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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Como surgiu o SUS ?

 A partir de 1975, quando a sociedade começa a se mobilizar para exigir liberdades


democráticas, no setor de saúde, profissionais da área, acadêmicos, partidos políticos,
lideranças sindicais e populares iniciam um processo de questionamento sobre o
Sistema Nacional de Saúde vigente. Em 1978, é fundado o Cebes (Centro Brasileiro de
Estudos da Saúde), organização não-governamental, que passa a formular alternativas
à políticas de saúde, já apontando para a necessidade da democratização do setor.

 Em 1979, é apresentada a proposta de um Sistema Único de Saúde no I Simpósio


Nacional de Política de Saúde promovido pela Câmara dos Deputados, onde se aprova
um documento sobre “A QUESTÃO DEMOCRÁTICA NA SAÚDE”, que orienta o
“MOVIMENTO SANITÁRIO”, envolvendo profissionais da área de saúde, sindicalistas de
várias categorias, parlamentares, movimentos comunitários e associativos.

 A 8ª CONFERÊNCIA DE SAÚDE ocorre em 1986, desta vez aberta à PARTICIPAÇÃO DA


SOCIEDADE CIVIL, reunindo em Brasília cerca de 4 mil delegados eleitos em todos os
Estados brasileiros. As discussões foram sobre financiamento, organização dos
serviços, participação popular, recursos humanos e outros temas que serviram de
subsídios para a elaboração de emendas populares defendidas durante a elaboração
da nova Constituição.

Democracia e Cidadania

 A sociedade brasileira tem a história marcada pela exclusão. Desde a sua origem, a
divisão entre “cidadãos” e “não cidadãos” marcou as relações sociais no país. Ao longo
dos anos e das lutas populares pela cidadania muitas conquistas foram alcançadas,
particularmente no plano dos diretores civis e políticos. Liberdade de locomoção,
liberdade de crença religiosa, liberdade de associação, igualdade perante a lei. O
direito do voto foi gradualmente estendido aos não proprietários, às mulheres, aos
analfabetos e, mais recentemente, aos menores de entre dezesseis e dezoito.

 Mas a cidadania inclui, além de direitos civis e políticos, os direitos sociais. Os direitos
sociais se referem a condições de vida e de trabalho e ao acesso a bens e serviços
reconhecidos pela sociedade como mínimos indispensáveis a uma vida digna.

A Construção da Cidadania

 A transformação desse grupo exige mudanças profundas da sociedade e da ação do


Estado.

 No plano das relações sociais, a eliminação da distância hoje existente entre cidadãos
não-cidadãos tem que começar pelo efetivo reconhecimento dos direitos universais.
Cada pessoa tem que se reconhecer e reconhecer o outro como portador de direitos.

 Esse é um processo que apenas se inicia na sociedade brasileira, que por décadas se
acostumou a aceitar os direitos sociais como privilégios de alguns. 
 Reconhecer cada brasileiro como cidadão significa reconhecer que todos tem direito a
se alimentar de modo adequado; a morar em uma casa confortável, com água tratada
e esgoto; a freqüentar uma escola de boa qualidade; a ter um trabalho digno e bem
remunerado; a contar com um serviço de saúde eficiente; a gozar seu tempo de lazer
de modo agradável e reparador.

 A cidadania não pode ser dada por alguém ou oferecida como um favor. Ela exige que
cada um saiba dizer “Eu tenho o direito” – pois só haverá o efetivo reconhecimento
pelo outro desse direito se houver ao mesmo tempo o auto-reconhecimento.

Construir a cidadania é tarefa coletiva

 A ação política exige sujeitos coletivos.

 É através de organizações nas quais se aglutinam pessoas que tem interesses e


objetivos comuns e que, a partir deles, atuam de forma articulada, que nos
transformamos em atores respeitados na cena política.

 Vamos destacar duas das mais importantes instituições às quais podemos recorrer
para assegurar o cumprimento das leis e o respeito aos nossos direitos: o Ministério
Público e PROCON.

O que é o SUS?

 O SUS – Sistema Único de Saúde, foi instituído pela Constituição de 1988. É um cojunto
organizado e articulado de serviços e ações de saúde nos âmbitos: municipal,estadual
e nacional, e ainda os serviços privados. Faz parte de um sistema mais amplo: o
sistema de seguridade social.

 De acordo com o artigo 194 da Constituição, a Seguridade Social “compreende um


conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social”.

 Esse conjunto de ações deve ser oferecido a toda a população, pois o parágrafo único
desse artigo determina a “universalidade da cobertura e do atendimento”.

 O artigo 198 da Constituição de 1988, determina que “as ações e serviços de saúde
integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, com
as seguintes diretrizes:

 I. descentralização, com direção única em cada esfera do governo;

  II. atendimento integral preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

  III. participação da comunidade”.

 No SUS, as ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada


segundo a complexidade da atenção. Isto significa que a rede de serviços de saúde
deve ser organizado em espaços geográficos definidos – o distrito, o município, o
estado – nos quais devem existir todos os serviços de saúde necessários ao
atendimento da população da área – postos e centros de saúde, laboratórios, hospitais
gerais, hospitais especializados – de modo a assegurar o acesso a todos os níveis de
atenção.

 O município, por ser a instância de governo mais próxima dos cidadãos, ter mais
condições de conhecer as necessidades da população e, por essa razão, poderá
oferecer serviços mais adequados para atendê-las. Além disso, é mais fácil para a
população acompanhar, controlar e fiscalizar as ações, bem como participar de
processos decisórios relativos à formulação das políticas e programação das ações,
quando as decisões estão sob a responsabilidade do gestor local.

 A participação da comunidade e o controle social são outros requisitos do SUS. Em


todo os níveis de governo a população tem o direito – e o dever – de participar das
decisões, propor as linhas de ação e os programas que considera mais importantes,
controlar a qualidade e o modo como são desenvolvidas e fiscalizar a aplicação dos
recursos públicos.

Quais são os objetivos e atribuições do SUS ?

A lei 8080/90 define em seu capítulo l que os objetivos do SUS são:

 A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde,


dentre outros, a alimentação, moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, o lazer e o acesso aos bens e serviços de saúde.

 A formulação das políticas de saúde, destinada a promover, nos campos econômico e


social, a redução de riscos de doenças e de outros agravos e o estabelecimento de
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a
sua promoção, proteção e recuperação.

 Assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação


da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades
preventivas. Estas ainda previstas como atribuições do SUS.

 A execução de ações de vigilância sanitária, epidemiológica, de saúde dos


trabalhadores de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.

Campos de atuação do SUS

 Vigilância Sanitária: ações de prevenção e vigilância operadas pelos serviços públicos


de saúde sobre alimentos, produtos e serviços.

 Vigilância Epidemiológica: ações de prevenção e vigilância operadas pelos serviços


públicos de saúde sobre doenças e agravos.

 Saúde do Trabalhador: condições de trabalho, observação de ambientes de trabalho,


condições de saúde dos trabalhadores em geral
 Assistência: oferta de serviços de atenção básica, ambulatoriais especializados,
diagnose e terapia e a rede hospitalar de média e alta complexidade, inclusive
farmacêutica.

Os princípios doutrinários do SUS: UNIVERSALIDADE

 Na época em que a assistência médica e hospitalar estavam sob responsabilidade das


Caixas ou Institutos de Previdência, só quem tinha carteira assinada e seus
dependentes diretos tinham direito a esses serviços. O restante da população ou
pagava com seus próprios recursos ou dependia de conseguir atendimento em alguma
entidade filantrópica, como as Santas Casas de Misericórdia.

 O SUS foi criado partindo-se de uma premissa: todas as pessoas tem igual direito à
atenção à saúde. Cabe ao Estado garantir as condições para o exercício desse direito, e
isso se fará mediante a implantação do Sistema Único de Saúde. O que significa dizer
que a rede de serviços do SUS – sejam as unidades estatais, seja o setor privado
contratado em caráter complementar – tem o dever de atender ou encaminhar para o
atendimento em unidades especializadas todas as pessoas que necessitarem, sem
estabelecer condições ou exigir pagamento.

EQUIDADE

 Equidade é diferente de igualdade. Ausência de discriminação na qualidade de ações e


serviços prestados à população, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. É
o princípio da justiça social.

 Todas as pessoas tem direito ao atendimento às suas necessidades. Mas as pessoas


são diferentes, vivem em condições desiguais e suas necessidades são diversas. Se o
SUS oferecesse exatamente o mesmo atendimento para todas as pessoas, da mesma
maneira, em todos os lugares, estaria provavelmente oferecendo coisas
desnecessárias para alguns deixando de atender às necessidades de outros, mantendo
as desigualdades. 

 O princípio da equidade significa que a rede de serviços de saúde deve estar atenta
para as desigualdades existentes, com o objetivo de ajustar as suas ações às
necessidades de cada parcela da população a ser coberta. Em outras palavras, devem
tratar desigualmente os desiguais, oferecendo mais a quem precisa mais,
procurando reduzir a desigualdade.

INTEGRALIDADE

 Uma das mais graves distorções do sistema de saúde que se constituiu no país nas
décadas passadas foi a fragmentação institucional da responsabilidade pelas ações de
saúde, baseada numa concepção equivocada que entendia poder haver uma divisão
entre “saúde coletiva” e “saúde individual”, entre “ações curativas” e “ações
preventivas”.
 Cada um desses órgãos operava através de programas que cuidavam apenas de um ou
alguns aspectos de saúde das pessoas e estas precisavam recorrer a várias instituições
para resolver o conjunto de seus problemas de saúde e, não raro, conseguiam apenas
uma parte do atendimento que buscavam.

 Integralidade é entendida como um conjunto articulado econtíuo das ações eserviços


preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema.

 O SUS propõe uma mudança profunda nesse modo de organizar as ações e serviços de
saúde. O princípio da integralidade se assenta na compreensão de que as pessoas
tem o direito de serem atendidas no conjunto de suas necessidades, e que os
serviços de saúde devem estar organizados de modo a oferecer todas as ações
requeridas por essa atenção integral. Dessa forma o SUS deve desenvolver ações
sobre o ambiente e sobre os indivíduos, destinadas à promoção, proteção e
recuperação da saúde, bem como à reabilitação.

“Atender o indivíduo como um todo”

 Isso não quer dizer que todas as unidades devem oferecer todos os tipos de ações,
mas sim que cada uma delas devem estar comprometida com esse objetivo e
integrada a uma rede de serviços que assegura o acesso, através de um sistema de
referência eficiente, que permita a cada unidade encaminhar sua clientela a outros
estabelecimentos para os atendimentos que precisar.

Princípios Organizativos- SUS

 REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO – os serviços de saúde estão classificados


em níveis de complexidade crescente. Temos serviços que para sua execução exigem
toda uma estrutura e condições especiais, enquanto que outros não o requerem. A
organização da rede de saúde de forma regionalizada e hierarquizada favorecerá um
conhecimento mais amplo dos problemas de saúde de cada localidade e
consequentemente melhor programação das ações de vigilância epidemiológica,
sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além de ações de atenção
ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.

A hierarquização deve garantir formas de acesso a serviços que componham toda a


complexidade requerida para o caso, no limite dos recursos disponíveis numa dada região.
Deve ainda incorporar-se à rotina do acompanhamento dos serviços, com fluxos de
encaminhamento (referência) e de retorno de informações ao nível básico do serviço
(contrarreferência). Estes caminhos somam a integralidade da atenção com o controle e a
racionalidade dos gastos no sistema.

Participação e Controle Social

 A concepção de gestão pública do SUS é essencialmente democrática. Nenhum gestor


é senhor absoluto da decisão. Ele deve ouvir a população e submeter as suas ações ao
controle da sociedade. A Lei 8.142 é clara quanto a essa determinação: em seu artigo
1º, são instituídos, como instâncias colegiadas, as Conferências de Saúde e os
Conselhos de Saúde, obrigatoriamente integradas do SUS. Nenhum gestor, em
qualquer nível de governo, pode se recusar a constituir esses foros, pois estará
desrespeitando a Lei.

 A composição das conferências e dos conselhos deve ser ampla de modo a assegurar
às suas deliberações a máxima representatividade e legitimidade. A representação dos
usuários deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos (governo,
prestadores privados e profissionais de saúde). Isto significa que o número de vagas
para as entidades ou organizações representantes dos usuários deve ser exatamente a
metade do total de participantes das conferências e dos conselhos.

 As Conferências de Saúde são foro com representação de vários segmentos sociais


que se reúnem a cada quatro anos “para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política da saúde” (Lei 8.142/90, artigo 1º, parágrafo
1º). Devem ser realizadas em todas as esferas de governo, convocadas pelo Poder
Executivo ou, extraordinariamente, pelo Conselho de Saúde. Através das Conferências
a população tem a oportunidade de discutir quais são os seus problemas de saúde
mais importantes e indicar para os governantes como quer que sejam resolvidos. As
resoluções das Conferências de Saúde devem servir de orientação para as decisões dos
gestores e dos Conselhos de Saúde.

 Sua função principal é a DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES GERAIS DA POLÍTICA DE SAÚDE

 Os Conselhos de Saúde são órgãos colegiados de caráter permanente de formular


estratégias, controlar e fiscalizar a execução da política de saúde, inclusive nos
aspectos econômicos financeiros (Lei 8.142/90, artigo 1º, parágrafo 2º).

CONSELHO DE SAÚDE

 A PARTICIPAÇÃO POPULAR, PARA EFEITO DE CONTROLE DA EXECUÇÃO DE POLÍTICAS


PÚBLICAS SOCIAS, tem na Constituição Federal de outubro de 1988 a sua maior
garantia.

 Na Lei 8142/90 (28 DE DEZEMBRO/1990), art. 1°, inciso II, parágrafos 2° e 4° fica
instituída a criação do Conselho de Saúde. Esse artigo diz o seguinte: “O Conselho de
Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão composto por representantes do
governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões
serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera de
Governo. (...)

 “A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferência será paritária


em relação ao conjunto dos demais segmentos”.
 Na composição dos Conselhos deve-se levar em conta a paridade prevista na lei, isto é,
no mínimo de 50% de usuários e 50% de institucionais (25% de prestadores de serviços
públicos e privados e 25% de profissionais de saúde.

MUNICIPALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE - O que é Municipalização?

 Sendo o município a unidade básica de administração, finanças e patrimônio, a


proposta de municipalizar tem que ser global e não apenas do setor saúde. É um meio
de FORTALECER O PODER LOCAL, isto é, que o Município seja capaz de produzir
riquezas, bens e serviços e ter a participação no processo de definição na distribuição
dessa riqueza e dos bens de serviços.

 No caso do SUS, municipalizar significa trazer para o Município a responsabilidade de


DEFINIR E GERIR AS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE e a possibilidade de CONTROLE DA
SOCIEDADE, em função da proximidade do poder administrativo e político. Para haver
condições de municipalização é necessário também que ocorra a descentralização dos
recursos e das decisões políticas.

FINANCIAMENTO DO SUS Quem financia o SUS?

 O Sistema Único de Saúde – SUS, é financiado com RECURSOS DA SEGURIDADE


SOCIAL e de CONTRAPARTIDAS do governo federal, estadual e municípios,
respectivamente.

 FONTES DE RECURSOS (LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS) :

-CONTRIBUIÇÕES, DOAÇÕES

-ALIENAÇÕES PATRIMONIAIS E RENDIMETO DE CAPITAL

-TAXAS, MULTAS, RENDAS EVENTUAIS, INCLUSIVE COMERCIAIS (LOTERIAS) E INDUSTRIAIS.

-CONTRIBUIÇÕES dos TRABALHADORES, através do recolhimento previdenciário, dos


empregadores sobre a folha de salários,

-faturamento e o lucro e a receita de CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS (loterias).

Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde – SUS serão depositados em CONTA


ESPECIAL em cada esfera do governo (Municipal, Estadual e Federal), e movimentados sob a
fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde, segundo a Lei 8080/90, art. 33. A essa conta
especial deu-se o nome de FUNDO DE SAÚDE.

 As ações de saneamento, que venham a ser executadas supletivamente pelo SUS,


serão financiadas com recursos tarifários específicos, principalmente, do Sistema
Financeiro da Habitação – SFH.

CRITÉRIOS

 Perfil demográfico que significa o número de habitantes de uma área. Metade dos
recursos (50%) do Fundo Nacional de Saúde serão transferidos segundo esse critério;
 Perfil epidemiológico (o quadro de doenças, suas causas e seus agravos);

 Avaliação da rede de saúde na área (quantidade de leitos, quadro de pessoal, níveis de


atendimento, serviços existentes, etc);

 Desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;

 Níveis de participação do setor de saúde nos respectivos orçamentos;

 Previsão do plano qüinqüenal (5 anos) de investimentos de rede;

 Ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.

ATENÇÃO: O FINANCIAMENTO É TRIPARTITE

RECURSOS MÍNIMOS

 15% da arrecadação de impostos - MUNICÍPIO

 12% da arrecadação de impostos - ESTADO -

 PIB- UNIÃO + gastos em saúde no ano anterior

 Para os Estados, os Municípios e o Distrito Federal receber os recursos do Fundo


Nacional de Saúde deverão constar de:

 Fundo e Conselho de Saúde,

 Plano de Saúde,

 Relatórios de gestão, contrapartida de recursos dos seus orçamentos para a saúde.


Para o Movimento Popular e Sindical, essa contrapartida deve ser de, no mínimo 10%,

 Comissão de elaboração do Plano de Carreiras, Cargos e Salários, com previsão de 2


anos para a sua implantação.

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS:

 HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS: hospitais universitários e de ensino integram-se ao SUS


mediante CONVÊNIO.

 FORÇAS ARMADAS: em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de


saúde das Forças Armadas poderão integrar-se ao SUS.

SERVIÇOS PRIVADOS E RELAÇÃO COM SUS - Como o setor privado participa no SUS?

 Segundo a Constituição Federal, no seu art. 199, a assistência à saúde é livre para
iniciativa privada. Esta poderá participar de forma COMPLEMENTAR ao SUS, segundo
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio. As entidades
filantrópicas e sem fins lucrativos tem preferência quando houver necessidade e se
efetuar contratos ou convênios.
 COMPLEMENTAR significa dizer que somente será contratado o serviço privado,
QUANDO A REDE PÚBLICA DE SAÚDE NÃO DISPOR DE CAPACIDADE SUFICIENTE para
atender à demanda de uma determinada área. Os serviços contratados submeter-se-
ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do SUS, mantido o
equilíbrio econômico e financeiro do contrato.

 NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE É PROIBIDO AOS PROPRIETÁRIOS, ADMINISTRADORES E


DIRIGENTES DE ENTIDADES OU SERVIÇOS PRIVADOS EXERCEREM CARGOS CHEFIA OU
FUNÇÃO DE CONFIANÇA.

A Legislação do SUS

 Constituição Federal de 1988- Influenciada pela ideologia do Movimento de Reforma


Sainitária e por suas propostas, amplamente discutidas na 8ª CNNS(1986), teve a
definição de saúde como um direito do povo e dever do Estado.

-Saúde está expressa na CF-1988, nos artigos 196 a 200.

 Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/ 19 de setembro de 1990) observamos que a


descentralização político-administrativo é enfatizada na forma da municipalização dos
serviços e ações de saúde, que significa redistribuição de poder, competências e
recursos em direção aos municípios. A organização dos distritos sanitários é uma das
estratégias propostas para mudar o modelo assistencial e as práticas de saúde, com
efetiva participação social.

 Lei nº 8.142/90- (28 de dezembro de 1990) dispôs sobre a participação da


comunidade na gestão do SUS e condicionou o recebimento de recursos financeiros à
existência de conselho municipal de saúde funcionando de acordo com a legislação.

 Lei 12.401/2011- (28 de abril de 2011) Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de


1990, (cap. VIII) para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de
tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. 

-dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde;

-produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos


médicos; 

O direito à saúde sempre esteve associado aos direitos sociais e políticos

 Diz ainda a 8ª conferência que “direito à saúde significa a garantia pelo estado, de
condições dignas de vida e de acesso universal e igualitário às condições e serviços
de promoção, proteção e recuperação de saúde, em todos os seus níveis, a todos os
habitantes do território nacional, levando ao desenvolvimento pleno do ser humano
em sua individualidade”.
 Essa concepção foi assumida pela constituição federal e reafirmada pela 9ª
conferência. Ela também tem norteado a ação dos movimentos popular e sindical na
luta pela saúde.

NOB e NOAS

Foram expedidas NOB em 1991/1992/1993 e 1996. Mais recentemente foram elaboradas


as Normas Operacionais da Assistência à Saúde (Noas 01/2001 e 01/2002).
NOB 01/91 – apoio à descentralização e reforço do poder municipal. Criação da AIH
(Autorização da Internação Hospitalar – remuneração dos prestadores de serviços no país,
vinculados a base do DATASUS).

NOB 01/92-redefinia alguns critérios de recursos, propondo mecanismos de estímulo para


a gerência municipal e estadual.

NOB 01/93- “descentralização da ações e serviços de saúde: a ousadia de cumprir e fazer


cumprir a lei”, é dado impulso mais vigoroso no sentido da descentralização. Essa Norma
criou as Comissões Intergestores Bipartite, no campo estadual, e a Comissão Intergestores
Tripartite no campo federal.

NOB 01/96 – ressalta-se nesta NOB o tratamento especial para as ações básicas de saúde e
o estabelecimento apenas de dois sistemas de descentralização para os municípios: a
Gestão Plena da Atenção Básica e a Gestão Plena do Sistema Municipal.

Na primeira, o município recebe recursos para a administração autônoma das ações


básicas, e na segunda essa responsabilidade é ampliada para toda a assistência em
ambulatório e hospitais.

PAB

Em 1998 – Piso de Atenção Básica (PAB)- transferência automática dos recursos do Fundo
Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde. Transferindo recursos para
procedimentos com atenção básica (ações individuais ou coletivas na primeira linha dos
serviços de saúde, como: atendimentos básicos, vacinação, assistência pré-natal, pequenas
cirurgias).

O PAB definido como “montante de recursos financeiros destinado ao custeio de


procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal”,
não cobria a radical transformação que estava por vir. Passa a ter dois componentes:

PAB Fixo- definido como valor per capita nacional e uma parte variável

PAB variável – PSF, Assistência Farmacêutica e do Programa de Controle das Carências


Nutritivas.

A política de descentralização não é um mero programa de transferência de recursos do


governo federal para outras instâncias. É antes um processo que envolve também a
transferência de decisões e responsibilidades quanto às políticas de saúde pública no país.
PAB VARIÁVEL

Consiste um montante financeiro destinado ao custeio de estratégias específicas


desenvolvidas no âmbito da atenção básica à saúde

1- SAÚDE DA FAMÍLIA

2-AGENTES COMUITÁRIOS DE SAÚDE

3-SAÚDE BUCAL

4-COMPENSAÇÃO DE ESTRATÉGIAS REGIONAIS

5-FATOR DE INCENTIVO DA ATENÇÃO BÁSICA AOS POVOS INDÍGENAS

6-INCENTIVO À SAÚDE NO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

PPI

PPI – Programação Pactuada e Integrada da assistência ambulatorial e hospitalar- a plena


adoção desta estratégia visa reverter o panorama geral de desigualdades regionais
existente no Estado e facilitar o acesso de todo cidadão fluminense a todos os serviços do
SUS. Este processo possibilitou maior transferência na alocação de recursos em cada
município responsável pela assistência aos seus municípios e aos vizinhos, garantindo o
acesso aos pacientes residentes em cidades que não possuem serviços mais
complexos(oncologia, hemoterapia, tomografia, diálise...) de forma que os mesmos
estejam acessíveis em cada região do estado. O PPI visa otimizar a utilização dos recursos
financeiros do SUS pelos Municípios e pelo Estado, estabelecendo e aperfeiçoando
continuamente, em conjunto com os gestores, metodologia de alocação de recursos
financeiros que considere, além da população e da capacidade instalada, indicadores de
saúde, características locais e regionais, a efetiva utilização dos recursos e o impacto
causado pelas ações de saúde desenvolvidas.
Quando solicitado pelos gestores municipais, são efetuados revisões oriundas de
repactuação da realização de procedimentos, sendo os tetos financeiros publicados
mensalmente no Diário Oficial do Estado.

EMENDA CONSTUTICIONAL Nº 29 DE 13 DE SETEMBRO DE 2000:

-Assegura os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de


saúde.

• NOAS 2001/2002- NORMA OPERACIONAL DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Mesmo com os avanços na legislação do sistema de saúde, ainda eram apontados muitos
problemas e desafios em relação a consolidação do SUS.

-Amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica

-PDI- Plano Diretor de Investimento

-Institui o PAB –Ampliado PABA


-Propõe uma política para ações de Média e Alta Complexidade

-PDR- Plano Diretor de Regionalização Propõe agrupamento dos municípios em módulo


assistencial e satélite.

-Mecanismo de Referência e Contrarreferência

-Amplia as ações da Atenção Básica: Programa de Saúde da Criança, da Mulher,


Adulto/Idoso, Hanseníase/Tuberculose, Hipertensão/Diabetes e outros.

REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA DO SUS


O que é Sistema de REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA?

 É a organização da rede de saúde segundo os diferentes níveis de complexidade de


serviços e de acordo com as realidades local e regional. Seu objetivo é facilitar o
atendimento das necessidades do indivíduo ou do coletivo.

 Se um município ou um serviço de saúde, individual ou coletivo, deverá remeter a uma


outra unidade de prestação de serviços (referenciada), com capacidade de resolução
do problema apresentado e o retorno à unidade de origem (contrarreferência).

 Para que isso ocorra é preciso, além de outras coisas mais, referendar a rede de saúde.

Diretrizes Operacionais para os Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão –


Documento pactuado na reunião da Comissão Tripartite, do dia 26 de Janeiro de 2006 e
aprovado pelo CNS em 09 /02/2006.

A implantação e implementação do SUS evoluíram muito, especialmente em relação aos


processos de descentralização e municipalização das ações e dos serviços de saúde. Este
processo ampliou o contato do Sistema com a realidade social, política e administrativa do
País e com suas especificidades regionais, tornando-se mais complexo e colocando os
gestores à frente de desafios que busquem superar a fragmentação das políticas e
programas de saúde mediante a organização de uma rede regionalizada e hierarquizada de
ações e serviços e de qualificação de gestão. Frente a esta necessidade, o Ministério da
Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems), pactuaram responsabilidades entre os três
gestores do SUS, no campo da gestão do Sistema e da atenção à saúde. A implementação
desse Pacto, nas suas três dimensões – Pacto pela Vida, Pacto de Gestão e Pacto em
Defesa do SUS, possibilita a efetivação de acordos que visam alcançar maior efetividade,
eficiência e qualidade de suas respostas e, ao mesmo tempo, redefine responsabilidades
coletivas por resultados sanitários em função das necessidades de saúde da população e
na busca da equidade social.
PACTO PELA VIDA – é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades
que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. São seis as
prioridades pactuadas:

AÇÕES
A- Saúde do Idoso: promoção do envelhecimento ativo e saudável; acolhimento
preferencial em unidades de saúde, respeitando o critério de risco; atenção integral e
integrada à saúde da pessoa idosa.
B- Controle do câncer de colo de útero e de mama: cobertura de 80% para o exame
preventivo do câncer do colo de útero, conforme protocolo, em 2006; ampliar para
60% a cobertura de mamografia, conforme protocolo.
C--Redução da mortalidade infantil e materna: reduzir a mortalidade neonatal em 5%
em 2006; reduzir em 50% os óbitos por doença diarréica e 20% por pneumonia, em
2006.
D-Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com
ênfase para dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza.
*Dengue: reduzir a menos de 1% a infestação predial por Aedes aegypti em 30% dos
municípios prioritário até 2006.
*Eliminação da hanseníase: atingir o patamar de 1 caso por 10mil habitantes em
todos os municípios.
*Controle da tuberculose: atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de
tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano.
*Controle da malária: reduzir em 15% a Incidência Parasitária Anual, na região da
Amazônia Legal, em 2006.
*Controle da influenza: implantar plano de contingência, unidades sentinelas e o
sistema de informação
E- Promoção da Saúde: elaborar e implementar uma Política de Promoção da Saúde,
de responsabilidade dos três gestores.
F- Fortalecimento da atenção básica: Assumir a Estratégia de Saúde da Família(ESF)
como prioridade para o fortalecimento da atenção básica; consolidar e qualificar a
estratégia de Saúde da Família nos pequenos e médio municípios.

PACTO EM DEFESA DO SUS:


Assegurar o SUS como política pública.
Promoção da cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde
como direito; a garantia de financiamento de acordo com as necessidades do sistema;
elaboração da Carta de Direitos dos Usuários do SUS; aprovação do orçamento do SUS,
composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de
cada um delas em ações e serviços de saúde de acordo com a Constituição Federal.

PACTO DE GESTÃO:
-Descentralização- com ênfase na descentralização compartilhada.
-Regionalização: deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde e os
processos de negociação e pactuação entre os gestores.
-Financiamento do SUS
Participação e Controle Social
Educação na Saúde
PNAB- Política Nacional de Atenção Básica

ATENÇÃO: CONTROLE DE GESTÃO:


-CONFERÊNCIA DE SAÚDE
-CONSELHO DE SAÚDE
-COMISSÃO TRIPARTITE E BIPARTITE

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA- PNAB - PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE


OUTUBRO DE 2011

Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e


normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

No Brasil, a Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e


capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato
preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda
a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da
universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade
da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.

Em relação à equidade, o PAB Fixo diferencia o valor per capita por município,
beneficiando o município mais pobre, menor, com maior percentual de população pobre e
extremamente pobre e com as menores densidades demográficas. Pelo viés da qualidade,
induz a mudança de modelo por meio da Estratégia Saúde da Família e cria um
Componente de Qualidade que avalia, valoriza e premia equipes e municípios, garantindo
aumento do repasse de recursos em função da contratualização de compromissos e do
alcance de resultados, a partir da referência de padrões de acesso e qualidade pactuados
de maneira tripartite.

A nova política articula a AB com importantes iniciativas do SUS, como a ampliação das
ações intersetoriais e de promoção da saúde, com a universalização do Programa Saúde na
Escola - e expansão dele às creches – acordo com as indústrias e escolas para uma
alimentação mais saudável, implantação de mais de 4 mil pólos da Academia da Saúde até
2014. Às equipes de Atenção Básica se somam as equipes do Melhor em Casa para ampliar
em muito o leque de ações e resolubilidade da atenção domiciliar. O Telessaúde, a
integração dos sistemas de informação e a nova política de regulação apontam para a
ampliação da resolubilidade da AB e para a continuidade do cuidado do usuário, que
precisa da atenção especializada.

DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS DA ATENÇÃO BÁSICA

A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e


coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde
com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e
autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.
Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das
demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território,
observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda
demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos.

ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

-Visa a reorganização da Atenção Básica no país de acordo com os preceitos do SUS.

Princípios e Características:

-Adscrição da clientela- definição do território de atuação

-Territorialização: mapeamento da área, compreendendo segmento populacional


determinado.

-Diagnóstico da situação de saúde da população: cadastramento das famílias e dos


indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação do território.

-Planejamento baseado na realidade local: programação das características do processo de


trabalho da ESF.

-Interdisciplinaridade- trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais


de diferentes formações.

-Vinculação: participação na dinâmica social das famílias

-Integralidade: assistência integral e resolutiva

-Participação social- participação da comunidade

-Intersetorialidade- trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores.

COMPOSIÇÃO BÁSICA DA ESF

 -MÉDICO
 -ENFERMEIRO
 -AUXILIARES DE ENFERMAGEM
 AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) -06/EQUIPE
 CIRURGIÃO DENTISTA
 AUXILIAR DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO E/OU TÉCNICO DE HIGIENE DENTAL

EQUIPE RESPONSÁVEL POR 3000 HABITANTES COM JORNADA DE TRABALHO DE 40H

-750 PESSOAS / ACS

-NÚMERO DE ESF – É calculado pela fórmula: população /2400

POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO ACOLHIMENTO NAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO


DE SAÚDE
Muitos são os desafios que aceitamos enfrentar quando estamos lidando com a defesa da
vida e com a garantia do direito à saúde.

O padrão de acolhida aos cidadãos usuários e aos cidadãos trabalhadores da saúde, nos
serviços de saúde, é um desses desafios.

O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de
saúde favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários
com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e
para a legitimação do sistema público de saúde.

BASE: Diretrizes da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão (PNH)

Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber,
atender, admitir (FERREIRA, 1975).

O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, uma
ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de
inclusão.

Essa atitude implica, por sua vez, estar em relação com algo ou alguém. O acolhimento
então se firma como uma das diretrizes de maior relevância ética/estética/política da
Política Nacional de Humanização do SUS:

ética no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de


acolhê-lo em suas diferenças, suas dores, suas alegrias, seus modos de viver, sentir e estar
na vida; estética porque traz para as relações e os encontros do dia-a-dia a invenção de
estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do viver e, assim, para a
construção de nossa própria humanidade; política porque implica o compromisso coletivo
de envolver-se neste“estar com”

QUESTÕES
1- A base para o desenvolvimento do Programa Nacional de Humanização é:

A- Porta de entrada

B- Triagem

C- Consulta

D- Acolhimento

2- O acolhimento é definido como:

A- Participação da equipe nos procedimentos do paciente

B- Ato ou efeito de acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar com” e um


“estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão.

C- Ato de orientar o usuário sobre seus direitos

D- Aproximação, um não “estar com” e um não“estar perto de”, ou seja, uma atitude de
inclusão.

3- No ato de acolher o profissional deve estar estar atento para:

A- Sinais e sintomas

B- Situações de risco e vulnerabilidade

C- Pressão arterial do paciente

D- Distribuição de números para consultas

4- Algumas tecnologias podem ser utilizadas para viabilizar a política de humanização:

A- Sala de espera

B- Treinamentos

C- Filas organizadas

D- Rodas de debate que produzam o encontro das idéias

5- A implantação do acolhimento nas unidades de saúde é possível através da :

A- Organização das unidades de saúde com os princípios de responsabilidade territorial e


adscrição de clientela

B- Manutenção das filas nos serviços de saúde

C- Orientação oferecida por telefone

D- Atenção aos usuários de todas as áreas do município


6- O acolhimento desenvolvido pelas unidades de saúde trará vários benefícios exceto:

A- Acesso

B- Interação

C- Atendimento desqualificado

D- Resolutividade

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