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Camila Torres – Assistente Social

ctorres.camila@gmail.com
Conjuntos de programas, ações
e decisões tomadas pelos
governos (federal, estaduais ou
municipais) com a participação,
POLÍTICAS direta ou indireta, de entes
públicos ou privados que visam
PÚBLICAS assegurar determinado direito de
cidadania para vários grupos da
sociedade ou para determinado
segmento social, cultural, étnico
ou econômico
POLÍTICAS PÚBLICAS
Ações e programas desenvolvidos pelo Estado
para garantir direitos previstos na Constituição
Federal e em outras leis

Visam garantir o bem estar da população


IMPORTÂNCIA DAS
POLÍTICAS PÚBLICAS

 Afetam a todos os cidadãos, de todas as escolaridades,


independente de sexo, raça, religião ou nível social
 Solucionar questões coletivas: identificadas dentro da
sociedade
 Democracia: promovem o bem-estar da sociedade, por
meio da garantia de direitos
 Políticas sociais: saúde, educação, habitação, assistência
social, saúde, previdência
CICLO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Localizar qual a necessidade mais urgente a partir de um olhar técnico e criterioso do
poder público aliado às pautas sociais
2. FORMAÇÃO DA AGENDA
A partir desta identificação, são levantados uma série de pontos (recursos disponíveis,
avaliação de custo-benefício, mobilização social) para garantir a viabilidade da política

3. FORMULAÇÃO DA POLÍTICA
Definir as principais linhas de atuação, programas a serem desenvolvidos, agentes
envolvidos e assim por diante

4. IMPLEMENTAÇÃO
Início da parte prática, com a aplicação das fases anteriores e cumprimento das
diretrizes traçadas (prazos, recursos financeiros e tecnológicos)

5. MONITORAMENTO/AVALIAÇÃO
verificar se a política pública está cumprindo com os objetivos ou se algumas mudanças
precisam ser implementadas.
“Há três categorias principais de políticas públicas no
esquema: distribuição, regulação e redistribuição.
Esses tipos são historicamente e funcionalmente
distintos (...)”
“Essas áreas de política ou atividade governamental
constituem reais arenas de poder. Cada arena tende a
desenvolver sua própria estrutura política
característica, seu próprio processo político,
suas próprias elites, e suas próprias relações de grupo.”
TIPOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS
DISTRIBUTIVAS

REDISTRIBUTIVAS

REGULATÓRIAS

CONSTITUTIVAS
Políticas Distributivas

 Construídas com o orçamento público: contemplam


ações que fazem o fornecimento de serviços para a
população (ou parte dela) por meio do Estado.
 Podem ser estabelecidas: a partir de determinadas
características ou necessidades de um grupo social
 Implementação dessas políticas: financiada pela
sociedade como um todo, através do orçamento
público
 Exemplo: campanhas de vacinação; dispensação de
medicamentos; construção de estradas; políticas de
emergência e solidariedade às vítimas de enchentes e
secas; auxílio emergencial.
Políticas Redistributivas

 Visam reduzir desigualdade social


 “Equilibrar a balança”: favorecer cidadãos que estão em
situação mais vulnerável
 Modelo redistributivo: o propósito é redistribuir os recursos
para uma parcela da população
 Difícil encaminhamento: disputa na arena política, já que
têm como objetivo redistribuir renda na forma de recursos
e/ou de financiamento de equipamentos e serviços
públicos buscando garantir certa equidade na sociedade.
 Exemplo: isenção de imposto de renda; financiamentos
estudantis
Políticas Regulatórias

 Regulam o funcionamento do Estado e


sociedade: organização de processos
burocráticos criação de regras de
comportamento das pessoas
 São mais abrangentes: atendem a um grupo
maior de pessoas
 Aparecem na forma de leis
 Exemplos: regulações do trânsito;
obrigatoriedade do uso de cadeira especial para
o transporte de crianças.
Políticas Constitutivas

 Como, quando e por quem as políticas de interesse


público podem ser criadas
 Estabelecem as regras do jogo
 Servem para regular as próprias políticas
 Exemplo: A distribuição de responsabilidade entre
municípios, estados e Governo Federal. Na Educação,
municípios são responsáveis pela Educação Infantil e
Ensino Fundamental 1; estados pela Ensino
Fundamental 2 e Ensino Médio; e o Governo Federal
pela Educação Superior.
POLÍTICA DE SAÚDE
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (CF-88)
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação” (Art. 196)

 LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990


Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências
POLÍTICA DE SAÚDE
 O SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde
pública do mundo
 Princípios: universalização, eqüidade, integralidade,
descentralização e participação popular
 Acesso integral, universal e gratuito para toda a população:
abrange desde o simples atendimento para avaliação da pressão
arterial, até o transplante de órgãos
 Gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e
participativa entre os três entes da Federação: a União, os Estados e
os municípios.
 Rede que compõe o SUS: ampla e abrange tanto ações quanto os
serviços de saúde.
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
 PORTARIA MS Nº 874, DE 16 DE MAIO DE 2013
Institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Diminuir a incidência de alguns tipos


de câncer, reduzir a mortalidade e a incapacidade
OBJETIVO causadas pela doença e contribuir para a
melhoria da qualidade de vida dos usuários do
SUS com câncer
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
PRINCÍPIOS GERAI PNPCC

Reconhecimento do câncer como condição crônica com a necessidade de cuidado


integral

Organização de redes de atenção regionalizadas e descentralizadas.

