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2ª Edição
Indaial - 2019
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
M227d
ISBN 978-85-7141-414-3
ISBN Digital 978-85-7141-415-0
1. Deficientes visuais - Educação. - Brasil. I. Santos, Tatiana dos.
II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 371.911
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E
CONCEITUAIS..................................................................................9
CAPÍTULO 2
O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA
COM DEFICIÊNCIA VISUAL...........................................................39
CAPÍTULO 3
RECURSOS E ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO............................................................................91
APRESENTAÇÃO
A criança que enxerga estabelece uma comunicação visual com o mundo
exterior desde os primeiros meses de vida porque é estimulada a olhar para tudo
o que está a sua volta. A visão ocupa uma posição proeminente no que se refere à
percepção de formas, tamanhos, contornos, cores e é capaz de integrar os outros
sentidos, permitindo associar som e imagem, imitar um gesto ou comportamento
e exercer uma atividade exploratória em um espaço delimitado (SÁ, 2007). A visão
tem um papel fundamental na representação do mundo em que vivemos, como
também das pessoas e das coisas com as quais convivemos.
Bons estudos.
Prof.ª Carolina dos Santos Maiola
Prof.ª Tatiana dos Santos
C APÍTULO 1
DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS
HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Vivemos em um contexto em que o sentido da visão é considerado primordial
para o desenvolvimento humano. Nesse mesmo contexto, e principalmente na
escola, nos deparamos diariamente com crianças e adultos com deficiência visual.
2 CONCEITOS DE DEFICIÊNCIA
VISUAL
Porém ela se deu conta de que Maria Luz era diferente. Seu
jeito de ver as coisas não era igual ao da gente. [...] ela usava
os ouvidos para entender os passarinhos. Era o nariz que lhe
dizia que a primavera estava a caminho. O perfume ensinava
o quanto a flor é bela, e o gosto da manga era a melhor
explicação para a cor amarela [...] (MAGGIO, 2000, p. 16; 22).
Pode ainda ser causada por doenças como diabetes, deslocamento de retina
ou traumatismos oculares.
FIGURA 1 – OLHO
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
Nesse contexto, caracterizamos como pessoa com baixa visão aquela que
possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual
entre 20 e 50º.
Assim, as pessoas com baixa visão apresentam resíduos visuais e por isso
não devem ser tratadas como cegas, pelo contrário, deve-se aproveitar esse
potencial visual nas atividades educacionais, na vida diária, no trabalho e no
lazer. Além da estimulação precoce realizada desde o momento da descoberta da
deficiência, podem-se utilizar recursos ópticos como óculos e lupas que podem
melhorar significativamente a qualidade de vida do deficiente visual.
As pessoas com baixa visão apresentam resíduos visuais e por isso não
devem ser tratadas como cegas, pelo contrário, deve-se aproveitar esse potencial
visual nas atividades educacionais, na vida diária, no trabalho e no lazer.
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FONTE: <http://www.igeduca.com.br/salaaula/estudosp/fisica/142_
optica_visao/problemas_de_visao.htm>. Acesso em: 10 ago. 2019.
São lentes que podem ser prescritas para uso contínuo ou em atividades
específicas.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
FONTE: <http://www.civiam.com.br/lista_necessidades.
php?scateg=211>. Acesso em: 10 ago. 2019.
FIGURA 5 – TELELUPAS
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2.2 CEGUEIRA
Para Martín e Ramirez (2003, p. 40), a cegueira consiste em desde a “total
ausência a simples percepção de luz”. Tal alteração na estrutura dos olhos pode
se dar por um problema de ordem congênita, adquirida, genética ou degenerativa
ou, como descrevem González e Díaz (2007, p. 103), “erros ópticos, defeitos dos
olhos, doenças, síndromes e condições associadas que afetam a visão em maior
ou menor extensão”.
Ainda, para González e Díaz (2007), a deficiência visual pode ser classificada
por graus, que podem se enquadrar em cegueira absoluta (a pessoa não distingue
nada) e a cegueira parcial (a pessoa distingue luz, sombra ou contornos) e pela
idade de início da deficiência. As formas de manifestação da cegueira, no que
se refere ao grau de imagem retida e à idade em que a cegueira iniciou, são
essenciais para compreender a pessoa acometida pela deficiência.
