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Organização Político-
Administrativa do Estado
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230111255716
LUCIANO DUTRA
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor
de livros. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos
preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e on-line.
Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela Universidade
Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado
em Ciências Militares.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Sociologia
Organização Político-Administrativa do Estado
Luciano Dutra
SUMÁRIO
Organização Político-Administrativa do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Conceito de Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Formas De Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3. Formas de Governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4. Sistemas de Governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5. Regimes de Governo ou Regimes Políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Art. 18, Caput. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
7. União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8. Estados-Membros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9. Distrito Federal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
10. Municípios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
11. Territórios Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
12. Formação dos Estados-Membros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
13. Formação dos Municípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
14. Vedação aos Entes Federados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
15. Intervenção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
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Luciano Dutra
1) APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), tudo bem? Espero que este texto lhe encontre feliz e com saúde.
Inicialmente, gostaria de manifestar a minha imensa satisfação de participar dessa
importante e decisiva caminhada rumo ao tão sonhado cargo público. Muito obrigado por
confiar no nosso trabalho.
A caminhada não será fácil, mas não se assuste, pois estamos aqui para ajudá-lo(a)
nesta batalha. Seremos soldados de todas as horas para JUNTOS enfrentarmos essa guerra.
Antes de tudo, permita-me me apresentar. Meu nome é LUCIANO DUTRA ou apenas LD.
Sou Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos preparatórios
para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e online e autor de diversas obras,
dentre as quais o nosso Direito Constitucional Essencial, que já se encontra na 4ª edição
pela Editora Método. Sou dedicado, também, em estudar a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal. Exerço, com muito orgulho e após intenso esforço, o cargo de Advogado da
União desde 2009. Comecei minha caminhada na seara dos concursos públicos muito cedo,
sendo aprovado no concurso público para Escola Preparatória de Cadetes do Exército aos
15 anos de idade. Graduei-me em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e sou
especialista em Direito Público. Sou, ainda, graduado em Ciências Militares pela Academia
Militar das Agulhas Negras do Exército Brasileiro e Pós-Graduado em Ciências Militares pela
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército Brasileiro, sendo 4º colocado de minha
turma. Além disso, importante dizer que fui aprovado em diversos concursos públicos.
Quer me conhecer um pouco mais? Acesse o link https://www.youtube.com/
watch?v=fyhpellsL_Q.
Este material foi preparado com muito carinho e dedicação para servir de ferramenta
eficaz para a sua aprovação.
Nosso audacioso objetivo é que você gabarite as questões de Direito Constitucional
neste tão aguardado concurso para Oficial do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio
de Janeiro.
Pois bem, agora que você já me conhece, passemos aos ensinamentos do desafiador
Direito Constitucional, trazendo primeiramente dicas valiosas de como estudar nossa
disciplina. Venha comigo!!!
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uma ferramenta testada e aprovada pelos meus saudosos alunos e alunas: aquilo que
denominei de TRIPÉ DA APROVAÇÃO.
Pois bem, meu (minha) querido(a) discente, o estudo do Direito Constitucional para
concursos públicos se apoia em três bases: uma boa doutrina, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal e a leitura incessante da Constituição Federal. Além, é claro, da resolução
das provas anteriores e da escolha de um excelente curso preparatório ( já começou com
o pé direito, escolhendo o Gran Cursos Online – centro de excelência que já aprovou
milhares de ex-alunos).
De início, você deve selecionar uma OBRA DE QUALIDADE. Um bom livro para concurso
público deve trazer os assuntos mais importantes de forma objetiva, sintetizando a doutrina
constitucionalista mais abalizada, a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal,
e somada, se possível, a quadros sinóticos, dicas e exercícios de fixação retirados das provas
já aplicadas.
É importante que a obra se encaixe no seu perfil. Para ajudá-lo(a) nesta difícil tarefa,
seguem algumas indicações bibliográficas, dentre tantas outras existentes no mercado
editorial:
• Luciano Dutra, Direito Constitucional Essencial, Editora Método (4ª edição);
• Alexandre de Moraes, Direito Constitucional, Editora Atlas;
• Alexandre de Moraes, Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional,
Editora Atlas;
• Dirley da Cunha Júnior, Curso de Direito Constitucional, Editora Juspodivm;
• Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco, Curso de Direito Constitucional,
Editora Saraiva;
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que acompanham o material deverão ser encaradas como mera leitura complementar, se
houver tempo. Não se trata de leitura obrigatória, é apenas um brinde do LD para você.
Portanto, direcione a leitura deste PDF de acordo com a sua realidade. Para este concurso
de Oficial do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro, não há necessidade
de ler a jurisprudência trazida ao final de cada aula. Considere-a como um presente do LD
para concursos futuros.
Fechando o TRIPÉ DA APROVAÇÃO, é imprescindível ler e reler o TEXTO DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, palco de cobrança de infindáveis questões. O examinador de qualquer banca,
muitas das vezes, traz para o bojo da prova a literalidade do Texto Maior. Para tanto, tenha
sempre em mãos uma Constituição Federal atualizada, contendo as emendas constitucionais
mais recentes. Temas como os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5º), os Direitos
Sociais (arts. 6º ao 11), o elenco dos bens da União (art. 20), os bens atribuídos aos Estados-
membros (art. 26), a repartição constitucional de competências (arts. 21 a 24), as atribuições
do Congresso Nacional e de suas Casas - Câmara dos Deputados e Senado Federal (arts. 48
a 52), as atribuições do Presidente da República (art. 84), as composições e as competências
dos órgãos do Poder Judiciário (arts. 101 a 126) dependem muito mais do seu esforço pessoal
em ler a Constituição Federal até a exaustão do que assistir uma brilhante aula expositiva
ou a leitura de uma obra doutrinária de qualidade. Nesse viés, para facilitar a sua vida, vou
transcrever no PDF as partes da Constituição Federal que exigem a assimilação por você.
Além da preparação teórica proposta, que necessariamente passará pelo TRIPÉ DA
APROVAÇÃO, é fundamental a RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES dos concursos públicos anteriores.
Aqui, também temos uma dica valiosa: faça as questões recentes da banca que realizará o
seu certame, desde que de editais similares, e todas as questões passadas dos concursos
anteriores do cargo que você pleiteia, independentemente da banca. Com isso, você fixará
os conhecimentos já adquiridos e levantará os temas que precisa melhorar. Nosso PDF
conta, também, com um rol de exercícios minuciosamente selecionados para a sua
preparação. Além disso, você pode contar com o GRAN CURSOS QUESTÕES que contém
inúmeras questões para ajudá-lo(a) na sua aprendizagem.
Em se falando das bancas examinadoras, é importantíssimo conhecer o seu “inimigo”.
Ensina Sun Tzu em “A arte da guerra”, capítulo 10, que: “conheça o inimigo e a si mesmo e
você obterá a vitória sem qualquer perigo; conheça terreno e as condições da natureza, e
você será sempre vitorioso”. No seu caso, o “inimigo” é a banca examinadora e o “terreno”
são as provas passadas desta banca.
Para facilitar o pleno conhecimento do “inimigo” e do “terreno”, segue uma análise
pessoal das bancas examinadoras mais importantes, à luz do TRIPÉ DA APROVAÇÃO:
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1
Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. 39ª edição. 2016. p. 36.
2
Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019. p. 3.
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Ainda, nos valendo do nosso Direito Constitucional Essencial, vamos diferenciar Direito
Público do Direito Privado3. Nos ramos do Direito qualificados como Público, o Estado
participa da relação jurídica em condição de supremacia em relação aos indivíduos (em
condição de desigualdade), prevalecendo a vontade coletiva sobre o interesse individual.
Ao Estado, compete criar normas jurídicas que visam tutelar os interesses coletivos, os
interesses gerais da sociedade, e aplicá-las; ao povo, cumpre obedecer a ordem jurídica
estabelecida. É o Direito composto inteiramente por normas de ordem pública, normas
cogentes, imperativas, de obrigatoriedade inafastável. Como exemplos, temos: Direito
Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Processual, Direito Tributário,
Direito Eleitoral, Direito Ambiental. De outra banda, o Direito Privado trata de relações entre
particulares (privadas). É composto predominantemente por normas de ordem privada
(supletiva) que se direcionam a regulamentação dos interesses individuais. Os integrantes
da relação jurídica estão em pé de igualdade, prevalecendo a autonomia da vontade.
Como exemplos, citamos: o Direito Civil e o Direito Empresarial.