Qualificação dos profissionais e promoção da educação permanente.

Articulação entre os diversos setores responsáveis e garantia de ampla participação e


controle social.

Incorporação e uso de tecnologias, através do processo de Avaliação de Tecnologias em


Saúde (ATS) e da Avaliação Econômica (AE) realizadas por órgãos governamentais.
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
 LEI Nº 14.238, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2021
ESTATUTO DA PESSOA COM CÂNCER
Estabelece princípios e objetivos essenciais à proteção dos
direitos da pessoa com câncer e à efetivação de políticas
públicas de prevenção e combate ao câncer.

Promover, em condições de igualdade, o acesso ao


tratamento adequado e o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais da pessoa com câncer, com vistas a
garantir o respeito à dignidade, à cidadania e à sua inclusão
social.
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
DIREITOS FUNDAMENTAIS – ARTº4

I - obtenção de diagnóstico precoce;


II - acesso a tratamento universal, equânime, adequado e menos
nocivo;
III - acesso a informações transparentes e objetivas relativas à
doença e ao seu tratamento;
IV - assistência social e jurídica;
V - prioridade;
VI - proteção do seu bem-estar pessoal, social e econômico;
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
DIREITOS FUNDAMENTAIS – ARTº4

 VII - presença de acompanhante durante o atendimento e o período de tratamento;

 VIII - acolhimento, preferencialmente, por sua própria família, em detrimento de abrigo ou de


instituição de longa permanência, exceto da que careça de condições de manutenção da
própria sobrevivência;
 IX - tratamento domiciliar priorizado;

 X - atendimento educacional em classe hospitalar ou regime domiciliar, conforme interesse da


pessoa com câncer e de sua família, nos termos do respectivo sistema de ensino.
 § 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se pessoa com câncer aquela que tenha o regular
diagnóstico, nos termos de relatório elaborado por médico devidamente inscrito no conselho
profissional, acompanhado pelos laudos e exames diagnósticos complementares necessários
para a correta caracterização da doença.
 § 2º Entende-se por direito à prioridade, previsto no inciso V do caput deste artigo, as seguintes
garantias concedidas à pessoa com câncer clinicamente ativo, respeitadas e conciliadas as
normas que garantem o mesmo direito aos idosos, às gestantes e às pessoas com deficiência:
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
DIREITOS FUNDAMENTAIS – ARTº4

 I - assistência preferencial, respeitada a precedência dos casos


mais graves e outras prioridades legais;
 II - atendimento nos serviços públicos nos órgãos públicos e
privados prestadores de serviços à população, respeitada a
precedência dos casos mais graves e de outras prioridades legais;
 III - prioridade no acesso a mecanismos que favoreçam a
divulgação de informações relativas à prevenção e ao tratamento
da doença;
 IV - prioridade na tramitação dos processos judiciais e
administrativos.
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
LEIS DISTRITAIS

 LEI DISTRITAL 12.732/2012


Conhecida como lei dos 60 dias
Determina que a partir do diagnóstico, em
prazo máximo de dois meses, seja instituído o
primeiro tratamento cirúrgico, radioterápico ou
quimioterápico ao paciente oncológico.
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
LEIS DISTRITAIS

 LEI DISTRITAL 13.896/2019


Conhecida como lei dos 30 dias
Determina que, a contar da primeira suspeita, o sistema público
deve atender o paciente para realizar exames diagnósticos
neste prazo máximo. “O fluxo assistencial se dá na atenção
básica. Uma vez que há suspeita identificada, o paciente é
inserido no processo de regulação do sistema público de saúde.
Então, é encaminhado às unidades secundárias para que sejam
feitos a avaliação e o diagnóstico.”
POLÍTICAS PÚBLICAS EM
ONCOLOGIA
LEIS DISTRITAIS

 PLANO DISTRITAL DE ATENÇÃO ONCOLÓGICA 2020-2023


 Objetivo: apresentar a rede de assistência oncológica
do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal,
identificar os nós críticos e fortalecer o planejamento
de ações para redução da incidência, da
mortalidade, da incapacidade e dos impactos sociais
causados pelas neoplasias malignas, e contribuir para
a melhoria da qualidade de vida dos usuários com
câncer.
ESPAÇOS DE
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
 Formas participativas de gestão: mecanismos de participação e
controle social. Exemplo: Conselhos de Direitos, de políticas públicas e
de gestão de políticas sociais específicas.
 O que são os Conselhos de Direitos? Órgãos colegiados, permanentes,
orientados pelo princípio da paridade, garantindo a representação de
diferentes segmentos sociais, e tendo por incumbência formular,
supervisionar e avaliar as políticas públicas nas esferas: federal,
estadual e municipal.
 Constituem-se, portanto, espaços institucionais fundamentais para a
construção democrática das políticas públicas e exercício da
participação e legitimidade social.
ESPAÇOS DE
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
 EXEMPLO
 Conselho de Saúde do Distrito Federal (CSDF): instância máxima de
deliberação do Sistema Único de Saúde (SUS), de caráter permanente
e deliberativo
 Composição: representantes de entidades e movimentos
representativos de usuários do DF, entidades representativas de
trabalhadores da área da saúde do DF, governo e prestadores de
serviços de saúde do DF.
 Competência: aprovar o orçamento da Saúde do DF e acompanhar a
execução orçamentária. Aprovar, a cada quatro anos, o Plano de
Saúde do DF.

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