectivas existenciais, não basta à elaboraç
aprovação de leis que estipulam a criação de cursos de capacitação básica de professores, nem mesmo a imposiçã
matrícula nas escolas da rede pública. Podem até ser e são, sem dúvida, medidas essenciais, porém não são suficiente

Sabemos que além da vocação que é uma qualidade que nasce com alguns indivíduos para determinadas carreiras a
de ensinar é uma tarefas que envolvem outras habilidades principalmente:

- Conhecimento acerca de como se dá o processo de ensino/aprendizagem;

- Domínio do conhecimento a ser socializado;

- Competência técnico-pedagógica;

- Planejamento;

- Intencionalidade pedagógica;

- Competência para perceber e atender às especificidades educacionais dos alunos.

Incluir pessoas com necessidades educacionais especiais na escola regular abre caminho para uma grande reform
sistema educacional. Isto provoca uma versatilidade ou adequação do currículo, com mudanças dos modelos de en
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metodologias e avaliações; implica diretamente no desenrolar dos trabalhos em grupos dentro da sala de aula e na cri
e até adequação de estruturas físicas que facilitem tanto o ingresso como a movimentação de todas as pessoas, no toc
também ao conforto e segurança. É um grande desafio, fazer com que a Inclusão aconteça, sem perdermos o foco
além das oportunidades, devemos garantir não só o desenvolvimento da aprendizagem, bem como, o desenvolvim
integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais.

Tem-se consciência de que o desafio colocado aos professores é demasiadamente pesado e que parte significativa de
está na situação de “não preparados” para desenvolver estratégias de ensino diversificado, mas, o aluno com necessid
especiais encontra-se na escola, resta então a cada um, encarar esse desafio procurando contribuir para que no âm
escolar, aconteçam avanços e transformações, mesmo que sejam poucas e diminutas, mas que possam representa
início de uma inclusão escolar possível.

De acordo com o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) as adaptações de currículo consistem em
condições físicas, ambientais e materiais para o aluno, na sua unidade escolar de atendimento; proporcionar os melh
níveis de comunicação e interação com as pessoas com as quais convive na comunidade escolar, favorecer a particip
nas atividades escolares; propiciar o mobiliário, equipamentos específicos necessários e salas adaptadas; fornecer ou a
para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários: próteses auditivas, treinadores da
software educativo, entre outros; adaptar materiais de uso comum em sala de aula: slides, cartazes, entre outros; ado
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS (no processo ensino-aprendizagem e avaliativo), além de material escr
computador.

Neste sentido Oliveira & Machado citam Glat dizendo que :

Adaptações curriculares de modo geral envolvem modificações organizativas,


objetivos e conteúdos, nas metodologias e na organização didática, na organização
tempo e na filosofia e estratégias de avaliação, permitindo o atendimento às necessida
educativas de todos os alunos em relação à construção do conhecimento. (Olivei
Machado apud, GLAT, 2007).

Um currículo que leve em consideração a diversidade deve ser, antes de tudo, flexível, e passível de adaptações,
perda de conteúdo. Deve ser desenhado tendo como objetivo geral a “redução de barreiras atitudinais e conceituais”,
pautar em uma “ressignificação do processo de aprendizagem na sua relação com o desenvolvimento humano”. (Olive
Machado apud, GLAT, 2007).

A inclusão de alunos com necessidades especiais na classe regular implica o desenvolvimento de ações adaptat
visando à flexibilização do currículo, para que ele possa ser desenvolvido de maneira efetiva em sala de aula, e atend
necessidades individuais de todos os alunos.

Segundo Enicéia Gonçalves Mendes (2002), afirma que:

para atender os alunos com necessidades educacionais com qualidade, a escola d


modificar-se no aspecto político (construção de uma rede de suportes capaz de fo
pessoal e promover serviços na escola, na comunidade, na região); no asp
educacional (capacidade de planejar, programar e avaliar programas para difere
alunos em ambientes da escola regular) e no aspecto pedagógico (o uso de estratégia
ensino que favoreçam a inclusão e descentralize a figura do professor, o incentiv
tutorias por colegas, a prática flexível, a efetivação de currículos adaptados). (Men
2002, p. 76).

