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LEI Nº 8080/90

Políticas de Saúde e Prática Assistencial em Saúde Coletiva


PROCESSO SAÚDE DOENÇA
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
LEI 8080/90
DECRETO N° 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011
LEI 8142/90
2020
Fonte: Lei 8080: 30

◦32 anos de criação do anos de criação do


Sistema Único de
Saúde (SUS).

Sistema Único de Disponível em:


http://bvsms.saude.
gov.br/ultimas-

Saúde (SUS) noticias/3295-lei-n-


8080-30-anos-de-
criacao-do-sistema-
unico-de-saude-sus.
Publicado em
Sexta, 18 de
Setembro de 2020,
14h35. Acesso em
02 mar 2021.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
◦ Antecedentes Históricos

◦Movimento pela Reforma


Sanitária (Década de 70)

◦VIII Conferência Nacional de


Saúde (1986)
O Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira
◦ Organizado solidamente
desde meados dos anos 70
◦ Participação de intelectuais,
profissionais dos sistemas de
saúde, parcela da burocracia
e organizações populares e
sindicais
◦ Consequência de uma
revolução política e social
◦ Visando melhores condições
de saúde e qualidade de
vida da população
A 8a Conferência Nacional de Saúde

▪Marco do Movimento
Sanitário Brasileiro
▪Reuniu mais de 5.000
pessoas na maior
participação popular da
história dos movimentos
sociais
▪Definiu as estratégias a
serem defendidas na
Constituinte de 1988 e
consolidou a opção pela
via institucional

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_conferencia_nacional_saude_relatorio_final.pdf
Lei 8080/90
Considerações

◦ Em 19/09/1990 – foi assinada e promulgada pelo Presidente


da República Federativa do Brasil – Fernando Collor e o Brasília, 19 de
setembro de
Ministro da Saúde Alceni Guerra.
1990; 169º da
Independência
◦ Objetivo central: dispor sobre as condições para a e 102º da
promoção, proteção e recuperação da saúde, a República.
organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes, instituindo o Sistema Único de Saúde
(SUS).
◦ Maior e mais complexo sistema de saúde pública do
mundo; SUS
◦ Abrange deste a Atenção Primária (avaliação da
Pressão Arterial) à Alta Complexidade (transplante de
órgãos)

◦ Garante à população - acesso integral, universal e Características


gratuito para toda a população do país. Predominantes
◦ Acesso universal ao sistema público de saúde, sem
discriminação.

◦ Atenção integral à saúde, e “não somente aos


cuidados assistenciais, passou a ser um direito de
todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a
vida, com foco na saúde com qualidade de vida,
visando a prevenção e a promoção da saúde”.
◦ Art. 7º (Lei 8080/90)
◦ Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as
pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso
às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas,
independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras
características sociais ou pessoais. Princípios
◦ Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades.
Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas
do
não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras
palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, SUS
investindo mais onde a carência é maior.
◦ Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo,
atendendo a todas as suas necessidades.
Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção
da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.
Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da
saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde
e qualidade de vida dos indivíduos.
◦ A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser
solidária e participativa entre os três entes da Federação: a
União, os Estados e os municípios.

◦ A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações


quanto os serviços de saúde.
Estrutura do
◦ Engloba a atenção primária, média e alta complexidades,
os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar,
SUS
as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica,
sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.

