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Nome: Ellem Ferreira do Nascimento

Disciplina: Seminário Temático III


Nome da Atividade: Atividade Avaliativa I
Polo: Belford Roxo
Matrícula: 20113110298
Curso: Administração Pública

1. COMENTE sobre a importância da Reforma Sanitária Brasileira na Constituição do Sistema


Único de Saúde (SUS)

PROPOSTAS:

1. Construir coletivamente um projeto nacional para o país que promova a inclusão, no âmbito
do Estado Democrático e dos Direitos de Cidadania, em sintonia com as demandas da sociedade e
que considere a saúde como direito humano fundamental e não como mercadoria, colocando-se em
defesa daqueles que mais necessitam da intervenção do Estado para garantir condições de vida
dignas.

2. Reforçar o papel do Estado e promover mudanças estruturais nos mecanismos de


financiamento, no equilíbrio federativo e na gestão pública, de modo a conter o desfinanciamento e
a mercantilização das políticas sociais, com redução dos gastos com pagamento dos juros da dívida
pública e adoção de gestão macroeconômica articulada com os objetivos redistributivos e com o
combate às desigualdades no acesso a políticas e serviços públicos universais de qualidade.

3. Promover reforma democrática do Sistema Político Brasileiro, com fortalecimento da


democracia direta, controle social do processo eleitoral e do financiamento público de campanhas, e
utilização plena dos mecanismos de democracia participativa, como plebiscitos e projetos de
iniciativa popular, para tomada de decisões sobre políticas sociais.

4. Promover Reforma Tributária que recupere os princípios basilares da justiça fiscal


– equidade, capacidade contributiva e progressividade – e que considere a tributação como
instrumento de diminuição das desigualdades sociais.

5. Rever a Lei de Responsabilidade Fiscal com relação ao limite da despesa de pessoal com


saúde, no intuito de não comprometer os governos estaduais e municipais com a execução das ações
e serviços de saúde e possibilitar a efetiva organização do SUS, de caráter público, em todas as
cidades brasileiras.
6. Reafirmar o Sistema de Seguridade Social Brasileiro, com a valorização do orçamento da
seguridade social, a convocação da Conferência Nacional da Seguridade Social e a criação de
fóruns de deliberação conjunta da Previdência, Saúde e Assistência Social.

7. Ampliar os recursos destinados à saúde e aprovar imediatamente o projeto de lei de iniciativa


popular que destina 10% da Receita Corrente Bruta à saúde e o fim da Desvinculação das Receitas
da União (DRU) para o orçamento da Seguridade Social.

8. Extinguir os subsídios diretos e diminuir progressivamente o gasto tributário com o setor


privado, revendo o desconto dos gastos com planos de saúde no cálculo do imposto de renda de
pessoa física e jurídica, bem como os incentivos fiscais destinados à indústria farmacêutica e
hospitais filantrópicos não voltados ao atendimento público e universal, com a efetivação do
ressarcimento ao SUS, toda vez que clientes de planos de saúde forem atendidos na rede pública.

9. Renovar o pacto federativo com responsabilização de gestores federal, estaduais e


municipais do SUS na efetivação da regionalização e das redes de atenção à saúde, reforçando
a atenção primária resolutiva e o diálogo entre usuários, trabalhadores e gestores do SUS, com o
objetivo de responder às necessidades da população, organizar e integrar o sistema de saúde,
diminuir filas e tempos de espera e garantir a continuidade do cuidado, considerando o rápido
processo de envelhecimento da população e o incremento das doenças crônicas.

10. Adotar irrestrito caráter público nos mecanismos de contratação de prestadores de


serviços em suas diferentes formas organizacionais de oferta, públicas e privadas, no sentido do
fortalecimento da gestão regional e com controle social, na consolidação do controle público do
sistema de saúde em todos os seus níveis, superando as já fracassadas terceirizações e outras lógicas
privadas gerencialistas que podem comprometer a qualidade da atenção à saúde.

11. Adequar a formação em saúde às necessidades do SUS, à produção de práticas mais


cuidadoras e à integralidade nas redes de atenção, respeitando os princípios fundamentais dos
modelos de atenção à saúde preconizados para o SUS, e realizar reformas curriculares nos cursos de
saúde em todo o País.

12.  Implantar carreiras do SUS de base municipal, regional ou estadual, tanto para a gestão de
serviços de saúde como para a atenção a saúde, de acordo com as diretrizes nacionais e com os
planos plurianuais de saúde.

