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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
SAÚDE
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2012 – Portal Educação
Todos os direitos reservados
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-282-4
1. Avaliação nutricional. 2. Nutrição – Avaliação. I. Portal Educação. II.
Título.
CDD 612.3
SUMÁRIO
5
1 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
FIGURA 1
A Avaliação Nutricional é realizada por meio de métodos diretos e indiretos, que são
complementares entre si e não há um único que possa ser considerado completo por si só, por
isso devem ser interpretados conjuntamente.
Os métodos utilizados para a realização da avaliação nutricional são os métodos
diretos e métodos indiretos. Os métodos diretos são aqueles que exploram as manifestações
biológicas do organismo humano, por meio de análises antropométricas, bioquímicas e clínicas.
Os métodos indiretos são aqueles que poderão ser determinantes da situação de nutrição e
alimentação dos indivíduos, por meio de dados de consumo alimentar, estatísticas vitais e
socioeconômicas. A tabela mostra os métodos de avaliação nutricional.
9
Devem ser investigados os aspectos importantes que podem afetar a aderência ao
tratamento. Na História Social deve conter:
» Nome completo do paciente;
» Idade e Sexo;
» Estado Civil;
» Profissão ou Ocupação;
» Número de componentes na família, tipo de moradia, renda familiar;
» Vícios, como drogas, álcool (etilismo) e fumo (tabagismo);
» Atividade Física (tipo, frequência e duração).
TABELA 2
Vantagens Desvantagens
Fácil e rápido de ser aplicado Depende da memória
Requer treinamento do investigador para evitar
Baixo custo
indução
Quando realizado em série, fornece A ingestão prévia das últimas 24 horas pode ser 12
estimativas da ingestão usual do indivíduo atípica
Não altera a dieta usual Bebidas e lanches tendem a ser omitidos
Pode ser utilizado em grupos de baixo nível Não fornece dados quantitativos precisos sobre a
de escolaridade ingestão de nutrientes
Pode ser usado para estimar o valor
Não reflete as diferenças entre a ingestão de dias
energético total da dieta e a ingestão de
da semana e o final de semana
macronutrientes
- Pode ocorrer sub ou superestimação
FONTE: Cuppari, 2005.
- A subestimação é comum 13
Tríceps
Observar sobra de pele sobre o braço.
A palpação da região do tríceps e bíceps fornece dados sobre a intensidade da perda
de gordura. Visualizar os tendões do músculo tricipital representa importante perda de gordura
subcutânea.
Nos idosos a inspeção da sobra da pele deve ser completada pela palpação, a fim de
não se confundir a perda da elasticidade cutânea com a perda de gordura subcutânea, sentindo
por meio da palpação do tecido adiposo.
Ombro
A aparência retangular dos ombros em virtude da visualização da clavícula é sinal de
perda significativa de gordura, como também da musculatura da região.
Posicione os braços do paciente para baixo, ao lado do corpo.
Deve ser possível pinçar o tecido muscular da junção do ombro.
Quadríceps
Embora não seja tão sensível quanto os grupos musculares da parte superior do corpo,
ele também pode ser examinado para avaliar a deterioração muscular. 17
Posicionar o paciente sentado, pinçar o quadríceps para diferenciar tecido muscular do
gorduroso. Na palpação deve-se avaliar o volume da massa muscular assim como o seu tônus.
A perda do tônus muscular pode ser trazida pela sensação de empastamento da musculatura (*
importante excluir os fatores comuns que levam à atrofia muscular, como as alterações
neurológicas).
Têmporas
Para visualizar este músculo, vire a cabeça do paciente para o lado (em alguns casos,
esta região é mais bem observada de frente).
Edema
A presença de líquido no espaço extravascular é avaliada pela presença de edema na
região do tornozelo e na região sacral, para aqueles que permanecem a maior parte do tempo
acamado. Quanto maior o cacifo, maior será o edema.