Nessa direção, nossa atenção esta voltada para as ações que cabem aos professores que é realizar a prática pedagó
com intuito de favorecer a aprendizagem de todos os alunos envolvidos no processo. Sugerimos algumas Adapta
Curriculares de Pequeno Porte (Adaptações Não Significativas), possíveis de serem aplicadas.

Conforme o Ministério da Educação - MEC as adaptações curriculares são:

Respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de form
favorecer a todos os alunos e dentre estes, os que apresentam necessida
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educacionais especiais: a) de acesso ao currículo; b)de participação integral, efetiva e


sucedida em uma programação escolar tão comum quanto possível; (MEC/SE
BRASIL, 2000, p. 7).

De modo geral dentre essas adaptações que fazem parte do currículo, para garantir a inclusão e a permanência do a
com necessidades educacionais especiais no ensino regular, estão:

- A criação de condições físicas, materiais e ambientais na sala de aula;

- Favorecer o melhor nível possível de comunicação e interação do aluno com toda a comunidade escolar;

- Permitir e favorecer a participação do aluno em toda e qualquer atividade escolar;

- Lutar pela aquisição de equipamentos e materiais específicos necessários;

- Realizar adaptações em materiais de uso comum em sala de aula;

- Permitir sistemas alternativos de comunicação, tanto no decorrer das aulas como nas avaliações, para alunos que
utilizam a comunicação oral;

- Colaborar na eliminação de sentimentos de baixa autoestima, inferioridade, menos valia ou fracasso.

Essas adaptações de pequeno porte que são entendidas como não significativas constituem pequenas adequações
ações planejadas a serem desenvolvidas no espaço da sala de aula. Além dessas adaptações gerais, é muito impor
considerar também as adaptações mais específicas de acordo com cada peculiaridade. É de suma importância ress
ainda, que antes mesmo da inicialização de um trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais, no en
regular, é necessário que se faça uma preparação dos outros alunos, no tocante a conscientização da importânci
convivência na diversidade e do respeito às diferenças.

Para que o processo de inclusão possa ser orientado ao atendimento eficiente dos alunos que possuem necessid
especiais, no modelo atual das escolas brasileiras, devemos fazer uma reformulação na escola e suas prá
pedagógicas, buscando o beneficio de alunos e professores. É preciso organizar e estabelecer o desenvolviment
estratégias de intervenção que facilitem a implantação deste processo. Deixando claro que não há modelos pedagóg
prontos, fechadas, nem diretrizes que possam dar conta de uma transformação da escola tradicional para uma es
inclusiva e de qualidade para todos.

Cada escola, cada turma, cada professor, cada aluno, possuem suas peculiaridades e pertencem a diferentes realida
Mas, é possível estabelecer algumas adequações que tragam uma contribuição de forma simples, prática e abrangen
várias situações, dificuldades e necessidades especiais existentes nas escolas, uma vez que os alunos com necessid
especiais, já estão chegando na escola, então cabe a cada um, encarar esse desafio de forma a contribuir para qu
espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, que propiciem o início de uma inclusão escolar possível no se
de favorecer uma aprendizagem de qualidade para todos os alunos envolvidos no processo.

O PAPEL DA VISÃO NA VIDA ESCOLA


O aluno que enxerga estabelece uma comunicação visual com o mundo exterior desde os primeiros anos da vida es
porque é estimulado a olhar para tudo o que está à sua volta, sendo possível acompanhar todos os movimentos a sua
sem sair do lugar. A visão é primordialmente importante na hierarquia dos sentidos e ocupa uma posição proeminent
que se refere à percepção e integração de formas, contornos, tamanhos, cores e imagens que estruturam a composiçã
tudo que vemos num ambiente. É o elo de ligação que integra os outros sentidos, permitindo, ainda, associar so
imagem, assimilar um gesto ou comportamento e exercer uma atividade exploratória a um espaço delimitado.

