Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
RIO DE JANEIRO - RJ
2023
DOUGLAS HILÁRIO PEREIRA
Orientador:
RIO DE JANEIRO - RJ
2023
"Que seu alimento seja seu remédio, e que seu
remédio seja seu alimento".
- Hipócrates.
PEREIRA, Douglas Hilário. EFEITO DO CONSUMO DE PROTEÍNA NA SÍNTESE
DE MASSA MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO. 2023. 32 páginas.
Bacharelado em Nutrição – Universidade do Norte do Paraná - UNOPAR, Rio e
Janeiro, 2023.
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................6
2. RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE PROTEÍNA E SÍNTESE DE MASSA
MUSCULAR..................................................................................................................8
3. AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE PROTEÍNA DE ATLETAS DE
MUSCULAÇÃO...........................................................................................................12
4. ANÁLISE DO EFEITO DO CONSUMO DE PROTEÍNA NA SÍNTESE DE
MASSA MUSCULAR EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO........................................19
5. METODOLOGIA..................................................................................................25
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................27
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................29
8. REFERÊNCIAS...................................................................................................30
6
1. INTRODUÇÃO
Estudos mostram que a ingestão de proteínas de alta qualidade, com alto teor
de leucina, é mais efetiva em aumentar a síntese de massa muscular em atletas de
musculação do que a ingestão de proteínas de baixa qualidade (Jager et al., 2017).
Isso ocorre porque as proteínas de alta qualidade são mais facilmente digeridas e
absorvidas pelo organismo, proporcionando uma maior disponibilidade de
aminoácidos essenciais para o processo de síntese de proteínas musculares (Tipton
et al., 2019).
Outro fator importante na qualidade da proteína consumida pelos atletas de
musculação é o teor de aminoácidos sulfurados, como a metionina e a cisteína.
Esses aminoácidos são importantes na formação de tecido conjuntivo e na
regeneração de fibras musculares, e sua deficiência pode comprometer a síntese de
massa muscular em atletas de musculação (Tipton et al., 2019).
Além disso, a fonte de proteína também pode influenciar a síntese de massa
muscular em atletas de musculação. Por exemplo, um estudo comparou a ingestão
de proteína de soro de leite e proteína de soja após o treino de resistência em
homens jovens e saudáveis. Os resultados mostraram que a proteína de soro de
leite foi mais eficaz em aumentar a síntese de massa muscular em comparação com
a proteína de soja (Tang et al., 2009).
No entanto, é importante destacar que a qualidade da proteína não deve ser o
único fator considerado na dieta de atletas de musculação. Uma dieta equilibrada e
variada, que forneça os nutrientes necessários para suportar a síntese de massa
muscular, é essencial para o sucesso do treinamento e desempenho atlético.
Outra questão importante é a quantidade de proteína consumida pelos atletas
de musculação, já que a ingestão inadequada pode comprometer a síntese de
massa muscular. Estudos mostram que a quantidade ideal de proteína para atletas
de musculação varia entre 1,4 e 2,0 g/kg de peso corporal por dia (Jager et al.,
2017).
A ingestão de proteínas acima desse limite não parece ter benefícios
adicionais na síntese de massa muscular em atletas de musculação, e pode até ter
efeitos prejudiciais à saúde, como sobrecarga renal e aumento do risco de doenças
cardiovasculares (Tipton et al., 2018).
Outro aspecto importante a ser considerado é a qualidade da proteína
consumida pelos atletas de musculação. A qualidade da proteína está relacionada à
sua capacidade de fornecer aminoácidos essenciais em quantidades adequadas
24
para a síntese proteica muscular. Proteínas de origem animal, como carne, ovos e
leite, são consideradas de alta qualidade devido ao seu perfil de aminoácidos. Por
outro lado, proteínas de origem vegetal, como soja, feijão e lentilha, têm um perfil de
aminoácidos inferior e, portanto, são consideradas de menor qualidade em
comparação com as proteínas de origem animal (Phillips, 2012).
