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CENTRO UNIVERSITÁRIO

CBM-UNICBE DEPARTAMENTO
DE NUTRIÇÃO

DOUGLAS DA SILVA BATISTA


MICHEL WALLACE DE SOUZA CORREIA

RECURSOS ERGOGÊNICOS APLICADOS À


PERFORMANCE: SUPLEMENTAÇÃO DE BETA-ALANINA
PARA HIPERTROFIA

TCC

Rio de Janeiro
2022
DOUGLAS DA SILVA BATISTA
MICHEL WALLACE DE SOUZA CORREIA

RECURSOS ERGOGÊNICOS APLICADOS À


PERFORMANCE: SUPLEMENTAÇÃO DE BETA-ALANINA
PARA HIPERTROFIA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Centro Universitário
CBM-UNICBE como requisito final para
obtenção do Diploma do Curso de
Nutrição.

Orientador: Nivea Fonseca

Rio de Janeiro
2022
Agradecimentos

Agradecemos em primeiro lugar ao Autor da Existência, Aquele que permite


que todas as coisas se concretizem, nosso único e verdadeiro Deus. Em segundo
lugar agradecemos a todas as pessoas que diretamente ou indiretamente,
contribuíram para a construção de nossos valores, os mestres do passado e todos
os que compartilharam um pouco do que sabem conosco nesta vida acadêmica.

Douglas da Silva Batista

Michel Wallace de S. Correia


“Sucesso é o acúmulo de pequenos esforços repetidos dia a dia“
Robert Collier
Resumo

O termo ergogênico refere-se a uma substância ou artifício utilizado visando à


melhora do desempenho. A beta-alanina (BA) é um aminoácido não essencial
produzido no fígado. O presente estudo objetivou identificar os efeitos da
suplementação de beta- alanina para hipertrofia muscular. O presente trabalho
consistiu em uma revisão de literatura que englobou publicações nacionais e
internacionais dos anos de 2008 a 2022. As bases de dados eletrônicas utilizadas
para efetuar a busca foram Elsevier, Medline, Pubmed, Scopus, Google Acadêmico,
Web of Science, PubMed e Scielo. Observou-se que não existe nenhum malefício à
saúde com a suplementação de beta-alanina, já que a substância não afeta o
conteúdo muscular ou outros órgãos, como fígado e rins. Porém, observou que
existem efeitos adversos como a parestesia e a fadiga muscular as quais foram
associadas a suplementação de beta-alanina. Assim, a parestesia é o efeito adverso
mais relatado na literatura com a suplementação de beta-alanina e os métodos de
treinamento de força associados a suplementação com este aminoácido tiveram
êxito. Portanto, sugere-se uma investigação com mais estudos voltados para a
avaliação dos efeitos adversos, a dosagem e o tempo de uso da suplementação com
a beta-alanina para que o aminoácido tenha máxima eficácia e minimize os possíveis
efeitos adversos.

palavras-chave: suplementação, beta -alanina, hipertrofia.


Lista de abreviaturas
e siglas

ATPase Adenosina

Trifosfato BA Beta-Alanina

GRD GRD

Mrg prD Mas-related G-protein coupled receptor member - D


Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1 objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2 objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

5 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.1 Efeitos adversos da suplementação de Beta-alanina 13
5.1.1 A fadiga muscular associada a suplementação de Beta-alanina 13
5.2 Métodos de treinamento de força associados a suplementação com
beta-alanina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .14