Já a cegueira se caracteriza como uma alteração grave, total ou parcial das funções elementares da visão que afet
modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo ma
menos abrangente. Pode acontecer ao nascer , também conhecida como cegueira congênita, ou ao longo da
chamada de cegueira adventícia, que por sua vez, usualmente conhecida como adquirida em decorrência de ca
orgânicas ou acidentais. Pode até acontecer, em alguns casos que a cegueira ocorra com a perda da audição que

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surdocegueira ou associar-se a outras deficiências. Muitas vezes, a perda da visão ocasiona a retirada do globo ocula
consequentemente necessário uso de próteses em um dos olhos ou nos dois. Se a falta da visão afetar apenas um
olhos (visão monocular), o outro assumirá as funções visuais sem causar transtornos significativos no que diz respeit
uso satisfatório e eficiência da visão.

Todos os nossos sentidos são capazes de ter as mesmas características e potencialidades para todas as pessoas
informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais acentuadas pelas pessoas que tem deficiência visual, isto po
elas se utilizam desses sentidos com mais frequência para decodificar e guardar na memória as informações. Com a p
da visão, os outros sentidos passam a receber a informação de forma intermitente, fugidia e fragmentária
desenvolvimento aprimorado da audição, do tato, do olfato e do paladar é consequência da utilização contínua de
sentidos justamente pela necessidade diária. Em vista disso, não é um fenômeno extraordinário ou um efeito que
compensação. Os sentidos que sobraram funcionam de forma complementar e não isolada, sendo frequentemente usad

O sentido da audição tem como ação muito importante na seleção e codificação dos sons que são significativos que po
ser aproveitados. A habilidade de atribuir significado a um som, quase que automático, sem que se tenha o auxilio da v
para perceber sua origem é difícil e complexa. A experiência tátil não se limita ao uso das mãos. O olfato e o pa
funcionam conjuntamente e são coadjuvantes indispensáveis.

O sistema háptico é o tato ativo, que compõe os componentes cutâneos e sinestésicos, através dos quais são sentido
impressões, sensações e vibrações pelo indivíduo levam informações para o cérebro e constituem-se em fontes valio
Os Traços, as curvas, o volume, a rugosidade, a textura, a densidade, as oscilações térmicas e dolorosas, entre outras
componentes que dão origem a sensações táteis formando imagens mentalmente importantes para a comunicaçã
estética, a formação da compreensão e de representações mentais.

Cada pessoa desenvolve seu próprio processo de codificação que formam as imagens na sua mente. O desenvolvim
da habilidade para compreender, interpretar e assimilar a informação será aumentado de acordo com a pluralidade
experiências, a variedade e qualidade do material, a clareza, a simplicidade e o modo como o comportamento explorató
estimulado no aluno.

RECOMENDAÇÕES ÚTEIS PARA O ATENDIMENTO A ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

- Posicionar o aluno de modo a favorecer as condições de audição na sala de aula;

- Facilitar a locomoção e o deslocamento do aluno, proporcionando maior grau de independência, evitando acide
através da melhor disposição possível do mobiliário.

- Explicar verbalmente, de forma detalhada todo o material utilizado visualmente em sala, para que o aluno tenha noçã
que e de como está se desenvolvendo a atividade;

- Oferecer suporte físico, verbal e instrucional, para a locomoção do aluno, no que se refere à orientação espacial;

- Ampliar o tempo disponível para a realização das atividades e provas;

- Evitar dar uma avaliação diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa
os outros estudantes;

- Ajudar só na medida do necessário;

- Ter um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, indiferença.

