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5 REABILITAÇÃO ........................................................................................... 28
Fonte: unidea.com.br
Fonte: https://www.ifsudestemg.edu.br/
Fonte: encurtador.com.br/detEI
Veja o modelo:
Fonte: https://www.sanarmed.com
Fonte: resources.stuff.co.nz
A OMS utiliza critérios médicos para medir a acuidade visual (escala de Snellen)
e obtém resultados estáticos sob determinadas condições de distância e iluminação,
sem considerar outras características físicas e psicológicas das
pessoas que possam alterar o resultado (GARCIA, 1984).
A definição pedagógica (FAYE e BARRAGA, 1985) é mais funcional e dinâmica,
pois a acuidade visual, segundo a escala de Snellen, é muito menos importante do que
o uso real que o indivíduo faz da visão. O desempenho visual não pode ser expresso por
medidas estáticas e há grandes diferenças no desempenho visual entre
pessoas com perda visual semelhante (FAYE, 1985).
A eficiência psicovisual ou utilização da visão residual é determinada por fatores
como o tipo e a extensão da doença ocular, a idade em que ocorreu a perda da
visão, as oportunidades de estimulação visual e a "visão" do material visual, como
também as condições psicológicas e atitudes em relação às deficiências. A definição da
OMS é utilizada para fins jurídicos, econômicos e estatísticos, o educativo refere-se à
ação visual voltada para a formação e participação do indivíduo na sociedade. Desta
maneira, ela deve indicar condições que dizem respeito a pessoa com deficiência visual,
como também ao ambiente. Quando se fala de atitude isso significa também que grupos
sociais nos quais a pessoa com cegueira convive deve também ser ‘educado’ para lidar
com as dificuldades e peculiaridades das pessoas cegas.
Os educadores, por exemplo, não devem aderir estritamente ao diagnóstico
padrão baseado em distância das medidas de acuidade visual para previsões
educacionais, pois muitas crianças podem ter visão de perto potencialmente
utilizável, mas não desenvolvida. Isso significa que pessoas de todas as idades
com visão residual precisam ser facilitadas e preparadas para o uso dessa visão o
mais rápido possível, evitando ser rotuladas como cegas e também para que não
possam perder a chance de desenvolver habilidades que podem facilitar sua vida em
todos os sentidos. Sem dúvida, essa também é uma tarefa que deve ser
considerada como parte natural do trabalho do educador especial e especialistas
para melhorar a qualidade de vida do aluno e prevenir a cegueira.
Para ilustrar tal posição apresenta-se o seguinte quadro:
O indivíduo que nasce com o sentido da visão, perdendo-o mais tarde, guarda
memórias visuais, consegue se lembrar das imagens, luzes e cores que
conheceu, e isso é muito útil para a sua readaptação. Quem nasce sem a
capacidade da visão, por outro lado, jamais pode formar uma memória visual ou
possuir lembranças visuais.
2.3 Glaucoma
Fonte: unidea.com.br
Segundo Prado (2007), para que a inclusão escolar do aluno com deficiência
visual ocorra com maior eficácia, é necessário que haja um trabalho em conjunto com
profissionais da sala de recurso. Os profissionais desse serviço podem orientar e
supervisionar alunos, pais e profissionais da escola, contribuindo na efetivação da
inclusão. Para Glat e Blanco (2009), o fato de um aluno que antes era atendido somente
em escola especializada (segregada) passar a frequentar escola regular não significa
que ele deixou de ser atendido pela educação especial. Segundo as autoras “a educação
especial constitui-se como um arcabouço consistente de conhecimentos teóricos e
práticos, estratégias, metodologias e recursos para auxiliar a promoção da
aprendizagem de alunos com deficiências e outros comprometimentos” (GLAT;
BLANCO, 2009, p. 18).
Lira e Schlindwein (2008), que discutem a inclusão da criança cega na escola
através de uma leitura vigostskiana, relacionam a linguagem e as funções psíquicas
superiores na experiência das pessoas cegas. Segundo as autoras:
Fonte: encurtador.com.br/girvF
Fonte: cdn1.alphr.com
Fonte: pathstoliteracy.org
5 REABILITAÇÃO
Fonte: i.cbc.ca
Filosofia
• Totalidade,
• Individualidade,
• Fundamentação científica,
• Enfoque multidisciplinar,
Equipe
Os fatores que desencadeiam o problema das pessoas com deficiência são inter-
relacionados e confusos, exigindo uma abordagem abrangente envolvendo todos os
profissionais necessários para que o processo de reabilitação chegue ao fim.
Segundo Muñiz (1980), as metas estabelecidas devem ter uma ação coordenada que
garanta a unificação dos esforços dos membros da equipe. Isso requer uma filosofia de
trabalho que proporcione uma visão de reabilitação "como um todo".
A reflexão filosófica sobre o significado da reabilitação fornecerá aos
profissionais elementos para refletir sobre suas próprias crenças. A partir
daí, poderão avaliar seu trabalho e os objetivos da reabilitação e, mais importante,
poderão relacionar suas emoções e comportamentos com seus princípios. Atitudes
éticas na prática profissional resultam da posição filosófica: trata-se, de um aspecto
fundamental no processo de reabilitação dos sujeitos que entram em relação com os
profissionais.
Outro aspecto crucialmente importante é a definição clara de papéis e funções.
A correta estruturação do trabalho, a especificação de tarefas, metas realistas, os limites
de responsabilidade de cada indivíduo, flexibilidade operacional são alguns pontos
que contribuem para um melhor funcionamento da equipe (Muniz, 1980). Também é
necessário manter uma postura indagadora dentro dos procedimentos científicos que
contribua para o enriquecimento e aprimoramento do profissional e para a melhoria
do padrão de atendimento.
5.2 Áreas do processo de reabilitação
Fonte: knowledgenuts.com
BARRAGA, N.C. Utilização da visão residual por adultos com graves deficiências
visuais. In: Assembléia mundial para o bem estar dos cegos. São Paulo, 1997.
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