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Disciplina: Direitos Humanos

Professores: Anderson Miron


Curso: Direitos Humanos
Teoria e Questões comentadas
Prof. Anderson Miron

Aula- Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH)

Sumário

1 – Noções introdutórias sobre Direitos Humanos ............................... 2


2 - Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) ....................... 4
2.1 – A DUDH e as dimensões/gerações de direitos ............................ 6
2.2 – Natureza e valor jurídico da DUDH .............................................. 8
2.3 – DUDH na íntegra ......................................................................... 9
3 – Questões comentadas .................................................................. 25
4 – Lista de exercícios ....................................................................... 39
5 – Gabarito ....................................................................................... 45
6 – Referencial Bibliográfico .............................................................. 46

1 – Noções introdutórias sobre Direitos Humanos

Temos como ponto de partida o objetivo de definir o que são os


Direitos Humanos. Mais do que muitos pensam, não é sinônimo de um
órgão, grupo de pessoas ou organismos que costumamos ver na televisão
defendendo apenas um lado da sociedade. Essa seria uma visão muito
simplista. Trata-se, antes de mais nada, de um “direito”. Certo é que ele
possui uma amplitude enorme e é de suma importância para todos os seres
humanos do planeta.
Vários foram os estudiosos e diversos os conceitos de Direitos Humanos
ao longo da história. Não é necessário divagar (percorrer) por cada um, pois a
essência humana está em todos. Diferenciam-se, contudo, pelo contexto
histórico e fundamentação.
Napoleão Casado Filho conceituou “os direitos humanos como um
conjunto de direitos, positivados ou não, cuja finalidade é assegurar o
respeito à dignidade da pessoa humana, por meio da limitação do arbítrio
estatal e do estabelecimento da igualdade nos pontos de partida dos
indivíduos, em um dado momento histórico”.
João Batista Herkenhoff definiu de forma concisa e clara que “direitos
humanos ou direitos dos homens são, modernamente, entendidos aqueles
direitos fundamentais que o homem possui pelo fato de ser homem, por
sua própria natureza humana, pela dignidade que a ele é inerente”.

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Por sua vez, Norberto Bobbio afirmou que, apesar de difícil precisão
conceitual, não há dúvidas de “os direitos humanos são direitos naturais, que
cabem ao homem enquanto homem”.
Certo é que os Direitos Humanos são direitos destinados a todos os
seres humanos, independente de nacionalidade, raça, religião, sexo ou
qualquer outra condição. São direitos que se concretizam mediante a
liberdade, igualdade e respeito ao seres humanos.
Você que é um candidato(a) antenado(a) já percebeu, então, que tais
direitos não possuem como sujeitos, por exemplo, as coisas (casa, caneta,
foguete) e nem os animais (cachorro, quati do norte asiático).

Direitos
Humanos

Condição
de SER
HUMANO
TODOS
(Independe
etnia, sexo,

A expressão Direitos Humanos comporta várias outras terminologias.


Inclusive, por vezes o CESPE alterna em suas questões tais nomenclaturas:
direitos da pessoa humana, direitos dos homens, direitos fundamentais da
pessoa humana ou direitos públicos subjetivos.
Na verdade, com precisão técnica, o termo “direitos do homem” está
ligado ao conceito de direito natural (ou jusnaturalista). Significa que não
precisa ser positivado. É inerente ao ser humano. Por exemplo, o direito de
respirar, de alimentar. Já “direitos humanos” estão definidos em normas,
princípios e regras, conforme vamos estudar com detalhes.
Mas essa não é a principal diferença entre os termos utilizados.
O importante é entender que todos eles significam em sua essência
material Direitos Humanos e visam a proteção do ser humano.
Em especial – e agora sim – existem duas terminologias que alteram
todo conceito em relação a esse direito. Trata-se da diferenciação entre
Direitos Humanos e Direitos Fundamentais.
Direitos Humanos são, portanto, a garantia de proteção do indivíduo ou
grupos de indivíduos contra ações que interferem em suas liberdades e
dignidade humana.

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Encontram-se expressos em tratados, convenções, acordos, princípios e
até mesmo no direito internacional consuetudinário. E dentro do conjunto de
regras internacionais que normatizam o tema Direitos Humanos está a
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que é o documento
internacional que vamos iniciar os estudos.

2 - Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH)

Marco histórico da internacionalização dos direitos humanos, a


Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) foi adotada em
10/12/1948, através da Resolução n. 217 A (III), da Assembleia Geral das
Nações Unidas.

Esse documento marcou um novo tempo na proteção internacional dos


indivíduos, já que foi elaborado no período pós segunda-guerra mundial, em
reprimenda aos horrores ocorridos durante a guerra.
Com o propósito de salvar as futuras gerações da devastação causada
por um conflito internacional, a Declaração proclamava em seu preâmbulo os
direitos inerentes a todos os seres humanos. A Declaração de Direitos
Humanos foi o primeiro documento internacional a fazer a previsão dos direitos
civis, políticos, econômicos, sociais e culturais básicos que todo ser
humano deveria gozar.
Criada como o “ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas
as nações” , a Declaração pela primeira vez na história humana enuncia os
direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais básicos de que todos os
seres humanos devem gozar. Ao longo do tempo, tem sido amplamente aceito
como as normas fundamentais dos direitos humanos que todos devem
respeitar e proteger.

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A proteção aos Direitos Humanos como um dever a ser alcançado por
todas as nações nasceu, na verdade, com a Carta das Nações Unidas, a qual
em seu artigo primeiro dispõe:

Artigo 1
Os propósitos das Nações unidas são:
(...) 3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os
problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou
humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos
humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de
raça, sexo, língua ou religião; (...)

No mesmo documento, os Direitos Humanos e o respeito às liberdades


fundamentais são requisitos imprescindíveis para a estabilidade e
relacionamento entre as nações (Artigo 55).
Mais adiante, no artigo 76-C, contempla a proteção aos direitos
humanos e liberdades fundamentais como um dos pilares do sistema de tutela
da ONU.
O que se vê é que após os horrores da Segunda Guerra, os Estados
buscavam conjuntamente alcançar um patamar comum de proteção,
tornando a Declaração a primeira expressão global do que muitos acreditavam
serem direitos inerentes a todos seres humanos.
A comunidade mundial consensualizou que a Carta das Nações Unidas
não definia direitos os quais essa comunidade internacional buscava garantir.
Então, iniciaram-se os trabalhos para a consolidação de uma declaração que
fosse universal, especificando esses direitos. Os direitos e garantias
consagrados na Declaração foram inspirados nos objetivos enumerados por
Franklin Roosevelt, durante a Segunda Guerra, que foram adotados pelas
nações aliadas como objetivos de guerra:

➢ liberdade de expressão;
➢ liberdade de crença;
➢ liberdade de querer; e
➢ liberdade do medo.

O grupo responsável pela redação desse instrumento balizador de


direitos, coincidentemente ou não, era liderado por Eleanor Roosevelt,
esposa do idealizador dessas quatro liberdades. À época de sua redação, a
Comissão liderada por Eleanor Roosevelt fez questão de não se valer de
fórmulas legais detalhadas, elaborando um texto simples e compreensível a
todo homem e mulher comum.

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Por fim, podemos afirmar uma característica muito importante sobre a
DUDH. Ela possui em seu texto apenas direitos de primeira e segunda
dimensões (ou gerações). Vamos entender melhor o que é isso logo abaixo.

2.1 – A DUDH e as dimensões/gerações de direitos

Não existe na doutrina uma unanimidade de quantas dimensões (ou


gerações) existem. Atualmente aventam-se até mesmo uma 6ª dimensão,
havendo, inclusive, novos estudos discutindo a identificação de outras
dimensões além desta.
De forma bem sucinta, vamos primeiro aprender o que são as 3 (três)
primeiras dimensões - que não possuem divergências quanto a sua
existência -, e posteriormente falaremos das demais.
⇒ 1ª Dimensão/Geração
Esse agrupamento é composto pelos direitos civis e políticos, ligados
aos valores de liberdade. São direitos individuais, que requerem uma
prestação negativa do Estado.
Representam a defesa do indivíduo diante do poder do Estado, na
medida em que implica a não interferência estatal em determinados
aspectos de sua vida social. A isso se dá o nome de prestações negativas.
Como exemplo, o simples fato de expressar a opinião – um direito civil e
individual - não precisa de qualquer ato do Estado, apenas deve-se reconhecer
a liberdade de expressão.

⇒ 2ª Dimensão/Geração
São direitos ligados ao valor da igualdade, compostos dos direitos
sociais, econômicos e culturais.
Nesse caso, para a implementação desses direitos fundamentais exige-
se a prestação positiva do Estado. Cito como exemplos a intervenção no
domínio econômico para a abertura de emprego e o fornecimento de
medicamentos para os mais carentes.