ASPECTOS RELEVANTES NA ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO DEFICIENTE VISUAL

- dificuldade de contato com o ambiente físico;

- carência de material adequado - pode conduzir a aprendizagem da criança deficiente visual a mero verbalismo;

- a formação de conceitos depende do íntimo contato da criança com as coisas do mundo;

- assim como a criança de visão normal, a deficiente visual necessita de motivação para a aprendizagem;
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- alguns recursos podem suprir as lacunas na aquisição de informação pela criança com deficiência visual;

- o manuseio de diferentes materiais possibilita o treinamento da percepção tátil.

MATERIAIS PARA O ENSINO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

- reglete de mesa;

- punção;

- sorobã;

- máquina de datilografia braile;

- textos transcritos no Sistema Braille

MATERIAIS NÃO ÓPTICOS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

- uso de lápis preto 6B;

- uso de caneta ponta porosa (tipo futura ou pincel atômico) para ampliação e contorno;

- papel com pauta dupla ou reforçada;

- aumento do contraste, usando-se cores bem contrastantes (preto/branco); uso de carteiras reclináveis;

- controle da iluminação;

- ampliação de textos e/ou livros manual, xerox com alto contraste ou no computador;

- CCTV (sistema de circuito fechado de televisão) ou lupa eletrônica; gravador;

- microcomputador com jogos pedagógicos;

- kit Dosvox;

- virtual vision.

ORIENTAÇÕES BÁSICAS NA CONVIVÊNCIA COM PESSOAS CEGAS OU COM DEFICIÊN


VISUAL

- Se a pessoa cega não estiver prestando atenção em você, toque em seu braço para indicar que você está falando
ela. Avise quando for embora, para que ela não fique falando sozinha;

- Se sua ajuda for aceita, nunca puxe a pessoa cega pelo braço. Ofereça seu cotovelo (ou o ombro caso você seja m
mais baixo do que ela). Geralmente, apenas com um leve toque a pessoa cega poderá seguir você com seguran
conforto;

- Num local estreito, como uma porta ou corredor por onde só passe uma pessoa por vez, coloque o seu braço para trá
ofereça o ombro, para que a pessoa cega continue a seguir você;

- Algumas pessoas, sem perceber, aumentam o tom de voz para falar com pessoas cegas. Use tom normal de voz;

- Não modifique a posição dos móveis sem avisar a pessoa cega e cuide para objetos não fiquem no seu caminho. Avis
houver objetos cortantes ou cinzeiros perto dela;

- Conserve as portas fechadas ou encostadas à parede;

- Para indicar uma cadeira, coloque a mão da pessoa cega sobre o encosto e informe se a cadeira tem braço ou não. D
que a pessoa se sente sozinha;

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- Seja preciso ao indicar direções. Informe as distâncias em metros ou passos.

CONCEITOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ


Conceituando a deficiência auditiva e a surdez que algumas vezes são entendidos como a mesma coisa e outras v
como antagônicos. A privação auditiva tem uma variação em pelo menos quatro pontos diferentes, dependend
classificação adotada. Começando por uma perda leve de audição em torno de 15 a 30 decibéis, o que significa q
indivíduo que se encaixa neste perfil não ouve sons dessa intensidade, porém, poderá escutar quase todas as co
principalmente os sons da fala que estão entre 50 e 70 decibéis; pois passa por uma perda auditiva moderada que
entre 31 e 60 decibéis, já a perda severa está entre 61 e 90 decibéis que chamamos de perda profunda, aquela em q
indivíduo só consegue ouvir sons acima de 90 decibéis, consequentemente está impedido de ouvir as pessoas falarem.

Segundo Michele Carmozine e Samanta Noronha (2012), considera-se pessoa com déficit auditivo:

aquela pessoa com perda auditiva ou surdez podendo ser ocasionadas por dive
motivos. A perda auditiva pode ocorrer devido a fatores genéticos, progressivo ou ao lo
do tempo. Nada mais é do que a falta de sensibilidade e percepção ao som. Ela pode
moderada, o que indica uma baixa perda auditiva ou severa onde não existe nenh
sensibilidade ou estímulo ao som. (CARMOZINE E NORONHA, 2012, p.15).