Convém mencionar que a divisão do Direito entre Público e Privado cumpre uma função
eminentemente didático-metodológica (trata-se de uma conveniência acadêmica), uma vez
que o Direito é, a rigor, uno e indivisível. Ademais, essa visão dicotômica do Direito perde mais
espaço com o nascimento do neoconstitucionalismo (ou novo Direito Constitucional). Com
a evolução de um novo paradigma de Estado (chamado de Estado pós-Social), as relações
privadas passam a ser observadas à luz da Constituição Federal. Não por outra razão que
os direitos fundamentais passam a influenciar as relações privadas (estudaremos a seu
tempo o tema eficácia horizontal dos direitos e garantias fundamentais que está ligado à
influência dos direitos fundamentais nas relações jurídico-privadas). Nesse contexto, o Direito
Civil abandona seu caráter meramente patrimonialista e passa a focar no ser humano, em
homenagem a dignidade da pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil
(art. 1º, inc. III) e princípio básico que orienta os demais direitos e garantias fundamentais4.
3
Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019, p. 3.
4
Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019. p. 3-4.
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Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir
um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
5
Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. 39ª edição. 2016. p. 39.
6
Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. 39ª edição. 2016. p. 39-40.
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supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social
e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL.
Por seu turno, a PARTE DOGMÁTICA da Constituição Federal de 1988 constitui o seu
corpo central, reunindo os Princípios Fundamentais (Título I), os Direitos e Garantias
Fundamentais (Título II), a Organização do Estado (Título III), a Organização dos Poderes
(Título IV), a Defesa do Estado e das Instituições Democráticas (Título V), a Tributação e
o Orçamento (Título VI), a Ordem Econômica e a Ordem Financeira (Título VII), a Ordem
Social (Título VIII) e as Disposições Constitucionais Gerais (Título IX). Enfim, é o texto
da Constituição Federal que se estende do art. 1º ao art. 250. Da parte dogmática, o
que é que interessa para você? Depende do seu edital. Nesta apresentação haverá um
direcionamento específico para o seu concurso.
Por sua vez, o ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS (ADCT) é o
conjunto de normas constitucionais que assumem dupla função:
a) realizar a transição entre a nova ordem constitucional e a que foi substituída (por
exemplo: art. 25, do ADCT – não precisa decorá-lo);
Art. 25. Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição,
sujeito este prazo a prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem
7
Marcelo Alkmin apud Oliveira, James Eduardo. Constituição Federal anotada e comentada. Editora Forense. 2013. p. 2.
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Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, da Constituição, caberá ao Presidente da República,
com a aprovação do Senado Federal, indicar o Governador e o Vice-Governador do Distrito Federal.
§ 1º A competência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até que se instale, será exercida
pelo Senado Federal.
§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Distrito
Federal, enquanto não for instalada a Câmara Legislativa, será exercida pelo Senado Federal,
mediante controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal, observado
o disposto no art. 72 da Constituição.
§ 3º Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser atribuídos pela
União na forma da lei.
Diga-se que não há qualquer diferença hierárquica entre as normas previstas no ADCT
e as integrantes da parte dogmática da Constituição Federal. Ambas são formalmente
constitucionais com o mesmo status jurídico, ou seja, as normas constantes do ADCT servem
de parâmetro de controle de constitucionalidade, bem como sua alteração deve seguir o
modelo das emendas constitucionais.
DICA DO LD
Apesar de cumprirem importante papel na transição
constitucional, as normas do ADCT não são imprescindíveis
às Constituições, vale dizer, a existência, ou não, de normas
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8
Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019. p. 64.
9
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da
maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
10
Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019, p. 65.
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Para facilitar nossa memorização quanto à estrutura da Constituição Federal de 1988, vamos a um
mapa mental. Aliás, você encontrará mapas mentais, esquemas e dicas durante todo nosso curso.
parte precedente
sintetiza valores
serve para orientar a interpretação
art. 5º, §3º ATOS INTERNACIONAIS = EC PREÂMBULO não possui força normativa (STF)
não é verdadeiramente uma norma constitucional
corpo principal
art. 3º do ADCT
PARTE arts. 1º ao 250
procedimento único EC DE REVISÃO
DOGMÁTICA parâmetro de controle
6
parâmetro de controle
não é obrigatória a existência
TUDO
NO
PDF
DO
LD
TRIPÉ DA APROVAÇÃO
DIREITO CONSTITUCIONAL
STF LER COM MUITA ATENÇÃO
ESSENCIAL 4ª EDIÇÃO
Conseguiu acompanhar todo o raciocínio até aqui? Espero que sim. Então prossigamos.
Agora que você já me conhece e entendeu o objeto de estudo da nossa querida disciplina,
vou apresentar-lhe o nosso curso de Direito Constitucional em 6 aulas, para o cargo de
Oficial do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro, assim distribuídas:
Aula um – Organização Político-Administrativa do Estado;
Aula dois – Poder Legislativo;
Aula três – Processo Legislativo;
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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO
ESTADO
Olá, meu(minha) aluno(a), como está? Espero que esta aula o(a) encontre bem.
A partir de agora, estudaremos o Título III da nossa Constituição Federal, que trata
da Organização do Estado, dividindo o nosso encontro, para, num primeiro momento,
tratarmos da organização político-administrativa do Estado brasileiro e, após, da repartição
de competências, ok?
Então, aperte o cinto que o avião do Gran Cursos Online vai decolar!
1. CONCEITO DE ESTADO
Querido(a) aluno(a), podemos conceituar Estado como uma reunião de um povo, em
um território determinado, dotado de um governo soberano.
Desse conceito, extraem-se boa parte dos elementos que compõem o Estado: povo,
território, governo e soberania. Incluo como elemento do Estado também a finalidade.
Vejamos cada um deles.
Povo é o conjunto de nacionais, no nosso caso, o conjunto de brasileiros natos e
naturalizados.
Por sua vez, o território é o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce o seu poder
soberano, compreendido pelo espaço terrestre, pelo mar territorial 11 e pelo espaço aéreo
sobrejacente.
Chama-se governo o conjunto de decisões políticas.
Já soberania, conforme estudamos no Título I da nossa Constituição Federal, ao tratar
dos fundamentos do Estado brasileiro, é, no plano interno, o poder que o Estado tem de,
dentro de seu território e sobre o seu povo, impor sua ordem jurídica (suas normas); já
na órbita internacional, é o dever de observância da igualdade entre os Estados, todos
igualmente soberanos.
Por fim, considera-se a finalidade de um Estado o atingimento do bem comum, em
outras palavras, o Estado existe para buscar a concretização do interesse público.
11
Mar territorial: segundo o art. 1º da Lei n. 8.617, 1993, compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura.
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Dito isso, vamos retomar um tema que, certa medida, já tratamos ao estudarmos o Título I
(Princípios Fundamentais). Vamos diferenciar forma de Estado, forma de Governo, sistema
de Governo e regime de Governo.
Não confunda as nomenclaturas que serão expostas. Fechado?
2. FORMAS DE ESTADO
Meu(minha) aluno(a), para saber qual é a forma de Estado adotada por um determinado
país, devemos observar se há, ou não, repartição do exercício do poder, em função do
território estatal.
Se não houver repartição de poder, ou seja, se o poder é exercido de forma central,
se tratará de Estado unitário, também chamado de Estado simples (exemplo: Uruguai).
O Estado unitário pode ser classificado em:
a) Estado unitário puro ou centralizado: caso em que haverá somente um Poder
Executivo, um Poder Legislativo e um Poder Judiciário, exercido de forma central; e
b) Estado unitário descentralizado: situação em que existirá a formação de entes
regionais com autonomia para exercer questões administrativas ou judiciárias fruto
de delegação, mas não se concede a autonomia legislativa que continua pertencendo
exclusivamente ao poder central.
Já se houver repartição de poderes por entes regionais dotados de autonomia política,
o Estado será federal, também chamado de federado, complexo ou composto.
É importante lembrar que o Brasil é uma Federação de 3º grau, por segregação, cooperativa
e assimétrica, conforme já vimos nos princípios fundamentais. Façamos uma revisão!
O Brasil possui um federalismo de 3º grau, porque é formado por três níveis:
• um nível nacional: exercido pela União;
• um nível regional: exercido pelos Estados-membros;
• um nível local: exercido pelos Municípios.
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Por sua vez, a Federação brasileira é formada por segregação, porque éramos um Estado
unitário (à luz da CF de 1824) e houve uma descentralização política do Poder (a partir da
CF de 1891), o que deu origem ao surgimento de outros entes regionais autônomos que
passaram a exercer parcela do poder estatal. Conforme aponta a doutrina, trata-se de
movimento centrífugo (para fora) de formação estatal e distribuição do poder.
