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para depois avaliar?


Construção do sistema de escrita convencional e práticas
de linguagem - Módulo 2 - Aula 09
Durante sua formação foram abordados os seguintes temas:

● Base Nacional Comum Curricular


● Práticas de leitura
● Práticas de produção de texto
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
Componente de Língua Portuguesa
Figura: Arquitetura do componente curricular de Língua Portuguesa na
BNCC - Fonte: Kátia Chiaradia
Em síntese, o componente curricular língua portuguesa se organiza, em torno
dos campos de atuação que determinam os textos, os contextos de uso, as
práticas de linguagem e os objetos de conhecimento e habilidades essenciais para
que os alunos aprendam e se desenvolvam no que diz respeito as competências
linguísticas.
PRÁTICAS DE LEITURA
PRÁTICA DE LEITURA FEITA PELO PROFESSOR EM VOZ ALTA

A prática de leitura feita pelo professor deve ser diária, de textos literários, feita
em prosa ou versos e sempre seguindo fiel ao que está escrito. O preparo e a
intencionalidade, são condutas imprescindíveis ao realizar essa prática,
considerando que ao ler, está conduzindo os ouvintes a um modelo de prática social
repleta de emoção, informação e entretenimento, proporcionando ao estudante o
contato com diversos procedimentos leitores e contribuindo para o
desenvolvimento de habilidades de leitura, o que, em seu conjunto, favorece o
comportamento leitor.
PRÁTICA DE LEITURA COMPARTILHADA OU COLABORATIVA
Leitura compartilhada ou colaborativa ocorre de forma coletiva, de modo que professor e
estudante constroem colaborativamente os sentidos do texto a partir de perguntas,
problematizações, hipóteses, comentários sobre os textos. Os estudantes podem ter uma cópia
do texto, assim como o professor. O professor pode iniciar com uma leitura em voz alta do texto
ou cada estudante, já alfabetizado, pode ler um trecho do texto a ser estudado. Após a leitura,
promove-se uma roda de conversa sobre o texto, com o professor propondo boas perguntas, a
fim de tecer as compreensões, localizando informações, identificando ideias, reformulando o
assunto para demonstrar compreensão global. Geralmente, nessa prática, são abordados
gêneros discursivos do campo das práticas de estudo e pesquisa, da vida pública e da vida
cotidiana.
PRÁTICA DE LEITURA AUTÔNOMA

É aquela na qual o estudante a faz com autonomia, silenciosamente ou em voz


alta, de maneira convencional, decodificando, ou não-convencional, apoiando-se
nas práticas de oralidade, como a recitação, por exemplo. A grande contribuição
dessa prática de leitura está na reflexão e análise do sistema de escrita, bem como
na aquisição da leitura convencional, permitindo que o estudante transite da fala
para a escrita, reconhecendo as especificidades de cada linguagem, por meio da
leitura que faz ajustando a pauta oral à pauta escrita.
PRÁTICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO
PRODUÇÃO ESCRITA AUTÔNOMA

A produção é feita pelo estudante sem intervenção do professor, de próprio


punho ou utilizando o recurso das letras móveis. É importantíssima para que o
aluno coloque em jogo suas hipóteses sobre os textos e sobre as regularidades do
nosso sistema de escrita, possibilitando confrontá-las e refletir sobre elas.
Geralmente, são propostas escritas de textos de gêneros menos complexos, no
nível da palavra e/ou da frase para que os estudantes tenham condições de
escrever com autonomia: listas, legendas, notas, títulos são alguns gêneros que
podem ser contemplados nessas propostas.
PRODUÇÃO ESCRITA COLETIVA COM DIFERENTES AGRUPAMENTOS
A produção realizada em duplas ou em pequenos grupos tem como objetivo principal o
confronto das hipóteses dos estudantes em relação ao sistema de escrita alfabética. Ou seja,
assim como nas práticas de escrita autônoma, o mais importante não é assegurar que a
criança escreva convencionalmente, mas que mobilize e aplique seus conhecimentos sobre o
sistema e, nesse caso, que os confronte com os conhecimentos e hipóteses dos colegas. Essas
práticas são potentes para que os estudantes aprendam a escrever, ampliando conhecimentos
acerca da escrita e da linguagem, dos diferentes gêneros discursivos e suas características.
Além disso, possibilitam ao professor valorizar também a produção oral, uma vez que um dos
estudantes da dupla ou do grupo pode ser o escriba, desde que esteja alfabetizado ou mais
avançado em relação às hipóteses de escrita; enquanto o (s) seu (s) parceiro (s) produzem o
texto oralmente, tomando decisões importantes sobre o que será escrito refletindo sobre as
características do texto, da linguagem, dos recursos linguísticos, coerência e elementos de
coesão próprios do gênero.
PRODUÇÃO COLETIVA TENDO O PROFESSOR COMO ESCRIBA

Essa produção consiste na produção de textos orais pelos estudantes que são
registrados, por escrito pelo professor que, nesse caso, intitula-se escriba da
turma. A produção coletiva permite que o estudante viva o processo de produção
do texto, pensando sobre “o que” será escrito e tomando decisões importantes,
também, sobre como “dizer” o que está escrevendo, para quem e com que
palavras. E, simultaneamente, entra em contato com as especificidades da escrita
que são asseguradas no registro feito pelo professor.

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