Em suma pode ser considerado surdo todo indivíduo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialm
surdo todo aquele em que a capacidade de ouvir ainda que diminuída seja funcional mesmo com o auxilio ou nã
prótese auditiva. Tendo sua origem de forma congênita que é a falta da capacidade de ouvir, o que inviabiliza o aprendi
da linguagem, ou um déficit auditivo causado por lesões ou por doenças.

Um indivíduo com perda de audição leve ou moderada pode se beneficiar com o uso de um dispositivo de amplific
sonora, acompanhamento fonoaudiológico durante o período de desenvolvimento e estruturação da linguagem oral e
trabalho de apoio educacional especializado, se necessário, durante sua escolarização, podendo assim apresenta
desenvolvimento linguístico oral e global pleno. 

Cabe, ainda, ressaltar que um indivíduo com uma perda severa ou profunda de audição que impossibilita o seu desenv
de forma perfeita da fala, mesmo usando os recursos tecnológicos e os auxílios necessários, carece de uma aborda
educacional diferente, que percebe-se como um indivíduo que apresenta uma pequena diminuição auditiva, mas sim c
um indivíduo surdo, que necessitará que seu desenvolvimento linguístico e global esteja pautado em um outro mode
ensino/aprendizagem.

Essas necessidades causadas pela deficiência auditiva tem sua divisão em graus para que seja bem melhor definido
graus de severidade de perda auditiva são mais comumente empregados segundo critérios de Davis e Silverman (1996

As perdas auditivas podem ser vistas de maneira funcional:

a) Perda auditiva condutiva, que afeta na maior parte das vezes todas as frequências do som, pode ser causada
doenças ou obstruções existentes na parte interna do ouvido;

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b) Perda auditiva sensorial, que pode ser provocada por danos nas células sensoriais auditivas que podem ocorre
problema hereditário ou lesões provocadas durante o nascimento ou até mesmo durante o desenvolvimento do
podendo variar de moderada a severa;

c) Perda auditiva mista, em que se dá pelo comprometimento da perda condutiva e da perda sensorial;

d) Perda auditiva central, manifestada por diferentes graus na dificuldade de percepção e compreensão do
acompanhada de uma diminuição da sensibilidade auditiva.

Já a perda auditiva do indivíduo pode ser divididos em três categorias:

a) Pessoas com déficit auditivo: apresentam dificuldade de audição podendo fazer uso da fala e em alguns casos da es

b) Oralizados: pessoas com surdez ou déficit auditivo que priorizam a fala, tentando fazer uso dela;

c) Surdo ou pessoas com surdez: comunicam-se através de Libras, nasceram surdos ou perderam a audição antes dos
anos de idade, sem terem adquirido o código verbal.

Aqueles que denotam qualquer grau de perda auditiva ai na escala de leve a severa são considerados surdos, po
alguns surdos não se veem com perda auditiva e sim detentores de uma língua somente deles conhecida como Libras.

E, ainda, Existem outras dificuldades que impossibilitam a comunicação do surdo, para que eles sejam superados s
necessário identificar as atribuições individuais de cada pessoa que tem problemas de comunicação. Assim Send
importantíssimo que o surdo estude a linguagem em Libras o mais cedo possível, pois para que ocorra o aprendizad
segunda língua é necessário o domínio em Libras.

A forma de se comunicar entre uma pessoa ouvinte e um surdo pode ser sinteticamente falando pura comunicação vi
Nesse contexto a comunicação feita, por exemplo, pelo professor ouvinte e o aluno surdo se faria da melhor ma
através da linguagem em Libras, além é claro, da utilização de outros recursos visuais que podem ser implementado
dia a dia da escola. Não obstante, o que se nota, na verdade é que tanto os professores ouvintes quanto os alunos su
ambos não tem pleno domínio desta língua consequentemente gera falhas neste tipo de comunicação para ambo
ausência da língua de sinais ocasiona prejuízos para o aprendizado do aluno com deficiência auditiva e o
desenvolvimento no meio social.

