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Resumo:
O suplemento creatina vem sendo utilizado como recurso ergogênico, por demonstrar efeitos
em atletas e praticantes de treinamento de força que buscam um bom condicionamento físico
e uma melhor performance no exercício. O presente trabalho teve como objetivo revisar a
literatura científica sobre a suplementação de creatina em praticantes de treinamento de força,
com base nos artigos revisados na plataforma de pesquisa Google Acadêmico e Scielo. Em
virtude dos estudos apresentados, podemos afirmar que a suplementação de creatina quando
utilizada corretamente, potencializa o ganho de forca muscular, ademais, podem apresentar
resultados positivos no aumento de massa muscular e condicionamento físico do atleta.
Palavras-chave: Suplemento alimentar; Creatina; Treinamento de força.
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Acadêmicas do curso de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. E-mail:
celia525.rb@hotmail.com; gabriela.pizolatto@icloud.com; juuli.pb94@gmail.com. 2
aline.faveri@unisociesc.com.br. Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de
Graduação em Nutrição da Unisul. 2022. Orientador: Prof. Aline De Faveri, Nutricionista, Mestra em Ciências
Farmacêuticas.
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
A coleta de dados foi totalmente eletrônica por meio da internet, no qual será norteada
pelas palavras chaves: suplemento alimentar, creatina, treinamento de força, envolvida na
temática estudada.
A partir da revisão de literatura foi selecionado conteúdos que norteiam a temática
abordada para o desenvolvimento teórico da pesquisa. Utilizando a técnica de fichamento,
toda teoria e autores selecionados foram elencados com objetivo de melhorar a compreensão e
análise da temática em questão.
Foram acessadas as seguintes bases de dados: Google Acadêmico e SciELO
(Scientific Electronic Library Online), nos idiomas português e inglês, sendo que de
63 artigos pesquisados, 18 foram selecionados com maior relevância para a temática em
questão . Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: o arquivo do artigo na íntegra;
publicados em português e inglês; no período de 2015 a 2022. Foram utilizados os seguintes
critérios de exclusão: Estudos sem disponibilidade de sua versão completa e gratuita, e
idiomas diferentes do inglês e português.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
ervas botânicas, fibras, aminoácidos, metabólitos e extratos, cujos principais efeitos obtidos
com o seu uso são o aumento das reservas energéticas, aumento da mobilização de substratos
para os músculos e aumento do anabolismo proteico, além da diminuição da percepção de
esforço (ARAGÃO; FERREIRA, 2022).
Em atletas ou praticantes de treinamento de força onde requer um maior gasto
energético e consequentemente uma maior demanda alimentar, a suplementação alimentar é
adequada e serve como recurso ergogênico, ou seja, como artifício para o aumento no
desempenho, sendo ajustado como estratégia alimentar correta, respeitando a individualidade
de cada atleta (ARAGÃO; FERREIRA, 2022).
O consumo de suplementos alimentares deve ser feito mediante prescrição de
profissional capacitado, para controle dos efeitos e dosagens respeitando o consumo correto,
visando evitar futuros problemas de saúde. Contudo, na prática, atualmente, a realidade é
substituída pela urgência das pessoas na tentativa de tornar o desempenho mais eficaz, com
isso, o uso desses compostos alimentares associados à busca por corpos estéticos, tem levado
os indivíduos a usarem de forma abusiva e discricionária essas substâncias (SILVA; JUNIOR,
2021).
A indústria de suplementos alimentares é disponibilizada no mercado em grande
quantidade, cada um com sua peculiaridade e destinado a complementar a falta de
determinado micronutriente ou macronutriente, suprindo algumas necessidades do organismo
(ARAGÃO; FERREIRA, 2022).
A creatina é utilizada como suplemento alimentar a décadas, podendo ser
comercializada em três modos, como: creatina monoidratada, que é um pó branco, fino,
misturada em água; creatina micronizada referente ao processo de micronização, no qual o
diâmetro das partículas de creatina é reduzido, melhorando a absorção e sendo mais bem
aproveitada pelo organismo; e creatina liofilizada, processo que consiste no congelamento de
produtos alimentícios, posteriormente, passado para a produção de produto a vácuo,
ocorrendo um aumento gradativo da temperatura, desidratando para retirar toda água sem
alterar sua constituição química (SANTOS; et al., 2021).
3.3 Creatina
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principalmente pela urina sendo utilizado clinicamente como indicador básico da degradação
tecidual e/ou estresse renal, com uma pequena quantidade sendo convertida para creatinina no
músculo esquelético (ARAGÃO; FERREIRA, 2022).