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1 Introdução

O termo ergogênicos refere-se a uma substância ou artifício utilizado visando


à melhora do desempenho. As principais propostas desses produtos são intensificar
a potência física, aumentar o tecido muscular, aumentando a oferta de energia e a
taxa de produção de energia pelo músculo, visando assim à prevenção ou o retardo
do início da fadiga muscular (Alves, 2010).
Dentre os suplementos mais consumidos no meio desportivo, os aminoácidos
são os principais, no entanto a beta-alanina se destaca na prática esportiva (Falcão
e colaboradores, 2016; Durkalec-Michalski e colaboradores, 2019; Cordeiro, Cardoso
e Souza,2020).
A beta-alanina (BA) é um aminoácido não essencial produzido no fígado.
Identificada pela primeira vez pelo bioquímico russo Vladimir Gulevich, em 1900, é
precursor indispensável na produção de carnosina, um dipeptídeo formado pela
junção da beta-alanina com L-histidina por meio da enzima carnosina sintase na
musculatura esquelética (MATOS et al., 2016)
No entanto, a produção endógena de beta-alanina no ser humano é extremamente
baixa e, como consequência, as concentrações plasmáticas encontram-se muitas vezes
próximas de zero. Desse modo, a ingestão deste aminoácido é fundamental para
aumentar a sua disponibilidade no organismo (ARTIOLI; GUALANO; LANCHA JUNIOR,
2009)
O aumento de íons H + causa maior acidez do pH intracelular, sendo assim
considerado um dos principais contribuintes para a fadiga do músculo esquelético
(Derave e colaboradores, 2010).
Um dos mecanismos propostos de fadiga sugere que quantidades excessivas
de íons H+ intracelular podem reduzir tanto a atividade da actina-miosina ATPase
como a afinidade da troponina pelo cálcio, reduzindo dessa maneira o acoplamento
actina-miosina e a capacidade de geração de força muscular (Vanhatalo e
colaboradores, 2009).
Porém, dados recentes de Jones e colaboradores (2017) mostraram que não
houve efeito da suplementação de beta alanina sobre a produção da força isométrica
voluntária ou eletricamente estimulada. Esses achados corroboram com os
resultados encontrados por Hannah e colaboradores (2015) que não observaram
efeito da suplementação de beta- alanina nas contrações voluntárias máximas,
sugerindo que a sensibilidade e a liberação de cálcio pode não ser o principal
mecanismo pelo qual o aumento dos níveis de carnosina melhora o desempenho
muscular.
Observou-se efeitos da suplementação de beta-alanina durante os exercícios
com duração de 0,5 a 10min, sem efeito em exercícios com menos de 0,5 min de
duração, visto que este tempo de exercício não é suficiente para acumulação
intracelular de íons H + (Saunders e colaboradores, 2016). No entanto, o efeito
ergogênico da suplementação de beta-alanina depende da modalidade do exercício
(Hostrup e Bangsbo, 2016), apresentando melhora evidentemente nas atividades
que dependem principalmente do metabolismo anaeróbio (Trexler e colaboradores,
2015).
Sobre a quantidade de beta-alanina para o potencial efeito ergogênico, doses
entre 2 a 6,4g/dia são relatadas (PAINELLI, 2013). Naderi et al. (2016) observaram
que a dosagem ideal de beta-alanina para indivíduos que desejam aumentar os
níveis de carnosina intramuscular variam de 3 a 6g/dia durante um período entre 4 a
10 semanas, porém uma dose de 1,2g/dia para manutenção parece ser mais
eficiente. Ainda segundo Naderi et al. (2016), a ingestão de beta-alanina durante
refeições que contenham carboidratos parece aumentar as concentrações de
carnosina muscular, quando comparada com a ingestão do suplemento de forma
livre, provavelmente por conta da ação da insulina.
Entretanto, Gonçalves (2019) descarta essa hipótese e descreve que a
insulina não é necessária para o transporte de beta-alanina no músculo. Uma vez
suplementada, a concentração intramuscular da substância pode se manter por até
20 semanas, e o washout (tempo de retorno da carnosina ao seu valor basal) pode
variar de 15 a 20 semanas (YAMAGUCHI, 2018).
2 JUSTIFICATIVA

