Você está na página 1de 10

295

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

EFEITOS METABÓLICOS DA SUPLEMENTAÇÃO DO WHEY PROTEIN


EM PRATICANTES DE EXERCÍCIOS COM PESOS

Lilian Canassa Terada1,2, Marcelo Rufino de Godoi1,3,


Talita Capoani Vieira Silva1,4, Thais Lopes Monteiro1,5

RESUMO ABSTRACT

Introdução: As proteínas do soro do leite têm Metabolic effects of whey protein


sido muito utilizadas por praticantes de supplementation in exercise weight
atividade física. Possuem alto valor nutricional practitioners
e pesquisas recentes demonstram que seu
consumo está ligado a hipertrofia muscular. Introduction: The whey proteins of milk have
Objetivo: O objetivo deste estudo foi revisar na been widely used by practitioners of physical
literatura, por meio de bases de dados activity. They have high nutritional value and
eletrônicas, os efeitos metabólicos da recent researches show that them
suplementação de whey protein em consumption is linked to muscle hypertrophy.
praticantes de exercícios com pesos. Revisão Objective: The objective of this study was to
da literatura: A proteína do soro do leite é a review the literature through electronic
fonte mais concentrada em aminoácidos databases, the metabolic effects of whey
essenciais, incluindo os de cadeia ramificada protein supplementation in practitioners of
ou BCAA. Conforme a literatura revisada, a exercises with weights. Literature review: The
vantagem do whey protein sobre o ganho whey protein milk is the most concentrated
muscular está relacionada ao perfil de source in essential amino acids, including
aminoácidos que esta fonte protéica branched-chain amino acids or BCAA. As the
apresenta, além da rápida absorção. literature reviewed, the advantage of whey
Praticantes de exercícios com pesos, com o protein on the muscle gain is related to the
objetivo de hipertrofia muscular, necessitam de amino acids profile that protein source has, in
maior ingestão protéica, dessa forma o whey addition to rapid absorption. Practitioners of
protein representa uma boa estratégia na exercises with weights, with the goal of muscle
recuperação ao esforço. As proteínas do soro hypertrophy, need higher protein intake, so the
do leite também melhoram o sistema imune e whey protein is a good strategy in the recovery
estão relacionadas à redução de gordura effort. The whey proteins denotes improvement
corporal e fadiga muscular. A quantidade e o of the immune system, and they are related to
tipo de proteína ou aminoácido fornecido após the body fat reduction and muscle fatigue. The
o exercício físico influenciam a síntese amount and type of protein or amino acid
protéica. Conclusão: A ingestão de whey supplied after exercise influence protein
protein favorece a recuperação e a síntese synthesis muscle. Conclusion: The ingestion of
protéica muscular, diminui fadiga e gordura whey protein promotes muscle recovery and
corporal, sendo uma boa estratégia de protein synthesis, reduces fatigue and body
suplementação nutricional. fat, being a good strategy for nutritional
supplementation.
Palavras-chave: proteína do soro do leite;
exercícios de força; suplementação; hipertrofia Key words: whey protein from milk; resistance
exercise; supplementation; hypertrophy muscle
1 – Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu
da Universidade Gama Filho – Nutrição Endereço para correspondência:
Esportiva. nutrililian@hotmail.com
2- Bacharel em Nutrição pelo Centro mrg_titi@hotmail.com
Universitário São Camilo- CUSC talitacapoani@yahoo.com.br
3- Licenciatura Plena em Educação Física pela thaislmonteiro@yahoo.com.br
Faculdade Ensino Superior de Bragança
Paulista- FESB
4- Bacharel em Nutrição pela Universidade 5- Bacharel em Nutrição pela Universidade
Norte do Paraná- UNOPAR Federal de Ouro Preto- UFOP

