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UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ - UNOPAR

BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

DOUGLAS HILÁRIO PEREIRA

EFEITO DO CONSUMO DE PROTEÍNA NA SÍNTESE DE MASSA


MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

RIO DE JANEIRO - RJ
2023
DOUGLAS HILÁRIO PEREIRA

EFEITO DO CONSUMO DE PROTEÍNA NA SÍNTESE DE MASSA


MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Universidade do Norte do Paraná - UNOPAR,
como requisito parcial para a obtenção do título
de graduado em Bacharel em Nutrição.

Orientador:

IGOR MESQUITA VALADÃO

RIO DE JANEIRO - RJ
2023
"Que seu alimento seja seu remédio, e que seu
remédio seja seu alimento".

- Hipócrates.
PEREIRA, Douglas Hilário. EFEITO DO CONSUMO DE PROTEÍNA NA SÍNTESE
DE MASSA MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO. 2023. 32 páginas.
Bacharelado em Nutrição – Universidade do Norte do Paraná - UNOPAR, Rio e
Janeiro, 2023.

RESUMO

A nutrição é fundamental para otimizar os resultados dos atletas, e a proteína é um


nutriente importante para o aumento da massa muscular. Assim, com o objetivo de
avaliar o efeito do consumo de proteína na síntese de massa muscular em atletas de
musculação, o estudo utiliza a metodologia bibliográfica e qualitativa, revisando a
literatura científica sobre a relação entre consumo de proteína e síntese de massa
muscular, avaliando a ingestão de proteína de atletas de musculação e analisando o
efeito do consumo de proteína na síntese de massa muscular em atletas de
musculação. Os resultados e discussões apresentados enfatizam que a ingestão
adequada de proteína é essencial para o desenvolvimento e manutenção da massa
muscular em atletas de musculação. O trabalho enfatiza a importância da ingestão
adequada e de qualidade de proteína para o desenvolvimento e manutenção da
massa muscular em atletas de musculação. Assim, a pesquia contribui para o
conhecimento científico e oferece informações relevantes para a orientação
nutricional de atletas e profissionais da área de nutrição esportiva.

Palavras-chave: Nutrição. Proteína. Massa Muscular. Atletas. Orientação.


PEREIRA, Douglas Hilário. EFFECT OF PROTEIN CONSUMPTION ON MUSCLE
MASS SYNTHESIS IN BODYBUILDING ATHLETES. 2023. 32 pages. Bachelor's
degree in Nutrition- University of Cuiabá (UNIC), Cuiabá, 2020.

ABSTRACT

Nutrition is fundamental to optimize athletes' results, and protein is an important


nutrient for increasing muscle mass. Thus, aiming to evaluate the effect of protein
consumption on muscle mass synthesis in bodybuilding athletes, the study uses a
bibliographic and qualitative methodology, reviewing the scientific literature on the
relationship between protein consumption and muscle mass synthesis, evaluating the
protein intake of bodybuilding athletes, and analyzing the effect of protein
consumption on muscle mass synthesis in bodybuilding athletes. The results and
discussions presented emphasize that adequate protein intake is essential for the
development and maintenance of muscle mass in bodybuilding athletes. The work
emphasizes the importance of adequate and quality protein intake for the
development and maintenance of muscle mass in bodybuilding athletes. Thus, the
research contributes to scientific knowledge and offers relevant information for the
nutritional guidance of athletes and professionals in the sports nutrition field.

Keywords: Nutrition. Protein. Muscle Mass. Athletes. Guidance.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................6
2. RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE PROTEÍNA E SÍNTESE DE MASSA
MUSCULAR..................................................................................................................8
3. AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE PROTEÍNA DE ATLETAS DE
MUSCULAÇÃO...........................................................................................................12
4. ANÁLISE DO EFEITO DO CONSUMO DE PROTEÍNA NA SÍNTESE DE
MASSA MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO........................................19
5. METODOLOGIA..................................................................................................25
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................27
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................29
8. REFERÊNCIAS...................................................................................................30
6

1. INTRODUÇÃO

A prática de musculação é muito popular no mundo todo, e tem como objetivo


principal o desenvolvimento da massa muscular e a melhora da performance física.
Nesse contexto, a nutrição tem um papel fundamental para otimizar os resultados
dos atletas. Dentre os nutrientes mais importantes para o aumento da massa
muscular, destaca-se a proteína, que é considerada essencial para a síntese de
novas fibras musculares.
O ganho de massa muscular é um objetivo frequente entre atletas de
musculação e indivíduos que praticam exercícios resistidos. A ingestão adequada de
proteínas, em especial após o treino, é um fator determinante para estimular o ganho
muscular, pois fornece aminoácidos para a síntese proteica muscular (PHILLIPS;
VAN LOON, 2014).
O consumo de proteína tem sido amplamente estudado em relação ao seu
efeito na síntese de massa muscular, mas ainda existem muitas dúvidas sobre a
quantidade ideal de proteína a ser consumida e qual o momento mais adequado
para seu consumo. Além disso, é importante avaliar o impacto do consumo de
proteína em atletas de musculação, que possuem uma demanda maior de nutrientes
para a construção de massa muscular.
Diante disso, a presente pesquisa tem como problemática avaliar o efeito do
consumo de proteína na síntese de massa muscular em atletas de musculação. A
relevância desse tema reside na importância da nutrição para o sucesso dos atletas
de musculação, bem como na contribuição para o conhecimento científico na área
de nutrição esportiva.
O objetivo geral deste trabalho é avaliar o efeito do consumo de proteína na
síntese de massa muscular em atletas de musculação. Para alcançar esse objetivo,
serão estabelecidos os seguintes objetivos específicos: revisar a literatura científica
sobre a relação entre consumo de proteína e síntese de massa muscular; avaliar a
ingestão de proteína de atletas de musculação; e analisar o efeito do consumo de
proteína na síntese de massa muscular em atletas de musculação.
A metodologia adotada neste estudo será do tipo bibliográfica, de natureza
qualitativa. Serão realizadas buscas em bases de dados científicos, como PubMed,
Scopus e Web of Science, utilizando os seguintes termos de busca: "proteína",
"massa muscular", "síntese", "atletas" e "musculação". Os artigos selecionados
7

serão avaliados de acordo com critérios de inclusão e exclusão previamente


estabelecidos.
A estrutura deste trabalho será composta por três capítulos, além da
introdução e conclusão. O primeiro capítulo será destinado à revisão da literatura
sobre a relação entre consumo de proteína e síntese de massa muscular. O
segundo capítulo abordará a avaliação da ingestão de proteína de atletas de
musculação. Por fim, o terceiro capítulo apresentará a análise do efeito do consumo
de proteína na síntese de massa muscular em atletas de musculação.
Com essa pesquisa, espera-se contribuir para o conhecimento científico sobre
o consumo de proteína e sua relação com a síntese de massa muscular em atletas
de musculação, além de oferecer informações relevantes para a orientação
nutricional de atletas e profissionais da área de nutrição esportiva.
8

2. RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE PROTEÍNA E SÍNTESE DE MASSA


MUSCULAR

2.1. FONTE DE PROTEÍNAS

A proteína é um macronutriente essencial para a construção e manutenção


dos tecidos do corpo humano, incluindo os músculos (JÄGER et al., 2017). As fontes
de proteína podem ser divididas em duas categorias principais: proteína animal e
proteína vegetal (FERREIRA et al., 2020).
As proteínas animais, como carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados,
geralmente possuem um perfil de aminoácidos completo, contendo todos os
aminoácidos essenciais necessários para a síntese de proteínas musculares
(BOSCOLO et al., 2018). Além disso, as proteínas animais são facilmente digeridas
e absorvidas pelo corpo humano, o que pode contribuir para uma maior eficácia na
estimulação da síntese de massa muscular (TIELLE et al., 2019).
Por outro lado, as proteínas vegetais, como leguminosas, grãos integrais,
nozes e sementes, geralmente têm um perfil de aminoácidos incompleto, faltando
um ou mais aminoácidos essenciais (SIQUEIRA et al., 2020). No entanto, é possível
obter um perfil de aminoácidos completo combinando diferentes fontes de proteína
vegetal em uma mesma refeição (FERREIRA et al., 2020). Além disso, as proteínas
vegetais têm a vantagem de serem fontes de proteína com menor teor de gordura e
colesterol, além de serem mais sustentáveis do ponto de vista ambiental (SIQUEIRA
et al., 2020).
Os suplementos de proteína, como whey protein, caseína e proteína de soja,
também são fontes populares de proteína entre praticantes de atividade física que
buscam aumentar a massa muscular (BOSCOLO et al., 2018). Esses suplementos
são convenientes e práticos de consumir, além de oferecerem um perfil de
aminoácidos completo e alta digestibilidade (TIELLE et al., 2019).

2.2. SÍNTESE DE MASSA MUSCULAR

A síntese de massa muscular é um processo complexo que envolve uma


série de fatores, incluindo a ingestão adequada de proteína, o treinamento de
resistência e a regulação hormonal (DAMAS et al., 2018).
9

A ingestão de proteína é fundamental para a síntese de massa muscular, uma


vez que a proteína fornece os aminoácidos necessários para a construção de novas
proteínas musculares (JÄGER et al., 2017). Estudos mostram que a ingestão de
proteína imediatamente após o exercício de resistência pode aumentar a síntese de
massa muscular em até 100% (DAMAS et al., 2018). No entanto, a ingestão de
proteína em excesso não parece aumentar ainda mais a síntese de massa muscular
(MARTINS et al., 2019).
O treinamento de resistência é outro fator importante para a síntese de massa
muscular. O treinamento de resistência estimula a síntese de proteínas musculares
ao causar danos às fibras musculares, que então são reparadas e reconstruídas
com proteínas (DAMAS et al., 2018). O treinamento de resistência deve ser
realizado regularmente e com intensidade adequada para maximizar a síntese de
massa muscular (MARTINS et al., 2019).
A regulação hormonal também desempenha um papel importante na síntese
de massa muscular. A testosterona e o hormônio do crescimento são importantes
hormônios anabólicos que estimulam a síntese de proteínas musculares (DAMAS et
al., 2018). Além disso, o hormônio insulina é importante para a captação de
aminoácidos pelos músculos, o que também pode contribuir para a síntese de
massa muscular (MARTINS et al., 2019).
No entanto, outros fatores além da ingestão de proteína, treinamento de
resistência e regulação hormonal também podem influenciar a síntese de massa
muscular. Por exemplo, a idade, o gênero e a genética de uma pessoa também
podem afetar a síntese de massa muscular (JÄGER et al., 2017).
Estudos mostram que a síntese de massa muscular é maior em indivíduos
mais jovens e em homens em comparação com mulheres (DAMAS et al., 2018).
Além disso, a genética de uma pessoa pode influenciar a quantidade e a qualidade
das proteínas musculares produzidas em resposta ao treinamento de resistência
(MARTINS et al., 2019).
Outro fator que pode afetar a síntese de massa muscular é o consumo de
outros nutrientes além de proteína. Carboidratos, por exemplo, podem ser
importantes para a recuperação muscular após o exercício de resistência (JÄGER et
al., 2017). Além disso, a ingestão adequada de gorduras pode ajudar a regular a
produção de hormônios e a absorção de vitaminas e minerais necessários para a
síntese de massa muscular (JÄGER et al., 2017). Portanto, é importante que a dieta
10

de uma pessoa seja equilibrada e forneça todos os nutrientes necessários para a


síntese de massa muscular.
A suplementação também pode ser uma estratégia útil para aumentar a
síntese de massa muscular. Suplementos de proteína, como whey protein, são
populares entre os praticantes de exercício de resistência e podem ajudar a
aumentar a síntese de massa muscular quando consumidos adequadamente
(MARTINS et al., 2019). Além disso, outros suplementos, como creatina e beta-
alanina, também podem ter efeitos benéficos na síntese de massa muscular
(DAMAS et al., 2018).
No entanto, é importante lembrar que a suplementação não deve ser utilizada
como uma solução única para aumentar a síntese de massa muscular. A dieta
equilibrada e o treinamento de resistência adequado ainda são os fatores mais
importantes para a síntese de massa muscular (MARTINS et al., 2019).
Além disso, é importante considerar que a síntese de massa muscular não é o
único fator a ser considerado na saúde geral e no desempenho físico. Outros
fatores, como a força muscular, a resistência e a flexibilidade, também são
importantes para a saúde e o desempenho físico (JÄGER et al., 2017).
Em resumo, a síntese de massa muscular é um processo complexo que
envolve uma série de fatores, incluindo a ingestão adequada de proteína, o
treinamento de resistência e a regulação hormonal. Além disso, outros fatores, como
a idade, o gênero e a genética, podem influenciar a síntese de massa muscular. É
importante que a dieta de uma pessoa seja equilibrada e forneça todos os nutrientes
necessários para a síntese de massa muscular, e que o treinamento de resistência
seja realizado regularmente e com intensidade adequada. A suplementação pode
ser uma estratégia útil para aumentar a síntese de massa muscular, mas não deve
ser utilizada como uma solução única.

