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MANUAL
FORMAÇÃO DE CIPEIROS
FORMAÇÃO DE CIPEIROS
CAPÍTULO I
HISTÓRIA DO
PREVENCIONISMO
História do Prevencionismo
A origem da CIPA no Brasil e no mundo
No início da Revolução Industrial, as fábricas apresentavam ambientes de
trabalho bastante precários, com péssima iluminação, abafados e sujos. Os
salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos, e mulheres e crianças
eram contratadas. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e
estavam sujeitos a castigos físicos. Não havia direitos trabalhistas como férias,
décimo terceiro salário, auxílio-doença, descanso semanal remunerado ou
qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo
de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Constituição Federal
A Constituição Federal (CF), a lei máxima do país, a origem de todas as
leis, faz uma previsão ao direito de condições de trabalho seguras para os
trabalhadores urbanos e rurais.
Intenção e Compromisso:
“Somos responsáveis por nossas ações e tratamos saúde e segurança como
um valor inegociável. Toda e qualquer atividade que realizamos deve seguir as
melhores práticas, com o objetivo de preservar a saúde, segurança e promover
o bem-estar das nossas pessoas”
Valores:
• Pró atividade – Antecipar-se aos cenários, prevendo impactos relacionados
a saúde e segurança das pessoas e atuando para mitigá-los;
A norma que trata deste manual e treinamento é a NR.5, onde são abordados
os objetivos, funcionamento, processo eleitoral e orientações de organização e
como deve ser procedido a implantação e o funcionamento da CIPA nas empresas.
Objetivo da CIPA:
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador.
Objetivo da CIPA:
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador.
Atribuições da CIPA:
a) acompanhar o processo de identificação de perigos e
avaliação de riscos bem como a adoção de medidas de
prevenção implementadas pela organização;
Constituição e estruturação
A CIPA será constituída por estabelecimento e composta de representantes
da organização e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto
no Quadro I desta NR, ressalvadas as disposições para setores econômicos
específicos.
h) voto secreto;
Caso não existam mais suplentes, durante os primeiros seis meses do mandato,
a organização deve realizar eleição extraordinária para suprir a vacância, que
somente será considerada válida com a participação de, no mínimo, um terço dos
trabalhadores
Treinamento
A organização deve promover treinamento para o representante nomeado
previsto para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse.
Acidente de Trajeto
Ocorre na ida ou na volta do trabalho para casa, ou ocorrido no mesmo
trajeto quando o trabalhador efetua suas refeições em casa. Deixa de ser
caracterizado o acidente quando o empregado tenha, por interesse próprio,
interrompido ou alterado o percurso normal.
Ato de Terceiro
Esse ato de terceiro pode se culposo ou doloso. Será considerado culposo
quando a pessoa que deu ensejo ao mesmo não tinha intenção de que o fato
acontecesse. Foi um ato de imprudência, negligência, imperícia que resultou
num dano de outrem. Já o ato doloso é consciente, e a pessoa que o pratica
age de má fé com vontade dirigida para a obtenção de um resultado criminoso.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
IV - O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
Doença do Trabalho
É entendida como adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
Assim, por exemplo, podemos citar a surdez como doença do trabalho, tendo
em conta o serviço executado em local extremamente ruidoso.
Os acidentes não são inevitáveis, não surgem por acaso, eles são causados,
portanto possíveis de prevenção através de eliminação, a tempo, de suas causas.
◘ Pressão.
◘ Correria.
◘ Afobação.
◘ Falta de Conhecimento.
◘ Gambiarras.
◘ Brincadeiras.
◘ Pisos irregulares.
◘ Tensão, estresse.
◘ Adaptação a mudança.
◘ Alcoolismo.
◘ Conflitos familiares.
Para a Empresa:
O acidente afeta o sistema de produção, causa gastos com treinamento de
substitutos, gastos nos acidentes com máquinas; indenizações pelo passivo
trabalhista causado pelo acidente.
Para a Sociedade:
A sociedade sofre as consequências com os acidentes do trabalho
sustentando as vítimas no sistema SUS, gerando gastos volumosos com
seguros de acidentes do trabalho e pagamentos de salários e aposentadorias
para os acidentados.
Percepções de Risco
A percepção dos riscos de uma atividade está diretamente ligada ao
comportamento, atitude, experiência de vida e cultura de cada um.
• Desconhecimento da atividade.
• Tolerar os riscos.
• Ignorar os riscos.
R= P x E
Onde:
R = Risco
P = Perigo
E = Exposição
• Insignificante.