No entanto, isso não significa que atletas de musculação vegetarianos ou
veganos não possam alcançar seus objetivos de síntese de massa muscular. É
possível atingir uma ingestão adequada de aminoácidos essenciais combinando
diferentes fontes de proteína vegetal e/ou suplementando com aminoácidos
específicos, como a leucina (Van Vliet et al., 2015). Além disso, algumas proteínas
vegetais, como a proteína de soja, têm demonstrado eficácia na estimulação da
síntese proteica muscular, mesmo em comparação com proteínas de origem animal
(Van Vliet et al., 2015).
Em suma, a qualidade da proteína consumida pelos atletas de musculação
pode ter um impacto significativo na síntese de massa muscular. Proteínas de alta
qualidade, como as de origem animal, fornecem um perfil de aminoácidos ideal para
a síntese proteica muscular. No entanto, atletas de musculação vegetarianos ou
veganos ainda podem alcançar suas metas de síntese de massa muscular, desde
que combinem diferentes fontes de proteína vegetal e/ou suplementem com
aminoácidos específicos.
É importante lembrar que a ingestão de proteína, tanto em termos de
quantidade quanto de qualidade, deve ser considerada em conjunto com outros
fatores, como o treinamento de resistência e a ingestão de outros nutrientes, como
carboidratos e gorduras. Além disso, a individualidade biológica deve ser levada em
conta ao determinar a quantidade e a qualidade ideal de proteína para cada atleta
de musculação.
25
5. METODOLOGIA
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com base nas análises realizadas neste estudo, foi possível verificar a
importância da ingestão adequada de proteína para a síntese de massa muscular
em atletas de musculação. A revisão bibliográfica realizada apontou que a proteína é
um nutriente essencial para o crescimento e recuperação muscular, e que sua
ingestão em quantidades adequadas é fundamental para a maximização da síntese
proteica.
No primeiro capítulo, que abordou as recomendações de ingestão de proteína
para atletas de musculação, foi possível observar que as diretrizes atuais variam de
1,2 a 2,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal. No entanto, a
individualidade biológica deve ser considerada ao avaliar a quantidade adequada de
proteína para cada indivíduo, pois fatores como o tipo de exercício, intensidade e
duração do treino, além do objetivo do atleta, podem influenciar suas necessidades
proteicas.
No segundo capítulo, que abordou a relação entre a síntese de proteína
muscular e o consumo de proteína em atletas de musculação, foi possível observar
que a ingestão de proteína após o exercício é um fator importante para a
maximização da síntese proteica. Além disso, a quantidade de proteína consumida
também desempenha um papel importante nesse processo, sendo que a ingestão
de proteínas acima de um limite de cerca de 1,6 gramas por quilo de peso corporal
não parece trazer benefícios adicionais para a síntese de massa muscular em
atletas de musculação.
No terceiro capítulo, que abordou o efeito da qualidade da proteína
consumida na síntese de massa muscular em atletas de musculação, foi possível
observar que a qualidade da proteína, ou seja, sua composição em aminoácidos,
também é um fator importante nesse processo. Proteínas de alta qualidade, como a
proteína do soro do leite, contêm todos os aminoácidos essenciais em proporções
adequadas para a síntese proteica. No entanto, a combinação de diferentes fontes
proteicas pode ser uma estratégia eficaz para maximizar a síntese proteica e
atender às necessidades proteicas dos atletas de musculação.
No quarto capítulo, que abordou as consequências da ingestão inadequada
de proteína em atletas de musculação, foi possível verificar que a ingestão
insuficiente de proteína pode levar a uma diminuição na massa muscular, força,
28
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS
JÄGER, R. et al. International Society of Sports Nutrition Position Stand: protein and
exercise. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 14, n. 1, p. 20,
2017.
JOSE ANTONIO, J. et al. A high protein diet (3.4 g/kg/d) combined with a heavy
resistance training program improves body composition in healthy trained men and
women--a follow-up investigation. Journal of the International Society of Sports
Nutrition, v. 12, p. 39, 2015.
LAMB, M. J. et al. High dietary protein intake and protein-induced energy intake:
preliminary results from a randomized controlled trial. Appetite, v. 125, p. 59-64,
2018.
PHILLIPS, S. M.; VAN LOON, L. J. C. Dietary protein for athletes: from requirements
to optimum adaptation. Journal of Sports Sciences, Abingdon, v. 29, n. S1, p29-38,
2014.