Você está na página 1de 239

Técnico em

Eletrotécnica
Módulo I
QUALIDADE, SAÚDE, MEIO
AMBIENTE E SEGURANÇA DO
TRABALHO (QSMS)
Introdução

 A qualidade, a saúde, o meio ambiente e a segurança do


trabalho são por leis e normas, e constam dos direitos
garantidos aos cidadãos pela Constituição da República
Federativa do Brasil, de 1988, que dispõe em seu Capítulo
II, os Direitos Sociais, representados em sua apostila pelos
Art. 6º e 7º.
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)

 Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, atualizado e


acompanhado de notas a Legislação Correlata, de
Legislação Trabalhista Especial, de Regimento Interno do
TST, de Súmulas do STF, STJ e outros.
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)

 A Lei no 6.514, de 22 de dezembro de 1977 - Altera o


Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho.

 Portaria no 3.214, de 08 de junho de 1978 - Aprova as


Normas Regulamentadoras - NR – do Capitulo V do Titulo II,
da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança
e Medicina do Trabalho.
Lei No 6.514/77

 Lei de No 6.514, de 22 de dezembro de 1977 altera o


Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativo à segurança e medicina do trabalho e dá
outras providências, conforme descrito em sua apostila.
Aspectos Históricos

 Desde seu aparecimento na Terra, o homem está exposto a


riscos. Como ele não tem controle sobre esses riscos,
ocorre sobre ele todo tipo de acidente.

 Grécia Antiga - Hipócrates (considerado o Pai da Medicina)


fez algumas referências aos efeitos do chumbo na saúde
humana.
Aspectos Históricos

 Plínio (o Velho) e Galeno, descreveriam algumas doenças a


que estavam sujeitas as pessoas que trabalhavam com o
enxofre, o zinco e o chumbo.

 Antigo Egito e o mundo greco-romano - Já existiam


estudos realizados por leigos e médicos, relacionando
saúde e ocupações.
Aspectos Históricos

 1556 - Georgius Agrícola publica primeiro livro a abordar a


questão, seu trabalho De Re Metálica, onde eram
estudados diversos problemas relacionados à extração e à
fundição do ouro e da prata.

 1567 - A primeira monografia a abordar especificamente a


relação trabalho e doença é publicada por Paracelso. Trata
sobre vários métodos de trabalho e inúmeras substâncias
manuseadas, dedicando especial atenção às intoxicações
ocupacionais por mercúrio.
Aspectos Históricos

 1700 - Bernardino Ramazzini publica seu livro De Morbis


Artificum Diatriba (As Doenças dos Artesãos), com a
descrição de 53 tipos de enfermidades profissionais, sendo
que para algumas delas eram apresentadas formas de
tratamento e até mesmo de prevenção.

 Contudo, apesar dos trabalhos consagrados de Agrícola,


Paracelso e Ramazinni, o interesse pela proteção do
operário no seu ambiente de trabalho só ganharia força e
ênfase no século XIX com o impacto da Revolução
Industrial
Aspectos Históricos

 A partir da Revolução Industrial e com a expansão do


capitalismo industrial, o número de acidentes do trabalho
cresceu assustadoramente, devido às péssimas condições
de trabalho existentes. A situação ficou tão grave, que se
temeu pela falta de mão de obra, tal era a quantidade de
trabalhadores mortos ou mutilados
Aspectos Históricos

 Os locais de trabalho eram os piores possíveis. As fábricas


eram instaladas em galpões improvisados, estábulos e
velhos armazéns, principalmente nas grandes cidades,
onde havia maior quantidade de mão de obra disponível,
constituída principalmente de mulheres e crianças.

 A situação acabou por provocar indignação na opinião


pública, gerando várias comissões de inquérito no
Parlamento Inglês.
Aspectos Históricos

 O conhecimento acumulado até então passou a dar origem


à formação de leis voltadas à proteção à saúde e à
integridade física dos trabalhadores, tendo assim as duas
primeiras leis a entrarem em vigor:
A Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes (1802), na Inglaterra, que
estabelecia o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibia o
trabalho noturno e tornava obrigatória a ventilação do ambiente
e a lavagem das paredes das fábricas duas vezes por ano;

A Lei das Fábricas (1833), também na Inglaterra, considerada a


primeira norma realmente eficiente no campo da proteção ao
trabalhador, e que fixava em 9 anos a idade mínima para o
trabalho, proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e
exigia exames médicos de todas as crianças trabalhadoras.
Aspectos Históricos

 1834 - O governo britânico nomeia o primeiro Inspetor


Médico de Fábricas, o Dr. Robert Baker; e em 1842, na
Escócia, a direção de uma fábrica têxtil contratou um
médico que deveria submeter os menores trabalhadores a
exames médicos admissionais e periódicos. Surgiam, então,
as funções específicas do médico de fábrica.
Aspectos Históricos

 1840 - Durante os primeiros três séculos da história


Brasileira as atividades industriais ficaram restritas aos
engenhos de açúcar e à mineração. Em 1840 surgiram os
primeiros estabelecimentos fabris no Brasil. A primeira
máquina a vapor surgiu em 1785 na Inglaterra, enquanto
no Brasil surgiu em 1869 na Província de São Paulo, numa
fábrica de tecidos de Itu, a Fábrica São Luiz. Portanto, 84
anos depois.
Aspectos Históricos

 1890 - É criado pelo governo o Conselho de Saúde Pública,


que começava timidamente a legislar sobre as condições
de trabalho no Brasil, que já começavam a preocupar. No
entanto, desde o fim do Império até o ano de 1930, a
organização capitalista brasileira era praticamente
agroexportadora, especialmente de café.

 A partir de 1930, então, com uma política governamental


de substituição das importações, portanto, com 145 anos
de atraso em relação ao surgimento da primeira máquina a
vapor no mundo, iniciou-se a passagem do modelo
agroexportador para a industrialização, o que se consolidou
nos anos 50.
Aspectos Históricos

 1919 - A primeira lei de acidentes do trabalho no Brasil


surge, com o Decreto Legislativo nº. 3.724, de 15 de
janeiro, como ponto de partida da intervenção do Estado
nas condições de consumo da força de trabalho industrial
no País.

 Essa lei não considerava acidente de trabalho a mesopatia,


ou seja, a doença ocasionada por determinado tipo de
trabalho. Exigia apenas a reparação em caso de moléstia
contraída exclusivamente pelo exercício do trabalho.
Aspectos Históricos

 1920 - Surge o primeiro médico de empresa brasileira,


quando a Fiação Maria Zélia, situada no bairro do Tatuapé,
na Cidade de São Paulo, contratou um médico para dar
atenção à saúde dos seus trabalhadores.

 1923 - Como parte das reformas conduzidas por Carlos


Chagas, promulga-se o Regulamento Sanitário Federal, que
inclui as questões de higiene profissional e industrial no
âmbito da Saúde Pública, criando a Inspetoria de Higiene
Industrial, órgão regulamentador e fiscalizador das
condições de trabalho.
Aspectos Históricos

 1930 - O Decreto n. 19.433, de 26 de novembro deste ano,


criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,
passando as questões de saúde ocupacional para o
domínio deste ministério, ficando sob sua subordinação,
até hoje, as ações de higiene e segurança do trabalho.

 O Decreto-lei n.º 7.036, de 10 de novembro de 1944


manteve o sentido de risco profissional, mas foi ampliado
pela teoria do risco da autoridade, isto é, pregava que a
autoridade é fonte (ou causa) de responsabilidade pelos
acidentes havidos.
Aspectos Históricos

 1967 - Criada a lei que determinou o seguro obrigatório


como prerrogativa da Previdência Social, adotou o conceito
de acidente ocorrido no trajeto entre residência e o
trabalho e vice-versa (risco social). A Previdência Social
adotou programas de reabilitação profissional.

 1976 - lei regulamentada pelo Decreto 79.037 de 24 de


dezembro de 1976, ao lado dos acidentes de trabalho,
contemplava as chamadas doenças profissionais ou doença
do trabalho.
Aspectos Históricos

 1991 - Criada lei que estabeleceu que a empresa é


responsável pela adoção das medidas coletivas e individuais
de proteção e segurança da saúde do trabalhador; assegurou
a estabilidade no emprego do segurado que se incapacita para
o trabalho por mais de 15 dias.
Aspectos Históricos

 É importante salientar, ainda, que o parágrafo 10º do Art.


21 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda
Constitucional no 20, de 16 de dezembro de 1998,
estabeleceu que a lei disciplinará “a cobertura do acidente
de trabalho, a ser entendida concorrentemente pelo
regime geral de previdência sócia e pelo setor privado”.
Aspectos Históricos

 De acordo com dados obtidos pelo Sesi, alguns fatores


demonstram a reduzida eficácia na Segurança e Saúde do
Trabalhador (SST), tais como:

a) trabalhadores informais, setor público, domésticos, entre outros,


não têm proteção;
b) esforços preventivos e resultados reais na redução de acidentes nas
não são levados em consideração;
c) serviços médicos não são remunerados pelo seguro acidentário;
d) discriminação entre empresas com alto e baixo risco é diminuta;
e) a presença não coordenada entre organizações nas áreas federal,
estadual e municipal é favorecida pela ausência de comando
consolidado.
Ambiente de Trabalho

 Ambiente de trabalho é definido como “um conjunto de


fatores interdependentes, materiais ou abstratos, que atua
direta e indiretamente na qualidade de vida das pessoas e
nos resultados dos seus trabalhos”.

 Portanto, no ambiente de trabalho é preciso encontrar


condições capazes de proporcionar o máximo de proteção
e, ao mesmo tempo, satisfação com o trabalho que se
realiza.
Ambiente de Trabalho

 Esta combinação resulta em aumento da produtividade e


qualidade dos serviços, redução do absenteísmo, redução
das doenças e acidentes de trabalho.

 O ambiente de trabalho é composto por um conjunto de


fatores. Quando um destes fatores ou o conjunto deles
foge ao controle, seja pelos níveis permitidos ou pelos
processos que desencadeia, torna o ambiente de trabalho
suscetível ao desenvolvimento das chamadas patologias do
trabalho que podem ser citadas como doenças
profissionais ou doenças do trabalho.
Ambiente de Trabalho

 A segurança e a higiene não podem mais ser consideradas


apenas como domínios de especialistas, dado que ambas
integram-se a outras áreas do conhecimento, com vistas a
objetivos mais amplos e maior eficiência.
Reflexão e Formação de Consciência

 Os programas de segurança e saúde do trabalhador


geralmente concebidos e implementados nas empresas do
Brasil têm a orientação de atendimento à legislação que
dispõe sobre esta matéria.

 Programas fundamentados nesse princípio são, em geral,


pobres e de baixo desempenho, pois, entre outras razões,
privilegiam as situações de risco que se apresentam em
desacordo com a legislação.
Reflexão e Formação de Consciência

 O pior é o comportamento de gerentes de empresas, que


acreditam ser o cumprimento das notificações do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a forma de
restabelecer a conformidade legal da empresa.

 Muitos dos gerentes ou supervisores não assumem a


responsabilidade pelas ocorrências anormais. Outro
empecilho é a contratação de serviços por resultados, onde
um “bom” planejamento é prejudicado.
Reflexão e Formação de Consciência

 As normas de segurança e saúde no trabalho devem ser


implementadas conjuntamente com as de produtividade,
qualidade, responsabilidade social e lucratividade.

 A participação ativa dos trabalhadores, principalmente das


gerências e supervisão, no programa de prevenção de
acidentes e garantia de saúde, só será atingida quando os
mesmos tiverem consciência da importância da segurança
e saúde em sua vida pessoal e profissional.
Reflexão e Formação de Consciência

 Isto ocorre:

a) na fábrica, na empresa, na prefeitura, na escola;


b) na rua, no bar, na festa;
c) no lar, na praia, no carro, na moto;
d) em quaisquer lugares e circunstâncias.
Reflexão e Formação de Consciência

 Os trabalhadores cometem atos inseguros, principalmente


por:

a) não planejaram corretamente o serviço que será


realizado; (falha na analise de riscos)
b) não estarem avisados que o que fazem errado;
c) não considerarem as instruções importantes;
d) não entenderem as instruções que foram dadas;
e) não serem dadas as instruções específicas;
f) acharem incômodo seguir as instruções;
g) desrespeitarem deliberadamente as normas, inclusive
as de segurança.
Reflexão e Formação de Consciência

 Trabalhador é todo ser social que produz, seja algo


material, cultural ou intelectual. O dono da empresa é um
trabalhador, o aluno é um trabalhador, o gerente é um
trabalhador, a dona de casa é uma trabalhadora, etc.

