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Esse drama, traz uma imagem bastante realista e às vezes até um pouco (ou
muito) trágica do cotidiano dos professores do sistema público de ensino, nos
possibilitando compreender o quanto as relações socias ,culturais emocionais são
presentes no cotidiano escolar, professores que tem que lidar com alunos desmotivados
que só querem encontrar um apoio para substituir seus pais negligentes ou ausentes. É
nesse contexto que Henry, o personagem central é inserido, tendo que cuidar do seu
avô, que está internado em um hospício, vê três mulheres entrarem na sua vida e
começa a perceber que ele pode contribuir fazendo a diferença mesmo diante do
turbilhão de mudanças que ocorrem na sua vida a partir desse envolvimento.
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Graduando (a) em licenciatura plena em História pela Universidade federal do Piauí — E-mail:
marcosplay100@gmail.com
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Graduando (a) em licenciatura plena em História pela Universidade federal do Piauí — E-mail:
barbosarodrigo262@gmail.com
Henry tem sua vida privada tão desmotivadora quanto a profissional, investindo
o tempo entre visitar o avô e viver no seu apartamento vazio e melancólico, além de
lidar com constantes flashbacks que remetem a sua vida ainda quando criança, ao lado
de sua mãe Patrícia, que foi encontrada por ele caída no banheiro, nua aparentando
tinha cometido suicido ao ingerir “remédio” de maneira excessiva, esse fato, causou um
grande trauma na vida desse professor, que além de lidar com suas crises, acaba por se
aproximar de outras personagens, entre elas uma aluna, uma garota de programa e sua
colega de profissão.
Após mais um dia “normal” de trabalho, Henry encontra uma dessas mulheres,
Erica, uma jovem garota de programa, em um primeiro momento, demostra uma certa
empatia por se tratar de uma adolescente, embora a garota não entenda e ache que ele é
só mais cliente que se aproxima somente com o intuito de ter relações com ela, mas
após ele a convidar para ir comer algo em sua casa, já que, a mesma disse estar com
fome fica evidente para ela que ele é um bom homem, pois além de lidar comida e à
deixar dormir na sua casa, se preocupa com sua saúde e bem estar, sem estabelecer
julgamentos diante de suas ações. A partir desse momento os dois estabelecem uma
“amizade”, e mesmo sem querer estabelecer vínculos, Henry demonstra estar disposto a
ajudá-la.
O “substituto” nos permite ter uma reflexão sobre as partes essenciais que
compõe a sistema educacional, desde os professores até os próprios pais, que por muitas
vezes atribuem toda a responsabilidade educacional as instituições de ensino, é um tapa
na cara, demonstrando todo a melancolia do cenário escolar, nos fazendo pensar na vida
e nas relações que estabelecemos com as pessoas ao nosso redor, é um realismo muitas
vezes cruel perante complexidade humana, mas necessário. O filme nos imerge em uma
bela história, porquanto, melancólica. Deixa claro parte da realidade social e
educacional norte-americana, mas que se afeiçoa impecavelmente em nossa realidade.
Vai além do conteúdo pedagógico, aborda sérias questão do bullying e da prostituição
na adolescência. O que se espera é justamente a indignação e inquietude do
telespectador é nisso o autor teve grande êxito.