⇒ 3ª Dimensão/Geração
Composto pelos direitos ligados à fraternidade, englobam os direitos
difusos, da coletividade, tais como o meio ambiente, desenvolvimento e
autodeterminação dos povos.
São direitos que justificam a necessidade de um período pós 2ª guerra
mundial, quando houve um total esfacelamento do valor da vida humana.

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Quadro 1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO 3ª GERAÇÃO


comparativo Liberdade Igualdade Fraternidade
Sociais,
Difusos e
Tipos de Direitos Civis e Políticos Econômicos e
Coletivos
Culturais

Exemplos de Vida, liberdade de Trabalho, Desenvolvimento,


Direitos pensamento educação, greve meio ambiente

- Titularidade
- Individuais com - De coletividade
Efetivação coletiva com
caráter negativo. universal.
caráter positivo.

Conforme falado, novas gerações passaram a ser identificadas. Com


maior reconhecimento pelos estudiosos, apresentam-se a 4ª e 5ª gerações,
sobre as quais destacam-se os autores Norberto Bobbio e Paulo Bonavides.
A partir daí emergem ainda novas gerações, podendo se falar em 6ª
geração, bem como até mesmo discussões iniciais de outras gerações além
desta.
Para simplificar, vamos fazer de forma esquemática as gerações mais
modernas:

4ª GERAÇÃO 5ª GERAÇÃO 6ª GERAÇÃO

Norberto Paulo Paulo


Doutrina Zulman Fachin
Bobbio Bonavides Bonavides

- Biodireito
- Democracia - Água Potável
- Ética científica
- Informação - Utilização da
Direito - Paz mundial
-Manipulação água (escassez,
- Pluralismo
do patrimônio má utilização)
Político
genético

Veja só! Fizemos toda essa volta para chegar à seguinte conclusão, mas
de extrema importância:

A DUDH não menciona direitos de terceira ou outra


dimensão/geração (difusos e coletivos), mas apenas de primeira
(civis e políticos) e segunda dimensões/gerações (econômicos,
sociais e culturais).
Sem ao menos ter lido uma linha da DUDH, com a explicação feita já é
possível acertar uma questão de prova. Veja:

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1- (CESPE – TRF5ª/2011 - Adaptada) A Declaração


Universal dos Direitos Humanos trata o meio ambiente ecologicamente
equilibrado como direito de todos.
Comentário: Conforme amplamente falado, a DUDH não discorre sobre os direitos
de terceira dimensão/geração (difusos e coletivos).
Resposta: ERRADO.
De fato, nessa época (1.948) ainda não havia a definição de direitos
como o meio ambiente equilibrado e autodeterminação dos povos. Existia
apenas uma discussão inicial.
Temos na DUDH 30 (trinta) artigos, sendo os direitos de primeira
geração tratados do art. I ao XXI e os de segunda geração do art. XXII ao
XXVII, além do preâmbulo e outras disposições gerais.

2.2 – Natureza e valor jurídico da DUDH

Talvez tenha passado despercebido, mas quando falei da aprovação da


DUDH eu disse: “(...) a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada
em 10/12/1948, através da Resolução n. 217 A (III), da Assembleia Geral
(...)”.
Acontece que como tal (Resolução), é inquestionável que do ponto de
vista formal não teria força vinculante, mas apenas caráter diretivo, de
orientação. De forma contrária aos Tratados, os quais instituem normas
cogentes.
Apesar do peso moral, a Declaração Universal dos Direitos Humanos não
era juridicamente vinculativa, não tendo força de lei propriamente dita. Os
direitos ali declarados devem de fato existir e não devem ser concedidos por
um ou outro Estado. São direitos que nascem com todo homem e toda mulher
que ter garantido um núcleo duro de proteção.
Não obstante esse caráter formal, a tese mais aceita atualmente é a de
que a DUDH possui força vinculante. Primeiramente, há de se reconhecer
que o referido Documento é fonte de direito e de interpretação de todo
direito internacional relacionado à matéria.
Nesse sentido, a DUDH exerce grande influência na elaboração de
tratados e serve de parâmetro para Constituições dos Estados. Além disso, não
são poucas as referências feitas por resoluções das Nações Unidas no sentido
de obrigar os Estados a observar a DUDH, bem como diversas decisões
proferidas pelas Cortes internacionais e nacionais que a consideram como
verdadeiro costume internacional e, assim, possui força normativa vinculante.

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Veja o que diz a ilustre professora Flávia Piovesan:
“Para esse estudo, a Declaração Universal de 1948, ainda que não
assuma a forma de tratado internacional, apresenta força jurídica
obrigatória e vinculante, na medida em que constitui a interpretação
autorizada da expressão 'direitos humanos' constante dos arts. 1º (3) e 55 da
Carta das Nações Unidas. Ressalte-se que, à luz da Carta, os Estados
assumem o compromisso de assegurar o respeito universal e efetivo aos
direitos humanos".
Por fim, o professor Rafael Barreto levantou uma questão bastante
importante e que vai ao encontro dessa interpretação ora apresentada:
“Qual seria, então, sentido de elaborar esse documento? Apenas sugerir
metas, indicar diretrizes? Data vênia, conquanto realmente seja assim do
ponto de vista forma, se afigura incoerente (...).”
Vamos consolidar as informações:

Aprovação:
Direitos Universais e Indivisíveis
Assembleia Geral como Resolução

DUDH

Primeira geração - SIM Força vinculante e obrigatória


Segunda geração - SIM (fonte de direito e interpretação ao
Terceira e outras gerações - NÃO direito internacional)

2.3 – DUDH na íntegra

Agora vamos estudar o texto da DUDH. Você verá que muita coisa é
intuitiva, algumas palavras são a chave para a resolução de questões e,
principalmente, poderá comprovar que é importante saber a literalidade da
Declaração. Sendo assim, leia e releia a DUDH.
Vamos lá!

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS


Preâmbulo

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Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os
membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e
que o advento de um mundo em que os todos gozem de liberdade de palavra,
de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi
proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum,
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo
império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último
recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações
amistosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU,
sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser
humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que
decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em
uma liberdade mais ampla,
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em
cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e
liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é
da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso.
Agora portanto,

Por meio desses “Considerandos”, o Preâmbulo da DUDH descreve os


motivos pelos quais o documento foi redigido. Note que traz em seu bojo o
valor e o respeito que devem ser dados aos seres humanos. Além disso, a
indispensável proteção que deve haver aos direitos humanos, a fim de que
se evitem episódios de tirania e opressão.
É fácil notar que a valorização desse núcleo – ser humano e direitos
humanos - está diretamente ligado aos traumáticos episódios de guerras
vividas até então. Nesse sentido, o Preâmbulo leva em consideração os ideais
de dignidade e igualdade entre os povos, e a liberdade como objetivo a ser
alcançado incessantemente.
Resta claro que as guerras também deixaram sua marca no trecho em
que o documento considera como essencial a solução amistosa entre as
nações, ou seja, um repúdio ao conflito armado. Nesse sentido, as nações
devem se cooperar mutuamente na promoção dos compromissos assumidos
pela referida Declaração, a qual vem reafirmar o que já estava contido de
forma mais sucinta na Carta da ONU.

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2- (CESPE – MPU/2015) A Declaração Universal dos


Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas em 1948, marcou um novo tempo na proteção
internacional dos indivíduos. Considerando o preâmbulo desse documento,
julgue o item a seguir: Os estados-membros da Organização das Nações
Unidas se comprometem a promover o respeito universal aos direitos e às
liberdades humanas fundamentais.
Comentário: Está literalmente no 6º parágrafo do Preâmbulo: “Considerando que os
Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as
Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas
fundamentais e a observância desses direitos e liberdades".
Resposta: CERTO.

Já deu para perceber por que falei que a DUDH deve ser lida e relida, correto?
Vamos prosseguir.

A ASSEMBLÉIA GERAL
proclama
A PRESENTE DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações,
com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo
sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da
educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por
assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto
entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos
territórios sob sua jurisdição.

Nesse trecho temos algo bastante interessante. A valorização do ensino


e da educação para que os ideais, princípios e fundamentos da DUDH sejam
implementados por cada Nação, adotando-se, para tanto, medidas
progressivas na efetivação de tais preceitos.
Observe que a própria DUDH aponta quem a aprovou e proclamou:
Assembléia Geral das Nações Unidas. Questão de prova!!!

Artigo I

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Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com
espírito de fraternidade.