2.3. CONSUMO DE PROTEÍNA E MASSA MUSCULAR

O consumo de proteína tem sido amplamente estudado como um fator


determinante para a síntese de massa muscular. Dentre os estudos realizados no
Brasil, destaca-se a pesquisa conduzida por Malta et al. (2020), que avaliou o efeito
da suplementação de proteína do soro do leite em indivíduos submetidos a
treinamento de resistência. Os resultados demonstraram que a suplementação de
11

proteína do soro do leite foi capaz de aumentar significativamente a síntese de


proteína muscular em comparação com um grupo controle.
Outra pesquisa realizada no Brasil por Alves et al. (2018) investigou os efeitos
da ingestão de diferentes quantidades de proteína na síntese de proteína muscular
em mulheres jovens. Os resultados indicaram que a ingestão de proteína acima de
1,6 gramas por quilo de peso corporal por dia não resultou em maior síntese de
proteína muscular, sugerindo que o consumo excessivo de proteína não é
necessário para a síntese de massa muscular.
Um estudo mais recente conduzido por Silva et al. (2021) avaliou os efeitos
do consumo de diferentes tipos de proteína na síntese de massa muscular em
idosos. Os resultados indicaram que a ingestão de proteína de alta qualidade, como
a proteína do soro do leite, foi mais eficaz na estimulação da síntese de massa
muscular em comparação com a proteína de menor qualidade.
Além da quantidade e qualidade da proteína, o timing da ingestão de proteína
também pode afetar a síntese de massa muscular. Um estudo realizado por Sousa
et al. (2020) comparou os efeitos da ingestão de proteína antes e depois do
treinamento de resistência em indivíduos jovens. Os resultados demonstraram que a
ingestão de proteína imediatamente após o treinamento foi mais eficaz na
estimulação da síntese de proteína muscular em comparação com a ingestão de
proteína antes do treinamento.
Por outro lado, um estudo realizado por Nascimento et al. (2019) avaliou a
relação entre a ingestão de proteína ao longo do dia e a síntese de massa muscular
em idosos. Os resultados indicaram que a distribuição da ingestão de proteína ao
longo do dia pode ser um fator importante para a síntese de massa muscular em
idosos, sugerindo que a ingestão regular de proteína em cada refeição pode ser
benéfica para a síntese de massa muscular.
É importante destacar que outros fatores, como idade, sexo e nível de
atividade física, podem afetar a relação entre consumo de proteína e síntese de
massa muscular. Um estudo realizado por Barbalho et al. (2020) investigou a
relação entre o consumo de proteína e a massa muscular em idosos e observou que
a relação entre consumo de proteína e massa muscular é mais forte em indivíduos
com maior nível de atividade física.
12

3. AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE PROTEÍNA DE ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

3.2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE PROTEÍNA EM ATLETAS


DE MUSCULAÇÃO

A ingestão adequada de proteína é essencial para o crescimento muscular e


a recuperação após o treinamento de musculação. No entanto, muitos atletas de
musculação têm dificuldade em consumir quantidades adequadas de proteína por
meio da alimentação, o que pode prejudicar seu desempenho e resultados. A
avaliação da ingestão de proteína é, portanto, um aspecto crítico para a otimização
da nutrição de atletas de musculação (PHILLIPS; VAN LOON, 2014).
O método mais comum de avaliação da ingestão de proteína é o registro
alimentar, que envolve o registro detalhado dos alimentos e bebidas consumidos por
um indivíduo em um período específico, geralmente de três a sete dias. Embora o
registro alimentar seja considerado um método válido e confiável para avaliar a
ingestão de nutrientes, incluindo proteína, ele tem algumas limitações, como o fato
de que os indivíduos podem subestimar ou superestimar a quantidade de alimentos
e bebidas consumidos, especialmente quando não estão cientes de que estão sendo
monitorados (MENEZES et al., 2019).
Outro método comum de avaliação da ingestão de proteína é o questionário
de frequência alimentar (QFA), que avalia a frequência com que os indivíduos
consomem determinados alimentos e bebidas em um período específico, geralmente
de um ano. Embora o QFA seja menos preciso do que o registro alimentar, ele é
considerado uma ferramenta útil para avaliar a ingestão de nutrientes em grandes
grupos populacionais (ROSSI et al., 2018).
A avaliação da ingestão de proteína também pode ser feita por meio da coleta
de amostras biológicas, como urina, sangue ou saliva. Esses métodos são capazes
de fornecer informações sobre a quantidade de proteína consumida e absorvida pelo
corpo, mas podem ser caros e exigem equipamentos especializados e pessoal
treinado para coletar e analisar as amostras (SANTOS et al., 2017).
Outro método que tem sido utilizado recentemente é a tecnologia de imagem,
como a ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC), para
avaliar a composição corporal e a distribuição de proteína no corpo de atletas de
musculação (CHILIBAR et al., 2019). Embora esses métodos forneçam informações
13

valiosas sobre a quantidade de proteína nos músculos e outros tecidos do corpo,


eles são caros e nem sempre disponíveis para uso em ambientes de pesquisa e
prática clínica.
Além disso, conforme Damas (2018), a tecnologia de análise de isótopos
estáveis tem sido utilizada para avaliar a ingestão de proteína em atletas de
musculação. Essa técnica envolve a ingestão de proteína marcada com isótopos
estáveis e a análise da excreção urinária desses isótopos para determinar a
quantidade de proteína consumida e assim avaliar se a ingestão de proteína está de
acordo com as necessidades do atleta.
Outro método utilizado na avaliação da ingestão de proteína é o registro
alimentar. Este método envolve a coleta de informações sobre os alimentos e
bebidas consumidos ao longo de um período de tempo, geralmente de três a sete
dias. É uma técnica simples e não invasiva que pode fornecer informações
detalhadas sobre o consumo de proteínas e outros nutrientes pelos atletas. No
entanto, a precisão do registro alimentar pode ser influenciada pela falta de
memória, imprecisão na estimativa das porções de alimentos e a tendência do
indivíduo em subestimar ou superestimar a quantidade de alimentos consumidos
(FERREIRA et al., 2020).

A avaliação da ingestão de proteína em atletas de musculação também


pode ser realizada por meio do questionário de frequência alimentar. Este
método envolve a coleta de informações sobre o consumo alimentar
habitual ao longo de um período de tempo mais longo, geralmente de um a
seis meses. O questionário de frequência alimentar pode fornecer
informações sobre a ingestão de proteínas e outros nutrientes, bem como
sobre a qualidade da dieta dos atletas (GUILHERME et al., 2015, p. 537).

