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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO


Engenharia Elétrica – DET/CE
Professora: Maria Izabel Guerra
Disciplina: Laboratório de Sistemas Digitais
Alunos: ________________________________________
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AULA 01 – INTRODUÇÃO À DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE


SISTEMAS DIGITAIS.
Objetivos
• Familiarização com equipamentos de experiências - recursos principais;
• Normas básicas de segurança e procedimentos para o início de experiências;
• Conhecer e testar circuitos básicos;

Material Utilizado
• 1 Protoboard;
• 1 LED;
• 1 Fonte de tensão CC ajustável;
• 1 Multímetro digital;
• 2 Resistores 220 ;
• 1 CI 7404;
• 1 Botoeira.

Etapa 1 - Principais recomendações para montagem de circuitos digitais


a) As conexões das fontes de alimentação devem, preferencialmente, seguir o seguinte código
de cores:
(-) Preto (comum) (+) Vermelho

b) Antes da montagem, planejar a colocação dos componentes na placa de prototipagem


(protoboard) de acordo com as conexões a serem realizadas para o circuito eletrônico a ser
montado, objetivando uma boa organização.

c) Escolher adequadamente uma das trilhas horizontais do protoboard e ligar a tensão de


alimentação (fio vermelho) e, na outra trilha a tensão de referência (comum - fio preto).

d) Interligar os componentes com conexões curtas, em ângulos retos, evitando passar conexões
sobre os componentes, de forma que seja possível substituir os componentes em caso de
defeito.

e) Quando não houver jumpers disponíveis, os fios de interligação devem ser desencapados com
tamanho suficiente para que fiquem inseridos protoboard sem que apareça o metal, para evitar
curto-circuito.

f) Observar os terminais dos componentes (resistores, capacitores, CIs, diodos), para evitar que
encostem um no outro ocasionando curto-circuito.

g) Sempre fazer um desenho do circuito montado e anotar a pinagem referente à cada entrada
e cada saída ligada;

h) Cuidados a serem tomados na utilização do Circuito Integrado (CI):


✓ Entradas de portas podem ser curto-circuitadas;
✓ Jamais curto-circuitar duas saídas, sob risco de queimá-las;
✓ Toda entrada deve ser conectada a uma saída ou a um nível lógico, caso contrário, será
captado ruídos que prejudicarão o bom funcionamento do circuito;
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✓ Verificar o FAN OUT, que é o número máximo de entradas que podem ser conectadas à
alguma saída;
✓ Na montagem de circuitos utilizando CIs de famílias diferentes ou diversas séries de uma
mesma família lógica, calcular a relação entre as correntes de saída de uma porta e a de
entrada da outra para evitar sobrecarga (compatibilidade entre CIs);
✓ Ao iniciar a montagem de circuito lógico, procurar nas especificações do fabricante do CI, a
configuração de pinagem, identificar o pino de alimentação e o de referência e ligar
corretamente;

Etapa 2 -Normas de segurança e Procedimentos para o Início de Experiências


• Certifique-se de que a chave geral do equipamento está desligada;
• Examine criteriosamente e procure reconhecer todos os componentes descritos;
• Conecte a tomada de força na alimentação (220V/60Hz);
• Ligue a chave geral e, observando os indicadores acesos, confira se a situação é normal;
• Ajuste a tensão e a corrente da fonte de tensão CC ajustável;
• Qualquer suspeita de mau funcionamento, desligue o módulo e comunique ao professor.

Outras Recomendações:
• Executar a montagem ou alteração com equipamentos desligados;
ATENÇÃO!!
Este procedimento é extremamente importante para se evitar curtos-circuitos e possíveis danos
aos componentes eletrônicos.
• Não interconectar saídas dos dispositivos, dos circuitos ou de fonte (evitar curto-circuito);
• Nunca ligar as saídas das fontes diretamente ao comum.

