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ONDE TUDO COMEÇOU...

Antiguidade: a quase totalidade dos trabalhos eram desenvolvidos


manualmente.

• 2200 AC- Antiga Babilônia “Código de Hamurabi”: punição aos


encarregados pelas lesões sofridas pelos trabalhadores.

• Na civilização Greco-Romana, Aristóteles cuidou das


enfermidades dos mineiros e tentava evitá-las.

• Hipócrates (considerado o pai de medicina) viveu entre 460 a


370 antes de Cristo. Ele é considerado um dos homens mais
importantes da história da medicina. Foi pioneiro em muitas
descobertas, entre elas, a identificação da origem das
doenças relacionadas ao trabalho com as minas de estanho.

• Plínio, O Velho (antes da era Cristã): descreveu diversas


moléstias do pulmão entre mineiros e envenenamento
advindo do manuseio de compostos de enxofre e zinco.

• Galeno (séc. II): fez referências às moléstias profissionais


entre trabalhadores das ilhas do mediterrâneo.

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• Georgius Agrícola e Paracelso investigaram doenças
ocupacionais nos séculos XV e XVI.

• Georgius Agrícola publicou em 1556, o livro "De Re


Metallica“, em que discute os acidentes do trabalho e as
doenças mais comuns entre os mineiros.

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LINHA DO TEMPO Pós- 1656

O direito à saúde do trabalhador vem evoluindo, desde os primeiros


registros sobre doenças originadas do trabalho e sua relação com o
ambiente na Roma Antiga.

George Bauer publicou um livro, sobre acidentes de trabalho e as 1600


doenças mais comuns entre os mineiros de sílica em 1656.

Em 1667 surgiu a primeira monografia sobre as relações entre


trabalho e doença, de autoria de Aureolus Theophrastus.

No ano de 1700, na Itália, Bernardino Ramazzini publicou sua obra 1700


“As doenças dos trabalhadores”. O trabalho dele foi a base de
estudos de grandes mentes da medicina ao longo dos séculos.

No Século XVIII, durante a Revolução Industrial, na Inglaterra,com o


surgimento das máquinas de tecelagem movidas a vapor (tear
mecânico), o artesão e sua família passaram a trabalhar nas fábricas.
O número de acidentes de trabalho crescia de modo acelerado, em
que mortes de crianças, causadas por máquinas, era frequentes.

Em 1802, na Inglaterra, foi aprovada a primeira lei de proteção aos


trabalhadores, a Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes, que 1800
estabelecia o limite de doze horas por dia, proibia trabalho noturno,
obrigava os empregadores a lavarem as fábricas e tornava a
ventilação obrigatória.

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1830 a 1900 – É considerada a segunda fase da
Revolução Industrial, a qual se difundiu pela Europa
e América.

Em 1831, na Inglaterra, instalou-se uma Comissão Parlamentar de


Inquérito para analisar a situação dos trabalhadores, que elaborou
um cuidadoso relatório, que concluía da seguinte forma:
“Diante dessa Comissão Parlamentar desfilou longa procissão de
trabalhadores, homens e mulheres, meninos e meninas,
abobalhados, doentes, deformados, degradados na sua qualidade 1830
humana, cada um deles é clara evidência de uma vida arruinada. Um
quadro vivo da crueldade humana do homem para com o homem,
uma impiedosa condenação imposta por aqueles que, detendo em
suas mãos poder imenso, abandonam os fracos à capacidade dos
fortes”

Como resultado da comissão, em 1933, surge as primeiras


legislações eficientes para a proteção do trabalhador, as “Factory
Act” na Inglaterra. Inicialmente legislava sobre as fábricas de
algodão. Nos anos seguintes novas leis surgiram, como o “Ten Hour
Act”, de 1947, que limitou a carga horária de trabalho para dez
horas diárias. Essa lei mostrou não ter nenhuma das terríveis
consequências previstas por seus opositores, e seu sucesso fez com
que as “Factory Act” fossem expandidas a vários setores. Estas leis
referiam-se as horas de trabalho, a limpeza das fábricas, a idade de
início do trabalho, a proteção contra acidentes, refeições, feriados e
1900
até mesmo os métodos de remunerações.