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
296

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

INTRODUÇÃO fadiga muscular (Sgarbieri, 2004; Haraguchi,


Abreu e De Paula, 2006).
O soro do leite é um subproduto Sendo assim, o objetivo deste estudo
resultante da fabricação de queijos, por foi revisar na literatura, por meio de bases de
coagulação da caseína, obtido por adição de dados eletrônicas, os efeitos metabólicos da
ácido ou de enzima (soro doce). Possui alto suplementação de whey protein em
valor nutricional, conferido pela presença de praticantes de exercícios com pesos.
proteínas com elevado teor de aminoácidos Para realização da presente revisão
essenciais. Os aminoácidos presentes nas da literatura, foram utilizadas palavras-chave,
proteínas do soro superam as doses como proteína do soro do leite, exercícios de
recomendadas a crianças de dois a cinco anos força, suplementação e hipertrofia muscular,
e aos adultos, aspecto que torna esta fonte nas bases de dados eletrônicas Scientific
protéica a mais concentrada em aminoácidos Eletronic Library Online (SciELO), Instituto
essenciais em detrimento às demais fontes de Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia
proteínas (Wit citado por Capitani e do Exercício (IBPEFEX) e PubMed, o que
Colaboradores, 2005; Bucci e Colaboradores resultou em 978 trabalhos. O critério de
citados por Cribb e Colaboradores, 2006). inclusão dos artigos foi a abordagem da
Tem sido cada vez mais comum o uso suplementação de whey protein em
de suplementos protéicos associados a praticantes de exercícios com pesos
programas de treinamento com pesos. A relacionando-o a alterações metabólicas, bem
maioria dos indivíduos que adere a esses tipos como a data de publicação posterior ao ano de
de programas tem grande preocupação 1999, que resultou em 18 artigos eletrônicos e
estética, que se resume ao aumento de força e 7 livros da área pesquisada.
massa muscular. Nesse sentido, a O termo “ergogênico”, do grego, quer
musculação, treinamento com pesos dizer, “ergo” - trabalho e “gen” – produção,
amplamente praticado, demonstra aumento portanto, o termo “recurso ergogênico” quer
nos níveis de força muscular, dizer a aplicação de um recurso ou
conseqüentemente proporciona hipertrofia. procedimento capaz de aprimorar a
Este tipo de treinamento também favorece capacidade de trabalho ou desempenho físico.
maior liberação de hormônios anabólicos, Dentre os recursos ergogênicos utilizados por
como o hormônio de crescimento (GH) e atletas e esportistas como forma de obter
testosterona (Oliveira e Colaboradores, 2006; resultados aparentemente mais rápidos,
Dias e Colaboradores, 2005; Volek citado por destacam-se os suplementos nutricionais
Maestá e Colaboradores, 2008). (Kantikas, 2007).
Com relação às proteínas, Haraguchi, Hirschbruch e Carvalho (2008)
Abreu e De Paula (2006) e Pacheco e definem a suplementação nutricional como o
Colaboradores (2005) afirmam que as do soro consumo pontual de um nutriente objetivando
do leite ou whey protein têm rápida digestão e determinado efeito. É uma prática justificável
absorção intestinal, o que proporciona quando o individuo não consegue, através da
elevação da concentração de aminoácidos no alimentação, atender suas necessidades
plasma, que, por sua vez, estimula a síntese nutricionais, o que pode ocorrer com
protéica nos tecidos. Segundo Bilsborough e indivíduos que realizam atividade física – para
Mann citados por Maestá e Colaboradores manutenção da saúde e/ou aumento ou perda
(2008), outro fator que contribui para a de peso; portadores de doenças – pois as
hipertrofia muscular é a ação das proteínas do necessidades nutricionais são modificadas
soro do leite sobre a liberação de hormônios pelas características da patologia; atletas –
anabólicos, como a insulina, o que favorece a para cobrir deficiências impostas pelo grande
captação de aminoácidos para o interior da período ativo e, por fim, prevenção de
célula muscular, otimizando a síntese protéica. doenças.
Além da relação com o processo de hipertrofia O uso de manipulações dietéticas e o
muscular, alguns estudos demonstram os consumo de substâncias ou nutrientes com
efeitos benéficos do whey protein sobre o propósitos de aumento de performance é cada
sistema imune e sobre o processo de redução vez mais comum. De acordo com Burke e
da gordura corporal, além de amenizar a Read citados por Bacurau (2007), esse é um
fato de fácil compreensão, quando se

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
297

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

considera o ambiente altamente competitivo alto valor nutricional e apresenta boa