Etapa 3 – Familiarização com os componentes e equipamentos

3.1 Ligações básicas:


a) Conhecendo a placa de montagem de circuitos (PROTOBOARD):
Em nossas aulas práticas, as montagens experimentais serão feitas com facilidade e
sem a necessidade de se utilizar soldas, através de uma matriz de contatos, também conhecida
como protoboard – Figura 1:

Figura 1 - Vista frontal da protoboard


Trata-se de uma placa de plástico, cheia de pequenos furos com ligações internas, onde
você irá fazer as ligações elétricas. Os furos nas extremidades superior e inferior são ligados
entre si na horizontal, enquanto as barras do meio são ligadas na vertical. Para ilustrar isto, veja
na Figura 2 como são as ligações internas da protoboard:

Figura 2 - Vista posterior da protoboard


Nesta matriz, existem furos onde podem ser encaixados fios e componentes de modo a
fazerem contato de uma forma definida e com isso possibilitar a montagem do circuito desejado.
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No caso de um projeto, antes de se montar a placa de circuito impresso definitiva, é


aconselhável verificar o funcionamento do esquema desejado no protoboard, a fim de não se
correr riscos desnecessários.

b) Acendendo um LED
Compreender as ligações de uma representação esquemática é importante para realizar
a montagem na protoboard, pois não existe uma única forma de se montar um circuito na
protoboard. Entretanto, as conexões representadas no esquemático sempre devem ser
respeitadas para o correto funcionamento do circuito. Além disso, mundialmente, as pessoas
utilizam a mesma simbologia e representação.
Na Figura 3 tem-se o esquema de ligação de um circuito básico para acender um Diodo
Emissor de Luz (LED), assim como sua respectiva montagem na matriz de contatos. O circuito
da Figura 3 é composto por um LED conectado em série com um resistor, que é utilizado para
limitar sua corrente, e uma fonte de tensão, que é a fonte de alimentação do circuito. Observe
que são usados pedaços de fios rígidos para algumas conexões, de modo a “fechar” o circuito.

Figura 3 – Circuito 1 para acender um LED


c) Inserção de botoeira
Após compreender o circuito para acender um LED de forma direta, será inserido uma
chave momentânea (pushbutton), cujo intuito é desligar o LED interrompendo a passagem da
corrente sem precisar desligar a fonte de alimentação do circuito. A representação esquemática
e o esquema de ligação é mostrado na Figura 4.

Figura 4 - Inserção de chave no circuito para acender um LED


d) Pull-down
Na Eletrônica Digital, tem-se dois níveis lógicos, o nível lógico alto (5V) e nível lógico
baixo (0V). É indispensável que esses dois níveis estejam bem definidos na entrada de um
circuito eletrônico digital para assegurar que operem corretamente. Assim sendo, para garantir o
nível de tensão alto é necessário conectar o circuito a uma tensão de 5V e para garantir o nível
lógico baixo é fundamental que o circuito esteja ligado a Terra.
Erroneamente, é comum o estudante apenas interromper a alimentação do circuito para
representar o nível lógico baixo na entrada. Entretanto, a interrupção ou ausência de sinal pode
provocar flutuações, pois não ter sinal não significa que o sinal é igual a zero.
Caso ocorra oscilações nos níveis lógicos, o Circuito Integrado (CI) não saberá
verdadeiramente qual dado está recebendo e poderá acionar uma saída que não seja a do seu
objetivo funcional.
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Por isso, para evitar as flutuações nos sinais de entrada, é comum usar o resistor Pull
Down. Este resistor tem a função de “puxar” o nível lógico par baixo (0V) de maneira que o CI
tenha uma referência com o Terra quando não tiver alimentação ou o botão não for acionado. A
Figura 5 ilustra o esquema de ligação do resistor Pull Down em um circuito digital.

