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HIGIENE E SAÚDE
OCUPACIONAL
MÓDULO IV
FICHA TÉCNICA
SECRETARIA ACADÊMICA
Adriana Novais
Daniela Luz
RELACIONAMENTO ACADÊMICO
Email: atividadesst.ifcursos@gmail.com
CONTATOS
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Técnicos do Instituto Formação, sendo assim, vetada em qualquer hipótese sua venda ou reprodução sem
autorização. Ficando sujeito desta forma, às reponsabilidades penais por uso indevido de marca conforme
consta em legislação em vigor.
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1 BREVE HISTÓRICO DA HIGIENE E SAÚDE OCUPACIONAL
Ao pesquisar sobre a história da nossa civilização até a Revolução Industrial, existem poucos registros
sobre a saúde dos trabalhadores e seu ambiente de trabalho. Inicialmente, o esforço do homem para garantir
sua existência e sobrevivência era o fator que desencadeava doenças “ocupacionais”. Mais tarde, mediante a
estratificação da sociedade, o trabalho comum era desempenhado pelos escravos, povos estes que haviam
sido denominados por outros povos.
No século IV a.C., a toxidade do chumbo na indústria mineradora foi registrada e reconhecida pelo
médico Hipócrates. Hipócrates não realizou nenhum esforço para visar a proteção dos trabalhadores.
Quinhentos anos depois, Plínio, um sábio romano, referiu-se aos perigos iminentes no manuseio do zinco e do
enxofre e descreveu ainda o aspecto dos trabalhadores expostos ao chumbo, ao mercúrio e a poeiras. Plínio
mencionou a iniciativa dos escravos de utilizarem, à frente do rosto, panos ou membranas (de bexiga de
carneiros) para diminuir a inalação de poeiras (FUNDACENTRO, 2004).
HIPÓCRATES PLÍNIO
No período do feudalismo pouco se fez pela saúde, houve um pequeno desenvolvimento quanto aos
padrões anteriores estabelecidos para a realização do trabalho.
Durante os séculos XII e XIII, foram realizados estudos e experiências nas universidades, mas sobre
higiene ocupacional como hoje é denominada, ou ciência voltada para a condição de trabalho nada foi
realizado de forma significante.
No ano de 1556 o sábio alemão Georgius Agricola, descreveu fatores de risco associados à indústria de
mineração em seu “De Re Metallica”. Georgius escreveu sobre os acidentes de trabalho e as doenças mais
comuns entre os mineiros.
No século XVI, a higiene ocupacional ficou estagnada, além de ser relacionada ao misticismo. Foi nessa
mesma época que as observações de Paracelsus, baseadas em dez anos de trabalho em uma planta de
fundição e nas minas da região do Tirol, contribuíram bastante para o reconhecimento sobre a toxidade dos
metais.
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Em 1770, foi publicado em Modena na Itália o livro “De Morbis Artificium Diatriba”, do médico italiano
Bernadino Ramazzi. Este livro hoje é reconhecido como o primeiro tratado sistematizado sobre doenças
ocupacionais.
BERNADINO RAMAZZI
No século XVIII, muitos problemas de higiene ocupacional foram reconhecidos e descobertos. George
Baker atribuiu a “Cólica de Devonshire”, à utilização de chumbo na indústria de vinho de maçã (sidra) e
colaborou na remoção de seu uso. Percival Pott reconheceu a fuligem como uma das causas de câncer escrotal,
o que foi a principal ocorrência de Ato dos Limpadores de Chaminé em 1788, na Inglaterra.
Com relação ao século XIX, Charles Thackrah, médico e político influente, juntamente com Percival
Pott, escreveu um tratado de 200 páginas de orientações sobre medicina do trabalho, do qual deu início a
literatura moderna de reconhecimento das doenças ocupacionais (FUNDACENTRO, 2004).
As crescentes mudanças na tecnologia e na economia, no século XVIII resultou na Revolução Industrial
e aumentam consideravelmente o número de problemas de saúde em geral e, especialmente, os relacionados
ao trabalho. Devido ao processo de produção acelerado e desumano, processo do qual participavam mulheres,
crianças e idosos, a saúde das populações deteriorou tanto que os índices de mortalidade cresceram e
verdadeiras epidemias aceleram-se nos países industrializados da época.
.
