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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO. ..................................................................................................... 2
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 A CEGUEIRA E BAIXA VISÃO
Fonte: www.medicina.ufmg.
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involuntário dos olhos, que causa uma redução da acuidade visual e fadiga durante a
leitura.
É o que se verifica, por exemplo, no albinismo, falta de pigmentação congênita
que afeta os olhos e limita a capacidade visual. Uma pessoa com baixa visão
apresenta grande oscilação de sua condição visual de acordo com o seu estado
emocional, as circunstâncias e a posição em que se encontra, dependendo das
condições de iluminação natural ou artificial. Trata-se de uma situação angustiante
para o indivíduo e para quem lida com ele que é a complexidade dos fatores e
contingências que influenciam nessa condição sensorial. As medidas de quantificação
das dificuldades visuais mostram-se insuficientes por si só e insatisfatórias. É, pois,
muito importante estabelecer uma relação entre a mensuração e o uso prático da
visão, uma vez que mais de 70% das crianças identificadas como legalmente cegas
possuem alguma visão útil.
A baixa visão traduz-se numa redução do rol de informações que o indivíduo
recebe do ambiente, restringindo a grande quantidade de dados que este oferece e
que são importantes para a construção do conhecimento sobre o mundo exterior. Em
outras palavras, o indivíduo pode ter um conhecimento restrito do que o rodeia.
A aprendizagem visual depende não apenas do olho, mas também da
capacidade do cérebro de realizar as suas funções, de capturar, codificar, selecionar
e organizar imagens fotografadas pelos olhos. Essas imagens são associadas com
outras mensagens sensoriais e armazenadas na memória para serem lembradas mais
tarde.
Na escola, os professores costumam confundir ou interpretar erroneamente
algumas atitudes e condutas de alunos com baixa visão que oscilam entre o ver e o
não ver. Esses alunos manifestam algumas dificuldades de percepção em
determinadas circunstâncias tais como: objetos situados em ambientes mal
iluminados, ambiente muito claro ou ensolarado, objetos ou materiais que não
proporcionam contraste, objetos e seres em movimento, visão de profundidade,
percepção de formas complexas, representação de objetos tridimensionais, e tipos
impressos ou figuras não condizentes com o potencial da visão.
O trabalho com alunos com baixa visão baseia-se no princípio de estimular a
utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes, bem como na
superação de dificuldades e conflitos emocionais. Para isso, é necessário conhecer e
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identificar, por meio da observação contínua, alguns sinais ou sintomas físicos
característicos e condutas frequentes, tais como: tentar remover manchas, esfregar
excessivamente os olhos, franzir a testa, fechar e cobrir um dos olhos, balançar a
cabeça ou movê-la para frente ao olhar para um objeto próximo ou distante, levantar
para ler o que está escrito no quadro negro, em cartazes ou mapas, copiar do quadro
negro faltando letras, tendência de trocar palavras e mesclar sílabas, dificuldade na
leitura ou em outro trabalho que exija o uso concentrado dos olhos, piscar mais que o
habitual, chorar com frequência ou irritar-se com a execução de tarefas, tropeçar ou
cambalear diante de pequenos objetos, aproximar livros ou objetos miúdos para bem
perto dos olhos, desconforto ou intolerância à claridade.
Esses alunos costumam trocar a posição do livro e perder a sequência das
linhas em uma página ou mesclar letras semelhantes. Eles demonstram falta de
interesse ou dificuldade em participar de jogos que exijam visão de distância.
Para que o aluno com baixa visão desenvolva a capacidade de enxergar, o
professor deve despertar o seu interesse em utilizar a visão potencial, desenvolver a
eficiência visual, estabelecer o conceito de permanência do objeto, e facilitar a
exploração dirigida e organizada. As atividades realizadas devem proporcionar prazer
e motivação, o que leva à intencionalidade e esta desenvolve a iniciativa e a
autônomia, que são os objetivos primordiais da estimulação visual.
A baixa visão pode ocasionar conflitos emocionais, psicológicos e sociais, que
influênciam o desempenho visual, a conduta do aluno, refletindo na aprendizagem.
Um ambiente de calma, encorajamento e confiança contribuirá positivamente para a
eficiência na melhor utilização da visão potencial que deve ser explorada e estimulada
no ambiente educacional.
A DV (deficiência visual) compreende as pessoas cegas e com baixa visão. Ou
seja, deficiência visual não é sinônimo de cego nem de baixa visão. Ambos os termos
possuem suas definições e características próprias. A cegueira é entendida como a
perda total da visão, até a ausência da percepção da luz. Conhecer a origem da
cegueira pode ser importante para fins educacionais, isso porque qualquer resquício
de memória visual pode auxiliar o trabalho do professor na alfabetização do estudante
cego. A baixa visão pode ser compreendida como:
- traumatismos
- tracoma
- glaucomas - glaucomas
- oncocercose
tracoma - diabetes
- xeroftalmia
- degeneração macular
- cataratas - oncocercose relacionada com a idade
- traumatismos - xeroftalmia
- cataratas
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Quando esses vermes morrem, dão origem a substâncias tóxicas, o que ocasiona
fortes irritações e lesões nos olhos.
