O documento discute a redução de acidentes e doenças no Brasil a partir da década de 1980 devido à criação de leis de segurança do trabalho em 1977. Os acidentes continuam acontecendo devido a condições e comportamentos inseguros no trabalho. É necessária forte prevenção, como ações da CIPA, para alcançar a meta de zero acidentes.
O documento discute a redução de acidentes e doenças no Brasil a partir da década de 1980 devido à criação de leis de segurança do trabalho em 1977. Os acidentes continuam acontecendo devido a condições e comportamentos inseguros no trabalho. É necessária forte prevenção, como ações da CIPA, para alcançar a meta de zero acidentes.
O documento discute a redução de acidentes e doenças no Brasil a partir da década de 1980 devido à criação de leis de segurança do trabalho em 1977. Os acidentes continuam acontecendo devido a condições e comportamentos inseguros no trabalho. É necessária forte prevenção, como ações da CIPA, para alcançar a meta de zero acidentes.
Analisando a "Estatísticas de acidentes no Brasil desde 1970", responda as questões de
1 a 4:
1) Em relação ao total de acidentes e doenças (números apenas do mercado formal),
o que pode ser constato? Qual o motivo da diminuição a partir do ano de 1977? Porque os acidentes e doenças continuam a acontecer e o que é preciso fazer para alcançar a meta de "zero acidentes e doenças"?
R: Em relação ao total de acidentes e doenças constatados nas estatísticas no Brasil
desde 1970 pode-se afirmar que a redução desses números se consolida no início da década de 1980. Isso ocorre devido à criação de leis voltadas a Segurança do Trabalho e as Normas Regulamentadoras (NR’s) no ano de 1977. A lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, estabeleceu a redação dos ART. 154 a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à segurança e medicina do trabalho. Conforme o art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer as disposições complementares às normas relativas à segurança e medicina do trabalho. Dessa forma, em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214, que regulamentou as Normas Regulamentadoras pertinentes a Segurança e Medicina do Trabalho. Em 1978, através da Portaria nº 3.214, foram aprovadas 28 (vinte e oito). As NR’s são de observância obrigatória para as empresas privadas, públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados redigidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os acidentes e doenças continuam a acontecer por diversas causas, podendo elas serem divididas em duas frentes: a condição insegura (que tem relação com o ambiente de trabalho) e o comportamento inseguro (que tem relação com o comportamento, muitas vezes consciente, do trabalhador). Estimativas apontam que de 600 incidentes, 1 acaba se tornando um acidente grave ou até mesmo acarretando na morte da pessoa envolvida (Pirâmide de Bird). Pensando nisso, para alcançar uma meta de “zero acidentes e doenças” é preciso atuar fortemente na prevenção dos mesmos, sendo a CIPA uma forte aliada para a execução dessas ações.
2) O que pode ser constatado em relação aos acidentes fatais?
R: Pode se constatar em relação aos acidentes fatais que enquanto o número de acidentes diminui, o número de mortes se mantém constante. Pressupõe-se que isso ocorra devido a possibilidade de não se registrar os acidentes, mas o registro de mortes ser obrigatório.
3) O que pode ser constatado em relação às doenças ocupacionais?
R: Pode se observar que as doenças ocupacionais aumentaram consideravelmente a partir da década de 1990. Isso também pode estar atrelado ao registro dessas doenças, já que para solicitar o auxílio do INSS, o trabalhador precisa ter o registro do acontecimento (aumentando assim o número considerado nas estatísticas).
4) O que pode ser constatado em relação aos acidentes de trajeto?
R: O número de acidentes de trajeto (no percurso casa-trabalho-casa) cresceu consideravelmente a partir da década de 2000. Os chamados acidentes de trajeto subiram muito acima da média nacional de acidentes de trabalho e já respondem por aproximadamente 20% das ocorrências registradas no Brasil. Esse dado é preocupante, porque embora sejam classificados como acidentes de trabalho, uma solução para isso está fora do alcance de programas de prevenção, segurança e saúde das empresas.
