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PROPÓSITO
Tendo em vista a dinâmica das legislações no Brasil, sejam as trabalhistas sejam as previdenciárias, é
fundamental haver um amplo entendimento da importância das normas regulamentadoras (NRs) como
um elemento essencial no campo da prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar a leitura deste conteúdo, tenha em mãos papel ou caneta, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador para a realização das tarefas em aula.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO NO BRASIL E SEUS ASPECTOS
NORMATIVOS
MÓDULO 1
LIGANDO OS PONTOS
Muitas empresas ainda não conhecem ou nunca ouviram falar das NRs ou de outras legislações
trabalhistas que visam à proteção dos trabalhadores. Com isso, frequentemente, verifica-se a ocorrência
de acidentes de trabalho em função da ausência de medidas preventivas que venham a garantir um
ambiente seguro para os trabalhadores.
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Obviamente, muitos acidentes ocorreram, inclusive com óbitos, em função de atividades e operações
com máquinas e equipamentos em seus novos postos de trabalho. Um exemplo muito significativo no
Brasil ocorreu na então Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no estado do Rio de
Janeiro, já que o número de acidentes ocorridos na época chamava a atenção de todo o mercado
internacional.
Em função desse triste cenário, a legislação brasileira incorporou à própria Constituição Federal alguns
mecanismos de proteção para os trabalhadores com o objetivo de reverter esse lamentável quadro
acidentário.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
C) Portaria nº 409/1965, que estabeleceu parâmetros mínimos para trabalhos em ambientes insalubres.
GABARITO
A Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, obriga as empresas públicas e privadas que admitem
trabalhadores regidos pela CLT a implementar as NRs de segurança, higiene e saúde dos
trabalhadores.
3. UMA EMPRESA FOI MULTADA PELA AUDITORIA FISCAL
DO TRABALHO, A QUAL, APÓS UMA INSPEÇÃO
ALEATÓRIA, CONSTATOU QUE UM TRABALHADOR NÃO
UTILIZAVA OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
AGIRAM CORRETAMENTE OS AUDITORES FISCAIS AO
AUTUAR A EMPRESA PELO NÃO CUMPRIMENTO DA
PORTARIA Nº 3.214?
RESPOSTA
A legislação trabalhista é bem clara ao determinar que cabe ao empregador “cumprir e fazer cumprir as
normas de proteção dos trabalhadores”; logo, a empresa possui mecanismos legais para a garantia desse
termo constitucional. Caso não o cumpra, ela tem de ser autuada, como no caso em questão, com as ações
corretas por parte da auditoria fiscal do trabalho.
A SEGURANÇA DOS TRABALHADORES NO
BRASIL
NO BRASIL
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A engenharia de segurança do trabalho no país vem passando, ao longo dos anos, por grandes
alterações normativas, especialmente após a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em
1943, considerada um “marco histórico” no campo da prevenção.
SAIBA MAIS
Tais alterações também estão muito relacionadas à forte presença de empresas multinacionais em
território brasileiro, que vem se tornando um canal indutor nesse processo por meio de uma cultura de
segurança e de novas medidas preventivas que vêm sendo adotadas no Brasil.
Os registros dos acidentes no Brasil vêm sendo decisivos tanto para as alterações das NRs quanto para
a promulgação de outras leis e decretos. Esse é o caso do fator acidentário de prevenção (FAP), que
vem pontuando as empresas conforme a quantidade de acidentes e de doenças ocupacionais com
afastamentos previdenciários que se refletem na tributação das organizações com incidências no próprio
seguro de acidente de trabalho.
Quanto mais uma empresa cuidar de seus trabalhadores, portanto, mais segura e competitiva no
mercado ela será, melhorando sua imagem e os ambientes de trabalho, além de reduzir os
impostos.
Mas ainda temos muito a evoluir, pois infelizmente “trabalho” e “previdência” ainda não caminham no
mesmo sentido no Brasil. Podemos exemplificar as questões de insalubridade (trabalho) com a
aposentadoria especial (previdência), que requer abordagens distintas sobre o mesmo ambiente do
trabalho.
NO MUNDO
Egito Antigo
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Há vários registros de acidentes no Egito Antigo, milhares de anos antes de Cristo (a.C.), em papiros
que descrevem as condições de trabalho de pedreiros, especialmente em minas de cobre, apresentando
diversos tipos de dermatites e acidentes de trabalho. Existem ainda outros tantos textos judaicos
estabelecendo as normas de trabalho e as avaliações de trabalho e doença, além de conceitos de
readaptação laboral.
Império Greco-Romano
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Outras figuras fundamentais do Império Greco-romano trataram dessa questão. Na Grécia, Platão (427-
347 a.C.) abordou as doenças dos atletas profissionais, enquanto Aristóteles (384-322 a.C.) ampliou os
registros das doenças dos mineiros e dos montadores a cavalo. Na Roma Antiga, outros tantos
pensadores deixaram importantes registros das doenças relacionadas ao trabalho.
Plínio (23-79 d.C.), com sua História naturalis sobre o saturnismo, em função das exposições ao
mercúrio e às poeiras, trouxe informações sobre o uso de máscaras, ou seja, ele realizou a primeira
descrição de equipamentos de proteção individual (EPIs). Pela primeira vez, houve o tratamento de
temas referentes à segurança do trabalho.
Revolução Industrial
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A Revolução Industrial, a partir do século XVIII, trouxe importantes avanços no campo da segurança do
trabalho e até nas observações das doenças presentes nos ambientes laborais. No período, ainda foram
identificadas diversas condições laborais precárias associadas às reivindicações em função da perda da
força de trabalho.
É muito importante entender algumas datas e alguns processos históricos da segurança do trabalho no
mundo. Tal medida se faz necessária a fim de apontar o quanto os países industrializados, considerados
de Primeiro Mundo, já tratavam da segurança enquanto o Brasil ainda se arrastava em um processo
rudimentar e escravagista.
Tendo isso em vista, observaremos a seguir alguns dados interessantes de quatro países em um
intervalo de 136 anos:
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1802 (INGLATERRA)
1844 (INGLATERRA)
Cláusulas adicionais estabelecem a obrigatoriedade de prover máquinas com proteção e de comunicar
acidentes.
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1841 (FRANÇA)
1867 (FRANÇA)
Surge a primeira associação para prevenção de acidentes (criada por Engels Dollfuss).