Figura 5 - Esquema de ligação do Pull Down

Os resistores Pull-Down da Figura 5 não precisam ser dimensionados. Eles precisam


apenas possuir uma resistência que consiga fornecer a referência e que seja alto o suficiente
para não se tornar uma carga que comprometa o sinal de entrada das portas lógicas.

e) Circuito Integrado (CI)


Nos circuitos eletrônicos digitais que implementam os sistemas digitais são utilizadas
portas lógicas, que são implementações eletrônicas das funções lógicas fundamentais. Estas
portas lógicas são implementadas na forma de circuitos integrados. Um Circuito Integrado (CI) é
que uma “caixinha” que pode possuir vários tipos de circuitos diferentes internamente. O CI
possui pinos para que seja possível interagir com o circuito que fica dentro dele.
Cada circuito integrado pode ser identificado por um código alfanumérico impresso na
sua superfície. No exemplo da Figura 6 o código é “SN74HC04N”. Neste código as letras estão
relacionadas ao nome do fabricante e a tecnologia de fabricação utilizada, e os números estão
relacionados a função lógica implementada. Na disciplina de Laboratório de Sistemas Digitais o
que importa para a montagem dos circuitos digitais são, principalmente, os números. No caso da
Figura 6, o circuito implementa a função “7404” que é a implementação de 6 portas lógicas
inversoras. Esta regra não é válida para todos os circuitos integrados, mas funciona para a
maioria das portas lógicas e funções digitais.

Figura 6 – CI 7404
Cada circuito integrado possui uma folha de dados (datasheet) que pode ser obtida na
internet e que fornece todas as informações necessárias à sua utilização. Ele detalha as
informações sobre o componente em estudo, tais como: descrição do CI, esquema de ligação,
tensão de alimentação, descrição da função de cada pino e tabela-verdade. A Figura 7 mostra
a folha de dados do CI 7404.
Dentre as várias informações presentes na folha de dados uma das mais importantes é
a “pinagem” do circuito integrado, ou seja, a função de cada um dos pinos deste circuito. É
importante explicar a numeração de seus pinos. A referência da numeração é o chanfro que
existe em uma das extremidades do CI.
O primeiro passo para saber a numeração é localizar o chanfro. Depois disso, oriente o
CI de modo que o chanfro fique virado para cima. Em seguida, comece a contagem dos pinos,
sendo que o pino 1 é o primeiro pino à esquerda do chanfro; e a numeração é feita no sentido
anti-horário, conforme ilustra a Figura 8.
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Figura 7 - Folha de dados do CI 7404

Figura 8 - Pinos de um CI
Existem circuitos integrados com números de pinos diferentes, mas a lógica de
numeração é sempre a mesma.
A partir da folha de dados é possível determinar a estrutura interna do circuito integrado
e como ele pode ser utilizado, veja na Figura 9 a “pinagem” do CI 7404.
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É importante ressaltar que o espaçamento entre os grupos de 5 pinos da placa de


montagem (protoboard) é compatível com os Circuitos Integrados (digitais ou lineares), com o
encapsulamento TOS, DIP (Figura 6) e muitos componentes discretos. Existem ainda 12 grupos
de 30 pinos interconectados, que são convenientes para se injetar sinais comuns como VCC, VDD,
VSS, terra ou outro sinal qualquer que requeira mais de 5 ligações.
Um dos CIs de portas lógicas mais simples é o CI 7404, que é um CI que possui 6 portas
NOT. O diagrama de pinos desse CI é mostrado na Figura 9.

Figura 9 – Diagrama de pinos de um CI 7404


Para utilizar o circuito da Figura 9 é preciso primeiramente alimentar o CI por meio dos
pinos 7 (GND) e 14 (VCC). Comumente, alimenta-se o VCC com 5V, mas ele tem uma tolerância,
que deve ser consultada na sua folha de dados do fabricante (4,75 – 5,25 V). Depois, é só utilizar
os demais pinos para criar seu circuito. Por exemplo, ligar um botão (ligado ao 5V) no pino 1.
Assim, toda vez que o botão for apertado, o pino 2 irá para nível lógico 0, caso contrário o pino
2 fica em nível lógico 1.
A Figura 10 mostra o esquema de ligação de um CI 7404 conectado a um resistor Pull-
Down em sua entrada.