A xeroftalmia, também conhecida como cegueira noturna, consiste em um
termo médico utilizado para um conjunto de sintomas e sinais oculares que são
atribuídos à falta de vitamina A.
A Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) consiste em uma
doença degenerativa da retina que ocasiona uma perda progressiva da visão central.
Ela é a causa mais comum de perda da visão em pessoas com mais de 55 anos.
Diagnosticar precocemente a deficiência visual é primordial para que o
desenvolvimento da criança não seja prejudicado. Sendo assim, cabe ao professor
estar atento aos sinais que podem estar relacionados a algum tipo de deficiência
visual. Nesse sentido, tem-se a Tabela 2, na qual se apresentam os principais
sintomas e os comportamentos mais recorrentes apresentados pelo estudante com
baixa visão, cabendo ao professor estar atento a eles.
3 O SISTEMA BRAILLE
Fonte:www.seatmobile.com.br
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metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela braille. O movimento de
perfuração deve ser realizado da direita para a esquerda para produzir a escrita em
relevo de forma não espelhada. Já a leitura é realizada da esquerda para a direita.
Esse processo de escrita tem a desvantagem de ser lento devido à perfuração de
cada ponto, exige boa coordenação motora.
A máquina de escrever tem seis teclas básicas correspondentes aos pontos da
cela braille. O toque simultâneo de uma combinação de teclas produz os pontos que
correspondem aos sinais e símbolo desejados. É um mecanismo de escrita mais
rápido, prático e eficiente. A escrita em relevo e a leitura tátil baseiam-se em
componentes específicos no que diz respeito ao movimento das mãos, mudança de
linha, adequação da postura e manuseio do papel.
Fonte: politics.org.br
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Uma dessas alternativas é o Braille Virtual, um curso on-line, criado e
desenvolvido por uma equipe de profissionais da Universidade de São Paulo – USP –
com o objetivo de possibilitar o aprendizado do sistema braille de forma simples,
gratuita e lúdica.
Os meios informáticos ampliam significativamente as possibilidades de
produção e impressão braille. Existem diferentes tipos de impressoras com
capacidade de produção de pequeno, médio e grande portes que representam um
ganho qualitativo e quantitativo no que se refere à produção braille em termos de
velocidade, eficiência, desempenho e sofisticação.
O sistema Braille é indispensável para a leitura e escrita do cego. Apesar da
evolução tecnológica, com inúmeros recursos de áudio, como o livro falado, o Braille
continua sendo relevante no processo de alfabetização, considerando que a nossa
língua materna, a Língua Portuguesa, diferem-se enquanto língua escrita e falada.
Assim, é por meio do Braille que o sujeito terá acesso direto à grafia e aos diferentes
tipos de gêneros textuais na forma escrita.
Fonte:mirales.com.br
1. Recursos ópticos para longe: telescópio: usado para leitura no quadro negro,
restringem muito o campo visual; telessistemas, telelupas e lunetas.
2. Recursos ópticos para perto: óculos especiais com lentes de aumento que
servem para melhorar a visão de perto. (Óculos bifocais, lentes esferoprismáticas,
lentes monofocais esféricas, sistemas telemicroscópicos).
3. Lupas manuais ou lupas de mesa e de apoio: úteis para ampliar o tamanho de
fontes para a leitura, as dimensões de mapas, gráficos, diagramas, figuras etc. Quanto
maior a ampliação do tamanho, menor o campo de visão com diminuição da
velocidade de leitura e maior fadiga visual.
4. Tipos ampliados: ampliação de fontes, de sinais e símbolos gráficos em livros,
apostilas, textos avulsos, jogos, agendas, entre outros.
5. Acetato amarelo: diminui a incidência de claridade sobre o papel.
6. Plano inclinado: carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o aluno
possa realizar as atividades com conforto visual e estabilidade da coluna vertebral.
7. Acessórios: lápis 4B ou 6B, canetas de ponta porosa, suporte para livros,
cadernos com pautas pretas espaçadas, tiposcópios (guia de leitura), gravadores.
8. Softwares com magnificadores de tela e Programas com síntese de voz.
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9. Chapéus e bonés: ajudam a diminuir o reflexo da luz em sala de aula ou em
ambientes externos.
10. Circuito fechado de televisão -CCTV: aparelho acoplado a um monitor de TV
monocromático ou colorido que amplia até 60 vezes as imagens e as transfere
para o monitor.
Mas devemos ficar atentos ao trabalhar com esse grupo, por isso, existem algumas
recomendações úteis a serem seguidas:
11. Sentar o aluno a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro
na parte central da sala.
12. Evitar a incidência de claridade diretamente nos olhos da criança.
13. Estimular o uso constante dos óculos, caso seja esta a indicação médica.
14. Colocar a carteira em local onde não haja reflexo de iluminação no quadro negro.
15. Posicionar a carteira de maneira que o aluno não escreva na própria sombra.
16. Adaptar o trabalho de acordo com a condição visual do aluno.
17. Em certos casos, conceder maior tempo para o término das atividades propostas,
principalmente quando houver indicação de telescópio.
