Cópia de MANUAL DE HSST GONCA HSE

Manual de Higiene Saúde e Segurança no Trabalho 2023
GONCA- HSE
MANUAL DE HIGIENE, SAÚDE SEGURANÇA

NO TRABALHO. HSST-2023 -
OBJECTIVOS DA FORMAÇÃO
Objectivo Geral:
Habilitar o formando com conhecimentos imprescindíveis na área de Segurança
Higiene e Saúde no Trabalho, transmitindo-lhe informações sobre legislação, normas
regulamentadoras, e ainda conhecimentos sobre prevenção de riscos de acidentes e
doenças profissionais, análise de riscos, mapa de risco, conhecimentos de EPI/EPC, para
que esteja sensibilizado a respeito da importância de alguns fatores ligados à Saúde e
Segurança do Trabalho no exercício de suas atividades profissionais.
Objetivos Específicos:
•
Compreender os conceitos de HSST;
•
Desenvolver a cultura preventiva através dos fundamentos da
segurança do trabalho;
•
Conhecer os seus direitos como trabalhador/Empregador;
•
Conhecer os agentes prejudiciais à saúde que incidem no ambiente
laboral;
•
Conscientizar sobre a importância da Saúde e Segurança no trabalho;
Elaboração de relatórios;
2
Índice
História HSST ............................................................................................................................... 4
Lesgislação/Cap V-HST ............................................................................................................. 8
Conceito de HSST/Resp Tecn SHST/Colabor/CPAT ............................................................. 10
Ac.Trabalho vs Inc.Trabalho .................................................................................................... 13
Doenças Ocupacionais ........................................................................................................ 16
Perigos vs Risco……………………………………………………………………………………………………………...16
Hierarquia Controle de Risco………………………………………………………………………………………….22
Analise P. Risco………………………………………………………………………………………………………………23
Check List………………………………………………………………………………………………………………………28
Mapa de Risco………………………………………………………………………………………………………………29
EPI/EPC…………………………………………………………………………………………………………………………30
Espaço Confinado………………………………………………………………………………………………………...36
Prevenção e Combate Incêndio…………………………………………………………………………………….40
Planos de Emergência…………………………………………………………………………………………………..45
Conclusão…………………………………………………………………………………………………………………..47
3
HISTÓRIA DA HIGIENE SAÚDE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
Desde a Antiguidade até a Idade Média o trabalho sempre esteve aliado a um sentido
negativo, de castigo e sofrimento.
Sabe-se que a relação existente entre trabalho-saúde-doença já era percebida desde
a Antiguidade. Porém, como somente os escravos trabalhavam (considerados
nãocidadãos) eram eles que estavam expostos aos riscos do trabalho.
Por este motivo, não havia uma preocupação efetiva no sentido de se garantir
proteção ao trabalho, já que a mão-de-obra era abundante.
O que se via naquela época eram alguns estudos isolados de investigação das
doenças do trabalho, como aqueles realizados pelo médico e filósofo grego Hipócrates
(460-375 A.C), e Aristóteles (384-322 A.C) estudaram as enfermidades dos
trabalhadores nas minas, e principalmente formas de evitar, Hipócrates que em um de
seus trabalhos descreveu um quadro de “intoxicação saturnina” em um mineiro (o
saturnismo é o nome dado à intoxicação causada pelo chumbo).
Plínio, escritor e naturalista romano, que viveu no início da era Cristã (23-79 D.C.),
descreveu, em seu tratado “De Historia Naturalis“, as condições de saúde dos
trabalhadores com exposição ao chumbo e poeiras.
Ele fez uma descrição dos primeiros equipamentos de proteção (EPI) conhecidos,
como panos ou membranas de bexiga de animais para o rosto (improvisados pelos
próprios escravos), como forma de atenuar a inalação de poeiras nocivas; também