em que vivem os atletas. Em nosso século, a digestibilidade e baixo potencial alergênico.
prática da suplementação passou a receber o
status ¨cientificamente embasada¨, o que pode COMPOSIÇÃO DO WHEY PROTEIN
ser facilmente percebido diante da grande
quantidade de propagandas, segundo as quais É necessário ressaltar que o whey
os suplementos são elaborados de acordo protein possui alto valor nutricional, conferido
com os mais rigorosos critérios científicos. pela presença de proteínas com elevado teor
A suplementação protéica é de aminoácidos essenciais. Os aminoácidos
amplamente utilizada com o objetivo de presentes nas proteínas do soro superam as
hipertrofia muscular, definida pelo aumento na doses recomendadas a crianças de dois a
secção transversa do músculo, o que significa cinco anos e aos adultos, aspecto que torna
o aumento do tamanho e número de esta fonte protéica a mais concentrada em
filamentos de actina e miosina e adição de aminoácidos essenciais em detrimento às
sarcômeros dentro das fibras musculares já demais fontes de proteínas (Wit citado por
existentes (Uchida e Colaboradores citados Capitani e Colaboradores, 2005; Bucci e
por Morais, Medeiros e Liberali, 2008). Colaboradores citados por Cribb e
O treinamento com pesos é Colaboradores, 2006).
considerado a atividade física mais eficiente
para a modificação da composição corporal Tabela 1 - Perfil de macronutrientes em 100g
pelo aumento da massa muscular. Durante de concentrado protéico do soro de leite (CPS)
esse processo, portanto, deve haver Macronutrientes Quantidade (g)
predomínio dos processos anabólicos sobre os Proteína 80
catabólicos. Sendo assim, o aumento da Gordura 7
ingestão energética e de aminoácidos mostra- Carboidrato 8
se imprescindível (Bacurau e Colaboradores, FONTE: Haraguchi, Abreu e De Paula, 2006.
2001; Fleck e Kraemer, 2006; Read citado por
Maestá e Colaboradores, 2008). Tabela 2 - Perfil de aminoácidos no
concentrado protéico do soro de leite (CPS)
SORO DO LEITE Aminoácidos Concentrado protéico
(mg/g de proteína) do soro de leite(mg)
Conforme Pacheco e Colaboradores Alanina 4,9
(2005), na década de 70 houve um expressivo Arginina 2,4
crescimento nos métodos de preparação e uso Asparagina 3,8
de hidrolisados protéicos, tanto com Ácido aspártico 10,7
finalidades clínicas e nutricionais como para a Cisteína 1,7
melhoria de propriedades funcionais de Glutamina 3,4
proteínas e alimentos de base protéica, dentre Ácido glutâmico 15,4
eles, destacam-se os preparados a base de Glicina 1,7
proteínas do soro do leite ou whey protein. Histidina 1,7
De acordo com Antunes (2003), Isoleucina 4,7
existem à venda no mercado alguns produtos Leucina 11,8
a base de proteínas do soro do leite. Podem Lisina 9,5
ser compostos pelo concentrado protéico do Metionina 3,1
soro do leite (CPS), cuja concentração de Fenilalanina 3,0
proteínas varia entre 25% e 89%. Nesses Prolina 4,2
produtos, há remoção de constituintes não Serina 3,9
protéicos, além do que, ao aumentar o teor de Treonina 4,6
proteínas, há redução de lactose. Há ainda os Triptofano 1,3
isolados do soro do leite (IPS), contendo entre Tirosina 3,4
90% e 95% de proteína, com gordura e lactose Valina 4,7
em mínima proporção, podendo inclusive nem
FONTE: Haraguchi, Abreu e De Paula, 2006.
estar presentes; e a proteína hidrolisada do
Segundo Salzano Junior citado por
soro, composta da fração isolada e
Haraguchi, Abreu e De Paula (2006) as
concentrada, que é quebrada em peptídeos de
proteínas do soro podem obter diferenças na

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
298

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

sua composição de macro e micronutrientes. A relevância do adequado consumo protéico


tabela 1 mostra o perfil de macronutrientes em para indivíduos envolvidos em treinamento
100g de um concentrado protéico do soro do físico diário.
leite, que fornece, em média, 414 calorias. As recomendações da ingestão diária
O perfil de aminoácidos por grama de de proteínas para atletas consistem em 1,2-
proteína pode ser observado na tabela a 1,7g/kg de peso corporal ou 12%-15% do
seguir. Observa-se que os BCAAs ou consumo energético total. Em recente estudo,
aminoácidos de cadeia ramificada perfazem concluiu-se que atletas de endurance
21,2% e todos os aminoácidos essenciais (resistência) envolvidos em treinamento de
constituem 42,7% do perfil de aminoácidos moderada intensidade necessitam de uma
total (Etzel citado por Haraguchi, Abreu e De ingestão protéica de 1,1g/kg/dia, enquanto
Paula, 2006). atletas de endurance de elite podem requerer
Dentre os micronutrientes, têm-se até 1,6g/kg/dia. Por outro lado, atletas de força
1,2mg de ferro, 170mg de sódio e 600mg de podem necessitar de 1,6-1,7g de proteína por
cálcio por 100g de concentrado protéico quilograma de peso corporal por dia
(Haraguchi, Abreu e De Paula, 2006). (Tarnopolsky citado por Panza e
Colaboradores, 2007)
RECOMENDAÇÃO DE PROTEÍNAS A tabela 3 direciona a quantidade de
proteínas recomendada a diferentes
Segundo Panza e Colaboradores segmentos populacionais e tipos de
(2007), o reparo e crescimento muscular e a modalidades esportivas.
relativa contribuição no metabolismo
energético são exemplos que confirmam a

Tabela 3 - Recomendações de ingestão diária de proteínas destinadas a várias populações


População Ingestão de proteínas recomendada (g/kg/dia)
Populações sedentárias
Crianças 1,0
Adolescentes 1,0 a 1,5
Adultos 0,8 a 1,0
Grávidas +6 a 10g/dia
Lactantes +12 a 16 g/dia
Populações de Atletas
Atletas recreacionais (4 a 5 vezes p/ semana 08, a 1,0
por 30 minutos)
Treinamento de atletas de resistência aeróbia 1,2 a 1,6
Intensidade moderada 1,2
Volume extremo 1,6
Treinamento de atletas de força 1,2 a 1,7
Novatos 1,5 a 1,7
Regulares 1,0 a 1,2
Atletas adolescentes durante pico de 1,5
crescimento
FONTE: Maughan e Burke, 2004.