18. Ter clareza de que o aluno enxerga as palavras e ilustrações mostradas.
19. Sentar o aluno em lugar sombrio se ele tiver fotofobia (dificuldade de ver bem em
ambiente com muita luz).
20. Evitar iluminação excessiva em sala de aula.
21. Observar a qualidade e nitidez do material utilizado pelo aluno: letras, números,
traços, figuras, margens, desenhos com bom contraste figura/fundo.
22. Observar o espaçamento adequado entre letras, palavras e linhas.
23. Utilizar papel fosco, para não refletir a claridade.
24. Explicar, com palavras, as tarefas a serem realizadas.
4 ALFABETIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
A maioria das crianças cegas só tomam contato com a escrita e com a leitura
no período escolar. Este fator pode trazer atrasos no processo de alfabetização. Esta
é a hora de a educação fazer-se mais forte e cumprir com seus reais objetivos: abrir
frentes de conhecimento, suprir lacunas e minimizar carências. O que deve ficar claro
é que, no caso da educação de crianças cegas, independente da concepção
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pedagógica ou linha metodológica adotada pela escola, não se pode negligenciar o
desenvolvimento integral, a utilização de técnicas e recursos específicos
fundamentais ao êxito e eficácia do processo de aprendizagem da leitura e escrita,
pelo sistema Braille.
É geralmente na fase pré-escolar, que vai dos 4 aos 6 anos, que se procura
dar grande ênfase ao desenvolvimento de um conjunto de habilidades que são
importantes para a leitura e a escrita no sistema Braille. O professor alfabetizador deve
levar a criança a experimentar várias situações de aprendizagem, a fim de que ela
possa aprender a explorar, a manipular, a perceber, a reconhecer e finalmente a
conhecer o universo ao qual pertence, fazendo com que ela também se descubra e
se identifique como indivíduo inteiro e capaz.
O volume de informações e a qualidade das experiências de aprendizagem
devem ser os mais variados possíveis, desde as atividades de linguagem, como
reprodução e produção de pequenos versos, músicas, contos e textos, elaboração e
construção de esquemas lúdicos, de evocação, de memória, representação mental e
temporal, jogos de representação e raciocínio espacial, lógico-matemático, etc. Além
dessas atividades grupais, as atividades individuais de manuseio e a utilização de
recursos específicos como reglete, punção, acesso ao código braile e ao texto braile
deverão ser priorizados no contexto escolar. Em grande parte dos sistemas de ensino
no nosso país as crianças cegas são alfabetizadas em escolas especiais ou classes
especiais em escolas regulares, com apoio ou não de salas de recursos e professores
itinerantes, entretanto, nas escolas onde o processo de inclusão já segue mais
adiantado, esses alunos são matriculados diretamente na classe comum, sendo
alfabetizados, paralelamente no sistema Braille, na sala de recursos.
Fonte: colmeia.am.br
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Nesse caso, essas crianças podem utilizar palavras ou expressões
descontextualizadas, sem nexo ou significado real, por não se basearem em
experiências diretas e concretas. Esse fenômeno é denominado verbalismo e sua
preponderância pode ter efeitos negativos em relação à aprendizagem e ao
desenvolvimento. Algumas crianças cegas congênitas podem manifestar
maneirismos, ecolalia e comportamentos estereotipados. Isso porque a falta da visão
compromete a imitação e deixa um vazio a ser preenchido com outras modalidades
de percepção.
A falta de conhecimento, de estímulos, de condições e de recursos adequados
pode reforçar o comportamento passivo, inibir o interesse e a motivação. A escassez
de informação restringe o conhecimento em relação ao ambiente. Por isso, é
necessário incentivar o comportamento exploratório, a observação e a
experimentação para que estes alunos possam ter uma percepção global necessária
ao processo de análise e síntese.
Portanto não basta matricular um aluno cego no ensino regular dizendo que
está incluído, se não for oferecido a este aluno, igualdade de condições de
aprendizagem e acesso aos conteúdos em sua integridade, e não a parte dele, o que
depois ou este aluno seria reprovado por não alcançar os objetivos propostos, ou seria
aprovado com alguma ressalva de defasagem ou impossibilidade de alcançar
determinados objetivos, com justificativa na sua deficiência, mas não na deficiência
do sistema de ensino e oportunidades de aprendizagem oferecidos de forma
insuficiente a este aluno
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Apesar dessa diferenciação vale ressaltar que uma criança não é mais ou
menos capaz por ser cega. A cegueira não confere a ninguém nem
qualidades menores nem potencialidades compensatórias. Seu crescimento
efetivo dependerá exclusivamente das oportunidades que lhe forem dadas,
da forma pela qual a sociedade a ver, da maneira como ela própria se aceita
(ALMEIDA, 1997, apud, LIMA 2010, p.111).
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enfoque na prática letrada, contribuindo de maneira qualitativa para a formação de
sujeitos competentes e atuantes na sociedade.