5) De acordo com o texto "História da Segurança no Trabalho" descreva
resumidamente a história e a evolução dos estudos sobre segurança no trabalho no mundo e no Brasil. R: A história da segurança do trabalho remonta dos idos de 1700, com a publicação, na Itália, da obra “As doenças dos trabalhadores”, em que descreve inúmeras doenças relacionadas a algumas profissões existentes na época. Com o advento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem (entre 1760 e 1830, na Inglaterra), o artesão perdeu o domínio dos meios de produção. As máquinas já começavam a substituir o artífice, numa produção muito superior à do homem. Nessa época, surgiram, então, as primeiras leis de proteção ao trabalho em alguns países da Europa. Na Inglaterra, em 1802, criou-se a lei de amparo aos operários dispondo sobre o trabalho de aprendizes paroquianos nos moinhos. Em 1908, foi estabelecida a jornada diária de 8 horas aos trabalhadores. Em 1910, foi criada a folga de meio dia por semana os comerciários e em 1912, o Código de Leis Trabalhistas, ampliado sempre por estatutos especiais e portarias administrativas. No Brasil, em 1919, surgiu a Lei n.3.725, contendo 30 artigos e dispondo sobre o conceito de acidente do trabalho, a declaração de acidentes, a ação judicial, além de outras disposições gerais sobre a atividade laboral. Quatro anos depois da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, foi promulgada a terceira Constituição do País. Em junho de 1934, o Decreto n. 24.637 apenas classificava as indenizações por tipo de acidente. Só em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determinou, vagamente, a propaganda contra o perigo de acidentes de trabalho. Em 1939, foi oficializada a criação da Comissão Especial de Prevenção de Acidentes, a CEPA, da Light, uma das empresas precursoras em segurança do trabalho. Em 1° de maio de 1943, foi baixado o Decreto –Lei n. 5.452, aprovando a criação da Consolidação de Leis do Trabalho (CLT). Em seguida, em 10 de novembro de 1944, foi baixado o Decreto-Lei n. 7.036, o qual em seu art.82, obrigava as empresas a organizarem comissões internas, com representação dos empregados para “estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes”. Contudo, somente após a Portaria n. 155, de 27 de novembro de 1953, no segundo Governo de Vargas, é que se regulamentou a organização e o funcionamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, a CIPA. Em 14 de setembro de 1967, na ditadura militar, criou-se a Lei n. 5.316, íntegra do seguro de acidente na previdência. Com a Portaria n. 3.237, de julho de 1972, estabelece-se a obrigatoriedade dos serviços especializados em segurança, higiene e medicina do trabalho nas empresas, levando em consideração o número de empregados e o grau de risco. Já com a Portaria n. 3.460, de 31 de dezembro de 1975, instituíram-se, obrigatoriamente, os serviços de medicina e segurança nas empresas. O art. 162 da CLT fixava as normas gerais. Com a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, foi alterado o Capítulo V, do Título II, da CLT, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Em 8 de junho de 1978, com a Portaria n. 3.214, foram aprovadas as primeiras Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V da CLT relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Nos dias atuais, a conscientização sobre o acidente de trabalho e seus malefícios para o trabalhador e para o empregador permite o aumento dessa própria conscientização, sendo inclusive, item importante na certificação de empresas.
6) Baseado na "Apostila Unifei", páginas de 4 a 14, descreva resumidamente as fases
de evolução do trabalho através dos tempos, e os motivos para o surgimento dos acidentes e doenças ocupacionais. R: Produção de Subsistência: O trabalho é feito para prover as necessidades de subsistência do Homem. Os acidentes podem ocorrer em consequência da caça e da pesca.
Produção Artesanal (Agrícola/Pastoreio): Trabalho manual, de produção agrícola.
Produção de natureza artesanal. Plantação, cultivo e armazenamento dos produtos podem desencadear em acidentes e em doenças ocupacionais (não de forma formal).
Produção Industrial: Descoberta da energia hidráulica, máquina a vapor e da
eletricidade. Transformação da sociedade agrária em sociedade Industrial. Grande incremento da Produção. Invenção da máquina de fiar/1738. “Revolução Industrial” – Inglaterra (1760 – 1830). Grandes concentrações de trabalhadores em fábricas improvisadas, o que gera um grande número de acidentes.
Produção em série: Produção automobilística. Cada operário passa a fazer,
repetidamente, apenas um tipo de tarefa. Aceleração da linha de Produção. Incorporação de novos conceitos sistematizados que passam a garantir uma produção sequencial, padronizada e em grande escala. Surgem as dificuldades do trabalhador para se adaptar a esta fase de produção, gerando elevados níveis de doenças ocupacionais. Automação tecnológica (Reengenharia/Robótica): Produção automatizada. Diminuição da força braçal. Fechamento de postos de trabalho.
7) Observando a "CLT", página 1 - Art. 2º e Art. 3º, compare e descreva as diferenças
entre empregador e empregado, e o que significa "assumindo os riscos da atividade". E o que significa na prática "empresas responsáveis solidariamente". R: O empregado é aquele que presta serviço, o empregador é a empresa, que assume a responsabilidade econômica e de contratações. O empregador é o que tem a responsabilidade da gestão dos processos da organização, e o empregado é quem irá executar as tarefas. O significado de assumir os riscos da atividade está atrelado ao rateio entre os sócios dos resultados positivos e negativos por exemplo. O risco econômico é assumido pelo empregador, ou seja, a empresa ou empresário saberá do risco de sua atividade. E na prática, o significado de “empresas responsáveis solidariamente” se remete a o grupo econômico, ou seja, às várias empresas sob o mesmo comando, que são responsáveis solidariamente pelas obrigações trabalhistas (caso aconteça algum problema ou ação negativa).