português (Inter-)pluricul plinariedade e sequência e espanhol tural autonomia didática Introdução O que são os matériais didáticos? São ferramentas de trabalho do professor e sem eles o processo de ensino e aprendizado seria baixo, pois o material didático é muito mais do que o livro que o professor costuma usar para elaborar a aula, também é considerado material didático tudo aquilo que o professor e o aluno usa para o ensino, aprendizado e o aprofundamento de um conteúdo. Os materiais didáticos devem ser construidos a partir de conceções metodológicas, por isso é necessário responder perguntas, como: Que material favorece de fato a aprendizagem dos meus alunos? Que tipo de material/atividade é melhor? Quais textos são mais adequados e oferecem um contato produtivo com a língua? Qual deve ser o eixo central: tema, gramática, gênero textual, função comunicativa, etc? De que forma é possível estimular o respeito à diversidade? Os materiais devem seguir uma perspectiva que levará o aluno a desenvolver seu senso crítico, senso de cidadania, da autonomia, etc. [...] os critérios adotados no Edital PNLD 2011 para a seleção das coleções buscaram garantir que, na escola pública, o aluno consiga aprender a língua estrangeira para compreender e produzir, oralmente e por escrito, diversos tipos de textos. Além do mais, os critérios incluíam a importância do caráter educativo da aprendizagem de línguas, que pode oportunizar o conhecimento sobre o outro e sobre si mesmo, sobre culturas locais e globais. (Guia de Livros Didáticos, 2010, p. 11) As instituições de ensino almejam livros didáticos que formam alunos competentes quanto ao idioma, sensível a diversidade cultural e linguística, capazes de construir seu próprio discurso reflexivo. Produção de Materiais Quanto ao processo de produção de materiais didáticos: Existe vantagem em os elaborar, pois, dessa forma os temas abordados serão específicos para o público alvo, será mais coerente entre a perspectiva metodológica do professor e as atividades propostas por ele, além de possibilitar a liberdade na sequênciação dos conteúdos. Segundo Vilson Leffa (2003), a produção de materiais englobam: A análise: se refere a um exame do que o aluno precisa aprender, levando em conta o seu conhecimento prévio. O material deve oferecer ajuda no grau exato do nível do aluno, afim de que não se torne dificil demais ou fácil demais. O desenvolvimento: define os objetivos da aprendizagem do aluno. Comunicativos, culturais, linguisticos e etc A abordagem: filosofia de aprendizagem com a qual o professor se identifica, pode ser: estrutural, nocional/funcional, situacional, baseado em competencias, baseado em tarefas, baseado em conteúdos. O conteúdo: é determinado conforme a concepção de língua que é adotada pelo professor. A atividade: podem ser direcionadas para diferentes áreas, como: fala, escuta, leitura e escrita. O recurso: determina o suporte pelo qual a língua será apresentada ao aluno, pode ser: papel, CD de audio, video, computador, podcasts, etc. A implementação: depende de quem irá manusear o material. Se pelo professor: explica oralmente o que deverá ser feito, dar informações referente ao que se deve corrigir caso tenha haja reformulações de atividades. Se por outro professor: deve ser dada a esse professor informações de como este conteúdo deverá ser apresentado e trabalhado com os alunos. Se pelo aluno: existirá 2 desafios 1. Oferecer ao aluno um material compátivel com seu nível de conhecimento. 2. Já ter ideia das possíveis duvidas que surgirão para o aluno A avaliação: O professor pode preparar uma folha de exercicio e conforme suas observações ir reformulando e aplicando-a novamente. Ou então, oferecer uma avaliação de carater mais formal, como um questionário ou uma entrevista com os alunos. Criação de Materiais Didáticos Quando, por que e como: Os autores abordam, inicialmente, a diferença entre apostilas (conjunto de atividades definida pela progressão dos conteúdos e pelo nível de dificuldade dos exercícios) e atividades avulsas é elaborada conforme os conteúdos que o professor acredita ser necessário o aprofundamente. Com isso, os autores vão sugerir critérios e pautas para ajudar o professor no processo de criação dos materiais didáticos: Situação 1: o professor não adota um material e prepara seu próprio material para o periodo letivo: Inicialmente, o professor deve considerar a faixa etária dos alunos e se eles já tem algum conhecimento prévio assim os textos e as atividades se adequarão aos requisitos dos alunos. É importante manter em mente que nenhuma sala de aula será homogenea, sempre vai existir a diferença de idade entre os alunos, o grau de conhecimento e com diferentes estilos