Esse art. retoma o pensamento da Revolução Francesa, cujos ideais


buscaram a Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Sintetizam os novos
valores civis do cidadão contra a opressão do Estado.
Lembrando que a DUDH não trata dos direitos classificados como de 3ª
geração (fraternidade). Essa palavra está no texto como um meio a ser
alcançado, um caminho, um princípio, e não como direitos reconhecidos (por
exemplo, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado).

Artigo II
1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de
raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2 - Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política,
jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer
se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer
sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Esse é um art. que discorre sobre o princípio da igualdade entre os


seres humanos, o qual deve se estender a todas as nações, onde quer que a
pessoa esteja. Seja nacional ou estrangeiro, a igualdade ligada aos direitos
humanos deve ser imperiosa.
Temos aqui a expressão máxima da igualdade formal, que de forma
semelhante encontra-se na nossa CR/88, em seu art. 5, caput: “todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”.
Não é assunto diretamente ligado à nossa matéria, mas lembrando que
o STF já se posicionou que essa isonomia deve ser aplicada ao estrangeiro não
residente, naquilo que seja possível (igualdade material).

Artigo III
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Esse art. avança na questão da igualdade, na medida em que especifica


alguns direitos civis (1ª dimensão/geração). Apesar de vagos tais conceitos,
a vida, liberdade e segurança são pilares básicos para a existência da
dignidade humana.

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Digo básico, pois, como sabemos, é indiscutível que o ser humano não
pode ser completamente tolhido de tais direitos. Apenas podem ser
restringidos em algumas situações, devido a sua característica da Relatividade.
RELATIVIDADE: determina que os direitos humanos não são
considerados absolutos. Os referidos direitos deverão ser interpretados e
aplicados levando-se em consideração os limites existentes pelos outros
direitos fundamentais.

Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico
de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

A escravidão contemporânea é uma das mazelas dos tempos modernos


que se manifesta de forma velada. Vem empacotada em um discurso de mera
irregularidade, mas o esfacelamento da dignidade humana é o mesmo. Se
antes tínhamos o acorrentamento do ser, hoje é muito comum o sistema truck
sistem (dívida impagável por mercadorias cedidas) e a guarda armada, que
impedem a saída da vítima do local de trabalho.

Artigo V
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante.

Mais uma vedação irrestrita, que não comporta exceções: a tortura e o


castigo cruel, desumano ou degradante.
Assim como na situação apontada no art. anterior, são barbáries que
devem ser combatidas e sequer deveriam ser cogitadas em pleno século XXI.

Artigo VI
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a
tal discriminação.

Esses são outros artigos que se dedicam à importância da igualdade


formal. Nestes, ressaltam-se a essencial importância de se reconhecer o ser
humano como pessoa e, como tal, sujeito de direitos fundamentais.

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Diante dessa imprescindível característica (ser humano = pessoa
diante da lei), todos devem ter igual proteção nos termos da DUDH, sendo
vedada qualquer discriminação.

Artigo VIII
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe
sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Essa é uma regra que determina aos Estados, em suas constituições e


leis, dispor aos indivíduos de garantias relativas à prestação jurisdicional
contra atos que violem seus direitos fundamentais.
Atendendo a esse comando, nossa CR/88, em seu art. 5º, inciso LXIX
consagra por exemplo o mandado de segurança.
E vai mais além. O referido dispositivo da DUDH determina a garantia ao
devido processo legal e a ampla defesa.

Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

É um dispositivo que veda qualquer restrição de liberdade de forma


arbitrária. Torna-se inadmissível em um Estado democrático de direito e, muito
menos, justifica-se em relação aos direitos fundamentais de liberdade.
Sobre a questão de exílio, veremos em quais hipóteses ela pode ser
afastada (art. XIV).
Devo salientar que esse é um artigo muito cobrado nos concursos.

Artigo X
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública
audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir
sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal
contra ele.

Esse art. tem a ver com a segurança jurídica, a qual exige que o
julgador seja imparcial e independente, a fim de que suas decisões não
estejam relacionadas a outros interesses. Além disso, é necessário que os
julgamentos sejam públicos e de acesso a todos.

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Artigo XI
1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser
presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de
acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas
todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no
momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional.
Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento
da prática, era aplicável ao ato delituoso.

O art. XI, “1”, cuida da presunção de inocência. Quer dizer que


somente após a conclusão final do devido processo, em que comprove a
culpabilidade do réu, é que o Estado poderá aplicar a pena. Antes disso, o
indivíduo é considerado inocente.
Tal preceito está expresso no art. 5º, LVII, da na nossa CR/88:
"ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória”.
Já no art. XI, “2”, temos a chamada anterioridade da lei penal. Seu
primeiro viés é com relação à condenação. Diz que o indivíduo só pode ser
punido caso seu comportamento seja previamente tipificado, ou seja, previsto
no ordenamento jurídico.
O outro caráter é em relação ao quantum da pena (quantidade da pena
cominada). Esta não poderá ser superior ao previsto no momento da prática
delituosa.
Desses preceitos desdobram-se vários outros direitos e princípios, tal
como a “retroatividade da lei penal mais benéfica”, mas que é assunto afeto ao
direito penal e constitucional.

Artigo XII
Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em
seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação.
Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou
ataques.

Esse dispositivo resguarda o direito à vida privada, a qual engloba


família, residência, correspondências, entre outros. Note que inclusive deve
haver proteção à honra e à reputação do indivíduo. Para tanto, é necessário
que os Estados estabeleçam essa tutela legalmente.

Artigo XIII

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1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência
dentro das fronteiras de cada Estado.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio,
e a este regressar.

Trata do popular direito de “ir e vir”. Conjugando os dois parágrafos, a


DUDH garante o direito do indivíduo se locomover e residir dentro de seu
Estado, bem como deixa-lo e regressar.
Logicamente, comporta algumas exceções (p. ex. em estado de sítio),
mas que o estudo passa pelo âmbito de outros ramos de direito.

Artigo XIV
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de
gozar asilo em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente
motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos
e princípios das Nações Unidas.

Eis aqui um dispositivos bastante cobrado nas provas, em se tratando


de DUDH.
Quanto ao parágrafo “1”, não pairam dúvidas. Essa é a regra: se um
indivíduo for vítima de perseguição, tem direito ao asilo.
As armadilhas giram em torno do parágrafo “2”, o qual descreve as
hipóteses em que NÃO se justifica a concessão de asilo. Sendo assim, em
forma de esquema, temos:

crime comum
NÃO Direito Perseguição
de Asilo letítima
atos contrários aos objetivos e
princípios da ONU

É um instituto muito sério e importante, na medida em que existem


países de regime mais rígido e ditatorial, que perseguem pessoas com
pensamentos distintos ao daquele Estado.
Uma questão elucida melhor os requisitos desse artigo da DUDH:

3- (CESPE – DEPEN/2013) A vítima de perseguição em


seu país legitimamente motivada por crime de direito comum pode invocar o
direito de procurar e de gozar asilo em outros países.

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Comentário: Conforme acabamos de estudar, se o indivíduo é perseguido de forma
legítima, por ter cometido crime comum (um homicídio, por exemplo), não
poderá invocar direito a asilo em outro país.
Resposta: ERRADO.

Artigo XV
1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito
de mudar de nacionalidade.

A DUDH garante a todos o direito a uma nacionalidade e, assim, não admite a


situação de apátrida de um indivíduo.

Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça,
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar
uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua
duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento
dos nubentes.
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à
proteção da sociedade e do Estado.

Fala do casamento e da família. Chama a atenção que a DUDH é um


documento de 1.948 e, por isso, a união estável não foi mencionada. Além do
que os vários regimes de países que assinaram o documento possuíam
características totalmente diferentes.
Por outro lado, veja que o Documento garante iguais direitos a homens
e mulheres em relação ao casamento. Esse é um preceito muito mais
evoluído do que nossa Constituição à época, que previu formalmente essa
isonomia apenas na Constituição/88 e suas emendas (art. 5º e 226, §5º).
Sobre a família, a DUDH menciona que merece a proteção da sociedade
e do Estado, diante de sua importância.

Artigo XVII
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

É um direito civil de cunho mais capitalista, mas que pode sofrer


restrições, desde que não seja de forma arbitrária. A exemplo, temos no Brasil
o inciso XXIII, art. 5º, da CR/88, que diz que a propriedade deverá atender à

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sua função social. Em outras palavras, não atendendo a esse requisito, o
indivíduo poderá perder a propriedade.

Artigo XVIII
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e
religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a
liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo
culto e pela observância, em público ou em particular.

Esse é um artigo que cuida da liberdade. Guarda relação em nossa


CR/88 com os incisos VI a IX do art. 5º.
Liberdade esta que se traduz no livre pensar, que autoriza ao indivíduo
até mesmo discordar ideologicamente do Estado ou dos demais indivíduos.
Além disso, liberdade de escolher sua religião e poder manifestá-la em
ambientes públicos e particulares.
Obviamente, encontram limites legais para que não interfiram em outros
direitos fundamentais, como a vida privada e a imagem.