De acordo com Carmozine e Noronha (2012), essa Língua inicial, que é também conhecida como Libras “é uma lí
visuoespacialquirêmica” ou seja, faz uso da visão, do espaço e das mãos.

Libras por ser uma linguagem, tem toda uma estrutura linguística necessária para ser conceituada como tal, ou seja, po
estrutura ortográfica, semântica e gramatical. É também identificada como a linguagem que utiliza o lado do hemis
cerebral esquerdo, sendo este onde se estrutura qualquer língua.

Dado curioso é que esta língua deve ser aprendida por indivíduos surdos. No entanto, existe um problema familiar, é q
maioria dos alunos surdos são filhos de pais que ouvem. Deste modo, estes não fazem uso de Libras para se comunica
com seus filhos no dia a dia, a grande maioria até por falta de interesse, ficando a comunicação entre os membros fa
extremamente restrita a sinais que eles mesmos criaram na busca de um entendimento mutuo.

ASPECTOS RELEVANTES NA ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO DEFICIENTE AUDITIVO

- Posicionar o aluno na sala de aula de forma que possa ver os movimentos do rosto (orofaciais) do professor e de
colegas;

- Utilizar a escrita e outros materiais visuais para favorecer a apreensão das informações abordadas verbalmente;

- Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis: treinador de fala, tablado, softwares educativos, solicitar q
aluno use a prótese auditiva, etc.;

- Utilizar textos escritos complementados com elementos que favoreçam sua compreensão: linguagem gestual, língu
sinais;

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- Apresentar referências importantes e relevantes sobre um texto (o contexto histórico, o enredo, os personagen
localização geográfica, a biografia do autor, etc.) em língua de sinais, oralmente, ou utilizando outros recursos, antes de
leitura;

- Promover a interpretação de textos por meio de material plástico (desenho, pintura, murais, etc.) ou de material cê
(dramatização e mímica);

- Utilizar um sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades e necessidades do aluno: língua de si


leitura orofacial, linguagem gestual, etc;

- Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os colegas devem falar o mais claram
possível, evitando voltar-se de costas enquanto fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas aulas, du
a exposição oral da matéria, principalmente aqueles que fazem leitura labial enquanto o professor fala;

- É sempre útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizad
disciplina, para o aluno tomar conhecimento das palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada;

- Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes; Fale com naturalidade e clareza,
exagerando no tom de voz;

- Evite estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão;

- Quando falar, não ponha a mão na frente da boca;

- Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materiais e só depois expliqu
vice-versa (ex: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);

- Repita as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos) quem está falando
uma melhor compreensão por parte do aluno;

- Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;

- Durante as avaliações, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente. Um pequeno toque no ombro dele poderá se
bom sistema para chamar-lhe a atenção, antes de fazer um esclarecimento.

RECOMENDAÇÕES ÚTEIS PARA O ATENDIMENTO A ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

- Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou t
levemente em seu braço;

- Se ela fizer leitura labial, fale de frente para ela e não cubra sua boca com gestos e objetos. Usar bigode tam
atrapalha;

- Quando estiver conversando com uma pessoa surda, pronuncie bem as palavras, mas não exagere. Use a sua veloci
normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar;

- Não adianta gritar; Se souber algumas palavras na língua brasileira de sinais, tente usá-las. De modo geral,
tentativas serão apreciadas e estimuladas;

- Seja expressivo. As expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão boas indicações do que você
dizer, em substituição ao tom de voz;

- Mantenha sempre contato visual; se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou;

- A pessoa surda que é oralizada (ou seja, que aprendeu a falar) pode não ter um vocabulário extenso. Fale normalmen
se perceber que ela não entendeu, use um sinônimo (carro em vez de automóvel, por exemplo);

- Nem sempre a pessoa surda que fala tem boa dicção. Se não compreender o que ela está dizendo, peça que repita.
demonstra que você realmente está interessado e, por isso, as pessoas surdas não se incomodam de repetir quantas v

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for necessário para que sejam entendidas;

- Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método.

