O documento discute a relevância da Fiocruz e do Conselho Nacional de Saúde na representação da saúde dos brasileiros. A Fiocruz contribui com pesquisas, produção de vacinas e formação de profissionais para o SUS, enquanto o Conselho fiscaliza as políticas de saúde e leva demandas da população ao governo.
O documento discute a relevância da Fiocruz e do Conselho Nacional de Saúde na representação da saúde dos brasileiros. A Fiocruz contribui com pesquisas, produção de vacinas e formação de profissionais para o SUS, enquanto o Conselho fiscaliza as políticas de saúde e leva demandas da população ao governo.
O documento discute a relevância da Fiocruz e do Conselho Nacional de Saúde na representação da saúde dos brasileiros. A Fiocruz contribui com pesquisas, produção de vacinas e formação de profissionais para o SUS, enquanto o Conselho fiscaliza as políticas de saúde e leva demandas da população ao governo.
Qual é a relevância da Fiocruz e Conselho Nacional de saúde na
representação nacional para saúde dos brasileiros? Que instituições são estas? O Conselho Nacional de Saú de (CNS) é uma instâ ncia colegiada, deliberativa e permanente do Sistema Ú nico de Saú de (SUS), enquanto a Fiocruz é a principal instituiçã o nã o-universitá ria de formaçã o e qualificaçã o de recursos humanos para o SUS. O CNS tem como funçã o a fiscalizaçã o, o acompanhamento e a monitora da realizaçã o das políticas pú blicas de saú de nas suas mais diferentes á reas, ele também leva as demandas da populaçã o ao poder pú blico, o que o torna um dos representantes nacionais da saú de dos brasileiros. Já a Fiocruz contribui com a saú de pú blica do país através de descobertas científicas, desenvolvimento de pesquisas, produçã o de vacinas e medicamentos, formaçã o de diversos profissionais atuantes no SUS, entre outras. 2. Avanços importantes foram observados após as discussões ocorridas na conferência de Alma-Ata há 40 anos. Comente sobre os desafios persistentes e apontados no texto. Ao longo desses 40 anos ocorreram diversos avanços na á rea da saú de, contudo também surgiram vá rios desafios, tais como a persistência das desigualdades sociais, ameaças ambientais, transformaçõ es tecnoló gicas, mudanças demográ ficas e epidemioló gicas. Os governos devem assegurar o má ximo de bem estar aos seus cidadã os, de forma igualitá ria, isso é exigido pela determinaçã o social da saú de e da doença. Todavia, esse ideá rio corresponde a um custo inviá vel para diversas sociedades, principalmente nos países periféricos, onde há aumento da pobreza e desigualdades sociais, péssimas condiçõ es sanitá rias e ameaças de autoritarismo. Além disso, a cobertura de proteçã o financeira por meio de seguros privados ou pú blicos nã o garante o acesso e acaba resultando na diferenciaçã o de cestas de serviços de acordo com a renda. Reatualiza a APS seletiva, com seus pacotes mínimos que perpetuam as desigualdades sociais, concepçã o antagô nica à APS abrangente de Alma Ata. Deve-se ressaltar que os novos desafios epidemioló gicos e a melhoria na qualidade de atençã o requerem um investimento na formaçã o de profissionais que atuem na APS. A garantia de condiçõ es materiais com salá rios justos e direitos trabalhistas para esses profissionais valoriza-os e lhes confere dignidade, promovendo a qualidade dos processos de atençã o. 3. A conferência de Alma-Ata serviu de inspiração para o desenho do atual sistema de saúde criado na Constituição Federal de 1988, em que reconhece o desenvolvimento econômico, social e do ambiente como determinantes do processo de saúde. Faça um paralelo entre os princípios do SUS e aqueles que, de fato, você pôde reconhecer a partir da entrevista com Gisele Tulio – autoridade sanitária da UBS de Santa Felicidade. Princípios do SUS: universalidade, integralidade e equidade. Diretrizes do SUS: descentralizaçã o, regionalizaçã o, hierarquizaçã o e participaçã o da comunidade. Durante a entrevista com Gisele Tulio reconheci os princípios e as diretrizes com vá rios exemplos. Quando ela afirmou que o SUS é para todos, independentemente da condiçã o financeira e outras características, estava citando a universalidade. No momento em que ela disse que sua atençã o é adaptada para cada caso, tratando