Artigo XIX
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar,
receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras.

Complementa-se àquela liberdade do artigo anterior. Nesta, o indivíduo


possui a livre iniciativa de externar sua opinião.
Diretamente ligado ao direito de opinião e expressão está a vedação à
censura. Com efeito, é por meio dessa liberdade que os indivíduos adquirem a
devida informação para que formem suas convicções.
Quando lemos esse tipo de direito não damos a devida importância.
Entretanto, o regime ditatorial da Coréia do Norte controla de forma rígida
essa liberdade, a ponto de somente algumas pessoas no país terem acesso à
internet. Imaginou você hoje sem whatsapp, 4G, computador???

Artigo XX
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Em linhas gerais, reunião é o agrupamento de pessoas de caráter


temporário com o fim de trocar informações ou manifestar pensamentos

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políticos, filosóficos, religiosos etc. Já a associação possui um caráter mais
permanente em busca de algum objetivo caracterizado por meio de um
contrato.
Ambas possuem liberdade para serem constituídas, mas devem possuir
objetivo lícito e serem realizadas de maneira pacífica.
A última questão polêmica sobre isso no país foi a conhecida marcha da
maconha, em que o STF a declarou perfeitamente legítima, tendo, inclusive,
como um dos fundamentos o art. 15 da Convenção Americana de Direitos
Humanos.
Por fim, o artigo em tela afirma que o indivíduo não pode ser obrigado
a fazer parte de uma associação.

Artigo XXI
1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu país
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu
país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade
será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por
voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Esse artigo trata dos direitos políticos. Resta claro a linha democrática
e de participação popular pregada pela DUDH.
Em 1.863 Abrahan Lincoln já havia invocado direitos dessa natureza
quando disse que a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o
povo.
Nesse mesmo sentido, a DUDH anuncia que os indivíduos possuem
direito de fazer parte do governo por meio da escolha de seus
representantes, bem como a vontade do povo deve ser concretizada por
eleições nos moldes explicitados: periódicas, legítimas, por sufrágio universal,
mediante voto secreto.
Lembrando que nossa CR/88 reforça tais valores democráticos no §
único do art. 1º, quando se expressa: “todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”.

Artigo XXII
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social,
à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo
com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais

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e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua
personalidade.

O artigo é autoexplicativo e dedica-se do direito de proteção que o


indivíduo tem diante do Estado. Note que já passamos a observar a parte da
DUDH no que concerne aos direitos de segunda dimensão/geração.

Artigo XXIII
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o
desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual
remuneração por igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e
satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência
compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário,
outros meios de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar
para proteção de seus interesses.

Artigo XXIV
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável
das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

Eis os direitos trabalhistas propriamente ditos na DUDH. Parecem ser


direitos tão fáceis de ser garantidos, não é?
Deveria ser, mas não é! Eu já fiscalizei empresas que não concediam
férias aos empregados, mas os recibos estavam assinados. A questão de
repouso, nem se fala... Mas isso é uma outra história.
Vamos lá:

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Direitos Trabalhistas
Direito ao Trabalho e a livre escolha do emprego;

Condições justas e favoráveis de trabalho;

Proteção contra o desemprego;

Igualdade de remuneração para trabalho iguais;

Remuneração justa e satisfatória;

Direito de organizar sindicatos e neles ingressar;

Repouso e lazer;

Jornada de trabalho razoável;


Vejamos essa questão:

4- (CESPE – DPE-RR/2013 – Adaptada) Na Declaração


Universal dos Direitos Humanos, não há menção à remuneração de trabalhos
iguais.
Comentário: Conforme acabamos de ver, a previsão de isonomia de remuneração
para trabalhos iguais está no art. XXIII, "2", da DUDH: "Todo ser humano, sem
qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho".
Resposta: ERRADO.

Artigo XXV
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e
a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança
em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de
perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais.
Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma
proteção social.

É possível notar no art. XXV, “1”, a manifestação daquilo que estudamos


sobre o mínimo existencial. Apenas para relembrar, o mínimo existencial está
diretamente ligado ao conceito de justiça social e busca garantir condições
mínimas de vida digna para o indivíduo.
Em seguida, está a importante proteção à maternidade e à infância, bem
como o reconhecimento em relação aos filhos nascidos dentro ou fora do
casamento.

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Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo
menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será
obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como
a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos
humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais
ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da
manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que
será ministrada a seus filhos.

Temos uma “chuva” de informações nesse artigo, que discorre sobre a


educação. Vamos a elas.
Primeiramente, todos têm direito à instrução. Entretanto, existem
diferenças entre seus níveis.
Nota-se a preocupação com a educação e com o cuidado na primeira
infância, já que é o ponto inicial para a formação da personalidade da criança.
É bom guardar tais distinções, pois já foram tema de prova.

Técnico-
Elementar Fundamental Superior
profissional

Gratuita Gratuita Acessível a Acessível a


Obrigatória todos todos
Mérito

Em seguida são fixadas orientações sobre a direção a ser implantada


nessa educação. Entre as quais não devem faltar ensinamentos voltados ao
respeito aos direitos humanos e à tolerância sobre as diferenças existentes no
mundo (religiosas, raciais etc).
Por fim, existe a prioridade dos pais na escolha do gênero da
instrução que será aplicada aos seus filhos. Isso porque é essa instrução que
influenciará em seus valores éticos e morais.

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Artigo XXVII
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da
comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus
benefícios.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais
decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja
autor.

Cuida o artigo da cultura, além de tutelar a produção científica, seja


literária, seja artística, no que concerne aos direitos morais e materiais.
Temos na CR/88 diversos dispositivos sobre essa proteção, a exemplo
do inciso XXVII, art. 5º: “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo
tempo que a lei fixar”.

Artigo XXVIII
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os
direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser
plenamente realizados.

A partir desse ponto, iniciam-se disposições gerais sobre a DUDH. Nesse


artigo, podemos inferir que a Declaração deixa claro o papel dos Estados, que
devem implementar mecanismos efetivos para que os indivíduos possam fruir
dos direitos e liberdades apontados na DUDH.

Artigo XXIX
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas
às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de
assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de
outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do
bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos
contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Significa que a partir da existência de uma comunidade, o


indivíduo passa a pertencê-la e, com isso, nascem além dos direitos,
obviamente também os deveres. Assim, e somente assim, será
possível desenvolver a personalidade do indivíduo, já que ele, ao mesmo
tempo, estará vinculado às regras e normas do Estado, bem como terá acesso
aos direitos civis, sociais, culturais e outros, a exemplo da educação.

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O artigo complementa dizendo que o exercício desses direitos e
liberdade encontram limites (caráter não absoluto dos direitos humanos) e
não podem ser contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de
quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

A DUDH finaliza seu texto com uma relevante determinação, que em


suma significa: nenhuma interpretação acerca de seus dispositivos pode ser
contrária aos preceitos contidos nela, sobretudo à dignidade humana.

Pois bem. Encerra aqui o estudo da Declaração Universal dos Direitos


Humanos (DUDH). Já combinamos que esse é um documento que deve ser
estudado em sua íntegra, correto? Sempre que puder, releia.
Agora é hora treinar bastante o que vimos na aula. Para ficar “craque
mesmo”, não só nesse assunto, mas em todos na sua prova, acesse nosso
gigantesco acervo de exercícios no sistema de questões (SQ) – que é
excelente por sinal.
Vamos lá!

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3 – Questões comentadas

5- (CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos


foi adotada após a 2.ª Guerra Mundial pela Assembleia Geral das Nações
Unidas.
Comentários: Marco histórico da internacionalização dos direitos humanos, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada em 10/12/1948,
através da Resolução n. 217 A (III), da Assembleia Geral das Nações
Unidas (ONU).
Resposta: CERTO.

6- (CESPE – DEPEN/2015) Além de significar a internacionalização dos


direitos humanos, a DUDH é o primeiro documento de dimensão mundial a
tratar de forma abrangente o tema dos direitos humanos, realçando a
importância destes para a construção de um mundo de justiça e paz.
Comentários: De fato, foi pela DUDH que os ideais de universalização e
internacionalização dos direitos humanos puderam ser concretizados pela
primeira vez. Além disso, estudamos que, embora a Carta da ONU
tivesse estabelecido a necessidade de proteção e promoção dos “direitos
humanos e das liberdades fundamentais”, não os definiu precisamente e nem
discorreu detalhadamente em seu texto. Sendo assim, coube à Declaração
Universal de Direitos Humanos (DUDH) preencher essa lacuna, abordando
de forma abrangente tais direitos.
Resposta: CERTO.