4.2 Atividades
Fonte: folhadelondrina.com.br
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Algumas atividades predominantemente visuais devem ser adaptadas com
antecedência e outras durante a sua realização por meio de descrição, informação
tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra referência que favoreçam a configuração do
cenário ou do ambiente. É o caso, por exemplo, de exibição de filmes ou
documentários, excursões e exposições. A apresentação de vídeo requer a descrição
oral de imagens, cenas mudas e leitura de legenda simultânea se não houver
dublagem para que as lacunas sejam preenchidas com dados da realidade e não
apenas com a imaginação. É recomendável apresentar um resumo ou contextualizar
a atividade programada para esses alunos. Os esquemas, símbolos e diagramas
presentes nas diversas disciplinas devem ser descritos oralmente.
Os desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser adaptados e
representados em relevo. O ensino de língua estrangeira deve priorizar a conversação
em detrimento de recursos didáticos visuais que devem ser explicados verbalmente.
Experimentos de ciências e biologia devem remeter ao conhecimento por meio de
outros canais de coleta de informação. As atividades de educação física podem ser
adaptadas com o uso de barras, cordas, bolas com guiso etc.
O aluno deve ficar próximo do professor que recorrerá a ele para demonstrar
os exercícios ao mesmo tempo em que ele aprende. Outras atividades que envolvem
expressão corporal, dramatização, arte, música podem ser desenvolvidas com pouca
ou nenhuma adaptação. Em resumo, os alunos cegos podem e devem participar de
praticamente todas as atividades com diferentes níveis e modalidades de adaptação
que envolvem criatividade, confecção de material e cooperação entre os participantes.
4.3 Avaliação
Fonte:www.vitoria.es.gov.br
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Alguns procedimentos e instrumentos de avaliação baseados em referências
visuais devem ser alterados ou adaptados por meio de representações e relevo. É o
caso, por exemplo, de desenhos, gráficos, diagramas, gravuras, uso de microscópios.
Em algumas circunstâncias é recomendável valer-se de exercícios orais. A adaptação
e produção de material, a transcrição de provas, exercícios e de textos em geral para
o sistema braille podem ser realizadas em salas, núcleos, serviços ou centros de apoio
pedagógico.
Se não houver ninguém na escola que domine o sistema braille, será
igualmente necessário fazer a conversão da escrita braille para a escrita em tinta.
Convém observar a necessidade de estender o tempo da avaliação, considerando-se
as peculiaridades já mencionadas em relação à percepção não visual. Os alunos
podem realizar trabalhos e tarefas escolares utilizando a máquina de escrever em
braille ou o computador, sempre que possível.
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e elaboração dos estímulos visuais, bem como sobre o desempenho e o uso funcional
do potencial da visão.
Fonte: intervox.nce.ufrj.br
O isolamento das pessoas cegas pode ser muito diminuído com o uso de
computador. Neste modulo iremos estudar o sistema DOSVOX. Esse sistema
(intervox.nce.ufrj.br/dosvox) vem sendo desenvolvido desde 1993 e foi desenvolvido
com tecnologia totalmente nacional, sendo o primeiro sistema comercial a sintetizar
vocalmente textos genéricos na língua portuguesa. Tanto o software quanto o
hardware são projetos originais, de baixa complexidade e adequados a nossa
realidade, possibilitando ao usuário recursos que abrangem desde a edição de textos
até utilitários e navegação na Internet. O referido sistema foi desenvolvido no Brasil,
pela UFRJ, como projeto de pesquisa do Prof. José Antônio dos Santos Borges.
O sistema DOSVOX é um ambiente operacional para pessoas cegas, que vem
ajudando muito no que se refere aos problemas educacionais de deficientes visuais.
O sistema DOSVOX é hoje usado por mais de 10.000 pessoas cegas em todo Brasil,
que através dele podem editar textos em tinta e em Braille, ler jornais e livros, acessar
a Internet, e realizar inúmeras funções profissionais e de lazer através de um
microcomputador, atingindo um nível de independência inimaginável há pouco tempo
atrás.
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O Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro
vem nos últimos anos se dedicando à criação de um sistema de computação
destinado a atender aos deficientes visuais. O sistema operacional DOSVOX permite
que pessoas cegas utilizem um microcomputador comum (PC) para desempenhar
uma série de tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência no estudo e no
trabalho.
O DOSVOX é um sistema que se comunica com o usuário através do uso de
sintetizador de voz. O sistema conversa com o deficiente visual em Português, sem
sotaque, proporcionando a ele acessibilidade facilidade do mesmo modo que um
usuário vidente tem, como sistema de gerência de arquivos adequado ao uso por D.V.,
editor e leitor de textos, impressor a tinta e em Braille, ampliador de telas para visão
subnormal, diversos jogos, além de programas para acesso à Internet. O DOSVOX
dá também suporte a operação de programas que não foram criados para cegos,
através de adaptações que permitem leitura sintética de telas ou substituição de
interações bidimensionais ou cliques de mouse. A maior diferença entre o DOSVOX
e os muitos programas que existem no mercado internacional, voltados para auxílio
ao D.V. reside no fato de que o DOSVOX não é apenas uma “casca de interface”
colocada sobre os programas convencionais, mas um ambiente operacional
totalmente projetado com características de comunicação coerentes com as
limitações do cego.
