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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA

CENTRO UNIVERSITÁRIO-UNIFIS

CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

JAYANE KETLIN DO NASCIMENTO ALMEIDA SÁ

DESEMPENHO ESPORTIVO ENTRE ATLETAS ONÍVOROS E NÃO


ONÍVOROS (VEGETARIANOS, OVOLACTOVEGETARIANOS E VEGANOS):
UMA REVISÃO DE LITERATURA

SERRA TALHADA

2024
JAYANE KETLIN DO NASCIMENTO ALMEIDA SÁ

DESEMPENHO ESPORTIVO ENTRE ATLETAS ONÍVOROS E NÃO


ONÍVOROS (VEGETARIANOS, OVOLACTOVEGETARIANOS E VEGANOS):
UMA REVISÃO DE LITERATURA

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


Bacharelado de nutrição do centro universitário-
UNIFIS, como requisito para aprovação da
disciplina TCC I.
Orientadora: Dra Yasmin Bruna de Siqueira
Bezerra.

SERRA TALHADA

2024
2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Verificar se há diferença no desempenho físico esportivo de atletas vegetarianos e não


vegetarianos.

2.2 ESPECÍFICOS

 Esclarecer as distinções entre dieta vegetariana e não vegetariana e suas possíveis


implicações no desempenho físico;
 Investigar possíveis carências nutricionais em atletas que seguem dieta vegetariana;
 Analisar desempenho esportivo entre ambos os grupos;
 Avaliar composição corporal dos dois grupos estudados;
 Descrever a importância do acompanhamento nutricional para atletas;
 Verificar se há diferença no tempo de recuperação muscular entre os dois grupos.
3. JUSTIFICATIVA

A alimentação vegetariana é um estilo que tem crescido ao longo dos anos; contudo,
ainda existem muitas controvérsias associadas a esse padrão, pois caso não haja um
acompanhamento nutricional adequado, pode resultar em deficiências nutricionais,
especialmente para atletas de alto rendimento, que naturalmente necessitam de um aporte
calórico e atenção nutricional mais específicos. Portanto, é crucial verificar se esse estilo
alimentar pode impactar em deficiências nutricionais ou no desempenho esportivo de atletas.
Além disso, é importante avaliar se há diferenças de desempenho quando comparado a atletas
que seguem uma alimentação onívora.
4. HIPÓTESE
Não existe diferença com relação ao desempenho de atletas que fazem alimentação
vegetariana em comparação a pessoas que fazem uma alimentação onívora.
5. MARCO TEÓRICO
5.1 DESEMPENHO ESPORTIVO

“O desempenho esportivo é um fenômeno complexo, devido os seus vários aspectos


condicionantes” (Kiss, Bohme,1999). Quando se fala em desempenho esportivo existem
vários fatores relacionados, ou seja, o desempenho vai depender de alguns aspectos
condicionantes, dentre eles é válido destacar o poder que a alimentação tem na melhoria do
rendimento e performance esportiva, visto que existem nutrientes essenciais no metabolismo
energético e na geração de força.
Com isso é de extrema importância compreender as adaptações fisiológicas envolvidas e
sua relação com uma dieta equilibrada.

5.1.1 Fisiologia do exercício


“O termo fisiologia vem do grego "physis" = natureza, função ou funcionamento e
"logos" = palavra ou estudo” (Forjaz; Tricoli,2011). Quando se fala em fisiologia do esporte é
visto que existem uma série de mecanismos existentes, que abrangem aspectos fisiológicos e
bioquímicos, tais ferramentas agem no processo de desempenho e resistência muscular,
através de adaptações fisiológicas.

A respeito disso (Furrer et al., 2023, p 1693-1787) esclarece que:


“As adaptações celulares, de tecidos/órgãos e de todo o corpo que ocorrem quando as
sessões de exercícios são repetidas ao longo de meses e anos impulsionam as
mudanças fenotípicas observadas em atletas altamente treinados. Tais adaptações
incluem alterações no fluxo de energia e no metabolismo, transformações no tipo de
fibra, aumento da densidade mitocondrial e capilar e hipertrofia muscular, destacando
a enorme plasticidade do músculo esquelético”

Tais mudanças destacadas acima implicam no processo metabólico do atleta, o que traz a
necessidade de uma recomendação nutricional bem equilibrada e com todos os nutrientes
necessários para auxiliar no processo de adaptação e resistência muscular, visto que a
ausência de nutrientes específicos podem estar relacionados com uma baixa geração de força
e baixos níveis de resistência o que pode impactar negativamente o desempenho esportivo.

5.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NO ESPORTE

A modificação dietética, ou seja o manejo nutricional tem sido um fator primordial em


estudos científicos para melhoria da performance esportiva, vários estudos comprovam que
uma dieta balanceada tem impacto positivo na saúde, mudanças benéficas na composição
corporal e melhorias no desempenho esportivo, ou seja para um atleta que almeja uma
melhoria de performance, faz se necessário um acompanhamento individualizado para que o
atleta tenha uma alimentação rica nutricionalmente e que possa suprir as quantidades de
energia necessárias para o metabolismo energético, além de ter atenção no hábito alimentar
adotado, visto que o acompanhamento nutricional no atleta vegetariano exige uma atenção
maior . (Hernandez, Nahas,2009.)