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1877 (EUA)
1913 (EUA)
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1935 (CUBA)
Primeiro país a constituir uma associação: o Consejo Nacional para la Prevención de Accidentes.
1938 (EUA)
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Apontados acima, os registros históricos no mundo propiciam a seguinte reflexão: enquanto muitos
países, especialmente no período pós-Revolução Industrial, começaram a tratar do tema “segurança dos
trabalhadores” com um bom nível de importância (o que é bem diferente de “prioridade”), o Brasil,
conforme frisamos, ainda estava com um regime de trabalho bem diferente do que se considera um
emprego.
O trabalho escravo (ainda existente no Brasil) sempre foi – e será – degradante, condicionando o ser
humano a um regime de deterioração quanto à sua dignidade. Desse modo, o país ainda está em um
processo de transição, mesmo que demorado, para um melhor patamar prevencionista.
Elencadas por conta de sua importância, as datas históricas reunidas a seguir abrangem seis décadas:
1919
Lei nº 3.724 (primeira lei contra acidentes, impondo ao setor ferroviário regulamentos prevencionistas).
1934
1941
1943
1944
1950
1965
Portaria nº 608 (normas de trabalho em condições de periculosidade e relação das atividades perigosas
com inflamáveis).
1977
1978
Como podemos observar, diversos decretos, leis e normas foram se modificando conforme as
características dos postos de trabalho e as mudanças das atividades econômicas no Brasil iam se
alterando. Esse cenário está bem claro com a publicação do Decreto-Lei nº 5.452, que trata da
aprovação da CLT, muito em função do processo de industrialização brasileira. O homem do campo,
afinal, se via diante de um novo cenário de riscos, com máquinas e equipamentos para operar, sem um
real processo de transição entre um modelo e outro.
A chegada das primeiras indústrias de grande porte ao país, especialmente a CSN, em Volta Redonda,
no Rio de Janeiro, ou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), em Paulo Afonso, na Bahia,
é bastante emblemática desse contexto de novos riscos e acidentes. Essas duas indústrias, portanto,
refletiram todo um processo histórico.
Na CSN, os trabalhadores recém-saídos de suas atividades do campo, no meio rural, sofriam com os
acidentes, enquanto os demais funcionários, de maneira voluntária, se reuniam para retratar os
acidentes, descrevendo-os e reportando-os a seus superiores. Nem sempre, contudo, tais informações
eram bem recebidas; em outros casos, elas eram interpretadas sob um contexto político, o que gerou
perseguições e prisões para trabalhadores em Volta Redonda.
No entanto, um grande legado ficou dessa época: a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA). Voluntariamente criada por esses trabalhadores e implementada em outras indústrias da época,
a CIPA foi incluída na (então) recém-criada CLT, de 1943. Isso foi, sem dúvida, um grande avanço no
campo da prevenção no país.
Os afastamentos dos trabalhadores no Brasil por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho ocorriam
de forma crescente. A imagem do país interna e externamente ficou, assim, marcada como a de uma
nação “campeã” de acidentes de trabalho, trazendo preocupações a todos, fossem eles trabalhadores,
empresas e até mesmo o governo, na época.
O gráfico apresentado pelo Anuário Estatístico da Previdência Social demonstra claramente a redução
dos acidentes de trabalho no Brasil após a promulgação das NRs e de outros programas ocupacionais
estabelecidos por decretos e leis prevencionistas.
Com esse lamentável cenário acidentário – e com a péssima imagem no mercado internacional, o que
de fato reduziu os investimentos das empresas no Brasil –, o governo, após uma reunião tripartite em
1972, decidiu implementar medidas preventivas de forma experimental em algumas indústrias
voluntárias.
Finalmente, no dia 8 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego, que compõe atualmente o
Ministério da Economia como uma secretaria especial, promulgou as chamadas normas
regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalhador (as populares NRs) com o seguinte
texto normativo:
Infelizmente, os trabalhadores estatutários, funcionários públicos não regidos pela CLT, foram excluídos
dessa portaria, permanecendo de tal forma até os dias de hoje.
SAIBA MAIS
Consulte na internet a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II da
CLT relativo à segurança e medicina do trabalho, e a Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, que
aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V do Título II da CLT, relativas à segurança e à
medicina do trabalho.
Assim como a publicação da CLT em 1943, as NRs representam atualmente uma mudança de
paradigma para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, pois sua missão é melhorar as
condições dos ambientes de trabalho e livrar os trabalhadores das nocividades que tanto os
acompanham.
Outras portarias, leis e outros decretos surgiram após a publicação das chamadas NRs em 1978. Até
hoje, esses documentos contribuem significativamente para a percepção e a consequente redução dos
riscos nos ambientes de trabalho.
EXEMPLO
O FAP relaciona os encargos tributários de uma empresa a seus resultados de afastamentos dos
trabalhadores em regime previdenciário, ou seja, é uma forma de criar uma cultura de segurança nos
ambientes de trabalho, em que, quanto maiores os investimentos por parte das organizações, melhores
são as condições seguras e salubres e menores os afastamentos dos trabalhadores. A empresa, além
disso, garante reduções do seguro de acidente de trabalho em sua folha de pagamento.
Por fim, podemos verificar que as leis atuais no Brasil representam avanços preventivos, mas ainda
estamos longe da obtenção de resultados para a redução das doenças dos trabalhadores que tanto os
afastam de suas jornadas laborais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Portaria nº 491/1965.
B) Lei nº 3.724/1919.
C) Decreto nº 24.637/1934.
D) Decreto nº 7.036/1944.
E) Portaria nº 3.214/1978.
GABARITO
Promulgada em 1943, a CLT é considerada até hoje um marco histórico por incluir, no contexto dos
avanços sociais, a obrigação dos empregadores de proteger seus trabalhadores.
MÓDULO 2
Reconhecer a importância das normas regulamentadoras na melhoria dos ambientes de
trabalho
LIGANDO OS PONTOS
As NRs de segurança, higiene e saúde do trabalho devem ser implementadas em todas as empresas
que admitam trabalhadores em regime de CLT, inclusive nas organizações terceirizadas no Brasil. Tal
caso, porém, ainda não constitui um cenário constatável do ponto de vista histórico.
A indústria da terceirização de mão de obra no segmento de petróleo e gás, que cresce e aparece com
as bênçãos das empresas do setor, especialmente das contratantes, tem deixado vítimas pelo caminho.
Por falta de qualificação e devido a acidentes de trabalho, os próprios trabalhadores são descartados
pelo sistema – em muitos casos, sem a garantia de quaisquer direitos e a perspectiva de um novo
emprego.