Todo acesso é feito pelo teclado, e o sistema de seleção por menus, conduz o
deficiente a uma operação com muito menos erros. É interessante ver um cego
operando o computador com muito mais rapidez com DOSVOX que um vidente
usando o Windows.
O impacto do sistema DOSVOX sobre a comunidade cega e deficiente visual é
excelente, e pode ser facilmente avaliado pela imensa repercussão nos meios de
comunicação e nas escolas especializadas. As principais vantagens do DOSVOX são
sua simplicidade, custo e adequação à realidade educacional dos deficientes visuais
do Brasil. O projeto DOSVOX é uma cunha que abre novos espaços a uma parte
importante da população brasileira. Com o uso efetivo do sistema, adaptado às reais
necessidades dos cegos do Brasil, mais um passo foi dado no sentido de tornar os
deficientes visuais em elementos mais produtivos e melhor integrados à sociedade.
Entretanto, ele é apenas uma ferramenta. Para que ela possa ser efetivamente
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importante, é necessário a concretização de muitas ações políticas e educacionais
que permitam que ele seja aplicado ao maior número de deficientes visuais do nosso
país. Muitas delas já se iniciaram, em especial a nível universitário. Mas a maior parte
delas envolve uma conscientização maior por parte dos deficientes visuais e mais
ainda, de seus professores.
O DOSVOX é composto de:
Sistema operacional que contém os elementos de interface com o
usuário;
Sistema de síntese de fala, incorporando um sintetizador simples para
português e conexão para sistemas profissionais de síntese de voz;
Editor, leitor e impressor/formatador de textos;
Impressor/formatador para Braille;
Programas sonoros para acesso à Internet, como Correio Eletrônico,
Telnet, FTP e acesso à WWW;
Diversos programas de uso geral para o cego, como caderno de
telefones, agenda de compromissos, calculadora, preenchedor de
cheques, cronômetro, etc.
Jogos de caráter didático e lúdico;
Ampliador de telas para pessoas com visão reduzida;
Programas para ajuda à educação de crianças com deficiência visual;
Leitor de telas/janelas (versão para Windows).
O que diferencia o Dosvox de outros sistemas voltados para uso por deficientes
visuais é que no Dosvox a comunicação homem-máquina é muito mais simples e leva
em conta as especificidades e as limitações dessas pessoas. Ao invés de
simplesmente ler o que está escrito na tela, o Dosvox estabelece um diálogo amigável,
por meio de programas específicos e interfaces adaptativas. Isso o torna insuperável
em qualidade e facilidade de uso para os usuários que veem no computador um meio
de comunicação e acesso que deve ser o mais confortável e amigável possível.
Para utilização do Dosvox, não é necessária nenhuma adaptação especial com
relação à parte de hardware. Apenas a aquisição de fone de ouvido e caixas de som.
De preferência que tanto as caixas quanto o fone possuam controle de volume.
Durante as aulas, o aluno DV utilizará o fone de ouvido. No caso em que o professor
e/ou aluno precisem ouvir o som, de modo que outras pessoas acompanhem as
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informações em áudio, seriam utilizadas caixas de som. Não é preciso que as caixas
possuam grande potência. O controle de volume no fone e nas caixas possibilita que
o aluno DV modifique a altura do som de forma fácil e rápida a qualquer tempo.
Sua acessibilidade é fundamental para as pessoas que estão iniciando seu
conhecimento em informática, sendo importante o seu uso para as pessoas cegas e
de baixa visão, tanto no âmbito social como educacional. Ressalta-se ainda, a
importância das políticas sociais e tecnológicas no uso e incentivo de softwares livres,
para a promoção da igualdade de condições para esses sujeitos, no que se refere a
acessibilidade digital.
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Fonte:intervox.nce.ufrj.br
Fonte: intervox.nce.ufrj.br
Fonte: intervox.nce.ufrj.br
Fonte:www.manaus.am.gov.br
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Um dos desafios enfrentados pelos educandos cegos e de baixa visão diz
respeito à oferta e ao uso de recursos didáticos adaptados, imprescindíveis na
escolarização e inclusão desses alunos no sistema regular de ensino. A falta de
recursos didáticos adaptados pode gerar um verbalismo desassociado da realidade e
os educandos deficientes visuais causando uma dificuldade desses alunos em
acompanhar a matéria nas primeiras séries do ensino fundamental, bem como a partir
do sexto ano de escolaridade, quando as exigências começam a aumentar. Desta
forma os recursos didáticos auxiliam, facilitam, incentivam ou possibilitam o processo
de ensino-aprendizagem, permitindo que os educandos cegos e com baixa visão
construam imagens mentais sobre o assunto estudado e estruturem o pensamento e
a linguagem, a respeito do que a observação visual não permite.
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adaptados. Pode-se produzir uma infinidade de recursos e jogos didáticos com
material de baixo custo e sucata: embalagens descartáveis, frascos, tampas de vários
tamanhos, retalhos de papéis e tecidos com texturas diferentes, botões, palitos,
crachás, barbantes, sementes etc.