de aprendizagem. Além de que deve se levar em consideração a quantidade de alunos na sala, a carga horária e a motivação dos alunos. Temas, textos e gramática Temas: Podem ser temas de variadas areas, como reflexão sobre o mundo do trabalho, meio ambiente, as relações socio-afetivas, os valores, a cultura, a educação, a política, os esportes e etc. É importante que sejam temas atuais para fazer com que a turma interaja entre si com a troca de opiniões, imersão em novos universos e também com o uso da língua. Textos: para realizar a escolha do texto o professor deve considerar tanto o tema da unidade quanto rentabilidade do gênero discursivo. É importante contemplar a diversidade de gêneros, escritos e orais e tipologias textuais: propagandas impressas e veinculadas por rádio, televisão e internet; charges, histórias em quadrinhos, cartas ao diretor, artigos de opinião, noticias editoriais, entrevistas, crônicas, documentários, receitas, piadas, contos, romance, blogs e etc. Dessa forma, deve-se buscar explorar o tema por meio dos gêneros, com atividades que estimulem os alunos a refletir sobre sua atuação no mundo e na sociedade e a valorizar seus conhecimentos e experiencias prévias. Gramatica: Segundo as OCEM (p.144) o conhecimento da gramatica permite que o estudante produza enunciados que tem função discursiva. Portanto, a abordagem da gramatica deve ser do tipo reflexiva e indutiva levando o aluno entender o tema gramatical a partir do uso. Desenvolvimento de Habilidades e competências Habilidades Interpretativas: Deve-se trabalhar com os alunos a compreensão das produções discurisivas do idioma/cultura, dando enfoque a pré-leitura/audição, leitura/audição e pós-leitura/audição. Desenvolvimento de Habilidades e competências Habilidades Expressivas: Deve-se incentivar o aluno a expressar suas ideias, conhecimentos de mundo e identidade no idioma que está aprendendo. Desenvolvimento de Habilidades e competências Leitura: Objetiva o resgate dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema, sobre o gênero, o vocabulário a partir ae leituras de gêneros variados. A partir de então a turma pode discutir sobre o tema, mesmo que seja em português nesse primeiro momento, para explorem suas ideias, opiniões e conhecimentos sobre o tema. É importante que o professor invista em vários tipos de gêneros literários, como: contos, romances e mesmo poemas, afim de: a) estimular o desenvolvimento de estratégias variadas, como a localização de informação, a produção de inferência, o uso dos conhecimentos prévios, a compreensão global, seletiva e detalhada do texto; b) explorar o caráter polifônico dos textos e a intertextualidade; c) favorecer a pluralidade de interpretações; d) contribuir para a formação de um leitor reflexivo e crítico. Os exercícios devem ser diversificados de modo a focalizar, com relação aos gêneros: os aspectos formais/gráficos (a arquitetura do texto), a função e os objetivos; os componentes discursivos e gramaticais; o vocabulário; os aspectos sociolinguísticos; as condições de produção (quem escreve o texto, onde, por quê, para quem), circulação (em que suporte, para chegar a quais leitores) e recepção (quem lê, onde, por quê). Podem ser de diferente natureza: completar, associar informações, relacionar palavras ao tema, a definições e/ou imagens, responder perguntas abertas, formular perguntas etc, procurando-se privilegiar os exercícios que demandem a releitura e a reflexão. Na fase de pós-leitura, é possível ampliar o trabalho com o tema e com o gênero por meio de produções orais ou escritas: realizar um debate, fazer uma pesquisa para aprofundar o que foi lido/discutido, preparar cartazes, criar um blog, entrevistar alguém, criar uma propaganda ou uma campanha educativa etc. Audição: Objetiva também o resgate dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema, sobre o gênero, o vocabulário, mas a partir de materiais audiovisuais, como: uma entrevista, um telejornal, a cena de um filme, um documentário, um capítulo de novela, um programa de culinária, um discurso, uma conferência etc., Propor exercícios que contemplem a distinção de sons, a compreensão detalhada (tudo o que é dito deve ser entendido), seletiva (algumas informações são mais importantes de acordo com o propósito de quem escuta) e a global (entendimento geral, sem demandar necessariamente que se entenda tudo o que foi dito), que suscitem o posicionamento crítico e que considerem o texto (materializado no áudio ou vídeo) em função de seus propósitos e das prováveis reações dos interlocutores. Expressão Oral: Objetiva preparar o aluno para fazer o uso de estratégias comunicativas, como: apresentar-se, opinar, argumentar, pedir, desculpar-se etc.