É fato que as necessidades protéicas A recomendação de proteínas para


são diferentes para indivíduos sedentários e praticantes de exercícios com pesos já está
para praticantes de exercícios com peso. Isso bem esclarecida, tanto que quantidades
se deve ao fato de o exercício intenso superiores não demonstram melhores
aumentar a excreção de nitrogênio e quando resultados no ganho de massa muscular,
as ingestões protéica e energética são como mostra o trabalho de Maestá e
insuficientes, diminui o balanço nitrogenado, Colaboradores (2008). Os autores
tornando-o negativo, o que é indesejado para compararam dietas com 1,5g de proteínas/kg
atletas (Lemon citado por Maestá e de peso corporal e com 2,5g de proteínas/kg
Colaboradores, 2008). de peso e concluíram que a síntese protéica

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
299

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

não foi significativamente maior ao aumentar a apresenta-se como boa estratégia na


ingestão de proteínas, conseqüentemente, não recuperação ao esforço pela sua rápida
houve alteração relevante no peso, massa absorção e boa digestibilidade (Maughan e
magra e adiposa dos indivíduos analisados. A Burke, 2004; Carvalho e Colaboradores, 2003;
elevação de 0,5g de proteínas/kg de peso ao Pacheco e Colaboradores, 2006).
recomendado para adultos sedentários foi Segundo Haraguchi, Abreu e De Paula
suficiente para aumentar a disponibilização de (2006), quanto menor o intervalo entre o
aminoácidos no sangue e estimular a insulina, término da atividade física e o consumo de
hormônio anabólico. proteínas, melhor será a resposta anabólica ao
Na mesma linha, o estudo de Oliveira exercício. Foi o que comprovou o estudo de
e Colaboradores (2006) teve como objetivo Miller e Colaboradores citados por Maestá e
verificar se uma dieta hiperprotéica (4g de Colaboradores (2008). Os autores mostraram
proteínas/kg de peso), associada ao que o consumo protéico associado a
treinamento, provoca maior aumento de carboidratos pós-treino resultou em aumento
massa muscular e força quando comparada ao da síntese protéica muscular nos períodos de
padrão dietético normoprotéico para a 1 a 2 horas após o treino, os quais coincidem
modalidade praticada (1,8g/kg de peso). Os com os picos de síntese e catabolismo
autores observaram que a dieta normoprotéica protéico muscular nas condições de repouso
teve correlação positiva com as variáveis (pós-treino).
antropométricas, além de, proporcionalmente, Resultado semelhante foi observado
ofertar mais carboidratos. Acredita-se que o no estudo de Esmarck e Colaboradores
alto consumo protéico possa desequilibrar o citados por Haraguchi, Abreu e De Paula
Ciclo de Krebs para a produção energética e, (2006), que avaliaram o ganho de força e
com o reduzido consumo de carboidratos, hipertrofia com o consumo protéico
houve maior produção de corpos cetônicos e imediatamente após a sessão de exercícios
aumento nas concentrações de cortisol, com pesos comparado ao consumo 2 horas
comprometendo a síntese protéica. após o término. O grupo que realizou a
A adequação do consumo de suplementação logo após o treinamento teve
proteínas depende basicamente da ingestão ganho significantemente maior de força e
energética, pois se esta for inadequada, os hipertrofia em relação ao grupo placebo.
aminoácidos da proteína dietética e do Dietas fracionadas em 3 ou mais
catabolismo protéico são desviados para refeições protéicas são mais efetivas no
síntese de ATP, portanto não faz sentido estímulo anabólico protéico em comparação a
aumentar a ingestão de proteínas sem 1 ou 2 refeições diárias. Isso porque a
adequação energética (Read citado por alimentação protéica distribuída ao longo do
Maestá e Colaboradores, 2008). dia disponibiliza aminoácidos e energia
constantemente, sem elevar ou diminuir o pico
HORÁRIOS DE INGESTÃO DE PROTEÍNAS desses substratos, mantendo o fluxo e síntese
protéicos, além de reduzir o catabolismo
Recentemente surgiu maior (Gaine e Colaboradores; Mosoni e Mirand
preocupação com horário da ingestão de citados por Maestá e Colaboradores, 2008).
proteína. No período de recuperação, a
síntese do glicogênio constitui prioridade, mas PROBLEMAS RELATIVOS AO USO DE
a síntese de novas proteínas talvez possa ser SUPLEMENTOS OU EXCESSO DE
vista como mais importante. A dieta pode INGESTÃO PROTÉICA
fornecer aminoácidos para incorporação
dessas proteínas (Maughan e Burke, 2004; De acordo com Pereira, Lajolo e
Carvalho e Colaboradores, 2003). Hirschbruch citados por Kantikas (2007),
Estudos mostram que há uma queda consumir suplementos nutricionais com o
na concentração de aminoácidos intracelulares objetivo de melhorar o desempenho, aumentar
e nos músculos após exercícios. Por isso, a a massa muscular, entre outros motivos,
ingestão de proteínas ou aminoácidos tornou-se hábito entre praticantes de
imediatamente após o exercício, pode atividades físicas em academias, com ênfase
promover a síntese de proteínas nos para os praticantes de musculação. Ocorre
músculos, dessa forma, a whey protein que nem sempre se procura profissionais da