Para diferenciar, ocorre uma federação por agregação quando Estados soberanos
se unem para formar um novo Estado, como aconteceu, por exemplo, na formação dos
Estados Unidos da América (EUA). Na formação de uma Federação por agregação, há um
movimento centrípeto (para dentro) de formação estatal.
Somos, ainda, uma Federação cooperativa, na medida em que não há uma rígida
divisão de competências entre o ente de maior grau (União) e os demais entes federados
subnacionais (Estados-membros, Distrito Federal e Municípios). Tal fato é observado a
partir da leitura dos arts. 23, que trata das competências comuns, e 24, que elenca as
competências concorrentes.
Por outro lado, nos Estados que adotam o modelo de federalismo dual, é verificada
uma rígida separação de competências entre o ente de maior grau e os demais entes
descentralizados (como é o caso dos EUA).
Por fim, no federalismo assimétrico, como o nosso, a Constituição Federal parte da
premissa de que há sérias desigualdades socioeconômicas entre os Estados-membros
a exigir um tratamento diferenciado na busca da igualdade entre os componentes da
federação. É o modelo adotado pelo Estado brasileiro, conforme se percebe da leitura do
art. 3º, inciso III.
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Poder é central
Cada ente descentralizado possui apenas autonomia
Unitário administrativa
FORMAS DE
ESTADO Poder é descentralizado
Cada ente descentralizado possui autonomia política
Federação
Pacto indissolúvel
Criado pela Constituição Federal
DICA DO LD
Características da federação brasileira:
a) a organização dos nossos entes políticos está disciplinada
no texto constitucional;
b) todos os entes políticos (União, Estados-membros,
Distrito Federal e Municípios) são dotados, apenas, de
autonomia política;
c) os entes políticos não possuem direito de secessão,
isto é, não podem se separar da República Federativa do
Brasil – princípio da indissolubilidade do pacto federativo
previsto no art. 1º;
d) movimento centrífugo de formação da federação;
e) federalismo assimétrico, tendo em vista o tratamento
desigual dado pela Constituição aos Estados-membros;
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3. FORMAS DE GOVERNO
Já a forma de Governo refere-se à maneira pela qual se dá a instituição do poder na
sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. As formas de Governo
são: República ou Monarquia.
002. (AFRE-RN/2005) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se dá a
instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.
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República Monarquia
Eletividade Hereditariedade
Mandato Vitaliciedade
Dever de prestar contas Sem dever de prestar contas
eletividade
FORMAS DE mandato
República dever de prestar contas
GOVERNO
hereditariedade
vitaliciedade
Monarquia
sem dever de prestar contas
4. SISTEMAS DE GOVERNO
Os sistemas de Governo podem ser o parlamentarista ou o presidencialista, a depender
de como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo no exercício das funções
governamentais, com independência entre eles ou não.
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Exatamente isso.
Certo.
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independência
Sistemas mandato por prazo certo
Presidencialismo responsabilidade perante o povo
de Governo
chefia monocrática
interdependência
mandato por prazo incerto
Parlamentarismo
responsabilidade perante o parlamento
chefia dual
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Ultrapassada essa parte conceitual, vamos avançar pelo estudo da Constituição Federal
brasileira, vendo, agora, o art. 18, ok? Venha comigo!
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Muito cuidado com o que eu vou destacar agora! A banca tentará confundi-lo(a) afirmando
que a União é soberana. Na verdade, a União é autônoma, lembrando, conforme detalhamos
ao tratar do princípio federativo, que ter autonomia é possuir capacidades de: auto-
organização; autogoverno; autolegislação (ou normatização própria); e autoadministração.
Apesar de o Distrito Federal se auto-organizar por uma Lei Orgânica, esta, na sua essência,
é uma verdadeira Constituição Estadual. Conforme consignado na ADI n. 3.756, o Distrito
Federal, muito embora submetido a um regime constitucional diferenciado, está bem mais
próximo da estruturação dos Estados-membros do que dos Municípios, haja vista que:
• ao tratar da competência concorrente, a Constituição Federal colocou o Distrito
Federal em pé de igualdade com os Estados e a União (art. 24);
• ao versar sobre o tema da intervenção, a Constituição Federal dispôs que a “União
não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal” (art. 34), reservando para os
Municípios um artigo em apartado (art. 35);
• o Distrito Federal tem, em plenitude, os três orgânicos Poderes estatais, ao passo
que os Municípios somente têm dois (inciso I do art. 29);
• a Constituição Federal tratou de maneira uniforme os Estados-membros e o Distrito
Federal quanto ao número de deputados distritais, à duração dos respectivos mandatos,
aos subsídios dos parlamentares etc. (§ 3º do art. 32);
• no tocante à legitimação para propositura de ação direta de inconstitucionalidade
perante o STF, a Constituição Federal dispensou à Mesa da Câmara Legislativa do
Distrito Federal o mesmo tratamento dado às Assembleias Legislativas Estaduais
(inciso IV do art. 103);
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A capacidade de autogoverno do Distrito Federal e dos Municípios é limitada, uma vez que
não possuem Poder Judiciário próprio. No caso específico do Distrito Federal, à luz do
art. 21, inciso XIII, cabe à União organizar e manter o Poder Judiciário do Distrito Federal.
AUTO-ORGANIZAÇÃO
AUTOGOVERNO
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Mais uma vez, volto a chamar a sua atenção para não confundir autonomia com soberania.
Somente o Estado brasileiro (a República Federativa do Brasil), reconhecido como
pessoa jurídica de direito público internacional, possui soberania. Já a União, os Estados-
membros, o Distrito Federal e os Municípios possuem apenas autonomia política. Fechou?
010. (MPOG/EPPGG/2009) Nem o governo federal, nem os governos dos Estados, nem os
dos Municípios ou o do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados, expressa
ou implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal.
Exatamente isso!!!
Certo.
Dito isso, vamos estudar agora as entidades federativas (União, Estados-membros, Distrito
Federal e Municípios) e, também, entender o perfil constitucional dos Territórios. Vamos lá!
7. UNIÃO
A União é uma entidade federativa dotada de autonomia política, possuindo as
capacidades de auto-organização, por meio da Constituição Federal, de autogoverno (arts.
44, 76 e 92), de autolegislação (art. 22) e de autoadministração (art. 20).
No uso da capacidade de autolegislação, a União pode legislar privativamente sobre as
matérias do art. 22.
O autogoverno da União fica evidenciado pela capacidade de estruturar o Congresso
Nacional (art. 44), o Poder Executivo federal (art. 76) e os órgãos federais que compõem o
Poder Judiciário brasileiro (art. 92).
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IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede
de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental
federal, e as referidas no art. 26, II: as ilhas marítimas podem ser costeiras ou oceânicas.
Estas ilhas pertencem, em princípio, à União. Entretanto, a ilha costeira que contiver sede
de Município pertencerá ao Município (exemplo: a ilha de Florianópolis), a não ser a parcela
desta ilha que for afetada ao serviço público federal e a unidade ambiental federal, que será
área de domínio da União. Agora, em obediência à parte final deste inciso IV, pertencerá aos
Estados-membros as áreas nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem sob o seu domínio.
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Tem que memorizar esse art. 20, especialmente para concursos federais. Assuma esse
compromisso consigo mesmo(a). Combinado?
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF fixou que a EC 46, de 2005, não interferiu na propriedade da União sobre os
terrenos de marinha e seus acrescidos, nos moldes do art. 20, inc. VII, situados em ilhas
costeiras sede de Municípios. Isso significa que são propriedade da União todos os
terrenos de marinha e seus acrescidos, inclusive aqueles situados nas ilhas costeiras
com sede de Município.
012. (IRB/DIPLOMATA/2013) Por abranger toda a ordem jurídica do Estado Federal brasileiro,
a União é pessoa jurídica de direito público internacional que se confunde com a República
Federativa do Brasil.
Todas as unidades federativas, inclusive a União, são pessoas jurídicas de direito público
interno. Além do mais, a União não se confunde com a República Federativa do Brasil.
Errado.
Esse tipo de questão nos mostra a importância de memorizar o acima transcrito art. 20,
da CF/1988.
Letra d.
014. (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) Será compartilhado o domínio de rio que banhe mais de
um estado-membro, pertencendo a cada um deles a parte que adentrar o seu território.
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8. ESTADOS-MEMBROS
Os Estados-membros são entes que integram a Federação dotados de autonomia política,
em razão das capacidades de auto-organização (art. 25, caput), de autoadministração (art.
26), de autogoverno (arts. 27, 28 e 125) e de autolegislação (art. 25, §§ 1º, 2º e 3º).
A capacidade de auto-organização dos Estados-membros fica evidenciada pelo caput
do art. 25 que determina que os Estados se organizem por suas Constituições.