Como também escolher, mediante o contexto em que está
inserido, o tipo de vocabulário do qual fará uso. Algumas possibilidades práticas são: a) diálogos livres e controlados (para que se conheçam, solucionem um problema, cheguem a um acordo, definam como realizar alguma tarefa etc.); b) debates (em que devem argumentar, opinar sobre o tema da unidade, um fato recente, uma questão polêmica etc.); c) entrevistas (para uma pesquisa sobre o tema, para uma seção do jornal da turma etc.); d) dramatizações (de um trecho de uma peça teatral, de um esquete relacionado ao tema preparado por eles mesmos, de uma cena de novela etc.); e) representações (de um telejornal, de um programa de entrevistas, de variedades ou de culinária etc.) Expressão Escrita: Objetiva estimular o aluno a escrever com um próposito comunicativo, para um leitor especifico e não somente para ser corrigido e avaliado pelo professor.
Nesse exercicio o tipo de gênero, para quem é escrito e o
objetivo para que se escreve deve estar explicito na produção. Algumas tarefas escritas podem ser: preparar um campanhaeducativa, com relação ao tema da unidade, e elaborar cartazes e folhetos; criar um blog coletivo ou individual para escrever, por exemplo, sobre esportes, viagens, jogos, passatempos; ler anúncios e escrever e-mail solicitando informações; redigir as conclusões de um debate; ler um programa de um curso ou um folheto divulgando bolsas e intercâmbios e escrever um e-mail pedindo mais informações, uma carta de solicitação ou p preencher um formulário de inscrição; escrever uma carta para a seção Cartas ao Diretor de um jornal; preparar roteiro para apresentação de um trabalho; redigir notícias para a representação de um telejornal; elaborar o roteiro de um esquete ou de uma cena de novela etc. comparar notícias sobre o mesmo fato veiculadas em diferentes jornais e identificar quais informações são privilegiadas, os dados ressaltados e omitidos, a linguagem usada etc.; explicitar as ideias que estão subentendidas em uma reportagem, uma notícia, um editorial; analisar a sequência das notícias apresentadas em um telejornal, bem como o papel das imagens; identificar os conhecimentos prévios necessários para a compreensão de uma charge, de uma piada, de uma crônica; reconhecer posicionamentos explícitos ou implicitamente sugeridos em um artigo de opinião, em um telejornal, em um talk show; identificar diferentes tipologias textuais em uma entrevista; explicar ou descrever as informações transmitidas por textos não verbais em propagandas, histórias em quadrinhos, charges, folhetos etc; retextualizar textos, transformando, por exemplo, uma entrevista em uma notícia ou uma resenha, uma história em quadrinhos em um conto, uma charge em uma piada, uma notícia em uma reportagem, para destacar a tipologia textual mais frequente em cada gênero; compor uma notícia a partir de manchetes sobre um fato, o que permite comparar os diversos textos que serão produzidos e verificar as diferentes perspectivas; dar títulos a notícias apresentadas sem eles, possibilitando assim a reflexão sobre sua capacidade de síntese e de impacto sobre o leitor; converter uma entrevista oral em entrevista escrita e analisar as especificidades de cada modalidade; Perspectiva (Inter-)pluricultural Quando o professor produz o seu próprio material ele tem a oportundade de situar o aluno em relação a heterogeniedade da língua espanhola e de quem a fala. O professor deve adotar uma variante linguística para trabalhar com os alunos (Tu ou vos, vosostros ou ustedes), isso deve ser fixo, entretanto, em relação aos gêneros/textos e temas o professor deve ser diversificado. Afim de que textos verbais e orais de vários países, regiões e grupos sociais possam ser estudados. Assim como nos exercicios, os alunos devem refletir sobre a pluralidade, sobre os vários modos de ser, de dizer, de ver o mundo e etc. Dessa forma, é possível estimular o respeito á diversidade regiaonal, social, cultural e linguistica, condenando esteriótipos, mitos e preconceitos. Relação entre Português e Espanhol Devido as semelhanças entre as duas línguas, alguns tendem a se acomodar pensando que se já fala/escreve em português automaticamente sabe como se escreve em espanhol também ou então, pelas duas línguas serem parecidas, o espanhol não precisa ser estudado, considerar as semelhanças e as diferenças pelo professor ajuda a quebrar esse pensamento. Segundo os autores, a língua materna pode sim estar presente dentro da sala de aula, porém deve existir momentos para o uso de cada língua.