A ASG é um método de fácil execução e pode ser realizado por todos os profissionais
da equipe multidisciplinar. Ao mesclar informações sobre alterações de peso, ingestão alimentar,
sintomas gastrintestinais, ser indicador de pacientes que possam sofrer maior risco de
complicações associados ao estado nutricional, a ASG pode ser classificada como um
instrumento tanto prognóstico quanto diagnóstico.
Ao final do módulo, encontram-se em anexo parâmetros para avaliação do estado
nutricional e exame físico para a realização da ASG.
18
4 ANTROPOMETRIA
O peso é a soma dos componentes corpóreos e reflete o equilíbrio das reservas totais
de energia do corpo. Mudanças no peso refletem alterações no equilíbrio entre ingestão e
consumo de nutriente.
FIGURA 3
21
- Assim que a agulha do braço e o fiel estiverem nivelados, travar a balança novamente
e realizar a leitura de frente para o equipamento.
FIGURA 5
O peso corpóreo pode ser medido por três formas: peso teórico ou ideal, peso habitual
ou usual e peso atual. A seguir, veremos como é realizado o cálculo do peso corporal por meio
desses três tipos citados anteriormente.
4.2 PESO TEÓRICO OU IDEAL (PT)
É aquele peso que o indivíduo deveria ter de acordo com sexo, altura e estrutura
óssea. O método mais utilizado para o cálculo do peso ideal é o Índice de Massa Corporal (IMC).
HOMEM = altura x 22
O cálculo do peso teórico ou ideal também pode ser calculado pelo biótipo, levando em
consideração o sexo e a altura (cm). Dessa forma, o paciente pode ser classificado em
Brevilíneo (tórax largo e membros curtos), Normolíneo (apresenta harmonia entre tórax e
membros) e Longilíneo (apresenta escassez de tecido subcutâneo e musculatura, sendo alto e
esguio). O cálculo do peso teórico ou ideal por meio do biótipo é realizado conforme tabela
abaixo.
TABELA 5 - CÁLCULO DO PESO TEÓRICO SEGUNDO BIÓTIPO
Biótipo Homens (Variação Peso) Mulheres (Variação Peso)
Brevelíneo h-100 até (h-100)-5% (h-100)-5% até (h-100)-10%
Normolíneo (h-100)-5% até (h-100)-10% (h-100)-10% até (h-100)-15%
Longilíneo (h-100)-10% até (h-100)-15% (h-100)-15% até (h-100)-20%
* h = altura (cm). FONTE: Augusto, 1999 apud Duarte, 2007.
23
4.2.1 Compleição Corporal
A estimativa de peso ideal pela compleição é realizada pela relação (r) entre a
circunferência do punho (cm) do braço não dominante e a altura (cm), obtida por meio da
fórmula:
FONTE: Chumlea, 1985 apud Cuppari, 2005. Onde: CP – circunferência da panturrilha; AJ – altura do joelho; CB –
circunferência do braço; PCSE – prega cutânea subescapular.
26
Após a obtenção do peso ideal e do peso atual é realizada a adequação de peso. A
adequação de peso indicará quanto adequado ou inadequado está o peso atual do indivíduo em
relação ao peso ideal.
A adequação de peso é calculada a partir da fórmula:
peso ideal
27
100
28
4.2.4 Estimativa de Peso - Pacientes com Edema e/ou Ascite
Para que os dados de peso sejam mais precisos em pacientes edemaciados e/ou
ascíticos (apresentam retenção hídrica), deve-se descontar do peso atual os valores
apresentados nas tabelas seguintes para edema e ascite, respectivamente, para que seja obtido
o peso “seco”.
29
peso usual
30
Medindo crianças maiores de 2 anos e adultos:
FIGURA 6
FIGURA 7
31
FIGURA 9
32
FIGURA 10
FIGURA 11
33
Para a estimativa de estatura utiliza-se a altura do joelho (AJ), que com o paciente
sentado com os pés apoiados no chão ou em posição supina, mede-se a altura do joelho em
relação à altura do chão, a partir do ponto ósseo externo logo abaixo da rótula (cabeça da tíbia)
até a superfície do chão.