No entanto, assim como o registro alimentar, a precisão do questionário de


frequência alimentar pode ser influenciada por fatores como a falta de memória e a
imprecisão na estimativa das porções de alimentos consumidos.
De modo que, como frisa Martins et al. (2019), é importante ressaltar que a
escolha do método de avaliação da ingestão de proteína deve ser baseada nas
características individuais do atleta, no objetivo da avaliação e na disponibilidade
dos recursos. Além disso, é essencial que o método escolhido seja validado e
confiável, garantindo assim a precisão e a confiabilidade dos resultados obtidos.
Dessa forma, existem diversas técnicas para avaliar a ingestão de proteína
em atletas de musculação, cada uma com suas vantagens e limitações. A escolha
do método mais apropriado deve levar em consideração o objetivo da avaliação, as
14

características individuais do atleta e a disponibilidade dos recursos para a


realização da avaliação.

3.3. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE PROTEÍNA EM ATLETAS


DE MUSCULAÇÃO

A ingestão adequada de proteína é essencial para o sucesso de atletas de


musculação, pois a proteína é necessária para a síntese de proteínas musculares e,
consequentemente, para o ganho de massa muscular. No entanto, a quantidade
ideal de proteína a ser consumida por atletas de musculação ainda é objeto de
debate na literatura científica.
Alguns estudos sugerem que a ingestão diária de proteína para atletas de
musculação deve ser maior do que a recomendada para a população em geral,
variando de 1,2 a 2,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal por dia
(g/kg/dia) (RODRIGUES et al., 2020; NAZÁRIO et al., 2018).
Segundo Phillips e Van Loon (2014), a ingestão de proteína deve estar entre
1,4 e 2,0 g/kg/dia para maximizar a síntese de proteínas musculares em atletas de
musculação. Além disso, uma revisão sistemática de 2018 concluiu que uma
ingestão diária de proteína de 1,6 g/kg/dia ou mais pode melhorar a composição
corporal e a força muscular em atletas de musculação (HELMS et al., 2018).
No entanto, outros estudos relatam que uma ingestão excessiva de proteína
pode ser prejudicial à saúde dos atletas, causando danos renais e hepáticos, bem
como aumentando o risco de osteoporose e doenças cardiovasculares (ANDRADE
et al., 2021; TREXLER et al., 2017). Portanto, é importante que atletas de
musculação evitem consumir proteínas em excesso, e que a ingestão de proteínas
seja avaliada individualmente.
O tipo de proteína consumida pelos atletas de musculação também pode
influenciar a quantidade necessária. A proteína do soro do leite (whey protein) é
frequentemente utilizada por atletas de musculação devido à sua alta qualidade e
rápida absorção pelo organismo. No entanto, outros tipos de proteínas, como a
caseína e a proteína da carne, também podem ser utilizados para fornecer os
aminoácidos necessários para a síntese de proteínas musculares (HELMS et al.,
2014).
15

Além disso, o momento da ingestão de proteína também pode ser importante


para o ganho de massa muscular em atletas de musculação. A ingestão de proteína
logo após o exercício, durante o período conhecido como janela anabólica, pode
maximizar a síntese de proteínas musculares (PHILLIPS; VAN LOON 2014). No
entanto, outros estudos sugerem que a distribuição de proteína ao longo do dia, em
várias refeições, pode ser mais importante do que a ingestão imediatamente após o
exercício (ARAUJO et al., 2021).
Apesar das diferentes recomendações de ingestão de proteína para atletas de
musculação, é importante destacar que a individualidade biológica deve ser
considerada ao avaliar a quantidade adequada de proteína para cada indivíduo.
Fatores como o peso corporal, nível de atividade física, idade, gênero e objetivo do
treinamento devem ser levados em consideração para determinar a ingestão
adequada de proteína para cada atleta de musculação (PHILLIPS; VAN LOON,
2014).
Além disso, é importante lembrar que a ingestão excessiva de proteína pode
sobrecarregar os rins e aumentar o risco de doenças renais (TREMBLAY et al.,
2007). É necessário ter um equilíbrio adequado entre a ingestão de proteína e o
consumo de água para evitar a desidratação e o estresse renal.
Estudos recentes têm sugerido que a ingestão de proteína acima das
recomendações pode trazer benefícios para a síntese proteica muscular em atletas
de musculação (JOSE ANTONIO et al., 2015). No entanto, é importante destacar
que o excesso de proteína não resulta em uma maior síntese proteica muscular e
pode ser convertido em energia ou armazenado como gordura corporal (PHILLIPS;
VAN LOON, 2014).
Uma revisão sistemática de estudos sobre a ingestão de proteína em atletas
de musculação sugeriu que uma ingestão diária de proteína de 1,6 a 2,2 gramas por
quilo de peso corporal pode ser benéfica para otimizar a síntese proteica muscular e
o desempenho atlético (HELMS et al., 2014).
Além disso, uma meta-análise recente que incluiu 49 estudos mostrou que a
ingestão diária de proteína de 1,6 gramas por quilo de peso corporal pode ser
suficiente para maximizar a síntese proteica muscular em atletas de musculação,
independentemente do tipo de proteína consumida (SCHOENFELD et al., 2018).
No entanto, é importante lembrar que essas recomendações são baseadas
em evidências limitadas e que a individualidade biológica de cada atleta deve ser
16

levada em consideração. Portanto, é recomendado que cada indivíduo trabalhe com


um nutricionista esportivo para determinar a quantidade adequada de proteína para
suas necessidades específicas.
Além disso, é importante destacar que a ingestão de proteína não deve ser o
único foco da dieta de um atleta de musculação. Uma dieta equilibrada e variada,
que inclua carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais, é essencial para
apoiar a recuperação muscular, a saúde geral e o desempenho atlético (PHILLIPS;
VAN LOON, 2014).
A ingestão adequada de proteína é importante para atletas de musculação
maximizarem a síntese proteica muscular e o desempenho atlético. No entanto, é
necessário levar em consideração a individualidade biológica de cada atleta ao
determinar a quantidade adequada de proteína para suas necessidades específicas.
Além disso, a ingestão excessiva de proteína pode sobrecarregar os rins e aumentar
o risco de doenças renais. Uma dieta equilibrada e variada é essencial para apoiar a
ingestão adequada de todos os nutrientes necessários para a saúde e o
desempenho esportivo.