desigualmente os desiguais, percebe-se a equidade. Além disso, ao demonstrar a comunicaçã o e o direcionamento dos pacientes para cada passo do atendimento, desde a atençã o bá sica até uma possível operaçã o, é perceptível a integralidade. Já a descentralizaçã o apareceu ao falar sobre a descentralizaçã o do poder da Uniã o para estados e municípios. A regionalizaçã o foi constatada ao mostrar que ficam perto da populaçã o a fim de identificar mais rapidamente os problemas e fazer o correto encaminhamento médico. A participaçã o da comunidade é essencial para um bom funcionamento do sistema. Além do mais, é de extrema importâ ncia que os grupos de representantes realizem reuniõ es de controle social, assim, as necessidades da populaçã o serã o atendidas. 4. Quais foram as principais propostas defendidas pela reforma sanitária brasileira? A principal proposta defendida pela reforma era o acesso à saú de para todos por meio da criaçã o de um sistema pú blico universal que garantisse o direito à saú de. Visando a integralidade, a participaçã o social, conferências de saú de, direito à saú de e universalidade. As propostas da Reforma Sanitá ria resultaram, na universalidade do direito à saú de, oficializado com a Constituiçã o Federal de 1988 e a criaçã o do Sistema Ú nico de Saú de (SUS). 5. Na sua visão, como as políticas públicas devem enfrentar os determinantes sociais e ambientais de saúde? Eu acredito que o Governo deveria investir na qualidade de vida da populaçã o visando uma prevençã o e uma saú de melhor das pessoas. Investindo por exemplo, em uma boa rede de esgoto, na coleta e destinaçã o adequada de lixo, em segurança pú blica, numa boa educaçã o, entre outros fatores. A saú de nã o é uma mercadoria, mas um bem de relevâ ncia pú blica. Os sistemas pú blicos universais de saú de, gratuitos e de financiamento fiscal que têm a APS como o coraçã o da rede de atençã o materializam o caminho mais efetivo e eficiente para promover a equidade e garantir o direito universal à saú de, ‘sem deixar ninguém para trá s’ (FIOCRUZ, 2018) 6. O que quer dizer a estratégia “Saúde em Todas as Políticas” que busca promover a saúde da população? Faça conexão e exemplifique com os dois vídeos de entrevistas (Astana e a da UBS), trabalhados nesta disciplina. A estratégia Saú de em Todas as Políticas requer que a saú de da populaçã o seja levada em conta por outros setores, tanto na geraçã o de conhecimentos, como na implementaçã o de açõ es, criando espaços comuns de interesse na governabilidade e no estabelecimento de 6 políticas pú blicas sociais e econô micas, responsabilidade do Estado. Saú de e educaçã o devem, portanto, ser assumidas como motores do desenvolvimento sustentá vel, como investimento e nã o como gasto social, que pode ser limitado em conjunturas adversas. Na entrevista da Sala de Convidados (Astana), comentam sobre essa integralizaçã o dos setores e como um acaba influenciando o outro. Eles mencionam a necessidade de que haja vigilâ ncia, acompanhamento e integraçã o de setores diferentes para que haja melhora na violência doméstica, por exemplo, com instruçõ es adequadas para as mulheres. Enquanto na entrevista da UBS a autoridade ressalta a importâ ncia da integraçã o com a escola. Ela reforça a necessidade de os agentes conhecerem os indivíduos e as famílias para uma intervençã o, caso necessá rio. Um exemplo é o programa saú de na escola, onde abordam por exemplo, como escovar os dentes, já identificam a presença ou nã o de cá ries, medem o IMC, verificam e ensinam a importâ ncia da carteira de vacinaçã o, entre outros. 7. Fale sobre a Cobertura Universal de Saúde (UHC) e sua ambiguidade, citada no texto (dinheiro e cuidado). Existe diferença entre Cobertura Universal de Saúde e Sistema Universal de Saúde. O principal objetivo da proposta financeira de UHC é a acessibilidade para todos os indivíduos aos serviços de saú de sem dificuldades financeiras (proteçã o financeira em saú de), reduzindo pagamentos diretos ao utilizar o sistema evitando gastos enormes. Contudo, acaba resultando em uma cobertura segmentada conforme sua renda. O indivíduo é elegível ou nã o a depender das regras de cada seguro e os serviços cobertos dependem da quantia paga, o