7- (CESPE – DEPEN/2015) Logo em seu preâmbulo, a DUDH pressupõe


a existência de relação direta entre paz e direitos humanos, de tal modo que a
conquista da convivência pacífica fica inviabilizada se houver desrespeito a
esses direitos.
Comentários: É bom sempre lembrar que ela foi escrita após o período em
que a humanidade presenciou as atrocidades da Segunda Guerra Mundial.
Momento em que não havia paz no mundo e ocorria o total esfacelamento de
respeito ao ser humano. Nessa esteira, o Preâmbulo da DUDH não traz
somente em um lugar esse ideal entre paz e direitos humanos, mas em vários:
"Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos
iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana é o fundamento
da liberdade, justiça e paz no mundo (...)
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e
que o advento de um mundo no qual os seres humanos gozem de

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liberdade de expressão e de crença e da liberdade do medo e da
miséria, foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum (...)
Considerando que é essencial, para que o Homem não seja obrigado a
recorrer, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
que os direitos humanos sejam protegidos pelo estado de direito (...)"
Resposta: CERTO.

8- (CESPE – DEPEN/2015) A DUDH enfatiza o respeito aos direitos e


liberdades de ordem pessoal, entre os quais estão o direito à dignidade da
pessoa, a garantia de proteção igual perante a lei, a garantia contra o trabalho
escravo, a tortura, as detenções e as penas arbitrárias, além do direito de
recorrer ao Poder Judiciário contra abusos do poder.
Comentários: Em uma visão geral, a questão abordou vários trechos e
ideologias contidos na DUDH. Vejamos:
Art. I - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos...
Art. VII - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer
distinção, a igual proteção da lei...
Art. IV - Ninguém será mantido em escravidão ou servidão...
Art. V - Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo
cruel...
Art. IX - Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado....
Resposta: CERTO.

9- (CESPE – DEPEN/2015) A DUDH pode ser considerada o ato inaugural


de uma nova concepção da vida internacional justamente por proclamar, para
a comunidade das nações, a importância dos direitos humanos para a boa
convivência coletiva.
Comentários: Após a 2ª Guerra Mundial inicia-se o processo de
internacionalização dos direitos humanos, em resposta aos horrores
cometidos pelo nazismo. Sob essa nova concepção (contemporânea), tem-
se como marco a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH), e nela a proclamação e exaltação da importância dos ideais de paz e
tolerância entre os povos. Veja o trecho abaixo extraído do Artigo XXVI da
DUDH:
Art. XXVI - 2. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a
amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e
coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
Resposta: CERTO.

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As questões 10 a 12 possuem o seguinte enunciado comum: A Declaração


Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral
da Organização das Nações Unidas em 1948, marcou um novo tempo na
proteção internacional dos indivíduos. Considerando o preâmbulo desse
documento, julgue o item a seguir:
10- (CESPE – MPU/2015) O reconhecimento da dignidade inerente a todas
as pessoas, bem como dos seus direitos iguais e inalienáveis, é o fundamento
da liberdade, da justiça e da paz no mundo.
Comentários: A afirmativa consta literalmente no Preâmbulo da
DUDH. Quis dizer que a dignidade da pessoa humana representa a essência
dos Direitos Humanos, a qual assegura ideais de liberdade, justiça e paz no
mundo. Veja:
"Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os
membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é
o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo."
Resposta: CERTO.

11- (CESPE – MPU/2015) Para a Assembleia Geral da Organização das


Nações Unidas, o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram
em atos bárbaros ultrajantes para a consciência da humanidade.
Comentários: Está de acordo com o Preâmbulo da DUDH: "Considerando que
o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos
bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de
um mundo em que os todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da
liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como
a mais alta aspiração do ser humano comum (...)”.
Os motivos expostos ressaltam claramente as marcas de tragédia deixadas
pela Segunda Guerra Mundial e a importância de se estabelecer o respeito
internacional aos Direitos Humanos.
Resposta: CERTO.

12- (CESPE – MPU/2015) O respeito aos direitos humanos pelo império da


lei é essencial para que as pessoas não sintam necessidade de recorrer à
rebelião contra a tirania e a opressão.
Comentários: Consta no Preâmbulo da DUDH: "Considerando ser essencial
que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que
o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a
tirania e a opressão (...)".
Resposta: CERTO.

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As questões 13 a 16 possuem o seguinte enunciado comum: A Declaração


Universal dos Direitos Humanos apresenta um catálogo de garantias que têm
por escopo proteger os indivíduos de abusos cometidos por pessoas que
desempenham funções públicas. Considerando as disposições dessa
declaração, julgue o próximo item:
(CESPE – MPU/2015) Não se pode impor tratamento diferenciado nem
impedir a entrada nas dependências da administração pública à pessoa que
exteriorize credo religioso por meio da utilização de palavras, sinais, símbolos
ou imagens.
Comentários: Conforme o Artigo XVIII da DUDH: "Todo ser humano
tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito
inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar
essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, em público ou em particular."
Resposta: CERTO.

(CESPE – MPU/2015) Ninguém é obrigado a participar de associação, nem


mesmo das que pretendam representar alguma categoria profissional.
Comentários: É justamente o preceituado no Artigo XX da DUDH: "Artigo XX
- 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação".
Resposta: CERTO.

(CESPE – MPU/2015) Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou


exilado; sendo assim, qualquer detenção deve ser formalmente justificada.
Comentários: De acordo com o Artigo IX da DUDH: "Ninguém pode
ser arbitrariamente preso, detido ou exilado."
Atente-se à palavra "arbitrariamente". Tanto que a questão mencionou um
detalhe importante: qualquer detenção deve ser formalmente justificada.
Resposta: CERTO.

(CESPE – MPU/2015) A presunção de inocência não socorre a quem tem


maus antecedentes.
Comentários: A existência de maus antecedentes não afasta a presunção de
inocência, a qual, conforme o art. XI da DUDH, deixa de existir somente após a
condenação do réu, além de outras exigências.
"Artigo XI - 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito
de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido

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provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham
sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa."
Resposta: ERRADO.

As questões 17 a 19 possuem o seguinte enunciado comum: Segundo a


Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral
das Nações Unidas, julgue:
(CESPE – SEJUS-ES/2009) Ninguém pode ser arbitrariamente detido, preso
ou exilado.
Comentários: Note que é uma questão recorrente em concurso e merece
atenção. Conforme já vimos, está de acordo com o Artigo IX da DUDH.
Novamente, segue a orientação de que fique atento à
palavra "arbitrariamente".
Resposta: CERTO.

(CESPE – SEJUS-ES/2009) O suspeito da prática de crime não é considerado


inocente, ainda que não tenha havido pronunciamento judicial acerca do fato
por ele praticado.
Comentários: O Artigo XI da Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH) é claro ao fixar que: "o suspeito da prática de crime
é presumidamente inocente, até que a sua culpabilidade tenha sido provada
de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido
asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa."
Resposta: ERRADO.

(CESPE – SEJUS-ES/2009) O direito à educação e o direito de participação


na vida cultural da comunidade são expressamente consagrados, assim como o
direito à igual proteção da lei e à liberdade de locomoção.
Comentários: Além de vários outros direitos humanos espalhados na
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH),
a educação, participação da vida cultural da comunidade, igualdade na
proteção da lei e liberdade de locomoção são alguns dos
direitos expressamente contidos no referido documento.
Resposta: CERTO.

(CESPE – MPU/2013) De acordo com a Declaração Universal dos Direitos


Humanos, a irretroatividade da lei penal mais gravosa constitui garantia da
pessoa.

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Comentários: É o que se extrai do art. XI, "2", da DUDH: "Ninguém poderá
ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não
constituíam delito perante o direito nacional ou
internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que,
no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso."
Resposta: CERTO.

(CESPE – MTE/2013) A Declaração Universal dos Direitos Humanos proíbe,


expressamente, a manutenção de pessoas em regime de escravidão ou de
servidão.
Comentários: Muito fácil a questão. Veja o art. IV da DUDH: "Artigo IV -
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de
escravos serão PROIBIDOS em TODAS AS SUAS FORMAS".
Resposta: CERTO.

(CESPE – DEPEN/2013) A respeito da Declaração Universal dos Direitos


Humanos, julgue: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.
Comentários: Marque logo como CERTO e vá para as outras:
Art. III da DUDH: “Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.”
Resposta: CERTO.

(CESPE – DPE-ES/2012) A mudança de nacionalidade é direito assegurado


pela Declaração Universal de Direitos Humanos.
Comentários: Conforme o seu Artigo XV:
1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito
de mudar de nacionalidade.
Resposta: CERTO.