A pessoa que nasce com o sentido da visão e o perde mais tarde, guarda
memórias visuais e consegue lembrar de imagens e cores que conheceu,
auxiliando a sua readaptação. Quem nasce desprovido da visão não apresenta
essas referências e não pode formar uma memória visual, ou seja, possuir
memórias visuais.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
Poucos anos depois, Louis entrou para uma escola para cegos em Paris,
lá aprendeu a ler, isto é, aprendeu a reconhecer as vinte e seis letras, sentindo-
as com os dedos. Mas as letras tinham muitas polegadas (cerca de 20 cm de
largura e altura). Este era naturalmente um sistema muito primitivo de ler. Um
artigo pequeno enchia inúmeros livros e cada livro pesava 8 ou 9 libras (3,624
kg a 4,077 kg). Mais tarde, Louis tornou-se professor nessa escola. Ele, todavia,
ansiava por encontrar um sistema de leitura bem melhorado para o cego, mas
isso não era fácil.
Um dia, em visita a sua casa, ele disse a seu pai: "As pessoas cegas são
as mais isoladas do mundo. Eu posso descrever um pássaro distinguindo-o de
outro pelo som. Eu posso conhecer a porta de uma casa sentindo-a com a minha
mão. Mas há inúmeras coisas que eu não posso ouvir nem sentir. Somente os
livros podem libertar os cegos. Mas não há livros para lermos".
- "Por favor Louis", disse seu amigo. "O que há? Todos estão olhando para você".
- "Finalmente eu encontrei a resposta para o problema do cego", disse. "Agora
o cego pode ser livre".
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- "Estou certo de poder usar este sistema, disse Louis, para ajudar as
pessoas cegas a ler e lhes dar livros".
Esse foi um maravilhoso dia para Louis. Mais tarde, ele começou a
estudar esse novo sistema para usá-lo com o cego.
Agora ele já era um homem doente. A cada ano tornava-se mais doente,
porém trabalhava e trabalhava com seu sistema para torná-lo melhor.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
- "Esta é a terceira vez em minha vida que eu choro. A primeira, quando tornei-
me cego. A segunda, quando ouvi falar sobre "night-writing" e agora porque sei
que minha vida não foi um fracasso".
O Sistema Braille foi de grande aceitação para a maioria das pessoas cegas,
pois além da aplicabilidade e eficiência, ele permitiu a possibilidade de viabilizar
o melhor meio de leitura e escrita para essas pessoas. Diante dessa invenção,
Louis Braille definiu a estrutura básica do sistema, atualmente utilizada no mundo
todo.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Instituto_
benjamin_constant_2.jpg>. Acesso em: 6 mar. 2019.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
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FONTE: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
grafiaport.pdf>. Acesso em: 16 set. 2019.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
A fundação surgiu quando Dorina de Gouvêa Nowill, cega aos 17 anos por
uma enfermidade não diagnosticada, sentiu uma grande carência de livros braile
em nosso país. Atualmente, a instituição possui uma das maiores imprensas braile
do mundo em capacidade produtiva. Segundo informações da própria fundação,
já foram produzidas aproximadamente 290 milhões de páginas no Sistema Braille,
seis mil títulos e dois milhões de volumes impressos em braile. Ainda, a instituição
produziu mais de 1600 obras em áudio e outros 900 títulos digitais acessíveis,
além de mais de 17mil pessoas atendidas nos serviços de clínica de visão
subnormal, reabilitação e educação especial.
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• Laramara
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
• Bengala Branca
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
Vygotsky (1997, p. 106) define uma regra fundamental para a psicologia dos
cegos:
[...] o todo não pode ser explicado nem compreendido por suas
partes, mas as partes podem ser compreendidas com base
no todo. A psicologia dos cegos pode ser construída, não da
soma de peculiaridades singulares, de desvios parciais, de
traços isolados de uma ou outra função, mas estas mesmas
particularidades e desvios se tornam compreensíveis somente
quando partimos de um objetivo vital único e integral, da linha
diretriz do cego, e determinamos o lugar e significado de cada
particularidade e traço isolado neste todo e em vinculação com
ele, quer dizer, com todos os traços restantes.
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Diante dessas informações sobre a deficiência visual, que tal realizarmos uma
leitura de um texto sobre os dizeres de Helen Keller? Acompanhe na sequência.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
Várias vezes pensei que seria uma bênção se todo ser humano,
de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princípio da
vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe
ensinaria as alegrias do som.
Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você,
que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que veem:
usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo
se aplica aos outros sentidos. Ouça a música das vozes, o canto
dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se
amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã
perdessem o tato. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada
bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos.
Usem ao máximo todos os sentidos; gozem de todas as facetas do
prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de
contato fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos, estou
certa de que a visão deve ser o mais delicioso.
FONTE: Revista Mente e cérebro. In: KELLER, Helen. Três dias para ver. Disponível em:
http://www.cerebromente.org.br/n16/curiosidades/helen.htm. Acesso em: 15 ago. 2009.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
3 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste primeiro capítulo, estudamos um pouco sobre a história da deficiência
visual no decorrer dos tempos. Percebemos que, segundo os autores, a deficiência
visual passou por três etapas: mística, biológica e sociopsicológica.
REFERÊNCIAS
BELARMINO, J. Associativismo e política: a luta dos grupos estigmatizados
pela cidadania plena. João Pessoa: Ideia, 1996.
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KELLER, H. Três dias para ver. Revista Mente e cérebro. Disponível em: http://
www.cerebromente.org.br/n16/curiosidades/helen.htm. Acesso em: 16 set. 2019.
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Capítulo 1 DEFICIÊNCIA VISUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS E CONCEITUAIS
VEER, R. Van der; VALSINER, J. Vygotsky: uma síntese. 3. ed. Tradução Cecília
C. Bartalotti. São Paulo: Loyola, 1999.
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C APÍTULO 2
O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA
CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Sabemos que o lúdico, os brinquedos e brincadeiras são fatores importantes
para o desenvolvimento da criança e, para as crianças com deficiência visual, não
é diferente. Brincar, relacionando-se com seus pares, permite, além da interação
e socialização, o desenvolvimento de habilidades motoras e a estimulação visual
para essas crianças.
2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Viver na escuridão como eu vivo não é muito fácil. Com o
tempo a gente se acostuma. Quem não consegue ver as coisas
do mundo das cores tem que imaginar, e, às vezes, dá uma
vontade muito grande de poder participar das brincadeiras que
meus colegas fazem, mas eu tenho que me contentar em ficar
sentado no banco, ouvindo os comentários e risadas deles
(MUNDURUKU, 2007, p. 18).
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A criança que nasce com deficiência visual não apresenta contato com
estímulos visuais; assim, limita-se nos seus movimentos e interações, pois
não há uma relação visual com o meio externo. Para isso, é fundamental que
seus cuidadores e, posteriormente, seus educadores estejam atentos a essas
limitações e que a estimulem, através da interação, pelo contato corporal, pelo
contato com objetos (brinquedos, alimentos etc.), enfim, pelas experiências
diversas. Nessa interação, além do contato é imprescindível a estimulação da
linguagem da criança.
Ainda, além dos estímulos que o ato de brincar disponibiliza para todas as
pessoas, em específico para as crianças, ele exercita situações de interação,
de apropriação de regras, rotinas do dia a dia, de movimentar-se e tornar-se
independente, de relacionar-se com o outro, de desenvolver o físico, a mente, a
afetividade e a autoestima, como podemos observar na citação a seguir:
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Por isso, a criança com deficiência visual deve ser alertada de que algum
objeto tátil se encontra no seu campo tátil de ação, para que ela possa, através de
pistas auditivas ou do toque, coordenar os esquemas de audição, tato e preensão.
FIGURA 1 – CHOCALHO
O brinquedo é assim:
FIGURA 2 – PULSEIRINHA
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
FIGURA 3 – TATEANDO
O brinquedo é assim:
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
FIGURA 7 – MULTIQUADROS
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FIGURA 9 – ROLINHO
FIGURA 10 – AMASSADINHA
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
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FIGURA 14 – FANTOCHES
FIGURA 15 – RODÃO
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
FIGURA 17 – BOLSÕES
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FIGURA 19 – TAMPINHAS
Placa retangular feita de material leve e macio. Sobre a placa estão colados
seis pequenos círculos, obedecendo à disposição dos pontos da cela braile. Sobre
cada círculo se encaixa uma tampa recoberta com o mesmo material. Essa cela,
em tamanho maior que a padrão, permite que a criança entre em contato com o
mundo das letras, através da brincadeira.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
FIGURA 20 – ALPHAÍMÃ
3 CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS
COTIDIANOS E CIENTÍFICOS
Para Bruno (1997), o professor deve estar atento para respeitar as formas
diferentes de experiências sensoriais elaboradas pelos alunos. Conceitos de
determinados fenômenos da natureza, como o brilho das estrelas ou o arco-íris,
são experiências estritamente visuais, inacessíveis à observação do aluno cego.