FIGURA 12
34
2ª - Esta medida é utilizada para pacientes que possuem alguma deformidade em uma
das extremidades ou presença de acesso venoso: com um dos braços estendido na altura do
ombro, medir a distância da ponta do dedo médio até o esterno, multiplicar o valor obtido por 2,
obtendo assim a altura estimada.
É utilizada nos casos em que o paciente não consegue dobrar o joelho para fazer a 35
altura do joelho ou com incapacidade de movimento dos braços.
Medida realizada com o indivíduo no leito. Posiciona-se o avaliado em posição supina,
com o leito completamente na posição horizontal. Fazer marcas no lençol na altura do topo da
cabeça e da base do pé e medir comprimento entre as marcas, utilizando fita métrica.
6 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
FIGURA 13
40
41
FIGURA 14
43
44
45
46
47
circunferência do quadril
TABELA 18 - RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS POR MEIO DA RAZÃO
CINTURA-QUADRIL
Risco de desenvolvimento de Homens Mulheres
doenças >1 0,85
FONTE: Pessoal do autor.
A utilização da medida da cintura isolada é muito comum para avaliar melhor o tecido 48
adiposo abdominal visceral quando comparado à razão cintura-quadril. Dessa forma, a medida
da circunferência da cintura deve ser realizada com o indivíduo em pé, utilizando uma fita
métrica que deve circundar o paciente no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca
(aproximadamente dois dedos acima do umbigo), conforme mostra a Figura.
O ponto médio do braço é obtido a partir da mensuração com uma fita métrica
apropriada da distância do acrômio até o olécrano. O braço deve formar um ângulo de 90º e
deve estar flexionado em direção ao tórax.
Após a localização do ponto médio, obtém a circunferência do braço. O braço deve
ficar estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. Com a fita métrica,
contornar o ponto marcado, evitando a compressão da pele, de forma que a medida fique 50
ajustada, conforme mostra a Figura.
CB percentil 50
51
Este parâmetro avalia a reserva de tecido muscular, no entanto, não corrige a área
óssea. É obtida a partir dos valores da circunferência do braço e da prega cutânea tricipital por
meio da equação:
CMB percentil 50
TABELA 21 - ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO A CIRCUNFERÊNCIA
MUSCULAR DO BRAÇO
Desnutrição Desnutrição Desnutrição
Eutrofia
Grave Moderada Leve
CMB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90%
Esse parâmetro avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea. Dessa
forma, reflete adequadamente as mudanças do tecido muscular. É obtida por meio das fórmulas:
4 x 3,14
Cescorf® Lange®
55
1. O ponteiro indicador “PA” (relógio maior) e “PB” (relógio menor) deverão estar
sobre o número 0.
2. O deslocamento do “PA” deverá ser no sentido horário e do “PB” no sentido anti-
horário. Todos em uma medida crescente.
3. Cada divisão na escala de graduação “A” corresponde a 0,10 mm.
4. Cada divisão na escala de graduação “B” corresponde a uma volta completa, ou
seja, 10,0 mm.
Você tem dificuldade em realizar a leitura dos ponteiros do adipômetro? A Sanny
(www.sanny.com.br) possui um “Teste de Leitura do Adipômetro” e com ele você pode
treinar a leitura das dobras cutâneas. Acesse o link abaixo e quando a janela de
download de arquivos aparecer, clique em “executar”.
http://www.sanny.com.br/downloads//mat_cientificos/LEITURA.EXE
56
8.3.7 Dobra Cutânea Tricipital – DCT
PCT percentil 50
A aferição deve ser feita no mesmo nível da dobra tricipital, na parte anterior do braço.
Segurar a dobra na posição vertical e pinçá-la. É utilizada em equações de predição de gordura
corporal.