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Pelo acordo, a empresa estatal, que é a principal contratante do seguimento, deve comunicar qualquer
acidente em suas instalações. Se ele ocorrer com um trabalhador terceirizado, o comunicado terá de ser
feito ao Sindicato dos Petroleiros. Contudo, o que acontece no dia a dia é a ocultação desses acidentes,
descobertos muito tempo depois por meio de denúncia do próprio acidentado ao sindicato ou à Justiça.
Certa vez, um trabalhador terceirizado que estava na P-38, uma das plataformas da Bacia de Campos,
escorregou, bateu com o joelho e fraturou a rótula. Ele foi mantido embarcado por três dias e só depois
levado a Macaé, no Rio de Janeiro, para atendimento. A permanência na plataforma seria uma tentativa
da empresa de não caracterizar a queda como acidente de trabalho segundo relato de outros
trabalhadores que desejaram não se identificar.
Um placar colocado nas plataformas para contabilizar o número de acidentes de trabalho, em vez de
reforçar as boas práticas na segurança do trabalho, acaba tendo um efeito inverso. As chefias fazem de
tudo para não registrar os acidentes nem prejudicar o placar. A contratante ainda nega a existência de
um bônus vinculado aos acidentes de trabalho, mas as informações repassadas ao MPT indicam que o
número de acidentes interfere na avaliação das chefias.
Augusto, de 44 anos, é o retrato da discriminação sofrida por esses trabalhadores terceirizados que se
acidentam nas dependências da empresa. Em 2007, Augusto foi contratado por uma empresa
terceirizada como soldador alpinista, que trabalha pendurado por cabos.
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Essa empresa presta serviços para outra contratada, havendo, no caso, uma quarteirização de serviços.
Em novembro do mesmo ano, Augusto, que trabalhava em um dos tanques de um navio na P-35,
passou mal por conta da falta de ventilação no local, caiu e ficou desacordado. Ainda assim, ele foi
mantido por mais quatro dias embarcado.
“O gerente da plataforma informou ao médico da minha empresa em terra que eu estava bem para não
comunicar o acidente”, informa Augusto. A comunicação só foi feita mais tarde, quando o funcionário
procurou o sindicato. Ele ficou com sequelas e dores fortes no braço direito e perdeu movimento pleno
de um dedo. Nessas condições, não quis mais embarcar.
Augusto foi ameaçado de demissão por justa causa e entrou na Justiça para reclamar seus direitos.
Demitido, ele não conseguiu mais trabalho em outras terceirizadas, a não ser por um período na
empresa de um conhecido. Hoje, está desempregado e sem perspectivas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
B) Não tomar medida alguma para não se comprometer e evitar um vínculo trabalhista com o
colaborador acidentado.
A) Por considerar em seus registros apenas os acidentes com trabalhadores com vínculos diretos em
seu CNPJ.
C) Pelo fato de que esse seguimento econômico possui poucos acidentes em seu dia a dia.
E) Pelos baixos indicadores acidentários por parte das contratantes, os quais, nesse caso, estão
relacionados a um excelente programa de bônus aos trabalhadores que não sofrem acidentes de
trabalho.
GABARITO
Não importa o tipo de vínculo trabalhista; na verdade, contratantes e contratadas são responsáveis
solidárias pela proteção dos trabalhadores e pelas ações de atendimentos a eles na ocorrência de um
acidente de trabalho.
2. Por qual motivo as empresas contratantes no setor de óleo e gás possuem menores
indicadores acidentários que as contratadas, as terceirizadas e até mesmo as quarteirizadas?
Os baixos registros de acidentes nesse seguimento por parte das empresas contratantes estão
relacionados ao fato de que elas consideram apenas aqueles ocorridos com os próprios funcionários, e
não com os demais terceirizados e quarteirizados.
RESPOSTA
O gerente da plataforma decidiu por esse tipo de ação para que os indicadores acidentários não
aumentassem e para que, de alguma forma, isso dificultasse a relação do estado de saúde do trabalhador
acidentado com o ambiente de trabalho dele, evitando-se, assim, o nexo causal em uma possível reclamação
trabalhista.
NORMAS REGULAMENTADORAS
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APRESENTAÇÃO
É muito comum haver as seguintes indagações tanto por parte dos trabalhadores quanto (e
especialmente) por parte dos empregadores:
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POR QUE AS NRS MUDAM FREQUENTEMENTE?
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AS NRS SÃO OBRIGATÓRIAS?
As respostas estão em nosso dia a dia. O ambiente de trabalho é muito dinâmico, requerendo, por
isso, intervenções constantes. Sem uma padronização dos processos e a obrigatoriedade de seu
cumprimento, o número de acidentes no Brasil seria ainda mais elevado.
Retornemos agora ao tempo da publicação, pelo então Ministério do Trabalho e Emprego, da Portaria nº
3.214 com as primeiras NRs. Estamos falando do ano de 1978; portanto, depois de mais de quatro
décadas, as relações de trabalho, os maquinários e os processos operacionais mudaram bastante. Além
disso, os riscos acentuaram-se.
Logicamente, as NRs tiveram de ser revistas e ampliadas. Vejamos, por exemplo, o seguimento da
construção civil e o de produção de petróleo e gás natural.
Apresentaremos agora as NRs brasileiras e suas características fundamentais para que possamos
avaliar seus objetivos na prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Atualmente,
existem 37 NRs, embora algumas delas já tenham sido revogadas. Veremos a seguir mais informações
sobre cada uma:
As análises preliminares de riscos (APR) precisam fazer parte das atividades laborais dos trabalhadores,
além de todos os dados relativos a treinamentos, afastamentos e demais informações.
O ambiente de trabalho precisa ser monitorado constantemente com as emissões de ordens de serviços
(não apenas para atividades especiais), enquanto os riscos devem apurados em sua origem. Com isso,
obtém-se uma norma tanto de gestão quanto operacional.
ATENÇÃO
De todas as alterações normativas, a NR-1, com certeza, é a mais consistente de todas, pois integra
diversos programas em uma única norma regulamentadora (NR).
ATENÇÃO
A última alteração da NR-3 foi feita em 23 de setembro de 2019. Caso haja uma interdição ou um
embargo em determinado setor, seus empregados receberão os salários como se estivessem
trabalhando.
NR-4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Médico do trabalho.
Enfermeiro do trabalho.