Para promover a comunicação e o entrosamento entre todos os alunos, é
indispensável que os recursos didáticos possuam estímulos visuais e táteis que
atendam às diferentes condições visuais. Portanto, o material deve apresentar cores
contrastantes, texturas e tamanhos adequados para que se torne útil e significativo. A
confecção de recursos didáticos para alunos cegos deve se basear em alguns critérios
muito importantes para a eficiência de sua utilização. Entre eles, destacamos a
fidelidade da representação que deve ser tão exata quanto possível em relação ao
modelo original. Além disso, deve ser atraente para a visão e agradável ao tato.
Fonte:portalamazonia.com
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O relevo deve ser facilmente percebido pelo tato e, sempre que possível,
constituir-se de diferentes texturas para melhor destacar as partes componentes do
todo. Contrastes do tipo liso/áspero, fino/espesso, permitem distinções adequadas. O
material não deve provocar rejeição ao manuseio e ser resistente para que não se
estrague com facilidade e resista à exploração tátil e ao manuseio constante.
Deve ser simples e de manuseio fácil, proporcionando uma prática utilização e
não deve oferecer perigo para os alunos. A disponibilidade de recursos que atendam
ao mesmo tempo às diversas condições visuais dos alunos pressupõe a utilização do
sistema braille, de fontes ampliadas e de outras alternativas no processo de
aprendizagem.
Fonte: deficienteciente.com.br
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O marco inicial para a Educação Inclusiva como processo educacional surge
com a Declaração de Salamanca (1994) que, entre outros méritos, prorroga a inclusão
para diversidade, tendo como objetivo integrar as diversas deficiências dando apoio
necessário, na idade adequada e no ensino regular. A partir da metade dos anos 90
foi proposto que crianças com necessidades educativas especiais deveriam ter
acesso ao ensino regular e assim as escolas deveriam se adaptar (por exemplo: caso
a escola fosse receber cadeirantes, ela deveria disponibilizar rampas para que a
locomoção do aluno fosse fácil). Assim os alunos com necessidades especiais não
sofreriam descriminação, a educação inclusiva como o nome já bem diz, ela inclui
esses alunos dentro do âmbito escolar com alunos que não necessitam de um ensino
especial. Com essa interação torna os alunos mais abertos a aceitar as diferenças e
respeita-las e também faz com que o aluno necessitado de uma educação especial
não se sinta excluído.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pessoa com deficiência tem
garantido o acesso à educação desde o nível infantil até a universidade, de preferência
na rede pública regular de ensino. (CF/88 – Art. 208). Desta forma a inclusão escolar
é um desafio que precisa ser enfrentado pelas instituições de educação superior no
processo educativo da pessoa com deficiência. As entidades educacionais são
instituídas para promover educação para todos; portanto, todos os indivíduos têm o
direito ao acesso, como membro ativo da sociedade, aos serviços educacionais
garantidos por lei.
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no entanto, não há adoção eficaz de uma política de educação inclusiva na rede
pública de ensino no Brasil. Somente em 1999, com o Decreto nº 3.298, que
regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração
de indivíduos com deficiência, determina que a educação especial como uma
modalidade transversal atenda a todos os níveis e modalidades de ensino,
ressaltando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular.
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10 O BRINCAR DA CRIANÇA COM DEFICIENCIA VISUAL
Fonte:rioeduca.net
As crianças com deficiência visual podem e devem ser incluídas nas atividades
lúdicas, observando adaptações eventuais. O contato é benéfico para todos, pois
estimula o respeito e conscientização dos demais alunos. Com a inclusão nessas
atividades a criança passa a reconhecer e adaptar-se em novo ambiente, conhecendo
obstáculos e evitando acidentes.
A estimulação tátil é uma habilidade básica que deve ser desenvolvida em
crianças com deficiência visual de forma contextualizada e significativa. O tato é uma
via alternativa de acesso e processamento de informações que não deve ser
negligenciado na educação. A criança com deficiência visual precisa explorar suas
possibilidades através da liberdade para manusear, tocar e receber conceitos
concretos e abstratos do mundo que o cerca para que possa usar este conhecimento
na escola e outros ambientes. E desenvolver atividades artísticas que envolvam
dinâmica corporal, dança, teatro com e sem nenhuma adequação em síntese os
alunos podem e devem ser inseridos em quase todas as atividades da escola. Para
se trabalhar as cores pode ser incluído aos modelos, as formas geométricas, texturas
entre outros critérios. Iniciando o aprendizado das cores em casa, depois na escola.
Os recursos sonoros também são usados na educação especial, além da
observação do som dos objetos no ambiente, com olfato consegue distinguir odores
diversos.
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As informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais desenvolvidas
pelas pessoas cegas porque elas recorrem a esses sentidos com mais
frequência para decodificar e guardar na memória as informações. Sem a
visão, os outros sentidos passam a receber a informação de forma
intermitente, fugidia e fragmentária (SÁ, CAMPOS; SILVA, 2007, apud
SOUZA, SOUZA, 2017, p.47).