◦ O Sistema Único de Saúde (SUS) é composto pelo Ministério


da Saúde, Estados e Municípios, conforme determina a
Constituição Federal. Cada ente tem suas
corresponsabilidades.
◦Gestor nacional do SUS, formula,
normatiza, fiscaliza, monitora e
avalia políticas e ações, em
articulação com o Conselho
Ministério
Nacional de Saúde.
◦Atua no âmbito da Comissão
da Saúde
Intergestores Tripartite (CIT) para
pactuar o Plano Nacional de Saúde.
◦Integram sua estrutura: Fiocruz,
Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás,
INCA, INTO e oito hospitais federais.
◦ Secretaria Estadual de Saúde (SES)
◦ Participa da formulação das políticas e ações de saúde, presta apoio aos
municípios em articulação com o conselho estadual e participa da Comissão
Intergestores Bipartite (CIB) para aprovar e implementar o plano estadual de
saúde.
◦ Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
◦ Planeja, organiza, controla, avalia e executa as ações e serviços de saúde em
articulação com o conselho municipal e a esfera estadual para aprovar e
implantar o plano municipal de saúde.
◦ Conselhos de Saúde
◦ O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal),
em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da
política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do
poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
◦ Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Foro de negociação e pactuação entre
gestores federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do
SUS.
◦ Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Foro de negociação e pactuação entre
gestores estadual e municipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS.
◦ Conselho Nacional de Saúde (CNS): instância colegiada, deliberativa e
permanente do SUS. Sua missão é fiscalizar, acompanhar e monitorar as
políticas públicas de saúde nas suas mais diferentes áreas, levando as
demandas da população ao poder público, por isso é chamado de controle
social na saúde.
◦ Conselho Nacional de Secretário da Saúde (Conass): Entidade representativa
dos entes estaduais e do Distrito Federal na CIT para tratar de matérias
referentes à saúde.
◦ Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems): Entidade
representativa dos entes municipais na CIT para tratar de matérias referentes à
saúde.
◦ Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems): São reconhecidos
como entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual,
para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos.
◦ A “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” traz informações para
que você conheça seus direitos na hora de procurar atendimento de
saúde. Ela reúne os seis princípios básicos de cidadania que
asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja
ele público ou privado:
Direitos dos
Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos
sistemas de saúde; usuários do
Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu
problema;
SUS
Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e
livre de qualquer discriminação;

Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa,


seus valores e seus direitos;

Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu trata-


mento aconteça da forma adequada;

Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde


para que os princípios anteriores sejam cumpridos.
◦ Carta dos Direitos dos Usuários do SUS.

◦ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_direito_usuarios_2e
d2007.pdf

◦ Legislação correlata:
◦ Constituição Federal (CF - artigos 196 a 200)
◦ Lei nº 8142/1990: Dispõe sobre a participação da comunidade na LEGISLAÇÃO
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde
◦ Decreto nº 7508/2011: Regulamenta a Lei nº 8080/1990
◦ Lei Complementar nº 141/2012 (Conversão em lei da EC 29):
Regulamenta o art. 198 da CF para dispor sobre os valores mínimos a
serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os
critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as
normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde
e dá outras providências.
◦ A Lei Orgânica da Saúde conta com um total de 55 artigos e sofreu
diversas modificações ao longo do tempo e especialmente Mudanças
recentemente, devido ao cenário de pandemia do coronavírus. da LEI
◦ Artigos de destaque na Lei 8080/90 são:
outros.
Arts. 1° ao 7°, do 19°e 8080/90
◦ Ao passo que os primeiros artigos tratam sobre disposições gerais,
objetivos e atribuições do Sistema Único de Saúde; o artigo 19 em
diante tratará sobre os Subsistemas de Saúde, Recursos, Assistência e LEI Nº 13.427, DE 30 DE
Gestão financeira. MARÇO DE 2017.

◦ Artigo 7
◦ Já referente ao artigo 7, houve uma alteração para inserir, entre os
princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), o princípio da
organização de atendimento público específico e especializado
para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral.
◦ Tal mudança ocorreu devido à LEI Nº 13.427, DE 30 DE MARÇO DE
2017.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13427.htm
Lei 8.080/90: mudanças em 2015 e 2017 SUS
◦ Artigo 23
◦ Art. 23 – É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou
de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de
I – doações de organismos internacionais vinculados à ONU;
II – entidades de cooperação técnica; LEI Nº 13.097, DE 19 DE
III – financiamento e empréstimos.’’ JANEIRO DE 2015

◦ Com a Lei nº 13.097, a participação de empresas ou de capital


estrangeiro na assistência à saúde no Brasil será permitida também a
pessoas jurídicas previstas em legislação.