 Muitos dos acidentes e doenças do trabalho são devido à


falta de conhecimento ou habilidade do “acidentado” em
fazer seu trabalho seguro e adequadamente. Isto é uma
das causas mais frequentes dos acidentes com lesão e de
doenças potencializadas pela atividade.
Reflexão e Formação de Consciência

 Podem ser consideradas, para tanto, algumas das razões a


seguir:

a) o trabalhador pode nunca ter aprendido a fazer seu


trabalho de maneira correta, muito menos analisar
previamente os riscos aos quais estará exposto;
b) pode ter aprendido uma vez, mas não tão bem para fixar
os hábitos corretos e seguros de trabalho;
c) pode ter aprendido como trabalhar seguramente sob
condições normais, mas não compreendeu completamente
o perigo de certos atos inseguros, possivelmente
envolvendo algumas condições não usuais no trabalho.
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 As campanhas de segurança, contato pessoal e avaliações
buscam a divulgação de conhecimentos acerca do tema e
auxiliar na educação dos trabalhadores quanto à segurança
no ambiente de trabalho, desenvolvendo sua consciência
crítica para eliminar acidentes e proteger a sua saúde,
criando atitudes de vigilância, que permitam corrigir
condições e práticas que podem provocar acidentes.
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 Neste sentido, algumas campanhas regidas por lei foram
criadas, tais como:

 Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho


(Canpat): criada pelo Decreto 68.255/71 e regulamentado
pela Portaria 3.233/71, tem a finalidade de divulgar
conhecimentos técnicos e ministrar ensinamentos práticos
de segurança, higiene e medicina do trabalho.

 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho


(Sipat): acontece no âmbito das empresas que possuem a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho
(Conpat): criado pelo Decreto 811/62, com a finalidade de
divulgar conhecimentos técnicos relativos à segurança,
higiene e medicina do trabalho, para aperfeiçoamento de
técnicas de produção, com a humanização do trabalho, por
meio da prevenção de acidentes e doenças do trabalho.

 Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SPAT):


é promovida anualmente pelo Departamento Nacional de
Segurança e Higiene do Trabalho (DNSHT), em colaboração
com as Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs).
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 Há ainda algumas campanhas específicas promovidas pelas
empresas, de forma objetiva e participativa, sempre com o
envolvimento da alta administração.

 É importante salientar que a conscientização dos


trabalhadores, em todos os níveis, desde o presidente até o
mais simples membro dentro da hierarquia, somente será
atingida mediante campanhas educativas em longo prazo,
que ressaltem como elemento mais importante o contato
pessoal, frequente, do supervisor com os trabalhadores
que lhe são subordinados.
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 Isto deve ser feito em cadeia, do dono do negócio com os
supervisores ou mestres, e destes com os subordinados.

 Os supervisores devem fazer periodicamente avaliações,


com preenchimento de lista de verificações, checklist, e
encaminhá-las para a estância superior, com a ações
tomadas em caso de desconformidade.

 Este material ficará arquivado por certo período e deve ser


utilizado em atividades futuras, inclusive em caso de litígio
trabalhista.
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 É importante, ainda, que sejam feitas reuniões mensais
com os empregados, sobre assuntos de segurança e saúde,
visando à eliminação da prática de atos inseguros.

 As empresas devem promover constantemente palestras e


treinamentos junto aos seus colaboradores. As palestras
devem ser curtas e incisivas, fazendo usos de estudos casos
de empresas similares ou mesmo de casos do passado na
empresa, salvaguardadas as questões de sigilo para com os
envolvidos ou, ainda, sobre fatos de relevância do
momento.
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 Quanto aos treinamentos, estes podem versar sobre:

a) riscos aos quais o trabalhador h) eletricidade;


estará exposto; i) operação com máquinas;
b) permissão para determinados j) uso correto de ferramentas
tipos de serviços; manuais;
c) análise de acidente do ponto de k) prevenção e combate a principio
vista prevencionista; de incêndio;
d) causas de acidentes; l) equipamentos de proteção
e) qualidade de vida; individual;
f) prevenção de acidentes nos locais m) noções de primeiros socorros;
de trabalho; n) inspeção de segurança,
g) ordem, limpeza e quedas; investigação e comunicação de
acidentes;
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 Quanto aos treinamentos, estes podem versar sobre:

o) custo de acidentes, cadastro de


acidentes;
p) formação da mentalidade
prevencionista;
q) aspectos legais do acidente do
trabalho;
r) informações sobre a Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (Cipa);
s) análise de um acidente de simulado;
t) atuação em caso de sinistro.
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 As empresas devem fazer uso dos veículos comunicacionais
para promover a conscientização dos seus colaboradores
acerca da segurança no ambiente de trabalho.

 Estes podem ser impressos (cartazes, manual ou


regulamentos internos de segurança; revistas; jornais
internos, folhetos, etc.);
Campanhas de Segurança, Contato
Pessoal e Avaliações
 há também as caixas de sugestões, onde se incentivam os
trabalhadores a colaborar com a campanha de qualidade
de vida e prevenção de acidentes; e quaisquer outros
meios que possam auxiliar na melhoria da segurança e da
higiene no ambiente de trabalho e proteção à saúde.
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da
administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e
Judiciário, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) manterão,
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade
de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 São suas atribuições :

 Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de


Medicina do Trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os
seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de
modo a reduzir e até eliminar os riscos ali existentes à saúde
do trabalhador;

 Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos


para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzidos,
a utilização, pelo trabalhador, de equipamentos de proteção
individual (EPI), de acordo com o que determina a NR-6,
desde que a concentração, a intensidade ou característica do
agente assim o exija;
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação
de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa,
exercendo a competência disposta na alínea “a”;

 Responsabilizar-se, tecnicamente, pela orientação quanto ao


cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades
executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;

 Manter permanente relacionamento com a Cipa, valendo-se


ao máximo de suas observações, além de apeá-la, treiná-la e
atendê-la, conforme dispõe a NR-5;
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 Promover a realização de atividades de conscientização,
educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção
de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais, tanto
por meio de campanhas, quanto de programas de duração
permanente;

 Analisar e registrar em documentos específicos todos os


acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou
sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional,
descrevendo a história e as características do acidente e/ou
da doença ocupacional, os fatores ambientais, as
características do agente e as condições dos indivíduos
portadores de doença ocupacional ou acidentado;
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 Esclarecer e conscientizar os empregados sobre acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor
da prevenção;

 Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do


trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade,
devendo a empresa encaminhar um mapa contendo a
avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro,
por meio do órgão regional do MT;
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 Manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na
sede dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente
alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da
empresa o método de arquivamento e recuperação, desde
que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e
entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados
somente os mapas anuais dos dados correspondentes às
alíneas “h” e “i” por um período não inferior a 5 (cinco)
anos;
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 As atividades dos profissionais integrantes dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora
não seja vedado o atendimento de emergência, quando se
torna necessário. Entretanto, a elaboração de planos de
controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de
meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e
de imediata atenção à vítima, deste ou de qualquer outro
tipo de acidente, está incluída em suas atividades.
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 Grau de risco do trabalhador, de acordo com a Classificação
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)
Código de atividades Grau de risco
A. Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal 3
A. Pesca 3
A. Indústrias extrativas 4
A. Indústrias de transformação Varia de 2 a 4
A. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 3
A. Construção Varia de 3 a 4
A. Comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos Varia de 2 a 3
A. Alojamento e alimentação 2
A. Transporte, armazenagem e comunicações Varia de 1 a 4
A. Intermediação financeira 1 ou 2
A. Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas Varia de 1 a 3
A. Administração pública, defesa e seguridade social Varia de 1 a 2
A. Saúde e serviços sociais Varia de 1 a 3
A. Educação Varia de 1 a 3
A. Outros serviços coletivos, sociais e pessoais Varia de 1 a 3
A. Serviços domésticos 2
A. Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 1
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
 Com base nas informações obtidas no Quadro anterior, da
NR 4, como grau de risco, e somando-se a isso o número de
funcionários da empresa, vamos ao Quadro 2 (slide
seguinte) e procedemos o dimensionamento do SESMT da
empresa, realizando o cruzamento dessas informações,
grau de risco e número de funcionários.
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança
Seguindo o raciocínio mostrado anteriormente, teremos as
seguintes situações para a empresa que possui um número de
funcionários de 367:

 Grau de Risco 1: Dispensada de ter um SESMT;


 Grau de Risco 2: Dispensada de ter um SESMT;
 Grau de Risco 3: SESMT composto por dois técnicos de
segurança do trabalho;
 Grau de Risco 4: SESMT composto por dois técnicos de
segurança do trabalho, 1 engenheiro de segurança do
trabalho em tempo parcial mínimo de 3 horas e um médico
do trabalho em tempo parcial de 3 horas.
Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes
 Todas as empresas regidas pela CLT deverão possuir dois
órgãos de Segurança e Medicina do Trabalho: a) Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa – NR-5); b) Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT).
CIPA

 A Cipa é uma comissão constituída por representantes


indicados pelo empregador e membros eleitos pelos
trabalhadores, de forma paritária, em cada
estabelecimento da empresa, cuja finalidade é prevenir
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
torná-lo compatível, permanentemente, com a preservação
da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
CIPA

 A Cipa apresenta os objetivos descritos a seguir:

a) reconhecer os riscos à segurança e à saúde


relacionadas ao trabalho;
b) sugerir medidas de controle desses riscos;
c) obter a implementação dessas medidas,
d) prevenir acidentes e doenças decorrentes do
trabalho.
CIPA

 O reconhecimento dos riscos é feito por meio do Laudo de


Técnico das Condições do Ambiente do Trabalho, que
fornecerá os dados necessários para a execução do
Programa de Controle Medico e Saúde Ocupacional e do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais chamado de
PPRA e por meio destes será elaborado o Mapa de Riscos.
CIPA

 O Mapa de Riscos devera conter as seguintes etapas:

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado;


b) identificar os riscos existentes no local analisado: agentes
físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes;
c) identificar as medidas preventivas existentes e sua
eficácia: proteções coletivas, individuais, de higiene, etc.;
d) identificar os indicadores de saúde: queixas, acidentes de
trabalhos ocorridos, doenças diagnosticadas, etc.;
e) elaborar o mapa de riscos sobre o layout da empresa,
indicando por meio de círculos o grau de risco encontrado
(grave, médio e leve).
CIPA

 Observa-se na imagem um modelo de um mapa de risco e


de suas respectivas representações gráficas dos riscos
existentes em determinado local de trabalho.
CIPA

 Eventualmente, por
questões de espaço na
planta baixa de determinado
local de trabalho, é possível
que as representações
possam vir num mesmo
circulo, dividido conforme a
quantidade de riscos ali
Representação gráfica da divisão
existentes de riscos num mesmo círculo
Composição e organização da CIPA

 A CIPA deve ser composta por representantes do


empregador e dos empregados, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos para setores econômicos
específicos.

 Depois de eleita e organizada, a Cipa deverá ser


protocolada em até dez dias, na unidade descentralizada
do Ministério do Trabalho, com cópias das atas de eleições
e de posse, e o calendário anual das reuniões ordinárias.
Composição e organização da CIPA

 A composição da Cipa deverá obedecer a critérios que


permitam estar representada a maior parte dos setores do
estabelecimento, não devendo faltar em qualquer hipótese
a representação dos setores que ofereçam maior risco ou
apresentem maior número de acidentes.

 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes,


serão eleitos em escrutínio secreto e assumirão a condição
de membros titulares os candidatos mais votados. Em caso
de empate, assumirá o candidato que tiver maior tempo de
serviço no estabelecimento.
Composição e organização da CIPA

 Os demais candidatos votados assumirão a condição de


suplentes, obedecendo à ordem decrescente de votos
recebidos. O mandato dos membros eleitos da Cipa terá a
duração de um ano, permitida uma reeleição.

