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Técnico em

Enfermagem
Módulo III
Cristielen Andrade Dantas Colen
SAÚDE COLETIVA

Cristielen Andrade Dantas Colen


Instrutora/Professora

Cristielen Andrade Dantas Colen.


❖ Farmacêutica - Centro Universitário Newton Paiva
(2022).
Aulas / Horário / Período

❖ Segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira;

❖ 08h00 – 12h00;

❖ Início: 08/02/2023;
❖ Término: 17/03/2023.
Estratégias de Aprendizagem

❖ Aulas teóricas;
❖ Exercícios de fixação;

❖ Trabalho.
Método de Avaliação

1) Exercícios de fixação + trabalho – 10,0 pontos.

2) Avaliação final (10 questões objetivas) – 10,0 pontos.


Cronograma e Plano de Ensino
Objetivos
❖ Conhecer a Política Nacional de Atenção Básica.

❖ Esta disciplina visa promover a capacitação técnica e senso


crítico ao aluno em relação à realidade de saúde e seus
serviços, estimulando sua participação efetiva na prestação
de assistência de enfermagem e no planejamento de
saúde, compatíveis com as necessidades de saúde da
população.
História e Evolução da Saúde Pública no
Brasil
História e Evolução da Saúde Pública no
Brasil

https://youtu.be/7ouSg6oNMe8
Sistema Único de Saúde

Lei 8080, artigo 4°

“O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados


por órgãos e instituições públicas federais, estaduais
e municipais, da Administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo Poder Público”
Sistema Único de Saúde
Objetivos do SUS,
definidos na Lei 8.080,
art.5°:
❖ Identificação e
divulgação dos
fatores
condicionantes e
determinantes da
saúde.
Sistema Único de Saúde

Lei 8.080 Art. 3º A saúde tem como fatores


determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte,
o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os
níveis de saúde da população expressam a organização
social e econômica do País.
Sistema Único de Saúde

❖ Formulação de política de saúde destinada a


promover, nos campos econômico e social, o acesso
universal e igualitário.
❖ Assistência às pessoas por intermédio de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e
preventivas.
Sistema Único de Saúde

Princípios do SUS:
❖ A Constituição concretizou os princípios no que tange
a saúde.
❖ No SUS, estes princípios devem se desenvolver de
forma interdependente, com constante interação.
➢ Princípios éticos/doutrinários.
➢ Princípios organizacionais/operacionais.
Princípios éticos/doutrinários
Princípios éticos/doutrinários

Universalidade
❖ A saúde é direito de cidadania e dever do Estado;
❖ Todas as pessoas têm direito ao atendimento
independente de cor, raça, religião, local de moradia,
situação de emprego ou renda, etc.
Princípios éticos/doutrinários
Equidade
❖ Atendimento: Acesso aos serviços de saúde públicos e
privados conveniados; assegurado por uma rede
hierarquizada de serviços e com tecnologia apropriada
para cada nível.
❖ Deixa de existir diferenças entre as populações urbanas e
rurais; entre contribuintes da previdência e não
contribuintes; deixa de existir os “indigentes” (não
incluídos no mercado formal de trabalho)
Princípios éticos/doutrinários
❖ O SUS deve tratar desigualmente os desiguais.
❖ Os serviços de saúde devem identificar as diferenças
da população e trabalhar para cada necessidade,
oferecendo mais a quem mais precisa.
❖ Reduzir disparidades regionais e sociais.
Princípios éticos/doutrinários
❖ Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme as
suas necessidades. O SUS não pode oferecer o mesmo atendimento
a todas as pessoas, da mesma maneira, em todos os lugares. Se
isto ocorrer, algumas pessoas vão ter o que não necessitam e outras
não serão atendidas naquilo que necessitam.

❖ Os serviços de saúde devem considerar que em cada população


existem grupos que vivem de forma diferente, ou seja, cada grupo ou
classe social ou região tem seus problemas específicos, tem
diferenças no modo de viver, de adoecer e de ter oportunidades de
satisfazer suas necessidades de vida.
Princípios éticos/doutrinários