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A partir de 1900, é considerada a terceira fase da
Revolução Industrial a qual difundiu-se pela Europa
e América. Surgiram novas formas de energia:
Hidrelétricas e novos combustíveis (gasolina).

Em 1891, o Papa Leão IX, apresenta a Encíclica Católica, Rerum


Novarum, que trazia em seu texto as obrigações de patrões e
empregados, enfatizando o respeito e a dignidade da classe
trabalhadora, tanto espiritualmente quanto fisicamente.

1900
A primeira Constituição que dispôs sobre o Direito do Trabalho, foi a
do México, em 1917.

No início do século 20, as fronteiras do direito do trabalho estariam


marcadas pela criação da OIT (Organização Internacional, do
Trabalho).

Alguns historiadores datam a 4° fase a partir da


década de 50, com o advento dos computadores.

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Marcos da Segurança do Trabalho no Brasil?

• Um marco importante foi a Lei Áurea que aboliu a escravidão no país


em 1888.

• A primeira norma trabalhista no Brasil em 1891, que regulamentou o


trabalho dos menores de 12 a 18 anos.

• Em 1912 foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT),


durante o 4º Congresso Operário Brasileiro.

• A Primeira Lei brasileira sobre acidentes de trabalho foi criada em


1919 (Lei n° 3724, de 15/01/19)

• A política trabalhista brasileira toma forma após a Revolução de 30,


quando Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar do Direito
do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário
mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais
remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia
salarial.

• O termo “Justiça do Trabalho” também apareceu pela primeira vez


na Constituição de 1934 e foi mantida na Carta de 1937, mas só foi
implantada de fato em 1941.

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• Em 1941, empresários fundam no Rio de Janeiro a ABPA (Associação
Brasileira para Prevenção de Acidentes).

• A necessidade de reunir as normas trabalhistas em um único código


abriu espaço para Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em
1943.

• Em 1944 – Decreto-Lei n° 7036 de 10/11/44 promoveu a reforma da


Lei de Acidentes do Trabalho (um desdobramento que contava no
capítulo V do Título II da CLT). Objetivando maior entendimento à
matéria e agilizar a implementação dos dispositivos da CLT
referentes a Segurança e Higiene do Trabalho, além de garantir a
Assistência Médica, hospitalar e farmacêutica aos acidentados e
indenizações por danos pessoais. Este Decreto-Lei, em seu artigo 82
criou a CIPA.

• Foi instituída a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do


Trabalho), em 1953, Decreto-Lei n° 34715, de 27/11/53, a serem
realizadas na 4° semana de novembro de cada ano. Também em
1953 a Portaria 155 regulamenta e organiza a CIPA e estabelece
normas para seu funcionamento.

• Para coordenar e uniformizar as atividades das SIPAT, foi criada em


1955 a portaria 157 e foi constando a realização do Congresso anual
das CIPA durante a SIPAT. O Título do Congresso passou em 1961
para CONPAT (Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do

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Trabalho). A execução do CONPAT ocasionou a proliferação de
Congressos e outros eventos.

• A Portaria 319 que regulamenta a uso dos EPI´s a partir de 1960

• Durante o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes, em 1966,


realizado em São Paulo, foi oficializada a criação da Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, em
homenagem ao seu primeiro Presidente, e atualmente é conhecida
como FUNDACENTRO. A criação da FUNDACENTRO foi um dos
grandes feitos na história da segurança do trabalho, e partir de ações
da entidade a segurança do trabalho pode avançar de forma
significativa, que em 1974, foi vinculada ao Ministério do Trabalho.

• A Lei n° 5316 de 1967 integrou o seguro de acidentes de trabalho à


Previdência Social. Em 1967, surge a sexta lei de acidentes de
trabalho, que identifica doença profissional e doença do trabalho
como sinônimos e os equipara ao acidente de trabalho.