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ATENÇÃO
Os trabalhos desenvolvidos pela CIPA são da maior importância para a segurança dos trabalhadores. O
objetivo dela é a prevenção de acidentes e de doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
permanentemente o trabalho compatível com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
Estabelece os modelos e tipos de EPIs para os trabalhadores conforme os respectivos riscos envolvidos
nos ambientes de trabalho. Ocorre que, ao contrário do que pode parecer, a implementação dos EPIs
não pode ser o verdadeiro projeto preventivo. Na verdade, devem-se priorizar sempre as medidas
coletivas em primeiro plano.
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Por conta disso, as empresas serão obrigadas a fornecer gratuitamente a seus empregados EPIs
adequados aos riscos e em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes
circunstâncias:
Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.
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Exame admissional
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Exame periódico
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Exame demissional
A depender do grau de risco da empresa ou das empresas que trabalham com agentes químicos,
ruídos, radiações ionizantes e benzeno, além de outros compostos, haverá, a critério do médico do
trabalho e dependendo dos quadros na própria NR-7, bem como na NR-15, exames específicos para
cada risco que o trabalho puder gerar.
SAIBA MAIS
Após ter passado por uma profunda revisão normativa em 9 de março de 2020, o PCMSO se tornará um
programa fundamental para integrar a NR-1; logo, todas as ações de segurança e as ocupacionais serão
inseridas em um único programa.
NR-8 – EDIFICAÇÕES
Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir a
segurança e o conforto aos que nelas trabalham. Esta norma define os parâmetros para as edificações,
observando-se a proteção contra a chuva, a insolação excessiva ou a falta de insolação. Devem-se
observar também as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.
ATENÇÃO
A NR-8 não pode ser confundida com a NR-18, que trata da construção civil, pois ambas possuem
alguns requisitos semelhantes.
Nesta importante norma, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) recebeu uma revisão
normativa em 10 de março de 2020, ampliando suas abordagens de duas formas:
Com a alteração da NR-1, o PPRA passa a ser um dos programas que vão compor NR-9 por meio de
um inventário bem amplo dos riscos ocupacionais. Desse modo, essa norma é de fundamental
importância para o programa de gerenciamento de riscos (PGR) em âmbito geral.
Esta NR trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles, incluindo terceiros e usuários,
que trabalham nas instalações elétricas em suas diversas etapas.
Execução
Operação
Manutenção
Reforma
Ampliação
ATENÇÃO
É importante considerar os riscos acentuados a sistemas elétricos para garantir a efetiva proteção dos
trabalhadores que atuam com esse tipo de operação.
Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho no que se refere ao
transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica
quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais.
Elevadores.
Guindastes.
Transportadores industriais.
Máquinas transportadoras.
ATENÇÃO
A NR-13 exige um treinamento específico para seus operadores, contendo várias classificações e
categorias nas especialidades devido principalmente a seu elevado grau de risco.
NR-14 – FORNOS
ATENÇÃO
É importante observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal. Além disso, é
preciso considerar que as fontes de aquecimento dos fornos podem ser obtidas pela queima de
combustíveis, pela eletricidade ou pela recuperação de gases quentes, devendo, portanto, haver todos
os cuidados e ser seguidas as recomendações a respeito.
Trata de atividades, operações e agentes insalubres, assim como das situações que, quando são
vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos colaboradores, ensejam a caracterização do exercício
insalubre e dos meios de protegê-los de tais exposições nocivas à sua saúde.
Uma atividade é considerada insalubre quando se dá além dos limites de tolerância, isto é, da
intensidade, da natureza e do tempo de exposição ao agente, não causando danos à saúde do
trabalhador durante sua vida laboral.
Contidas nos anexos da norma, as atividades insalubres levam em consideração os seguintes agentes:
Ruído de impacto.
Radiações ionizantes.
Incidentes sobre o salário-mínimo nacional, os adicionais de insalubridade estão na ordem de 10%, 20%
ou 40%. Os artigos 189 e 192 da CLT constituem a fundamentação legal, ordinária e específica a
conferir um embasamento jurídico à sua existência.
Por decreto, duas categorias profissionais possuem direito a esse adicional: os vigilantes armados e os
motoboys. São consideradas atividades perigosas aquelas ligadas a explosivos, inflamáveis e à energia
elétrica.
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SAIBA MAIS
NR-17 – ERGONOMIA
Visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às psicofisiológicas
dos trabalhadores para lhes proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A
fundamentação legal que lhe dá embasamento jurídico são os artigos 198 e 199 da CLT.
A NR-17 estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho a (à):
Características psicofisiológicas.
Máquinas.
Ambiente.
Informações.
Processamento.
Tomada de decisões.
Organização.
Consequências do trabalho.
SAIBA MAIS
Observe que as lesões por esforços repetitivos (LER), hoje denominadas doença osteomuscular
relacionada ao trabalho (DORT), constituem o principal grupo de problemas à saúde reconhecidos pela
sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o LER, constante hoje nas relações de
doenças profissionais da Previdência.
Esta NR também fará parte da GRO com as caracterizações das atividades com agentes ergonômicos.
A NR-18 também passou por diversas alterações – entre elas, a obrigação do desenvolvimento das
estratégias de segurança, que passa a ser exclusivamente das construtoras, e não mais de
fornecedores. Seu texto ainda modernizou o conceito das plataformas de trabalho em altura (PTA),
tornando-o mais abrangente; com isso, elas passaram a ser denominadas plataformas elevatórias
móveis de trabalho (PEMTs).
ATENÇÃO
Outras NRs foram retiradas do texto da NR-18 para evitar duplicidade. O trecho sobre as áreas de
vivência, por exemplo, foi transferido para a NR-24 (condições sanitárias e de conforto nos locais de
trabalho).
ATENÇÃO
NR-19 – EXPLOSIVOS
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Estabelece os métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvem trabalhos
subterrâneos, de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de segurança e
medicina do trabalho.
Garimpos.
Beneficiamento de minerais.
Pesquisa mineral.
Nesses trabalhos, é necessário ter um médico especialista em condições hiperbáricas. Essa atividade
possui várias outras legislações complementares.
Estabelece as medidas de proteção contra incêndios nos locais de trabalho para a prevenção da saúde
e da integridade física dos trabalhadores.
Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos ambientes de trabalho visando
à higiene desses locais e à proteção à saúde dos trabalhadores, especialmente no que se refere a (à):
Banheiros.