descreveu diversas moléstias do pulmão entre mineiros e envenenamento devido ao
manuseio de compostos de enxofre e zinco.
Em meados do século XVI, o pesquisador alemão George Bauer publicou um livro
chamado “De Re Metallica“, no qual que apresentava os problemas relacionados à
extração de minerais e à fundição da prata e do ouro, com destaque para uma doença
chamada “asma dos mineiros“, que sabemos hoje tratar da silicose (doença pulmonar
caracterizada pela formação de tecido cicatricial, causada pela inalação de poeira de sílica,
por anos seguidos – os pulmões perdem sua característica elástica, requerendo mais
esforço para respirar; é uma das mais antigas doenças ocupacionais).
Em 1700, um médico italiano chamado Bernardino Ramazzini, publicou um
trabalho sobre doenças ocupacionais chamado “De Morbis Artificum Diatriba (Doenças
do Trabalho) ”, no qual relacionou os riscos à saúde ocasionados por produtos químicos,
4
poeira, metais e outros agentes encontrados nas atividades exercidas por trabalhadores em
várias ocupações.
Ele orientava os demais médicos a fazer a seguinte pergunta ao paciente: “Qual o
seu trabalho?” Por sua vida dedicada a este assunto, Ramazzini ficou conhecido como o
Pai da Medicina Ocupacional.
Ao longo dos anos, vários médicos e higienistas se ocuparam da observação do
trabalho (qualitativa, e não quantitativa ainda, devido às limitações tecnológicas da época)
em diversas atividades e conseguiram chegar a várias descobertas importantes.
Como o médico francês Patissier que recomendava aos trabalhadores levantar a
cabeça de vez em quando e olhar para o infinito como modo de evitar a fadiga visual; e
também Rene Villermé, médico francês que foi além dos ambientes de trabalho e
associou a influência das jornadas excessivas, as péssimas condições dos alojamentos, a
qualidade da alimentação e o salário abaixo das necessidades reais, sobre o estado de
saúde dos trabalhadores.
Vejam que a maioria das observações se concentrava principalmente nas atividades
de extração minerais.
Muito do desenvolvimento da área de Segurança de Trabalho, se deve aos que
perderam a vida ou ficaram incapacitados, em decorrência de novos processos, produtos
que demostraram ser prejudicial aos longos dos tempos, uma vez que não se conhecia os
riscos, até que se estudasse os seus efeitos.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução industrial foi um processo de grandes transformações econômicas,
tecnológicas e sociais, que se iniciou em meados do século XVIII na Europa Ocidental,
mas precisamente em Inglaterra e que revolucionou o mundo como trabalhamos, e vemos
o mundo hoje.
Entretanto, o avanço tecnológico dos meios de produção se contrastava com o
crescimento das doenças e mortes entre os trabalhadores assalariados devido às precárias
condições de trabalho.
Apesar de vários riscos de várias actividades serem conhecidos, até então pouco ou
quase nada era feito para combatê-los ou reduzi-los. Somente após muitos conflitos e
revoltas, começaram a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho, inicialmente das
mulheres e crianças.
5
Um dos marcos da legislação internacional relativa à proteção do trabalho foi a
aprovação, pelo parlamento britânico, a partir de 1802, de várias leis conhecidas como
Lei das Fábricas, com o objetivo de proteção do trabalho de mulheres e crianças, tanto
no que se refere a ambiente de trabalho quanto às jornadas excessivas, comumente
praticadas.
Esta lei abrangia inicialmente as indústrias têxteis, principal atividade industrial
naquela época, e somente em 1878 passou a valer para todas as indústrias.
Um dos principais pontos da Lei das fabricas 1802 trazia as seguintes obrigações
para os proprietários das fábricas:
• Todos os ambientes da fábrica devem ser ventilados

