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CONTROLE SOCIAL e

PARTICIPAÇÃO NO SUS
O Sistema Único de Saúde
Antecedentes Históricos

Movimento pela Reforma


Sanitária
VIII Conferência Nacional de
Saúde
A 8a Conferência Nacional de Saúde
Marco do Movimento Sanitário Brasileiro
Reuniu mais de 5.000 pessoas na maior participação
popular da história dos movimentos sociais
Definiu as estratégias a serem defendidas na
Constituinte de 1988 e consolidou a opção pelo sistema
único e universal de saúde
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Art. 196: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas socioeconômicas que visem a redução do risco
de doença e de outros agravos e acesso universal igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 198: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede


regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
Sistema Único de Saúde
SUS é a sigla para Sistema Único de Saúde, o sistema de saúde
público brasileiro, um dos maiores do mundo.

O SUS foi criado pela Constituição Federal Brasileira em 1988 e segundo o artigo
4º da Lei Orgânica da Saúde 8080 de 1990 é constituído pelo "conjunto de ações
e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações
mantidas pelo Poder Público".

Princípios do SUS:
- EQUIDADE;
- UNIVERSALIDADE; - DESCENTRALIZAÇÃO;
- INTEGRALIDADE; - PARTICIPAÇÃO SOCIAL.
Lei nº 8.080,de 19 de setembro de 1990.
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências.

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.      (...)
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no
estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
para a sua promoção, proteção e recuperação.

DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais
de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e
hemoderivados, e de equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter
complementar.
Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
Art. 1 – O SUS de que trata a Lei 8.080 contará em cada esfera de governo, sem prejuízo do
Poder Legislativo com as seguintes instâncias colegiadas:
I – Conferência de Saúde;
II – Conselho de Saúde.
§ 1º A Conferência de saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos
sociais, para avaliar a situação de saúde propor as diretrizes para a formulação da política de saúde
nos níveis correspondentes , convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou
pelo Conselho de Saúde.
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço , profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas
pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera de governo.
(...)

Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o
Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o 
Decreto nº 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III – Plano de Saúde;
IV – Relatório de Gestão;
V – Contrapartida de recursos de seus orçamentos;
VI – Comissão de Cargos, Carreiras e Salários.
Lei Complementar 141

Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os


valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os
critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de
fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas
de governo;

A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante


correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos
termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente
à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei
orçamentária anual.

Estados – 12% Municípios – 15%


Conselhos
Os Conselhos de Saúde são um órgãos colegiados, deliberativos e
permanentes do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de
governo (Resolução 453).

Fazem parte da estrutura das secretarias de saúde dos municípios,


dos estados e do governo federal.

Os Conselhos de Saúde são a instância máxima de deliberação do


SUS. As decisões devem ser coletivas no processo de construção do
planejamento, acompanhamento, monitoramento e fiscalização no
cumprimento das ações e serviços de saúde no SUS.
CES-MG
• O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) tem
sua atuação definida no 
 Decreto 45.559 de 3 de março de 2011, na 
Resolução CNS 453/2012 e, conforme a 
Lei Complementar (Federal) 141, de 13 de janeiro de 2012,
trata-se de uma instância essencial para o funcionamento das
políticas públicas de saúde.
• Sua missão é promover e defender o 
Sistema Único de Saúde (SUS) de Minas Gerais, enquanto sua
visão é ser referência na tarefa de participar no aprimoramento
e qualificação dos atores e agentes públicos de controle social
do Estado.
• O Conselho busca permanentemente uma agenda atualizada
em relação às necessidades de saúde da população de Minas
Gerais e, inclusive, levando e elevando essa agenda ao patamar
nacional.
CONSELHO DE SAÚDE
Como funciona?
Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre
suas reuniões e infraestrutura que dê suporte ao seu
funcionamento.
Quem faz parte deste Colegiado?
Representantes do Governo, dos usuários, dos
profissionais de saúde e dos prestadores de serviço.

Atenção Lei nº 8.142/ 90 e Resolução nº 453/ 2012 do CNS :


O segmento dos usuários deve ser paritário com os demais segmentos.
Isso quer dizer que 50% dos integrantes do Conselho de Saúde têm que
ser usuários, 25% devem ser profissionais de saúde e os outros 25%
devem ser gestores e prestadores de serviço.
CONSELHO DE SAÚDE
Onde atua o Conselho de Saúde?
Na formulação de estratégias e no controle da execução das
políticas de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
• Contribuir para a organização do Sistema Único de Saúde (SUS);
• Recomendar a adoção de critérios que garantam qualidade na
prestação de serviços de saúde;
• Definir estratégias e mecanismos de coordenação do SUS, em
consonância com os órgãos colegiados;
• Traçar diretrizes para elaboração do Plano Estadual de Saúde;
• Examinar e encaminhar propostas, denúncias;
• Acompanhar e fiscalizar o desenvolvimento de ações e serviços de
saúde;
• Propor a convocação da Conferência Estadual de Saúde e constituir
sua Comissão Organizadora.
Conferências de Saúde
• A Conferência de Saúde, deve ampliar a participação e as discussões
da sociedade civil e do poder público visando contribuir, criticar e
formular políticas públicas de saúde em consonância e anseios do
âmbito municipal, estadual e federal.
• O produto final da Conferência será o relatório com proposições e
diretrizes para a Política de Saúde em cada esfera, que deverá
compor os Planos Plurianuais de Saúde.
• Caberá ao Conselho de Saúde de cada esfera verificar se essas
proposições e diretrizes constarão dos Planos Anuais.
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Plano Plurianual Plano de Saúde


(PPA) (PS)

Lei de Diretrizes Programação


Orçamentárias Anual de Saúde
(LDO) (PAS)

Lei Relatório Anual


Orçamentária de Gestão (RAG)
Anual (LOA)
PLANO DE
SAÚDE
• O secretário de saúde deve apresentar ao Conselho o Plano de
Saúde, que é o instrumento que, a partir da análise da situação
do município (ou do Estado, do Brasil), apresenta as intenções e
os resultados que devem ser buscados no período de 4 anos;
ou seja: objetivos, diretrizes e metas.

RELATÓRIO DE GESTÃO
• Este instrumento deve ser apresentado pelo secretário de
saúde ao Conselho e deve conter os resultados com a
execução da Programação Anual da Saúde. Cabe aos
conselheiros analisar, aprovar ou reprovar o referido
relatório. Deve ser apresentado ao Conselho de Saúde até
o dia 30 de março do ano seguinte ao da execução
financeira.
Desafios do Controle Social
Capacitação dos conselheiros e conselheiras de saúde;
Estruturação dos Conselhos de Saúde;
Integração entre Conselho Nacional, Conselhos Estaduais
e Conselhos Municipais de Saúde;
Renovação dos Conselhos de Saúde: mobilização e
conscientização da sociedade sobre a relevância de sua
atuação.
“Cidadão é o indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa
ativamente de todas as questões da sociedade.

Tudo o que acontece no mundo, seja no seu país, na minha cidade ou no meu bairro,
acontece comigo.

Então eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida.

Um cidadão com sentimento ético forte e consciência de cidadania, não deixa passar
nada, não abre mão desse poder de participação”.
HERBERT DE SOUZA, BETINHO

Obrigado!
EDERSON ALVES DA SILVA
Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais
Site: http://ces.saude.mg.gov.br
conselhoestadualdesaudemg@saude.mg.gov.br
31-3215-7209

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