 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do


empregado eleito para cargo de direção de Comissões
Internas de Prevenção de Acidentes, desde o registro de
sua candidatura até um ano após o final de seu mandato
Composição e organização da CIPA

 O Quadro abaixo ilustra as atividades econômicas que


corresponde ao agrupamento, como por exemplo: CNAE
10.00-6 – Extração de carvão mineral; CNAE 52.11-6 –
Comércio varejista de mercadorias em geral, com
predominância de produtos alimentícios, com área de venda
superior a 5000 metros quadrados – hipermercados.
CNAE Descrição das Atividades Grupo
14.22-2 Extração e refino de sal marinho e sal-gema C-1
15.21-0 Processamento, preservação e produção de conservas de frutas C-2
17.64-7 Fabricação de tecidos especiais – inclusive artefatos C-3a
29.25-4 Fabricação de aparelhos de ar-condicionado C-14
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de
52.12-4 produtos alimentícios, com área de venda inferior a 300 e 5000 C-21
metros quadrados – supermercados
Atribuições da Cipa

 Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o


mapa de riscos, com a participação do maior número de
trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;

 Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva


na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;

 Participar da implementação e do controle da qualidade das


medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação
das prioridades de ação nos locais de trabalho;
Atribuições da Cipa

 Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e


condições de trabalho visando trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores;

 Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas


fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de
risco que foram identificadas;

 Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança


e à saúde no trabalho;
Atribuições da Cipa

 Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões


promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de
alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e à saúde dos trabalhadores;

 Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a


paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco
grave e iminente à segurança e à saúde dos trabalhadores;

 Colaborar no desenvolvimento e implementação


do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e à saúde no trabalho;
Atribuições da Cipa

 Divulgar e promover o cumprimento das Normas


Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e
convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e à
saúde no trabalho;

 Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o


empregador da análise das causas das doenças e acidentes de
trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados;
Atribuições da Cipa

 Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre


questões que tenham interferido na segurança e saúde dos
trabalhadores;

 Requisitar a empresa as cópias das CAT emitidas;

 Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de


Campanhas de Prevenção da AIDS.
Atribuições da Cipa

 Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde


houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho (Sipat);
Controle Estatístico de
Acidentes/Acidentados
 O controle estatístico de acidentes pode ser entendido como
método de organizar e estudar os dados e fatos levantados
nas investigações de acidentes para se chegar a conclusões
que possam servir como subsídios à segurança do trabalho.
Muitos acidentes não resultam em acidentados. Porém,
outros podem resultar em mais do que um.
Controle Estatístico de
Acidentes/Acidentados
 No controle estatístico, devem-se considerar tanto acidentes
como acidentados, para possibilitar:

a) controle do desempenho da segurança em relação às


ocorrências de acidentes;
b) quantificação dos fatores das causas de acidentes;
c) identificação da incidência de causas de acidentes por
setor de atividade ou por operação;
d) divulgação de informações corretas sobre o
comportamento geral das atividades prevencionistas.
Controle Estatístico de
Acidentes/Acidentados
 Os dados estatísticos exercem influências benéficas em três
campos:

a) no campo técnico - são fontes de subsídios as pessoas que


estudam o assunto e decidem sobre medidas corretivas de
condições impróprias à segurança e de melhoria de outras
condições;
b) campo administrativo - servem de veículo de informação
detalhada do desempenho da segurança para pessoas e setores
envolvidos no assunto dentro da organização;
c) no campo motivacional - revelam fatos que indicam como
direcionar esforços e campanhas promocionais de segurança,
fatos que podem ser, eles próprios, instrumentos de motivação.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

 Os dados estatísticos exercem influências benéficas em três


campos:

a) no campo técnico - são fontes de subsídios as pessoas que


estudam o assunto e decidem sobre medidas corretivas de
condições impróprias à segurança e de melhoria de outras
condições;
b) campo administrativo - servem de veículo de informação
detalhada do desempenho da segurança para pessoas e setores
envolvidos no assunto dentro da organização;
c) no campo motivacional - revelam fatos que indicam como
direcionar esforços e campanhas promocionais de segurança,
fatos que podem ser, eles próprios, instrumentos de motivação.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

 Em muitos serviços, o trabalhador precisa usar proteção


especial, a fim de se proteger contra a agressividade dos
elementos ou dos materiais com os quais está lidando.

 Estes equipamentos, que podem ir desde o simples avental


até a complexa máscara protetora do aparelho respiratório,
estão sujeitos a métodos de ensaios especificados em normas
que testam a sua eficiência, com o objetivo de evitar a
utilização de material de qualidade inferior, que venha
arriscar a integridade física do trabalhador, sua saúde, e
mesmo em certos casos, sua morte.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

 Define-se, então, como Equipamento de Proteção Individual


(EPI) como “todo dispositivo de uso individual destinado a
proteger a integridade física do trabalhador”.
Aquisição do EPI

 O EPI deve ser utilizado em lugares onde exista risco no


serviço, que não possa ser removido por outros meios, ou em
situações emergenciais, tais como:
a) onde houver fumos;
b) névoas e vapores tóxicos ou irritantes;
c) manuseio de cáusticos, corrosivos, ácidos, materiais
inflamáveis;
d) onde houver calor excessivo;
e) onde houver perigo de impacto de partículas ou estilhaços
que voam;
f) perigo de queda de objetos sobre os pés;
g) perigo de queimaduras;
h) onde houver ruído, etc.
Aquisição do EPI

 Em geral, há resistência por parte do trabalhador em usar


EPIs. Esta resistência pode ser superada, se, por ocasião da
compra e distribuição do equipamento, forem levadas em
conta as seguintes condições:

a) o EPI deve ser confortável;


b) deve ajustar-se comodamente a quem vai usá-lo;
c) os trabalhadores devem ser treinados no uso e
conservação dos equipamentos.
Qualidade do EPI

 No que tange à qualidade, os EPIs devem:

a) oferecer proteção efetiva contra os riscos para os quais


foram fabricados;
b) sua eficiência deve ser realizada por órgãos credenciados
pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST);
c) duráveis, levando-se em conta a agressividade das
condições em que serão empregados.
Considerações ao Uso do EPI

 O uso dos equipamentos de proteção individual deve levar


em consideração:

a) o aspecto técnico: deve-se determinar a necessidade do


uso do EPI e selecionar o tipo adequado a cada situação;
b) o aspecto educacional: deve-se preparar e ministrar
instruções para que EPIs sejam usados corretamente; e,
c) o aspecto psicológico: consiste em preparar as pessoas
para que os Ipês sejam aceitos espontaneamente e não
como imposição.
Critérios para Indicação de EPIs

 Os critérios para a indicação de EPIs devem levar em


consideração:

a) a identificação do risco: constatar a existência ou não de


elementos da operação, de produtos, das condições do
ambiente, etc., que sejam, ou que possam vir a ser,
agressivos ao trabalhador;
b) a avaliação do risco constatado: determinar a intensidade
ou extensão do risco, com que frequência ele se expõe ao
risco e quando estão sujeitos aos mesmos perigos; e,
c) a indicação do EPI apropriado: escolher entre vários, o EPI
mais adequado para solucionar o problema.
Tipos de EPIs
Tipos de EPIs
Tipos de EPIs
Tipos de EPIs
Tipos de EPIs
Tipos de EPIs
Tipos de EPIs
Tipos de EPIs
Sistemas de Proteção Coletiva (EPC)

 Nenhuma proteção será eficiente se não forem adotadas


medidas de ordem geral. Os ambientes de trabalho, quer
sejam fechados, como salas, salões, galpões, galerias, quer
sejam abertos, como pátios, campos, ruas, estradas, deveriam
sempre possuir um mínimo satisfatório de segurança por
intermédio de recursos convencionais que abrangessem
desde simples dispositivos de proteção até os mais complexos
meios de segurança.

 Do ponto de vista dos aspectos legais, deve-se atentar para o


descrito no capítulo V (Segurança e Higiene do Trabalho),
seções X e XI.
Sistemas de Proteção Coletiva (EPC)

 Equipamentos de Proteção Coletiva (MPCs ou EPCs) são todos


os dispositivos instalados ou decisões gerenciais tomadas com
o objetivo de proteger a integridade física e a saúde dos
trabalhadores, mediante eliminação, isolamento ou diminuição
dos efeitos de um agente de risco agressivo, permitindo como
máxima exposição os níveis legalmente aceitos.

 As medidas ou equipamentos de proteção coletiva devem ser


sempre prioritários em relação à adoção de equipamentos de
proteção individual e devem possuir caráter técnico,
administrativo e/ou educacional.
Sistemas de Proteção Coletiva (EPC)

 Ao contrário dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs),


que visam proteger a integridade física do trabalhador que os
utiliza, as Medidas ou Equipamentos de Proteção Coletiva têm
por objetivo proteger a coletividade dos trabalhadores,
visitantes, da comunidade e do meio ambiente, quando
aplicável. Geralmente os EPCs atuam de duas maneiras básicas:

 Na fonte: agindo diretamente sobre a origem do problema. Por


exemplo, a substituição de peças de um equipamento ruidoso,
para torná-lo mais silencioso; e,
 Na trajetória: impedindo que o agente atinja os trabalhadores.
Por exemplo, a utilização de cabines acústicas em ambientes
ruidosos.
Sistemas de Proteção Coletiva (EPC)

 São exemplos de EPCs ou MPCs:

 Adequação das instalações para a atividade (MEDIDA DE


PROTEÇÃO);
 Distribuição física dos equipamentos (MEDIDA DE
PROTEÇÃO);
 Linha de vida (EPC);
 Iluminação eficiente (MEDIDA DE PROTEÇÃO);
 Sinalização de segurança (EPC);
 Proteção contra incêndio (EPC);
 Manutenção, limpeza e conservação do ambiente e dos
equipamentos (MEDIDA DE PROTEÇÃO);
Sistemas de Proteção Coletiva (EPC)

 São exemplos de EPCs ou MPCs:

 Treinamento de segurança (MEDIDA DE PROTEÇÃO);


 Programas de prevenção (MEDIDA DE PROTEÇÃO);
 Corrimões: que são fabricados com materiais rígidos e
resistentes e têm uma altura mínima de 90 cm (EPC);
 Protetores: são os componentes de uma máquina que são
utilizados como uma barreira material para garantir a
proteção. Por exemplo, tampas, coberturas, painéis, muros,
carcaças e barreiras (EPC).
Sistemas de Proteção Coletiva (EPC)

 É importante salientar que, diferentemente dos


equipamentos de proteção coletiva, que estão fisicamente
nos locais de trabalho, as medidas de proteção coletiva (ou
medidas administrativas) são ações realizadas nos locais de
trabalho, cujo objetivo é o de instruir e capacitar os
trabalhadores quanto aos riscos existentes nos locais de
trabalho.

 Apresentam-se a seguir exemplos de equipamentos de


proteção coletiva e algumas medidas de proteção utilizadas
na prevenção dos riscos profissionais.
Distâncias de segurança

 Uma das situações que mais causam acidentes entre os


trabalhadores diz respeito à proximidade a partes móveis
de máquinas e equipamentos, que podem causar uma série
de acidentes graves ou fatais, que incluem esmagamento,
perfuração e amputação de membros.

 Neste sentido, como forma de prevenção, são


recomendadas as chamadas distâncias de segurança, que
impedem que o trabalhador se aproxime das partes móveis
das máquinas,
Distâncias de segurança

 Para maiores esclarecimentos, é importante consultar a NR 12


(SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)
e todas as recomendações de segurança exigidas pelo
Ministério do Trabalho no que tange ao trabalho com máquinas
e equipamentos.

Barreiras físicas Cortina laser Comando bimanual


Sinalização de segurança

 Um dos principais equipamentos de proteção coletiva de um


ambiente de trabalho, e que tem o objetivo de garantir e
preservar a segurança de todos os colaboradores e pessoas
que se encontram no ambiente de trabalho é a sinalização de
segurança.

 É um dos itens mais importantes no que se refere à


segurança do trabalho, servindo para alertar e orientar os
profissionais a respeito dos riscos existentes no local,
oferecendo orientações às pessoas que o frequentam.
Sinalização de segurança

 O uso dos sinais de segurança é garantido pela Norma


Regulamentadora 26 (NR 26), orientando sobre as cores
para sinalização de segurança, a obrigatoriedade de
informar os riscos existentes nos locais de trabalho, além
de alertar para a necessidade de prevenir acidentes que
podem colocar em risco a integridade física dos
trabalhadores.

 Podemos dividir, basicamente, a sinalização de segurança


em sinalização de aviso ou perigo, sinalização de
emergência e sinalização de obrigatoriedade.
Sinalização de segurança

 Além dessas, podemos destacar os pictogramas, que nada mais


é do que a representação de objetos e conceitos, traduzidos
em uma forma gráfica, extremamente simplificada, mas sem
perder o significado essencial daquilo que representa.