Por sua vez, a autolegislação está consignada nos parágrafos deste art. 25, segundo o qual:
Vou tratar deste art. 25 com mais profundidade ao ensinar repartição de competências.
De acordo com o autogoverno dos Estados, o art. 27 trata da estruturação do Poder
Legislativo estadual, o art. 28 da estruturação do Poder Executivo estadual e o art. 125 da
estruturação do Poder Judiciário estadual. Vejamos.
O art. 27 regula o Poder Legislativo estadual, que será unicameral. Segundo o art.
27, caput, o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Ou seja,
se um Estado-membro da Federação tem até 12 Deputados Federais, basta multiplicar
esse número por 3 para saber quantos Deputados Estaduais haverá. Agora, se o Estado
tem mais de 12 Deputados Federais, o número de Deputados Estaduais será de 36 mais
o número que ultrapassar 12 Deputados Federais. Pensemos no Estado de São Paulo que
possui 70 Deputados Federais. O número de Deputados Estaduais será de 36 + (70-12)
= 94 Deputados Estaduais. Agora, pensemos no Distrito Federal que possui 8 Deputados
Federais. O número de Deputados Distritais será 8 x 3 = 24. Compreendeu?
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Já o § 1º do art. 27, determina que será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando-se-lhes as regras da Constituição Federal sobre sistema eleitoral,
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
incorporação às Forças Armadas.
Por seu turno, o § 2º do art. 27 assevera que o subsídio dos Deputados Estaduais será
fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, 75% daquele
estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.
O art. 27, § 3º, diz que compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento
interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
Por fim, o art. 27, § 4º, traz a possibilidade de iniciativa popular no processo legislativo
estadual, exigindo uma regulamentação por lei.
O art. 28, por sua vez, regulamenta o Poder Executivo estadual, definindo que a
eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao
mais, o disposto no art. 77 (que será trabalhado ao tratarmos do Poder Executivo federal)
(redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021).
Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público (art. 28, § 1º).
Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão
fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa (art. 28, § 2º).
Já o art. 125, permite que os Estados organizem seu Poder Judiciário, observados os
princípios estabelecidos na Constituição Federal (autogoverno). Aprofundaremos esse
estudo em Poder Judiciário.
À luz da autoadministração dos Estados-membros, são bens dos Estados (art. 26):
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Exatamente isso!!!
Certo.
017. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) Ilha lacustre que não pertença à União pode ser
bem do estado federado ou do município, a depender da localização territorial.
Ilha lacustre que não pertença à União pertencerá ao Estado, conforme prevê o art. 26, III,
da CF/1988.
Errado.
9. DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal (DF) é um ente federativo com competências parcialmente tuteladas
pela União, conforme se extrai do art. 21, incisos XIII e XIV. Da leitura destes dois incisos,
verificamos que 6 órgãos que atuam no DF são organizados e mantidos pela União, quais
sejam: 1) o Poder Judiciário; 2) o Ministério Público; 3) a polícia civil; 4) a polícia militar; 5)
o corpo de bombeiros militares e 6) a polícia penal (de acordo com a nova redação dada
pela Emenda Constitucional n. 104, de 2019)
O DF possui autonomia política com capacidades de auto-organização (art. 32, caput),
de autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º), de autoadministração (art. 32, § 4º) e de autolegislação
(art. 32, § 1º).
Segundo a cabeça do art. 32, o DF se auto-organiza por sua Lei Orgânica, votada em
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
O Distrito Federal possui capacidade de autolegislação, conforme consigna o parágrafo
1º do art. 32, determinando que são atribuídas ao DF as competências legislativas reservadas
aos Estados e Municípios (a chamada competência cumulativa).
A capacidade de autogoverno do DF fica evidenciada pelos parágrafos 2º e 3º, que
tratam, respectivamente, da estruturação do Poderes Executivo e Legislativo. Vejamos:
Art. 32,
[...]
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos
Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato
de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
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Outro ponto que merece destaque é que a Constituição Federal vedou a possibilidade
de o Distrito Federal se dividir em Municípios, à luz do art. 32, caput.
Por expressa determinação constitucional (art. 32, caput, da CF/1988), o DF não pode criar
Municípios.
Letra d.
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Art. 21, XIII e XIV: Poder Judiciário, Ministério Público, polícia civil, polícia militar,
corpo de bombeiro militar e polícia penal serão mantidos pela União.
Autogoverno
Art. 32, § 4o
limitado
10. MUNICÍPIOS
Querido(a) aluno(a), apesar de existir uma corrente minoritária que diz o contrário,
segundo a doutrina majoritária, os Municípios são entes federativos dotados de autonomia
política, haja vista que são citados nos arts. 1º e 18 como integrantes da federação brasileira.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.
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n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos
mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta
mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos
mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos
mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos
mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de
habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de
habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de
habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de
habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de
habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de
habitantes;
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá
a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
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Importante dizer que o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não
poderá ultrapassar o montante de 5% da receita do Município, segundo o art. 29, inc. VII.
Com relação à imunidade material dos Vereadores, a Constituição Federal assegura a
inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, mas limita esta
imunidade material aos limites territoriais da circunscrição do Município (art. 29, VIII). Por
seu turno, o art. 29, inc. IX, assevera que as proibições e as incompatibilidades, no exercício
da vereança, serão similares, no que couber, ao disposto na Constituição Federal para os
membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros
da Assembleia Legislativa.
Cuidado com o seguinte detalhe: o Vereador não tem foro por prerrogativa de função.
Caso cometa um crime comum, será processado e julgado pelo juízo de primeira instância.
No entanto, se praticar um crime doloso contra a vida, será processado e julgado perante
o tribunal do júri.
Como vimos, a Constituição Federal não previu foro especial para os Vereadores, mas
o fez para os Prefeitos, que serão julgados pelo cometimento de crime comum perante o
Tribunal de Justiça do seu Estado-membro (art. 29, X).
Os incs. XI e XII deste art. 29 preveem: a) a organização das funções legislativas e
fiscalizadoras da Câmara Municipal; e b) cooperação das associações representativas no
planejamento municipal.
O art. 29, inc. XIII, prevê a possibilidade de iniciativa popular no processo legislativo
municipal. Isso é muito importante. Segundo a norma, a iniciativa popular de projetos de
lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, exige a manifestação de,
pelo menos, 5% do eleitorado municipal.
Por fim, o art. 29, inc. XIV estende aos Prefeitos a possibilidade de perda do mandato
quando assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada
a posse em virtude de concurso público.
O art. 29-A traz limites para a despesa das Câmaras de Vereadores. Segundo a norma,
o total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e
excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais:
I – 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
II – 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000
(trezentos mil) habitantes;
III – 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes;
IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre
500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
V – 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um)
e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de
8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
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DICA DO LD
Essa redação apresentada do “caput” do art. 29-A é a que
está em vigor. Mas em 2025 será diferente. Vejamos!
Foi publicado a Emenda Constitucional nº 109, de 2021,
alterando o “caput” do art. 29-A, passando a prever a seguinte
redação: “o total da despesa do Poder Legislativo Municipal,
incluídos os subsídios dos Vereadores e os demais gastos
com pessoal inativo e pensionistas, não poderá ultrapassar
os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita
tributária e das transferências previstas no § 5º do art.
153 e nos arts. 158 e 159 desta Constituição, efetivamente
realizado no exercício anterior: [...]”.
Perceba que o que mudou foi a INCLUSÃO dos gastos com
inativos e pensionistas no teto de gastos da Câmara de
Vereadores. Só que essa nova redação ainda não está em
vigor, em razão do art. 7º, da EC nº 109, de 2021, que diz
que “esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de
sua publicação, exceto quanto à alteração do art. 29-A da
Constituição Federal, a qual entra em vigor a partir do
início da primeira legislatura municipal após a data de
publicação desta Emenda Constitucional”.
O início da próxima legislatura municipal só se dará em 2025.
Resumo da ópera:
1) a redação apresentada inicialmente, que exclui do teto
de gastos da Câmara de Vereadores os valores pagos aos
inativos, é o que está valendo até 2025;
2) em 2025, as Câmaras Municipais deverão incluir no seu
teto de gastos os proventos pagos a inativos e pensionistas.
Compreendeu? Colou com o LD?
Ademais, a Câmara Municipal não gastará mais de 70% de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores (art. 29-A, § 1º).
Caso o Presidente da Câmara Municipal desrespeite este limite, cometerá crime de
responsabilidade (art. 29-A, § 3º).