IMAGEM DO PERÍODO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
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controlar as condições de trabalho chamada “Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes”, essa lei atendia às
recomendações do Conselho de Saúde de Manchester reunido em 1796.
As condições de trabalho continuaram ruins, os jornais denunciavam os maus tratos aos trabalhadores,
em especial com relação ao trabalho das crianças com jornadas de 15 a 16 horas diárias nas indústrias têxteis
britânicas e ao trabalho nas plantações de algodão dos Estados Unidos. Em virtude dos movimentos por
humanização do trabalho, o Parlamento britânico baixou a “Lei das Fábricas”, no ano de 1833, que
regulamentou o trabalho da criança pela primeira vez. Essa lei baniu todo o trabalho noturno para menores de
18 anos e restringiu a idade na qual a criança poderia começar a trabalhar aos 13 anos. A lei dava limite as suas
horas de trabalho para 48 horas por semana e o empregador deveria prover educação. Além disso, essa lei
melhorou o controle das condições ambientais com o estabelecimento de multas substanciais para
contravenções.
A “Lei das Fábricas” em 1833 foi ampliada em 1864, e apresentada às primeiras exigências sobre a
Higiene Ocupacional. “Todas as fábricas deveriam ser ventiladas para remover quaisquer gases nocivos, poeiras
e outras impurezas que poderiam causar danos à saúde” é o que chamamos atualmente de ventilação
diluidora.
Historicamente falando, a Higiene Ocupacional na Europa foi gerada pelo crescimento da indústria
química, sendo então considerada uma subdisciplina da Medicina. Nos Estados Unidos.
Em 1906, ocorre a realização do I Congresso Internacional de Doenças do Trabalho, que foi realizado
em memória dos 10 mil trabalhadores mortos na construção do Túnel de São Gotardo.
No ano de 1919 - tem-se a criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Proibição do
trabalho noturno para mulheres e uso do fósforo branco.
Em 1925 – a OIT elabora sua primeira lista constando apenas 3 doenças: saturnismo (chumbo),
hidragismo (mercúrio) e carbúnculo (antraz).
No ano de 1934, lista ampliada para 10 doenças profissionais e em 1964 para 29.
Em 1939 é criada a AIHA (Associação Americana de Higiene Industrial), por profissionais envolvidos
com a promoção da saúde, entre eles químicos, engenheiros e médicos, que se reuniam para prover meios
para avaliarem problemas comuns.
No ano de 1948, e criada a OMS (Organização Mundial de Saúde), vinculada as Organizações das
Nações Unidas (ONU). A OMS estabeleceu políticas voltadas à saúde dos trabalhadores desde a sua criação.
Com relação ao Brasil, Apesar de a 1ª Lei de Acidentes do Trabalho datar de 1919, no Brasil os
primeiros passos dados efetivamente no campo da Saúde Ocupacional datam da década de trinta.
Nessa mesma década, é criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e bem definida a sua
ação no campo da higiene e segurança no trabalho. Além disso, começam os estudos sobre as doenças
ocupacionais, entre elas, a Silicose e Asbestose.
Em 1943 o CLT (Lei 5.452 de 01/05/1943) cria um capítulo para a higiene ocupacional.
No ano de 1966, houve a criação do FUNDACENTRO (Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene
e Medicina do Trabalho).
Em 1978, as Normas Regulamentadoras (NRs), aprovadas pela Portaria nº 3.214.
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Nos anos 80, surgiram os outros centros de estudos sobre a saúde e segurança do trabalhador. CESTEH
(Centro de Estudo sobre Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana) Osvaldo Cruz, INST (Instituto Nacional de
Saúde do Trabalho) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Com a Constituição de 1988, ampliaram-se no Brasil atribuições e responsabilidades dos estados e dos
munícipios na área da Saúde e Segurança do Trabalhador, de maneira que os Centros de Referências de Saúde
do Trabalhador Estaduais e as Vigilâncias Sanitárias passaram a ter competência atuar no Sistema Único de
Saúde (SUS).
Devido aos vários movimentos da sociedade brasileira, ocorreram também mudanças na legislação na
área de Saúde e Segurança dos Trabalhadores. Foram revisadas as Normas Regulamentadoras e preconizados
programas de prevenção, viando a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores. Surgem, então,
no âmbito do Ministério do Trabalho, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Programa de
Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO), Programa de Prevenção Ocupacional ao Benzeno (PPEOB),
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção (PCMAT), Programa de
Conservação Auditiva (PCA) e o Programa de Proteção Respiratória (PPR).