Vestiários.
Refeitórios.
Cozinhas.
Alojamentos.
Água potável.
ATENÇÃO
Todo estabelecimento tem de atender às denominações contempladas pelo próprio nome da NR-24.
Cabe à CIPA e/ou aos SESMT, se houver, a observância dessa norma. Deve-se observar também, nas
convenções coletivas de trabalho de sua categoria, se existe algum item sobre o assunto.
Estabelece as medidas preventivas a serem observadas pelas empresas no destino final a ser dado aos
resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho a fim de proteger a saúde e a integridade
física dos trabalhadores.
A NR-25 remete às disposições contidas na NR-15 e em legislações pertinentes nos níveis federal,
estadual e municipal. Ela ainda trata da eliminação de:
Resíduos gasosos.
Resíduos sólidos.
Periculosidade.
Risco biológico.
Risco radioativo.
Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes
de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A NR-26 ainda
determina as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção, evitando a distração, a
confusão e a fadiga do trabalhador, além de oferecer cuidados especiais quanto a produtos e locais
perigosos.
Estabelece os requisitos a serem satisfeitos no Ministério do Trabalho pelo profissional que desejar
exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz respeito a seu registro
profissional como tal.
ATENÇÃO
Esta norma se encontra revogada.
Toda NR possui uma gradação de multas para cada item das normas. Essas gradações são divididas
por:
Número de empregados.
Risco na segurança.
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Seu objetivo é regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os
primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e de saúde
aos trabalhadores portuários.
Artigo 200 da CLT.
Decreto n° 99.534/1990, que promulga a Convenção n° 152, da Organização Internacional do Trabalho
(OIT).
Cabotagem.
Navegação interior.
ATENÇÃO
SILVICULTURA
Ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os
povoamentos florestais a fim de satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, a
aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.
AQUICULTURA
Ciência que estuda e aplica os meios de promover o povoamento dos animais aquáticos; criação
de animais aquícolas orientada por meios científicos.
SERVIÇOS DE SAÚDE
ESPAÇOS CONFINADOS
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua
que possua meios limitados de entrada e saída e cuja ventilação existente seja insuficiente para
remover contaminantes, ou onde possa existir a deficiência ou o enriquecimento de oxigênio.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior
em que haja risco de queda.
SAIBA MAIS
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Relativamente nova, esta NR foi fundamental para estabelecer os critérios de trabalho padronizados
para tal seguimento econômico brasileiro, garantindo os processos de qualidade para a avaliação, o
controle e o monitoramento dos riscos existentes nas atividades de abate e processamento de carnes e
derivados destinados ao consumo humano.
Os riscos, como, por exemplo, de baixas temperaturas nos frigoríficos, além de posturas rígidas e
movimentos repetitivos, mereceram uma especial atenção da NR-36. Com o objetivo de garantir mais
segurança, saúde e qualidade de vida para os colaboradores desse setor, foram estabelecidos requisitos
mínimos para a realização de suas atividades, priorizando a proteção dos trabalhadores.
Mais recente de todas as normas, a NR-37 foi estabelecida em função dos riscos acentuados para os
trabalhadores que operam em plataformas de petróleo e gás natural. Com isso, tal NR define os
parâmetros mais importantes para garantir as operações seguras nesse ambiente de trabalho.
Além disso, a NR-37 estabelece que os trabalhadores façam rodízios, passando 15 dias ou mais a bordo
da plataforma, o que poderá ocasionar riscos à saúde dos trabalhadores caso as condições do local não
sejam adequadas. Por se tratar de uma atividade realizada em alto-mar, qualquer acidente pode trazer
danos graves aos trabalhadores e ao meio ambiente.
PALAVRAS FINAIS
Como apontamos, existem atualmente 37 normas publicadas no Brasil, mas duas delas já foram
revogadas: a de nº 2 e a nº 27.
Ao verificar cada uma das normas apresentadas acima, o importante é entender que, no campo da
prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais, a implementação delas não significa a existência
de um ambiente isento de riscos.
Tais normas configuram, na verdade, requisitos mínimos a serem implementados pela empresa para
garantir um ambiente seguro. No entanto, é fundamental registrar que os trabalhadores também são
responsáveis pela própria segurança, devendo cumprir tais normas e procedimentos de segurança.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ESTÃO, SEGUNDO A PORTARIA Nº 3.214,
DO MINISTÉRIO DO TRABALHO, ESTABELECIDOS PELA NR-4. MARQUE A
ALTERNATIVA QUE CONTÉM APENAS OS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS
EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ESTABELECIDOS POR ESSA NR.
E) NR-1, com o inventário dos diversos riscos ocupacionais presentes nos ambientes de trabalho.
GABARITO
De acordo com a NR-4, os únicos profissionais que se pode considerar como especializados são os
seguintes: engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico em
enfermagem do trabalho e técnico em segurança do trabalho. Outras importantes profissões, como
psicólogos, fisioterapeutas e educadores físicos, por exemplo, podem e devem agregar valor aos
SESMT, porém sua contratação, segundo o Quadro II da NR-4, não é obrigatória.
A NR-1 toma uma grande dimensão de gestão ao tratar diretamente do ambiente do trabalho por meio
de um inventário dos dados tanto das medidas preventivas quanto de natureza médica, ou seja, os
programas de prevenção de riscos ambientais e de controle médico e saúde ocupacional serão inseridos
no contexto deles.
MÓDULO 3
LIGANDO OS PONTOS
Sua empresa já implementou a PNSST? Afinal, que sigla é essa?
Criada em 7 de novembro de 2011 pelo Decreto nº 7.062, a PNSST tem o objetivo de garantir as
melhorias no meio ambiente de trabalho tanto com as avaliações e a identificação dos riscos presentes
quanto com as medidas preventivas e corretivas para que acidentes e o adoecimento dos trabalhadores
sejam evitados.
Luis Cláudio Pereira sofreu perda parcial de quatro dedos da mão e, pouco mais de um ano após o
acidente, retornou ao trabalho. No ambiente laboral, os trabalhadores devem estar protegidos contra
possíveis acidentes e riscos à sua saúde. Essa é a premissa da segurança do trabalho, que prevê um
conjunto de tecnologias e ciências no sentido de garantir tal proteção aos colaboradores de qualquer
empresa.
Entre 2012 e 2018, dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho apontam que, no
Brasil, foram registradas 16.455 mortes e 4,5 milhões de acidentes de trabalho. A maioria das empresas,
entretanto, considera que, ao implementar “algumas” NRs, não é necessário implementar a PNSST.