 As sinalizações de segurança deverão ser adotadas


obrigatoriamente, e sob a supervisão de um profissional
capacitado, em todos os ambientes de trabalho, indicando e
orientando sobre os riscos ali existentes, sejam eles ambientais
(Físicos, Químicos e Biológicos), de perigo, de orientação ou de
obrigatoriedade.
Sinalização de segurança

 Exemplos de sinalizações de segurança

Sinalização de aviso ou perigo


Sinalização de segurança

 Exemplos de sinalizações de segurança

Sinalização de emergência
Sinalização de segurança

 Exemplos de sinalizações de segurança

Sinalização de obrigatoriedade
Sinalização de segurança

 Exemplos de sinalizações de segurança

Pictogramas
Higiene e Segurança do Trabalho

 A HIGIENE DO TRABALHO é uma das ciências que atuam no


campo da Saúde Ocupacional, aplicando os princípios e
recursos da Engenharia e da Medicina, no controle e
prevenção das doenças ocupacionais.

 Estas, chamadas também de doenças do trabalho ou


moléculas profissionais, são estados patológicos
característicos, diretamente atribuíveis às condições
ambientais ou de execução de determinadas atividades
remuneradas.
Higiene e Segurança do Trabalho

 Classicamente, a Higiene do Trabalho costuma ser definida


como sendo a ciência e a arte dedicadas à antecipação,
reconhecimento, avaliação, e controle de fatores e riscos
ambientais originados nos postos de trabalho e que podem
causar enfermidade, prejuízos para a saúde ou bem-estar dos
trabalhadores, também tendo em vista o possível impacto nas
comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral.
Higiene e Segurança do Trabalho

 A Higiene do Trabalho é encarada por muitos como a área


onde se unem e completam mutuamente a Medicina do
Trabalho e a Segurança do Trabalho, que passam a atuar com
um único objetivo comum: prevenir os danos à saúde do
trabalhador, decorrentes das condições do trabalho.
Higiene e Segurança do Trabalho

 No que se refere à Higiene do Trabalho, em um sentido


amplo, deverá o profissional de segurança, estar apto a:

a) Reconhecer os riscos profissionais capazes de ocasionar


alterações na saúde do trabalhador, ou afetar o seu conforto
e eficiência;
b) Avaliar a magnitude desses riscos, por meio da
experiência e treinamento, e com o auxilio de técnicas de
avaliação quantitativa;
c) Prescrever medidas para eliminá-los ou reduzi-los a níveis
aceitáveis.
Higiene e Segurança do Trabalho

 A Higiene do Trabalho se relaciona direta ou indiretamente


com diversos ramos profissionais, tais como:

a) Direito – a Higiene do Trabalho fornece subsídios técnicos


para solução de conflitos trabalhistas envolvendo
insalubridade. No campo do direito previdenciário e civil, os
dados de avaliação de exposição a riscos ambientais auxiliam
na concessão de aposentadoria especial e indenização por
incapacidade e/ou doenças do trabalho;
Higiene e Segurança do Trabalho

b) Engenharia – a Engenharia está presente em todas as


etapas de um programa de higiene do trabalho. Desse modo,
esta ciência é essencial no reconhecimento, avaliação e
controle dos riscos ambientais;

c) Ergonomia – a Higiene do Trabalho não visa apenas à


detecção de atividades e/ou operações insalubres, mas
também a melhoria do conforto e qualidade de vida do
trabalhador no seu ambiente de trabalho;
Higiene e Segurança do Trabalho

d) Saneamento e Meio Ambiente – a importância da higiene


do trabalho, ou seja, da avaliação e controle de riscos
ocupacionais ultrapassa os limites do ambiente de trabalho;
não só este é parte do meio ambiente em geral mas, por
meio da prevenção adequada dos riscos ocupacionais, o
impacto negativo da industrialização no meio ambiente pode
ser apreciavelmente reduzido;

e) Psicologia e Sociologia – a psicologia e sociologia tratam


de harmonizar as relações entre o processo produtivo, o
ambiente de trabalho e o homem. A higiene do trabalho, a
partir de suas etapas, fornece dados essenciais para melhor
interpretação do universo do trabalho;
Higiene e Segurança do Trabalho

f) Medicina do Trabalho – o controle biológico, por meio de


exames médicos, é um dos parâmetros utilizados para
verificar a eficiência e subsidiar um programa de controle de
riscos ambientais;

g) Toxicologia – a toxicologia fornece dados técnicos sobre


os contaminantes ambientais, facilitando o reconhecimento
dos riscos ambientais nos locais de trabalho. Pode-se, então,
afirmar que a toxicologia, na maioria das vezes, antecede as
etapas clássicas de um programa de higiene do trabalho;
Higiene e Segurança do Trabalho

h) Segurança do Trabalho – a higiene do trabalho, mediante


análise dos agentes agressivos nos postos de trabalho,
muitas vezes previne também riscos operacionais capazes de
gerar acidente do trabalho.

 Assim, a higiene do trabalho, por se tratar de uma ciência que


tem como objetivo principal a relação entre o homem e o
meio ambiente de trabalho, necessita para o bom
desenvolvimento e prática de ações multidisciplinares de
educação dos trabalhadores, no sentido de prevenir riscos
ambientais, obtendo-se melhor organização do trabalho.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 O ideal seria a ausência dos riscos no ambiente de trabalho,


porém, com o advento da tecnologia, novas substâncias e
materiais são constantemente criados, sendo necessárias
máquinas mais potentes e processos produtivos cada vez
mais complexos.

 O termo “Risco Ocupacional” possui várias formas de


classificação e interpretação no campo da segurança do
trabalho. O que se pode concluir de imediato é que os riscos
ocupacionais podem provocar efeitos adversos à saúde e à
integridade física do trabalhador.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 Os Riscos Ocupacionais apresentam-se da seguinte forma:

a) riscos operacionais ou mecânicos - são as condições


adversas no ambiente de trabalho, apresentadas por
aspectos administrativos ou operacionais, que aumentam a
probabilidade de ocorrer um acidente. Estes riscos se
originam das atividades mecânicas, que envolvem máquinas
e equipamentos, responsáveis pelo surgimento das lesões
nos trabalhadores quando da ocorrência dos acidentes do
trabalho.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

b) riscos comportamentais - envolvem os aspectos


individuais do trabalhador, motivados por um despreparo
técnico, desequilíbrio psíquico ou de saúde. Estes aspectos
são fatores limitantes para o trabalhador no exercício de
uma tarefa, independente da qualidade e da frequência do
treinamento.

c) riscos ambientais - estão definidos pela Norma


Regulamentadora NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) e NR-15 – Atividades e Operações
Insalubres, como sendo os agentes potenciadores de
atividades e operações insalubres, tais como: agentes físicos,
agentes químicos e agentes biológicos;
Riscos Ocupacionais e Ambientais

d) riscos ergonômicos - estão definidos pela Norma


Regulamentadora NR -17 – Ergonomia, como agentes
decorrentes das condições de trabalho, envolvendo fatores
biomecânicos (postura, esforço e movimento), exigências
psicofísicas do trabalho (esforço visual, atenção e raciocínio),
deficiência do processo (ritmo de produção, trabalho
monótono e repetitivo, trabalho noturno ou em turno) ou,
até mesmo, condições ambientais como ventilação,
iluminação e ruído, que podem acarretar grande desconforto
ou estresse ocupacional.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 Por definição dos radicais, tem-se Ergon, que significa


trabalho e Nomos que significa leis. A palavra origina-se do
latim e significa leis que regem o trabalho.

 Entende-se, então, por Ergonomia o conjunto de parâmetros


que devam ser estudados e implantados de forma a permitir
a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 Destaca-se que os Riscos Ergonômicos não estão abordados


pela Norma Regulamentadora NR-9 como Riscos Ambientais e
não são utilizados na sua elaboração.

 Entretanto, tais Riscos fazem parte para a elaboração do


Mapa de Riscos de acordo com a Norma Regulamentadora
NR-5.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 Riscos Ambientais são os agentes físicos, químicos e


biológicos presentes nos ambientes de trabalho, capazes de
produzir danos à saúde, quando superados os respectivos
limites de tolerância. Estes limites são fixados em razão da
natureza, concentração ou intensidade do agente e tempo de
exposição.

 São decorrentes das condições precárias, inerentes ao


ambiente ou ao próprio processo operacional das diversas
atividades profissionais.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 As condições inseguras relativas ao processo operacional,


como por exemplo, máquinas desprotegidas, pisos
escorregadios, empilhamentos precários, etc., são chamados
de riscos de operação.

 As condições inseguras relativas ao ambiente de trabalho,


como por exemplo, a presença de gases e vapores tóxicos, o
ruído e o calor intensos, etc., são chamados de riscos do
ambiente.

 Os riscos profissionais dividem-se em dois grupos, os riscos de


operação e de riscos de ambiente.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 Tradicionalmente, dedica-se a Segurança do Trabalho a


prevenção e controle dos riscos de operação e a Higiene do
Trabalho aos riscos de ambiente. Os riscos ambientais se
classificam em:

a) agentes físicos: são as diversas formas de energia a que


possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído,
vibração, pressões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes e não ionizantes, bem como o infrassom
e o ultrassom;
Riscos Ocupacionais e Ambientais

b) agentes químicos: são as substâncias, compostos ou


produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo por meio da pele ou por ingestão;

c) agentes biológicos: são as bactérias, fungos, bacilos,


parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
Riscos Ocupacionais e Ambientais

 Classificação dos riscos ambientais


Acidentes do Trabalho

 A Constituição Federal de 1988 fortaleceu a questão da


responsabilidade civil do empregador e a garantia ao seguro
do trabalho para os trabalhadores urbanos e rurais.

 O acidente de trabalho pode acarretar varias consequências


jurídicas ao empregador, resultando, inclusive, na indenização
ou, até mesmo, numa ação criminal.
Acidentes do Trabalho

Art. 19 - acidente do trabalho é o que ocorre pelo


exercício do trabalho dos segurados referidos no
inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão
corporal ou a perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
Acidentes do Trabalho

 Para caracterizar o acidente de trabalho, é importante


considerar os seguintes aspectos:

a) o evento causador do acidente;


b) a existência do dano pessoal;
c) estabelecer o nexo causal entre o dano e o evento.
Acidentes do Trabalho

 Do ponto de vista prevencionista, entretanto, o acidente do


trabalho pode ser definido como uma ocorrência inesperada,
que interrompe ou interfere no processo normal de uma
atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos
trabalhadores, e/ou danos materiais.

 Portanto, mesmo ocorrências que resultem unicamente em


perda de tempo, devem ser encaradas como acidentes do
trabalho.
Acidentes do Trabalho

 É importante observar que:

 “A doença ocupacional é considerada legalmente como


um acidente de trabalho, muito embora seus efeitos
possam se manifestar após anos de exposição”;

 “Os efeitos nocivos causados pelo calor (sobrecarga


térmica), embora menos divulgados, são tão nocivos
quanto aqueles causados pelo ruído, merecendo um
estudo diferenciado e não menos importante”;
Causas do Acidente

 Tecnicamente existem duas causas de acidentes: atos


inseguros e condições inseguras. De acordo com a Norma
Brasileira NB-18 da ABNT existem vários aspectos que
decorrem dessas causas.

 Deve-se entender, no entanto, que o acidente sempre ocorre


como resultado da soma de atos e condições inseguras que
são oriundos de aspectos psicossociais denominados Fatores
Pessoais de Insegurança.
Causas do Acidente

 Esse é um dos motivos que determina, hoje em dia, durante


uma investigação e análise de acidentes, que os profissionais
envolvidos, não utilizem os termos Atos Inseguros ou
Condições Inseguras. Na busca das causas dos acidentes
recomenda-se descrever o risco sem que haja necessidade de
classificá-lo como Ato ou Condição.
Ato inseguro

 O ato inseguro é um termo técnico utilizado em prevenção de


acidentes que, conforme o local, possui definições diferentes,
porém com o mesmo significado.

 Entende-se como ato inseguro como sendo as causas de


acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator
humano, isto é, aqueles que decorrem da execução de tarefas
de uma forma contrária às normas de segurança.
Condição insegura

 A condição insegura tem como definição as circunstâncias


externas da quais dependem as pessoas para realizar seu
trabalho, que sejam incompatíveis ou contrárias com as
normas de segurança e prevenção de acidentes.