ASPECTOS RELEVANTES NA ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO DEFICIEN


MENTAL/INTELECTUAL
A Convenção da Guatemala, internalizada à Constituição Brasileira pelo Decreto 3956/2001, no seu artigo 1º d
deficiência como [...] “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que lim
capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econôm
social”. Essa definição ratifica a deficiência como uma situação. A deficiência mental constitui um impasse para o ensin
escola comum e para a definição do seu atendimento especializado, pela complexidade do seu conceito e pela gr
quantidade e variedades de abordagens do mesmo. A dificuldade em se detectar com clareza os diagnósticos de deficiê
mental tem levado a uma série de definições e revisões do seu conceito. A medida do coeficiente de inteligência (Q
utilizada durante muitos anos como parâmetro de definição dos casos. O próprio CID 10 (Código Internacional de Doen
desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde), ao especificar o Retardo Mental (F70-79) propõe uma definição a
baseada no coeficiente de inteligência, classificando-o entre leve, moderada e profunda, conforme o comprometim
Também inclui vários outros sintomas de manifestações dessa deficiência como: a [...] “dificuldade do aprendiza
comprometimento do comportamento”, o que coincide com outros diagnósticos e de áreas diferentes. O diagnóstic
deficiência mental não se esclarece por uma causa orgânica, nem tão pouco pela inteligência, sua quantidade, supo
categorias e tipos. Tanto as teorias psicológicas desenvolvimentistas, como as de caráter sociológico, antropológico
posições assumidas diante da condição mental das pessoas, mas ainda assim, não se consegue fechar um conceito ú
que dê conta dessa intrincada condição.

Em suma, a deficiência mental não se esgota na sua condição orgânica e/ou intelectual e nem pode ser definida po
único saber. Ela é uma interrogação e objeto de investigação para todas as áreas do conhecimento. A dificuldade d
precisar um conceito de deficiência mental trouxe consequências indeléveis na maneira das demais pessoas lidarem c
deficiência. O medo da diferença e do desconhecido é responsável, em grande parte, pela discriminação que afet
escolas e a sociedade em relação às pessoas com deficiência em geral, mas principalmente àquelas com deficiê
mental.

Na identificação de crianças com deficiência mental/intelectual deve-se dar atenção a duas áreas:

• Funcionamento intelectual – está diretamente relacionadas com as áreas acadêmicas a capacidade de um indiv
resolver problemas e acumular conhecimentos e que pode ser medido pelos testes de inteligência

• Comportamento adaptativo – refere-se às capacidades necessárias para um indivíduo se adaptar e interagir no


ambiente de acordo com o seu grupo etário e cultural.

Áreas do comportamento adaptativo

- Comunicação;

- Cuidados pessoais;

- Habilidades sociais;

- Desempenho na família e comunidade;

- Independência na locomoção;

- Saúde e segurança;

- Desempenho escolar;

- Lazer e trabalho.

CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL

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Quanto à estrutura orgânica as pessoas com deficiência mental/intelectual:

- Seguem as etapas do desenvolvimento intelectual na mesma ordem que os outros indivíduos;

- Tem um ritmo mais lento de desenvolvimento das suas estruturas intelectuais;

- Não conseguem finalizar o desenvolvimento das suas estruturas intelectuais;

- Os mecanismos de equilibração são os mesmos;

As barreiras e impedimentos da deficiência mental/intelectual diferem das encontradas nas demais deficiências. Pois, T
se de barreiras inerentes à maneira de lidar com o saber em geral, fato que reflete diretamente preponderantement
construção do conhecimento escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Saber que todos os indivíduos têm direito a uma educação está expressa em muita legislação, ter direito a essa me
educação de qualidade já é por si só um grande desafio, mas, indo mais além o que podemos de chamar de desafio
desafios é ter direito a uma educação inclusiva de qualidade, ai sim abrange a todos de uma mesma socied
independentemente de deficiência ou não.