• O “limo” – sujeira deve ser removido duas vezes por ano
• Os empregadores são responsáveis pelo tratamento de doenças
infecciosas.
Apesar de ser considerado um avanço sobre a proteção do trabalho, o acto de 1802

não regulamentou a inspeção nas fábricas para verificação do cumprimento de suas
disposições, o que aconteceu somente em 1833.
Em 1844 houve novamente um grande avanço na legislação britânica, com a
inclusão de requisitos expressos de proteção do trabalho das mulheres, obrigatoriedade
de comunicação e investigação de acidentes fatais.
Nesta época também surgiam na Alemanha as primeiras leis de prevenção de
acidentes do trabalho, o que também começou a acontecer nos outros países da Europa.
No século XX foram criados vários organismos com o objetivo final de proteção do

trabalho. Vejam na tabela a seguir as datas de criação de alguns destes importantes órgãos:
Data Organização Descrição
1919 OIT Organização Internacional do Trabalho
Legislação Angolana do Trabalho:
6
CAPÍTULO V – Condições de Prestação do Trabalho SECÇÃO I – Segurança e
Higiene no Trabalho.
ARTIGO 85º - Obrigações gerais do empregador:
a. Tomar as medidas necessárias no âmbito da segurança, saúde e higiene no

trabalho;
b. Fazer o seguro individual ou de grupo a todos os trabalhadores, aprendizes e
estagiários, contra o risco de acidentes de trabalho e doenças profissionais,
salvaguardando as pequenas e micro-empresas;
c. Organizar e dar formação prática apropriada em matéria de segurança, saúde e
higiene no trabalho a todos os trabalhadores que contrate, que mudem de posto de
trabalho, ou de técnica e processo de trabalho, que usem novas substâncias cuja
manipulação envolva riscos ou que regressem ao trabalho após uma ausência
superior a seis (6) meses;
d. Cuidar que nenhum trabalhador seja exposto à acçao de condições ou agentes
físicos, químicos, biológicos, ambientais ou de qualquer outra natureza ou a pesos,
sem ser avisado dos prejuízos que possam causar à saúde e dos meios de os evitar;
e. Fornecer aos trabalhadores roupas, calçados e equipamento de protecçao
individual, quando seja necessário para prevenir, na medida em que seja razoável,
os riscos de acidentes ou de efeitos prejudiciais para a saúde, impedindo o acesso
ao posto de trabalho dos trabalhadores que se apresentem sem o equipamento de
protecçao individual;
f. Tomar a devida nota das queixas e sugestões apresentadas pelos trabalhadores
acerca do ambiente e condições de trabalho e a adoptar as medidas convenientes;
g. Colaborar com as autoridades sanitárias para a erradicação de epidemias e
situações endémicas locais.
h. Aplicar medidas disciplinares adequadas aos trabalhadores que violem
culposamente e de forma indesculpável as regras e instruções sobre a segurança e
higiene no trabalho;
i. Cumprir todas as demais disposições legais sobre segurança, higiene e saúde no
trabalho que lhe sejam aplicáveis, bem como as determinações legítimas da
Inspeção Geral do Trabalho e demais autoridades competentes.
ARTIGO 87º - Obrigações dos trabalhadores:

7
a) os trabalhadores são obrigados a utilizar correctamente os dispositivos e
equipamentos de segurança e higiene no trabalho, a não os retirar nem os
modificar sem autorização do empregador.
ARTIGO 91 - Competência da Inspeção Geral do Trabalho:
a) A fiscalização do cumprimento das disposições legais regulamentares sobre

Segurança e higiene no trabalho compete à Inspeção Geral do Trabalho, que se
pode fazer assistir ou assegurar por peritos médicos dos serviços oficiais de saúde
ou por especialistas doutras áreas, com vista ao apuramento das condições de
segurança, higiene e saúde de maior complexidade.
CONCEITOS SEGURANÇA HIGIENE SAÚDE NO TRABALHO
Segurança Higiene e Saúde no trabalho: é um conjunto de normas e regulamentos

