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À luz do artigo 3º, I, da Lei nº 6.938/81 (Lei de Política Nacional do Meio Ambiente),
define-se o meio ambiente do trabalho como o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas
as suas formas.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
[...]
No mesmo seguimento, o art. 225, caput, da Maior, estatui que “Todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações”.
[...]
Tais normas sobre Segurança e Medicina do Trabalho são de importância crucial nas
relações de trabalho, já que estabelecem condutas em benefício da saúde, do bem-estar e
da segurança do trabalhador, concretizando, nos planos legal e regulamentar, o comando
constitucional de redução dos riscos inerentes ao trabalho.
Além disso, acrescenta o parágrafo 1º, do artigo 19, da Lei nº 8.213/91, que “A
empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção
e segurança da saúde do trabalhador”.
Também, não se pode olvidar do amparo da Lei nº 9605/98 (Lei de Crimes
Ambientais) que visa não apenas punir e coibir condutas criminosas em relação ao meio
ambiente, como também promover a preservação e reparação das áreas que sofreram
danos.
Por fim, convém elucidar acerca dos princípios constitucionais do direito ambiental
do trabalho, quais sejam:
a) o princípio do desenvolvimento sustentável ora estatuído no inciso VIII, do artigo 170
da CRFB/88, tendo em vista que a expressão “pleno emprego”, rechaça, por completo,
qualquer iniciativa, estatal ou privada, de precarização das relações de trabalho, enquanto o
desenvolvimento sustentável perpassa, necessariamente, pela garantia de um meio
ambiente laboral equilibrado, livre de fatores que comprometam a saúde física, mental e
emocional do trabalhador.
b) o princípio da prevenção que está no artigo 7º, XXII, da CRFB/88, uma vez que a
identificação de riscos inerentes ao trabalho permite a adoção de medidas inibitórias para a
proteção da saúde dos trabalhadores;
c) o princípio da precaução que também consta do inciso XXII do artigo 7º, da CRFB/88,
pois a postura de cautela perante os possíveis riscos não identificados irá também contribuir
para a redução de danos à saúde do trabalhador;