 Como essas condições estão nos locais de trabalho, pode-se


deduzir que foram instaladas por decisão e/ou mau
comportamento de pessoas que permitiram o
desenvolvimento de situações de risco àqueles que lá
executam suas atividades.
Fator pessoal de insegurança

 O fator pessoal de insegurança é o nome dado às falhas


humanas decorrentes, na maior parte das vezes, de
problemas de ordem psicológica (depressão, tensão,
excitação, neuroses, etc.), social (problemas de
relacionamentos, preocupações com necessidades sociais,
educação, dependências químicas, etc.), congênitos ou de
formação cultural que alteram o comportamento do
trabalhador permitindo que cometa atos inseguros.
Fator pessoal de insegurança

 Lesões imediatas:

 São aquelas em que os traumas físicos ou estados patológicos


se observam imediatamente, ou no espaço de algumas horas,
após a ocorrência do acidente.

 É o caso, por exemplo, das lesões traumáticas como, cortes,


fraturas e escoriações; das queimaduras e choques elétricos e
também das intoxicações agudas com substâncias nocivas.
Fator pessoal de insegurança

 Lesões mediatas:

 São aquelas em que os estados patológicos demoram meses,


às vezes anos, para se manifestarem. É o caso das
intoxicações crônicas e da maioria das doenças profissionais
que decorrem de exposições constantes e prolongadas e
agentes ambientais agressivos.

 Exemplos bastante conhecidos são: a silicose, que resulta da


exposição à poeira de sílica livre e cristalina, o benzolismo,
que resulta da exposição a vapores de benzeno, entre outros.
Avaliações Ambientais

 As avaliações ambientais levam em conta os aspectos técnicos


e legais da insalubridade. O trabalho insalubre é aquele que
pode causar efeitos adversos à saúde devido à exposição
habitual e permanente aos agentes de risco considerados
insalubres pela legislação.

 A Constituição garante tanto ao trabalhador urbano, como ao


rural, condições mínimas de segurança que possam assegurar
sua integridade física e mental.
Avaliações Ambientais

 O exercício do trabalho insalubre penaliza o empregador a


pagar o adicional de insalubridade.

 O pagamento do adicional não exime o empregador de suas


responsabilidades na adoção das medidas preventivas, nem
tão pouco o livra de ações cíveis e criminais.

 A proteção contra os riscos do trabalho constitui um aspecto


importante apresentado no Capítulo V da Consolidação das
Leis Trabalhistas – CLT. O texto legal, além de determinar a
eliminação ou redução do risco, prevê pausas e até mesmo a
redução da jornada de trabalho ou do tempo de exposição a
alguns riscos ambientais.
Avaliações Ambientais

 Embora a legislação defina insalubridade em função dos


limites de tolerância fixados em razão da natureza, da
intensidade e do tempo de exposição, a NR-15, estabelece os
critérios quantitativo e qualitativo para caracterizar as
condições de insalubridade nos ambientes de trabalho, tais
como:
a) critério quantitativo – é aquele em que a intensidade
(concentração) do agente nocivo é superior aos limites de
tolerância;
b) critério qualitativo – é aquele em que o agente nocivo não
tem limite de tolerância estabelecido e a insalubridade é
caracterizada pela constatação de sua presença por meio de
laudo de inspeção técnica do local de trabalho.
Prevenção de Combate a Incêndio e
Primeiros Socorros
 O fogo é conhecido desde a pré-história e desde então tem
trazido inúmeros benefícios ao homem, nos aquecendo e
servindo para o preparo dos alimentos.

 Mas, quando este foge ao controle do homem, recebe o


nome de Incêndio, e causa inúmeros danos para as
pessoas, exigindo pessoas preparadas e material
especializado para extingui-lo.
Prevenção de Combate a Incêndio e
Primeiros Socorros
 O fogo é um processo químico de transformação, também
chamado combustão, dos materiais combustíveis e
inflamáveis, que, se forem sólidos ou líquidos, serão
primeiramente transformados em gases, para se
combinarem com o comburente (geralmente o oxigênio), e,
ativados por uma fonte de calor, iniciarem a transformação
química, gerando mais calor e desenvolvendo uma reação
em cadeia.
Prevenção de Combate a Incêndio e
Primeiros Socorros
 O produto dessa transformação, além do calor, é a luz. Nessa
definição, diz-se que os gases provenientes da combustão
combinam-se com um comburente, geralmente o oxigênio,
porque existem combustíveis que queimam sem a presença
dele, como o antimônio em atmosfera de cloro.
Prevenção de Combate a Incêndio e
Primeiros Socorros
 O calor: é o elemento que fornece a energia de ativação
necessária para iniciar a reação entre o combustível e o
comburente, mantendo e propagando a combustão, como a
chama de um palito de fósforos.

 O comburente: normalmente, o oxigênio combina-se com o


material combustível, dando início à combustão.
Genericamente, o comburente é definido como (mistura
gasosa que contém o oxidante em concentração suficiente
para que em seu meio se desenvolva a reação de combustão);
Prevenção de Combate a Incêndio e
Primeiros Socorros
 O combustível: é o elemento que serve de propagação do
fogo, pode ser sólido, líquido ou gasoso. Entre os
combustíveis sólidos temos a madeira e o carvão. Entre os
combustíveis líquidos temos a gasolina, o álcool entre outros.
Entre os combustíveis gasosos temos os gases obtidos a partir
do refino de petróleo, como o propano e o butano.

 Ao se inserir um quarto elemento, a reação química em


cadeia, observa-se o tetraedro do fogo.
Prevenção de Combate a Incêndio e
Primeiros Socorros
 Reação em cadeia: torna a
queima autossustentável.
O calor irradiado das
chamas atinge o
combustível e este é
decomposto em partículas
menores, que se
combinam com o oxigênio
e queimam, irradiando
outra vez calor para o
combustível, formando um
ciclo constante.
Prevenção de Combate a Incêndio e
Primeiros Socorros
 A combinação dos três elementos do triângulo do fogo sob
condições propícias permite a ignição e a continuação das
reações químicas, dando origem à combustão.

 A combustão pode ser definida como sendo uma reação


química que libera luz e calor e que se processa entre um
combustível e um comburente.

 Para que esta reação aconteça e se mantenha, são


necessários quatro elementos: o combustível, o comburente,
o calor e a reação em cadeia.
Formas de Propagação do Fogo

 Podemos definir a propagação do fogo como sendo a


transferência de calor entre objetos de maior para os de
menor temperatura e, e dessa forma, o objeto mais frio
deverá absorver calor até que esteja com a mesma
quantidade de energia do outro. Esta transferência de
energia ocorre por condução, convecção e/ou irradiação.
Formas de Propagação do Fogo

 A condução é um método de propagação em que a


transferência de calor é feita de molécula para molécula, a
partir de um corpo contínuo, como uma barra de ferro que se
aquece gradualmente quando uma de suas extremidades é
exposta ao calor.

 A convecção é um método de propagação na qual a


transferência de calor é realizada num fluido (líquido ou
gases). Nesse caso, o que ocorre é uma movimentação entre
fluidos mais densos (frios) e menos densos (quentes),
gerando uma corrente ascendente e descendente entre os
fluidos, tal como ocorre numa panela de água sendo aquecida
no fogão.
Formas de Propagação do Fogo

 A irradiação é um método de propagação em que a


transferência de calor ocorre por ondas de energia que se
deslocam através do espaço. Estas ondas se deslocam em
todas as direções e sua intensidade (temperatura) diminui
à medida que se aumenta a distância entre a fonte
geradora do calor e o receptor. Um exemplo disso é o calor
proveniente do sol.
Métodos de Extinção de Incêndio

 O resfriamento é uma forma de extinção que consiste em se


reduzir a temperatura do combustível em questão, reduzindo
o calor e diminuindo a liberação dos gases inflamáveis. A
forma mais comum de se fazer o resfriamento é com o
emprego da água.

 O abafamento é um método de extinção que consiste em


interromper o fornecimento do comburente da reação. Vários
agentes extintores podem ser utilizados para este fim, como a
areia, cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases
especiais, entre outros.
Métodos de Extinção de Incêndio

 O isolamento é um método de extinção do fogo que consiste


em se retirar o material combustível que ainda não pegou fogo
do local onde está ocorrendo o incêndio. Desta forma, sem
mais combustível, a combustão irá se encerrar. Exemplos de
isolamento são o fechamento de válvula ou interrupção de
vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de
materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de
aceiro, entre outros.

 A quebra da reação em cadeia é um processo no qual são


introduzidas substâncias que irão inibir a capacidade reativa do
comburente com o combustível, e, dessa forma, não haverá o
fogo, realizando, portanto, uma extinção química das chamas.
Classes de Incêndio e Agentes Extintores

Classe Simbologia Descrição


Incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido, etc. Esses materiais
Classe A apresentam duas propriedades: deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas,
carvão) e queimam na superfície e em profundidade.

Incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo diesel, gasolina, querosene, etc. Esses
Classe B materiais apresentam duas propriedades: não deixam resíduos quando queimados e
queimam somente na superfície.

Incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas, quadros de


Classe C
força, etc. Ao ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A.

Compreende os incêndios em metais pirofóricos, tais como magnésio, titânio, zircônio


Classe D
entre outros.

Classe K Compreende os incêndios em óleos e gorduras de cozinha.


Principais agentes extintores

 Água:

 A água tem indicação específica para combater incêndios de


classe A.
 Atua como agente de resfriamento dos materiais, tornando a
sua temperatura inferior ao seu ponto de ignição.
 A penetração e a camada de água acumulada na superfície
do material dificultam a propagação do fogo.
 Este agente extintor não deve, de maneira alguma, ser
utilizado em equipamentos energizados (classe C), bem
como não deve ser usado em incêndios de líquidos
inflamáveis.
Principais agentes extintores

 Dióxido de Carbono (CO2):

 O gás Carbônico (dióxido de carbono) é um agente extintor


indicado para incêndios das classes B e C.
 Atua por abafamento, produzindo uma camada gasosa que
provoca o isolamento do oxigênio.
 Seu efeito provoca o resfriamento dos materiais, permitindo,
ainda, que seja usado como elemento auxiliar em incêndios
de classe A.
 O gás carbônico é um agente limpo, não tóxico, inodoro, que
não gera resíduos e não danifica equipamentos.
 Desvantagens: asfixiante, requer cilindros pesados, distância
curta do jato, alta pressão e pode produzir queimaduras.
Principais agentes extintores

 Pó Químico Seco BC:

 Pó extintor compatível com espuma.


 Com base de bicarbonato de sódio.
 Grande eficiência na extinção de incêndios.
 Executa uma ação inibidora com reações em cadeia que
ocorrem no centro do fogo.
 Especialmente indicado para fogos das classes B e C, até
mesmo na presença de corrente elétrica.
Principais agentes extintores

 Pó Químico Seco ABC:

 Com base numa combinação de fosfato de monoamônio e


sulfato de amônio.
 Pó especialmente indicado para fogos da classe B, porém
igualmente apropriado para as classes A e C.
 Altamente econômico.
 Contém componentes retardantes de fogo, que evitam
qualquer combustão subsequente.
 Ao ser aplicado, as partículas fundem-se e dilatam-se,
formando uma barreira que evita a entrada de oxigênio
completando todo o processo de extinção.
Principais agentes extintores

 Pó Especial D:

 Pó de excelente qualidade com base no sal de sódio.


 M28 é um inerte que em contato com metais
incandescentes, impede a difusão de oxigênio
extinguindo assim o incêndio.
 Altamente eficaz em fogos de metais.
Principais agentes extintores

 Espuma:

 Produzida a partir de uma mistura de água e


substâncias tensoativos por injeção mecânica de ar,
sendo indicada para os incêndios classes A e B.
 Vantagens: muito boa para líquidos extremamente
inflamáveis, podendo ser utilizada em situações de
incêndio iminente com ação preventiva e cobertura de
espuma; evita novas ignições.
 Desvantagens: deixa resíduo úmido, não adequado para
fogos elétricos e requer uma instalação fixa.
Principais agentes extintores

 Os agentes extintores são armazenados em unidades


extintoras portáteis, cujas capacidades podem variar de 3
kg a 12 kg. Existem extintores portáteis de 10 litros e
carretas de vários tamanhos, com cilindro de gás externo
ou internos de CO2 ou ar comprimido.