O § 2º do art. 29-A, por sua vez, assevera que constitui crime de responsabilidade do
Prefeito Municipal: I – efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo 29-A;
II – não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou III – enviá-lo a menor em relação à
proporção fixada na Lei Orçamentária.
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Por fim, o art. 31 regulamenta como se dará os controles externo e interno dos Municípios.
Muito cuidado com a redação deste art. 31, especialmente para concursos municipais. De
acordo com este artigo, a fiscalização dos Municípios:
1) será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei;
2) o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais
de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, onde houver;
3) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros
da Câmara Municipal;
4) as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição
de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei;
5) é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Quando
diz que é vedada a criação, significa que os Tribunais de Contas Municipais que já existiam
antes do avento da atual Constituição Federal continuaram existindo. São os casos dos
Tribunais de Contas dos Municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo. Fora esses, não existem
outros Tribunais de Contas Municipais.
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Segundo o art. 30, V, da CF/1988, compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído
o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
Errado.
De acordo com o art. 31, § 4º, da CF/1988, é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou
órgãos de Contas Municipais.
Errado.
Essa questão é muito interessante. Tal qual o Distrito Federal, os Municípios também não
possuem Poder Judiciário próprio.
Errado.
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MUNICÍPIOS
Art. 18, § 2º os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
027. (CGU/AFC/2008) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, depende
de emenda à Constituição Federal.
A criação de Territórios federais, que fazem parte da União, depende de lei complementar.
Errado.
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029. (FUNASA/NÍVEL SUPERIOR/2013) Nos termos da CF, os territórios federais não são
considerados entes federativos, isto é, não gozam de autonomia política, mas integram a
União e possuem natureza de mera autarquia.
DICA DO LD
Os Municípios criados nos Territórios federais serão entidades
federativas semelhantes aos demais Municípios situados nos
Estados-Membros, portanto, terão autonomia política.
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031. (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) De acordo com a CF, são entes da Federação a União,
os Estados e o DF, não sendo os territórios e os Municípios considerados entes autônomos,
visto que os primeiros representam autarquias territoriais da União e os segundos, divisões
político-territoriais dos Estados-membros.
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DICA DO LD
Aprovada a criação de um novo Estado-membro pela
população diretamente interessada, mediante plebiscito,
o Poder Legislativo federal (o Congresso Nacional) tem
liberdade plena para decidir pela criação ou não da entidade
federativa. Agora, se o plebiscito for desfavorável, o
procedimento está encerrado, uma vez que a aprovação
da população diretamente interessada constitui verdadeira
condição de procedibilidade do processo legislativo da lei
complementar.
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DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF declarou que a norma do art. 18, § 4º, é de eficácia limitada. Dessa forma, a não
edição da lei complementar federal fez com que o Plenário da Suprema Corte declarasse a
inconstitucionalidade das leis estaduais que criaram Municípios sem a existência da citada
lei complementar federal, mas não pronunciou a nulidade dos atos atacados, mantendo-os
vigentes por mais dois anos.
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DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Com amparo no art. 19, III, o STF assentou que é inconstitucional a lei estadual que estabeleça
como condição de acesso a licitação pública, para aquisição de bens ou serviços, que a empresa
licitante tenha a fábrica ou sede no Estado-membro.
15. INTERVENÇÃO
O que é a intervenção? Intervenção é uma medida excepcional tomada por uma
entidade federativa de maior grau (União ou Estado-membro) em face de outra entidade
federativa de menor grau (Estado-membro, Distrito Federal ou Município), em que se afasta
temporariamente a autonomia política do ente onde se opera a intervenção.
A União intervém nos Estados-membros ou no Distrito Federal e os Estados-membros
intervém nos seus Municípios. Mas será que haveria a possibilidade da União intervir
diretamente em Municípios? Sim, mas apenas em Municípios situados em Território Federal.
Isto é, a União jamais intervirá em Municípios situados nos Estados-membros.
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As hipóteses de intervenção federal estão previstas (em rol taxativo) no art. 34, são elas:
I – manter a integridade nacional;
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais (conhecidos como
princípios constitucionais sensíveis):
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde.
Da leitura dos incisos dos art. 34 e 36, extraímos que há 4 tipos de intervenção. Vejamos.
1) intervenção espontânea: são as hipóteses presentes nos incs. I, II, III e V do art. 34.
Nesse caso, o Presidente da República tem liberdade para decidir pela intervenção
(ou não), ouvindo antes o Conselho da República (art. 90, I) e o Conselho de Defesa
Nacional (art. 91, § 1º II);
2) intervenção provocada por solicitação: é a hipótese prevista no art. 34, IV, quando
a coação recair sobre o Poder Legislativo ou o Poder Executivo do Estado ou do Dis-
trito Federal. Nesse caso, o Poder coagido solicita ao Presidente da República a inter-
venção federal, porém o Presidente da República não estará vinculado ao pleito. Pelo
contrário, terá liberdade para intervir ou não, ouvindo antes o Conselho da República
(art. 90, I) e o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1º II);
3) intervenção provocada por requisição: são as hipóteses do mesmo art. 34, IV (quan-
do a coação for exercida contra o Poder Judiciário) e do art. 34, VI, segunda parte (no
caso de desobediência de ordem ou decisão judicial). Se se tratar de matéria eleito-
ral, a requisição fica a cargo do Tribunal Superior Eleitoral. Se estiver sendo descum-
prida uma ordem do Superior Tribunal de Justiça, a ele cabe a requisição. Nas demais
matérias, a requisição compete ao Supremo Tribunal Federal. Aqui, o Presidente da
República estará vinculado à requisição do Poder Judiciário.
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Segundo o STF, é inconstitucional - por violação aos princípios da simetria e da
autonomia dos entes federados - norma de Constituição Estadual que prevê hipótese
de intervenção do Estado-membro no Município fora das que são taxativamente
elencadas no art. 35, da Constituição Federal.
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Por fim, determina o art. 36, § 4º, que, cessados os motivos da intervenção, as autoridades
afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
excepcional possibilidade de supressão temporária da
autonomia política realizada por um ente de maior grau
sobre um ente de menor grau
Conceito
Art. 34
Intervenção Federal nos Estados ou no Distrito Federal e nos Municípios
situados em Territórios
INTERVENÇÃO
Art. 35
Intervenção nos seus Municípios
Estadual
Rol taxativo
Provocada por
provimento de Art. 34, VII - desrespeito aos princípios constitucionais sensíveis
representação Art. 34, VI, parte inicial - prover a execução de lei federal
do PGR
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4) ADI 692: Viola a autonomia dos Municípios (art. 29, IV, da CF/1988) lei estadual que
fixa número de vereadores ou a forma como essa fixação deve ser feita.
[ADI 692, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-8-2004, P, DJ de 1º-10-2004.]
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9) ADPF 54: O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro quanto às
religiões.
[ADPF 54, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-4-2012, P, DJE de 30-4-2013.]
Vide ADI 4.439, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 27-9-2017, P, DJE de 21-6-2018
10) ADI 5.776: Lei Estadual 6.677/1994 do Estado da Bahia. Concurso público. Empate
entre candidatos. Preferência em ordem de classificação a candidato que contar mais
tempo de serviço prestado ao ente. (...) O dispositivo legal impugnado tem o claro
propósito de conferir tratamento mais favorável a servidores do Estado da Bahia, em
detrimento dos demais Estados da Federação, estando em frontal desacordo com o
art. 19, III, da CF, que veda o estabelecimento de distinções entre brasileiros com base
na origem ou procedência.
[ADI 5.776, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 19-12-2018, P, DJE de 3-4-2019.]
11) ADI 3.583: É inconstitucional a lei estadual que estabeleça como condição de acesso
a licitação pública, para aquisição de bens ou serviços, que a empresa licitante tenha
a fábrica ou sede no Estado-membro.
[ADI 3.583, rel. min. Cezar Peluso, j. 21-2-2008, P, DJE de 14-3-2008.]
13) Súmula 479, do STF: As margens dos rios navegáveis são de domínio público,
insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.
15) ADI 2.080: (...) conforme já decidido pelo Plenário desta Suprema Corte quando
do indeferimento da medida cautelar (...), entendo não violar a Constituição Federal
a previsão, em Constituição e Legislação Estaduais, para fins tributários, de que as
porções do mar territorial, da plataforma continental e da zona econômica exclusiva
integram o território do Estado do Rio de Janeiro e Municípios do litoral.
[ADI 2.080, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 18-10-2019, P, DJE de 6-11-2019.]
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16) ADI 4.846: Os royalties são receitas originárias da União, tendo em vista a propriedade
federal dos recursos minerais, e obrigatoriamente transferidas aos Estados e Municípios.