O PPRA, em especial, é o instrumento pelo qual a Higiene Ocupacional, de maneira articulada com os
outros programas e com a participação dos trabalhadores, desenvolverá suas ações, por meio da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequentemente, do controle de riscos ambientais existentes ou que venham a
ocorrer no ambiente laboral, levando-se em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais.
No Brasil, os principais termos utilizados para definir a ciência ao estudo dos ambientes de trabalho e a
prevenção de doenças causadas por eles são: Higiene Ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho.
O termo Higiene Ocupacional foi mais aceito internacionalmente por conta do campo de atuação dessa
ciência, após as conclusões extraídas durante a Conferência Internacional de Luxemburgo, ocorrida de 16 a 21
de Junho de 1986.
A Higiene Ocupacional é uma ciência, pois está baseado em fatos comprováveis, empíricos e analisáveis
por método científico por meio da Física, Química, Bioquímica, Toxicologia, Medicina, Engenharia e Saúde
Pública. Por outro lado são consideradas a individualidade dos trabalhadores e as características das atividades
e do local de trabalho.
Por possuir caráter essencialmente preventivo, as ações e Higiene Ocupacional devem se fundamentar
em especial na prevenção da exposição e em estudos epidemiológicos prospectivos, registram-se as
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exposições ao longo do tempo para que se conheça alguma relação entre a exposição ocupacional e o efeito à
saúde.
Entre as definições conhecidas podemos citar a definição da AIHA para Higiene Industrial, “ciência que
trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos originados nos locais de trabalho e que
podem prejudicar a saúde e o bem estar dos trabalhadores, tendo em vista também o possível impacto nas
comunidades vizinhas e no meio ambiente” (FUNDACENTRO, 2004).
Podemos perceber que o conceito de Higiene está relacionado à preservação da saúde. A saúde pode
ser vista como um estado de completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de
doença ou defeito, conforme a OMS.
Conforme o Comitê Misto OIT/OMS, reunidos em Genebra no ano de 1957, os objetivos da Saúde
Ocupacional são:
Manter o mais alto grau de bem estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as ocupações;
Prevenir todo o prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas condições do seu trabalho;
Proteger os trabalhadores no seu ambiente de trabalho contra riscos causados por agentes nocivos à
saúde;
Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas aptidões fisiológicas e
psicológicas;
Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.
A segurança do trabalho lida com a prevenção e controle dos riscos de operação a higiene do trabalho
lida com os riscos de ambiente (que podem originar doenças profissionais).
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As competências do Técnico de Segurança na Higiene do Trabalho são:
Conseguir que o esforço físico e mental de cada trabalhador, no exercício da profissão, esteja adaptado
as suas atitudes, limitações fisiológicas e psicológicas.
Adotar medidas eficazes de proteção para reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resistência dos
trabalhadores.
4 ACIDENTE DE TRABALHO
Art. 19. “Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII o Art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade de
trabalho”.
Portanto, para a lei, somente são considerados acidentes do trabalho aqueles em que houver lesões.
Os chamados acidentes sem vítima, ou seja, incidentes, são de grande interesse para segurança do trabalho e
devem ser investigados e analisados para evitar a reincidência.
Para a existência do acidente de trabalho é necessário que exista um nexo entre o trabalho e o efeito
do acidente. Esse nexo de causa-efeito é tríplice, pois envolve o trabalho, o acidente, com a consequente lesão
ao trabalhador e a incapacidade resultante da lesão. A ausência de qualquer uma dessas relações de causa e
efeito descaracteriza o fato de acidente do trabalho.
Consideram-se acidente de trabalho:
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Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho,
peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da
Previdência Social;
Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais
em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério da Previdência Social.
Além disso, é certo que a consideração também como acidente de trabalho aquele ocorrido no
percurso da residência para o local do trabalho ou deste para aquela, independentemente do meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do trabalhador.
Não são consideradas como doença do trabalho:
Doença degenerativa;
A inerente a grupo etário;
A que não produza incapacidade laborativa;
A doença endêmica adquirida por segurado, habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
Algumas empresas equivocadamente deixam de emitir a CAT quando se verifica que não haverá
necessidade do empregado se afastar do trabalho por mais de 15 dias. A empresa deverá comunicar o acidente
do trabalho à Previdência Social, havendo ou não o afastamento do empregado, por meio o formulário
identificado como Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.