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
300

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

área de nutrição para orientação e um discreto aumento da massa muscular,


acompanhamento, sendo que o mais comum porém com elevação significativa da força
são indicações variadas, ou mesmo a simples (Hirschbruch e Carvalho, 2008).
procura na internet ou em lojas de O treinamento com pesos é uma das
suplementos. Se esta prática é decidida e feita modalidades mais praticadas de exercício
por conta própria, os consumidores não levam físico e existem vários benefícios decorrentes
em conta as possibilidades, por exemplo, do dessa prática, que incluem desde importantes
aparecimento de problemas hepáticos e modificações morfológicas, neuromusculares e
renais. fisiológicas, até alterações sociais e
Magnoni e Cukier citados por Kantikas comportamentais (Dias e Colaboradores,
(2007) afirmam que a orientação dietética 2005).
individualizada é defendida por nutricionistas a Conforme Dias e Colaboradores
fim de se obter refeições adequadas e (2005), uma das principais adaptações
equilibradas, somando-se a prática da relatadas pela literatura associada à prática do
atividade física também orientada e regular, treinamento com pesos tem sido o aumento
pois tais ações podem levar a resultados nos níveis de força muscular. Essa adaptação
satisfatórios sob vários aspectos. A falta de parece estar relacionada à pelo menos dois
informação e a influência de produtos fatores denominados de adaptações neurais e
“mágicos” que prometem maior rendimento hipertrofia muscular.
levam a um extremismo dietético prejudicial ao Na maioria dos estudos disponíveis na
treinamento e aos resultados esperados pelos literatura, um curto período de tempo é o
praticantes de musculação. suficiente para provocar ganhos significantes
Outro problema associado ao uso de de força muscular, tanto em homens quanto
suplementos é a presença de esteróides sem em mulheres. Isso ocorre devido à melhoria do
que este fosse indicado em seus rótulos. Um ajuste neural intra e intermuscular durante a
estudo feito pelo COI mostra que 634 execução do movimento. Acredita-se que tais
suplementos analisados pelo Laboratório adaptações estejam atreladas ao aumento do
Antidoping de Colônia, Alemanha, continham número de unidades motoras recrutadas, à
precursores de hormônios não relatados em melhoria da sincronização e freqüência de
seus rótulos e que poderiam gerar casos disparos das unidades motoras e a menor co-
positivos para dopping. Para os atletas ativação dos músculos antagonistas,
consumidores de suplementos, essa desencadeando maior produção de força
contaminação pode gerar um grande prejuízo, durante as fases iniciais do treinamento (Dias
por essa razão os profissionais devem ter e Colaboradores, 2005).
precaução na prescrição deste tipo de produto Com relação à alimentação, a
(Carvalho e Colaboradores, 2003). quantidade e o tipo de proteína ou de
aminoácido, fornecidos após o exercício,
EFEITO NO EXERCÍCIO DE FORÇA/ influenciam a síntese protéica (Wolf citado por
HIPERTROFIA MUSCULAR Haraguchi, Abreu e De Paula, 2006).
Van Loon e Colaboradores citados por
De acordo com Bacurau (2007), o Haraguchi, Abreu e de Paula (2006)
aumento da massa muscular em função do demonstraram que a ingestão de uma solução,
treinamento com sobrecargas ocorre por contendo proteínas do soro do leite e
causa de um maior estímulo ao processo de carboidratos, aumentou significativamente as
síntese protéica, em relação ao de concentrações plasmáticas de 7 aminoácidos
degradação, tanto durante como após o treino. essenciais, incluindo os BCAA (leucina,
A primeira adaptação ao se iniciar o isoleucina e valina), em comparação à
treinamento de força se chama hipertrofia caseína, processo essencial à síntese protéica
sarcoplasmática, devido o aumento de massa e posterior hipertrofia muscular.
muscular por elevação do conteúdo de A vantagem do whey protein sobre o
nutrientes (glicogênio e creatina) e água. ganho de massa muscular está relacionada ao
Ocorre nessa fase, uma elevação da massa perfil de aminoácidos, principalmente de
muscular sem efetivamente ocorrer aumento leucina, que tem sido associada ao processo
de força. Já na segunda adaptação, ocorre de ativação da iniciação da síntese protéica.
com o aumento da miofibrilas, tendo apenas Anthony e Colaboradores (2001) sugerem que

