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Cidadania, Igualdade e

Equidade
Política Nacional de Saúde da Pessoa com
Deficiência: entenda
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nacional-de-saude-da-pessoa-com-deficiencia-entenda

Sanar Saúde

Leitura de 6 min

• 11/10/2021

Se você é profissional da saúde, precisa saber que ela deve ser inclusiva, de forma a
contemplar toda população. Nesse sentido, hoje vamos falar sobre um tema muito
importante para quem atua ou quer atuar na área: a Política Nacional da Pessoa com
Deficiência.
Você sabe, afinal, sabe o que ela preconiza? A Política Nacional de Saúde da Pessoa
com Deficiência foi instituída por meio da Portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002 com
foco na inclusão das pessoas com deficiência na rede de serviços do Sistema Único de
Saúde, o SUS.

A seguir, saiba mais sobre conceitos relevantes que você precisa conhecer.

Pessoas com deficiência e o direito à saúde

Como qualquer cidadão brasileiro, as pessoas com deficiência têm o direito à atenção
integral à saúde. Sendo assim, elas têm assegurado o direito de usar os serviços de saúde
do Sistema Único de Saúde (SUS) quando precisarem. Isso vai desde os cuidados
básicos à atenção especializada e hospitalar, claro.

A atenção multidisciplinar, que tanto valor agrega à saúde de todo e qualquer paciente,
também é muito bem-vinda aqui. Por isso, é fundamental que profissionais de saúde de
todas as áreas compreendam o contexto que estamos abordando.

É bom saber, por exemplo, que pessoas com deficiência são as que têm impedimento de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial o que, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.

Vai nesse sentido a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), 13.146 de julho de 2015, que
define a deficiência como a experiência de obstrução do gozo pleno e efetivo na
sociedade em igualdade de condições – a partir de condições presentes nas funções e
estruturas do corpo.

Essas barreiras podem ser urbanísticas, arquitetônicas, de mobilidade, comunicação e


tecnológica, por exemplo.

Saiba mais sobre o uso da Equoterapia na reabilitação de pessoas com deficiência


Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência: entenda

Essa política tem como cerne a implementação de um processo que atenda às questões
complexas relacionadas à saúde das pessoas com deficiência em todo o nosso território.

A responsabilidade de coordenar essa dinâmica é do Ministério da Saúde. Cabe a ele


formular, implementar, acompanhar e monitorar a execução dessa Política, em
cooperação técnica com Estados, Municípios e Distrito Federal.

Tudo isso, claro, levando-se em conta os princípios e as diretrizes do SUS. Um dos mais
importantes princípios, vale lembrar, é a universalização. Ele diz que a saúde é um
direito de todos que deve ser assegurado pelo Estado, independentemente de sexo, raça,
ocupação ou outras características sociais ou pessoais.

Também são princípios do SUS: equidade, integralidade, descentralização,


regionalização, hierarquização e participação social.

Agora, vamos entender mais sobre os princípios da Política Nacional de Saúde da


Pessoa com Deficiência?

Princípios da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência

A partir do entendimento dos princípios que norteiam o SUS, fica mais simples
entender os que guiam essa Política tão importante. São eles:

 promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência;


 assistência integral à saúde da pessoa com deficiência;
 prevenção de deficiências;
 ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação;
 organização e funcionamento dos serviços de atenção à pessoa com deficiência;
 capacitação de recursos humanos.
Importância da promoção a saúde bucal para pessoas com deficiência

A equipe multidisciplinar na reabilitação da pessoa com deficiência

É importante saber que a habilitação/reabilitação de pessoas com deficiência pede uma


abordagem interdisciplinar, com o envolvimento d profissionais, cuidadores e
familiares.

São nos Centros Especializados em Reabilitação (CER) que se concentram esses


serviços. O Ministério da Saúde, por sua vez, tem buscado fortalecer ações de
ampliação e qualificação da oferta de serviços de reabilitação, de forma regionalizada.

