Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TREINAMENTO RESISTIDO
E GORDURA CORPORAL: UMA REVISÃO
VITÓRIA – ES
2017
RAMON DE SOUZA GUMIERO
TREINAMENTO RESISTIDO
E GORDURA CORPORAL: UMA REVISÃO
VITÓRIA – ES
2017
1
RAMON DE SOUZA GUMIERO
TREINAMENTO RESISTIDO
E CORPORAL: UMA REVISÃO
Aprovada em de de 2017.
COMISSÃO EXAMINADORA
__________________________________________________
Prof. Dr. Lucas Guimarães Ferreira
Universidade Federal do Espírito Santo Orientador
__________________________________________________
Prof. Dr. André Soares Leopoldo
Universidade Federal do Espírito Santo
__________________________________________________
Prof. Alexandre Barroso Melo
Universidade Federal do Espírito Santo
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 5
2. METODOLOGIA ...................................................................................... 8
3. RESULTADO E DISCUSSÃO.................................................................. 9
4. CONCLUSÃO .......................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 16
ANEXO .................................................................................................... 22
3
RESUMO
4
1. INTRODUÇÃO
5
Além dos fatores citados acima, o treinamento de força também melhora a
sensibilidade à insulina (CUFF et al., 2003; CAUZA et al., 2005; DUNSTAN et al.,
2002; IBAÑEZ et al., 2005; LEE et al. 2012), o consumo de oxigênio (HARRIS et al.,
1987; PAOLI et al., 2010), densidade mineral óssea (PRUITT et al., 1992; LOHMAN
et al., 1995; MENKES et al., 1993), a taxa metabólica de repouso (DOLEZAL, 1998;
KRAEMER, 2004) e interfere no quociente respiratório, diretamente relacionado à
oxidação de lipídeos e carboidratos (PAOLI et al., 2012).
6
questionado (SCHROEDER et al., 2013; WEST et al., 2009; WEST et al., 2010;
WEST et al., 2012). O treinamento resistido também tem sido associado à redução
da gordura corporal e isso tem sido foco de alguns estudos. É o caso do estudo do
italiano Antonio Paoli e colaboradores que, em 2010, publicaram um artigo
comparando o efeito de três protocolos de circuito, entre outros fins, na composição
corporal. Como resultado, encontraram maiores reduções na massa de gordura para
o grupo que treinou o protocolo mais intenso. Embora o estudo contenha uma série
de limitações, como o método de análise da composição corporal, a redução de 6%
da massa de gordura instiga pensar no treinamento resistido como uma opção para
reduzir gordura corporal.
7
2. METODOLOGIA
8
3. RESULTADO E DISCUSSÃO
IBAÑEZ et al., 2005 não expressou o resultado utilizando massa (kg), mas sim
valores percentuais, e encontrou redução de 8,5% do somatório de dobras cutâneas,
-10,3% de gordura intra-abdominal e -11,2% de gordura subcutânea, num protocolo
de duas vezes na semana. Foram 9 idosos do sexo masculino, diabéticos do tipo 2.
Os treinos aconteciam duas vezes na semana com duração de 45-60 minutos e
intervalo de pelo menos dois dias entre as sessões. Nas oito primeiras semanas eles
seguiram um protocolo de 3 a 4 séries de 10 a 15 repetições a 50-70% de 1 RM em
cada exercício. Nas outras 8 semanas, foram 3 a 5 séries de 5 a 6 repetições a 70-
80% de 1 RM.
Dois dos trabalhos que apresentam resultados mais efetivos (CAUZA et al., 2015 &
VALENTE et al., 2011) contaram com protocolos de treinamento resistido que
utilizavam repetições máximas, ou seja, até a falha concêntrica, o que caracteriza
um método intenso de treinamento. Segundo um grupo inglês (STEELE et al., 2012)
9
treinar em alta intensidade é a chave para gerar adaptações fisiológicas no
organismo, independente da modalidade.
Neste caso, foram avaliados 40 indivíduos jovens e idosos por seis meses de
intervenção. O objetivo foi avaliar o efeito da idade e do gênero no treinamento
resistido e suas variações na taxa metabólica basal e composição corporal. O
protocolo consistiu em três sessões semanais, com treino de todos os principais
grupos musculares por sessão. As primeiras 12 semanas de treinamento consistiram
de 1 série para os exercícios de membros superiores e 2 para os de membros
inferiores. Após breve aquecimento os exercícios eram iniciados a uma carga
referente a 5 RM, e quando atingiam a quarta ou quinta repetição, a carga era
reduzida a fim de se realizar mais uma ou duas repetições. Assim, o participante
continuava até completar 15 repetições, sempre a uma cadência de 2 segundos na
fase concêntrica e 3 segundos na excêntrica. As outras 12 semanas eram realizados
os mesmos exercícios, porém com média de 15 repetições máximas. Como
resultado, não foi encontrada redução significativa na gordura corporal, avaliada por
DEXA.
LEMMEY et al., 2009 realizaram um estudo com frequência semanal baixa, mas com
uma intervenção de seis meses e encontraram resultados satisfatórios. Foram
analisados 28 indivíduos de meia idade com artrite reumatoide. Eles foram divididos
em dois grupos: o que treinou musculação e o que treinou apenas flexibilidade. Em
uma frequência de duas vezes na semana, os indivíduos treinavam os principais
10
grupos musculares em cada sessão de treinamento, com 3 séries de 8 repetições a
80% de 1RM, com intervalo de um a dois minutos.
A avaliação da gordura corporal foi feita por meio de DEXA e encontrou redução de
2,3 quilogramas para o grupo que treinou força. Além deste dado, foram
encontrados ganhos expressivos de força e de capacidade funcional, avaliada por
meio de testes específicos. Não foi uma redução numericamente muito expressiva,
porém o resultado foi estatisticamente significativo. Indivíduos com artrite reumatoide
tem uma série de disfunções por conta da alteração da composição corporal,
resultando em aumento da massa gorda e redução de massa magra
(WESTHOVENS et al., 1997).
11
estimulação na mobilização de ácidos graxos livres do tecido adiposo, no gasto
energético em repouso e na sensibilidade às catecolaminas (CRUZAT et al., 2008).
12
semanal, volume, intensidade e intervalos. Nestas semelhanças é possível encontrar
resultados bem distintos (CAMPBELL et al., 2009; LEMMEY et al., 2009).
13
exercícios, tempo de intervalo entre as séries, velocidade de execução dos
exercícios e frequência de treinamento.
14
4. CONCLUSÃO
15
REFERÊNCIAS
BORSHEIM, Elisabet; BAHR, Roald. Effect of exercise intensity, duration and mode
on post-exercise oxygen consumption. Sports Medicine, v. 33, n. 14, p. 1037-1060,
2003.
CAUZA, Edmund et al. The relative benefits of endurance and strength training
on the metabolic factors and muscle function of people with type 2 diabetes
mellitus. Archives of physical medicine and rehabilitation, v. 86, n. 8, p. 1527-1533,
2005.
16
DONGES, Cheyne E.; DUFFIELD, Rob. Effects of resistance or aerobic exercise
training on total and regional body composition in sedentary overweight
middle-aged adults. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, v. 37, n. 3, p.
499-509, 2012.
FRANCO, Celina et al. Growth hormone treatment reduces abdominal visceral fat in
postmenopausal women with abdominal obesity: a 12-month placebo-controlled
trial. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v. 90, n. 3, p. 1466-
1474, 2005.
17
HASKELL, William L. et al. Physical activity and public health: updated
recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the
American Heart Association. Circulation, v. 116, n. 9, p. 1081, 2007.
LEE, SoJung et al. Effects of aerobic versus resistance exercise without caloric
restriction on abdominal fat, intrahepatic lipid, and insulin sensitivity in obese
adolescent boys a randomized, controlled trial. Diabetes, v. 61, n. 11, p. 2787-2795,
2012.
LOHMAN, Timothy et al. Effects of resistance training on regional and total bone
mineral density in premenopausal women: a randomized prospective
study. Journal of Bone and Mineral Research, v. 10, n. 7, p. 1015-1024, 1995.
18
MENKES, A. et al. Strength training increases regional bone mineral density and
bone remodeling in middle-aged and older men. Journal of Applied Physiology, v. 74,
n. 5, p. 2478-2484, 1993.
NICKLAS, Barbara J. et al. Effects of resistance training with and without caloric
restriction on physical function and mobility in overweight and obese older
adults: a randomized controlled trial. The American journal of clinical nutrition, v.
101, n. 5, p. 991-999, 2015.
19
SCHROEDER, E. Todd et al. Are acute post-resistance exercise increases in
testosterone, growth hormone, and IGF-1 necessary to stimulate skeletal muscle
anabolism and hypertrophy?. Medicine and science in sports and exercise, v. 45,
n. 11, p. 2044-2051, 2013.
SCHUENKE, Mark D.; MIKAT, Richard P.; MCBRIDE, Jeffrey M. Effect of an acute
period of resistance exercise on excess post-exercise oxygen consumption:
implications for body mass management. European Journal of Applied
Physiology, v. 86, n. 5, p. 411-417, 2002.
STEELE, J., Fisher, J., McGuff, D., Bruce-Low, S., & Smith, D. (2012). Resistance
training to momentary muscular failure improves cardiovascular fitness in
humans: a review of acute physiological responses and chronic physiological
adaptations. J Exerc Physiol, 15, 53-80.
TROST, S.; WILCOX, A.; GILLIS, D. The effect of substrate utilization, manipulated
by nicotinic acid, on excess postexercise oxygen consumption.International journal
of sports medicine, v. 18, n. 02, p. 83-88, 1997.
21
ANEXO
Artigo Intervenção
Duração Avaliação
(Autor, Amostra Resultado Significativo
(meses) Frequência Modelo
Grupos Intensidade corporal
ano) semanal de TR
111 homens e
mulheres
Nicklas idosos 3x10 a 70% de -0,6+-1,5 kg G
et al., (obesos ou TR e TR + 1RM/1' de (TR) e -3,6+-2,8
2015 sobrepeso) 5 3x Global RC intervalo DEXA (TR+RC) +
41 mulheres
obesas,
Figueroa sedentárias, 2-3x18-22 D e D+TR (-kg
et al., pós Membros D, D + TR e repetições gordura); TR
2013 menopausa 3 3x inferiores TR submáximas DEXA (sem alteração) -
4x8-12
27 homens e repetições D (-1,7kg totais);
mulheres submáximas D+TR (-4kg
Avila et idosos (obeso (cadência na gord e -3kg
al., 2010 ou sobrepeso) 2,5 3x Global D e D + TR fase excêntrica) BOD POD totais) +
22
Artigo Intervenção
Duração Avaliação
(Autor, Amostra Resultado Significativo
(meses) Frequência Modelo
Grupos Intensidade corporal
ano) semanal de TR
16 mulheres
idosas pós
Campbell menopausa 3x8-12 a 80% de DC, Pesagem TR atenuou
et al., com Sedentário 1RM/1-2' de hidrostática e perda de massa
2009 sobrepeso 4 3x Global e TR intervalo Siri magra -
Chá,
36 mulheres Placebo,
Cardoso (~30 anos) Chá + TR e 3x10
et al., sedentárias e Placebo + submáximas/1' Bioimpedância Placebo + TR (-
2013 obesas 2 3x Global TR de intervalo e DC 3,2 kg gord) +
22 homens e
mulheres de RT (3-6x10-
meia idade, 15RM) e A (15- TR (-4kg
Cauza et diabéticos tipo TR a 30' a gordura) e A (-
al., 2005 2 4 3x Global Aeróbio 60%VO2máx) DC 2,5kg gordura) +
23
25
Artigo Intervenção
Duração Avaliação
(Autor, Amostra Resultado Significativo
(meses) Frequência Modelo de Grupos Intensidade corporal
ano) semanal treinamento
RT+Redução de TR+Redução de
29 idosos peso (3x8-10 a peso (-2,4 +-
(homens e Redução de 75-85% 2,8kg de
Dustan
mulheres) peso e 1RM/1,5-2'); gordura) e
et al., 6 Global DEXA -
sedentários, Redução de Redução de Redução de
2002
diabéticos tipo peso + TR peso (5' de bike peso (-2,1 +- -
2 e com + 30' 2,4kg de
sobrepeso 3x alongamento) gordura)
TR(3x10 a
78 indivíduos 70%1RM); -2% da massa
Dutheil com Síndrome TR+aeróbio, tr(3x10 a gorda total para
et al., Metabólica, 12 Global tr+AERÓBIO 30%1RM); A(90' DEXA o grupo que +
2013 entre 50-70 e tr+aeróbio; a 70%VO2pico); treinou TR ou A
anos (90' a 30% VO2 intensos
3 a 4x pico)
-1 kg gordura
Arenas 37 idosos TR, TR em para o grupo
et al., (homens e circuito ou que treinou em
2013 mulheres) 3 2x Global Controle 1-3x6RM DEXA circuito +
Schmitz
et al., 56 mulheres TR e -1,09kg gordura
2003 de meia idade 3,75 2x Global Controle 3x8-10RM DEXA para TR +
24
26
Artigo Intervenção
Duração Avaliação
(Autor, Amostra Resultado Significativo
(meses) Frequência Modelo de Grupos Intensidade corporal
ano) semanal treinamento
-8,5% somatório
9 homens 3-4 x 10-15 a DC; -10,3% gord
idosos 50-70% 1RM e intra abd; -
Ibañez et diabéticos tipo 3-5 x 5-6 a 70- DC e 11,2% gord
al., 2005 2 4 2x Global TR 80% 1RM Tomografia subc +
40 homens e
Lemmer mulheres, Redução
et al., jovens e 1-3x15RM / 2-3' estatisticamente
2001 idosos 6 3x Global TR de intervalo DEXA não significante -
25
27
Artigo Intervenção
Duração Avaliação
(Autor, Amostra Resultado Significativo
(meses) Frequência Modelo de Grupos Intensidade corporal
ano) semanal treinamento
12 homens de Redução
Polak, meia idade TR em 1-2x12-15 a 60- estatisticamente
2005 obesos 3 3x Global circuito 70% 1 RM - não significante -
28 mulheres
Olson, com TR e 3x8-10
2007 sobrepeso 12 2-3x Global Controle submáximas DEXA Sem redução -
TR (3x8 a 80%
28 indivíduos de 1RM/1-2'
Lemmey de meia idade intervalo; C
et al., com artrite TR e (treino de -2,3kg gord para
2009 reumatoide 6 2x Global Controle flexibilidade) DEXA RT +
Controle,
Programa
28 mulheres Linear e PL=-1,75kg
Lima et jovens MMII e Programa 15-30RM/1-2' gord; PO =-
al., 2012 sedentárias 3 4x MMSS Ondulatório intervalo DC 1,55kg gord +
26
28
Artigo Intervenção
Duração Avaliação
(Autor, Amostra Resultado Significativo
(meses) Frequência Modelo de Grupos Intensidade corporal
ano) semanal treinamento
36
participantes
(homens)
Roberts sedentários, -1,2kg gord total
et al., obesos ou TR e e -0,8kg gord no
2012 sobrepeso 3 3x Global Controle 2-3 x 6-15RM DEXA tronco +
TR (4x8-12 a
64 adultos 75%1RM); A (30'
com a 60% FCR); A (-0,7kg gord)
sobrepeso ou TR, A, TR+A TR+A (metade e TR+A (-1,5 kg
Ho, 2012 obesos 3 5x Global e Controle de cada) DEXA gord) -
27 adultos Educação
Valente com alimentar e
et.al, sobrepeso ou Educação -4kg gord pra
2011 obesos 2,5 3x Global alimentar+TR 8-12 RM BOD POD quem treinou TR +
A (12
milhas/sem a 65-
119 adultos 80% VO2 pico),
Willis et obesos e A, TR e TR (3x8-12 70% DEXA e Sem redução
al., 2012 sedentários 8 3x Global A+TR 1 RM) e A+TR Tomografia para TR -
Legenda: D= Dieta; DC= Dobras cutâneas; RC= Restrição calórica; TR= Treinamento resistido; A=Aeróbio; aeróbio=aeróbio de
baixa intensidade; TR= Treinamento resistido de alta intensidade; tr= treinamento resistido de baixa intensidade; AERÓBIO=
Aeróbio de alta intensidade; aeróbio= aeróbio de baixa intensidade.
27
29