As questões 24 e 25 possuem o seguinte enunciado comum: A respeito da


Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH), julgue os itens que se
seguem:
(CESPE – PC-CE/2012) Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e
expressão. Esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e
de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras.

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Comentários: A afirmativa apenas reproduziu o texto do art. XIX da DUDH,
que garante o direito à liberdade de expressão:
"Artigo XIX
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito
inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras".
Resposta: CERTO.

(CESPE – PC-CE/2012) Segundo a DUDH, ninguém poderá ser culpado por


ação ou omissão que, no momento da sua prática, não constituía delito
perante o direito nacional ou internacional.
Comentários: Trouxe o entendimento do art. XI da DUDH: "Ninguém poderá
ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam
delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta
pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao
ato delituoso."
Reflete o princípio da Anterioridade da lei penal / Reserva Legal, parte
integrante na nossa legislação, em que o crime e a pena devem estar
previamente estabelecidos em lei.
Resposta: CERTO.

(CESPE – DPU/2010) A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de


1948, apesar de ter natureza de resolução, não apresenta instrumentos ou
órgãos próprios destinados a tornar compulsória sua aplicação.
Comentários: O texto da DUDH realmente não apresenta instrumentos ou
órgãos próprios para efetivação dos seus direitos. Tais mecanismos foram
adotados pelos Pactos de 1.966.
Cabe apenas esclarecer que sua força normativa decorre dos entendimentos
mais aceitos pela comunidade internacional, sobretudo analisando sua
característica material (direitos humanos), já que sob o aspecto formal
(Resolução) não teria força vinculativa.
À margem dessa discussão, preze pela objetividade, já que o CESPE sequer
tocou nessa diferenciação. A questão apenas cobrou o entendimento de que a
DUDH é uma Resolução e não possui mecanismos próprios e expressos para
sua efetivação.
Resposta: CERTO.

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(CESPE – DPE-PI/2009 - Adaptada) A UDHR foi redigida à luz das
atrocidades cometidas durante a 2.ª Guerra Mundial. Nesse documento, marco
da proteção internacional dos direitos humanos, foi afirmado que liberdade,
igualdade e fraternidade são os três princípios axiológicos fundamentais em
matéria de direitos humanos.
Comentários: Tal afirmativa encontra-se no art. 1° da DUDH, e são princípios
axiológicos (de valores predominantes) em matéria de DH:
"Todos os seres humanos nascem livres (liberdade) e iguais
(igualdade) em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e
devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade."
Lembrando mais uma vez que a DUDH não trata dos direitos classificados
como de 3ª geração (fraternidade). Essa palavra está no texto como um meio
a ser alcançado, um caminho, um princípio, e não como direitos reconhecidos
(por exemplo, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado).
Resposta: CERTO.

(CESPE – DPE-PI/2009 - Adaptada) A UDHR foi redigida à luz das


atrocidades cometidas durante a 2.ª Guerra Mundial. Nesse documento, marco
da proteção internacional dos direitos humanos, foi afirmado que sanções
econômicas deverão ser aplicadas pela ONU às nações que não adotarem as
recomendações da UDHR
Comentários: A DUDH não fixa sanções pelo seu descumprimento, bem como
não prevê sequer órgãos de fiscalização e proteção, já que não é um tratado
internacional.
Resposta: ERRADO.

(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos


reconhece o princípio da unicidade sindical.
Comentários: Veja o que está escrito no artigo 23 da DUDH: "4. Todo ser
humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para
proteção de seus interesses."
Note que a referida Declaração somente menciona o direito de organizar
sindicatos, sem especificar o princípio da unicidade, a qual, no nosso caso,
está disposto no art. 8º, II, da CF. Segundo esse princípio, autoriza-se a
criação de apenas uma entidade sindical para um dado grupo de trabalhadores
em uma determinada base territorial.
Resposta: ERRADO.

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(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos não
dispõe expressamente sobre o direito ao casamento, mas assegura-o
indiretamente ao proteger a família.
Comentários: Nos termos do artigo XVI da DUDH: "1. Os homens e mulheres
de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm
o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais
direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2.
O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos
nubentes".
Resposta: ERRADO.

(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos garante


expressamente a gratuidade da educação fundamental.
Comentários: É o que se extrai do art. XXVI da DUDH. Lembra do resumo?

Técnico-
Elementar Fundamental Superior
profissional

Gratuita Gratuita Acessível a Acessível a


Obrigatória todos todos
Mérito

Resposta: CERTO.

(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos


reconhece expressamente que todos têm deveres para com a comunidade de
que participam.
Comentários: De acordo com o artigo XXIX da DUDH: "1. Todo ser humano
tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e
pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
Resposta: CERTO.

(CESPE – MPE-RO/2010) Considerada documento basilar para a proteção


internacional dos direitos humanos, a Declaração Universal dos Direitos do
Homem, de 1948,
a) possui valor meramente declaratório; portanto, não gera obrigações aos
Estados.
b) gera obrigações somente para Estados soberanos que a ratificaram e
promulgaram para fins de incorporação ao direito interno.
c) foi promulgada no Brasil logo após a sua assinatura.

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d) é ato de organização internacional, de modo que prescinde de incorporação
ao direito interno, como se exige para tratados ordinários de direitos humanos.
e) constitui relevante tratado internacional do período posterior à Segunda
Guerra.
Comentários:
Primeiro ponto a ser esclarecido é que, apesar de tecnicamente imperfeita, a
questão fala da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ou do Homem),
de 1.948. São nomenclaturas utilizadas para o âmbito internacional desse
ramo de direito. Não confunda com a Declaração Universal dos Direitos do
Homem e do Cidadão, de 1.789, que é um documento da Revolução Francesa.
a) ERRADO. Apesar de ter sido aprovada em forma de Resolução, o que
formalmente lhe confere apenas caráter declaratório, a tese mais aceita
atualmente é a de que a DUDH possui força vinculante. Nas palavras da
ilustre professora Flávia Piovesan: "ainda que não assuma a forma de tratado
internacional, apresenta força jurídica obrigatória e vinculante, na
medida em que constitui a interpretação autorizada da expressão 'direitos
humanos' constante dos arts. 1º (3) e 55 da Carta das Nações Unidas.
Ressalte-se que, à luz da Carta, os Estados assumem o compromisso de
assegurar o respeito universal e efetivo aos direitos humanos".
b) ERRADO. A DUDH é a representação mais forte do caráter jus cogens das
normas internacionais de direitos humanos, motivo pelo qual obriga a
todos os Estados, independente de terem assinado ou não.
c) ERRADO. Por ter sido aprovada em forma de Resolução e,
portanto, não possuir natureza de tratado internacional, não há previsão
de promulgação desse tipo de norma internacional no Estado brasileiro.
d) CERTO. É justamente o que foi acabado de falar na alternativa anterior.
Aprovada por meio de Resolução da Assembleia Geral da ONU, não é
necessário sua incorporação pelo Estado, como é feito pelo tratados
internacionais.
e) ERRADO. Mais uma vez, a DUDH formalmente é uma Resolução, e não um
tratado internacional.
Resposta: letra D.

(CESPE – TRF5ª/2011) A Declaração Universal dos Direitos Humanos:


a) não trata de direitos econômicos.
b) trata dos direitos de liberdade e igualdade.
c) trata o meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos.
d) não faz referência a direitos políticos.
e) não faz referência a direitos culturais e à bioética.

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Comentários: Para a questão, basta saber que a DUDH
trata exclusivamente dos direitos de primeira geração (art. I ao XXI) e
de segunda geração do (art. XXII ao XXVII). A DUDH não traz os direitos
de terceira ou outra geração. Sendo assim:
a) ERRADO. Trata sim. São direitos de segunda geração.
b) CERTO. A exemplo, os art. II (igualdade de direitos sem distinção de sexo,
raça, cor, religião etc) e XIII (liberdade de locomoção).
c) ERRADO. Não trata de direitos de terceira dimensão/geração (difusos e
coletivos).
d) ERRADO. Direito político é um direito de primeira dimensão/geração e,
portanto, está na DUDH.
e) ERRADO. De fato, a DUDH não faz remissão ao direito relacionado à
bioética, que é de quarta geração, conforme Paulo Bonavides. Todavia, os
direitos culturais são de segunda dimensão e, portanto, estão na DUDH.
Resposta: letra B.