A sobrecarga de tensão mecânica progressiva é considerada um dos


principais fatores de crescimento muscular e mudanças na arquitetura muscular,
sendo]
alcançadas com o aumento da intensidade de esforço do treinamento
resistido. Treinos com altas cargas e um baixo número de repetições, bem como
longos intervalos de descanso ( 3–5 min) é amplamente orientado para uma
magnitude maior de tensão mecânica. Um menor número de repetições, porém com
cargas elevadas enfatiza a tensão mecânica e resulta em altos níveis de
recrutamento neural (fibras musculares de contração rápida).
Assim sendo, ao se considerar que a suplementação de beta-alanina tende a
secundar a produção de energia, permitindo potencialização da força máxima,
consequentemente suportando mais cargas no treinamento resistido,
compreende-se que tem a capacidade de produzir uma maior tensão mecânica,
consequentemente, promover o crescimento muscular.
Um estudo publicado no “Medicine and Science in Sports and Exercise” em
dezembro de 2009 concluiu que a suplementação com beta-alanina aumenta a
concentração de carnosina, podendo aumentar o potencial da performance durante
exercícios de alta intensidade. Os pesquisadores também descobriram que o limiar
anaeróbico e o tempo para exaustão, também podem ser aumentados.
Não obstante, estes resultados que demonstram que a suplementação de
beta alanina, em uma dosagem média de 6,4g/dia pode contribuir para o ganho de
força, potência, massa magra e consequente
hipertrofia muscular, outros estudos demonstraram situação
contrária, um estudo investigou os efeitos de 28 dias de suplementação de
beta-alanina (β- alanina) em treinamento contra resistência da parte inferior do
corpo, composição corporal e força, para isso uma amostra de 24 homens foram
randomizados para: suplementação de β-alanina (6,4 g / dia) ou placebo (6,4 g/dia
de Maltodextrina). Os exercícios de resistência consistiram em quatro séries de 8 a
80% no leg. press 45°até a falha muscular no início do estudo e após 28 dias. O
programa de treinamento resistido consistia em três séries de 10 a 12 RM com 90 s
de descanso, quatro dias por semana. Foram observados valores mais elevados
após-treino do que pré-treino, mas não foi observada interação
28 dias de suplementação de β-alanina não impediu a perda aguda de força
durante
o exercício de resistência após o exercício intervalado de alta intensidade. Houve
uma tendência não significativa para os resultados entre os grupos. Grupo x tempo
foi a única diferença significativa entre os dois grupos. O estudo foi publicado no
Journal of the American College of Sports Medicine.
O resultado acima foi suportado por uma revisão sistemática de literatura, eque 23
estudos foram selecionados e ambos demonstraram que um período médio de
intervenção foi de 5,2 ± 1,8 semanas e a dose média de BA foi de 4,8 ± 1,3 g / dia
não foi observada diferença estatisticamente significativa no trabalho total, tempo de
execução do exercício, consumo de oxigênio e tempo até a exaustão em
treinamentos resistidos. Em relação aos efeitos colaterais da suplementação de BA,
os primeiros estudos relataram os resultados obtidos na ingestão de BA com uma
dose equivalente a 40 mg kg-1, vários indivíduos apresentaram sintomas de ondas
de calor, vermelhidão uma sensação desagradável de formigamento na pele
(parestesia), durando aproximadamente 60 minutos após a ingestão; no entanto,
nenhum sujeito apresentou esses sintomas ao ingerir a mesma dose contida em uma
dieta, sugerindo que as doses de BA devam ser acompanhadas de dieta normal para
limitar o risco de parestesia ( MAUGHAM e colaboradores, 2018).
3 OBJETIVOS

3.1 objetivo geral

• Identificar os efeitos da suplementação de beta-alanina para hipertrofia muscular.

3.2 objetivos específicos

• Descrever efeitos adversos da suplementação de Beta-alanina

• Comparar métodos de treinamento de força associados a suplementação com


beta- alanina.
4 METODOLOGIA

O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura que englobou


publicações nacionais e internacionais dos anos de 2008 a 2022.
As bases de dados eletrônicas utilizadas para efetuar a busca foram Elsevier,
Medline, Pubmed, Scopus, Google Acadêmico, Web of Science, PubMed e Scielo.
A estratégia da busca foi combinar as palavras chaves “Beta alanine AND
supplementation AND'', "beta alanina ``,''suplemento ``,''nutrição ``,''desporto ``,''fadiga
``,''performance ``.
Para a seleção dos artigos obtidos na busca foram aplicados os seguintes
critérios de exclusão: artigos escritos em idiomas diferentes de inglês e português,
artigos utilizando experimento em animais, artigos que não seguiram nenhum
protocolo de suplementação de beta-alanina, estudos que envolviam diferentes
suplementações, estudos que não incluíram intervenção de exercício físico e que
não relacionaram a suplementação com desempenho e fadiga
5 DESENVOLVIMENTO