Por menor que seja o perigo, dependendo das circunstâncias, pode provocar
um incidente muito significativo. O comprometimento de uma pessoa pode
ser medido quando mesmo sozinho e atrasado, segue todos os procedimentos
seguros para realizar a atividade.
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for
possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que
se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva
não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/
ou de doenças profissionais e do trabalho.
Tipos de Proteção:
Responsabilidades
Obrigações do empregador (item 6.6.1 da NR 06):
Nota: Art. 158 da CLT - Parágrafo único: “Constitui ato faltoso do empregado
a recusa injustificada ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos
pela empresa.
• Guarda-corpo.
• Tapetes de borracha.
• Escoramento de valas.
• Para-raios.
• Extintor de incêndio.
• Eliminação do Risco
• Neutralização do Risco
• Sinalização do Risco
◘ Por exemplo: quando o chão está molhado por algum motivo, deve-se
colocar uma placa com os dizeres “cuidado piso molhado”.
→ Plano de trabalho
→ Reuniões Mensais
• Acidentes de Trabalho.
• Demais assuntos.
2. Coleta de informações.
→ Campanhas de Segurança
• Acidente de Trânsito.
• Novembro Azul
• Saúde Mental
→ Mapas de Risco
• Objetivos:
• Legislação:
Etapas de Elaboração
• Conhecer o processo de trabalho no local analisado.
◘ As atividades exercidas.
• Conhecer o ambiente:
sua eficácia:
Riscos Ambientais
São agentes presentes nos ambientes de trabalho capazes de afetar o
trabalhador a curto, médio e longo prazo, provocando acidentes com lesões
imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam
a acidentes do trabalho.
Passo 3 – Iniciar o mapeamento dos riscos, com base nas observações do setor e
entrevista dos colaboradores que trabalham no local, sendo um formulário para cada
setor. À medida que os riscos forem identificados na tabela, fazer uma marcação no
croqui ou rascunho de layout, sinalizando o local correspondente ao risco. Para esta
marcação no croqui, utilizar o número do risco apresentado na 1ª coluna (Risco)
do formulário de levantamento. Caso a tarefa tenha mais de um risco, deve ser
preenchida uma linha para cada risco no formulário, repetindo a tarefa.
R=PxE
Onde:
R – Risco
P – Perigo
Onde:
Frequência:
Duração:
Se o “R” for:
• Como aconteceu?
Responsabilidade:
• Supervisores imediatos: encaminhar o acidentado para atendimento
médico, comunicar à Segurança do Trabalho e participar da investigação.
• Uma avaliação do local onde ocorreu o acidente, sempre que possível antes
que as condições do local sejam alteradas.
Durante a investigação
• Não emitir opiniões próprias sobre o acidente, mas sim a opinião do grupo
da CIPA.
Depois da investigação
Todo acidente traz informações úteis para aqueles que se dedicam à sua
prevenção, pois revela a existência de causas ainda não conhecidas, ou seja,
causas que permaneciam ocultas e que não haviam sido notadas. Portanto, a CIPA
deve preocupar-se em, após uma completa investigação, analisar todo e qualquer
acidente, e proceder com registros e comunicações.
Essas comunicações têm importância especial, pois somente se o fato for conhecido
é que se pode colocar em execução as medidas preventivas e corretivas, para que não
volte a ocorrer. Mesmo o mais leve acidente pessoal deve ser comunicado à chefia.
Acidentes de Trajeto
Precauções Importantes:
• Observar riscos;
• Reportar problemas;
• Propor melhorias;
• Fique com a vítima até chegada de ajuda. Não abandone a vítima, fique
com ela até chegada da solicitada;
• Acione a Brigada;
• Afaste os curiosos;
Avaliação da vítima
• Peça ajuda da Brigada da unidade, SESMT, SAMU ou Bombeiros;
•Primeiros Socorros serão aplicados quando a vítima não tem ameaça a vida;
Sangramentos Nasais
• Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e
apertar-lhe as narinas durante cinco minutos.
Hemorragias
• Hemorragias externas: sangramento grave que, se ininterrupto, causa
estado de choque, seguido de morte.
O QUE FAZER:
- Manter a região que sangra em posição mais elevada que o resto do corpo.
• Hemorragias internas:
SINTOMAS:
- Pele fria.
- Palidez acentuada.
- Sede intensa.
- Calafrios.
- Tonturas.
Estado de Choque
É a falência do sistema cardiocirculatório devido a causas variadas,
proporcionando uma inadequada perfusão e oxigenação dos tecidos.