A autora sugere que esses conceitos não devam ser passados metaforicamente
para o aluno e sim construídos através de imagens mentais táteis-cinestésicas-
olfativas-gustativas experienciadas por elas mesmas, considerando que há
fenômenos ou eventos que não podem ser objetivados, nem experimentados
sensorialmente pela criança cega.
Sá, Campos e Silva (2007, p. 21) enfatiza que as crianças cegas operam
com dois tipos de conceitos:
1) Aqueles que têm significado real para elas a partir de suas experiências.
2) Aqueles que fazem referência a situações visuais, que embora sejam
importantes meios de comunicação, podem não ser adequadamente
compreendidos ou decodificados e ficam desprovidos de sentido.
Nesse caso, essas crianças podem utilizar palavras ou expressões
descontextualizadas, sem nexo ou significado real, por não se basearem
em experiências diretas e concretas. Esse fenômeno é denominado
verbalismo e sua preponderância pode ter efeitos negativos em relação à
aprendizagem e ao desenvolvimento.
Domingues et al. (2010, p. 38) nos agraciam com um belo texto que
exemplifica como se deu a formação de alguns conceitos realizado por uma
criança de 10 anos. Vamos acompanhar?
Mateus tem dez anos, é cego congênito e foi alfabetizado em uma escola
pública de ensino regular. Durante os primeiros anos de escolarização, os
educadores suspeitavam que se tratava de uma criança com autismo porque
ele era arredio, apresentava maneirismos e comportamentos estereotipados. Ele
adorava ler e apresentava um ótimo domínio do Braille.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
A mesma pergunta foi feita para João Lucas, um garoto de dez anos,
aluno da quinta série, que convive com tios cegos, e ele responde: “é uma ave
grande, pescoçuda, com um bico longo e as pernas compridas. É parecida com
o flamingo, que é diferente dela porque tem uma cor mais avermelhada. A garça
fica de pé numa perna só, e a outra fica levantada e dobrada para trás”.
FONTE: <https://pt.depositphotos.com/79968482/stock-photo-
white-heron-in-grass.html>. Acesso: 7 mar. 2019.
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DEFiCiÊNCiA ViSuAL
Além disso, Bruno (1997, p. 45) reforça que no processo de formação dos
conceitos:
4 ALFABETIZAÇÃO
O dia mais importante de toda minha vida foi o da chegada de minha
professora Sullivan. Fico profundamente emocionada quando penso no contraste
imensurável das duas vidas que se juntaram. Ela chegou no dia 3 de março do
1887, três meses antes de eu completar 7 anos.
Belos dias como esses fazem o coração bater ao compasso de uma música
que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma.
Isso completa a glória de viver.
(HELEN KELLER)
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
marcas que hoje nós, professores, também deixamos em nossos alunos com ou
sem necessidades especiais.
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DEFiCiÊNCiA ViSuAL
FONTE: <http://lojavirtual.multimapas.com.br/mapas-escolares/silabarios-e-
abecedarios-1/painel-alfabeto-braille.html>. Acesso em: 16 jun. 2019.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
O relevo deve ser facilmente percebido pelo tato (contrastes do tipo liso-
áspero, fino-espesso, permitem melhor distinção) e o material deve ser resistente,
para que não se estrague com facilidade.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/slidedebrailepprova-160119041753/95/
braile-como-tratar-deficientes-visuais-corretamente-14-638.
jpg?cb=1453177119>. Acesso em: 12 jun. 2019.
59
DEFiCiÊNCiA ViSuAL
FONTE: <http://www.deficienciavisual.pt/txt-Inclusao_escolar_
alunos_cegos_e_bx_visao.htm>. Acesso em: 16 set. 2019.
FONTE: <https://www.brinquelibras.com.br/site_novo/?sw=ver_
produto&c=Njg=>. Acesso em: 12 jun. 2019.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
FONTE: <https://www.facebook.com/1121931767833305/photos/a.112211771
1148044/1122117061148109/?type=3&theate>. Acesso em: 12 jun. 2019.