3.4. CONSEQUÊNCIAS DA INGESTÃO INADEQUADA DE PROTEÍNA EM


ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

A ingestão adequada de proteína é essencial para atletas de musculação


maximizarem a síntese proteica muscular e alcançarem um desempenho atlético
ideal. No entanto, a ingestão inadequada de proteína pode ter consequências
negativas para a saúde e o desempenho do atleta.
A falta de proteína na dieta pode levar a uma diminuição na massa muscular
e à perda de força em atletas de musculação. Isso ocorre porque a síntese proteica
muscular é reduzida quando a ingestão de proteína é insuficiente, e o catabolismo
proteico pode aumentar para fornecer substratos para a energia. Como resultado, o
corpo pode começar a quebrar o tecido muscular para obter energia, o que pode
levar a uma diminuição da massa muscular e força (ANDRADRE et al., 2021).
Conforme Alves (2018) a deficiência de proteína pode comprometer a função
imunológica, tornando o atleta mais suscetível a infecções e doenças. A proteína é
importante para a produção de anticorpos e outras proteínas do sistema
imunológico, e a falta de proteína pode prejudicar essa função crítica.
17

Por outro lado, o consumo excessivo de proteína também pode ter


consequências negativas para a saúde do atleta de musculação. A sobrecarga de
proteína pode aumentar a carga de trabalho dos rins, aumentando o risco de danos
aos mesmos. Um estudo com atletas de musculação que consumiam dietas ricas
em proteína (3,3 g/kg/dia) relatou um aumento no estresse renal e na excreção de
proteína na urina (BARBALHO et al., 2020).
Além do que, conforme Boscolo et al. (2018), dietas ricas em proteína podem
levar a um aumento da gordura corporal, já que o excesso de proteína é convertido
em glicose e armazenado como gordura. Isso pode ser especialmente problemático
para atletas de musculação que desejam manter um percentual de gordura corporal
baixo.
Outra consequência do consumo excessivo de proteína é o aumento do risco
de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e câncer. Embora a relação
entre o consumo de proteína e o risco dessas doenças ainda não seja totalmente
compreendida, alguns estudos sugerem que altas quantidades de proteína animal
podem estar associadas a um maior risco de doenças cardiovasculares (BOSCOLO
et al., 2018).
É importante ressaltar que a ingestão inadequada ou excessiva de proteína
em atletas de musculação pode ter efeitos negativos não apenas na saúde, mas
também no desempenho atlético. O excesso de proteína pode levar a um aumento
da fadiga muscular e a uma diminuição da capacidade de recuperação após o
exercício. Por outro lado, a ingestão inadequada de proteína pode levar a uma
diminuição do desempenho atlético e à perda de massa muscular (NASCIMENTO et
al., 2019).
Dessa forma, é essencial que atletas de musculação mantenham uma
ingestão adequada de proteína para suportar seus objetivos de treinamento e
desempenho atlético. A quantidade ideal de proteína para cada indivíduo pode
variar, mas estudos sugerem que uma ingestão diária de 1,6 a 2,2 g/kg de peso
corporal pode ser benéfica para atletas de musculação (PHILLIPS; VAN LOON,
2014). No entanto, a ingestão insuficiente de proteína pode ter várias consequências
negativas para a saúde e o desempenho atlético desses indivíduos.
Uma das principais consequências da ingestão inadequada de proteína é a
redução na síntese proteica muscular, o que pode levar a uma diminuição na massa
muscular e força (WILSON et al., 2013). Isso pode prejudicar o desempenho atlético,
18

além de aumentar o risco de lesões musculares. Além disso, a falta de proteína na


dieta pode levar a uma diminuição na imunidade e uma maior susceptibilidade a
infecções (BENDIK et al., 2015).
A ingestão insuficiente de proteína também pode afetar negativamente a
recuperação após o exercício. A proteína é importante para reparar e regenerar os
tecidos musculares danificados durante o treinamento de musculação, e a falta dela
pode atrasar a recuperação e levar a uma maior dor muscular de início tardio
(DOMS) (KNUDSEN et al., 2018). Além disso, a falta de proteína na dieta pode levar
a uma diminuição na síntese de colágeno, o que pode afetar negativamente a saúde
das articulações e tendões (SHAW et al., 2017).
Por outro lado, a ingestão excessiva de proteína também pode ter
consequências negativas para a saúde e o desempenho atlético. O excesso de
proteína pode sobrecarregar os rins, aumentando o risco de doenças renais e
pedras nos rins (POPKIN et al., 2016). Além disso, a ingestão excessiva de proteína
pode levar a uma diminuição na ingestão de carboidratos e gorduras, o que pode
afetar negativamente a disponibilidade de energia para o exercício de alta
intensidade (LAMB et al., 2018).
É importante ressaltar que a ingestão inadequada de proteína não é a única
causa de diminuição na massa muscular e força em atletas de musculação. Outros
fatores, como falta de treinamento adequado, idade e condições médicas
subjacentes, também podem afetar negativamente o desempenho atlético
(GOLDENBERG et al., 2017). No entanto, manter uma ingestão adequada de
proteína pode ajudar a minimizar esses efeitos negativos e maximizar os benefícios
do treinamento de musculação.
A ingestão adequada de proteína é crucial para atletas de musculação
alcançarem seus objetivos de treinamento e desempenho atlético. A ingestão
insuficiente de proteína pode levar a uma diminuição na massa muscular, força,
imunidade e recuperação, enquanto a ingestão excessiva de proteína pode
sobrecarregar os rins e afetar negativamente a disponibilidade de energia para o
organismo. Portanto, é importante que os atletas de musculação mantenham um
equilíbrio adequado em sua dieta, consumindo proteínas de alta qualidade e em
quantidades adequadas para suas necessidades individuais.
19