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Fonte: abrinquedoteca.com.br
11 ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
desenvolvimentosocial.pr.gov.br
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Nas escolas, os colegas também poderão ser instruídos a guiar os colegas com
deficiência visual e com essa experiência os fará capazes de conviver e aceitar as
diferenças. Com as técnicas de autoajuda em ambiente interno permite o acesso dos
educandos de forma independente tanto na escola como também em ambiente
familiar, as técnicas de autoajuda são: proteção inferior; proteção superior;
rastreamento com a mão; enquadramento e tomada de direção; localização de
objetos; técnicas para o cumprimento e familiarização de ambientes.
Lembramos que a configuração do espaço físico não é percebida de forma
imediata por alunos cegos, tal como ocorre com os que enxergam. Por isso, é
necessário possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do espaço físico e da
disposição do mobiliário.
A coleta de informações se dará de forma processual e analítica através da
exploração do espaço concreto da sala de aula e do trajeto rotineiro dos alunos:
entrada da escola, pátio, cantina, banheiros, biblioteca, secretaria, sala dos
professores e da diretoria, escadas, obstáculos. As portas devem ficar completamente
abertas ou fechadas para evitar imprevistos desagradáveis ou acidentes.
O mobiliário deve ser estável e qualquer alteração deve ser avisada. Convém
reservar um espaço na sala de aula com mobiliário adequado para a disposição dos
instrumentos utilizados por esses alunos que devem incumbir-se da ordem e
organização do material para assimilar pontos de referência úteis para eles.
A questão Orientação e Mobilidade é tão importante para o desenvolvimento
do aluno com cegueira ou com baixa visão, que deve ser apresentada a ele no mesmo
nível de seriedade que é apresentado os recursos para a escrita Braille. Sabemos que
a Orientação e Mobilidade favorece o raciocínio lógico, pois os alunos aprendem na
prática a como resolver problemas eventuais que surjam em seus trajetos, tanto os
internos quanto os externos. Oportuniza uma vida social mais rica e com maior
integração com outras pessoas. Valoriza o sentimento de autoestima e privacidade,
em poder realizar coisas importantes para si, sozinho. Dá segurança e harmonia ao
andar, realizando-o com uma postura mais ereta e descontraída, isto não quer dizer
sem atenção. Enfim, a Orientação e Mobilidade é necessária e não existe a
possibilidade de ficar adiando o começo de um programa, pois o aluno precisa se
movimentar e para isso ele necessita aprender as técnicas que irá utilizar para o resto
34
de sua vida. Portanto o professor especializado deve orientar o aluno ao
conhecimento dos espaços da escola.
12 COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO
35
na emoção, dotado de virtudes e defeitos. E compreender que a deficiência visual de
seu semelhante não o priva de realizar determinadas atividades. Para tanto, faz se
necessário que a comunidade escolar (família, corpo técnico, professor, alunos) tenha
a incumbência de abordar a inclusão especial como uma realidade que deve ser
enfrentada não como uma barreira para o ensino-aprendizagem e o convívio social, e
nem vista com compaixão; e sim como uma vitória sobre as dificuldades advindas pela
deficiência. É responsabilidade do Estado implementar medidas que venham a
beneficiar a inclusão de alunos, garantindo-lhes um atendimento com mais equidade
e, respeitando as limitações individuais de cada discente, imposta por sua deficiência.
Nesse contexto, exige-se da instituição de ensino um espaço físico adaptado para
receber essa clientela especial que, cada vez mais, encontra-se presente no ambiente
estudantil.
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pela educação especial e traça diretrizes. A referida política tem como objetivo o
acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação nas escolas regulares,
orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades
educacionais especiais.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva defende a inserção da modalidade da educação especial na proposta
pedagógica da escola regular, trazendo contribuições para a educação especial na
perspectiva da educação inclusiva, mas também apresenta limites. Ao definir a função
do atendimento educacional especializado, essa política deixa claro que esse tipo de
atendimento não substitui a escolarização, mas sim complementa a formação dos
alunos. Essa política, ao afirmar a educação especial como ação não substitutiva à
escolarização no ensino comum, evita a configuração paralela entre o atendimento
educacional especializado e o ensino comum. Outro ponto a ser destacado é que o
atendimento educacional especializado deve ser realizado por profissionais com
conhecimentos específicos. O documento também ressalta que o acesso à educação
especial perpassa desde a Educação Infantil até a Educação Superior e tem interface
com outras modalidades de ensino como a Educação de Jovens e Adultos e a
Educação Profissional, por possibilitarem a ampliação das oportunidades de
escolarização e acesso ao mundo do trabalho. O documento aborda ainda a questão
da formação dos professores: para atuar na educação especial, o professor deve ter
como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o
exercício da docência e conhecimentos específicos da área. E os sistemas de ensino
devem garantir a acessibilidade mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas,
urbanísticas, na edificação, nos transportes escolares, das barreiras nas
comunicações e informações. Essa política apresenta uma perspectiva inclusiva na
qual os estudantes com necessidades educacionais especiais devem ter acesso ao
sistema regular de ensino, que, por sua vez, deve atender às necessidades
específicas desses educandos a fim garantir a sua participação e aprendizagem.