Entre as profissões que integram essa equipe multi estão:

 Enfermeiros;
 Fisioterapeutas;
 Fonoaudiólogos;
 Nutricionistas
 Odontólogos
 Psicólogos;
 Terapeutas Ocupacionais, entre outros.

Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência: como funciona

No âmbito do SUS, a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, instituída


pela Portaria de Consolidação n° 3/GM/MS de 28 de setembro de 2017, diz sobre a
necessidade de ampliar, qualificar e diversificar as estratégias para a atenção às pessoas
com deficiência por meio de uma rede de serviços integrada, articulada e efetiva.

Além do atendimento, essa portaria ressalta a importância da reabilitação e da


prevenção precoces.

Entre os objetivos dessa rede, estão:


I – Ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência temporária
ou permanente; progressiva, regressiva ou estável; intermitente ou contínua no SUS;

II – Promover a vinculação das pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual,


estomia e com múltiplas deficiências e suas famílias aos pontos de atenção;

III – Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção das redes de saúde no
território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento e classificação de risco.

O funcionamento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, por sua vez, se


baseia nesses princípios:

I – Respeito aos direitos humanos, com garantia de autonomia, independência e de


liberdade às pessoas com deficiência para fazerem as próprias escolhas;

II – Promoção da equidade;

III – Promoção do respeito às diferenças e aceitação de pessoas com deficiência, com


enfrentamento de estigmas e preconceitos;

IV – Garantia de acesso e de qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e


assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;

V – Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;

VI – Diversificação das estratégias de cuidado;

VII – Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social com


vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;

VIII- Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle


social dos usuários e de seus familiares;

IX – Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com


estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
X – Promoção de estratégias de educação permanente;

XI – Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com deficiência física,


auditiva, intelectual, visual, estomia e múltiplas deficiências, tendo como eixo central a
construção do projeto terapêutico singular; e

XII- Desenvolvimento de pesquisa clínica e inovação tecnológica em reabilitação,


articuladas às ações do Centro Nacional em Tecnologia Assistiva (MCT).

Gostou desse conteúdo? Antes de ir, confira ainda:

A noção de igualdade tem sua origem nos ideais da Revolução


Francesa, ou seja, é referenciada no ideal burguês de
sociedade. Ao se elevar ao poder, à burguesia interessava
garantir o direito à propriedade e posse da terra, estabelecer
regras contratuais, à livre iniciativa para o trabalho e assegurar
os direitos civis individuais. Isso porque o ideal da sociedade
burguesa considerava o retorno ao indivíduo sua principal
força, sendo a razão o centro de tudo (BOTO, 2005).
Ao examinar a noção de igualdade na perspectiva do ideário do
direito civil, é válido examinar a noção de equidade na
perspectiva do ideário do direito social. Ela está ligada às
diferenças que caracterizam os indivíduos e reivindica o direito
à diferença e o de manifestá-la e falar por si e sobre si mesmo.

A construção social dos valores de igualdade e equidade


exigem modelos de convivência e relações de poder mais
justas, solidárias, plurais, diversas e complexas, que
contemplem os indivíduos e suas vicissitudes pautadas na
provisoriedade, incerteza e descontinuidade de suas
identidades.
Liste pelo menos 3 projetos educacionais a terem como
objetivo uma formação cidadã. Pode ser um projeto
desenvolvido em contextos formais ou não formais, como, por
exemplo, em uma escola/universidade, em uma aula, um curso
livre, ONGs, movimentos artísticos, esportivos e culturais.

Adicionar projeto

Exemplos
Introduzir a presença da Cultura Negra no Ensino Fundamental
de uma forma universal, abrangente, e inclusiva.

exemplos

Descreva o por que é importante os conceitos de igualdade e


equidade, e quais os impactos na educação

800
exemplos
Salvo

Exemplos
A construção social dos valores de igualdade e equidade exigem
modelos de convivência e relações de poder mais justas,
solidárias, plurais, diversas e complexas, que contemplem os
indivíduos e suas vicissitudes pautadas na provisoriedade,
incerteza e descontinuidade de suas identidades.

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