 As válvulas de comando se localizam nos cilindros de gás


onde possuem manômetros e redutores de pressão para
tipos maiores. As carretas possuem mangueiras de 8 a 15
metros com esguichos.
Principais agentes extintores

(A) modelo de extintor para água, pó químico e espuma;


(B) modelo de extintor de CO2.
Principais agentes extintores

 Os aparelhos devem ser distribuídos de modo que o seu


emprego seja o mais fácil possível, levando-se em
consideração os elementos que poderão manejá-los e as
condições do trabalho e local para as instalações dos
aparelhos, leva-se em conta que o operador não percorra,
em caso de princípio de incêndio, uma distância maior do
que:

a) 20 m para local de pequeno risco;


b) 15 m para local de risco médio;
c) 10 m para local de risco elevado.
Principais agentes extintores

Inspeção e manutenção dos extintores:

a) Semanalmente: verificar acesso ao aparelho;

b) Mensalmente: verificar se o extintor está carregado,


observando o nível de água dos extintores de água
pressurizada;

c) Semestralmente: pesar a cápsula de gás carbônico,


substituindo-a caso o peso esteja baixo do indicado;
Principais agentes extintores

Inspeção e manutenção dos extintores:

d) anualmente: esvaziar e levar o extintor para testá-lo


hidraulicamente, e examinar o vasilhame, verificando se o
mesmo está corroído ou acidentado. Trocar a cápsula se
estiver corroída ou selo de válvula violado. Verificar o
mangontinho contra obstruções e o substituir, se for o caso;
Principais agentes extintores

Inspeção e manutenção dos extintores:

e) cada três anos: descarregar fazendo funcionar e


inspecionar. Recolocar nova cápsula de gás e recarregar,
neste extintor colocar uma etiqueta com a data e nome de
quem fez a verificação e peso da cápsula. Verificar se o
mecanismo de percussão ou a válvula, segundo o tipo,
estão funcionando bem;

f) cada cinco anos: submeter os extintores a testes


hidrostáticos NBR 142/70 ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).
Procedimentos para manuseio
dos extintores
Noções de Primeiros Socorros

 Os procedimentos de primeiros socorros têm como


objetivos específicos preservar as condições vitais e
transportar a vítima sem causar traumas iatrogênicos
durante sua abordagem, como, por exemplo, danos
ocorridos durante manipulação e remoção inadequada.

 O socorrista deve ter como princípio básico evitar o


agravamento das lesões e procurar estabilizar as funções
ventilatórias e hemodinâmicas do paciente.
Noções de Primeiros Socorros

 Como o próprio nome diz, primeiros socorros ou serviço de


Atendimento Pré-hospitalar (APH) envolve todas as ações
efetuadas com o paciente, antes da chegada dele ao
ambiente hospitalar. Compreende, portanto, três etapas:

1) Assistência ao paciente na cena (no local da ocorrência);


2) Transporte do paciente até o hospital;
3) Chegada do paciente ao hospital.
Noções de Primeiros Socorros

 O APH divide-se, ainda, basicamente em duas modalidades


de atendimento:

 Suporte Básico à vida (SBV): caracteriza-se por não realizar


manobras invasivas.
 Suporte Avançado à Vida (SAV): tem como característica a
realização de procedimentos invasivos de suporte
ventilatório e circulatório, como, por exemplo, a intubação
orotraqueal, acesso venoso e administração de
medicamentos. Geralmente, o suporte avançado é
prestado por equipe composta por médico e enfermeiro.
Noções de Primeiros Socorros

 Lembramos que a função de quem está fazendo o socorro é:

1 - Contatar o serviço de atendimento emergencial do Samu.


2 - Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de:
a) Manter o acidentado vivo até a chegada deste
atendimento.
b) Manter a calma e a serenidade frente à situação,
inspirando confiança.
c) Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros
socorros ao acidentado.
d) Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o
acidentado, afastando-as do local do acidente, evitando,
assim, causar o chamado "segundo trauma", isto é, não
ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes.
Noções de Primeiros Socorros

 Lembramos que a função de quem está fazendo o socorro é:

3 - Ser o elo das informações para o serviço de


atendimento emergencial.
4 - Agir somente até o ponto de seu conhecimento e
técnica de atendimento.
5 - Saber avaliar seus limites físicos e de conhecimento.
Não tentar transportar um acidentado ou medicá-lo.
Noções de Primeiros Socorros

 O atendimento de primeiros socorros pode ser dividido em


etapas básicas que permitem a maior organização no
atendimento e, portanto, resultados mais eficazes.

1 - Avaliação do local do acidente: é importante observar


rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem
estiver prestando o socorro nas proximidades da ocorrência.
2 - Proteção do acidentado: deve ser realizada simultânea ou
imediatamente à "avaliação do acidente e proteção do
acidentado". O exame deve ser rápido e sistemático,
observando prioridades, como estado de consciência, condição
respiratória, existência de hemorragia, estado das pupilas e
temperatura do corpo.
Noções de Primeiros Socorros

 A avaliação e exame do estado geral de um acidentado de


emergência clínica ou traumática é a segunda etapa básica
na prestação dos primeiros socorros.

 Deve-se ter sempre uma ideia bem clara do que se vai


fazer, para não expor desnecessariamente o acidentado,
verificando se há ferimentos, com o cuidado de não
movimentá-lo excessivamente.
Noções de Primeiros Socorros

 Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome,


idade, etc.).
 Respiração: movimentos torácicos e abdominais. com entrada e
saída de ar normalmente pelas narinas ou boca.
 Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do
sangue que se perde. Se é arterial ou venoso.
 Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade
entre as pupilas).
 Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e
extremidades
Noções de Primeiros Socorros

 Cabeça e pescoço: sempre verificando o estado de consciência e


a respiração do acidentado, apalpar, com cuidado, o crânio a
procura de fratura, hemorragia ou depressão óssea. Correr os
dedos pela coluna cervical, desde a base do crânio até os
ombros, procurando alguma irregularidade. Solicitar que o
acidentado movimente lentamente o pescoço, verificar se há dor
nessa região. Em caso de dor pare qualquer mobilização
desnecessária.
 Coluna dorsal: perguntar ao acidentado se sente dor. Na coluna
dorsal correr a mão pela espinha do acidentado desde a nuca até
o sacro. A presença de dor pode indicar lesão da coluna dorsal.
Noções de Primeiros Socorros

 Tórax e membros: verificar se há lesão no tórax, se há dor


quando respira ou se há dor quando o tórax é levemente
comprimido. Solicitar ao acidentado que movimente de leve os
braços e verificar a existência de dor ou incapacidade funcional.
Localizar o local da dor e procurar deformação, edema e marcas
de injeções.
Noções de Primeiros Socorros

 Sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida.


São reflexos ou indícios que permitem concluir sobre o
estado geral de uma pessoa.

 Os sinais sobre o funcionamento do corpo humano que


devem ser compreendidos e conhecidos são:

 Temperatura,
 Pulso,
 Respiração,
 Pressão arterial.
Noções de Primeiros Socorros

 Os sinais vitais são aqueles que podem ser facilmente


percebidos, deduzindo-se, assim, que na ausência deles,
existem alterações nas funções vitais do corpo.

 A variação da temperatura do corpo pode ser observada no


quadro abaixo.
Estado térmico Temperatura (oC)
Subnormal 34-36
Normal 36-37
Estado febril 37-38
Febre 38-39
Febre alta 39-40
Febre muito alta 40-41
Ressuscitação Cardiorrespiratória

 Deve-se saber identificar se a pessoa está respirando e


como está respirando. A respiração pode ser basicamente
classificada por tipo e frequência. O abaixo apresenta a
classificação da respiração quanto ao tipo.

Pulso Normal Faixa Etária


60-70 bpm Homens adultos
70-80 bpm Mulheres adultas
80-90 bpm Crianças acima de 7 anos
80-120 bpm Crianças de 1 a 7 anos
110-130 bpm Crianças abaixo de 1 ano
130-160 bpm Recém-nascidos
Ressuscitação Cardiorrespiratória

 A contagem pode ser feita observando-se a elevação do


tórax, se o acidentado for mulher, ou do abdome, se for
homem ou criança. Pode ser feita ainda contando-se as
saídas de ar quente pelas narinas.

 A frequência média por minuto dos movimentos


respiratórios varia com a idade, se levarmos em
consideração uma pessoa em estado normal de saúde.
Ressuscitação Cardiorrespiratória

 Procedimentos iniciais para reanimação


cardiorrespiratória:

 Avalie a capacidade de resposta do acidentado: chame-o


pelo nome!
 Avalie a respiração e pulso, simultaneamente, por 10
segundos.
 Em caso de detecção de ausência de resposta, respiração
(ou gasping) e pulso, solicite a outro profissional, de
forma clara e objetiva, que acione a equipe médica de
emergência (se houver no local);
Procedimentos para compressões
torácicas
1- Ajoelhe-se ao lado da vítima;

2- Coloque a base de uma mão no centro do tórax da vítima;

3- Coloque a base da outra mão em cima da primeira mão;

4- Enlace os dedos das duas mãos. Posicione-as na porção inferior


do osso esterno (linha média dos mamilos). Atenção para não
comprimir costelas ou apêndice xifoide, pois há risco de fratura.

5- Certifique-se que os seus ombros estão diretamente acima do


centro do tórax da vítima. Com os braços esticados, exerça pressão
cinco a seis centímetros diretamente para baixo.
Procedimentos para compressões
torácicas
6- Cada vez que pressionar para baixo, deixe que o tórax se eleve
totalmente. Isto permitirá que o sangue flua de volta ao coração.
As suas mãos devem manter-se sempre em contato com o tórax,
sem sair da posição inicial;

7- Execute 30 compressões torácicas desta forma, a um ritmo de


cerca de 100 compressões por minuto. Isto é equivalente a
pouco menos de duas compressões por segundo (levando em
consideração duas pessoas no atendimento). Caso esteja
sozinho, iniciar apenas as compressões por 2 min.
Procedimentos para compressões
torácicas

Procedimento para compressões torácicas, conforme descrito


Transporte do Acidentado e Técnicas
de Imobilização
 O transporte de acidentados é um determinante da boa
prestação de primeiros socorros. Um transporte mal feito,
sem técnica, sem conhecimentos pode provocar danos muitas
vezes irreversíveis à integridade física do acidentado. Existem
várias maneiras de se transportar um acidentado.

 Cada maneira é compatível com o tipo de situação em que o


acidentado se encontra e as circunstâncias gerais do acidente.
Cada técnica de transporte requer habilidade e maneira certa
para seja executada. Quase sempre é necessário o auxílio de
outras pessoas, orientadas por quem estiver prestando os
primeiros socorros.
Transporte do Acidentado e Técnicas
de Imobilização
 É importante destacar que antes de remover um acidentado,
os seguintes procedimentos devem ter sido observados:

 Restauração ou manutenção das funções respiratória e


circulatória;
 Verificação de existência e gravidade de lesões;
 Controle de hemorragia;
 Prevenção e controle de estado de choque;
 Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou entorse;
 A maca é a melhor forma de transportar uma vítima.
Equipamentos de imobilização

 Colar cervical e imobilizador lateral

 Em situações de trauma, é importante não mexer na vítima sem


algumas imobilizações que são necessárias para que algumas
lesões na cabeça e na coluna cervical não sejam agravadas. Nesse
caso, é importante o uso de dispositivos que imobilizem tanto o
pescoço como a coluna, e essa é a função do colar cervical e do
imobilizador lateral.

 Em alguns casos é importante que o uso desses equipamentos


seja feito de forma conjunta, pois o uso apenas do colar cervical
não imobiliza o pescoço, apenas limita os movimentos de flexão,
sendo importante a utilização de um imobilizador lateral (bachal)
fixado a uma prancha.
Equipamentos de imobilização

 Prancha longa

 É um equipamento indispensável para um adequado transporte


da vítima, principalmente aquelas encontradas em decúbito
(deitadas). Deve possuir saliências para que o socorrista possa
introduzir os dedos e elevar a prancha durante o transporte da
vítima.

 Cada prancha deve ser construída de material resistente


(capacidade para 150 kg), possuir fitas de fixação (3 no mínimo,
posicionadas nos ombros, no quadril e acima dos joelhos) e ter
uma superfície lisa para facilitar o deslizamento da vítima.
Equipamentos de imobilização

 Técnicas de imobilização

 O transporte de um acidentado, dependendo de fatores como


riscos existentes no local do acidente e o tipo de trauma, pode ser
realizado por uma, duas ou mais pessoas, mas sempre levando-se
em consideração todas as medidas listadas anteriormente.