◦ Para leitura:
https://www.conjur.com.br/2021-dez-25/societario-perspectiva-
capital-estrangeiro-assistencia-saude-brasil
Alterações da Lei 8.080: Lei 14.2021 de 7 de julho de 2020
◦ Teve como o objetivo assegurar aporte de recursos adicionais nas
situações emergenciais e de calamidade pública. Adicionou
parágrafos ao Art. 19-E e 19-G na Lei 8080. Veja quais foram:
Lei nº 14.021,
◦ Art. 19-E
◦ Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-
de 2020
governamentais poderão atuar complementarmente no custeio
e execução das ações.
• 1º A União instituirá mecanismo de financiamento específico para
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que houver http://www.planalto.gov.
necessidade de atenção secundária e terciária fora dos territórios br/ccivil_03/_ato2019-
indígenas. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) 2022/2020/lei/l14021.htm#
• 2º Em situações emergenciais e de calamidade derrubadaveto
pública: (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
◦ I – a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não
previstos nos planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais
Indígenas (Dseis) ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena;
(Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)
◦ II – deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos
planos emergenciais para atendimento dos pacientes graves das
Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos
e as referências para o atendimento em tempo oportuno.
LEI Nº 14.021, DE
◦ Art. 19-G 7 DE JULHO DE
• 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente 2020
fazer o registro e a notificação da declaração de
raça ou cor, garantindo a identificação de todos Dispõe sobre medidas de
os indígenas atendidos nos sistemas públicos de proteção social para

saúde. § 1º-B. A União deverá integrar os sistemas prevenção do contágio e da


disseminação da Covid-19
de informação da rede do SUS com os dados do nos territórios indígenas; cria

Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.


o Plano Emergencial para
Enfrentamento à Covid-19 nos
(Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) territórios indígenas; estipula
medidas de apoio às
• 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de comunidades quilombolas,
aos pescadores artesanais e
informação da rede do SUS com os dados do aos demais povos e
Subsistema de Atenção à Saúde comunidades tradicionais para
o enfrentamento à Covid-19; e
Indígena. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) altera a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, a fim de
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- assegurar aporte de recursos
2022/2020/lei/l14021.htm adicionais nas situações
emergenciais e de calamidade
pública
◦ Alterações da Lei 8.080: Lei 14.141 de 19 de abril de 2021

Lei 14.141
◦ Teve como objetivo tratar sobre a disposição
de remessa de patrimônio genético ao exterior
de 2021
em situações epidemiológicas que caracterizem
emergência em saúde pública. Também foi
motivada pela pandemia do coronavírus, mas https://www.in.gov.
br/en/web/dou/-
seus efeitos são aplicáveis para quaisquer /lei-n-14.141-de-19-
cenários similares. A Lei 14.141 alterou o artigo 16 de-abril-de-2021-
da Lei 8.8080, adicionado três parágrafos: 314897970

https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero
=14141&ano=2021&ato=fcbc3YE5UMZpWT9af
Lei 14.141 de 19 de abril de 2021
◦ Art. 16
• § 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e
sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos
inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de
disseminação nacional. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
14.141, de 2021)
• § 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em
saúde pública, poderá ser adotado procedimento simplificado para a
remessa de patrimônio genético ao exterior, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021)
• § 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto
acabado ou material reprodutivo oriundo de acesso ao patrimônio
genético de que trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos termos
da ei nº 13.123, de 20 de maio de 2015. (Incluído pela Lei nº 14.141,
de 2021)
DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.

Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19


de setembro de 1990, para dispor
sobre a organização do Sistema
Único de Saúde - SUS, o
planejamento da saúde, a
assistência à saúde e a
articulação interfederativa, e dá
outras providências.
Decreto n° 7.508, de 28 de junho de 2011
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7508.htm

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

◦ Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:


◦ I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de
Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais
e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a
finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e
serviços de saúde;
◦ II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado
entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de
saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades,
indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos
financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua
execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e
serviços de saúde;
◦ III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS;
◦ IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os entes
federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS;
◦ V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de
ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a
capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos
indicadores de saúde do sistema;
◦ VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em
níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência à saúde;
◦ VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para o
atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de
atendimento especial; e
◦ VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: critérios para o
diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os
medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias
recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a
verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.
CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DO SUS

◦ Seção I - Das Regiões de Saúde


◦ Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação com os
Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores
Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do art. 30.
◦ § 1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas por
Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respectivos Estados em articulação com os
Municípios.
◦ § 2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de fronteira com outros
países deverá respeitar as normas que regem as relações internacionais.
◦ Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e
serviços de:
◦ I - atenção primária;
◦ II - urgência e emergência;
◦ III - atenção psicossocial;
◦ IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
◦ V - vigilância em saúde.
◦ Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as
transferências de recursos entre os entes federativos.
◦ Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no
âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em
consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões
Intergestores .
◦ Parágrafo único. Os entes federativos definirão os seguintes
elementos em relação às Regiões de Saúde:
◦ I - seus limites geográficos;
◦ II - população usuária das ações e serviços;
◦ III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e
◦ IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e
escala para conformação dos serviços.
Seção II- Da Hierarquização
◦ Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços
de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na
rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade
do serviço.
◦ Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas
Redes de Atenção à Saúde os serviços:
◦ I - de atenção primária;
◦ II - de atenção de urgência e emergência;
◦ III - de atenção psicossocial; e
◦ IV - especiais de acesso aberto.
◦ Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com o
pactuado nas Comissões Intergestores, os entes federativos poderão
criar novas Portas de Entrada às ações e serviços de saúde,
considerando as características da Região de Saúde.
◦ Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especializados,
entre outros de maior complexidade e densidade tecnológica, serão
referenciados pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9º .
◦ Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde será
ordenado pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da
gravidade do risco individual e coletivo e no critério cronológico, observadas
as especificidades previstas para pessoas com proteção especial, conforme
legislação vigente.
◦ Parágrafo único. A população indígena contará com regramentos
diferenciados de acesso, compatíveis com suas especificidades e com a
necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo com disposições
do Ministério da Saúde.
◦ Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, em
todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades
integrantes da rede de atenção da respectiva região.
◦ Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as regras de
continuidade do acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva área
de atuação.
CAPÍTULO III - DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
CAPÍTULO IV- DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Seção I - Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde -
RENASES
Seção II - Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -
RENAME
CAPÍTULO V- DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
Seção I - Das Comissões Intergestores
Seção II - Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
CAPÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Em resumo (Decreto 7.508/11)dispõe:
• Região de saúde;
• Contrato organizativo de ação pública;
• Portas de entrada;
• Comissões Intergestores;
• Mapa da saúde;
• Rede de atenção à saúde;
• Serviços especiais de acesso aberto;
• Protocolo clínico e diretriz terapêutica;
• Relação nacional de ações e serviços de saúde -RENASES;
• Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -RENAME.
Cartilha dos Direitos e Deveres dos Usuários do SUS

https://youtu.be/DgMjGGkxysQ

DOCUMENTÁRIO: SUS 30 ANOS | COFEN

https://www.youtube.com/watch?v=3FfAcgT0oys
Grupos de Trabalho
◦ Grupo 1 – Página 1e 2 (Art. 1º ao Art. 6º)

◦ Grupo 2 – Página 3 e 4 (Art. 7º ao Art. 14ºB)

◦ Grupo 3 – Página 4 e 7 (Art. 15º ao Art. 18º)

◦ Grupo 4 – Página 8 a 10 (Art. 19ºA ao Art. 19-H)

◦ Grupo 5 – Página 9 a 11 (Art. 19ºI ao Art. 19-U)

◦ Grupo 6 – Página (Art. 20º ao Art. 55)

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