Integralidade
❖ “...entendida como conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema.” (lei 8.080, 7°,II)
❖ A visão do indivíduo como um todo.
❖ As ações de promoção, de prevenção e de recuperação.
❖ Necessidade da hierarquização do sistema de saúde
Princípios éticos/doutrinários
❖ Os serviços de saúde devem funcionar atendendo o
indivíduo como um ser humano integral submetido às
mais diferentes situações de vida e trabalho, que o leva
a adoecer e a morrer.
❖ As ações de promoção, proteção e de recuperação
formam um todo indivisível que não podem ser
compartimentalizadas. As unidades prestadoras de
serviço com seus diversos graus de complexidade,
formam também um todo indivisível, configurando um
sistema capaz de prestar assistência integral.
Princípios organizacionais/operacionais
Princípios organizacionais/operacionais

Regionalização e Hierarquização
❖ Este princípio está ligado aos gestores municipais e
estaduais.
❖ Hierarquização em níveis crescentes de
complexidade.
❖ Regulação adequada entre os níveis do sistema
(fluxo de referências e contra-referencias)
Princípios organizacionais/operacionais

Resolubilidade
❖ É a exigência de que: quando o indivíduo buscar o
atendimento ou quando surgir um problema de
impacto coletivo sobre a saúde, o serviço
correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e
resolvê-lo até o nível de sua complexidade.
Princípios organizacionais/operacionais
Descentralização
❖ Redistribuição das responsabilidades quanto às
ações e os serviços de saúde entre os vários níveis
de governo.
❖ Municipalização.
❖ A Lei 8.080 e as NOBs (Norma Operacional Básica
do Ministério da Saúde) que se seguiram definem
precisamente o que é obrigação de cada esfera de
governo.
Princípios organizacionais/operacionais
Controle Social / Participação Social
❖ É a garantia constitucional de que a população através de
suas entidades representativas, poderá participar do
processo de formulação das políticas de saúde e do
controle de sua execução, em todos os níveis, desde o
federal até o local.
❖ Conselhos de saúde, com representação paritária de
usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores
de serviços, com poder deliberativo (50%)
Princípios organizacionais/operacionais
❖ Constituição:
➢ Garante a participação da população na formulação e
controle da execução das políticas de saúde (voz, vez e
voto).
❖ Lei 8142:
➢ Conselho de saúde
■ Paritário (gestores, profissionais de saúde e
usuários).
■ Municipal, Estadual e Federal.
Fundamentos do Controle Social no SUS
❖ O desenvolvimento da Cidadania;
❖ A construção de espaços democráticos;
❖ O reconhecimento de interesses diferentes e contraditórios
na sociedade;
❖ A construção de políticas e o desenvolvimento de programas
e ações que beneficiem o conjunto da população;
❖ A ação permanente;
❖ A Vigilância, pelo cidadão, da ação do Estado objetivando o
Bem Comum e contra a prevalência dos Interesses
Privados.
Participação Complementar do Setor Privado
❖ Quando o setor público for insuficiente, os serviços privados devem ser
contratados.
❖ Dar preferência aos serviços não lucrativos (hospitais filantrópicos).
❖ A constituição diz “...assim cada gestor deverá planejar primeiro o setor
público e na seqüência, complementar a rede assistencial com o setor
privado não lucrativo, com os mesmos conceitos de regionalização,
hierarquização e universalização”
❖ Sob três condições:
➢ A celebração do contrato conforme as normas de direito público;
➢ A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e
normas técnicas do SUS
➢ A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do
SUS em termos de posição definida na rede regionalizada e
hierarquizada dos serviços.
SUS

❖ 100% da população brasileira, de algum modo é


usuária do SUS.
❖ Mais de 70% é usuária exclusiva do SUS
SUS
● Vigilância permanente de condições sanitárias e de saneamento;
● Segurança nos ambientes de trabalho;
● Higiene em estabelecimentos comerciais e de oferta de serviços;
● Regulação do registro de medicamentos, insumos e equipamentos;
● Controle da qualidade e manipulação dos alimentos;
● Controle da qualidade da água;
● Manutenção dos Bancos de Leite Humano;
● Manutenção dos Bancos de Sangue e doação/coleta;
● Gerenciamento do sistema de Captação, Doação e Transplante de
Órgãos;
● Disponibilização de atendimento emergencial via SAMU.
Política Nacional de Atenção Básica

❖ A Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006 traz a primeira


edição de uma Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), um
documento que descreve as diretrizes e normas para a
organização da Atenção Básica (AB).
❖ Um dos pontos desta política é relativo às funções das
Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o reconhecimento da
existência de diversas modalidades da mesma.
Política Nacional de Atenção Básica
❖ Em 2011 houve uma nova edição da PNAB, por meio da
portaria Nº 2.488 de 21 de outubro de 2011, que trazia uma
requalificação da UBS, o Programa de Melhoria do Acesso e da
Qualidade (PMAQ) e o Programa Mais Médicos (PMM).
❖ Foram criadas também outras modalidades de equipes, como
as do consultório na rua, das populações ribeirinhas e
fluviais.
❖ Também foram vistas mudanças no PAB e no investimento da
AB.
Política Nacional de Atenção Básica