Na década de 70, o Brasil ficou conhecido como o


Campeão Mundial de Acidentes do Trabalho.

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• A prioridade da Política do PNVT (Programa Nacional de Valorização
do Trabalhador) veio com o decreto n° 7086 de 1972. Em que
selecionou 10 prioridades, entre elas a Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho. A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os
serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas
empresas, que foi o “divisor de águas” entre a fase do profissional
espontâneo e o legalmente constituído, além de criar cursos de
preparação dos profissionais da área.

• Apenas em 1974, os cursos para formação dos profissionais de


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho são iniciados.

• A Lei n° 6514 de 1977 modificou o Capitulo V do Título II da CLT, o


que deu uma nova cara a CIPA por estabelecer obrigatoriedade,
estabilidade, entre outros avanços.

• As NR (Normas Regulamentadoras) foram aprovadas pela Portaria


3214 de 1978 do MTE, aproveitando e ampliando as portarias
existentes e Atos Normativos, adotados até na construção da
Hidrelétrica e Itaipu. Na ocasião foram criadas 28 NR’s. Essa portaria
representou um dos principais impulsos dados a área de Segurança e
Medicina do Trabalho nos últimos anos.

• Em virtude da carência de profissionais para compor o SESMT


(Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina

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do Trabalho), a resolução n° 262 de 1979, regulamenta a criação de
cursos em caráter prioritário para esses profissionais.

• A Portaria n° 33 de 1983 alterou a Norma Regulamentadora 5


introduzindo nela os riscos ambientais.

• A especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho foi


oficializada em 1985 e criou a categoria profissional de Técnico em
Segurança do Trabalho, que até então os profissionais
prevencionistas não eram reconhecidos legalmente. O prazo para o
MEC (Ministério da Educação) elaborar o currículo básico do curso de
especialização em Técnico de Segurança do Trabalho era de 120 dias,
mas somente em 1987, através do parecer 632/87 do MEC, foi
estabelecido o curso de formação do Técnico de Segurança do
Trabalho em vigor.

• As profissões de Enfermeiro, Técnico em Enfermagem e Auxiliar de


Enfermagem foram regulamentadas em 1986.

• Já em 1986 regulamentou-se a categoria de Técnico de Segurança do


Trabalho, que na década de 50 eram chamados de “Inspetores de
Segurança”.

• O quadro do SESMT na NR 4, foi atualizado em 1990, o qual a partir


de então é formado por:

– Engenheiro de Segurança do Trabalho;

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– Médico do Trabalho;

– Enfermeiro do Trabalho;

– Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;

– Técnico em Segurança do Trabalho.

• O conceito legal de Acidente de Trabalho e de Trajeto e a obrigação


da empresa em comunicar os Acidentes do Trabalho as autoridades
competentes foi estabelecido em 1991 e alterada em 1992.

• O trabalho infantil só foi proibido em 2001 com a Portaria n° 458 de


4 de outubro de 2001.

• O termo Ato Inseguro foi retirado do item 1.7 da Norma


Regulamentadora 1 em 2009, que foi motivo de comemoração para
muitos prevencionistas que reclamam que o termo retirava em
muitas vezes o responsabilidade do empregador, pois era fácil
rotular os acidentes somente como Ato Inseguro, e isso dificultava
encontrar a verdadeira causa.

• A presidente do Brasil institui através da Lei nº 12.645, de 16 de maio


de 2012, o dia 10 de outubro como o Dia Nacional de Segurança e de
Saúde nas Escolas.

• Como vimos à história da legalização de medidas de prevenção de


acidentes no Brasil é extensa. Diversas leis de prevencionismo foram
elaboradas visando à melhoria das condições dos trabalhadores, mas

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a principal delas é a Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978, que
aprovou as Normas Regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina
do Trabalho.

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Ja assistiu o vídeo sobre a Historia das Leis
Trabalhistas?
Acesse http://www.valorcrucial.com.br/blog.html

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