 Existem rolamentos de 90 e 180 graus, cujo princípio básico é o de


inicialmente estabilizar cabeça e pescoço, por meio de tração
manual, posteriormente alinhando os membros e por fim rolando
a vítima, de preferência para o lado que estiver menos lesado.
Equipamentos de imobilização

 Rolamento de 90 graus

 Esse tipo de manobra é utilizado quando as vítimas estão em


decúbito dorsal (deitada com a barriga para cima), devendo o
socorrista se posicionar ajoelhado por trás da cabeça do
socorrido, executando a estabilização manual da coluna cervical.

 Com a prancha posicionada paralelamente à vítima, do lado


oposto ao rolamento, dois outros socorristas ajoelhados ao nível
dos ombros e quadris irão promover o rolamento do socorrido até
a prancha, que é deslizada até encostar-se ao corpo da vítima.
Equipamentos de imobilização

 Rolamento de 90 graus

 Com uma nova movimentação


a prancha volta à posição
horizontal, a vítima é ajustada
em cima da prancha,
devidamente imobilizada e
transportada para uma viatura
de transporte ou para o local
onde serão realizados os
procedimentos médicos.
Equipamentos de imobilização

 Rolamento de 180 graus

 Trata-se de um procedimento
similar ao rolamento de 90o,
mas, nesse caso, a vítima
encontra-se em decúbito
ventral (deitada com a barriga
para baixo). Os mesmos
procedimentos do rolamento
de 90 graus serão realizados,
e os socorristas, devidamente
ajoelhados e nas mesmas posições, irão movimentar o corpo da
vítima colocando-a em cima da prancha.
Equipamentos de imobilização

 Rolamento de 180 graus

 Para isso, enquanto um dos socorristas promove a estabilização


do pescoço, os outros dois posicionados ao nível dos ombros e
dos quadris ficarão responsáveis por girar o corpo da vítima até a
prancha, devidamente colocada de forma paralela às costas da
vítima, onde é realizada a movimentação de rolamento até a
posição horizontal, mas, dessa vez, com a vítima em decúbito
dorsal. Por fim, são realizados os ajustes em cima da prancha,
imobilizações e transporte da vítima.
Equipamentos de imobilização

 Elevação a cavaleiro

 É um procedimento de socorro indicado para locais estreitos e


onde não é possível fazer o rolamento da vítima como mostrado
nos procedimentos anteriores.

 Nesse caso, o socorrista se posiciona a cavaleiro da vítima, no


nível dos ombros, estabilizando manualmente sua cabeça e
pescoço, enquanto outro socorrista aplica o colar cervical, com
outros socorristas posicionados a cavaleiro na altura do quadril e
dos pés da vítima
Equipamentos de imobilização

 Elevação a cavaleiro

 É feito o alinhamento dos membros no eixo do corpo e, ao


comando, a vítima é elevada cerca de 20 cm, enquanto o socorrista
próximo aos seus pés desliza a prancha embaixo dela, que é
ajustada, imobilizada e transportada.
Imobilização com a vítima sentada

 É um procedimento que deve ser realizado com o auxílio do


KED (colete de imobilização dorsal), onde é feito o acesso
para se chegar à vítima, promovendo-se a estabilização
manual da cabeça e pescoço com a colocação do colar
cervical.

 É um procedimento muito comum em acidentes


automobilísticos e, nesse caso, o KED é posicionado entre o
banco e as costas da vítima, sendo preso pelos tirantes médio
e inferior das coxas e por último o do tórax.
Imobilização com a vítima sentada

 É realizada uma rotação, deixando a vítima de costas para a


porta e com os pés apoiados sobre o banco do carro. A vítima
é, então, deitada sobre a prancha, que é deslizada, os tirantes
das coxas são liberados para que as pernas da vítima possam
ser estendidas e em seguida a vítima é fixada à prancha para
o transporte.
Meio Ambiente

 Jean J. Rousseau afirmava que o homem primitivo vivia feliz,


em perfeito equilíbrio com a natureza, pelas técnicas de
conservação e práticas conservacionistas, garantindo a saúde
do ambiente que o rodeava.

 As primeiras comunidades, cedo, desenvolveram práticas de


um bom uso da terra, porém em número muito reduzido, tais
como os Hebreus (Bíblia, ano sabático), Fenícios, Incas,
Egípcios, alguns povos do Sudeste Asiático. Algumas crônicas
da Idade Média dão conta das primeiras leis de preservação
diante da crescente onda de urbanização e problemas de
contaminação decorrentes.
Meio Ambiente

 Numa linha do tempo, se pode observar:

 1273 - Inglaterra - Lei: redução do fumo nas cidades.


 1306 - Inglaterra - Lei: executaram o 1º homem por queimar
carvão na cidade de Londres.
 1600 - mundo: 500 milhões de pessoas - hoje se chega quase
aos 6 bilhões.
 Não careciam de muitos recursos energéticos, nem dispunham
de equipamentos capazes de grandes alterações ambientais.
 1500 - navegadores: europeus iniciaram suas descobertas,
viagens e conquistas, começando, então, o início da erosão de
solos pela destruição de fauna e flora naturais na América,
notadamente no Brasil, África e Austrália.
Meio Ambiente

 Numa linha do tempo, se pode observar:

 1660 - grandes extrações de madeira para combustível,


finalidades industriais, fizeram surgir na França e Inglaterra
ações destinadas à conservação de Bosques.
 1700 - século 18: nos Estados Unidos da América, Tomas
Jefferson lançou as primeiras ideias de conservação do
ambiente, manejo ambiental e conservação da vida selvagem.
 1838 - N. América: o ensaísta e artista George Catlin lançou as
primeiras ideias e proposta de criação de Reserva Indígena e
vida natural.
 1860 - N. América: George Perkins Marsh publicou o 1º livro
sobre conservação "HOMEM E NATUREZA".
Meio Ambiente

 Numa linha do tempo, se pode observar:

 1924 - URSS: a Rússia estabelecia seu 1º sistema extensivo de


grandes reservas naturais chamando-as de "ZAPOVEDNIK".
 1933 - EUA: Aldo Leopold escreveu nos EUA o 1º livro sobre
conservação e manejo da vida silvestre. Apoiou-se nos estudos
realizados na Grã-Bretanha, por Charles Sutherland sobre
ecologia animal.
 1945 - Após a 2ª Guerra: alteram-se os processos de
conservação ambiental. A explosão populacional exerce uma
grande pressão sobre os recursos naturais e a própria terra.
Meio Ambiente

 Numa linha do tempo, se pode observar:

 1945 – (cont.) Na busca de produção de alimentos próximos às


áreas de consumo, começam a usar agrotóxicos, pesticidas
sintéticos de grande eficiência e uns cem números mais de
práticas, inicialmente com ótimos resultados, pois não só
aumentavam a produção de alimentos, como também davam
cabo a endemias provocadas por mosquitos e outras pragas.
Rapidamente, foram sendo observados alguns efeitos e
consequências sobre o meio ambiente.
Meio Ambiente

 Numa linha do tempo, se pode observar:

 962 - EUA: Rachel Carson publicou o livro "Primavera


Silenciosa", onde alertava a todos sobre os riscos dos pesticidas
sobre o meio ambiente.
 1970 - Brasil e Mundo: o problema ambiental passa adquirir
dimensão internacional, com permanente inter-relacionamento
de oceanos, rios, lagos, florestas e o próprio ar, mostrando
sintomas de contaminação e em situação de não poderem mais
ser controlados sem uma grande cooperação internacional.
Meio Ambiente

 Ao longo dos anos, os problemas vêm crescendo, mesmo


com muitas iniciativas de melhorias. E não se pode
considerá-los de forma localizada. A abrangência existe e é
preciso que se posicionem sobre ela para o bem da
humanidade.

 O Agrotóxico despejado no Rio Ijuí, no Rio Grande do Sul,


por exemplo, não é mais um problema só Gaúcho, é
também um problema Argentino, quando se sabe que
estão destruindo a flora e fauna do Rio da Prata, além de
outros prejuízos causados à região agrícola de Corrientes.
Meio Ambiente

 O Mercúrio de garimpo destrói o alimento do Pantaneiro e


Paraguaio, embora tenham sido despejados no Alto Piquiri ou
São Lourenço. Os venenos que a indústria joga no Reno não
afetam nunca um só país. Chernobyl conseguiu atingir até o
Brasil, embora ocorresse o problema na URSS. Tantos são os
exemplos que seria um desperdício de tempo enumerá-los.

 Muitas conferências internacionais têm sido realizadas para


tratar do assunto. Nenhuma delas abriu mão da necessidade
de tratados e convenções a níveis internacionais
governamentais, definindo um poder regulador sobre o
ambiente em escala mundial.
Meio Ambiente

 As organizações mundiais para a saúde e a organização


meteorológica mundial iniciaram um programa de controle
mundial dos níveis de contaminação.

 A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a


Cultura (Unesco) patrocinou um programa científico de grande
envergadura para enfrentar a problemática do "HOMEM e a
BIOSFERA".

 Além de uma conferência internacional sobre problemas


ambientais, realizados em Estocolmo em 1972.
Meio Ambiente

 Finalmente a Assembleia Geral das Nações Unidas


estabeleceu um programa para o meio ambiente, baseado
nas ações sugeridas na conferência de Estocolmo.

 Ainda resistem, porém, muitos governos em dar recursos e


delegar autoridades às organizações internacionais, para que
possam diante os problemas ambientais, alcançar soluções e
resultados eficientes e globais.
Conservar é Saber Usar

 A preservação do ambiente é papel de todo cidadão. Não


se deve esperar apenas pelas ações das autoridades.
Aseguir, apontamos alguns comandos de ação importantes
que podem colaborar para salvar o planeta:

Comandos de ação O que fazer?


Acompanhando as notícias sobre o meio ambiente,
Informar-se atualizando-se e estudando acerca dos aspectos que mais
interessantes sobre o tema.

Pensando a respeito de como colaborar na família, na


vizinhança, na escola dos filhos e na comunidade;
Agir localmente
participando ativamente de tudo e difundindo ideias sobre
um mundo melhor.
Conservar é Saber Usar

Comandos de ação O que fazer?


Estabelecendo vínculos entre temas locais e globais.
Pensar localmente Apesar de magnitudes diferentes, os dois universos se
correlacionam.

Procurando organizações não governamentais na qual se


Somar
possa engajar, antes de intencionar formar uma.

Envolvendo-se de maneira criativa e divertida. Ao desejar


Ser otimista atrair outras pessoas, deve-se pensar em discursos e
eventos positivos.

Envolvendo-se, tornando-se ativo, mas não duplicando


Ser efetivo suas obrigações. Trabalhando para ampliar sua
efetividade.
Conservar é Saber Usar

Comandos de ação O que fazer?


Identificando temas que possam interessar a muitas pessoas,
Criar notícias escrevendo para jornais, revistas, redes de rádio e TV.

Se a população da terra, em 2050, ficará em 7,9 ou 10,9 bilhões de


Planejar a família pessoas, conforme projeta a ONU, a diferença será de um filho por
casal.

Não jogando pilhas e baterias de celular no lixo comum.


Mantendo bacias hidrográficas, rios e represas e lagoas livres de
Não poluir lixo ou qualquer tipo de resíduo. Lembrando-se: o cano que sai da
casa, provavelmente, deságua num rio, numa lagoa ou no mar.

Preservar a Plantando árvores, que produzem oxigênio e são abrigos para as


biodiversidade aves. Espécies animais e vegetais merecem respeito.
Conservar é Saber Usar

Comandos de ação O que fazer?


Economizando energia, água; preferindo equipamentos e não
prejudicando a camada de ozônio; reutilizando materiais;
Ser coerente
reciclando o lixo caseiro; usando menos o carro; andando mais a
pé; evitando produtos de origem animal.

Revendo o estilo de vida; pensando num padrão condizente com o


Passar a vida a limpo
mundo sustentável.

Engajando-se em movimentos de boicote a produtos que não


Boicotar
respeitam o meio ambiente.

Fiscalizando o trabalho e a postura dos deputados e senadores


Eleger e cobrar ligados à comunidade em que vive ou cidade, escrevendo para
eles, fazendo sugestões ou cobranças.
Conservar é Saber Usar

Comandos de ação O que fazer?

Nunca houve acesso a tanta informação e a tanas diferentes


Separar o joio
opiniões, portanto, deve-se procurar fazer a coisa certa.

Preparando as novas gerações à luz de princípios ecológicos.


Ensinar as crianças
Isto é a garantia de um mundo mais redondo futuramente.