❖ O Piso da Atenção Básica (PAB): é um valor per


capita, que somado às transferências estaduais e aos
recursos próprios dos municípios deverá financiar a
atenção básica à saúde.
Política Nacional de Atenção Básica
❖ Recentemente, uma nova portaria, nº 2.436 de 21 de setembro de
2017, edita o texto da PNAB de 2011, com as seguintes mudanças:
➢ Possibilidade de financiamento de outros modelos de
organização da atenção básica diferentes da estratégia de saúde
da família;
➢ Ampliação das atribuições dos agentes comunitários de saúde;
➢ Construção da oferta nacional de serviços e ações essenciais e
ampliadas da atenção básica;
➢ Inclusão do gerente de atenção básica nas equipes.
Política Nacional de Atenção Básica

É possível consultar todos os textos das portarias na íntegra,


acessando o site do Ministério da Saúde para realizar melhor
detalhamento e comparativo entre todas as alterações.
No Quadro 1 a seguir, temos um breve histórico, pontuando os
principais acontecimentos para a saúde coletiva, no que diz
respeito à criação de programas, ações e estratégias na
atenção básica com o passar dos anos.
Política Nacional de Atenção Básica
Ano Programas, ações, estratégias
1991 Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)
1994 Programa de Saúde da Família (PSF)
Implantação do Piso da Atenção Básica (PAB); Criação do Sistema de Informação da Atenção
1998
Básica (SIAB)
1999 Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAM)
2001 Implantação da Saúde Bucal no Saúde da Família
2003 Projeto de expansão e consolidação da Saúde da Família I; Criação do Bolsa Família
2004 Criação da Política Nacional de Saúde Bucal
Regulamentação da profissão de ACS; Publicação da 1ª edição da Política Nacional de
Atenção Básica (PNAB); Publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e
2006 Complementares em Saúde (PICS); Publicação da Política Nacional de Promoção à Saúde
(PNPS); Mudança do Programa de Saúde da Família (PSF) para Estratégia de Saúde da Família
(ESF)
2007 Criação do Programa Saúde na Escola (PSE)
Política Nacional de Atenção Básica
Ano Programas, ações, estratégias
Criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF); Inclusão do profissional Microscopista à saúde
2008
da Família
2009 Expansão e Consolidação à saúde da Família II
2010 Criação das equipes de Saúde da Família ribeirinhas e custeio das unidades básicas de saúde fluviais
2ª Edição da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB); Criação do Programa Nacional de Melhoria do
Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ); Requalificação das unidades básicas de saúde;
2011 Criação do Programa Melhor em Casa; do Programa Academia da Saúde; Criação das equipes de
Consultório na rua; do Telessaúde Brasil Redes e do Brasil Sorridente Indígena; Revisão da Política
Nacional de Alimentação e Nutrição
2012 Criação do Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica
2013 Criação do Programa Mais Médicos e Substituição do Siab pela Estratégia e-SUS Atenção Básica
Publicação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no
2014
Sistema Prisional (PNAISP); Revisão da PNPS.
2017 3ª edição da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
https://youtu.be/fzir4KbtK_0
Política Nacional de Atenção Básica
❖ Responsabilidades da união: garantir recursos federais,
parcerias, unificar as diretrizes e estratégias CIT
(Comissão Intergestores Tripartite).
❖ Responsabilidades dos estados: garantir recursos
estaduais, CIB (Comissão Intergestores Bipartite), sistema
de informação e relatórios e estratégias.
❖ Responsabilidade do município: executar a PNAB,
enviar relatórios, garantir controle social e recursos
municipais.
Política Nacional de Atenção Básica

