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A lei 8.

142 é a outra lei orgânica do SUS, composta da participação da comunidade na gestão


do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da
saúde e de outras providencias

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte lei:

Em cada esfera do governo, sem prejuízo as funções do poder legislativo com >
conferencia de saúde e conselho de saúde <

Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro
de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo,
com as seguintes instâncias colegiadas:

I - a Conferência de Saúde; e

II - o Conselho de Saúde

CONFERENCIA DE SAÚDE

Conferencia de saúde: se reúne a cada 4 anos - a mais importante aconteceu em 1986 – 8


coonferencia

Representantes: vários segmentos sociais – usuários, gestores, trabalhadores e prestadores de


saúde

(usuários, 50% 25 % trabalhadores da área da saúde e 25% governo e prestadores de


serviços)

Para que se reúnem? para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação
da política de saúde nos níveis correspondentes,

Convocada por quem? pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo
Conselho de Saúde

Quem ordena e convoca as conferencias é o conselho de saúde

§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos


vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

CONSELHO DE SAÚDE

Conselho de saúde: ele existe e é permanente, a votação acontece a cada 2 anos para a
troca de profissionais. São permantes dentro da gestão, e deliberativo, é participativo na
execução, fiscaliza

Como atua: controla execução da política de saúde na instância correspondente

§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado


composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões
serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
CONASS E CONASEMS serão representados pelo Conselho Nacional de Saúde

§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de


Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de
Saúde.

OS USUÁRIO TERÃO DIREITO 50 % DE PARTICIPAÇÃO TANTO NO CONSELHO


QUANTO NAS CONFERENCIAS ISSO SE CHAMA REPRESENTAÇÃO PARITÁRIA. E OS
50% SÃO OS DEMAIS SEGMENTOS

§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária


em relação ao conjunto dos demais segmentos.

SUA ORGANIZAÇÃO SERÁ ELABORADO PELO PRÓPRIO CONSELHO E A APROVADO PELO PRÓPRIO
CONSELHO, CHAMAMOS ISSO DE REGIMENTO PRÓPRIO

§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e


normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.

O fundo nacional de saúde é uma esfera de gestão de todos os recursos pertencentes a efera federal
esse recursos serão destinados á:

Despesas de custo e do capital do ministério as saúde, e seus órgãos e entidade da administração


direta e indireta

Investimento que são previstos em lei orçamentária de inicativa do poder legislativo e que são
aprovados pelo congresso nacional - formas de investimento na saúde

Destinado também a investimento no plano qüinqüenal do ministério da saúde, na cobertura das


ações e serviços de saúde a serem efetivados e implementados pelos Municipios, Estados e Distrito
Federal

Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:

I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da


administração direta e indireta;

II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e


aprovados pelo Congresso Nacional;

III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;

IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios,


Estados e Distrito Federal.

Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a


investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às
demais ações de saúde.

O fundo nacional de saúde também destina seus recursos na cobertura de ações e serviços
em municípios, estados e distritos federal para o investimento na rede de serviços, na
cobertura de assistencial ambulatorial e hospitalar

Os recursos serão passados de forma regular e automática para os municípios, estados,


distrito federal
Sendo esses recursos tendo o município 70% e outros 30% para os estados

Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma
regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios
previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

§ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei
n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos,
exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do mesmo artigo. (Vide Lei nº 8.080, de 1990)

§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento,
aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.

§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de


saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.

E qual são as regras para que esses recursos sejam aprovados, o que o muncipios, estados e
DF precisam ter?

Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os
Estados e o Distrito Federal deverão contar com:

I - Fundo de Saúde; - espaço de gestão local

II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n°


99.438, de 7 de agosto de 1990; - todo município, estado e DF precisa ter um conselho de
saúde

III - plano de saúde; - planejamento de saúde, de ações de saúde, que são enviados
ao ministério de saúde

IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei


n° 8.080, de 19 de setembro de 1990; - com transparência com a ultilizao dos recursos

V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS),


previsto o prazo de dois anos para sua implantação.

Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito
Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes
sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.

Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a


estabelecer condições para aplicação desta lei.

Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.

FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.1990

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