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
301

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

este aminoácido tem um papel fundamental no proteínas do soro de leite 90 minutos antes
processo de fosforilação de proteínas que dão das refeições, apresentavam uma redução
início à tradução do RNA mensageiro (RNAm) significativa do apetite, com isso diminuía a
para a síntese global de proteínas. ingestão energética e se sentiam saciados.
Além disso, Ha e Zemel (2003), Essa percepção, apesar de subjetiva, estava
afirmam que o perfil de aminoácidos das relacionada às maiores concentrações
proteínas do soro é semelhante ao do músculo sanguíneas de CCK (colecistoquinina) e do
esquelético, fornecendo quase todos os peptídeo similar ao glucagon (GLP-1),
aminoácidos em proporção similar às do hormônios intestinais supressores do apetite,
mesmo. Dessa forma, os autores classificam geradas pela ingestão da solução contendo as
as proteínas do soro do leite como um efetivo proteínas do soro. Esse resultado foi
suplemento anabólico. comparado à ingestão de caseína, que não
Por fim, a rápida absorção intestinal de proporcionou o mesmo efeito.
seus aminoácidos e peptídeos, que promovem O whey protein ainda apresenta outra
elevação nas concentrações de aminoácidos vantagem sobre a redução de gordura
no plasma, e sua ação sobre a liberação de corporal, que é o fato de ser rico em cálcio.
hormônios anabólicos, como a insulina, são Quando aumentado na dieta, o cálcio reduz as
outros fatores que demonstram a vantagem do concentrações de hormônios calcitrópicos,
whey protein sobre o ganho de massa que, em altas concentrações, estimula a
muscular (Haraguchi, Abreu e De Paula, 2006; transferência de cálcio para os adipócitos, o
Pacheco e Colaboradores, 2005). que proporciona lipogênese e redução da
Segundo Bacurau (2007), o processo lipólise. Portanto, a supressão dos hormônios
de crescimento muscular implica calcitrópicos, mediada pelo cálcio dietético,
obrigatoriamente em acúmulo de proteínas na pode ajudar a reduzir a deposição de gorduras
musculatura (contráteis e estruturais). Esse nos tecidos adiposos (Zemel citado por
acúmulo pode ocorrer por dois processos Haraguchi, Abreu e De Paula, 2006).
independentes: aumentar o processo de
síntese protéica; promover o aumento do PROCESSO DE FADIGA MUSCULAR
conteúdo de proteínas nas fibras musculares
pela diminuição do processo de degradação De acordo com Davis citado por Rossi
de proteínas. e Tirapegui (1999), a fadiga pode ser
A prática esportiva gera respostas inicialmente definida como o conjunto de
adaptativas ao exercício sendo especificas ao manifestações produzidas por trabalho ou
estimulo do treinamento. Essas respostas exercício prolongado, tendo como
também dependem da ingestão adequada de conseqüência a diminuição da capacidade
proteínas por meio da dieta, mas isso não quer funcional de manter ou continuar o rendimento
dizer que o aumento da ingestão, em níveis esperado. Fisiologicamente, o termo fadiga
acima do recomendado, acelere o vem sendo definido em inúmeros trabalhos da
desenvolvimento do músculo (Bacurau, 2007). área como a “incapacidade para manter o
poder de rendimento”, tanto em exercícios de
REDUÇÃO DA GORDURA CORPORAL resistência, como em estados de
hipertreinamento.
Atletas, principalmente de culturismo, Para Hogan citado por Fleck e
e pessoas fisicamente ativas geralmente Kraemer (2006), a fadiga extrema é quando
procuram manter um percentual baixo de ocorre, em parte, o acúmulo de acido lático. A
gordura corporal, seja com o objetivo de quebra do acido lático no músculo, produzindo
melhorar o desempenho físico ou apenas para lactato e íons de hidrogênio, provoca o
o bem estar físico e mental. Estudos aumento da concentração destes elementos
comprovam que as proteínas do soro no músculo e no sangue. A quebra do acido
favorecem o processo de redução da gordura lático causa um aumento do nível de ácido do
corporal (Haraguchi, Abreu e De Paula, 2006; organismo e um decréscimo no pH que, no
Maestá e Colaboradores, 2000). exercício intenso, pode chegar a 6,9 enquanto
Conforme Hall e Colaboradores citados por em repouso é de 7,4. Acredita-se que esta
Haraguchi, Abreu e De Paula (2006), foi diminuição do pH, o aumento da concentração
+
demonstrado que quando voluntários ingeriam de íons H e o aumento da concentração de