Estimulando ideias inovadoras, investindo em grupos não


Acreditar no futuro governamentais, renovando crenças. Quanto mais pessoas
acreditarem na paz, mais ela será possível.
Conservar é Saber Usar

 A ecologia vem preocupando pensadores e governos há


muitos séculos, mas somente nos últimos anos passou a
ser tema de importância coletiva, até mesmo como uma
ciência da moda.

 Momentos de sua evolução poderiam ser classificados pela


preponderância da economia utilitarista, por milênios,
onde o radicalismo do lucro exclusivo colocou os homens
como instrumento de uso dos recursos ambientais e de si
mesmo.
Conservar é Saber Usar

 Para combater este radicalismo, no início da década de 60


iniciaram-se movimentos ecológicos que, paradoxalmente,
também se caracterizaram pelo radicalismo, por meio da
ecologia imobilista da crítica e denúncia, sem propor ou
viabilizar soluções.

 Hoje, mesmo ainda existindo correntes da economia


utilitarista ou da ecologia imobilista, especialmente nos
países em desenvolvimento, a conservação da natureza,
mediante uso racional e sustentado dos recursos naturais e
meio ambiente, é representado pela ecologia ativa, de
soluções, onde o principal elemento é o ser humano.
Conservar é Saber Usar

 Mas, para que se compreenda a verdadeira ecologia, é


preciso superar o desconhecimento sobre o tema, até
mesmo em relação aos princípios fundamentais, e aceitar a
condição básica de que a solução inicia-se na própria
pessoa, desde a postura pessoal, até a crítica coletiva
consciente.
E o que Vem a Ser Ecologia?

 Em 1866, um cientista alemão chamado E. Haeckel utilizou


pela primeira vez a palavra “ecologia”. Sendo uma palavra
originária da Grécia, é fácil entender seu significado
dividindo-a da seguinte forma: ECO = Habitat lugar de Vida
de um Organismo; LOGIA = Estudo e/ou Ciência.

 Pode-se, então, dizer de forma simples que a ecologia é a


ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o lugar
onde eles vivem (habitat), e, em consequência, as
influências que uns causam aos outros.
E o que Vem a Ser Ecologia?

 Com esta definição, fica clara a compreensão que se tem à


frente um vasto campo de conhecimento, e que na
realidade não se compõe de uma ciência isolada, mas está
presente em todas as ações e disciplinas de estudo.

 Pode se limitar aos seus conceitos específicos, mas sua


magnitude fica clara nas relações com a física, química,
botânica e no dia a dia, principalmente com a economia e
relações sociais.
E o que Vem a Ser Ecologia?

 Mesmo não sendo especialista em nenhuma área


específica, pode-se dar uma parcela de ajuda,
especialmente enquanto "ser vivo" a se relacionar com o
resto do universo e nesta equação simples o "eu" irá
garantir a importância do "nós" e o universo pode ser visto
como a somatória dos "ecossistemas".
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 Não somente os animais e vegetais relacionam-se entre si e
o ambiente em que vivem, o homem também faz parte
desta comunidade. Infelizmente, ao longo do tempo, o
homem provocou mudanças nos diversos ecossistemas, a
maior parte das vezes de uma maneira negativa.

 Contudo, devido a sua inteligência e habilidade, possui


também capacidade suficiente para solucionar os problemas
que ele mesmo criou, gerando soluções, propondo modelos
e aplicando estes conceitos.
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 Sendo assim, a ecologia deve ser entendida como algo
pessoal, por meio de uma verdadeira participação. Cada
indivíduo pode lutar por ela de uma forma positiva, agindo
nos diversos ecossistemas. Mas o que é um Ecossistema?

 Ecossistema é uma comunidade (conjunto) que possui


elementos físicos (ar, água, solo, rocha, etc.) e elementos
vivos (animais e vegetais, dos grandes até os
microscópicos).
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 Em um ecossistema, os elementos físicos e os elementos
vivos estão unidos numa mesma área, coexistindo num
processo de dependência. Por exemplo, em uma floresta, a
energia do sol permite que os vegetais vivam.

 Isto é de importância comprovada pelo fato de que os


animais herbívoros (que se alimentam exclusivamente de
vegetais) morreriam de fome caso não existissem os
vegetais.
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 A natureza é muito interessante. Alguns animais
alimentam-se somente de vegetais e outros, alimentam-se
de outros animais.

 Todo este processo forma um ciclo que inicia da terra e


retorna a ela. Pode-se, então, considerar como ecossistema
uma floresta, um lago, um rio, uma casa e seus moradores,
uma rua... O UNIVERSO!
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 Observa-se, assim, que existem diversos ecossistemas e
que a ecologia estuda todos eles. Então, se se deseja o bem
da ecologia, nada melhor do que "DESENVOLVER OS
ECOSSISTEMAS", começando por aquele pertinente a cada
um.

 Uma pessoa é um ecossistema (até pode ser discutível),


mas nela existem elementos vivos e elementos físicos. E,
como indivíduo, precisa ter o seu próprio ecossistema em
equilíbrio para sentir-se bem. Podem-se escolher diversos
caminhos, mas, primeiramente, deve-se cultivar a saúde
mental e física.
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 É preciso cultivar a saúde mental. Pessoas e situações
difíceis são, na verdade, como "professores" que ensinam a
evoluir cada vez mais. É importante ler, pesquisar, estudar,
conversar, fazer parte da comunidade em que vive e dos
acontecimentos. É preciso participar intensamente.

 Ao falar em saúde física, o primeiro pensamento que vem à


cabeça é o exercício do corpo, cujo benefício é indiscutível.
Os velhos conselhos de não beber ou fumar e comer em
excesso, ainda são muito úteis. Além disso, a visita ao
médico e ao dentista certamente poderão evitar inúmeros
aborrecimentos, afinal, prevenir é o melhor remédio.
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 A camada de Ozônio está cada vez mais enfraquecida,
expondo a humanidade a raios solares nocivos. É
importante selecionar os horários para tomar banhos de
sol.

 Recomenda-se, pela manhã, até às 10h00, e, à tarde, a


partir das 15h00, não se esquecendo, é claro, de utilizar
um protetor solar adequado.

 Deve-se ser cuidadoso, tanto com a qualidade dos


alimentos, a água e tudo quanto se precisa para se
alimentar, bem como com a higiene pessoal, do ambiente
e a saúde.
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 Deve-se observar a importância do planejamento familiar.
O aumento da população no mundo todo é algo
assustador.

 Os produtos que a natureza criou, como as árvores,


animais, água, entre outros, estão sendo explorados com
muita rapidez.

 Nesse sentido, é preciso estudar meios de fazer com que a


população cresça de maneira tal que sempre exista
alimento para todos.
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 Este equilíbrio populacional só pode ser feito através do
mediante planejamento, de acordo com expectativa seus
recursos de cada família.

 Mesmo que a humanidade, no futuro, não venha a sofrer de


fome ou de doença, sua qualidade de vida pode diminuir
devido aos problemas psicológicos provocados pela
superpopulação.

 Uma vez cada indivíduo tenha seu próprio ecossistema (sua


casa), cuidar bem dele já pode ser um meio de lutar
positivamente pela ecologia, transformando-o num ambiente
de excelente qualidade de vida.
A Ecologia Deve ser Entendida como
Algo Pessoal para o Bem Coletivo
 Para tanto, práticas simples podem ser seguidas, como
limpeza, o trato correto para com os animais domésticos,
uso de materiais biodegradáveis, adotar a prática da
reciclagem, economizando energia, água, verificando os
sistemas de esgoto, exercendo cuidados relativos ao
combate à dengue, cuidando bem do solo, em caso de
áreas verdes disponíveis no terreno, colaborando para a
limpeza no entorno, não espalhando lixo pelas vias
públicas, evitando a poluição sonora, verificando o bom
funcionamento dos veículos próprios, incentivando a
prática da educação ambiental nas escolas, etc.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 A agricultura pode se transformar num problema ambiental
se for mal conduzida. Se alguns agricultores utilizarem
pesticidas, fungicidas, herbicidas de maneira errada e talvez
desnecessária, isto pode causar graves aborrecimentos.

 Na verdade, pequena quantidade desses produtos acaba


com as pragas e ervas daninhas. O restante polui o meio
ambiente. Eles podem ficar atuantes no solo e na água
durante muitos anos, afetando gerações de seres vivos.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 Quando o solo é mal utilizado, é fácil ocorrer a sua poluição
e erosão, fazendo com que se perca o bem mais precioso da
humanidade.

 Técnicas adequadas para sua utilização envolvem um plano


de curva de nível, uso correto de produtos químicos, análise
da vocação da área (agricultura, pecuária, floresta, etc.).
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 Infelizmente os solos vêm sendo poluídos e destruídos de
diversas maneiras: pelo lixo, esgotos domésticos, resíduos
industriais, erosão, desmatamento, queimadas.

 A erosão também é um problema muito sério, eliminando


um recurso que necessitará milhões de anos para ser
reposto ou com custo inviável de reposição pelo ser
humano.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 O desmatamento, por sua vez, deixa o solo exposto aos
ventos e às chuvas, além de deixá-lo sensível à erosão. Os
animais sofrem e perdem seu ecossistema de vida com o
desmatamento, onde as aves são as mais atingidas, sem
contar os grandes mamíferos.

 Em nome do progresso, o homem está destruindo


indiscriminadamente imensas florestas, sem pensar nas
consequências de suas ações.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 As florestas são importantes para manter a qualidade do ar,
do solo, da água, a umidade e temperatura do planeta.

 Em alguns casos, os indivíduos são obrigados a derrubar


árvores para obtenção do papel, fabricação de móveis, etc.,
mas este problema pode ser resolvido de um modo
simples: plantar mais árvores do que derrubá-las.

 A floresta é um recurso natural renovável,


economicamente viável, precisa ser manejada de forma
sustentada pelo homem.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 Frequentemente os noticiários dão conta das queimadas
realizadas indiscriminadamente. Elas são muito perigosas,
pois causam incêndios que tanto prejudicam as plantações,
destroem as florestas, matando animais, empobrecendo o
solo, destruindo o ecossistema como um todo.

 As queimadas são muito utilizadas nos pastos e restos de


cultura, mas geralmente acabam causando sérios
problemas devido à falta de cuidado das pessoas. É preciso
observar, no entanto, que, quanto a sua "incorporação",
embora trabalhosa, é segura e rentável.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 Um cuidado que também deve ser observado diz respeito
às pessoas que fumam dentro das florestas ou em áreas de
vegetação em época de seca, ou pessoas que fazem
acampamentos nesta mesma época, que podem causar
incêndios sem querer.

 Campanhas educativas podem ajudar a informar as pessoas


sobre a queimada, o desmatamento e a correta utilização
do solo.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 Não com intuito de deixá-las assustadas, mas para mostrar
que se cada pessoa fizer um pouco em favor da natureza,
começando pelo ecossistema do próprio indivíduo, muita
coisa pode mudar e para melhor.

 Além disto, saindo um pouco do ecossistema ‘casa’ de cada


um, há muito que se pode fazer pelo ecossistema ‘País’.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 Se todos os estados estiverem atuando plenamente na sua
política de meio ambiente, com suas populações conscientes
de sua participação, com os políticos preocupados em
elaborar leis que sejam boas, tanto para o progresso quanto
para a ecologia, é possível ter uma união entre o estado.

 Com esta aliança forte, se pode ter um país com o meio


ambiente saudável, onde todas as pessoas entenderão o
que é Ecologia e saberão que fazer para ajudá-la.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 A preocupação das condições ambientais de um estado
precisa ser cuidada de forma coletiva pelo País, e
posteriormente pelas nações.

 A população de um Estado pode causar consequências no


estado vizinho, e este dano não será menor por estar longe
de nós. A consciência quanto a melhores condições de vida
não deve possuir limites de fronteiras físicas ou geopolíticas.

 É a união de todos os países que pode melhorar o


Ecossistema como um todo.
Os Cuidados com a Agricultura, a
Utilização dos Solos e a Florestas
 Uma ação conjunta de todas as nações, elaborando uma
equilibrada distribuição de alimentos, uma utilização
consciente dos recursos naturais, um desenvolvimento
científico-tecnológico, que não agrida o meio ambiente, fará
muito a todos, indistintamente.

 É possível viver com moderação, piedade, justiça, todos


unidos - povos dos mais diferentes países com um objetivo
em comum: melhorar cada vez mais a vida do Planeta Terra.

Você também pode gostar