5.1 Efeitos adversos da suplementação de Beta-alanina

Segundo Gonçalves (2019), não existe nenhum malefício à saúde com a


suplementação de beta-alanina, já que a substância não afeta o conteúdo muscular
ou outros órgãos, como fígado e rins. Possíveis efeitos colaterais incluem erupções
cutâneas e/ou parestesia, efeito mais reportado, porém esse efeito pode ser
facilmente contornado, administrando-se a beta-alanina por meio de cápsulas de
lenta absorção ou fracionando-se o consumo ao longo do dia, em intervalos que
variam de 3 a 4 horas (NADERI et al., 2016; MAUGHAN et al., 2018).
Os mecanismos moleculares da parestesia ainda não estão muito bem
esclarecidos, mas sabe-se que, quando administrada de forma oral, a beta-alanina
ativa receptores Mas- related G-protein coupled receptor member D (MrgprD),
pertencentes às famílias acopladas à proteína G, que desempenha um papel
fundamental na mediação de sinais de percepção sensorial. Os receptores MrgprD
são localizados nos gânglios da raiz dorsal (GRD), e a beta- alanina parece se ligar
diretamente a esses receptores, ativando -os. Como consequência, causam
excitabilidade nos neurônios dos GRD, que ecoam diretamente nas percepções
sensoriais da pele, acarretando coceira, efeito mais conhecido até o momento da
parestesia (GONÇALVES et al., 2020).
Um efeito secundário da suplementação beta-alanina é uma diminuição
potencial nas concentrações de taurina. Beta-alanina e taurina compartilham o
mesmo transporte (Tau-T) no músculo esquelético, com beta-alanina inibindo assim
a absorção de taurina dentro do músculo. Curiosamente, Harris et al. relataram que
4 semanas de suplementação beta-alanina (10-40 mg/kg) resultaram em um
aumento na concentração de taurina plasmática; no entanto, não houve diminuição
significativa do teor de taurina muscular. Embora a taurina tenha uma série de
funções fisiológicas essenciais, até o momento não há dados humanos para
suportar reduções com suplementação beta-alanina. Além disso, quando
extrapolada para os seres humanos, a diminuição da taurina não seria de
significância fisiológica.
5.1.1 A fadiga muscular associada a suplementação de Beta-alanina

Os efeitos da beta-alanina na fadiga muscular parecem ser mais acentuados


A fadiga muscular pode ser definida como a incapacidade do músculo em
manter o exercício físico com intensidade determinada por um longo período,
podendo prejudicar o rendimento esportivo (PINTO et al., 2014).
Segundo Pinto et al (2014), durante exercícios de alta intensidade, um dos
principais agentes que induzem à fadiga é o acúmulo de íons H + no interior do
miócito, gerando uma acidose intramuscular. Alguns estudos afirmam que a acidose
afeta diretamente nos processos de contração muscular, no fluxo glicolítico e na
ressíntese de fosfocreatina (ARTIOLI;GUALANO; JUNIOR, 2009).
Em estudos mais longos utilizando indivíduos mais velhos. Em um estudo de
indivíduos mais velhos (idade = 70,7 ± 6,2 anos), McCormack et al. mostraram que
fortificar um suplemento nutricional com 1200 mg de beta-alanina melhorou a
capacidade de trabalho físico em comparação com o placebo após 12 semanas de
suplementação. Em uma amostra semelhante (idade = 72,8 ± 11,1 anos), Stout et al.
mostraram que 90 dias de suplementação beta-alanina resultaram em uma melhora
de 37,3 % no desempenho. Coletivamente, as evidências sugerem que a
suplementação beta-alanina atenua a fadiga muscular, particularmente em
indivíduos mais velhos. Melhorias no limiar de fadiga podem ser aumentadas com
participação simultânea no treinamento intervalado de alta intensidade.
O organismo possui mecanismos de regulação/manutenção do equilíbrio
ácido-base que, mesmo com o acúmulo de H + no interior da célula, podem atrasar
a queda do pH intramuscular. Estes mecanismos abrangem tampões químicos
sanguíneos, regulação respiratória e regulação renal (PINTO; PAINELLI; JUNIOR et
al., 2014).
Segundo Pinto et al (2014), dentre os tampões intracelulares, destacam-se
os aminoácidos, fosfatos e bicarbonato. A produção de lactato também pode
auxiliar no tamponamento dos íons H.
No entanto, quando a taxa de produção de íons H+ é superior à capacidade
de tamponamento ou remoção de prótons do músculo esquelético, ocorre
diminuição do pH intramuscular, o que gera uma acidose e favorece o quadro de
fadiga, com provável interrupção do exercício físico (ARTIOLI; GUALANO; JUNIOR,
2009).
5.2 Métodos de treinamento de força associados a suplementação
com beta-alanina