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
302

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

lactato sejam os principais responsáveis pela síntese de glutationa, que por sua vez estimula
fadiga. os linfócitos, que produzem imunoglobulinas.
O whey protein é capaz de amenizar o A ação imunoestimulatória tem sido
processo de fadiga, que gera estresse demonstrada pelas proteínas que compõem o
oxidativo ao organismo. As proteínas de soro soro – imunoglobulinas, lactoferrina,
de leite parecem ser as únicas com lactoperoxidase e glicomacropeptídeo – pois
propriedade de aumentar a resposta imune estimulam a formação de anticorpos. A
através de uma maior produção de glutationa lactoferrina, por exemplo, inibe a proliferação e
celular e esse peptídeo composto de o crescimento de bactérias gran-positivas e
glutamato, glicina e cisteína tem como função gran-negativas, bem como leveduras, fungos e
metabólica ser antioxidante celular, protozoários, por quelar o ferro disponível no
protegendo contra efeitos deletérios de ambiente (Sgarbieri, 2004).
radicais livres (Pacheco e Colaboradores,
2005; Lands, Grey e Smountas, 1999). CONCLUSÃO
As espécies reativas de oxigênio
(EROs) ou radicais livres têm sua produção De acordo com a literatura revisada, a
aumentadas durante o exercício físico, que ingestão de proteína do soro do leite, após
também promove lesão muscular e exercícios com pesos, atividade mais eficiente
inflamação. Dessa forma, alguns nutrientes para o ganho de massa muscular, e orientada
são pontuais no período de recuperação, entre por um profissional especializado, favorece a
eles as proteínas do soro do leite pelas suas recuperação e a síntese protéica muscular,
propriedades antioxidantes (Cruzat e melhorando a resposta anabólica ao exercício
Colaboradores, 2007). de força, reduzindo a fadiga e a gordura
Em estudo de Lands e Colaboradores corporal. Entretanto, alguns autores relatam
citado por Haraguchi, Abreu e De Paula efeitos deletérios relacionados ao consumo do
(2006), foi observado que nos grupos suplemento protéico em doses superiores à
suplementados com proteínas concentradas recomendação, como os problemas hepáticos
do soro houve picos de potência e capacidade e renais, além da contaminação por esteróides
do trabalho, porém não tiveram alteração no sem indicação nos rótulos. O whey protein
grupo placebo. Houve também um aumento na também apresenta componentes importantes
concentração de glutationa no grupo para a melhora do sistema imune.
suplementado e novamente não teve
alterações no grupo placebo. REFERÊNCIAS

BENEFÍCIOS AO SISTEMA IMUNE 1- Anthony, J. C.; Anthony, T. G.; Kimball, S.


R.; Jefferson, L. S. Signaling Pathways
De acordo com Pacheco e Involved in Translational Control of Protein
Colaboradores (2006), as proteínas do soro do Synthesis in Skeletal Muscle by Leucine.
leite tem sido apontadas como nutrientes com Journal of Nutrition. Pennsylvania. Vol. 131.
atividade funcional, capazes de modular Núm. 3. 2001. p. 856-860.
algumas respostas fisiológicas no organismo.
Estudos têm comprovado a eficácia do whey 2- Antunes, J. A. Funcionalidade de Proteínas
protein no aumento da resposta do Soro de Leite Bovino. Barueri. Manole.
imunomodulatória, aumento no combate a 2003.
infecções e processos inflamatórios, ação
antibacteriana e antiviral, estímulo da 3- Bacurau, R. F. P. Nutrição e Suplementação
absorção e função intestinal, além de efeito Esportiva: Proteínas e Exercício de Força. 2ª
citoprotetor a partir da promoção de glutationa. ed. São Paulo. Phorte. 2001.
Sgarbieri (2004) afirma que o poder
imunomodulador do whey protein se deve à 4- Bacurau, R. F. P. Nutrição e Suplementação
grande concentração de imunoglobulinas (IgG Esportiva: Exercício de força. 5ª ed. São
e IgA), que oferecem efeito protetor. Além Paulo. Phorte. 2007. p. 78-93.
disso, o autor se refere à capacidade das
proteínas do soro do leite em estimular a 5- Bacurau, R.F.P.; Navarro, F.; Uchida, M.C.;
Rosa, L.F.B.P. Hiperplasia Hipertrofia:

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
303

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

Fisiologia, Nutrição e Treinamento do 13- Haraguchi, F.K.; Abreu, W.C.; De Paula, H.


Crescimento Muscular. 1ª ed. São Paulo. Proteínas do Soro de Leite: Composição,
Phorte. 2001. p. 52-57. Propriedades Nutricionais, Aplicações no
Esporte e Benefícios para a Saúde Humana.
6- Capitani, C.D.; Pacheco, M.T.B.; Gumerato, Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 19. Núm.
H.F.; Vitali, A.; Schmidt, F.L. Recuperação de 4. 2006. p. 479-488.
Proteínas do Soro de Leite por Meio de
Coacervação com Polissacarídeo. Pesquisa 14- Hirschbruch, M.D.; Carvalho, J.R. Nutrição
Agropecuária Brasileira. Brasília. Vol. 40. Núm. Esportiva: Uma Visão Prática. 2ª ed. São
11. 2005. p. 1123-1128. Paulo. Manole. 2008. p. 40-45.

