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Educação é uma palavra muito utilizada por todos nós, não é mesmo?
Segundo Brandão (1986, p.07), “Ninguém escapa da educação”. Em casa, na
rua, na igreja ou na escola, todos nós a envolvemos a cada instante,
em trechos da vida: para aprender, para ensinar, para saber, para fazer ou
para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Já que
sempre temos alguma coisa a dizer sobre ela, vamos agora compreender um
pouco mais sobre o conceito de educação.
Percebemos, portanto, que a escola não é o único lugar onde ela ocorre
e muito menos o professor é seu único agente. Existem diversas educações
e cada uma atende a sociedade em que ocorre, pois é a forma de reprodução
dos saberes que compõe uma cultura, portanto, a educação de uma sociedade
tem identidade própria, sua própria cultura. Exemplo: sociedades indígenas.
Referências:
Todas essas questões nos angustiam e nos fazem refletir sobre o seguinte: se
a educação é um direito da cidadania, não podemos aceitar que ela seja
tratada como mercadoria e esta mudança de concepção (de direito para
mercadoria) tem sua origem na transposição da lógica econômica para a
prática social.
A educação infantil, segundo a LDB, em seu artigo 29, como primeira etapa da
educação básica, “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social, complementando a ação da família e da comunidade”. Ela se
desenvolve em creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três
anos de idade; e em pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de
idade.
O Regime de Colaboração
Como se dá a articulação entre os municípios, os estados, o Distrito
Federal e a União?
Garantindo a autonomia constitucional de cada uma das esferas do poder
público, a Constituição Federal estabelece no artigo 211 que a União, os
estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão seus sistemas de
ensino, em regime de colaboração.
Além disso, o quinto artigo da LDB determina que cabe aos Estados e
aos municípios, em regime de colaboração e com a assistência da União:
Com esses dados, constata-se que o Estado brasileiro não vem cumprindo sua
tarefa de oferecer educação em quantidade e qualidade para a nação
brasileira. Como consequência, uma parcela significativa dos brasileiros não
possui as condições básicas para serem cidadãos participantes de uma
sociedade letrada e democrática. Esta parece ser uma forma de exclusão
social, cuja base é a exclusão escolar.
Pode-se perceber a dura e difícil tarefa que o Estado brasileiro tem à sua
frente, no sentido de promover e realizar políticas educacionais que interfiram
nesse quadro negativo e que efetivem a educação de qualidade como direito
do cidadão.
São muitas as ações que precisam ser desenvolvidas para garantir uma
educação básica democrática e de qualidade, no entanto, quatro parecem ser
as principais frentes de políticas que precisam ser estabelecidas pelo poder
público: políticas de financiamento; políticas de universalização da educação
básica, com qualidade social; políticas de valorização e formação dos
profissionais da educação; e políticas de gestão democrática. A primeira dará
as condições concretas sobre as quais se sustentarão as demais políticas. A
segunda oportunizará acesso, permanência e sucesso escolar. A
terceira propiciará salários, plano de carreira e formação inicial e
continuada para todos os educadores (docentes e não docentes). E a
quarta delimitará o caminho pelo qual o processo de democratização
da educação poderá ser alcançado.
Com isso, os movimentos sociais indicaram que não menos que 10% do PIB
deveriam ser investidos pelo Estado na área. No entanto, o Congresso
Nacional estabeleceu o índice de 7% como o mínimo para o desenvolvimento
do PNE. Ocorre que nem mesmo esse último percentual aprovado pelo
Congresso Nacional foi aceito pelo governo vigente até 2002, tendo sido
vetado, com outros importantes aspectos do financiamento previstos no PNE.
O novo Fundo prevê mais recursos para melhorar o salário dos professores,
aumento do número de vagas, equipamentos para as escolas públicas,
ampliação do acesso à escola e a qualidade da educação, beneficiando cerca
de 47,2 milhões de estudantes da educação infantil, ensino fundamental e
médio. Pelas regras do Fundeb, pelo menos, 60% do seu valor anual serão
destinados à remuneração dos profissionais do magistério e o restante dos
recursos será aplicado exclusivamente na manutenção e desenvolvimento da
educação básica.
Referências:
Por volta de 1930, iniciou-se a luta por uma política única de educação por
parte dos intelectuais da educação, denominada por movimento escolanovista,
o qual foi a chave para o processo de expansão do ensino público, para a
modernização do processo produtivo e da economia. Os eixos centrais da luta
dos pioneiros da educação eram o acesso e qualidade da educação pública.