Obtida na direção oblíqua, sobre a linha média axilar no ponto em que se encontra logo
acima da crista ilíaca, na posição diagonal.
58
Medida logo abaixo do ângulo inferior da escápula, seguindo a orientação dos arcos
costais.
*Coeficientes elaborados de acordo com idade e gênero para cálculo da Densidade Corpórea. 59
DC
Os valores de referência de gordura corpórea para homens são de até 25% e para
mulheres de até 30% do peso corpóreo.
Para a obtenção da massa magra, subtrai-se a gordura corpórea do peso total do
indivíduo.
60
61
FIGURA 29
11.1 RECÉM-NASCIDO
Os fatores maternos que mais influenciam o crescimento fetal são: paridade, nível
socioeconômico, raça, altura, fumo, estado nutricional e hormônios. Por esse motivo, podemos 66
avaliar a condição do estado nutricional do recém-nascido por meio da idade gestacional,
descrita abaixo:
67
11.2 LACTENTE, PRÉ-ESCOLAR, ESCOLAR E ADOLESCENTE
FIGURA 30
FIGURA 31
68
FIGURA 32
- Mover os cursores da balança até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados.
- Travar a balança e realizar a leitura de frente para o equipamento, com os olhos no
mesmo nível da escala, a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores.
FIGURA 33
69
- Descrever as partes do equipamento: parte fixa, parte móvel, escala numérica, ponto
para leitura da medida.
FIGURA 34
- Enfatizar que o antropômetro deve estar apoiado em uma superfície plana, firme e
lisa.
- Ressaltar que a fita métrica de costura não deve ser utilizada, pois tende a esgarçar e
desgastar com o tempo, alterando, assim, a medida. Recomendar o uso de fita métrica
inelástica, que apresenta uma maior durabilidade.
- Deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre de
adereços.
FIGURA 35
70
FIGURA 36
71
- Pressionar, cuidadosamente os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de
modo que eles fiquem estendidos; juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a
parte móvel do equipamento até a planta dos pés, com cuidado para que não se mexam.
FIGURA 38
- Fazer a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não se moveu
da posição indicada.
FIGURA 39
72
FONTE:Pessoal do autor.
A medida de perímetro cefálico e torácico é realizada até os cinco anos de idade, pois
reflete o crescimento cerebral. Para a aferição dessa medida, utiliza-se uma fita métrica flexível e
inelástica. Deve-se medir posicionando a fita métrica, na parte anterior, as bordas
supraorbitárias, e, na parte posterior, a proeminência occipital em seu ponto mais saliente.
73
74
Os indicadores para avaliação do crescimento de crianças são:
» Peso por idade (P/I);
» Peso por altura (P/A) ou peso por estatura (P/E);
» Altura por idade (A/I).
estatura esperada
75
peso esperado
para altura
estatura observada)
no percentil 50
Você deverá procurar a coluna da estatura ignorando a idade. Depois, verificar qual o
peso adequado para a estatura, sendo esse o valor do peso esperado. A classificação é
realizada conforme tabela abaixo:
Reflete o crescimento linear alcançado para uma idade específica e valores abaixo do
esperado indicam déficits de longa duração, como consequência de agravos à saúde e de
natureza nutricional.
Com esses dados, Waterlow (1973) elaborou uma classificação do estado nutricional:
77
Estatura por idade (E/I)
estatura esperada
80
TABELA 33 - CLASSIFICAÇÃO DO IMC DE ACORDO COM PERCENTIS
A adolescência é a transição entre a infância e a vida adulta, por isso é marcada por
intensas modificações físicas, comportamentais e sociais. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde, compreende as idades entre 10 e 19 anos.
Caracteriza-se a puberdade por mudanças biológicas desencadeadas por estímulos
hormonais. A partir da atividade dos hormônios sexuais, as transformações físicas ocorridas são
diferentes entre meninos e meninas, que podem ser observadas diante do estirão do
crescimento.