FONTE: <https://www.brinquelibras.com.br/site_novo/?sw=ver_
produto&c=NTI=>. Acesso em: 12 jun. 2019.
61
DEFiCiÊNCiA ViSuAL
FONTE: <https://quimica-para-os-deficientes-visuais.webnode.com/
ensino-e-aprendizagem-geral/>. Acesso em: 12 jun. 2019.
FONTE: <https://quimica-para-os-deficientes-visuais.webnode.com/
ensino-e-aprendizagem-geral/>. Acesso em: 12 jun. 2019.
FIGURA 31 – BARALHO
FONTE: <https://quimica-para-os-deficientes-visuais.webnode.com/
ensino-e-aprendizagem-geral/:>. Acesso em: 12 jun. 2019.
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DEFiCiÊNCiA ViSuAL
FONTE: <https://quimica-para-os-deficientes-visuais.webnode.com/
ensino-e-aprendizagem-geral/>. Acesso em: 12 jun. 2019.
FIGURA 33 – RESTA-UM
FONTE: <https://quimica-para-os-deficientes-visuais.webnode.com/
ensino-e-aprendizagem-geral/>. Acesso em: 12 jun. 2019.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
FONTE: <http://www.deficienciavisual.pt/txt-aprendendo_ler_escrever_
braille-Nicolaiewsky.htm>. Acesso em: 12 jun. 2019.
Podemos exemplificar com as letras do alfabeto. Para “ler” as letras “a”, “b” e
“c” encontraríamos a composição das celas da seguinte forma:
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FONTE: <http://paywingmumi1985.myq-see.com/mquina-
braille-gzf>. Acesso em: 12 jun. 2019.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
FONTE: <http://stargardtbrasil.blogspot.com/2010/05/como-
enxergamos-parte-2.html>. Acesso em: 26 set. 2019.
FONTE: <http://stargardtbrasil.blogspot.com/2010/05/como-
enxergamos-parte-2.html>. Acesso em: 26 set. 2019.
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DEFiCiÊNCiA ViSuAL
FONTE: <http://stargardtbrasil.blogspot.com/2010/05/como-
enxergamos-parte-2.html>. Acesso em: 26 set. 2019.
FONTE: <http://stargardtbrasil.blogspot.com/2010/05/como-
enxergamos-parte-2.html>. Acesso em: 26 set. 2019.
FONTE: <http://stargardtbrasil.blogspot.com/2010/05/como-
enxergamos-parte-2.html>. Acesso em: 26 set. 2019.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Essa condição visual apresentada pela criança com baixa visão nos permite
afirmar que é fundamental que o professor trabalhe com adaptações e utilização
de recursos ópticos, como já mencionamos no Capítulo 1, bem como com a
estimulação precoce desde a educação infantil, possibilitando o desenvolvimento
dessa criança.
FONTE: <http://www.fpc.ba.gov.br/modules/noticias/article.
php?storyid=1260>. Acesso em: 12 set. 2019.
71
DEFiCiÊNCiA ViSuAL
FONTE: <https://www.kalunga.com.br/prod/pincel-marcador-atomico-
preto-1100-p-pilot/616599/>. Acesso em: 12 set. 2019.
Acetato, que quando colocado sobre a página que foi impressa, escurece a
impressão e intensifica o contraste.
FONTE: <http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_
EV117_MD1_SA10_ID9253_14092018161311.pdf>. Acesso em: 12 set. 2019.
Ifrah (1989) ainda nos conta que essas tribos colocavam pedras em um
fosso, cada pedra correspondendo a um guerreiro. Ao chegar à décima pedra,
correspondente ao décimo homem, estas eram substituídas por apenas uma
pedra, que era depositada em um segundo fosso. Esse processo de contagem
e substituição era repetido até se atingir a passagem de cem guerreiros. As
dez pedras que simbolizavam os cem guerreiros eram então representadas por
apenas uma pedra, agora colocada em um terceiro fosso.
Até hoje o sistema de valor posicional base dez é usado como sistema de
numeração. O ábaco é considerado o instrumento de cálculo mais antigo, e sua
palavra tem origem romana e deriva do grego abax ou abakon, que significa
superfície plana ou tábua.
• Classificação, Seriação/Ordenação;
• Sequência Lógica;
• Contagem (em diferentes bases);
• Inclusão de Classe;
• Intersecção de Classe;
• Conservação.