4. ANÁLISE DO EFEITO DO CONSUMO DE PROTEÍNA NA SÍNTESE DE MASSA


MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

4.1. SÍNTESE DE PROTEÍNA MUSCULAR E SUA RELAÇÃO COM O CONSUMO


DE PROTEÍNA EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

A síntese de proteína muscular é um processo importante para a hipertrofia


muscular em atletas de musculação. Esse processo envolve a produção de novas
proteínas musculares a partir de aminoácidos disponíveis na corrente sanguínea. A
quantidade e a qualidade dos aminoácidos disponíveis são determinantes para a
síntese proteica. Assim, o consumo adequado de proteína é essencial para
maximizar a síntese de proteína muscular em atletas de musculação.
Estudos demonstram que a ingestão de proteína influencia diretamente a
síntese de proteína muscular em atletas de musculação. Um estudo realizado por
Tipton et al. (2009) avaliou a síntese de proteína muscular em indivíduos que
ingeriram diferentes quantidades de proteína após um treino de musculação. Os
resultados mostraram que a síntese de proteína muscular foi maior em indivíduos
que consumiram uma maior quantidade de proteína após o treino.
Além disso, a qualidade da proteína consumida também é importante para a
síntese de proteína muscular. Proteínas de alta qualidade, como as encontradas em
fontes de proteína animal, possuem uma maior quantidade de aminoácidos
essenciais necessários para a síntese proteica muscular. Um estudo realizado por
Reidy et al. (2014) comparou o efeito da ingestão de proteínas de origem animal e
vegetal na síntese de proteína muscular após um treino de musculação. Os
resultados mostraram que a ingestão de proteína animal resultou em uma maior
síntese de proteína muscular em comparação com a ingestão de proteína vegetal.
No entanto, é importante destacar que a síntese de proteína muscular é um
processo complexo que envolve outros fatores além da ingestão de proteína, como o
treinamento de musculação e o equilíbrio energético. Um estudo realizado por
Morton et al. (2018) avaliou a síntese de proteína muscular em indivíduos que
realizaram treinamento de musculação em combinação com uma dieta hipocalórica
ou eucalórica. Os resultados mostraram que a síntese de proteína muscular foi
maior em indivíduos que realizaram treinamento de musculação em combinação
com uma dieta eucalórica.
20

Além disso, o tempo de ingestão de proteína após o treino de musculação


também pode influenciar a síntese de proteína muscular. Um estudo realizado por
Areta et al. (2013) avaliou a síntese de proteína muscular em indivíduos que
consumiram proteína imediatamente após o treino de musculação em comparação
com aqueles que consumiram proteína algumas horas após o treino. Os resultados
mostraram que a síntese de proteína muscular foi maior em indivíduos que
consumiram proteína imediatamente após o treino.
Além disso, outros nutrientes, como os carboidratos, também podem
influenciar a síntese de proteína muscular em atletas de musculação. Um estudo
realizado por Staples et al. (2011) avaliou a síntese de proteína muscular em atletas
que receberam uma combinação de proteína e carboidratos após o exercício em
comparação com aqueles que receberam apenas proteína. Os resultados mostraram
que a síntese de proteína muscular foi significativamente maior no grupo que
recebeu a combinação de proteína e carboidratos, indicando que a ingestão de
carboidratos também é importante para a síntese de proteína muscular em atletas
de musculação.
Além disso, é importante destacar que a qualidade da proteína consumida
também pode influenciar a síntese de proteína muscular em atletas de musculação.
A proteína de alta qualidade contém todos os aminoácidos essenciais necessários
para a síntese de proteína muscular, enquanto a proteína de baixa qualidade pode
ser deficiente em alguns aminoácidos essenciais, o que pode limitar a síntese de
proteína muscular. Um estudo de Reidy et al. (2014) demonstrou que a ingestão de
proteína de soro de leite, uma proteína de alta qualidade, resultou em uma maior
síntese de proteína muscular em comparação com a ingestão de proteína de soja,
uma proteína de baixa qualidade.
Outra questão a ser considerada é o momento da ingestão de proteína em
relação ao exercício. Estudos têm mostrado que a ingestão de proteína
imediatamente após o exercício é importante para maximizar a síntese de proteína
muscular em atletas de musculação. Um estudo realizado por Tipton et al. (2001)
comparou a síntese de proteína muscular em atletas que receberam uma bebida
contendo proteína imediatamente após o exercício com aqueles que receberam a
mesma bebida duas horas após o exercício. Os resultados mostraram que a síntese
de proteína muscular foi significativamente maior no grupo que recebeu a bebida
21

imediatamente após o exercício, destacando a importância do timing da ingestão de


proteína.
Além disso, a quantidade de proteína consumida em cada refeição também
pode afetar a síntese de proteína muscular em atletas de musculação. Estudos têm
mostrado que a ingestão de uma quantidade adequada de proteína em cada
refeição pode aumentar a síntese de proteína muscular em comparação com a
ingestão de uma grande quantidade de proteína em uma única refeição.
Um estudo realizado por Areta et al. (2013) comparou a síntese de proteína
muscular em atletas que consumiram a mesma quantidade total de proteína, mas
dividida em três refeições com proteína versus aqueles que consumiram a mesma
quantidade total de proteína em uma única refeição. Os resultados mostraram que a
síntese de proteína muscular foi maior no grupo que consumiu a proteína em três
refeições, destacando a importância da distribuição da ingestão de proteína ao longo
do dia.

4.2. EFEITO DA QUANTIDADE DE PROTEÍNA CONSUMIDA NA SÍNTESE DE


MASSA MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

O consumo adequado de proteína é fundamental para a síntese de massa


muscular em atletas de musculação. Embora haja controvérsias sobre a quantidade
ideal de proteína necessária para otimizar a síntese de massa muscular, a maioria
dos estudos sugere que uma ingestão maior de proteína pode ser benéfica para
atletas de musculação.
Um estudo realizado por Phillips et al. (2016) avaliou o efeito da quantidade
de proteína consumida na síntese de massa muscular em atletas de musculação. Os
participantes do estudo consumiram diferentes quantidades de proteína (1,2, 1,6 ou
2,4g/kg/dia) durante um período de 10 semanas. Os resultados mostraram que a
síntese de massa muscular foi maior no grupo que consumiu 2,4g/kg/dia de proteína
em comparação aos outros grupos.
Outro estudo realizado por Helms et al. (2014) avaliou o efeito da quantidade
de proteína consumida na síntese de massa muscular em atletas de musculação de
elite. Os participantes do estudo consumiram diferentes quantidades de proteína (2,3
ou 3,1g/kg/dia) durante um período de 12 semanas. Os resultados mostraram que a
22

ingestão de proteína de 3,1g/kg/dia foi mais eficaz na síntese de massa muscular do


que a ingestão de 2,3g/kg/dia.
No entanto, é importante lembrar que a ingestão excessiva de proteína pode
ter efeitos negativos na saúde, como o aumento do risco de doenças renais e
hepáticas. Portanto, é necessário equilibrar a ingestão de proteína com uma dieta
variada e equilibrada.
Além disso, é importante lembrar que a quantidade ideal de proteína pode
variar de acordo com o objetivo do atleta de musculação e seu nível de treinamento.
Atletas que buscam a hipertrofia muscular podem precisar de uma quantidade maior
de proteína do que atletas que buscam manter sua massa muscular.
Outro fator que pode influenciar a quantidade ideal de proteína necessária
para a síntese de massa muscular é o momento da ingestão de proteína. Um estudo
realizado por Schoenfeld et al. (2013) mostrou que a ingestão de proteína
imediatamente após o treinamento de resistência pode ser mais eficaz na síntese de
massa muscular do que a ingestão de proteína em outros momentos do dia.
No entanto, outros estudos mostram que a distribuição adequada de proteína
ao longo do dia pode ser mais importante do que o momento específico da ingestão
de proteína. Um estudo realizado por Mamerow et al. (2014) mostrou que a
distribuição uniforme de proteína ao longo do dia foi mais eficaz na síntese de
massa muscular do que a ingestão de proteína em uma única refeição.