❖ Responsabilidades comuns dos entes (municipal,


estadual, federal e união): garantir o funcionamento e
atendimento das normas na AB.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
❖ Principais características estruturais da UBS:
➢ A infraestrutura deve ser adequada à população do território, bem como
suas necessidades e aos processos de trabalho das equipes.
➢ Devem seguir as normas da vigilância sanitária. Devem estar
cadastradas no SCNES (Sistema de Cadastro Nacional dos
Estabelecimentos de Saúde).
➢ Podem ser necessários alguns pontos de apoio para o atendimento de
populações em locais diversos (populações rurais, ribeirinhas) entre
outras características.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica:
❖ Principais pontos para o funcionamento das UBS:
➢ A carga horária mínima de atendimento é de 40 horas semanais,
05 dias da semana e 12 meses do ano.
➢ A população adscrita por equipe de atenção básica deve ser de
2000 a 3500.
➢ Cada UBS pode ter até 4 equipes de saúde da família, que deve
ser decidido considerando-se o número da população no
território, para que tenha o seu potencial resolutivo.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica:
❖ Principais pontos para o funcionamento das UBS:
➢ Deve haver, em local visível, próximo da entrada:
■ identificação e horário de atendimento;
■ mapa de abrangência, com cobertura de cada equipe;
■ identificação do Gerente da AB no território e dos componentes
de cada equipe da UBS;
■ relação de serviços disponíveis;
■ detalhamento das escalas de atendimento da cada equipe.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica:
❖ Tipos de equipe da Atenção Básica:
➢ Equipe de Saúde da Família (ESF): principal estratégia da atenção
básica para sua reorganização.
➢ Deve ser composta por no mínimo: médico (preferencialmente da
especialidade medicina de família e comunidade), enfermeiro
(preferencialmente especialista em saúde da família), auxiliar ou
técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS).
Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias
(ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista,
preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou
técnico em saúde bucal.
Política Nacional de Atenção Básica

Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica:


❖ Tipos de equipe da Atenção Básica:
➢ A quantidade de ACS deve ser escolhida com base na população
do território, de modo que no máximo 750 pessoas sejam
atendidas por cada ACS. Cada profissional da equipe de Saúde
da Família deve trabalhar obrigatoriamente 40hrs semanais e por
tanto só podem estar vinculados a uma equipe no SCNES.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
❖ Tipos de equipe da Atenção Básica:
➢ Equipe de Atenção Básica (EAB): a gestão municipal deve definir a
equipe de Atenção Básica de acordo com as características e as
necessidades de cada município.
➢ As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos
(preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade),
enfermeiro (preferencialmente especialista em saúde da família), auxiliar
ou técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como
dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal,
agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
❖ Tipos de equipe da Atenção Básica:
➢ Equipe de Saúde Bucal (ESB): essa modalidade de equipe
deverá estar vinculada a uma EFS ou a uma EAB. Os
profissionais podem estar vinculados a uma UBS ou a uma
unidade odontológica móvel, podendo ser composta da
seguinte forma:
■ Modalidade 1: Cirurgião-dentista e um técnico em saúde
bucal (TSB) ou auxiliar de saúde bucal (ASB);
■ Modalidade 2: Cirurgião-dentista e TSB + ASB ou TSB +
TSB.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
➢ Tipos de equipe da Atenção Básica:
■ Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica
(NaSF-AB): constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar
composta por categorias de profissionais da saúde, complementar
às equipes que atuam na Atenção Básica.
■ É formado por diferentes ocupações (profissões e especialidades)
da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte
(clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de
Saúde da Família (ESF) e de Atenção Básica (EAB).
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
❖ Tipos de equipe da Atenção Básica para populações específicas:
➢ Equipes de Saúde da Família para população Ribeirinha da Amazônia
Legal e Pantaneira (ESFR): são equipes que desempenham parte
significativa de suas funções em UBS construídas e/ou localizadas nas
comunidades pertencentes à área adstrita e cujo acesso se dá por
meio fluvial e que, pela grande dispersão territorial, necessitam de
embarcações para atender as comunidades dispersas no território.
➢ As ESFR são vinculadas a uma UBS, que pode estar localizada na
sede do Município ou em alguma comunidade ribeirinha localizada na
área adstrita.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
❖ Tipos de equipe da Atenção Básica para populações específicas:
➢ A ESFR será formada por equipe multiprofissional composta por, no
mínimo: 1 médico (preferencialmente da especialidade de Família e
Comunidade) ,1 enfermeiro (preferencialmente especialista em
Saúde da Família) e 1 auxiliar ou técnico de enfermagem.
➢ Podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe
multiprofissional, o ACS e ACE e os profissionais de saúde bucal:1
cirurgião dentista (preferencialmente especialista em saúde da
família) e 1 técnico ou auxiliar em saúde bucal.
Política Nacional de Atenção Básica

Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica


❖ Tipos de equipe da Atenção Básica para populações
específicas:
➢ Equipe de Saúde da Família Fluviais (eSFF): são equipes que
desempenham suas funções em Unidades Básicas de Saúde
Fluviais (UBSF), responsáveis por comunidades dispersas,
ribeirinhas e pertencentes à área adstrita, cujo acesso se dá
por meio fluvial.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
❖ Tipos de equipe da Atenção Básica para populações
específicas:
➢ Equipe de Consultório na Rua (ECR): equipe de saúde com
composição variável, responsável por articular e prestar
atenção integral à saúde de pessoas em situação de rua ou
com características análogas em determinado território, em
unidade fixa ou móvel, podendo ter as modalidades e
respectivos regramentos descritos em portaria específica.
Política Nacional de Atenção Básica
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
❖ Tipos de equipe da Atenção Básica para populações
específicas:
➢ Equipe de Atenção Básica Prisional (EABP): São compostas
por equipe multiprofissional que deve estar cadastrada no
Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente, e
com responsabilidade de articular e prestar atenção integral à
saúde das pessoas privadas de liberdade. Devem atuar
conforme portaria específica.
Política Nacional de Atenção Básica
❖ A atenção básica caracteriza-se por um:
Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo,
que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção
de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a
redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de
desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de
saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e
condicionantes de saúde das coletividades.
Atenção Primária à Saúde no Brasil
❖ Como observado no Portal da Secretaria de Atenção
Primária à Saúde (SAPS), do Ministério da Saúde (MS):
❖ Atenção Primária à Saúde (APS) surge em suas primeiras
experiências no Brasil na década de 1990, após as
mudanças de alguns conceitos da sociedade, com a
Constituição de 1988, que passaram a tratar a saúde como
um direito de todo cidadão e com a criação do Sistema
Único de Saúde (SUS), incentivados pelo forte movimento
da reforma sanitária.
Atenção Primária à Saúde no Brasil

❖ O primeiro modelo de assistência primária à saúde foi o


Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS),
oficialmente implantado em 1991, pelo Ministério da
Saúde, que, posteriormente, deu origem ao Programa
de Saúde da Família (PSF), no ano de 1994, como uma
estratégia para reorganizar os serviços de atenção à
saúde, diminuindo, então, a valorização da doença e do
hospital e um foco para a promoção da saúde, além de
trazer a comunidade para uma participação.
Atenção Primária à Saúde no Brasil
❖ Com o nascimento do programa, vem a implantação
do Piso de Atenção Básica (PAB), que se tratava de
um montante de recursos financeiros que passariam a
ser investidos exclusivamente para as ações da
atenção básica, vindos diretamente do Fundo Nacional
de Saúde e destinados a cada município. Esse
repasse foi o complemento para a mudança do
funcionamento dos sistemas de saúde.
Atenção Primária à Saúde no Brasil
Em meio às várias formulações que a APS sofreu no Brasil,
uma das principais foi quanto à nomenclatura de Atenção
Básica à Saúde (ABS) ou apenas Atenção Básica (AB), que
passou a ser sinônimo da APS, uma vez que suas práticas
são, principalmente, voltadas à vigilância em saúde,
promoção à saúde e prevenção de doenças, que seriam
tidas como ações iniciais básicas para a manutenção da
saúde da população.
Atenção Primária à Saúde no Brasil

❖ Neste modelo de assistência, a figura de maior importância


para o funcionamento desta estratégia é o Agente
Comunitário de Saúde (ACS), que, apesar de presente
desde a implantação do PACS, só passou a ter o exercício
de sua atividade legalmente considerado de “relevante
interesse público” em 1999, por meio do decreto
presidencial Nº 3.189 de 4 de outubro do mesmo ano, que
traçou as diretrizes para a execução do cargo.
Atenção Primária à Saúde no Brasil
Ao longo dos anos 2000 a ESF se expandiu pelos grandes centros
urbanos do Brasil, e ganhou reforço com as Equipes de Saúde Bucal
(ESB) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Em 2006, o PSF passou a ser visto, oficialmente, como uma
estratégia de mudança do modelo assistencial à saúde e o conceito
de programa, que passa uma ideia de caráter transitório, tornou-se
insuficiente para descrevê-lo, portanto, ele passou a ser chamado de
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e com isso, houve uma fusão
deste ao PACS. Neste mesmo período, os ACSs finalmente tiveram
a sua profissão regulamentada pela lei Nº 11.350 de 5 de outubro de
2006.
Obrigada! =D

cristielen.grau@gmail.com

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