A educação do ponto de vista, como sendo o alicerce para o desenvolvimento de qualquer ser humano, incluindo os
necessitam de educação especial é uma forma de garantir respeito e dignidade a eles e também, por consequê
possibilidade de crescimento, mas na prática, na realidade para alcançar esse objetivo o que existe é muita dificuldade,
as críticas são obvias quando se coloca um aluno com deficiência numa sala regular sem atender no eu realmente
necessita, pode ser qualquer coisa, menos inclusão.

Na realidade, percebesse que a inclusão, não deve ser vista apenas como um movimento ou um simples fato,
principalmente como um processo de transformação, que deve obedecer todas as suas etapas, com planejamento e
muita análise em todo o seu decorrer e não menos importante às várias avaliações que devem também ocorrer,
responsabilidade e comprometimento.

Um ponto importante é que, para que ocorra a inclusão, não basta tão somente que esteja expresso nas leis,
desprezando-as, pois, servem de ponto de partida para as mudanças, mas é necessário que se vá mais além dos esp
definidos como regular ou especial.

Outro ponto que merece destaque é que a escola deveria ser homogênea, um caminho a ser seguido é a aceitaç
valorização das diferenças e as diversidades é o primeiro passo, na busca constante do processo de inclusão, consequ
transformar a escola num espaço para todos que somos todos iguais respeitando nossas diferenças.

A educação inclusiva nas escolas exige alguns fatores como reformulação financeira dos sistemas e instituições po
será necessário implementar serviços e recursos no apoio ao dois lados da moeda, tanto professores como alunos.

Outro fator importante da inclusão, não é um movimento isolado não depende só de uma classe da sociedad
mobilização deve ser geral, deve ocorrer em consenso entre: professores, pais, gestores e sociedade, para beneficia
aqueles que estão na condição de educandos, a saber, os alunos.

Há que se falar dos professores, que independentemente da área ou série de atuação, necessita que sua formação
continuada, principalmente a cerca do processo de inclusão, sobre necessidades educacionais e o desenvolvim
cognitivo da aquisição do conhecimento, objetivo que deve ser alcançado pela escola, onde ele próprio, o profess
mediador.

A escola deve ser repensada, pois ela é muito importante na construção desse modelo de inclusão, o que se precisa m
são algumas rotulações como retardado, deficiência e incapacidade como se essas dificuldades fossem a unanimidad
responsabilidade de desenvolver o real potencialidade de uma pessoa.

Não estar se dizendo aqui que deva haver uma mudança de professores, no sentido de substituí-los por outros
especializados, o que se busca é que os professores atuais se engajem, estejam aberto a mudanças que eles mes

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proponham melhoramentos, por que no fim das contas eles que lidam com os alunos diariamente, e possam traça
paralelo entre o antigo conhecimento e os novos onde esta presente o processo de inclusão.

Até mesmo porque esse processo de inclusão, não vem com uma fórmula pronta, não é concebível que do dia para
escolas e professores vão estar pronto para receber alunos em condições de necessidade educacionais, de jeito nenhu
mudança que ocorre aos poucos, natural que seja gradativa, interativa observando as particularidades de cada l
circunstância, cultural, dentre outros fatores e como foi falado anteriormente com a participação de todos. Tendo em m
que a principal mudança é justamente a de mentalidade que é a mais necessária e urgente.

Evidente que as dificuldades existem e são muitas, e não refletem somente aos alunos com necessidades especiais,
são problemas estruturais de educação que vem se arrastando ao longo dos anos pelo país como um todo. É n
contexto que a inclusão geram novas perspectivas e novos desafios, para implantar as mudanças necessárias, visto c
um primeiro passo nessa longa caminhada de muitas lutas para garantir a todos as mesmas oportunidades de es
trabalho, lazer resumindo ter acesso a todos os direitos sociais por todos os cidadãos.

REFERÊNCIAS
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permanência de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades educacionais especiais, Brasília: MEC/SEESP, 2
vol. 6.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Atlas, 1988.

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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Documento subsidiário à política de inclusão. Bra
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