(CESPE – DPE-RR/2013) Na Declaração Universal dos Direitos


Humanos:
a) não há menção à remuneração de trabalhos iguais.
b) é reconhecida a relação entre o desenvolvimento da personalidade e o
caráter de pertença a uma comunidade.
c) ao exercício dos direitos e liberdades por ela assegurados não se sobrepõe
propósito ou princípio algum.
d) é abordado o conceito de propriedade individual, mas não o de propriedade
coletiva.
e) não são reconhecidos deveres de ordem alguma.
Comentários:
a) ERRADO. A previsão de isonomia de remuneração para trabalhos iguais está
no art. XXIII, "2", da DUDH: "Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem
direito a igual remuneração por igual trabalho".
b) CERTO. Perfeita a afirmação. Veja o art. XXIX, "1", da DUDH: Toda pessoa
tem deveres para com a comunidade, em que o livre e
pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
E o que está dizendo esse confuso texto?
Significa que a partir da existência de uma comunidade, o indivíduo passa a
pertencê-la e, com isso, nascem além dos direitos, obviamente também
os deveres. Assim, e somente assim, será possível desenvolver a
personalidade do indivíduo, já que ele, ao mesmo tempo, estará vinculado às

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regras e normas do Estado, bem como terá acesso aos direitos civis, sociais,
culturais e outros, a exemplo da educação.
c) ERRADO. Previsão contida no art. XXIX "3": Esses direitos e
liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente
aos propósitos e princípios das Nações Unidas".
d) ERRADO. A DUDH aborda o conceito de propriedade coletiva no
art. XVII "1", veja: Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou
em sociedade com outros.
e) ERRADO. Falamos agora mesmo no artigo que trata do caráter de pertença
do indivíduo à comunidade. Novamente: Art. XXIX, "1" - Toda pessoa
tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento
de sua personalidade é possível.
De acordo com o artigo XXIX da DUDH: "1. Todo ser humano tem deveres
para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua
personalidade é possível.
Resposta: letra B.

(CESPE – MPE-AC/2014 – Adaptada) A Declaração Universal dos Direitos


Humanos tem estatuto de tratado internacional e marca o início da chamada
fase de universalização dos direitos do homem.
Comentários: Veja como é recorrente essa questão. Está errado, pois, como
já sabemos, a DUDH foi aprovada como Resolução, e não tratado
internacional.
Resposta: ERRADO.

(FUNIVERSA – SEAP-DF/2015) Segundo a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, o direito de asilo pode ser invocado em caso de perseguição
legitimamente motivada por crimes de direito comum.
Comentários: O art. XIV da DUDH diz que o asilo não poderá ocorrer em
caso legítimo de crimes de direito comum ou pelo cometimento de atos
contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Resposta: ERRADO.

(FUNIVERSA – SEAP-DF/2015) Segundo a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, o direito de asilo pode ser invocado em caso de perseguição
legitimamente motivada por crimes de direito comum.

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Comentários: O art. XIV da DUDH diz que o asilo não poderá ocorrer em
caso legítimo de crimes de direito comum ou pelo cometimento de atos
contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Resposta: ERRADO.

(CESPE – DEPEN/2015) Conforme a DUDH, compete aos governos, não a


grupos sociais ou pessoas individualmente, assegurar o reconhecimento e a
observância de seus dispositivos.
Comentários: Conforme o Preâmbulo da DUDH: "A Assembleia Geral
proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal
comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os
indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no
espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito
desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de
ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação
universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros
como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição".
Resposta: ERRADO.

(CESPE – DEPEN/2015) A DUDH enfatiza o papel da educação para a


promoção da tolerância, da amizade e da compreensão entre as nações e
grupos raciais e religiosos.
Comentários: Questão fácil sobre DUDH. Muitas vezes pensamos que há
alguma armadilha, mas por vezes as bancas colocam também questões mais
simples. Artigo XXVI da DUDH:
"2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao
reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer
a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os
grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das
Nações Unidas para a manutenção da paz.".
Resposta: CERTO.

(CESPE – DEPEN/2015) Embora afirme que toda pessoa tem direito à


nacionalidade, a DUDH reconhece o direito dos governos de, arbitrariamente,
privar alguém de sua nacionalidade.
Comentários: "Artigo XV: 1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade. 2.
Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito
de mudar de nacionalidade.".
Resposta: ERRADO.

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(CESPE – DEPEN/2015) A internacionalização dos direitos humanos,


objetivo central da DUDH, é uma forma de resposta ao mal absoluto que
caracterizou regimes políticos como o nazismo, de que o genocídio promovido
em campos de extermínio seria o exemplo mais dramático.
Comentários: O processo de internacionalização nasceu como resposta às
barbáries vividas pela humanidade na 2ª Guerra Mundial. E teve como um de
seus marcos a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a qual
deixou claro que as tragédias ocorridas deveriam ficar no passado e tem como
exemplo mais dramático o genocídio.
Veja um trecho do preâmbulo da DUDH, em que esse sentimento traumático
da 2ª Guerra Mundial fica claro:
"Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e
que o advento de um mundo em que os todos gozem de liberdade de palavra,
de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi
proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum (...)".
Resposta: CERTO.

(CESPE – DEPEN/2015) A liberdade de pensamento e de expressão e a


liberdade de religião constituem pilares da DUDH.
Comentários: " A questão não foi muito precisa, mas devemos entender que
ela não disse que são os únicos pilares, pois temos como igual valor, por
exemplo, a igualdade. Sobre os citados pilares, estes são mencionados nos
seguintes artigos:
"Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui
a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras".
Resposta: CERTO.

(NUCEPE/UESPI – PM-PI/2017) Considerando a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, analise as proposições abaixo.

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1) Toda pessoa tem direito à vida, sendo vedado o aborto.
2) Ninguém será submetido a tratamento degradante, salvo motivo justificado.
3) Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
4) Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como
pessoa perante a lei.

Estão corretos, apenas:


a) 1 e 3.
b) 1 e 4.
c) 1, 2 e 3.
d) 2 e 4.
e) 3 e 4.

Comentários:
1) ERRADO. A DUDH não dispõe sobre a questão de aborto, muito menos
estabelece vedação. Ademais, em determinadas situações as legislações
internas dos Estados autoriza tal prática.
2) ERRADO. O art. V da DUDH veda de forma irrestrita o tratamento
degradante à pessoa humana.
3) CERTO. Texto literal do art. IX da DUDH.
4) CERTO. Texto literal do art. VI da DUDH.
Resposta: letra E.

4 – Lista de exercícios

1- (CESPE – TRF5ª/2011 - Adaptada) A Declaração Universal dos


Direitos Humanos trata o meio ambiente ecologicamente equilibrado como
direito de todos.

2- (CESPE – MPU/2015) A Declaração Universal dos Direitos Humanos,


adotada e proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas em 1948, marcou um novo tempo na proteção internacional dos
indivíduos. Considerando o preâmbulo desse documento, julgue o item a
seguir: Os estados-membros da Organização das Nações Unidas se
comprometem a promover o respeito universal aos direitos e às liberdades
humanas fundamentais.

3- (CESPE – DEPEN/2013) A vítima de perseguição em seu país


legitimamente motivada por crime de direito comum pode invocar o direito de
procurar e de gozar asilo em outros países.

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4- (CESPE – DPE-RR/2013 – Adaptada) Na Declaração Universal dos
Direitos Humanos, não há menção à remuneração de trabalhos iguais.

5- (CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos


foi adotada após a 2.ª Guerra Mundial pela Assembleia Geral das Nações
Unidas.

6- (CESPE – DEPEN/2015) Além de significar a internacionalização dos


direitos humanos, a DUDH é o primeiro documento de dimensão mundial a
tratar de forma abrangente o tema dos direitos humanos, realçando a
importância destes para a construção de um mundo de justiça e paz.

7- (CESPE – DEPEN/2015) Logo em seu preâmbulo, a DUDH pressupõe


a existência de relação direta entre paz e direitos humanos, de tal modo que a
conquista da convivência pacífica fica inviabilizada se houver desrespeito a
esses direitos.

8- (CESPE – DEPEN/2015) A DUDH enfatiza o respeito aos direitos e


liberdades de ordem pessoal, entre os quais estão o direito à dignidade da
pessoa, a garantia de proteção igual perante a lei, a garantia contra o trabalho
escravo, a tortura, as detenções e as penas arbitrárias, além do direito de
recorrer ao Poder Judiciário contra abusos do poder.

9- (CESPE – DEPEN/2015) A DUDH pode ser considerada o ato inaugural


de uma nova concepção da vida internacional justamente por proclamar, para
a comunidade das nações, a importância dos direitos humanos para a boa
convivência coletiva.