13. Promover o conhecimento e o desenvolvimento de tecnologias voltadas às necessidades de


saúde da população, com promoção de política industrial nacional democrática e inovadora, capaz
de reduzir a dependência da importação de medicamentos, equipamentos médicos, kits diagnósticos
e insumos e com reforma na lei de patentes que favoreça o acesso universal e igualitário da
população às tecnologias adequadas, sem comprometer a sustentabilidade do sistema de saúde,
ampliando a possibilidade de compra e produção de medicamentos genéricos a preços mais
acessíveis e o acesso da população à assistência farmacêutica.

2. Quais são os princípios e diretrizes do SUS e COMENTE sobre a relação dos mesmos com a
gestão das políticas de saúde;

•Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado


assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou
pessoais.

•Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas


possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas.
Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a
carência é maior.

•Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a
prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de integralidade
pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos
indivíduos.

3. CITE quais são os três níveis de complexidade do SUS e DESCREVA RESUMIDAMENTE


suas características;

Primário

•Nesse nível de atenção estão as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), conhecidas popularmente
como postos de saúde. Elas desempenham o papel de promover políticas direcionadas tanto à
prevenção de doenças como à preservação do bem-estar nas comunidades. Vale ressaltar que
essas ações são organizadas pela esfera municipal.

Secundário
No nível secundário de atenção à saúde estão as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs),
os hospitais e outras unidades de atendimento especializado ou de média complexidade.
Nesses estabelecimentos podem ser realizados procedimentos de intervenção, tratamento de
situações crônicas e de doenças agudas. Em termos de disponibilidade tecnológica, os
equipamentos presentes no nível secundário são mais sofisticados que os do nível primário.
Assim, os mesmos aparelhos de ultrassonografia e de raio-X, por exemplo, provavelmente
serão de uma geração mais nova e avançada. Além do mais, podem haver também recursos
para a realização de outros exames como endoscopias e ecocardiogramas.

Terciário
No nível terciário de atenção à saúde estão os hospitais de grande porte (alta
complexidade), subsidiados pela esfera privada ou pelo estado. Nessas instituições podem
ser realizadas manobras mais invasivas, caso haja necessidade, intervindo em situações nas
quais a vida do usuário do serviço está em risco. No aparelhamento dos estabelecimentos do
nível terciário estão presente máquinas de tecnologia avançada (como equipamentos para
ressonância magnética, tomógrafos e hemodinâmicas, por exemplo).

4. APRESENTE as 4 (quatro) etapas presentes nas funções administrativas do SUS;

São existentes 4 Funções Administrativas, chamadas de funções básicas do PODC


‘Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar’.

5. APRESENTE as atribuições e competências dos gestores do setor saúde nas esferas


municipal, estadual e federal;

A Lei Orgânica da Saúde estabelece em seu artigo 15 as atribuições comuns das três
esferas de governo, de forma bastante genérica e abrangendo vários campos de atuação.
São definidas como atribuições comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municípios, em seu âmbito administrativo:

• Definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações


e serviços de saúde;

• Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano à


saúde; • Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das
condições ambientais;
• Organização e coordenação do sistema de informação em saúde; • Elaboração de normas
técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos que
caracterizam a assistência à saúde;

• Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para


promoção da saúde do trabalhador;

• Participação na formulação da política e na execução das ações de saneamento básico e


colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente; • Elaboração e atualização
periódica do plano de saúde;

• Participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de


recursos humanos para a saúde;

• Elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde – SUS de


conformidade com plano de saúde;

• Elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo


em vista a sua relevância pública; • Realização de operações externas de natureza
financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado Federal;

6. DISCORRA BREVEMENTE sobre a relação entre a função dos recursos humanos e o


processo de trabalho em saúde

A conjuntura atual que perpassa o processo de consolidação do SUS representa


importante balizamento para as propostas e as estratégias de viabilização das políticas de
Recursos Humanos. O desafio contínuo em garantir ações e serviços de saúde de
qualidade à população encontra-se atualmente orientado por três grandes movimentos:
Em primeiro lugar, desenvolve-se um processo de reorganização das funções dos
diferentes níveis de gestão do SUS: um reordenamento. importante das funções
gerenciais, das funções regulatórias, das funções de prestação de serviços do Sistema.
Trata-se da redefinição e da busca por uma maior capacidade regulatória e gestora do
Sistema e de seus componentes institucionais – eficácia, eficiência, qualidade e
produtividade.

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