Em um estudo realizado por Van Thienen et Al., 2009 avaliou em um circuito


que simula uma prova de ciclismo. Após a suplementação de oito semanas de BA
para um grupo, e simultaneamente outro que recebeu placebo. O que suplementou,
melhorou significativamente o desempenho do Sprint no final da prova, que foi de
mais (11,3%).
Outro exemplo, foi a análise regida por Donovan et Al., 2012 Que efetivou 16
atletas de boxe amadores, com propósito de apurar se a suplementação de BA teria
êxito no aumento da potência e frequência do soco no decorrer de um simulado.
Após quatro semanas de suplementação com doses de seis gramas por dia; sendo
(1,5g) quatro vezes ao dia, o grupo demonstrou uma evolução na performance e
frequência do soco durante o experimento.

A hipertrofia muscular sucede quando a síntese de proteína muscular


ultrapassa a degradação de proteína muscular e tem êxito no balanço proteico
líquido positivo em períodos cumulativos. Isso poderá ser entendido com
treinamento resistido e a ingestão proteica, promovendo a síntese de proteína
muscular e atenuação da degradação de proteína muscular. Aspectos nutricionais,
validam a ingestão de proteínas aliada ao treinamento é um alumbramento potente
para síntese de proteína muscular. As evidências ressaltam que a hipertrofia
muscular significativa ocorre quando a maioria das séries de treinamento é realizada
com 3-4 repetições na reserva. (BWS JORNAL. 2020)
Além disso, foi estabelecido que o volume de treinamento, definido como o
número total de repetições (ou seja: repetições ou, séries) em companhia das
cargas empregadas para um determinado exercício, é o elemento chave da
adaptação em termos de hipertrofia muscular; além disso, tem sido sugerido que
maiores volumes de repetições são garantia para maximizar a resposta de
crescimento muscular. Com o acréscimo da capacidade de produção de energia, é
possível a otimização de treinamento e uma maior quantidade de metabólitos
musculares podem ser produzidos, impulsionando assim a intumescência celular e
acelerando a hipertrofia (SOLANGE, 2020).
Considerações avaliaram a capacidade física de trabalho no prelúdio de
fadiga e foi apontado um acréscimo no grupo suplementado com beta-alanina
quando comparado ao grupo placebo, mostrando que a beta-alanina atrasa o início
da fadiga neuromuscular em cargas de trabalho submáximas (Stout e colaboradores,
2008; Smith-Ryan e colaboradores, 2014). Em sua pesquisa, Stout e colaboradores
(2006) relataram uma melhora de 16,9% na capacidade física de trabalho no prelúdio
de fadiga em homens após 28 dias de suplementação com
beta-alanina. Smith-Ryan e colaboradores (2014) tiveram as considerações finas de
5,6% na aptidão de trabalho físico no limiar da frequência cardíaca em homens e
mulheres que consumiram
beta-alanina. Stout e colaboradores (2008) comprovaram que em 90 dias de
suplementação com beta-alanina decorreu a melhora de 37,3% na capacidade física
de trabalho no limiar de fadiga. Recentemente Hoffman e colaboradores (2014)
examinaram as consequências da suplementação com beta-alanina durante 28 dias
em soldados incluídos em um treinamento militar. Apesar de o desempenho
cognitivo não ter sido alterado, a beta-alanina resultou em evoluções moderadas na
potência de pico, velocidade de pontaria e tiro ao alvo, em relação ao placebo.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, constatou-se que a parestesia é o efeito adverso mais relatado na


literatura com a suplementação de beta-alanina e os métodos de treinamento de força
associados a suplementação com este aminoácido tiveram êxito.
Portanto, sugere-se uma investigação com mais estudos voltados para a
avaliação dos efeitos adversos, a dosagem e o tempo de uso da suplementação
com a beta-alanina para que o aminoácido tenha máxima eficácia e minimize os
possíveis efeitos adversos.
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