Líder de produção, Luis Cláudio, de 43 anos, entrou para essa estatística em fevereiro de 2018. Como
coordenador das atividades de uma empresa de beneficiamento de carne, ele sofreu um grave acidente
de trabalho que o levou à perda parcial de quatro dedos da mão direita.
“Eu estava na fábrica. Houve um problema na máquina, o operador me procurou e eu entrei em contato
com o pessoal da manutenção. A máquina tem um botão de acionamento para desligar e não se corre o
risco de funcionar a máquina”, explica o coordenador.
Porém, segundo ele, enquanto acompanhava o trabalho de manutenção do equipamento, o botão foi
acionado acidentalmente, puxando sua mão. “Não deu tempo. Fui para o lado de fora da empresa, onde
estava o responsável pela manutenção, e pedi socorro. Ele me levou até o hospital, onde foram feitos os
primeiros procedimentos”, relembra.
Foto: Shutterstock.com
Após a avaliação de especialistas, foi constatado que não haveria como fazer a reconstituição dos
quatro dedos comprometidos no acidente. Com isso, foi confirmada a perda parcial: Luis Cláudio
precisou passar por uma recuperação difícil e uma completa mudança em sua rotina.
“Depois da cirurgia, eu tinha muita sensibilidade na mão. Não conseguia pegar um copo d’água, a chave
do carro, não conseguia fazer nada. Tudo que eu pegava parecia que dava um choque, porque a
sensibilidade era muito grande”, conta.
As atividades do dia a dia se tornaram muito mais difíceis de serem realizadas; além disso, ele ainda
precisou lidar com o estranhamento das pessoas devido à aparência da mão. “Logo que eu tirei a faixa
da mão, as pessoas ficavam olhando muito e eu me sentia incomodado. Foi complicado esse período”,
completa. Quatro meses depois do acidente de trabalho, ele deu início ao tratamento em um hospital de
sua cidade, o que ele considera ter sido um passo de extrema importância para o início de sua
recuperação.
Ele conta que, logo após a cirurgia, foi muito difícil lidar com a situação. “A retirada da primeira faixa,
duas semanas após a cirurgia, foi muito dolorosa para mim. Foi assim [por] praticamente dois meses:
todo dia indo ao hospital e tomando medicação na veia para fazer o curativo. Doía muito só de tirar a
faixa, era terrível”, desabafa.
No processo de recuperação, Luis Cláudio faz questão de destacar o atendimento recebido. “Tive uma
equipe muito boa no hospital que me ajudou naquele momento de dor. A minha família também me deu
suporte para que eu conseguisse superar – e, graças a Deus, estou bem hoje”, afirma.
O líder de produção alerta as empresas e os trabalhadores para que estejam atentos às normas de
segurança do trabalho. “No meu caso, acho que foi inexperiência na parte da manutenção. Se a
máquina tivesse sido desativada corretamente e o problema tivesse sido resolvido, sem precisar me
chamar de volta para acompanhar, não teria acontecido”, lamenta.
O trabalhador ficou afastado de suas funções pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), direito
concedido pelo órgão às vítimas de acidente ocorrido pelo exercício do trabalho. Entre outras garantias,
o acidentado dispõe de estabilidade no emprego após esse tipo de incidente. Assim, pouco mais de um
ano depois do episódio, o líder de produção voltou ao trabalho.
“Em fevereiro, pedi liberação do INSS e já voltei às atividades normais. Desde então estou de novo à
frente da indústria na mesma função”, relata, empolgado. Segundo ele, seu retorno tem sido muito
satisfatório tanto para ele como para a empresa.
“Eu voltei com um pouco de receio por conta do acidente, mas voltei com tudo. Na primeira semana,
colocamos em dia as entregas, organizamos a equipe e demos o suporte [de] que estava precisando”,
relata. A história desse trabalhador mostra que é possível superar situações extremamente delicadas.
A) Se for bem implementada e divulgada, a PNSST certamente poderá reduzir ou mesmo eliminar os
acidentes.
C) Somente a correta implementação das normas regulamentadoras pode evitar acidentes de trabalho.
D) Após o retorno ao trabalho, a PNSST garante à empresa a demissão desse trabalhador por justa
causa.
GABARITO
1. No caso acima, no qual o trabalhador sofreu um grave acidente de trabalho, pode-se afirmar
que, se a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) tivesse sido implantada
pela empresa de forma correta, ele não teria ocorrido?
2. A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) foi fundamental para que Luis
Cláudio, o trabalhador acidentado, pudesse ficar afastado em regime previdenciário?
A PNSST tem como objetivo principal a garantia do trabalho seguro para que os trabalhadores tenham a
melhoria nos seus respectivos ambientes laborais; logo, não existe, nesse sentido, nenhuma relação
entre ela e os afastamentos previdenciários.
RESPOSTA
PRINCIPAIS OBJETIVOS
Criada em 7 de novembro de 2011 pelo Decreto nº 7.062, a PNSST amplia as ações e medidas
preventivas por parte dos empregadores, dos trabalhadores e do próprio governo a fim de:
Reduzir cada vez mais os níveis de acidentes e adoecimentos no trabalho que afastam
significativamente os trabalhadores brasileiros de suas atividades laborais.
Foto: Shutterstock.com
Esse afastamento causa a tais trabalhadores extremos prejuízos, bem como para a sociedade e o
governo, de modo geral. Os custos dos afastamentos previdenciários, afinal, são relevantes e ainda
retratam uma total falta de cultura de segurança por parte da maioria dos empresários brasileiros, seja
por falta de conhecimento seja pela ausência de uma estrutura fiscalizatória permanente e objetiva por
parte do governo.
Um trabalho seguro vai muito além do cumprimento de normas e regras de segurança. Trata-se, na
verdade, de uma cultura de segurança total que deve ser implementada em toda a empresa com o pleno
envolvimento de todos.
SAIBA MAIS
A própria Convenção 155, da OIT, sempre orientou aos governos que fizessem a plena divulgação em
seus respectivos países da adoção de medidas preventivas para se evitar o adoecimento no trabalho ou
os acidentes, que são os causadores de afastamentos e mortes dos trabalhadores.
A presidenta da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”,
da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 4 da Convenção nº 155, da Organização
Internacional do Trabalho, promulgada pelo Decreto nº 1.254, de 29 de setembro de 1994, decreta:
Art. 1º - Este Decreto dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST.