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
• Sorobã
FIGURA 44 – SOROBÃ
FONTE: <http://adicionandosaberes.blogspot.com/2012/11/abaco-
soroban-cuisinaire-e-material.html>. Acesso em: 26 set. 2019.
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DEFiCiÊNCiA ViSuAL
FONTE: <http://www.cerne-tec.com.br/material_concreto_
matematica.pdf>. Acesso em: 26 set. 2019.
a) Adição
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
b) Subtração
c) Multiplicação
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d) Divisão
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
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DEFiCiÊNCiA ViSuAL
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Capítulo 2 O LÚDICO E A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Os exemplos de superação pela Arte surgem desde cedo, por volta de 1890,
na época dos impressionistas Edgar Degas e Claude Monet, que superaram a
cegueira e não permitiram que sua arte desaparecesse com o desenvolvimento
da doença. Monet, que ficou cego devido a uma catarata, continuou pintando e
deixando gravadas em suas telas as diferentes fases da perda de visão, como
podemos perceber nas imagens a seguir:
A ponte japonesa foi pintada por Monet em diferentes anos, de 1899 a 1923,
quando já estava quase cego.
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FIGURA 49 – A BAILARINA
FONTE: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/
edgar-degas-e-as-bailarinas/>. Acesso em: 11 set. 2019.
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Nesse site você encontrará uma lista com mais de cem (100) sugestões de
filmes com temas que abordam algum tipo de deficiência, além de outros assuntos
relacionados à inclusão.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, apresentamos uma série de brinquedos e brincadeiras
adaptadas de forma criativa pela autora do livro Brincar para todos, de Siaulys
(2005). Consideramos, tendo como base os autores abordados, o brincar como
momento fundamental para o desenvolvimento de “todas” as crianças, indiferente
de suas necessidades ou de suas limitações. Atentamos para a preocupação
com adaptações e com a estimulação visual, que deve acontecer desde cedo
com crianças com deficiência visual, propiciando experiências sensoriais e
desenvolvimento motor, oral e emocional, além de também desenvolver a
criatividade e a autonomia das crianças.
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REFERÊNCIAS
AMIRALIAN, Maria Lúcia T. M. Compreendendo o cego: uma visão psicanalítica
da cegueira por meio de desenhos-estórias. São Paulo: Casa do Psicólogo,
1997.
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MACHADO, Ana Maria. (trad.) Linéia no jardim de Monet. São Paulo: Moderna,
1992.
SÁ, Elizabeth de Oliveira de; CAMPOS, Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz
Campolina. Atendimento educacional especializado: deficiência visual.
Brasília, 2007.
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C APÍTULO 3
RECURSOS E ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
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Capítulo 3 APLICABILIDADE DO MARKETING: TENDÊNCIAS E TAREFAS FUNDAMENTAIS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A organização deste capítulo consiste em apresentar a você, leitor, as
técnicas de Orientação e Mobilidade necessárias para que a criança desenvolva
sua autonomia e possa identificar esse espaço do qual estamos falando, que é a
escola, bem como localizar-se e locomover-se dentro dela.
2 ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
Orientação e Mobilidade são definidas como área específica da educação e
reabilitação de pessoas com deficiência visual, congênita ou adquirida.
Essa área tem como objetivo proporcionar ao aluno cego ou com baixa
visão o desenvolvimento da autonomia na locomoção e identificação do espaço
físico onde está inserido. Especificamente na escola, essa área de educação e
reabilitação auxilia o aluno a construir uma visão ou espécie de mapa cognitivo
do espaço que o rodeia, permitindo a essa criança a identificação, locomoção e
inclusão social nos espaços educacionais, desenvolvendo também a autoestima e
a independência.
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• Guia Vidente
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o Pré-bengala
FIGURA 1 – PRÉ-BENGALA
FONTE: <https://exame.abril.com.br/ciencia/bengala-inteligente-vai-
ajudar-cegos-a-se-orientar/>. Acesso em: 10 set. 2019.
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FIGURA 4 – PERÍMETRO
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• Técnicas de Autoproteção
São técnicas utilizadas pelo aluno com deficiência visual, em que ele utiliza o
corpo como recurso de proteção.