discussão dos temas, para a explicação de tarefas e para que o
aluno se sinta à vontade para expor suas dúvidas. Interdisciplinariedade e Autonomia Interdisciplinariedade: Os autores fazem dois apontamentos referentes a esse tópico. a) o professor não pode promover a interdisciplinaridade sozinho, nem tampouco esse pode ser um evento esporádico. b) a interdisciplinariedade não deveria ser algo extracurricular, mas sim, pertercente ao proesso de ensino e de aprendizado já que não existe separações para as áreas de conhecimento, como: a gavetinha do português, a gavetinha da matemática, etc.
Entretanto, essa abordagem requer uma nova concepção na
educação regular, o que , no momento está longe de acontecer. Portanto a única opção é buscar individualmente pelos professores e disciplinas para realizar um trabalho minimamente interdisciplinar. Autonomia: O desenvolvimento da autonomia do aluno é o próposito da educação de modo geral, por isso pode elaborar atividades para que o aluno reflita como ele aprende, quais são os exercicios que mais gosta de fazer, e porque, com quais tipos de atividades mais aprende e quais são as estratégias que usa para o aprendizado. Tendo em mente que em uma sala de aula com individuos diferentes entre si, com modos e estratégias diferentes, o professor pode variar as atividades de modo que cada um possa aprender e produzir. O professor também pode auxiliar o aluno a fazer uma autoavaliação: do quanto aprendeu, das dificuldades que teve, do que achou mais interessante; da dinâmica das aulas, incluindo a contribuição do professor; e do material, destacando aspectos positivos e outros que possam ser aprimorados. Situação 2: elaboração de sequências didáticas para estudo de genêros textuais.
Os autores apresentam duas propostas de atividades
relacionadas aos generos literários a) o roteiro de um projeto para criação de um jornal, que pode constituir o eixo do curso e ser desenvolvido durante todo o período letivo. Nesse caso, o professor organizaria sequências para trabalhar, ao longo do curso, gêneros jornalísticos previamente selecionados. b) o roteiro de uma sequência didática para explorar o gênero Carta do Leitor (ou Carta ao Diretor), a qual serve como exemplo para o trabalho com outros gêneros jornalísticos e pode fazer parte do projeto de criação de um jornal (primeira proposta) ou ser uma atividade complementar para trabalhar as habilidades escritas. Estrutura de Base de uma sequência didática https://drive.google.com/drive/folders/1PwVGjuWk-ASaYk-sKSlPPdLewAbkl-L1 Conclusão Nesse artigo foram apresentadas algumas pautas para orientar os professores na criação de seus próprios materiais didáticos, entretanto, para isso, é necessário que esse professor desenvolva sua autonomia e senso crítico para ser capaz de definir aonde quer que seus alunos cheguem, priorizando a criação de materiasis compativéis com seus alunos, ao contexto do qual eles fazem parte, às suas expectativas e interesses. ¡Gracias!