A emissão da CAT, além de se destinar para fins de controle estatísticos e epidemiológicos junto aos
órgãos Federais, visam principalmente, a garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou
até mesmo de uma aposentadoria por invalidez.
Caso a empresa não faça a comunicação esta pode ser formalizada pelo próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não
prevalecendo o prazo previsto de um dia. A empresa não se exime de sua responsabilidade pela comunicação
do acidente pelos terceiros acima citados.
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Os perigos e riscos ocupacionais sem controle, dependendo das condições existentes de fontes ou
situações decorrentes da natureza intrínseca da atividade de cada organização, podem provocar perdas
significativas para as empresas, além dos acidentes e doenças ocupacionais irreversíveis.
5.1 Perigo
Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos de ferimentos humanos problemas de
saúde, danos à propriedade, ao ambiente ou uma combinação disto.
A potencialidade do perigo pode causar sérios danos à integridade física ou mesmo à saúde dos
trabalhadores depende diretamente da eficácia das medidas de controle adotadas.
5.2 Riscos
O conceito de risco ambiental: São aqueles que possam trazer ou ocasionar danos à saúde ou à
integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de sua:
Natureza: É essência física, química ou biológica (o urânio é prejudicial em quase todas as dosagens).
Concentração: É o grau de presença do elemento (muito gás carbônico cria problemas respiratórios).
Intensidade: É capacidade de causar efeitos (temperaturas baixas e altas produzem danos).
Exposição: É a submissão do trabalhador às suas consequências (vibração afeta o ser humano).
É a combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou exposição (ões) com a
gravidade da lesão ou doença que pode ser causada pelo evento ou exposição (ões).
Os riscos não são apenas consequências do ambiente físico, das máquinas, equipamentos, produtos e
substâncias, mas também estão inseridos em processos de trabalho particulares, com organizações do trabalho
e formas de gerenciamento próprias, e a análise destes deve levar em conta o conjunto destes fatores.
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5.2.1 Antecipar, identificar e avaliar
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Rever, compilar, analisar os dados de acidentes.
Identificar causas, tendências e relações;
Assegurar uma informação completa, rigorosa e válida;
Avaliar a eficácia dos métodos de recolha de dados;
Investigar as causas dos acidentes.
Aconselhar o cumprimento de normas, legislação, procedimentos e outros sobre segurança.
Conduzir estudos sobre riscos potenciais.
Determinar consulta de especialistas (se necessário);
(médico do trabalho e/ou enfermeira do trabalho)
Verificar se as capacidades humanas não estão a ser excedidas;
São aqueles capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função da
natureza, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.
De acordo com a NR 9 consideram-se riscos ambientais os agentes:
Exemplos de riscos que podem ser encontrados no meio ambiente de trabalho, classificados em 5
grupos:
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5.3.1.1 Riscos Físicos
São diversas formas de energias geradas por máquinas e condições físicas características do local de
trabalho, que podem causar danos à saúde do trabalhador.
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Calor Sudorese
Irritação
Choques térmicos
Fadiga térmica
Alterações celulares
Alterações no sistema sanguíneo
Radiações ionizantes e não ionizantes Necrose do tecido
Leucemias
Neoplasias
Radiodermatite
Umidade Doenças respiratórias
Doenças do aparelho respiratório
Frio Queimadura
Hiperbarismos
Pressões anormais Hipobarismo
Podem ser definidos como substâncias ou compostos que possam penetrar no organismo do
trabalhador, quando entram em contato, podem provocar danos à saúde de forma imediata, há médio ou
longo prazo. Podem ocorrer de quatro formas: por via respiratória (nariz, boca e pulmões), via cutânea
(absorção pela pele), digestiva (boca e tubo digestivo) e parenteral (feridas, cortes e arranhões).
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TABELA II – Exemplos de Riscos Químicos
**Bagaçose é uma pneumoconiose que ocorre em trabalhadores que lidam com resíduos secos de cana-de-
açúcar (ou bagaço), sendo causada pelas fibras da cana esmagada que são assimiladas pelo sistema
respiratório.
