Em primeiro momento, mediante as aulas e bibliografias apresentadas sobre a
Administração, a definimos como atividade inerente ao ser humano, logo, acompanha o
percurso da sociedade ao longo do tempo. Nesse sentido, a presente análise sobre o filme “Tempos Modernos” se dedicará a esmiuçar a época e momento histórico do qual o longa faz referência, em consonância com os conceitos da Administração. Um primeiro paralelo a se destacar é a época a qual o filme de Charles Chaplin faz reverência, o século XX e a ascensão do mundo industrializado, mesmo período no qual ocorreu o desenvolvimento dos estudos sobre a administração no contexto das organizações por Frederick W. Taylor e Jules Henri Fayol, ou seja, a fundamentação da Administração moderna. Mediante os fatos apresentados, retornamos a enfatizar o contexto histórico apresentado em “Tempos Modernos”, que é a Revolução Industrial, período do qual engendrou diversas mudanças na sociedade como um todo, em especial para o mundo produtivo e do trabalho, em que a Administração está intrinsicamente inserida. A primeira grande ruptura apresentada no filme oriunda da Revolução Industrial é a mecanização da produção e dos serviços e, sobretudo, o papel do homem nessa nova realidade: homem e máquina precisam está em consonância para uma produção rápida e eficaz. Todavia, Charles Chaplin expôs um viés conflituoso nessa relação estabelecida, em que os personagens destacados (trabalhadores da fábrica) são “robotizados”, a tal ponto de fazerem tudo no automático. Chaplin eleva a máxima “tempo é dinheiro”, evidenciado um desacordo para alcançar esse fim, tendo em vista a exploração dos empregados e a postura do presidente da fábrica. Nessa perspectiva, usando a fábrica como exemplo, analisamos os comportamentos do presidente (Administrador) na perspectiva das teorias de Henri Fayol, em especial no que ele disserta sobre Direção e Controle. Notamos que o presidente da empresa deveria ter um papel de liderança, de motivar e se comunicar (conforme Fayol descreve como funções de Direção), não o faz. Em outras palavras, o presidente da empresa não exercia no filme o papel de administrador, o que contribuía para o desgaste dos funcionários e caos na referida fábrica. Segundo a teoria dos sistemas, todas as partes do sistema interagem entre si, nesse sentido, a liderança (presidente) ao não desempenhar um bom papel, fez com que problemas surgissem na fábrica, por falta de tato ao tratar os empregados (outra parte do sistema). Nesse caso, o Microambiente (que envolve os funcionários) não recebeu a devida atenção por parte do administrador, gerando alguns problemas que seriam evitados. Outro fator que chama a atenção no filme foram as greves e acontecimentos externos que impactavam diretamente no funcionamento das fábricas, que correspondem ao Macroambiente, envolto na realidade das organizações. Nesse sentido, cabe um diagnóstico segundo a análise SWOT, que definiria essa situação como um fator Externo, portanto, uma ameaça para a organização (no caso do filme a Fábrica). Ainda de acordo com o protocolo SWOT, fatores internos impactam diretamente no funcionamento e no alcance dos objetivos das organizações, e reparamos que o personagem Carlitos desde a fábrica aos outros empregos que conseguiu se mostrava desastrado e até certo ponto improdutivo (por falta de treinamento adequado e motivação), o que acarretava problemas para as empresas. Nesse sentido, a aplicação da análise SWOT seria imprescindível para corrigir falhas e evitar transtornos. Por fim, o filme “Tempos Modernos” nos permite analises voltadas para os mais diversos âmbitos, e para a Administração mostrar os primórdios do funcionamento das organizações (mesmo se tratando de uma sátira) possibilita enxergar o quanto o desenvolvimento e evolução das teorias administrativas são essenciais para o sucesso.