I - A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST tem por objetivos a promoção da
saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde
advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminação ou redução
dos riscos nos ambientes de trabalho;
a) universalidade;
b) prevenção;
d) diálogo social; e
e) integralidade.
III - Para o alcance de seu objetivo a PNSST deverá ser implementada por meio da articulação
continuada das ações de governo no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e
saúde, com a participação voluntária
Observe que os principais aspectos e diretrizes estabelecidos pela PNSST estão bem claros neste
quesito: tal tema precisa ser tratado de maneira ampla, e não limitada às “fronteiras” da própria
organização. Ele, portanto, deve ser universal sob todos os pontos de vistas, havendo o envolvimento
claro da sociedade, em relação à qualidade de vida no trabalho, sempre com o objetivo de orientar e
abordar esse tópico com a abrangência que ele impõe.
Conscientização
Treinamentos
Como vimos no item anterior, a implantação da PNSST constitui um grande desafio para as empresas,
exatamente pela ausência, na maioria dos casos, de uma efetiva cultura de segurança – ainda mais uma
baseada em comportamento e condições seguras.
Por isso, é importante deixar bem claro que a PNSST não pretende eliminar ou substituir as NRs
constantes na Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978; ao contrário, ela busca garantir a sua eficácia
quando traz um conceito de conscientização plana para os envolvidos. Com isso, a simples
implementação de uma NR não será mais suficiente para a garantia de um ambiente seguro.
Veja que muitos supervisores ou coordenadores de área – em alguns casos, até mesmos gestores de
segurança do trabalho – atuam até hoje em um modelo “reativo”, ou seja, com ações punitivas ou
baseadas em medidas individuais. Várias são as situações em que a falta do uso de um EPI por parte
do empregado (ou mesmo seu uso incorreto) faz com que seus gestores apliquem, de modo recorrente,
punições, advertências ou até demissões por justa causa.
A mensagem central da PNSST é estabelecer um diálogo com os trabalhadores para que eles possam
se expressar e informar se um EPI está lhe atendendo ou não – ou se seu uso está o incomodando ou
lhe causando agravos em suas lesões.
Imagem: Shutterstock.com
É correto punir um trabalhador que não utiliza seu protetor auricular, o plug de inserção, sem
escutá-lo? Quando ele informa ao médico do trabalho da empresa que é portador de otite
crônica, nenhuma medida é tomada?
Existe, nesse exemplo, um claro processo de agravo da doença do trabalhador. O “sistema” como um
todo não lhe garante uma voz ativa em suas necessidades; ao contrário, o empregado recebe punições
sem que sejam realizadas as corretas avaliações dos riscos e os respectivos agravos.
A NR-6, que trata dos EPIs, garante efetivamente a proteção dos trabalhadores?
O PPRA avalia os ambientes de trabalho a partir das informações dos trabalhadores e posteriormente
(ou até mesmo em conjunto) à sua elaboração?
Os mapas de riscos ambientais, que deveriam ser elaborados pelos trabalhadores (e na realidade não
são), representam a “incomodidade” nos ambientes que causam os agravos à saúde dos mesmos?
Obviamente, as respostas para esses e tantos outros questionamentos são o clássico “não” – ou
seja, apesar de NRs extremamente avançadas e de reconhecimento mundial, sua simples implantação
não é a garantia de um trabalho seguro.
A PNSST, portanto, tem a “missão” de mudar o conceito no campo da prevenção dos acidentes e das
doenças ocupacionais com a plena incorporação de programas de conscientização e a divulgação dos
indicadores ocupacionais para um amplo debate nas organizações – especialmente entre empregadores
e empregados. Com certeza, isso é a primeira e grande medida preventiva no ambiente do trabalho.
Foto: Shutterstock.com
As questões de proteção dos trabalhadores, especialmente para evitar agravos à saúde, vão muito além
das medidas tradicionais implementadas nos ambientes de trabalho. Como temos retratado neste
conteúdo, uma “política” de segurança passa por diversas ações muito mais amplas que simples
medidas coletivas ou individuais.
Avaliações periódicas, porém, são fundamentais para a eficácia da PNSST. Desse modo, é preciso
estabelecer, nesse momento, alguns itens que vão contribuir em tais avaliações, servindo como um
verdadeiro modelo de gestão integrada e incorporada à organização, obviamente com a participação
(declarada) da alta administração.
Observe o checklist a seguir para a eficácia da PNSST:
A CIPA foi consultada sobre a política? Ela pode contribuir de maneira ampla em sua
6.
elaboração?
Quais são as atuações dos SESMT na PNSST da empresa? Membros dos SESMT e da
8.
CIPA fazem parte de um comitê gestor?
Observe que os dados acima são relevantes para a apresentação de indicadores e os respectivos
tratamentos por parte da PNSST.
Quais são os níveis de severidade dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho?
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tais informações serão decisivas para uma constatação se a PNSST for corretamente implementada e
se os resultados obtidos estiverem plenamente relacionados aos objetivos preventivos estabelecidos
pela alta administração em seu compromisso interno e externo.
PRINCIPAIS TEMAS A SE ABRANGER PARA
GARANTIR UM AMBIENTE SAUDÁVEL
A PNSST, como já destacamos, tem o objetivo de garantir um trabalho seguro. A própria redação do
Decreto nº 7.602 de 2011 estabelece, para o cumprimento de tal objetivo, seis responsabilidades:
Elaborar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas que afetam a segurança e saúde
1.
do trabalhador.
Desenvolver e executar ações educativas sobre temas relacionados com a melhoria das
3.
condições de trabalho nos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.
Contribuir com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e promoção da saúde do
trabalhador, incluindo a revisão e formulação de regulamentos, o planejamento e
5.
desenvolvimento de ações interinstitucionais; a realização de levantamentos para a
identificação das causas de acidentes e doenças nos ambientes de trabalho.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
Como já pontuamos, as NRs e a PNSST são convergentes e complementares quanto à proteção dos
trabalhadores e à garantia de um trabalho seguro e saudável para eles.
Estabelece a NR-1:
Já a NR-6 destaca:
Observe que as NRs podem e devem ser implementadas em conformidade com a PNSST, já que são
convergentes, como dissemos, em seus diversos aspectos essenciais para a garantia da qualidade de
vida dos trabalhadores. Empresa segura, afinal, é produtiva por natureza.