7- Carvalho, T.; Rodrigues, T.; Meyer, F.; 15- Kantikas, M.G.L. Avaliação do Uso de
Lancha Junior, A.H.; De Rose, E.H. Suplementos Nutricionais à base de Soro
Modificações Dietéticas, Reposição Hídrica, Bovino pelos Praticantes de Musculação em
Suplementos Alimentares e Drogas: Academias da Cidade de Curitiba-PR.
Comprovação de Ação Ergogênica e Dissertação de Mestrado. Curitiba.
Potenciais Riscos para a Saúde. Sociedade Universidade Federal do Paraná. 2007.
Brasileira de Medicina do Esporte. São Paulo.
Vol. 9. Núm. 2. 2003. p. 57-68. 16- Lands, L.C.; Grey, V.L.; Smountas, A.A.
Effect of Supplementation With Cysteine Donor
8- Cribb, P.J.; Williams, D.A.; Carey, F.M.; on Muscular Performance. Journal of Applied
Hayes, A. The Effect of Whey Isolate and Physiology. Montreal. Vol. 87. Núm. 4. 1999. p.
Resistance Training on Strength, Body 1381-1385.
Composition and Plasma Glutamine.
International Journal of Sport Nutrition and 17- Maestá, N.; Cyrino, E.S.; Angeleli, A.Y.O.;
Exercise Metabolism. Melbourne Victoria. Vol. Burini, R.C. Efeito da Oferta Dietética de
16. Núm. 5. 2006. p. 494-509. Proteína sobre o Ganho Muscular, Balanço
Nitrogenado e Cinética de 15 N-Glicina de
9- Cruzat, V.F.; Rogero, M.M.; Borges, M.C.; Atletas em Treinamento de Musculação.
Tirapegui, J. Aspectos Atuais sobre Estresse Revista Brasileira de Medicina do Esporte. São
Oxidativo, Exercícios Físicos e Paulo. Vol. 14. Núm. 3. 2008. p. 215-220.
Suplementação. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte. São Paulo. Vol. 13. Núm. 18- Maestá, N.; Cyrino, E.S.; Nardo Junior, N.;
5. 2007. p. 336-342. Morelli, M.Y.G.; Santarém Sobrinho, J.M.;
Burini, R.C. Antropometria de Atletas
10- Dias, R.M.R.; Cyrino, E.S.; Salvador, E.P.; Culturistas em Relação à Referência
Nakamura, F.Y.; Pina, F.L.C.; Oliveira, A.R. Populacional. Revista de Nutrição. Campinas.
Impacto de Oito Semanas de Treinamento Vol. 13. Núm. 2. 2000. p. 135-141.
com Pesos sobre a Força Muscular de
Homens e Mulheres. Revista Brasileira de 19- Maughan, R.J.; Burke, L.M. Nutrição
Medicina do Esporte. São Paulo. Vol. 11. Núm. Esportiva: Proteinas e Aminoácidos
4. 2005. p. 224-228. Necessários aos Atletas.1ª ed. Porto Alegre.
Artmed. 2004. p. 37-43.
11- Fleck, S.J.; Kraemer, W.J. Fundamentos
do Treinamento de Força Muscular. 3ª ed. 20- Morais, R.; Medeiros, R.R.; Liberali, R.
Porto Alegre. Artmed. 2006. p. 61. Eficácia da Suplementação de Proteínas no
Treinamento de Força. Revista Brasileira de
12- Ha, E.; Zemel, M.B. Functional Properties Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 2. Núm.
of Whey, Whey Components, and Essential 11. 2008. p. 277-287.
Amino Acids: Mechanisms Underlying Health
Benefits for Active People. Journal of 21- Oliveira, P.V.; Baptista, L.; Moreira, F.;
Nutritional Biochemistry. Amsterdam. Vol. 14. Lancha Junior, H.A. Correlação entre a
Núm. 5. 2003. p. 251-258. Suplementação de Proteína e Carboidrato e
Variáveis Antropométricas e de Força em
Indivíduos Submetidos a um Programa de

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.
304

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva


ISSN 1981-9927 versão eletrônica
Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

Treinamento com Pesos. Revista Brasileira de


Medicina do Esporte. São Paulo. Vol. 12. Núm.
1. 2006. p. 51-54.

22- Pacheco, M.T.B.; Bighetti, E.; Antônio, M.;


Carvalho, J.E.; Rosaneli, C.F.; Sgarbieri, V.C.
Efeito de um Hidrolisado de Proteínas de Soro
de Leite e de seus Peptídeos na Proteção de
Lesões Ulcerativas da Mucosa Gástrica de
Ratos. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 19.
Núm. 1. 2006. p. 47-55.

23- Pacheco, M.T.B.; Dias, N.F.G.; Baldini,


V.L.S.; Tanikawa, C.; Sgarbieri, V.C.
Propriedades Funcionais de Hidrolisados a
partir de Concentrados Protéicos de Soro de
Leite. Ciência e Tecnologia de Alimentos.
Campinas. Vol. 25. Núm. 2. 2005. p. 333-338.

24- Panza, V.P.; Coelho, M.S.P.H.; Di Pietro,


P.F.; Assis, M.A.A.; Vasconcelos, F.A.G.
Consumo Alimentar de Atletas: Reflexões
sobre Recomendações Nutricionais, Hábitos
Alimentares e Métodos para Avaliação do
Gasto e Consumo Energéticos. Revista de
Nutrição. Campinas. Vol. 20. Núm. 6. 2007. p.
683-684.

25- Rossi, L.; Tirapegui, J. Aspectos Atuais


sobre Exercício Físico, Fadiga e Nutrição.
Revista Paulista de Educação Física. São
Paulo. Vol. 13. Núm. 1. 1999. p. 67-82.

26- Sgarbieri, V.C. Propriedades Fisiológicas-


Funcionais das Proteínas do Soro de Leite.
Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 17. Núm.
4. 2004. p. 397-409.

Recebido para publicação em 26/07/2009


Aceito em 26/08/2009

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.

Você também pode gostar