De acordo com as Políticas Públicas da Educação, os alunos com deficiência
intelectual, deficiência auditiva, deficiência física, deficiência visual, altas habilidades/
superdotação e transtornos globais do desenvolvimento devem frequentar as salas
comuns de ensino com os demais alunos e receber o Atendimento Educacional
37
Especializado (AEE), no turno oposto ao seu horário escolar, nas Salas de Recursos
Multifuncionais:
Fonte: novaescola.org.br
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Entretanto, quando se trata da Educação Especial, à qual abarca a inclusão de alunos
com necessidades especiais, a responsabilidade estende-se aos demais membros
que direta ou indiretamente compõem o ambiente escolar: corpo técnico, o discente
especial ou não; bem como a comunidade em geral, o governo e a própria instituição.
O docente necessita de uma formação inicial continuada sobre os
conhecimentos específicos da Educação Especial, para atuar em sala de aula.
Igualmente, há necessidade de o educador aperfeiçoar-se em determinado ramo da
educação especial – deficiência visual, auditiva, intelectual dentre outras -, objetivando
o aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem de todas as partes
envolvidas no processo educativo.
Assim no que concerne ao discente com deficiência visual, ele precisa sentir-
se integrado a turma como um aluno considerado dotado de inteligência e apto a
superar suas limitações, prosseguindo nos seus estudos, não se sentindo inferior aos
demais colegas de classe. Contudo para que isso se torne possível o ambiente escolar
deve mostrar-se benévolo, acolhedor e isento de preconceitos. Esse educando, em
razão dessa deficiência, precisa ter um professor acompanhante que o auxilie em sua
aprendizagem; bem como de materiais específicos para esse tipo de deficiência.
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Quanto à formação docente, o Programa de Formação Continuada de
Professores na Educação Especial ofereceu, no período de 2007 a 2010, 55 cursos
de formação para 44.951 professores, de acordo com dados do MEC. A leitura desses
dados permite inferir a necessidade de ofertar um número maior de cursos de
formação na área para os professores. Apesar do atual discurso inclusivo, a educação
especial no país ainda apresenta fragilidades: a despeito das evoluções no discurso,
na atualidade constata-se que, para uma estimativa de cerca de seis milhões de
crianças e jovens com necessidades educacionais especiais, cerca de 800 mil
matrículas, considerando o conjunto de todos os tipos de recursos disponíveis, ou
seja, desde os matriculados em escolas especiais até os que estão nas escolas
comuns.
No novo panorama educacional, a formação e capacitação docente, para
atender a inclusão, constituem-se em um dos maiores desafios. No entanto, quando
falamos de formação, estamos nos referindo a que formação? Falemos sobre três
tipos de formação:
Esta terceira opção reflete uma ação em prática do exterior para dar condições
de aprendizagem educacional dos indivíduos:
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A visão dos autores quanto à formação dos professores, se dá de forma
contextualizada e coletiva. Desta forma, apesar de respeitar a individualidade de cada
um, o processo de aprendizado se dá no grupo, e o professor se vê como pertencente
deste grupo, o que lhe dá muito mais sentido na hora da construção da sua própria
aprendizagem. Nessa perspectiva, professores competentes são essenciais para
construir sistemas educacionais inclusivos que constituem o meio mais eficaz para
combater a exclusão educacional e promover a inclusão social das pessoas com
deficiência, no caso, das pessoas com deficiência visual. Na política de inclusão
educacional, vislumbramos uma educação inclusiva, a partir do reconhecimento e
valorização da diversidade como fator de enriquecimento do processo educacional,
provocando mudanças na escola e na formação docente. Com esses procedimentos,
entendemos que os responsáveis propõem uma reestruturação da educação que
beneficie todos os alunos. A organização de uma escola para todos prevê o acesso à
escolarização e ao atendimento às necessidades educacionais especiais.
Por vezes, encontramos materiais dirigidos aos professores que apostam na
informação como eixo central da sua formação. A apropriação de alguns conceitos é
fundamental, contudo é necessário articular esses conceitos com as situações vividas
em cada realidade escolar e na experiência de cada profissional da Educação. Este
trabalho de articulação é um processo cotidiano e sistemático. Não acontece de uma
vez por todas, podendo se dar somente através da análise da vivência de cada
profissional em seu fazer diário. Caso não se leve em conta o caráter processual da
formação desses profissionais, corre-se o risco de desprezar o conhecimento e a
experiência prévia que cada um traz consigo. De fato, os professores têm um papel
fundamental na construção de uma escola que valorize as possibilidades de cada um
para realizarem sua função social como educadores. Eles devem adquirir
competências para poderem refletir sobre as práticas de ensino em sala de aula, bem
como, para trabalhar em colaboração com seus pares. Isso é importante, a fim de
contribuir na construção de abordagens educacionais dinâmicas e inclusivas a partir
das quais os estudantes com deficiência visual tenham acesso às mesmas
oportunidades de aprendizagem e de participação na vida escolar e na comunidade
que têm os demais alunos.
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15 CONSIDERAÇÕES FINAIS
43
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
45
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47
17 SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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