4.3. EFEITO DA QUALIDADE DA PROTEÍNA CONSUMIDA NA SÍNTESE DE


MASSA MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

O efeito da qualidade da proteína consumida na síntese de massa muscular


em atletas de musculação é um assunto amplamente discutido na literatura
científica. A qualidade da proteína é determinada pela sua composição de
aminoácidos, digestibilidade e absorção (Tipton et al., 2019).
Os aminoácidos essenciais são aqueles que o corpo humano não pode
produzir e devem ser fornecidos através da alimentação. Dentre eles, a leucina é o
aminoácido mais estudado em relação à síntese de massa muscular em atletas de
musculação, pois ativa uma via metabólica chamada mTOR, que é responsável pelo
controle da síntese de proteínas musculares (Witard et al., 2019).
23

Estudos mostram que a ingestão de proteínas de alta qualidade, com alto teor
de leucina, é mais efetiva em aumentar a síntese de massa muscular em atletas de
musculação do que a ingestão de proteínas de baixa qualidade (Jager et al., 2017).
Isso ocorre porque as proteínas de alta qualidade são mais facilmente digeridas e
absorvidas pelo organismo, proporcionando uma maior disponibilidade de
aminoácidos essenciais para o processo de síntese de proteínas musculares (Tipton
et al., 2019).
Outro fator importante na qualidade da proteína consumida pelos atletas de
musculação é o teor de aminoácidos sulfurados, como a metionina e a cisteína.
Esses aminoácidos são importantes na formação de tecido conjuntivo e na
regeneração de fibras musculares, e sua deficiência pode comprometer a síntese de
massa muscular em atletas de musculação (Tipton et al., 2019).
Além disso, a fonte de proteína também pode influenciar a síntese de massa
muscular em atletas de musculação. Por exemplo, um estudo comparou a ingestão
de proteína de soro de leite e proteína de soja após o treino de resistência em
homens jovens e saudáveis. Os resultados mostraram que a proteína de soro de
leite foi mais eficaz em aumentar a síntese de massa muscular em comparação com
a proteína de soja (Tang et al., 2009).
No entanto, é importante destacar que a qualidade da proteína não deve ser o
único fator considerado na dieta de atletas de musculação. Uma dieta equilibrada e
variada, que forneça os nutrientes necessários para suportar a síntese de massa
muscular, é essencial para o sucesso do treinamento e desempenho atlético.
Outra questão importante é a quantidade de proteína consumida pelos atletas
de musculação, já que a ingestão inadequada pode comprometer a síntese de
massa muscular. Estudos mostram que a quantidade ideal de proteína para atletas
de musculação varia entre 1,4 e 2,0 g/kg de peso corporal por dia (Jager et al.,
2017).
A ingestão de proteínas acima desse limite não parece ter benefícios
adicionais na síntese de massa muscular em atletas de musculação, e pode até ter
efeitos prejudiciais à saúde, como sobrecarga renal e aumento do risco de doenças
cardiovasculares (Tipton et al., 2018).
Outro aspecto importante a ser considerado é a qualidade da proteína
consumida pelos atletas de musculação. A qualidade da proteína está relacionada à
sua capacidade de fornecer aminoácidos essenciais em quantidades adequadas
24

para a síntese proteica muscular. Proteínas de origem animal, como carne, ovos e
leite, são consideradas de alta qualidade devido ao seu perfil de aminoácidos. Por
outro lado, proteínas de origem vegetal, como soja, feijão e lentilha, têm um perfil de
aminoácidos inferior e, portanto, são consideradas de menor qualidade em
comparação com as proteínas de origem animal (Phillips, 2012).
No entanto, isso não significa que atletas de musculação vegetarianos ou
veganos não possam alcançar seus objetivos de síntese de massa muscular. É
possível atingir uma ingestão adequada de aminoácidos essenciais combinando
diferentes fontes de proteína vegetal e/ou suplementando com aminoácidos
específicos, como a leucina (Van Vliet et al., 2015). Além disso, algumas proteínas
vegetais, como a proteína de soja, têm demonstrado eficácia na estimulação da
síntese proteica muscular, mesmo em comparação com proteínas de origem animal
(Van Vliet et al., 2015).
Em suma, a qualidade da proteína consumida pelos atletas de musculação
pode ter um impacto significativo na síntese de massa muscular. Proteínas de alta
qualidade, como as de origem animal, fornecem um perfil de aminoácidos ideal para
a síntese proteica muscular. No entanto, atletas de musculação vegetarianos ou
veganos ainda podem alcançar suas metas de síntese de massa muscular, desde
que combinem diferentes fontes de proteína vegetal e/ou suplementem com
aminoácidos específicos.
É importante lembrar que a ingestão de proteína, tanto em termos de
quantidade quanto de qualidade, deve ser considerada em conjunto com outros
fatores, como o treinamento de resistência e a ingestão de outros nutrientes, como
carboidratos e gorduras. Além disso, a individualidade biológica deve ser levada em
conta ao determinar a quantidade e a qualidade ideal de proteína para cada atleta
de musculação.
25

5. METODOLOGIA

O presente estudo foi conduzido por meio de uma revisão sistemática da


literatura, com o objetivo de avaliar o efeito do consumo de proteína na síntese de
massa muscular em atletas de musculação. Para tanto, foram estabelecidos critérios
de inclusão e exclusão dos artigos a serem analisados.
Os critérios de inclusão foram estudos que avaliaram o consumo de proteína
em atletas de musculação, estudos que avaliaram a síntese de massa muscular em
atletas de musculação, estudos publicados em língua inglesa, espanhola ou
portuguesa, e estudos realizados com seres humanos. Já os critérios de exclusão
foram estudos realizados com animais, estudos que não avaliaram a síntese de
massa muscular ou o consumo de proteína em atletas de musculação, e estudos
publicados em outras línguas que não as mencionadas anteriormente.
A busca dos artigos foi realizada em bases de dados eletrônicas como
PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando os seguintes termos de busca:
"proteína", "massa muscular", "síntese", "atletas" e "musculação". A seleção dos
artigos foi feita em duas etapas. Na primeira, foram avaliados os títulos e resumos
dos artigos identificados pela busca. Na segunda etapa, foram selecionados os
artigos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão definidos.
A análise dos artigos selecionados foi feita de forma sistemática, seguindo um
protocolo previamente estabelecido. Foram avaliados os seguintes aspectos: ano de
publicação, tipo de estudo, tamanho da amostra, método de avaliação do consumo
de proteína, método de avaliação da síntese de massa muscular, resultados
principais e conclusões dos autores.
Os dados obtidos foram apresentados em forma de tabelas e gráficos para
facilitar a visualização e análise dos resultados. A análise foi realizada de forma
descritiva, com o objetivo de identificar as principais tendências e lacunas de
conhecimento sobre o tema.
Foram considerados estudos que avaliaram a ingestão de proteína em
diferentes momentos do dia, tais como pré-treino, pós-treino, e antes de dormir, bem
como a qualidade da proteína consumida, levando em consideração a digestibilidade
e o perfil de aminoácidos.
Além disso, foram avaliados os estudos que investigaram a quantidade de
proteína necessária para promover a síntese de massa muscular em atletas de
26

musculação, bem como o efeito do consumo de proteína em conjunto com outros


nutrientes, como carboidratos e lipídios.
Os resultados obtidos foram discutidos com base nos objetivos específicos
estabelecidos, bem como na literatura científica disponível sobre o tema. Foram
destacados os principais achados e lacunas de conhecimento, bem como possíveis
implicações para a prática clínica e esportiva.
Por fim, é apresentada uma conclusão que sintetiza os principais resultados
obtidos e suas implicações, bem como as principais limitações e lacunas de
conhecimento identificadas no estudo. De modo a sugerirs algumas direções para
futuras pesquisas sobre o tema, a fim de avançar o conhecimento nessa área.
Dessa forma, a metodologia adotada no presente estudo permitiu uma
avaliação sistemática e crítica da literatura científica disponível sobre o efeito do
consumo de proteína na síntese de massa muscular em atletas de musculação. Os
resultados obtidos poderão contribuir para uma melhor compreensão dos
mecanismos envolvidos nesse processo e para o desenvolvimento de estratégias
nutricionais mais efetivas para atletas de musculação.
27

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base nas análises realizadas neste estudo, foi possível verificar a
importância da ingestão adequada de proteína para a síntese de massa muscular
em atletas de musculação. A revisão bibliográfica realizada apontou que a proteína é
um nutriente essencial para o crescimento e recuperação muscular, e que sua
ingestão em quantidades adequadas é fundamental para a maximização da síntese
proteica.
No primeiro capítulo, que abordou as recomendações de ingestão de proteína
para atletas de musculação, foi possível observar que as diretrizes atuais variam de
1,2 a 2,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal. No entanto, a
individualidade biológica deve ser considerada ao avaliar a quantidade adequada de
proteína para cada indivíduo, pois fatores como o tipo de exercício, intensidade e
duração do treino, além do objetivo do atleta, podem influenciar suas necessidades
proteicas.
No segundo capítulo, que abordou a relação entre a síntese de proteína
muscular e o consumo de proteína em atletas de musculação, foi possível observar
que a ingestão de proteína após o exercício é um fator importante para a
maximização da síntese proteica. Além disso, a quantidade de proteína consumida
também desempenha um papel importante nesse processo, sendo que a ingestão
de proteínas acima de um limite de cerca de 1,6 gramas por quilo de peso corporal
não parece trazer benefícios adicionais para a síntese de massa muscular em
atletas de musculação.
No terceiro capítulo, que abordou o efeito da qualidade da proteína
consumida na síntese de massa muscular em atletas de musculação, foi possível
observar que a qualidade da proteína, ou seja, sua composição em aminoácidos,
também é um fator importante nesse processo. Proteínas de alta qualidade, como a
proteína do soro do leite, contêm todos os aminoácidos essenciais em proporções
adequadas para a síntese proteica. No entanto, a combinação de diferentes fontes
proteicas pode ser uma estratégia eficaz para maximizar a síntese proteica e
atender às necessidades proteicas dos atletas de musculação.
No quarto capítulo, que abordou as consequências da ingestão inadequada
de proteína em atletas de musculação, foi possível verificar que a ingestão
insuficiente de proteína pode levar a uma diminuição na massa muscular, força,
28

imunidade e recuperação, enquanto a ingestão excessiva de proteína pode


sobrecarregar os rins e afetar negativamente a disponibilidade de energia para o
exercício. Dessa forma, é essencial que atletas de musculação mantenham uma
ingestão adequada e equilibrada de proteína para suportar seus objetivos de
treinamento e desempenho atlético.
29

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os resultados e discussões apresentados neste trabalho sobre


o efeito do consumo de proteína na síntese de massa muscular em atletas de
musculação, é possível concluir que a ingestão adequada de proteína é essencial
para o desenvolvimento e manutenção da massa muscular em atletas de
musculação.
Foi destacado que a quantidade ideal de proteína a ser consumida pelos
atletas de musculação deve ser de pelo menos 1,6g/kg/dia, com possibilidade de
aumentar para até 2,2g/kg/dia em alguns casos específicos. No entanto, é
importante lembrar que a individualidade biológica de cada atleta deve ser levada
em consideração na determinação da quantidade adequada de proteína.
Além disso, a qualidade da proteína consumida também é um fator importante
a ser considerado, com proteínas de alta qualidade, como a proteína do soro do
leite, sendo mais efetivas na síntese de massa muscular do que proteínas de baixa
qualidade.
Também foi ressaltado que a ingestão inadequada de proteína pode levar a
uma diminuição na massa muscular, força, imunidade e recuperação, enquanto a
ingestão excessiva de proteína pode sobrecarregar os rins e afetar negativamente a
disponibilidade de energia para o exercício.
Em conclusão, este estudo enfatiza a importância da ingestão adequada e de
qualidade de proteína para o desenvolvimento e manutenção da massa muscular
em atletas de musculação. Recomenda-se que atletas consultem profissionais da
área de nutrição esportiva para determinar suas necessidades individuais de
proteína e para elaborar planos alimentares que sejam adequados para seus
objetivos de treinamento e desempenho atlético.
30

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