Para que possamos contribuir com o texto do decreto que estabeleceu a PNSST, iremos sugerir agora
seis temas a serem tratados na organização, especialmente na capacitação dos trabalhadores ou na
divulgação das ações em prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais:
ERGONOMIA
Abordar os temas de ergonomia é sempre importante devido a doenças que afastam os trabalhadores,
como, por exemplo, as LER/DORT e as lombalgias por posturas incorretas, entre outras. A ergonomia
pode contribuir inclusive com os demais riscos e seus respectivos agentes, evitando os desvios que
tornam o ambiente inseguro.
EPIS
Os EPIs são fundamentais em um programa de conscientização para os trabalhadores; logo, constituem
um tema sempre importante de se abordar nos treinamentos e nas palestras para os colaboradores.
PRIMEIROS SOCORROS
Muitos acidentes com os trabalhadores ocorrem em função da falta de orientações relativa aos
atendimentos emergenciais, como, por exemplo, os primeiros socorros. Trabalhadores acidentados
poderão ter seu quadro clínico agravado se os colegas de trabalho não souberem realizar as
intervenções primárias, ou seja, se não conseguirem fazer um primeiro procedimento até a chegada de
um especialista.
AÇÕES INTEGRADAS
A gestão de segurança de uma organização pode melhorar a qualidade de vida no trabalho com ações
integradas, por exemplo, com outros departamentos, como o de RH ou de produção, orientando-os
quanto aos hábitos saudáveis e podendo contribuir com a redução do estresse, que causa doenças e
agravos no trabalho.
CONSCIENTIZAÇÃO
Temas, como, por exemplo, o ruído, devem ser amplamente abordados, já que, em muitas vezes, as
perdas auditivas que o trabalhador pode adquirir são resultantes de suas atividades sociais, e não
somente relacionadas ao trabalho. Essas orientações são realmente importantes para a conscientização
dos trabalhadores e a adoção das melhores práticas de proteção tanto dentro quanto fora dos ambientes
do trabalho.
DEPRESSÃO NO TRABALHO
A depressão é sempre um tabu entre os trabalhadores e na empresa de modo geral, mas tal tópico deve
ser abordado para a conscientização de todos os funcionários e em todos os níveis da organização. A
sociedade moderna vem sofrendo cada vez mais com transtornos mentais relacionados ao trabalho – e
um deles é a depressão.
Poderíamos apresentar ainda uma relação imensa de temas sugeridos a serem abordados pela
empresa com seus trabalhadores em todos os níveis, porém ilustramos, com os exemplos acima,
tópicos fundamentais com uma temática diversificada, como ruído, depressão, primeiros socorros,
hábitos saudáveis e EPIs.
ATENÇÃO
As melhores políticas são específicas de um local de trabalho. Elas não são redigidas ou elaboradas por
pessoas externas. Um empregador pode delegar a elaboração de uma política a um funcionário. No
entanto, a PPST é uma obrigação para os trabalhadores; por conseguinte, o empregador é o principal
responsável pelo seu conteúdo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (PNSST)
ESTABELECE UMA SÉRIE DE RESPONSABILIDADES POR PARTE DOS
EMPREGADORES PARA A IMPLEMENTAÇÃO E A GARANTIA DE UM AMBIENTE
SEGURO E COM MAIS QUALIDADE DE VIDA. NESSE SENTIDO, MARQUE A
ÚNICA ALTERNATIVA QUE NÃO ESTÁ ALINHADA COM A PNSST.
A) Elaborar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas que afetam a segurança e a saúde do
trabalhador.
B) Produzir análises, avaliações e testes de medidas e métodos que visem à eliminação ou à redução
de riscos no trabalho, incluindo equipamentos de proteção coletiva e individual.
C) Desenvolver e executar ações educativas sobre temas relacionados à melhoria das condições de
trabalho nos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.
E) Contribuir com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e a promoção da saúde do
trabalhador, incluindo a revisão e a formulação de regulamentos; o planejamento e o desenvolvimento
de ações interinstitucionais; e, por fim, a realização de levantamentos para a identificação das causas de
acidentes e de doenças nos ambientes de trabalho.
A) Universalidade.
B) Prevenção.
C) Gratificação.
D) Diálogo social.
E) Integralidade.
GABARITO
A PNSST não aborda punições para os trabalhadores como medidas prevencionistas. Ao contrário, ela
trata do tema “ambiente seguro” por meio da correta conscientização dos envolvidos em cada processo
operacional, treinando os trabalhadores e capacitando-os corretamente.
2. A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) tem diversos princípios, exceto
a(o):
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos neste conteúdo que a engenharia de segurança do trabalho no Brasil vem assumindo um
importante papel na sociedade a partir da implementação de procedimentos seguros para os
trabalhadores.
Tendo isso em vista, estudamos a existência, em nosso país, de um conjunto de procedimentos legais
reconhecido mundialmente. Destacamos, nesse contexto, dois exemplos paradigmáticos: as normas
regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalho, a Política Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho.
Pontuamos, por fim, a necessidade de se promover o avanço da cultura de segurança nos ambientes de
trabalho. Afinal, ela é fundamental para a garantia da eficácia de nossa legislação em segurança.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ANUÁRIO brasileiro de proteção 2020: saúde e segurança. São Paulo: Proteção Publicações e
Eventos, 2020.
BRASIL. Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho - PNSST.
CÂMARA, V.; GALVÃO, L. A. A patologia do trabalho numa perspectiva ambiental. In: MENDES, R.
(Ed.). Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 609-630.
DEMBE, E. Occupation and disease: how social factors affect the conception of work-related disorders.
New Haven: Yale University, 1996.
DESOILLE, H.; SCHERRER, J.; TRUHAUT, R. Précis de médecine du travail. Paris: Masson, 1975, p.
290-303.
SALIBA, T. M. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle dos riscos
ambientais. São Paulo: LTr, 2005.
SPINELLI, R.; BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: agentes biológicos, químicos e
físicos. 2. ed. São Paulo: Senac SP, 2008.
EXPLORE+
Pesquise no YouTube o vídeo a seguir para conhecer a nova redação da NR-1 que trata da GRO e de
seus impactos nas demais NRs:
SSTONLINE. Ao vivo: a nova NR-1 e o gerenciamento de riscos ocupacionais - GRO e PGR. Publicado
em: 16 mar. 2020. Consultado na internet em: 13 ago. 2021.
CONTEUDISTA
Marcio Jorge Gomes Vicente