CAUSAS:
• Choque elétrico.
• Queimaduras extensas.
• Envenenamento.
• Emoção violenta.
• Hemorragias.
SINTOMAS:
• Face pálida.
O QUE FAZER:
• Mantenha a vítima deitada, com as pernas mais altas que o restante do corpo.
O QUE FAZER:
Convulsão
Perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas
e involuntárias, conhecida popularmente como “ataque”. Causas variadas:
epilepsia, febre alta, traumatismo craniano, etc.
SINTOMAS:
• Queda desamparada.
• Salivação abundante.
• OBS: Segurar cabeça para não bater, colocar lenço na boca para não
morder a língua.
Classificação: Podem ser de 1º, 2º e 3º graus e são tanto mais graves quanto
mais extensas as áreas do corpo atingidas.
Tratamento:
Fraturas
Em caso de fraturas, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento
das partes quebradas para se evitar maiores danos.
Características:
• Fraturas fechadas: quando o osso se quebrou, mas a pele não foi perfurada.
• Fraturas expostas: quando o osso está quebrado e a pele rompida.
Providências:
• Nas fraturas fechadas:
→ Manter o membro acidentado na posição em que foi encontrado,
procurando não corrigir desvios.
→ Colocar talas sustentando o membro atingido, de forma
que estas tenham comprimento suficiente para ultrapassar
as juntas acima e abaixo da fratura.
→ Qualquer material rígido pode ser empregado como tala
(tábua, papelão, vareta de metal, revista ou jornal dobrado).
SINTOMAS
O que fazer:
Parada Cardiorrespiratória
É a interrupção da circulação sanguínea que ocorre em consequência
da interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. A parada
cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos.
SINAIS E SINTOMAS
• Dor no peito.
• Suor excessivo.
• Palpitações.
• Tontura.
• Escurecimento da visão.
• Desmaios.
O QUE FAZER:
• Coloque a palma da sua mão sobre o osso esterno e sua outra mão sobre
a primeira. Os dedos não devem tocar as costelas.
Trinta anos se passaram e ainda não existe cura para a AIDS. A mortalidade
daqueles que contraíram a doença diminuiu consideravelmente em razão de
tratamentos desenvolvidos nessas décadas de existência da doença sem uma
cura definitiva da doença.
COMO SE TRANSMITE
• Cumprimentando.
• Em ônibus.
• Em bebedouros.
• Em sanitários.
• Em salas de aulas.
• Em telefones públicos.
• Em utensílios domésticos.
• Em piscinas.
PREVENÇÃO:
• Usar preservativos.
Recomendações Gerais
• Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho.
Propagação do Fogo
O fogo pode se propagar:
• Pela ação do calor, que é uma forma de energia produzida pela combustão
ou originada do atrito dos corpos. Ele se propaga por três processos de
transmissão:
Classe A
Classe B
• Queimam em superfície.
Classe D
• Não devem ser utilizados extintores de água ou espuma para extinção do fogo.
Métodos de Extinção
• Retirada e Isolamento Material: consiste na retirada ou isolamento do
combustível, pois se este faltar não haverá substância para queimar.
Extintores
É um aparelho que contém um agente extintor (produto cuja ação provoca
a extinção do fogo) em seu interior, que pode ser projetado ou dirigido sobre um
incêndio por ação de uma pressão interna. Tem a finalidade de apagar o fogo em sua
fase inicial (princípio de incêndio), sendo operado manualmente.
• Extintor água pressurizada (indicado fogo classe A): o agente extintor é a água.
Há dois tipos comerciais:
• Extintor de gás carbônico CO² (Indicado fogo classe B e C): ao ser acionado
o gatilho, o gás passa por uma válvula num forte jato. No combate com
extintor de CO2, o operador deverá aproximar-se o máximo possível do fogo,
devido ao curto alcance do jato desse aparelho. Ideal para equipamentos
delicados (pois não deixa resíduo).
• Deve ser pintado de vermelho uma área de 1x1m² no piso localizado em baixo
do extintor a qual não deve ser obstruída de forma nenhuma.
Saída de Emergência
Caminho desobstruído, devidamente protegido e sinalizado, a ser
percorrido pelo usuário de uma edificação em caso de incêndio, até atingir a via
pública ou espaço aberto, ficando em local seguro.
• Instalação de para-raios.
Caso seja observado algum caso, oriente ao colaborador que procure por
ajuda. Informe o time de SESMT e o responsável de sua unidade para suporte.