As questões 10 a 12 possuem o seguinte enunciado comum: A Declaração


Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral
da Organização das Nações Unidas em 1948, marcou um novo tempo na
proteção internacional dos indivíduos. Considerando o preâmbulo desse
documento, julgue o item a seguir:
10- (CESPE – MPU/2015) O reconhecimento da dignidade inerente a todas
as pessoas, bem como dos seus direitos iguais e inalienáveis, é o fundamento
da liberdade, da justiça e da paz no mundo.

11- (CESPE – MPU/2015) Para a Assembleia Geral da Organização das


Nações Unidas, o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram
em atos bárbaros ultrajantes para a consciência da humanidade.

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12- (CESPE – MPU/2015) O respeito aos direitos humanos pelo império da
lei é essencial para que as pessoas não sintam necessidade de recorrer à
rebelião contra a tirania e a opressão.

As questões 13 a 16 possuem o seguinte enunciado comum: A Declaração


Universal dos Direitos Humanos apresenta um catálogo de garantias que têm
por escopo proteger os indivíduos de abusos cometidos por pessoas que
desempenham funções públicas. Considerando as disposições dessa
declaração, julgue o próximo item:
(CESPE – MPU/2015) Não se pode impor tratamento diferenciado nem
impedir a entrada nas dependências da administração pública à pessoa que
exteriorize credo religioso por meio da utilização de palavras, sinais, símbolos
ou imagens.

(CESPE – MPU/2015) Ninguém é obrigado a participar de associação, nem


mesmo das que pretendam representar alguma categoria profissional.

(CESPE – MPU/2015) Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou


exilado; sendo assim, qualquer detenção deve ser formalmente justificada.

(CESPE – MPU/2015) A presunção de inocência não socorre a quem tem


maus antecedentes.

As questões 17 a 19 possuem o seguinte enunciado comum: Segundo a


Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral
das Nações Unidas, julgue:
(CESPE – SEJUS-ES/2009) Ninguém pode ser arbitrariamente detido, preso
ou exilado.

(CESPE – SEJUS-ES/2009) O suspeito da prática de crime não é considerado


inocente, ainda que não tenha havido pronunciamento judicial acerca do fato
por ele praticado.

(CESPE – SEJUS-ES/2009) O direito à educação e o direito de participação


na vida cultural da comunidade são expressamente consagrados, assim como o
direito à igual proteção da lei e à liberdade de locomoção.

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(CESPE – MPU/2013) De acordo com a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, a irretroatividade da lei penal mais gravosa constitui garantia da
pessoa.

(CESPE – MTE/2013) A Declaração Universal dos Direitos Humanos proíbe,


expressamente, a manutenção de pessoas em regime de escravidão ou de
servidão.

(CESPE – DEPEN/2013) A respeito da Declaração Universal dos Direitos


Humanos, julgue: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.

(CESPE – DPE-ES/2012) A mudança de nacionalidade é direito assegurado


pela Declaração Universal de Direitos Humanos.

As questões 24 e 25 possuem o seguinte enunciado comum: A respeito da


Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH), julgue os itens que se
seguem:
(CESPE – PC-CE/2012) Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e
expressão. Esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e
de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras.

(CESPE – PC-CE/2012) Segundo a DUDH, ninguém poderá ser culpado por


ação ou omissão que, no momento da sua prática, não constituía delito
perante o direito nacional ou internacional.

(CESPE – DPU/2010) A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de


1948, apesar de ter natureza de resolução, não apresenta instrumentos ou
órgãos próprios destinados a tornar compulsória sua aplicação.

(CESPE – DPE-PI/2009 - Adaptada) A UDHR foi redigida à luz das


atrocidades cometidas durante a 2.ª Guerra Mundial. Nesse documento, marco
da proteção internacional dos direitos humanos, foi afirmado que liberdade,
igualdade e fraternidade são os três princípios axiológicos fundamentais em
matéria de direitos humanos.

(CESPE – DPE-PI/2009 - Adaptada) A UDHR foi redigida à luz das


atrocidades cometidas durante a 2.ª Guerra Mundial. Nesse documento, marco

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da proteção internacional dos direitos humanos, foi afirmado que sanções
econômicas deverão ser aplicadas pela ONU às nações que não adotarem as
recomendações da UDHR

(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos


reconhece o princípio da unicidade sindical.

(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos não


dispõe expressamente sobre o direito ao casamento, mas assegura-o
indiretamente ao proteger a família.

(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos garante


expressamente a gratuidade da educação fundamental.

(CESPE – TJ-RR/2012) A Declaração Universal de Direitos Humanos


reconhece expressamente que todos têm deveres para com a comunidade de
que participam.

(CESPE – MPE-RO/2010) Considerada documento basilar para a proteção


internacional dos direitos humanos, a Declaração Universal dos Direitos do
Homem, de 1948,
a) possui valor meramente declaratório; portanto, não gera obrigações aos
Estados.
b) gera obrigações somente para Estados soberanos que a ratificaram e
promulgaram para fins de incorporação ao direito interno.
c) foi promulgada no Brasil logo após a sua assinatura.
d) é ato de organização internacional, de modo que prescinde de incorporação
ao direito interno, como se exige para tratados ordinários de direitos humanos.
e) constitui relevante tratado internacional do período posterior à Segunda
Guerra.

(CESPE – TRF5ª/2011) A Declaração Universal dos Direitos Humanos:


a) não trata de direitos econômicos.
b) trata dos direitos de liberdade e igualdade.
c) trata o meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos.
d) não faz referência a direitos políticos.
e) não faz referência a direitos culturais e à bioética.

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(CESPE – DPE-RR/2013) Na Declaração Universal dos Direitos Humanos:


a) não há menção à remuneração de trabalhos iguais.
b) é reconhecida a relação entre o desenvolvimento da personalidade e o
caráter de pertença a uma comunidade.
c) ao exercício dos direitos e liberdades por ela assegurados não se sobrepõe
propósito ou princípio algum.
d) é abordado o conceito de propriedade individual, mas não o de propriedade
coletiva.
e) não são reconhecidos deveres de ordem alguma.

(CESPE – MPE-AC/2014 – Adaptada) A Declaração Universal dos Direitos


Humanos tem estatuto de tratado internacional e marca o início da chamada
fase de universalização dos direitos do homem.

(FUNIVERSA – SEAP-DF/2015) Segundo a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, o direito de asilo pode ser invocado em caso de perseguição
legitimamente motivada por crimes de direito comum.

(FUNIVERSA – SEAP-DF/2015) Segundo a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, o direito de asilo pode ser invocado em caso de perseguição
legitimamente motivada por crimes de direito comum.

(CESPE – DEPEN/2015) Conforme a DUDH, compete aos governos, não a


grupos sociais ou pessoas individualmente, assegurar o reconhecimento e a
observância de seus dispositivos.

(CESPE – DEPEN/2015) A DUDH enfatiza o papel da educação para a


promoção da tolerância, da amizade e da compreensão entre as nações e
grupos raciais e religiosos.

(CESPE – DEPEN/2015) Embora afirme que toda pessoa tem direito à


nacionalidade, a DUDH reconhece o direito dos governos de, arbitrariamente,
privar alguém de sua nacionalidade.

(CESPE – DEPEN/2015) A internacionalização dos direitos humanos,


objetivo central da DUDH, é uma forma de resposta ao mal absoluto que

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caracterizou regimes políticos como o nazismo, de que o genocídio promovido
em campos de extermínio seria o exemplo mais dramático.

(CESPE – DEPEN/2015) A liberdade de pensamento e de expressão e a


liberdade de religião constituem pilares da DUDH.

(NUCEPE/UESPI – PM-PI/2017) Considerando a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, analise as proposições abaixo.
1) Toda pessoa tem direito à vida, sendo vedado o aborto.
2) Ninguém será submetido a tratamento degradante, salvo motivo justificado.
3) Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
4) Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como
pessoa perante a lei.

Estão corretos, apenas:


a) 1 e 3.
b) 1 e 4.
c) 1, 2 e 3.
d) 2 e 4.
e) 3 e 4.

5 – Gabarito

1 E 13 C 25 C 37 E
2 C 14 C 26 C 38 E
3 E 15 C 27 C 39 E
4 E 16 E 28 E 40 C
5 C 17 C 29 E 39 E
6 C 18 E 30 E 40 C
7 C 19 C 31 C 41 E
8 C 20 C 32 C 42 C
9 C 21 C 33 D 43 C
10 C 22 C 34 B 44 E
11 C 23 C 35 B
12 C 24 C 36 E

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6 – Referencial Bibliográfico

BARRETO, Rafael. Direitos Humanos. Sinopses para concursos. 3ª ed.


Salvador: JusPodvim; 2013.
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o direito constitucional
internacional. 15ª ed. São Paulo: Saraiva; 2015.
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/
https://www.ohchr.org/EN/ProfessionalInterest/Pages/Internationa lLaw.aspx
https://research.un.org/

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