QUADRO DE SITUAÇÕES FUNDAMENTAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
LEITURA EM VOZ ALTA PELO PROFESSOR
E INTERCÂMBIO ENTRE LEITORES
LEITURA COLABORATIVA
LEITURA DRAMÁTICA
JOGRAIS OU RECITAIS DE POEMAS
PRODUÇÕES TEXTUAIS COLETIVAS, COM
FUNÇÃO SOCIAL
ESCRITAS COTIDIANAS
LER PARA ESTUDAR SOBRE UM TEMA
(PROJETO DE INVESTIGAÇÃO)
PRODUÇÃO DE AGENDAS
USO DO CALENDÁRIO
AGENDA DE LEITURA
PRODUÇÃO DE NOTAS, PEDIDOS OU
MENSAGENS
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA
BIBLIOTECA
TRABALHOS COM LISTAS
Situação didática em que o professor escolhe bons textos para ler em voz alta para os alunos e abrir um diálogo sobre o texto. A leitura pelo professor é uma atividade potente para a ampliação do repertório de
leituras, autores e gêneros textuais, amplia o vocabulário, contribui com o desenvolvimento da fluência leitora e da compreensão leitora.
A leitura colaborativa é uma atividade em que o texto é lido e discutido coletivamente, com intervenções do professor. É a modalidade mais adequada para ensinar a ler, pois, ao acompanhar uma leitura, compartilhar
trechos e dialogar sobre o texto, os alunos vão desenvolvendo a fluência e compreensão.
Ler textos dramáticos para apresentar uma situação muito favorável para o desenvolvimento da fluência leitora. Diante de um texto dramático/ teatralizado, os alunos leem várias vezes o mesmo trecho para ensaiar
a fim de realizar uma leitura com entonação, ritmo e expressividade. Essa leitura repetida, com sentido, amplia a capacidade de leitura.
Para apresentar jograis ou recitais de poema, os alunos precisam ler o trecho ou o poema diversas vezes para ensaiar e realizar uma boa apresentação. Essa repetição na leitura é muito potente para o
desenvolvimento da fluência leitora e contribui para o desenvolvimento das capacidades de comunicação oral.
As situações de produção de textos precisam ter sentido e se articularem a um propósito comunicativo real. A produção coletiva, além de contribuir no desenvolvimento de competências relacionadas ao trabalho em
grupo, os alunos podem participar mesmo tendo poucas capacidades de escrever textos longos, pois podem dividir tarefas, como, uns discutem e definem o conteúdo do texto, outros ocupam o papel de escriba.
Quando os alunos têm um propósito para a escrita, um leitor real, eles se envolvem mais com a qualificação da escrita.
Cotidianamente, as pessoas leem e escrevem para organizar ações do dia-a-dia. Fazem listas de compras, organizam roteiros de viagens, anotam coisas em agendas, tomam notas enquanto estudam, leem
mensagens de texto, entre outras situações. Garantir essas atividades na escola aproxima os alunos de práticas cotidianas reais de leitura e escrita e contribuem para o processo de alfabetização inicial e continuada.
Dentro de uma situação de investigação sobre um tema, os alunos se deparam com um problema para investigar, o que os motiva a ler, pesquisar, localizar informações, grifar, anotar, dialogar. Essas atividades
contribuem para o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade.
Quase todos os dias, alunas e alunos escrevem o próprio nome e outros nomes próprios. Mas qual a diferença entre escrever o nome em um cabeçalho no caderno e em uma etiqueta para identificar um pertence ou
para registrá-lo na agenda dos aniversariantes do mês ou de empréstimos da biblioteca de classe? A principal distinção, no caso das agendas, está no uso social que se faz da leitura e da escrita de nomes, ou seja,
na funcionalidade que esse ato demanda. Ao aproximar a turma das práticas reais de uso da leitura e da escrita, contribui-se para motivar o desejo de aprender e fazer crescer a vontade de se comunicar com o
outro. Com isso, compreende-se que o que se faz na escola tem sentido.
Registro de acontecimentos marcantes do mês, aniversariantes, feriados, passeios e eventos que precisam de lembretes. A atividade consiste em oferecer às crianças o cronograma do mês e solicitar que registrem
acontecimentos ou fatos marcantes. Essa agenda será preenchida progressivamente e servirá para acompanhar o que já ocorreu e o que ainda está por vir.
Registro do título dos livros que a turma gostaria de ouvir na leitura pela professora, ou pelo professor, e a data em que serão lidos. A imagem a seguir mostra a agenda literária de uma turma, organizada
semanalmente pela professora, por tratar-se de leituras diárias.
Ao propor projetos didáticos ao longo de um período letivo, é importante pensar sobre quais práticas cotidianas de escrita poderão ser realizadas paralelamente em atividades permanentes. Esse olhar possibilita
definir quais leituras e escritas serão realizadas no intuito de comunicar algo. Por exemplo, no caso de um projeto de reescrita de contos, é possível propor a escrita de um convite para uma outra turma assistir à
apresentação.
A atividade consiste no registro de empréstimos, fichas de livros e produção de inventários, entre outros, na biblioteca e na sala de aula. No Capítulo 4, específico durante as situações didáticas. A imagem a seguir
reproduz o caderno de empréstimo em que cada aluna e cada aluno, ao levar um livro para casa, registra o título, a data de empréstimo e a de devolução e assina.
As listas estão presentes nas salas de aula desde o início da escolarização. Por ter uma estrutura simples, geralmente com palavras escritas uma abaixo da outra, possibilita que as crianças coordenem informações
com base em seus saberes e nas informações que o texto apresenta, desde que informado o campo semântico.