São estabelecidos critérios de maturação sexual durante esse processo de estirão,
denominados Estágios de Tanner.
Os estágios de Tanner são numerados de 1 a 5 e consideram as mamas (M), pelos
pubianos (P) e a genitália masculina (G). A tabela apresenta as características puberais de
acordo com o sexo e os estágios de Tanner.
81
82
83
» Antropometria da Gestante
Peso pré-gestacional;
Peso atual;
Altura;
IMC pré-gestacional;
Circunferência do braço;
Adequação percentual de peso por estatura;
Circunferência muscular do braço;
Dobra cutânea tricipital.
12.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL E GESTACIONAL
altura2
Os valores para a classificação do estado nutricional pelo IMC para gestantes são
diferentes do habitualmente utilizado para indivíduos adultos:
O peso esperado para altura é obtido por meio de tabelas de referências de grupos
populacionais de adultos. A tabela utilizada nesse material é a Metropolitan Life (1959).
86
Entretanto, é necessário encontrar a compleição corporal da mulher, realizada da seguinte
forma:
circunferência
A partir desses dados, encontra-se o peso esperado para mulheres de acordo com a
altura e a compleição:
TABELA 37 - PESO ESPERADO PARA ALTURA
87
Este cálculo pode ser obtido pelo Nomograma de Rosso, em que se faz uma relação
entre o peso atual com a altura para encontrar a relação porcentagem P/A por meio de uma linha
diagonal.
O Ministério da Saúde sugeriu esse método durante muitos anos, porém, em 2000,
propôs a utilização da curva percentilar de ganho de peso que atualmente faz parte do cartão da
gestante e está em validação.
As críticas realizadas em decorrência do uso desse método devem-se ao fato de que
não permite avaliar o ganho de peso, apenas classifica a adequação de peso da gestante, mas,
é importante ressaltar que a sua utilização é válida para avaliar a populações em que a
prevalência de desnutrição é alta.
88
FIGURA 43 - NOMOGRAMA DE ROSSO
FONTE:Pessoal do autor.
12.2 CURVA DE ROSSO
89
Faixa A: baixo peso;
Faixa B: eutrofia;
Faixa C: sobrepeso;
Faixa D: obesidade.
Para que sua utilização seja adequada, a gestante deverá iniciar o período gestacional
eutrófica, limitando o uso da curva percentilar. Esse gráfico permite monitorar o pouco ou
excessivo ganho de peso, no entanto, gestantes que inicialmente estão nos extremos do estado
nutricional podem ser avaliadas erroneamente, uma vez que o gráfico considera o ganho de
peso até o momento e não o estado nutricional prévio. 90
O Chile em parceria com o Ministério da Saúde do país desenvolveu uma nova tabela
para avaliar o estado nutricional de gestantes com base no IMC específico para esse grupo, na
tentativa de minimizar e corrigir as falhas apresentadas por outros métodos de avaliação.
Entretanto, é um método não recomendado por órgãos oficiais brasileiros, mas muito aceito e
utilizado por profissionais de saúde. 91
Para facilitar a determinação do IMC é utilizado um nomograma específico em que
correlacionam-se a altura (com o auxílio de uma régua) e o peso da gestante para obtenção do
IMC por meio da coluna central representada abaixo.
92
93
» Antropometria do Idoso
Peso (caso haja impossibilidade de medir o peso, utilizar a estimativa de peso);
Altura (caso haja impossibilidade de aferir a altura, utilizar altura do joelho ou
envergadura do braço);
IMC;
Circunferência do Braço;
Dobras cutâneas tricipital e subescapular;
Circunferência da Cintura;
Circunferência do Quadril;
Circunferência da Panturrilha;
Circunferência Muscular do Braço;
Área Muscular do Braço;
Bioimpedância elétrica.
O peso apresenta um declínio com a idade, variando conforme o sexo. Dados da OMS
mostram que o ganho de peso de homens tende a atingir o efeito platô aos 65 anos e em
mulheres esse efeito ocorre aos 75 anos. Logo após, o peso tende a diminuir em ambos os
sexos. Caso o paciente esteja impossibilitado de medir o peso, utiliza-se a estimativa de peso
proposta por Chumlea et al. (1985). Quando não há possibilidade de mensurar ou estimar o peso 95
corporal, o valor do peso habitual pode ser utilizado.
Altura
A altura tende a diminuir com o avanço da idade em função do achatamento dos discos
intervertebrais. Estima-se um declínio de 0,5 a 2 cm/década, embora ainda não haja um
consenso a respeito desses valores. A impossibilidade de aferição da altura faz com que sejam
utilizados métodos alternativos como a altura do joelho e extensão dos braços.
Circunferência da Panturrilha
A circunferência da panturrilha é a medida mais sensível de massa muscular no idoso,
pois indica alterações na massa magra que ocorrem com a idade e com a diminuição de
atividade física. Essa medida pode ser realizada com o indivíduo deitado em posição supina ou
sentado.
Técnica no indivíduo sentado: o indivíduo deve sentar e com a perna esquerda formar
um ângulo de 90º com o joelho. O examinador agachado do lado esquerdo do paciente mensura
a maior porção da região da panturrilha sem comprimi-la. A aferição em posição supina é 96
realizada com o indivíduo deitado com a perna esquerda formando um ângulo de 90º com o
joelho.
Os idosos constituem um grupo vulnerável em razão das alterações que ocorrem com
o processo de envelhecimento, por isso a avaliação nutricional é importante para identificar
distúrbios e realizar a intervenção nutricional adequada.
A miniavaliação vem sendo utilizada como método de avaliação nutricional para
detectar precocemente a desnutrição em idosos. Quer saber mais? Leia o artigo
“Miniavaliação nutricional como indicador de diagnóstico em idosos de
asilos”, clicando no link a seguir:
http://www.sbnpe.com.br/revista/V21-N3-38.pdf
97
TABELA 40
98
Padrão de referência para dobra cutânea tricipital (DCT) e circunferência muscular do braço (CMB) para idosos de
acordo com NHANES III, 1991.
TABELA 41
99
101
102
103
TABELA 45
104
TABELA 46
105
106
107
108
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ANEXOS
ANEXO I
113
PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO - CB
114
PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO – CMB
115
PERCENTIS DA ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA – AMBc
116
PERCENTIS DA ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO
117
PERCENTIS PARA DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL
118
PORCENTAGEM ESTIMADA DA GORDURA CORPÓREA OBTIDA PELA SOMA DAS
QUATRO DOBRAS CUTÂNEAS (BICIPITAL, TRICIPITAL, SUBESCAPULAR E
SUPRAILÍACA)
119
ANEXO II
CURVAS DE CRESCIMENTO NCHS COM OS PERCENTIS (3, 5, 10, 25, 50, 75, 90, 95
E 97)
120
Percentil peso por idade – Meninos do nascimento aos 36 meses
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart01.pdf
Observação: A tabela está disposta em Microsoft Office Excel. Para diferenciar o sexo
masculino do feminino, valores utilizados como 1 (= meninos) e valores utilizados como 2 (=
meninas). Os arquivos estão em Percentil e Escore-Z, você pode optar por realizar o download
de ambos. Abaixo, segue a página do CDC e o nome dos arquivos para que você realize
download das tabelas.
Acessar: http://www.cdc.gov/growthcharts/data_tables.htm 122
127
Circunferência Cefálica por idade – Meninas do nascimento aos 5 anos
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_hcfa_girls_p_0_5.pdf
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_ssfa_girls_p_3_5.pdf
128
Índice de Massa Corporal – Meninos de 5 a 19 anos
http://www.who.int/growthref/cht_bmifa_boys_perc_5_19years.pdf
130
Circunferência do Braço para a idade – Meninas de 3 meses a 5 anos
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/acfa_girls_3_5_percentiles.pdf
131