Na maioria dos estudos analisados, demonstram que a ingestão da creatina em sujeitos
do sexo masculino, fisicamente ativos, saudáveis, os níveis séricos de creatina aumentam
tipicamente por várias horas. Em algumas dessas pesquisas o protocolo de suplementação
com creatina utilizado é do de saturação onde se administra uma carga maior da substância,
podendo variar de 20 a 30g diária, divididos entre 4 a 5 vezes ao dia em porções de 4 a 5g e
logo após uma fase de manutenção que vai até o final da pesquisa onde se suplementa com
apenas 3 a 5g diárias, na maioria dos casos pós-treino. A escolha por este protocolo pode ser
devido a inúmeros estudos considerarem a forma de saturação a mais eficaz. Alguns estudos
afirmam também, que a ingestão de altas doses de creatina por um período curto de tempo
eleva as quantidades de creatina livre como a de fósforo creatina na musculatura esquelética,
enquanto os outros estudos trabalharam apenas com o protocolo de suplementação de 2 a 5g
diárias durante todo o experimento. Não se pode afirmar ao certo qual protocolo seria o mais
eficiente já que ainda não se encontra disponíveis na literatura experimentos voltados a essa
indagação (PANTA; FILHO, 2015).
Não foram encontradas evidências na literatura que sustentem que a creatina pode
representar um risco para a saúde de indivíduos saudáveis. Os estudos recomendam o uso
máximo de 5g ao dia, uma vez que não existem evidências científicas suficientes para garantir
que a ingestão por longos períodos acima dessa dosagem seja segura. Por outro lado, autores
sugerem que a creatina pode prejudicar a função renal quando suplementada em quantidades
elevadas, sendo esta a principal preocupação entre os especialistas (SERGUES, 2016). Esta
hipótese afirma que a creatina é convertida espontaneamente a creatinina no organismo, a
qual é excretada pelos rins. Com isso, o suplemento poderia ser prejudicial à função renal por
gerar sobrecarga renal. Um estudo que avaliou o uso dessa suplementação em indivíduos
saudáveis demonstrou aumento reversível de aproximadamente 30% da creatinina sérica e
concomitante aumento da creatinina urinária, mas não tendo evidências para demonstrar
alteração na taxa de filtração glomerular. Considerando que essa associação não está bem
elucidada na literatura, sugerem-se novos estudos para compreender o impacto da
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creatina pelas células musculares é um processo que ocorre de forma ativa contra do
gradiente de concentração, possivelmente envolvendo sítios específicos da membrana que
reconhecem parte da molécula da creatina (ARAGÃO; FERREIRA, 2022).
Segundo (BRIOSCHI; et. al. 2020), o protocolo clássico de suplementação mais
utilizado é realizado em duas etapas, na primeira etapa a finalidade do consumo consiste em
administrar grande quantidade de creatina por um período de cinco dias gerando um quadro
de sobrecarga, e posteriormente uma segunda etapa com doses menores (manutenção).
Seguindo esse protocolo, na fase de sobrecarga, a ingestão diária administrada é de 20g de
creatina dividida em 4 doses iguais diluídas em aproximadamente 250ml de líquido por um
período de 5 a 7 dias. No período de manutenção são administradas doses de 3 a 5g por dia ou
0,03 g/kg/dia de creatina. Entretanto, nem todos os indivíduos apresentam o mesmo aumento
muscular após a suplementação, podendo existir uma variação entre os mesmos. Após
observação realizada com rótulos de suplementos de creatina, constatou que a dose mais
usada nos primeiros 5 dias é de 20g consumidos em 4 ou 5g na primeira etapa. Na segunda
usa-se de 5 a 10g diariamente. Apresenta-se que a dose de 3g a 5g de creatina mais utilizada
nos trabalhos com essa substância não apresenta efeitos adversos, propondo-se então que esta
dosagem poderia ser considerada segura (NEMEZIO; et. al., 2015).
A utilização da creatina juntamente com um carboidrato simples (glicose), pode vir a
aumentar o transporte de creatina para dentro do músculo até em pessoas que se apresentam
com menor sensibilidade a suplementação, gerando uma elevação do efeito ergogênico da
creatina. Toda essa reação pode ser favorecida pela realização de exercícios durante a
suplementação de creatina, gerando um efeito adicional à captação muscular dessa substância.
Após ter sido realizado o protocolo de suplementação, relata-se que são necessárias de quatro
a cinco semanas para reduzir os níveis de creatina musculares, até que retornem aos valores
normais (BRIOSCHI; et al., 2020).
A ingestão do suplemento nutricional apresenta efeitos no aumento da massa muscular
e do conteúdo muscular, aumento de 5 a 15% da força dinâmica e potência, menor fadiga
durante os treinos e de 2% a 5% no aumento do peso e massa corporal magra (SANTOS; et
al., 2021).
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS