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Saúde Pública

Unidade I – Aula 01
Prof. Sulayne Araujo
Apresentação do Professor

Prof. Me. Januário


Roteiro de Aula

• 1.1-Conceitos e importância de Saúde Pública e Saúde Coletiva.


• 1.2- Evolução Histórica da Saúde no Brasil – Construção do SUS
• 1.3 – Princípios e Diretrizes do SUS
SAÚDE DOENÇA

• Das suas concepções dependem o nosso


modo de ver a prevenção, o tratamento, os
profissionais necessários, a atuação desses
profissionais e o “doente”.

• As concepções não são progressivas e se


superpõe.
SAÚDE DOENÇA
CONCEPÇÕES
• SOBRENATURAL - MÁGICO
RELIGIOSA
• NATURAL
• BIOMÉDICA - BIOLÓGICA
• DETERMINAÇÃO SOCIAL
Saúde
A Saúde é um estado de completo bem
estar físico, mental e social, e não
somente ausência de doença ou
enfermidade.

Organização Mundial da Saúde (OMS)


7 de abril de 1948
Conceito OMS
• Utópico
• Inatíngivel
• Pouco dinâmico
• Tem caráter subjetivo
Sua adoção pode servir para justificar
práticas arbitrárias de controle e
exclusão de tudo aquilo que for
considerado indesejável ou
perigoso
SAÚDE – UM CONCEITO POSITIVO

• ser saudável significa além de não estar doente, ter a


possibilidade de atuar, de produzir a sua própria saúde, quer
por meio de cuidados tradicionalmente conhecidos, quer por
ações que influenciem o seu meio – ações políticas para a
redução de desigualdades, educação, cooperação intersetorial,
participação da sociedade civil nas decisões que afetam sua
existência.
Saúde - características

• Universalidade – para todos sem exceção


• Imaterialidade - sem existência exterior às
pessoas
• Indivisibilidade – não é possível decompor
em componentes
• Inapropriedade – não é mercadoria.
Saúde Pública

•Responsável pela avaliação dos problemas de saúde da população e


pela formulação e implementação de uma resposta para enfrentá-los
Objetivos da Saúde Pública
• Assegurar bem estar coletivo

• Elevar os níveis de saúde da população


• Base para a reprodução e o
desenvolvimento social
Saúde Pública
ARTE E CIÊNCIA DE PROMOVER,
PROTEGER E RESTAURAR A SAÚDE
DOS INDIVÍDUOS E OBTER UM
AMBIENTE SAUDÁVEL, ATRAVÉS DE
AÇÕES E SERVIÇOS RESULTANTES
DE ESFORÇOS ORGANIZADOS E
SISTEMATIZADOS DA SOCIEDADE.
(Ashton, Seymour,1990; Scutchlield,Keck,1977)
Saúde Pública

 como estabelecer Prioridades?

 o que é um Problema
de Saúde Pública?
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
• São problemas que, acometendo um certo
número de indivíduos, e sendo passíveis de
se tornarem objeto de ações individuais ou
coletivas para sua prevenção e controle
em termos populacionais, adquirem
relevância tal que se justifica a intervenção
do Estado, para atender demandas da
sociedade, com a correspondente alocação
de recursos públicos.
PROBLEMA DE SAÚDE
PÚBLICA
• MAGNITUDE
doenças com elevada freqüência que afetam
grandes contingentes populacionais, que se
traduzem pela incidência, prevalência,
mortalidade, anos potenciais de vida perdidos.

constitui causa comum de morbidade e


mortalidade
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

• VULNERABILIDADE
doenças e agravos para as quais existem
instrumentos específicos de prevenção
existem métodos eficazes de prevenção e
controle
os métodos não estão sendo
Adequadamente utilizados
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
• TRANSCEDÊNCIA
conjunto de características apresentadas por doenças e agravos, de
acordo com sua apresentação clínica e epidemiológica, das quais as
mais importantes são:

• severidade medida pelas taxas de letalidade, hopitalizações


e seqüelas;

• relevância social que subjetivamente significa o valor


que a sociedade imputa à ocorrência do evento através da
estigmatização dos doentes, medo, indignação quando incide em
determinadas classes sociais;

• relevância econômica que podem afetar o


desenvolvimento devido a restrições comerciais. Perdas de vidas,
absenteísmo ao trabalho, custo de diagnóstico e tratamento, etc
Como foi projetada a saúde
pública no Brasil?
Crise de Saúde Pública no Brasil?

• Compreensão dos determinantes históricos

• Evolução político-social e econômica do País

• Políticas de atenção à saúde se deram quando:

• As questões de saúde ameaçaram a economia


• Os trabalhadores e a população reivindicaram por
• melhorias
Um Brasil imaginário
• Belezas naturais, riqueza, montanhas de
ouro, felicidade suprema;

• Atraiu soldados, aventureiros, loucos,


tuberculosos, sifilíticos...

• Chegada de doenças:
• Tuberculose;Malária;Sífilis;Sarampo;
• Gonorreia...
Paraíso utópico X Inferno tropical
• Catequese-contaminação, extermínio-escravidão;

• Conselho Ultramarino português incentiva a ida médicos para o Brasil para tratar
das mazelas que assolavam a população;

• Varíola – principal causa de


morte no Brasil Colônia

• Diante da necessidade, a prática


do curandeirismo se davam
mesmo contra as normas da
coroa portuguesa.
Histórico

• 1500- Primeiro Reinado – Não havia modelo de atenção a saúde


e nem interesse em criá-lo. Saúde limitada ao poder aquisitivo
ou uso de recursos naturais.
• Juntas Municipais Sanitárias cuidava dos portos e
navios (Ligado);
• Boticários (manipular substâncias);
• 1889-1930 Início da República
Histórico

Assistência à Saúde no Brasil Colônia

• Carência de hospitais;

• Santas Casas de Misericórdia e enfermarias (mantidas pelos


Jesuítas);

• Confraria de Nossa Senhora da Misericórdia.


Histórico

• 1889-1930 Início da República


• Sem modelo sanitário – exposição a epidemias
• Febre amarela, Doença de chagas, Varíola, Poliomelite, Malária, Peste.
• Ex: Cidade do Rio de Janeiro

• Oswaldo Cruz Nomeado Diretor do Departamento de Saúde Pública


• Com objetivo de erradicar a Febre Amarela
• Modelo Campanista (Vacinas aplicadas sem informação sobre a doença)
• Ações de polícia sanitária – Fiscal e policial
Histórico

• 1889-1930 Início da República


• Carlos Chagas Nomeado Diretor do Departamento de Saúde Pública
• Educação em saúde sanitária
• Vacinação
• Criação de órgãos especializados em Hanseniase, tuberculose e doenças veneras.
• Ações de isolamento do doentes e não de tratamento.
• Expansão das atividades para outros estados do Brasil.
Histórico

• 1889-1930 Início da República


• Revolta da Vacina
Histórico

• 1888 – abolição da escravidão

• E a mão de obra?  imigrantes europeus

• Combate a doenças doenças pestilenciais (cólera, febre


amarela, varíola...)

• Garantia da manutenção da força de trabalho


(imigrantes) para a agricultura do café e para a indústria.
Histórico

• As Ligas contra a Tuberculose.

• Alerta ao Estado acerca dos fatores sociais associados à


doença.

• Alerta sobre os altos custos das medidas de intervenção –


exigindo a participação do Estado.

• 1900 - Criação do Instituto Soroterápico Federal (depois,


Instituto Oswaldo Cruz) e do Instituto Butantã.

• Altos investimentos do Governo Paulista em pesquisas em


saúde.
Histórico
• Dr. Oswaldo Cruz
• Carlos Chagas Nomeado Diretor do Departamento de Saúde Pública
• Educação em saúde sanitária
• Vacinação
• Criação de órgãos especializados em Hanseniase, tuberculose e doenças veneras.
• Ações de isolamento do doentes e não de tratamento.
• Expansão das atividades para outros estados do Brasil.

• 1904 – Revolta da Vacina

• Carlos Chagas
• Substituição do modelo policialesco pelas campanhas de propaganda e educação sanitária;
• Criação de órgãos específicos para o combate à tuberculose,
• Hanseniase (lepra) e às doenças venéreas;
• Criação da Escola de Enfermagem Anna Nery;
• Criação do Curso de Higiene e Saúde Pública do Brasil.
Histórico

• 1889-1930 Início da República


• Revolta da Vacina
Histórico

• Interiorização da saúde pública

• DENERu – Departamento Nacional de


Endemias Rurais

• CEV – Campanha de Erradicação da Varíola

• 1923 – Lei Elói Chaves  Caixas de


Aposentadoria e Pensão (CAP)

• 1960 – Criação do FUNRURAL.


Histórico
A Saúde Pública na Era Vargas

• Ministério da Educação e Saúde Pública

• Constituição de 1934: garantias trabalhistas


• Assistência médica
• Licença remunerada à gestante
• Jornada de 8hs Consolidação das Leis Trabalhistas
• Salário-mínimo

• Expansão de atendimento médico à operários e


dependentes.
• No segundo mandato (1951-1954) a saúde ganhou
ministério próprio: Ministério da Saúde
(desmembrando-se da educação).
Histórico
A Saúde Pública na Era Pós-Getúlio
• 1966 – criação do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social)

• 1970 – SUCAM (Superintendência de Campanhas de Saúde


Pública)

• 1978
• Elevação dos níveis de cobertura vacinal (de 20% para 40%).
• INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social)

• 1980 – Lançamento do plano de ação contra a poliomielite.

• 1986 – Intensificação de ações e campanhas vacinais (criação do


personagem Zé Gotinha)

• 1988 – Nova Constituição Federal (Constituição Cidadã)


A Saúde Pós-Constituinte de 1988
• Saúde: direito de todos e dever do Estado

“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes,


entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o
meio ambiente o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer
e o acesso aos bens e serviços essenciais:
os níveis de saúde da população expressam a
organização social e econômica do país”

• SUS: Sistema Único de Saúde


Sistema Único de Saúde
• Descentralização administrativa da saúde no país;

• Organização da Saúde em Níveis de Atenção


• Atenção Primária (Atenção Básica)
• Atenção Secundária
• Atenção Terciária

• Implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)

• Implantação do Programa Saúde da Família


• (posteriormente, Estratégia Saúde da Família).
Saúde Pública como direito
• Art. 196 - “A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao

acesso universal e igualitário às ações e


serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”.
Sistema Único de
Saúde - SUS
🞄Lei n. 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde) –
operacionalização do
sistema;

🞄Lei n. 8.142/1990 – participação da comunidade


e transferências intergovernamentais de recursos
financeiros.
Caracteristicas:
 Maior sistema público de saúde em países
com mais de 100 milhões de habitantes;

 Atuante em todos os níveis de governo:


federal, estadual e municipal;

 Organização descentralizada, hierarquizada


e regionalizada em níveis de complexidade;
 Estratégia Saúde da Família (ESF) contempla
112
milhões de habitantes.

Fonte: PAIM; TEIXEIRA, 2007; PORTAL BRASIL, 2016.


CONCEPÇÃO DO SUS

O marco histórico para o surgimento do SUS foi a


8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, no
período da Nova República.

Marca o momento em que as mudanças ganham


contornos claros, ao ampliar os atores envolvidos e explicitar
em seu relatório as diretrizes para a reorganização do
sistema de saúde.

As plenárias da 8ª CNS contaram com a participação


efetiva de quase todas as instituições que atuavam no setor,
assim como daquelas representativas da sociedade civil, dos
grupos profissionais e dos partidos políticos.
Art. 200 → “Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
 Controlare fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
 Executaras ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
 Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde;
Outros artigos ainda dispõem:
Art. 198 → “As ações e serviços públicos dessaúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes: descentralização, atendimento integral e participação da comunidade”.

Art. 200 → “Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da
lei:
 Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
 Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
 Fiscalizare inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem
como bebidas e águas para consumo humano;
 Participar do controle e fiscalização da produção, transporte,
 guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,
 tóxicos e radioativos;
 Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”
Porém, a criação do SUS se deu em um período em que o Brasil se encontrava em grande
instabilidade econômica, altas taxas de inflação e influências de conjuntura internacional
neoliberal que, juntamente com o recuo dos movimentos sociais, traz sérias dificuldades para a sua
regulamentação e implementação de seus princípios e diretrizes. Além disso, havia a descrença
popular em relação ao Estado.
Lei Orgânica – 8080/90

Art. 5º → “Dos objetivos do SUS:


A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social;
A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde,
com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.”

Art. 6º → “Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS:


A execução de ações de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, de saúde do trabalhador e de
assistência terapêutica integral.”
UNIVERSALIDADE

Reconhecimento da saúde como um direito


fundamental do ser humano, cabendo ao Estado garantir as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a
atenção e assistência à saúde em todos os níveis de
complexidade.

Para isso, é preciso eliminar barreiras jurídicas,


econômicas, culturais e sociais que se interpõem entre a
população e os serviços.
EQUIDADE
Diz respeito à necessidade de se “tratar
desigualmente os desiguais” de modo a se alcançar a
igualdade de oportunidades de sobrevivência, de
desenvolvimento pessoal e social entre os membros de
uma dada sociedade. Apesar de todas as pessoas
possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais
e, por isso, têm necessidades distintas.

Em saúde, especificamente, as desigualdades


sociais se apresentam como desigualdades diante do
adoecer e do morrer, reconhecendo-se a possibilidade de
redução dessas desigualdades, de modo a garantir
condições de vida e saúde mais iguais para todos.
INTEGRALIDADE

Considera as pessoas como um todo, atendendo


a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a
integração de ações de:
 Promoção da saúde;
 Prevenção/Proteção de riscos e agravos;
 Recuperação/Tratamento a doentes.
DESCENTRALIZAÇÃO

Implica na transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível


federal (MS) para os estados (SES) e municípios (SMS). Esta transferência ocorre a partir da
redefinição das funções e responsabilidades de cada nível de governo com relação à condução
político-administrativa do sistema de saúde em seu respectivo território (nacional, estadual,
municipal), coma transferência, concomitante, de recursos financeiros, humanos e materiais
para o controle das instâncias governamentais correspondentes.
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente,
dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida.
Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população todas as
modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível,
possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas).

 Regionalização: constituição de regiões de saúde considerando as características


semelhantes, e também considerando a rede de atenção à saúde, características
populacionais, situação de saúde, indicadores e outros fatores objetivando a melhor gestão
do sistema e favorecendo ações mais localizadas para minimizar os problemas da
comunidade.
 Hierarquização: estabelece a organização da rede de atenção à saúde em serviços de níveis
de complexidade: atenção primária, atenção secundária e atenção terciária de saúde.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades


representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle
da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.
Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde. Além
do dever das instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a
população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO
Quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados, isso
deve se dar sob três condições:
 A celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ou seja, interesse público
prevalecendo sobre o particular;
 A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS.
Prevalecem, assim, os princípios, como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando
contratado, atua em nome deste;
RESUMO
RESUMO
Referências Bibliográficas
• BREILH, J. Epidemiologia: economia, política e saúde. São Paulo,
UNESPHUCITEC,1991
• EGRY, E. Y. Saúde Coletiva, São Paulo, Ícone Editora, 1996.
• FLEURY, S. Estado, poder e democracia da saúde. In. FLEURY. S. Saúde
• Coletiva. Rio de Janeiro, Relume-dumará,1992.
• BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Cronologia Histórica da Saúde
Pública no Brasil: uma visão histórica da saúde brasileira. Brasília, DF:
FUNASA, 2011. Disponível em http://www.funasa.gov.br/site/museu-
da-funasa/cronologia-historica-da-saude-publica/. Acesso em 02 set.
2022.

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