(...) É constitucional a imposição legal de repasse de parcela das receitas transferidas
aos Estados para os municípios integrantes da territorialidade do ente maior.
[ADI 4.846, rel. min. Edson Fachin, j. 9-10-2019, P, DJE de 18-2-2020.]
17) ADI 4.606: Segundo jurisprudência assentada nesta CORTE, as rendas obtidas nos
termos do art. 20, § 1º, da CF constituem receita patrimonial originária, cuja titularidade
– que não se confunde com a dos recursos naturais objetos de exploração – pertence
a cada um dos entes federados afetados pela atividade econômica. Embora sejam
receitas originárias de Estados e Municípios, as suas condições de recolhimento e
repartição são definidas por regramento da União, que tem dupla autoridade normativa
na matéria, já que cabe a ela definir as condições (legislativas) gerais de exploração
de potenciais de recursos hídricos e minerais (art. 22, IV e XII, da CF), bem como as
condições (contratuais) específicas da outorga dessa atividade a particulares (art.
176, parágrafo único, da CF). Atualmente, a legislação de regência determina seja o
pagamento ‘efetuado, mensalmente, diretamente aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios e aos órgãos da Administração Direta da União’ (art. 8º da Lei 7.990/1989).
[ADI 4.606, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 28-2-2019, P, DJE de 6-5-2019.]
18) ADI 5.520: A Emenda Constitucional 61/2012 de Santa Catarina conferiu status
de carreira jurídica, com independência funcional, ao cargo de delegado de polícia.
Com isso, alterou o regime do cargo e afetou o exercício de competência típica da
chefia do Poder Executivo, o que viola a cláusula de reserva de iniciativa do chefe do
Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, c, extensível aos Estados-Membros por força do art.
25 da CF).
[ADI 5.520, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 6-9-2019, P, DJE de 20-9-2019.]
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20) ADI 5.690: É constitucional legislação federal que estabeleça novas eleições para os
cargos majoritários simples – isto é, Prefeitos de Municípios com menos de duzentos
mil eleitores e Senadores da República – em casos de vacância por causas eleitorais.
[ADI 5.690, rel. min. Roberto Barroso, j. 8-3-2018, P, Informativo 893.]
21) RE 881. 422: O art. 29, IV, da CF de 1988, em sua redação original, estabelecia três
faixas populacionais para nortear as quantidades máximas e mínimas de vereadores em
cada Município, devendo esse, atendendo ao princípio da proporcionalidade, estabelecer
o quantitativo suficiente ao atendimento das demandas locais. A amplitude elastecida
do espaço de decisão legislativa quanto ao número de vereadores permitiu distorções
no sistema, levando o Congresso Nacional a editar a EC 58, de 23 de setembro de
2009, que conferiu nova redação para o art. 29, IV, da CF/1988, ampliando de 3 para
25 as faixas populacionais que orientariam essa fixação e estabelecendo tão somente
o limite máximo do número de vereadores para cada faixa populacional. A intenção
do constituinte reformador foi conferir objetividade no estabelecimento do número
de vereadores, sem, contudo, coartar a autonomia dos Municípios, princípio que foi
valorizado pela Constituição de 1988, permitindo certa flexibilidade na definição do
número de representantes das casas legislativas municipais. (...) A EC 58/2009 buscou
viabilizar, exatamente, que Municípios de realidades distintas, apesar de possuírem
número aproximado de habitantes, pudessem fixar quantitativo de vereadores
compatível com sua realidade, assegurando-se, ao mesmo tempo, o cumprimento
dos princípios da proporcionalidade, da autonomia municipal e da isonomia. Para tanto
é que foram retirados do texto constitucional os limites mínimos, permitindo certa
flexibilidade na atuação das Câmaras Municipais, sem que se corresse o risco de ser
malferida a razoabilidade na fixação do número de vereadores.
[RE 881.422, rel. min. Dias Toffoli, j. 7-2-2018, P, DJE de 16-5-2018.]
22) Súmula 703, do STF: A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração
de processo pela prática dos crimes previstos no art. 1º do DL 201/1967.
23) Súmula 702, do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos
restringe-se aos crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos,
a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
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É isso! Conseguiu acompanhar? Espero que sim. De todo modo, estou disponível no
nosso fórum de dúvidas. Gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é
muito importante para nós.
Forte abraço, fique com Deus e bons estudos!
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RESUMO
Conceito de Estado: reunião de um povo, em um território determinado, dotado de
um governo soberano.
Elementos dos Elementos do Estado: povo, território, governo, soberania e finalidade.
Povo: é o conjunto de nacionais, no nosso caso, o conjunto de brasileiros natos e
naturalizados.
Território: é o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce o seu poder soberano,
compreendido pelo espaço terrestre, pelo mar territorial e pelo espaço aéreo sobrejacente.
Governo: conjunto de decisões políticas.
Soberania: é, no plano interno, o poder que o Estado tem de, dentro de seu território
e sobre o seu povo, impor sua ordem jurídica (suas normas); já na órbita internacional, é o
dever de observância da igualdade entre os Estados, todos igualmente soberanos.
Finalidade: atingimento do bem comum.
Formas de Estado: a) Unitário - não há repartição de poder, ou seja, o poder é exercido
de forma central; b) Federado - há repartição de poderes por entes regionais dotados de
autonomia política.
Formas de Governo: a) República - possui as seguintes características: 1) eletividade:
os representantes são eleitos de forma direta e, excepcionalmente, de forma indireta;
2) cumprimento de mandato: significa a temporariedade de permanência no governo
(necessidade de alternância no poder); 3) dever de prestar contas de seus atos: o governante
possui responsabilidades perante o povo que o elegeu; b) Monarquia - as características
são: 1) hereditariedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por
vínculo sanguíneo; 2) vitaliciedade: não temporário; o governante fica no poder até sua
morte ou eventual abdicação do trono; 3) não prestação de contas: o monarca não presta
contas de seus atos.
Sistemas de Governo: a) parlamentarista: o primeiro-ministro possui mandato por
prazo incerto, uma vez que a responsabilidade do governante se dá perante o parlamento,
ou seja, esse sistema é caracterizado pela interdependência entre os Poderes Executivo e
Legislativo; b) presidencialista: o Presidente da República cumpre mandato por prazo certo.
Nesse caso, há clara independência entre os Poderes Executivo e Legislativo.
Regimes de Governo: a) autocrático: o povo não participa das formulações políticas
do Estado; b) democrático: há efetiva participação do povo por meio do voto, da iniciativa
popular de leis, da presença nos tribunais do júri, propondo ação popular etc.
Art. 18, “Caput”: a organização político-administrativa da República Federativa do
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos
(autonomia política), nos termos da Constituição Federal.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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016. (EXAME DA OAB/2007.3) Nos termos da Constituição de 1988, o Estado federal brasileiro
a) é formado pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal (DF),
todos autônomos, sendo apenas a União detentora do atributo da soberania.
b) adota um sistema de repartição de competências que enumera os poderes da União, define
indicativamente os dos municípios e atribui os poderes remanescentes para os estados.
c) destina à União, como ente central, competências de caráter exclusivo e privativo, restando
aos estados, ao DF e aos municípios apenas o exercício de competências legislativas em
caráter remanescente e suplementar.
d) não admite que os municípios, mesmo de forma suplementar, possam legislar sobre as
matérias que são objeto da legislação federal e estadual.
018. (EXAME DA OAB/2008.2) Não constitui causa de intervenção da União nos estados e no DF
a necessidade de
a) manter a integridade nacional.
b) prover a execução de ordem judicial.
c) assegurar o princípio da autonomia municipal.
d) garantir a aplicação do mínimo exigido da receita na segurança pública.
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c) a impugnação das contas apresentadas pelo Chefe do Executivo local exige a adesão
mínima de um terço dos eleitores do Município Alfa.
d) a CRFB/88 não prevê qualquer forma de participação popular no controle das contas
públicas, razão pela qual Carlos deve recorrer ao Ministério Público Estadual para que seja
apresentada ação civil pública impugnando os atos lesivos ao patrimônio público praticados
pelo prefeito do Município Alfa.
027. (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A parte da população do Estado V situada ao sul do
seu território, insatisfeita com a pouca atenção que vem recebendo dos últimos governos,
organiza-se e dá início a uma campanha para promover a criação de um novo Estado-membro
da República Federativa do Brasil – o Estado N, que passaria a ocupar o território situado
na parte sul do Estado V. O tema desperta muita discussão em todo o Estado, sendo que
alguns argumentos favoráveis e outros contrários ao desmembramento começam a ganhar
publicidade na mídia. Reconhecido constitucionalista analisa os argumentos listados a seguir
e afirma que apenas um deles pode ser referendado pelo sistema jurídico-constitucional
brasileiro. Assinale-o.
a) O desmembramento não poderia ocorrer, pois uma das características fundamentais do
Estado Federal é a impossibilidade de ocorrência do chamado direito de secessão.