5.2.1 Macronutrientes

De forma geral a recomendação calórica para atletas homens e mulheres, vai depender
muito da intensidade do exercício e da frequência, visto que o gasto energético vai ser
diretamente proporcional a frequência do exercício, mas em síntese, Economos, Bortz e
Nelson (1993) afirmam que a ingestão calórica de atletas homens e mulheres que se
exercitam por mais de 90 minutos por dia é de acima de 50 kcal/dia e 45-50 kcal/dia para
atletas que treinam menos que 90 minutos por dia.

Com relação ao consumo de carboidrato é valido destacar a suma importância que os


carboidratos possuem no metabolismo energético, pois são a primeira via utilizada para a
produção de energia. As recomendações variam de 6-10 g/kg de peso corporal por dia ou
60-70% da ingestão calórica diária, é necessário pontuar que a quantidade dependerá da
modalidade esportiva, sexo e condições ambientais (Panza et al.,2007).

Já a recomendação de proteínas diárias é necessária uma atenção nutricional maior,


visto que proteínas de boa qualidade estão relacionados com uma melhoria na síntese e
recuperação muscular, mas como todo macronutriente, a ingestão recomendada está
correlacionada com a individualidade, ou seja, o tipo de esporte praticado. Os valores para
ingestão diária de proteína podem chegar até 1,7 g/kg (Panza et al., 2007).

O lipídio se classifica como a segunda via para a produção de energia, na ausência do


glicogênio, o lipídio que é armazenado na forma de triglicerídeos é quebrado em
moléculas menores para produção de energia. As recomendações de lipídios para
indivíduos fisicamente ativos são similares a população normal que variam de 20-35% do
gasto energético total, com atenção na qualidade do lipídio, para que maior quantidade
seja de gorduras mono e poli- insaturadas, pois esses tipos de gorduras possuem
benefícios a saúde do indivíduo, além de serem fontes de ômega -3 que tem um potencial
antioxidante (MCArdle,Katch.I,Katch.l,2016).
5.2.2 Micronutrientes

Quando se fala em micronutrientes, muitos deles também tem importante papel no

desempenho e no fornecimento de funções essenciais para o nosso corpo. As vitaminas são

responsáveis pela catilização de reações no nosso corpo, pois facilitam o metabolismo e como

foi supracitado anteriomente na presença de exercicio fisico, temos uma taxa metabolica

aumentada, o que pode impactar numa atenção maior no fornecimento de vitaminas, com

finalidade de promover uma homeostase corporal e um melhor desempenho, No entanto ainda

são necessarios mais estudos para verificação em relação a dose diária recomendada,visto

que alguns altetas limitam a ingestão de alguns alimentos, para atender as exigências de peso

da modalidade esportiva (Lukaski,2004).

Além das vitaminas os minerais podem conferir alguns benefícios para o

desempenho atletico, pois eles possuem funções bioquímicas que podem impactar o

desempenho físico, eles atuam de diferentes formas, uma das funções que é valido destacar

aqui é a importancia que esses componentes possuem na catalização de enzimas e regulação

de transdução energética. (Lukaski,2004)

Portanto é importante o fornecimento adequado desses micronutrientes,

considerando sempre os fatores físicos individuiais, para que assim possa saber se existem

algum risco de deficiência de algum micronutriente e tambem verificar a quantidade

necessária para o atleta de acordo com a modalidade de esporte praticada e o estilo de

alimentação, visto que a alimentação vegetariana vai demandar uma atenção mais específica

com relação a alguns micronutrientes.

5.2.3 Ingestão hídrica

A exposição ao calor do exercício é um fator importante de se observar durante o

treinamento, pois cerca de 70% do metabolismo é liberado como suor , essa liberação tem

como finalidade estabelecer a termoregulação corporal, esse mecanismo vai estar


intrisicamente correlacionado com alguns aspectos importantantes dentre eles:

ambiente,vestimenta utilizada,intensidade do treino, pois quanto mais intenso o exercicio

maior a sudorese (Swaka,1992).

Com isso faz se importante uma conduta nutricional com atenção na ingestão hídrica

de atletas de alta performace,para que não haja desequilibrios hidroeletroliticos. A

recomendação de ingestão hidrica Segundo a Sociedade Brasileira de medicina do exercicio e

do esporte (2003) é de que o atleta beba cerca de 250 a 500ml de água duas horas antes do

exercício. Durante o exercício recomenda-se iniciar a ingestão já nos primeiros 15 minutos e

continuar bebendo a cada 15 a 20 minutos. O volume a ser ingerido varia conforme as taxas

de sudorese, na faixa de 500 a 2.000ml/hora.

5.3 DIETA NÃO ONÍVORA

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