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Locais de atuação dos riscos químicos no corpo humano
Pó
Névoa
Fumo
Gás
Vapor
5.3.1.3 Riscos Biológicos
Os agentes de riscos biológicos surgem do contato do homem com certos micróbios e animais no
ambiente de trabalho. Algumas atividades facilitam o contato dos trabalhadores com esse tipo de agentes
como atividades em hospitais, coleta de lixo, laboratórios dentre outros.
Micro-organismos indesejáveis: bactéria, fungos, protozoários, bacilos.
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Medidas de Controle: Devem obedecer a uma hierarquia, adotando-se primeiramente as mais
eficientes, que são as que referem à fonte, seguidas das medidas em relação à trajetória, no caso de as
medidas relativas à fonte não forem suficientes. Por fim, se essas medidas ainda forem insuficientes, as
relativas aos trabalhadores devem ser tomadas.
Medidas Preventivas adotadas na Trajetória: Essas medidas objetivam evitar a proliferação dos
contaminantes no meio ambiente. As medidas adotadas em relação ao trabalhador complementam as
medidas relativas à fonte e à trajetória dos contaminantes.
Limpeza e desinfecção;
Ventilação;
Controle de vetores (roedores, insetos etc.);
Sinalização;
Informações sobre os riscos;
Treinamento nos métodos de trabalho aplicáveis;
Redução do número de trabalhadores expostos;
Roupa de trabalho feita de modo que não haja acumulo de resíduos, como por exemplo, roupas
sem bolsos, sem dobras nas costuras etc.;
Acompanhamento médico.
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Capacitações iniciais e continuadas;
Uso dos epi's: luvas, protetores respiratórios, protetores faciais, óculos;
Hábitos de higiene Pessoal;
Higiene rigorosa nos locais de trabalho;
Instalações adequadas para refeições e descanso;
Uso de roupas e calçados adequados;
Vacinação e o tratamento.
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As causas poder ser:
Esforço físico intenso e repetitivo;
Levantamento de pesos;
Posturas Inadequadas;
Ritmos excessivos;
Jornada prolongada.
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TABELA IV – Vantagens do controle dos Riscos Ergonômicos
Menos ações judiciais Aumento da produtividade
Menos afastamento Prevenção da fadiga
Redução da insatisfação no trabalho Adequação ergonômica do posto de trabalho
Menos prejuízos para a empresa e a Organização do trabalho
sociedade
Redução de dispensas médicas Redução de custos
Redução de erro humano Melhor qualidade de vida
Caso as situações de riscos identificadas no ambiente de trabalho forem ignoradas, podem ser causas
de acidentes como, por exemplo:
Iluminação inadequada: locais mal iluminados, sem iluminação ou excessiva podem causar acidentes.
Portanto, alguns fatores devem ser levados em consideração para obtenção de iluminação adequada.
São eles:
Providenciar a reposição das lâmpadas queimadas e/ou danificadas;
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Realizar limpeza periódica nas luminárias, janelas e vidraças para evitar acúmulos de
poeiras/sujeira que reduz o fluxo luminoso;
Mudança de layout, a fim de melhorar o posicionamento das mesas, máquinas ou postos de
trabalho;
Aumentar a qualidade de luminárias existentes e/ou distribuir de modo a proporcionar uma
iluminação homogênea e uniforme;
Pisos inadequados: buracos, ondulações, graxas e óleos podem provocar acidentes, caso não sejam
adotados medidas imediatas.
Falta de Sinalização: pode causar acidentes. Por isso, devem-se sinalizar os locais e/ou as atividades
que ofereçam riscos.
Armazenamento e empilhamento inadequado: tábuas, tubos, canos, madeiras, latas e outros
materiais devem ser empilhados e armazenados de forma correta para evitar acidentes.
Eletricidade: deve se evitar o uso de gambiarras e deixar partes vivas expostas ou sem proteção contra
impactos mecânicos, visto que podem provar curtos circuitos ou mesmo acidentes graves como
choque elétricos. Além disso, todo equipamento deve estar aterrado conforme orientação do
fabricante.
Independente do risco oferecido pela atividade desenvolvida numa organização, estes devem ser
controlados ou mesmo eliminados, com o objetivo de prevenir acidentes de trabalho.
Espaço Obstruído
ATENÇÃO: Em serviços de acabamento com gesso, deve ser utilizada luva química.