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b) O desmembramento poderá ocorrer, contanto que haja aprovação, por via plebiscitária,
exclusivamente por parte da população que atualmente habita o território que formaria
o Estado N.
c) Além de aprovação pela população interessada, o desmembramento também pressupõe
a edição de lei complementar pelo Congresso Nacional com esse objeto.
d) Além de manifestação da população interessada, o sistema constitucional brasileiro
exige que o desmembramento dos Estados seja precedido de divulgação de estudos de
viabilidade.
028. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) José é cidadão do município W, onde está localizado
o distrito de b. Após consultas informais, José verifica o desejo da população distrital de
obter a emancipação do distrito em relação ao município de origem. De acordo com as
normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um
novo Município, são indispensáveis:
a) lei estadual e referendo.
b) lei municipal e plebiscito.
c) lei municipal e referendo.
d) lei estadual e plebiscito.
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responsável pelo controle dessas contas propôs a criação de um tribunal de contas municipal
para garantir melhor controle dos gastos do município. Conforme a Constituição Federal
de 1988 (CF), a proposta do servidor do tribunal de contas é
a) viável somente para as capitais dos estados, porque sua estrutura administrativa, mais
complexa, justifica a criação desse órgão de controle.
b) inconstitucional, pois é vedada expressamente pelo texto da CF.
c) inconstitucional, uma vez que a CF, quando da sua promulgação, determinou a extinção
dos tribunais de contas municipais existentes.
d) recomendada para municípios com mais de vinte mil habitantes.
e) recomendada para estados que tenham muitos municípios, para que o controle de contas
seja mais eficiente e transparente.
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GABARITO
1. d 35. c 69. b
2. b 36. C 70. c
3. e 37. C 71. c
4. b 38. a 72. c
5. b 39. C 73. E
6. c 40. E 74. d
7. d 41. C 75. a
8. c 42. E 76. c
9. a 43. E 77. d
10. d 44. C 78. b
11. d 45. C 79. d
12. a 46. E 80. d
13. c 47. E 81. a
14. a 48. E 82. c
15. a 49. E 83. b
16. b 50. c 84. C
17. c 51. c 85. a
18. d 52. c 86. a
19. b 53. b 87. d
20. c 54. b 88. e
21. d 55. a 89. b
22. a 56. b 90. d
23. b 57. c 91. c
24. d 58. E 92. c
25. b 59. C 93. b
26. b 60. C 94. E
27. c 61. E 95. C
28. d 62. E 96. E
29. a 63. c
30. a 64. a
31. b 65. b
32. C 66. e
33. C 67. a
34. a 68. d
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GABARITO COMENTADO
Segundo o art. 60, § 4º, “não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente
a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais”. A vedação ao exercício
do direito de secessão está estampada na cabeça do Art. 1º, que leciona que a federação
brasileira é formada a partir de uma união indissolúvel, perceba: “a República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito”. Se um determinado Estado resolver romper com
a federação, sofrerá intervenção federal para a manutenção da integridade nacional. É o
que diz o Art. 34, I: “a União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional”.
Letra d.
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É a expressão do Art. 18, § 3º, segundo o qual “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Letra b.
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forma da lei. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios, onde houver. O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as
contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de
dois terços dos membros da Câmara Municipal”.
Letra e.
De acordo com a cabeça do art. 29, “o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em
dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros
da Câmara Municipal, que a promulgará”.
Letra b.
Os Territórios não são entidades federativas. Conforme o art. 18, “caput”, da CF/1988,
“a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
desta Constituição”.
Letra b.
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Está em conformidade com o art. 26, I, da CF/1988, que determina que são bens dos Estados
“as águas superficiais ou subterrâneas [...]”.
Letra c.
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O item está de acordo com o disposto no art. 18, § 4º, da CF/1988, segundo o qual “a criação,
a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei”.
Letra a.
Segundo a cabeça do art. 32, “o Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á
por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição”.
Letra d.
Diz o importantíssimo art. 20 que “são bens da União: V - os recursos naturais da plataforma
continental e da zona econômica exclusiva”.
Letra d.
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Numa visão mais ampla, poder-se-ia identificar cinco elementos constitutivos do Estado:
povo, território, governo, soberania e finalidade.
Letra c.
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Segundo o art. 25, § 3º, da CF/1988, “os Estados poderão, mediante lei complementar
[estadual], instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”.
Letra a.
Os Estados podem adotar duas formas de Estado: o unitário ou o federado (ou federação).
Por sua vez, são formas de governo a República e a Monarquia. O Estado unitário, também
chamado de Estado simples, é aquele em que existe um único centro dotado de capacidade
legislativa, administrativa e política, do qual emanam todos os comandos normativos e
no qual se concentram todas as competências constitucionais. Como exemplo, o Estado
do Uruguai. De outra banda, os Estados federativos, também chamados de federados,
complexos ou compostos, são aqueles em que as capacidades políticas, legislativas e
administrativas são atribuídas constitucionalmente a entes regionais, que passam a gozar
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de autonomias (e não soberanias) próprias. Na República, o poder é exercido pelo povo, por
intermédio de mandatários eleitos temporariamente. Possuem as seguintes características:
i) eletividade: os representantes são eleitos de forma direta ou indireta; ii) periodicidade
da renovação representativa: temporariedade no governo; iii) representação popular: o
Governo representa o povo; e iv) dever de prestar contas de seus atos: responsabilidade dos
atos do governante. Na Monarquia, o poder é exercido por quem o detém naturalmente,
sem representar o povo por meio do mandato. As características desta forma de Governo
são: i) hereditariedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por
vínculo sanguíneo; ii) vitaliciedade: não temporário; iii) não representatividade popular: o
Monarca não representa o povo, mas sim a uma linhagem familiar; e iv) não prestação de
contas: o Monarca não presta contas de seus atos.
Letra a.
016. (EXAME DA OAB/2007.3) Nos termos da Constituição de 1988, o Estado federal brasileiro
a) é formado pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal (DF),
todos autônomos, sendo apenas a União detentora do atributo da soberania.
b) adota um sistema de repartição de competências que enumera os poderes da União, define
indicativamente os dos municípios e atribui os poderes remanescentes para os estados.
c) destina à União, como ente central, competências de caráter exclusivo e privativo, restando
aos estados, ao DF e aos municípios apenas o exercício de competências legislativas em
caráter remanescente e suplementar.
d) não admite que os municípios, mesmo de forma suplementar, possam legislar sobre as
matérias que são objeto da legislação federal e estadual.
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É o que prevê o art. 31, § 4º, da CF/1988, para o qual “é vedada a criação de Tribunais,
Conselhos ou órgãos de Contas Municipais”.
Letra c.
018. (EXAME DA OAB/2008.2) Não constitui causa de intervenção da União nos estados e
no DF a necessidade de
a) manter a integridade nacional.
b) prover a execução de ordem judicial.
c) assegurar o princípio da autonomia municipal.
d) garantir a aplicação do mínimo exigido da receita na segurança pública.
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Nas hipóteses dos artigos 34, VI e VII e 35, IV, ficam dispensadas a apreciação pelo Congresso
Nacional, vale dizer, o controle exercido pelo Congresso Nacional será posterior. Nesses
casos, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida
bastar ao restabelecimento da normalidade (Art. 36, § 3º, da CF/88).
Letra c.
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É o que se extrai do Art. 27, § 1º, da CF/1988, segundo o qual “será de quatro anos o
mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre
sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.”
Letra d.
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À luz do art. 18, § 3º, “os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar”.
Letra d.
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É o que estabelece o Art. 31, § 3º, segundo o qual “as contas dos Municípios ficarão, durante
sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei”.
Letra b.
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Em respeito ao art. 31, § 2º, “o parecer prévio, emitido pelo órgão competente [no caso o
Tribunal de Contas do Município] sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar,
só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal”.
Letra b.