O aluno coloca o braço à frente do corpo com a mão na linha média (meio
do corpo). O dorso da mão fica voltado para frente. A mão deve ficar distante do
corpo o suficiente para se antecipar às pontas dos pés durante a marcha.
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FIGURA 9 – ENQUADRAMENTO
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• Técnica do Cão-guia
FIGURA 11 – CÃO-GUIA
FONTE: https://www.camarainclusao.com.br/noticias/teste-4-
de-noticia-com-imagem/>. Acesso em: 10 set. 2019.
Para que o ambiente escolar seja um ambiente seguro, não apenas para as
crianças com deficiência visual, mas para todos os alunos, portas e armários
devem ser completamente fechados ou abertos e as modificações de mobílias
devem ser comunicadas aos alunos para que todos visualizem, cada qual da
sua maneira, o mapa da unidade escolar, evitando acidentes e proporcionando
autonomia.
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HISTÓRIA DE MARIANA
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– Será?!
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As atividades da vida diária (AVD) também têm por objetivo propiciar à criança
cega, ou com baixa visão, condições e hábitos de autossuficiência, principalmente
em atividades do dia a dia que permitam participar ativamente do ambiente em
que vive.
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ALIMENTAÇÃO
HIGIENE
VESTUÁRIO
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SAÚDE E SEGURANÇA
ATIVIDADES DOMÉSTICAS
• Varrer o chão.
• Usar a pá de lixo.
• Colocar o lixo na lixeira.
• Lavar o chão.
• Limpar as mesas e as cadeiras.
• Limpar e arrumar o armário.
• Arrumar a cama.
• Colocar fronha no travesseiro.
• Lavar e passar roupas.
• Tampar garrafas.
• Preparar a mesa para as refeições.
• Preparar pequenas refeições.
• Fazer pequenas compras (feiras e supermercados).
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Capítulo 3 APLICABILIDADE DO MARKETING: TENDÊNCIAS E TAREFAS FUNDAMENTAIS
1. Não trate as pessoas cegas como seres diferentes. Elas estão sempre
interessadas no que você gosta de ver, de ler, de ouvir e falar.
2. Não se dirija a uma pessoa cega chamando-a de “cego” ou “ceguinho”, é
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FONTE: <https://www.deficienteciente.com.br/cuidados-no-
relacionamento-com-pessoas.html>. Acesso: 12 set. 2019.
4 ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO: A IMPORTÂNCIA
DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Se você parar para analisar a história da Educação Especial, certamente
perceberá que por muito tempo os alunos chegavam e, por vezes, ainda chegam,
trazendo um laudo médico para a escola, que o classifica em uma determinada
condição de deficiência (mental, sensorial, física, motora, múltipla) ou com
diagnóstico de condutas típicas de síndromes psiquiátricas, neurológicas ou com
quadros psicológicos graves. É comum também alunos chegarem com avaliações,
relatórios e laudos de distúrbios de aprendizagem, muitas vezes redigido por
médicos neologistas, psiquiatras, psicólogos, entre outros.
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Para as autoras:
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FIGURA 14 – IDENTIFICAÇÃO
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5 A IMPLEMETAÇÃO DA SALA DE
RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
As salas multifuncionais são espaços de atendimento educacional
especializado (AEE), organizados com o apoio do MEC, nas escolas comuns de
ensino regular. O atendimento especializado passa a ser oferecido nas escolas
no contraturno em que o aluno estuda. A intenção é garantir para os alunos com
necessidades especiais, os atendimentos especializados dos quais este público
necessita como também a inclusão escolar.
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SAIBA MAIS:
O MEC abre edital para cadastro de implementação de salas
de recursos multifuncionais. A escola precisa realizar o cadastro para
solicitar e receber os equipamentos.
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7 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Orientação e Mobilidade é a área de estudo que trabalha com a educação e
reabilitação de pessoas com deficiência visual, proporcionando o desenvolvimento
da autonomia na locomoção e identificação do espaço físico onde está inserido,
trabalhando com os sentidos remanescentes como o tato, olfato, audição, visão
residual.
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Capítulo 3 APLICABILIDADE DO MARKETING: TENDÊNCIAS E TAREFAS FUNDAMENTAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Nota Técnica nº 04/2014 / MEC / SECADI / DPEE. Orientação
quanto a documentos comprobatórios de alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no Censo
Escolar. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=15898-nott04-secadi-dpee-23012014&category_
slug=julho-2014-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 3 out. 2019.
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