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5.4 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
Objetivo do PPRA, garantir a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores aos riscos
existentes nos ambientes de trabalho.
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Modelo de Mapa de Riscos
A higiene pessoal é um conjunto de cuidados que as pessoas devem ter com seu corpo para ter
melhores condições de vida, bem-estar e saúde mental. Consiste em medidas que garantem a limpeza do
corpo, da mente e do ambiente, a fim de garantir uma vida saudável para as pessoas.
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Higiene bucal
A higiene bucal previne várias doenças e também o mau hálito. É importante o uso do fio dental e
escovação todos os dias de preferência após as refeições.
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Lavar o rosto ao acordar e ao dormir;
Banho pelo menos uma vez ao dia, usar sabão para dissolver a sujeira;
Lavar o cabelo pelo menos 2 vezes por semana, usando Shampoo e Condicionador. Escovar todos os
dias com uma escova só sua.
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Cuidados ao fazer a comida:
Lavar as mãos;
Prender os cabelos (de preferência utilizar touca ou gorro)
Não provar a comida com a mesma colher que faz o preparo e com o dedo;
Não tossir, espirrar ou fumar;
Evitar utensílios de madeira;
Manter a lixeira no chão;
Atentar para validade e qualidade dos alimentos;
Ter cuidado com produtos enlatados.
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Cuidados com a água potável:
Para quem pega água fora de casa: Evite mergulhar o balde e não use baldes de limpeza ou galões de
outros produtos para isso. Depois que pegar a água mantenha a água tampada para não cair sujeira.
Qualquer coisa filtre e/ou ferva a água antes de beber.
Vacinar em dia;
Banho;
Combater pulgas e carrapatos;
Recolher as fezes diariamente.
NHO 09- Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração do Corpo Inteiro
NHO 10 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração das mãos e braços
NHO 08 – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho
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NHO 07 – Calibração de bombas de Amostragem Individual pelo método da bolha de sabão
NHO 01 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído
NHO 03 – Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados Sobre Filtros
e Membrana
NHO 04 – Método de Ensaio – Método de Coleta e a Análise de Fibras em Locais de Trabalho
NHO 05 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacionais aos Raios X NOS Serviços de
Radiologia
NHO 06 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor
8 Norma Regulamentadora 24 – NR 24
Regulamenta:
Instalações Sanitárias;
Vestiários;
Refeitórios;
Cozinhas;
Alojamentos.
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IDENTIFICAÇÃO MASCULINA
8.2 Vestuários
Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas, ou seja,
imposto o uso de uniforme, deverá haver local apropriado para vestiário dotado de armários individuais,
OBSERVADA A SEPARAÇÃO DE SEXO;
Deverão ser colocadas telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural;
Dispor de cabines individuais;
Dispor de armários.
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8.3 Refeitórios
O refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando diretamente com as
instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos
Bem iluminado;
Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na legislação federal, estadual ou municipal;
Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos individuais, ou bebedouros de jato
inclinado;
Mesas e assentos em número compatível ao de funcionários;
8.4 Cozinhas
Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através de aberturas por onde
serão servidas as refeições;
Deverão ter pé-direito de 3,00m no mínimo;
As portas deverão ser metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00m x 2,10m;
Todo utensílio utilizado, deve ser de material de fácil higienização;
É indispensável que os funcionários da cozinha encarregados de manipular gêneros, refeições e
utensílios disponham de sanitário e vestiário próprios, e que não se comunique com a cozinha.
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8.5 Alojamentos
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Planejamento do SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando-se o sistema);
Instalação do SGA (realiza-se a implementação do SGA);
Auditoria e certificação.
Uma vez implementado o SGA, pode-se tramitar sua certificação.
Qualquer empresa pode implementar o SGA.
O Sistema de Gerenciamento Ambiental permite as empresas, de forma imediata:
Segurança, na forma de redução de riscos de acidentes, de sanções legais, etc;
Qualidade dos produtos, serviços e processos;
Economia e/ou redução no consumo de matérias-primas, água e energia;
Mercado, com a finalidade de captar novos clientes;
Melhora na imagem;
Melhora no processo;
Possibilidade de futuro e a permanência da empresa;
Possibilidade de financiamentos, devido ao bom histórico ambiental.
REFERÊNCIAS
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