Segundo Aranha (1989), em 20 anos, as escolas primárias dobraram em
número e as secundárias quase quadruplicaram.
Como vimos, a escola pública não era preocupação dos governantes, foram
necessárias lutas de educadores que resistiram à educação elitista, (como por
exemplo, Manifesto dos Pioneiros) e buscaram travar discussões e ações que
correspondessem aos anseios da população brasileira que há muito almeja
ensino democrático, gratuito e de qualidade. As constituições e leis brasileiras
que vieram após o manifesto dos pioneiros começaram a expressar o direito à
educação:
Durante o período de 1964 a 1971, o país foi marcado por grandes mudanças
históricas, inclusive a ditadura, após a Revolução de 1964 e um período de
Industrialização. O Brasil precisava de mão de obra qualificada, que soubesse
ler e escrever para o manuseio das máquinas industriais. Para atender a essa
demanda foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº. 5692/71,
que reconheceu a integração completa do ensino profissionalizante ao
sistema regular de ensino, estabelecendo a plena equivalência entre os cursos
profissionalizantes e o propedêutico para fins de prosseguimento aos estudos,
ou seja, surgiram os cursos técnicos equivalentes ao ensino Médio: Técnico em
Contabilidade, Técnico em Mecânica, em Enfermagem, etc. No início da
década de 1980, esgotada a Ditadura Militar e com a retomada da democracia
e reconquista dos espaços políticos, foi promulgada a Lei Nº. 7.044/82 que
revitaliza a concepção da formação profissional vigente antes de 1971. Dentre
as várias inovações trazidas pela Lei nº 7.044/82, destaca-se a nova redação
dada ao artigo 1º, que cuida dos objetivos do ensino de 1º e 2º graus, a qual
substitui a expressão "qualificação para o trabalho" por "preparação para o
trabalho" e a influência desta expressão na elaboração dos programas e
currículos escolares.
Resumo
Referência:
Educação Básica
Para melhor compreensão do sistema vamos analisar com detalhes,
primeiramente, a Educação Básica. Ela é formada pela Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Educação Infantil
A Educação Infantil, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
LDB/96 é a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.
Pense o quanto os pressupostos descritos acima são sérios e abrangentes.
Observe que vão muito além de ensinar conteúdos, matérias relacionadas à
cognição, - as famosas disciplinas! Devemos buscar desenvolvimento
INTEGRAL, nos aspectos cognitivo, afetivo e motor. Importante! A reflexão que
acabamos de fazer deverá ser prática constante e permear todos os demais
níveis e modalidade de ensino que serão abordados.
Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental, etapa intermediária, compreendida entre a Educação
Infantil e o Ensino Médio, com duração mínima de nove anos, tem como
finalidade a formação básica do cidadão, contemplando o desenvolvimento das
capacidades de aprender, por meio do domínio da leitura, da escrita e do
cálculo; compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores que fundamentam a sociedade, quer sejam
fortalecimentos dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca.
Ensino Médio
Chegamos ao Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração
mínima de três anos, e que tem como finalidades a consolidação e
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, a
preparação básica para o trabalho e a cidadania, por meio do desenvolvimento
de capacidades que lhe permitam, aprender a aprender, adaptar-se com
flexibilidade às novas condições de ocupação, de aprimorar-se como pessoa
humana, desenvolvendo pensamento crítico e autônomo e compreender os
fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a
teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
“Após receber essas informações iniciais, pare e pense. Por favor, feche os
seus olhos e recorde os textos lidos. Tente ir passando as páginas
mentalmente, numa leitura silenciosa e detalhada. Faça um esforço, tenho
certeza de que consegue, pois não adianta dar sequência se o processo de
assimilação estiver incompleto.
Esse curso tem o intuito de lhe auxiliar a construir seu conhecimento, forme
conceitos arrojados e bem fundamentados, por meio do exercício de muita
leitura. O passo inicial neste processo é avaliar e interpretar pelo menos os
principais documentos relacionados à educação. Ao longo deste curso você
terá acesso a eles. Devemos considerar, ainda, aqueles indivíduos, cidadãos
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e
Médio na idade própria.
Educação Profissional
Outro viés do sistema educacional que devemos considerar, é o da Educação
Profissional - EP. Essa modalidade deve estar integrada às diferentes formas
de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, deve conduzir ao
permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.