027. (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) A parte da população do Estado V situada ao sul do
seu território, insatisfeita com a pouca atenção que vem recebendo dos últimos governos,
organiza-se e dá início a uma campanha para promover a criação de um novo Estado-membro
da República Federativa do Brasil – o Estado N, que passaria a ocupar o território situado
na parte sul do Estado V. O tema desperta muita discussão em todo o Estado, sendo que
alguns argumentos favoráveis e outros contrários ao desmembramento começam a ganhar
publicidade na mídia. Reconhecido constitucionalista analisa os argumentos listados a seguir
e afirma que apenas um deles pode ser referendado pelo sistema jurídico-constitucional
brasileiro. Assinale-o.
a) O desmembramento não poderia ocorrer, pois uma das características fundamentais do
Estado Federal é a impossibilidade de ocorrência do chamado direito de secessão.
b) O desmembramento poderá ocorrer, contanto que haja aprovação, por via plebiscitária,
exclusivamente por parte da população que atualmente habita o território que formaria o
Estado N.
c) Além de aprovação pela população interessada, o desmembramento também pressupõe
a edição de lei complementar pelo Congresso Nacional com esse objeto.
d) Além de manifestação da população interessada, o sistema constitucional brasileiro
exige que o desmembramento dos Estados seja precedido de divulgação de estudos de
viabilidade.
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028. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) José é cidadão do município W, onde está localizado
o distrito de b. Após consultas informais, José verifica o desejo da população distrital de
obter a emancipação do distrito em relação ao município de origem. De acordo com as
normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um
novo Município, são indispensáveis:
a) lei estadual e referendo.
b) lei municipal e plebiscito.
c) lei municipal e referendo.
d) lei estadual e plebiscito.
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No caso de intervenção federal provocada por requisição para exigir cumprimento de decisão
judicial (Art. 34, VI, parte final), o Presidente da República, após a requisição do Supremo
Tribunal Federal, decretará a intervenção federal, dispensado, nesse caso, o controle pelo
Congresso Nacional.
Letra a.
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Essa ressalva é dada pelo art. 19, I, da CF/1988, que diz que é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios “estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-
los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”.
Letra b.
Segundo o art. 32, “caput”, da CF/1988, “o Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios,
reger-se-á por lei orgânica”, estando em conformidade com o enunciado.
Certo.
Conforme o disposto no art. 20, § 1º, da CF/1988, “é assegurada, nos termos da lei, à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da exploração
de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e
de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial
ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração”.
Certo.
De acordo com o art. 18, § 3º, da CF/1988, “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Letra a.
Conforme o art. 20, X, da CF/1988, são bens da União as cavidades naturais subterrâneas
e os sítios arqueológicos e pré-históricos.
Letra c.
Nos casos de intervenção provocada por requisição do Poder Judiciário, o Presidente estará
obrigado a realizar a intervenção federal.
Certo.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Segundo o art. 20, II e VII, da CF/1988, são bens da União as terras devolutas indispensáveis
à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei, e os terrenos de marinha e seus
acrescidos.
Certo.
Os territórios não estão no art. 18, “caput”, da CF/1988, que diz que “a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”.
Letra a.
De acordo com o art. 20, XI, da CF/1988, são bens da União as terras tradicionalmente
ocupadas pelos índios.
Certo.
Conforme o art. 20, III, da CF/1988, “os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos
de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado [...]” são bens da União.
Certo.
As águas superficiais decorrentes de obras da União são ressalvadas pelo art. 26, I, da
CF/1988, assim, não podem ser bens dos Estados.
Errado.
O art. 18, § 1º, da CF/1988, é claro ao afirmar que “Brasília é a Capital Federal”.
Errado.
Esse é um dos requisitos, apresentados pelo art. 18, § 3º, da CF/1988, para que um Estado
seja incorporado a outro.
Certo.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Conforme o art. 18, § 2º, da CF/1988, “os Territórios Federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas
em lei complementar”.
Certo.
Tal situação encontra-se protegida pelo art. 19, I, da CF/1988. De acordo com a norma de
regência, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
da lei, a colaboração de interesse público.
Errado.
Os territórios não são entidades federativas. Conforme o multicitado o art. 18, “caput”,
da CF/1988, “a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição”.
Errado.
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De acordo com o art. 31, § 4º, da CF/1988, “é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou
órgãos de Contas Municipais”.
Errado.
É o disposto no art. 20, II, da CF/1988, segundo o qual, são bens da União as terras devolutas
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.
Letra c.
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O art. 25, § 2º, da CF/1988, dispõe que “cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação”.
Letra c.
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É inconstitucional, uma vez que o art. 31, § 4º, da CF/1988, vedada a criação de Tribunais,
Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
Letra b.
Conforme o art. 25, § 2º, da CF/1988, “cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado [...]”.
Letra b.
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Segundo o art. 18, § 2º, da CF/1988, “Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei
complementar.
Letra a.
I. Certo: é o que determina o art. 29-A, § 1º, da CF/1988; II. Errado: os crimes de responsabilidade
dos Prefeitos estão previstos no art. 29-A, § 2º, da CF/1988; III. Certo: esta competência
está prevista no art. 30, V, da CF/1988.
Letra b.
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Essa hipótese trazida pela questão é vedada pelo art. 19, I, da CF/1988.
Errado.
Conforme o art. 18, § 3º, da CF/1988, “Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-
se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito,
e do Congresso Nacional, por lei complementar”. Entende-se por população diretamente
interessada, nesse caso, a população de todo o estado.
Errado.
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Os Territórios não são entes federativos, mas autarquias que integram a Administração
Pública Indireta da União.
Errado.
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Conforme o art. 25, § 3º, da CF/1988, “Os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum”.
Letra a.
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Conforme o art. 25, § 3º, da CF/1988, “Os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum”.
Letra e.
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Conforme o art. 29, XIII, da CF/1988, “iniciativa popular de projetos de lei de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos,
cinco por cento do eleitorado”.
Letra d.
I. Certo: é o que estabelece o art. 19, I, da CF/1988; II. Errado: não há essa previsão do art.
19; III. Está previsto no art. 19, II, da CF/1988.
Letra c.
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I. Certo: é a situação posta no art. 19, III, da CF/1988; II. Errado: é uma competência da
União (art. 21, XXV, da CF/1988); III. Certo: é o que prevê o art. 33, § 3º, da CF/1988.
Letra c.
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Segundo o art. 29, IV, j, da CF/1988, “para a composição das Câmaras Municipais, será
observado o limite máximo de 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes”.
Letra d.
Conforme o art. 35, II, da CF/1988, o Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União
nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando, dentre outras hipóteses,
não forem prestadas contas devidas, na forma da lei.
Letra a.
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Em respeito ao art. 19, da CF/1988, “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes
o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos
documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”.
Letra c.
De acordo com o art. 18, § 3º, da CF/1988, “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Letra d.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Conforme o art. 31, § 4º, da CF/1988, “é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos
de Contas Municipais”.
Letra b.
Segundo o art. 34, VII, e, da CF/1988, a União não intervirá nos Estados nem no Distrito
Federal, exceto para, dentre outras hipóteses, assegurar a observância dos seguintes
princípios constitucionais: [...] aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde”.
Letra d.
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Segundo o art. 20, X, da CF/1988, “são bens da União as cavidades naturais subterrâneas
e os sítios arqueológicos e pré-históricos”.
Letra d.
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c) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após
divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
d) decreto estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos,
após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
e) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão
de consulta às populações dos municípios envolvidos, mediante referendo, após divulgação
dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
É o que determina o art. 18, § 4º, da CF/1988, segundo o qual “a criação, a incorporação, a
fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei”.
Letra c.
De acordo com o art. 35, da CF/1988, “o Estado não intervirá em seus Municípios, nem a
União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser
paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não
forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido
da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar
a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução
de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Letra b.
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Conforme o art. 31, § 2º, da CF/1988, “o parecer prévio, emitido pelo órgão competente
sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por
decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal”. Letra a.
Letra a.
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De acordo com o “caput” do art. 29, da CF/1988, “o Município reger-se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços
dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado”.
Letra a.
Segundo o art. 29, IV, d, da CF/1988, “para a composição das Câmaras Municipais, será
observado o limite máximo de 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
(cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes”.
Letra d.
Conforme o art. 34, da CF/1988, “a União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal,
exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma
unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem
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pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento
da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b)
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão
judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma
republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c)
autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde.
Letra e.
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De acordo com o art. 35, da CF/1988, “O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a
União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser
paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não
forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo
exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Letra c.
Conforme o art. 18, § 2º, da CF/1988, “os Territórios Federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas
em lei complementar”.
Letra c.
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Conforme o art. 25, § 3º, da CF/1988, “os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum”.
Errado.
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Em respeito ao art. 18, § 2º, da CF/1988, “os Territórios Federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas
em lei complementar”. Os territórios possuem natureza jurídica de autarquias federais.
Certo.
Na verdade, conforme o art. 18, § 3º, da CF/1988, “os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
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