que traz à tona de novo as desigualdades. Na percepçã o da UHC o direito à saú de fica restrito ao asseguramento de um pacote de serviços restrito a ser contratado, reeditando a APS seletiva, concepçã o contrá ria a APS abrangente afirmada em Alma-Ata. Os sistemas universais de saú de garantem acesso universal de saú de, pois em sua concepçã o é uma condiçã o de cidadania, para tal, promovem redistribuiçõ es, garantindo o mesmo acesso aos mais desfavorecidos. Essa proposta de cobertura universal diminui essa regulaçã o do Estado no sistema de saú de. O Estado necessita assegurar ou contratar serviços privados para oferecer aos cidadã os que nã o conseguem pagá -los. Já na UHC a prestaçã o acaba ficando fragmentada, uma vez que utiliza a ló gica financeira e nã o necessariamente princípios como a territorializaçã o e organizaçã o de redes, o que causa uma diminuiçã o da efetividade da APS. Além do mais, ela foca na assistência médica individualizada, sem que o médico conheça a pessoa previamente, tratando somente a pessoa quando está doente, ao invés de já ajudar a prevenir essa doença. 8. O que você entende por Saúde Universal defendida pela OPAS? Saú de universal é o acesso igualitá rio de todos da comunidade aos serviços de saú de, ou seja, sem qualquer discriminaçã o e sem dificuldades econô micas. Também deve garantir que todos tenham acesso aos cuidados que precisam, onde quer que estejam. 9. A terceirização de serviços de saúde tem sido realizada em diversos países, isso pode ser uma opção política ou técnica? Comente: Essa terceirizaçã o de serviços de saú de é mais uma opçã o política. Em pesquisas recentes é apontado que nã o há evidências de que mesma seja mais efetiva na melhoria do uso de serviços de saú de do que a realizada pelo serviço pú blico. Deve-se considerar que essa terceirizaçã o se opõ e a um dos princípios bá sicos do SUS, a equidade. Saú de nã o é uma mercadoria por falta de valor no mercado e sim por ser um direito bá sico do cidadã o. Assim, para o bem da sociedade, o Estado deve assegurar as condiçõ es para que os cidadã os possam utilizar uma atençã o à saú de adequada e enfrentar os determinantes sociais para promover a saú de. Portanto, essa responsabilidade pú blica nã o deve ser terceirizada. O usufruto do direito à saú de implica na capacidade de compartilhar o poder na gestã o do sistema de saú de. Conselhos de Saú de em todos os níveis de governo constituem a arquitetura democrá tica com base na participaçã o social (FIOCRUZ, 2018). 10.Como se dá a Participação Popular nas políticas públicas de saúde no Brasil? Ela se dá através do estabelecimento de Conselhos de Saú de em todos os níveis de governo (nacional, estadual e local), por meio de conferências temá ticas e através das audiências pú blicas. 11.Como as desigualdades socioeconômicas e políticas interferem no direito à saúde? As desigualdades socioeconô micas interferem geralmente com condiçõ es sanitá rias precá rias para os mais pobres, o que leva há uma difusã o de epidemias nessa classe de pessoas e um aumento de morbidade e de mortalidade. Já as desigualdades políticas sã o perceptíveis com a corrosã o da coesã o social, aumento do risco de oferta de soluçõ es através de medidas autoritá rias e deslegitimaçã o dos governos. 12.É necessário revitalizar APS segundo o espírito da Alma ata comente livremente os 11 itens das páginas 22 e 23 do texto. É necessá rio que haja responsabilidade dos governos e sociedades pela garantia do direito humano fundamental, universal, à saú de e ao acesso a serviços de saú de com equidade, para isso precisa-se que haja investimento por parte do Estado com utilizaçã o dos fundos pú blicos e nã o ocorra privatizaçã o desse sistema de saú de. Além disso, é imprescindível uma intervençã o em todos os â mbitos políticos, para uma melhoria na saú de e em outras á reas interligadas a ela, tais como: ambiental, educacional, social e econô mica. O governo precisa priorizar o investimento na saú de e deixar a APS como centro dos sistemas pú blicos, para que consiga hierarquizar e dividir melhor a atençã o que cada indivíduo precisará . Também é importante que haja participaçã o da sociedade para um bom funcionamento e para melhorias nesse sistema.