Figura 10 - Esquema de ligação de um CI 7404 com um resistor Pull-Down

Etapa 4 – Parte prática

4.1 Acendendo um LED e entendendo sobre sua polaridade

Figura 11 - Circuito 2 para acender um LED


Monte o esquema da Figura 3 e da Figura 11, ou seja, considerando as duas possíveis
polaridade do LED e anote o que foi possível observar.
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4.2 Utilizando a botoeira e conhecendo seus terminais


Monte o esquema da Figura 4, assim como os esquemas da Figura 12 (a) e (b) e anote
o que foi possível observar.

(a) (b)
Figura 12 - Esquema de ligação dos terminais de uma botoeira
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4.3 Uso de um CI com resistor Pull-down na alimentação de entrada
Monte o esquema de ligação do circuito da Erro! Fonte de referência não encontrada., c
onfira todas as conexões, insira 5V na tensão de alimentação, alimente o circuito e descreva o
comportamento dos LEDs antes e após acionar a botoeira.
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Obs 1: Concluída a parte prática, desligar a fonte, retirar o plugue da


tomada, desmontar o circuito e guardar o material utilizado no local
adequado.
Etapa 5 – Questões
Todas os roteiros de práticas que possuírem questões a serem resolvidas em casa,
devem ser feito relatório, conforme “Aula 01 - Elaboração de Relatórios”, e enviados via Sigaa
até a data estipulada pela docente. Não serão aceitos relatórios enviados via email e nem fora
do prazo.

5.1. Conhecendo o “Manual para uso dos Laboratórios de Engenharia Elétrica”

a) Qual o passo a passo para o discente acessar o “Manual para uso dos Laboratórios de
Engenharia Elétrica”?

b) Quais os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que devem ser utilizados por aqueles
que usam os laboratórios (docentes, discentes e técnicos)?

c) Onde o discente encontra os técnicos de laboratório para consultar a disponibilidade de horário


para uso do laboratório?

d) Qual o procedimento que o discente necessita fazer quando precisar de autorização para
reserva/uso do laboratório fora do horário de aula? Descreva em resumo o passo-a-passo,
informe claramente quanto tempo antes precisa ser realizada a ação e para quem o discente
deve fazer essa solicitação.

e) Consulte os técnicos de laboratório sobre os dias da semana e horários que são possíveis
agendar o uso do laboratório.
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5.2. Circuitos Integrados do Laboratório

f) Para desenvolver um projeto com êxito é necessário conhecimento, um bom planejamento,


organização e tempo hábil. Para um bom planejamento é importante conhecer as ferramentas e
componentes disponíveis no laboratório. Assim sendo, faça um anexo no relatório desse roteiro,
denominado de “Anexo I” inserindo uma tabela com três colunas. Na primeira coluna liste o nome
de todos os CIs existentes no laboratório. Na segunda coluna descreva sobre esse CI, por
exemplo, porta lógica NOT. E, na terceira coluna, insira o diagrama de pinos.
As informações da segunda e terceira coluna devem ser extraídas das folhas de dados dos
fabricantes.
Lista de CI do laboratório de Eletrônica: 7400, 7402, 7404, 7407, 7408, 7410, 7411, 7427, 7432,
7442, 7447, 7469, 7473, 7474, 7475, 7476, 7483, 7485, 7486, 7490, 7491, 74125, 74139, 74153,
74283, 744017, 74154EN, 74154N, 74157, 74164, 74181 e 74266.
Além disso, insira na sua tabela, os CI CD5411, display de 7 segmentos catodo comum e display
de 7 segmentos anodo comum.

Obs 2: O relatório e roteiro dessa prática deve ser impresso pelo grupo e
acompanhá-lo em todas as aulas até o final do semestre.

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