que visam a melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho, tendentes a
salvaguardar a saúde e integridade física do colaborador, assim como a aplicação
8
consciente dos princípios, métodos e técnicas da organização do trabalho, conducentes à
redução dos riscos profissionais;
Segurança no Trabalho: é um conjunto de actividades que permitem estudar,
investigar, projectar, controlar e aplicar os métodos e meios técnicos – organizativos que
garantam condições seguras, higiénicas e confortáveis no trabalho, como também das
disposições jurídico – normativas de protecção no trabalho;
Higiene no Trabalho: é um conjunto de métodos e técnicas não médicas tendentes
a preservar a vida e a saúde dos colaboradores contra a agressividade dos agentes
ambientais nos locais de trabalho onde exercem as suas funções;
Saúde no Trabalho: consiste não apenas na ausência de doença ou mal-estar, como
também abarca elementos físicos e mentais que afectam a saúde do colaborador, estando
directamente relacionados com a segurança, higiene e saúde no trabalho;
Prevenção: é o conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas
as fases da actividade do trabalho, tendo em vista evitar ou diminuir os riscos
profissionais/trabalho.
Técnico De Segurança Saúde Higiene Trabalho, É Responsável Por:

a) Definir e criar mecanismos necessários para que o trabalho seja realizado
em ambiente e condições que permitam o normal funcionamento tanto
físico como mental e social dos colaboradores assegurando a sua protecção
e mitigação de eventuais acidentes de trabalho e doenças profissionais;
b) Assegurar que as instalações e processos de trabalho estejam livres de
factores de riscos ou sejam reduzidos ao mínimo ou identificados e
limitados os seus efeitos sobre os colaboradores e partes interessadas;
c) Cumprir e fazer cumprir todas as normas e disposições legais relativas à
Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho;
d) Analisar e estabelecer critérios para a escolha dos Equipamentos de
Proteção Individual e Colectiva;
9
Manual de Segurança Higiene Saúde Trabalho 2023
e) Criar Comissão de Prevenção de Acidentes de Trabalho/CPAT;

f) Levantar e estudar os dados estáticos de acidentes do trabalho, doenças
profissionais e do trabalho, calcular sua frequência e gravidade para propor ajustes
de acções preventivas, normas, regulamentos e outros dispostos de ordem técnica
que permitam a protecção colectiva e individual;
g) Assegurar a elaboração e implementação do plano de evacuação e primeiros
socorros, plano de combate a incêndios e outros procedimentos para casos de
emergência, bem como promover acções de sensibilização;
h) Promover acções de formação adequada em matéria de segurança, higiene e saúde
no trabalho;
i) Assegurar a implementação de condições de adaptabilidade do trabalho à pessoa,
no que se refere à concepção dos postos de trabalho, adoptando para o efeito
normas de ergonomia para prevenir lesões e doenças ocupacionais;
j) Assegurar a realização de simulacros para situações de emergência nos locais de
trabalho;
k) Assegurar a realização de exames médicos de admissão e de controlo periódicos
aos colaboradores;
Colaboradores (Todos Trabalhadores da empresa) são responsáveis por:
a) Cumprir com as instruções, regulamentos de Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho;
b) Partilhar com colegas as informações relativas à Segurança e Saúde no Trabalho;
c) Utilizar correctamente os equipamentos de protecção individual e colectiva,
quando aplicáveis, assim como velar pela sua conservação e manutenção;
d) Colaborar nas investigações que se realizem para a melhoria das condições de
trabalho;
e) Submeter-se aos exames médicos de admissão e controlo periódicos nas datas
marcadas;
f) Identificar todas as situações de perigo no posto de trabalho e formar as devidas
precauções.
Comissão de prevenção de acidentes de Trabalho/CPAT responsável por:
a. Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados
do processo produtivo;
Academia Dasa/Formador Tecn.SHST Cândido Cassule 10
b. Auxiliar na promoção e instrução dos trabalhadores em matéria de

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho;
c. Sugerir ou dar pareceres aos programas de prevenção e apoiar os Serviços de

Segurança e Higiene no Trabalho na sua execução;
d. Promover a observância das leis, regulamentos internos e normas superiormente
aprovadas;
e. Colaborar com a entidade empregadora na investigação e análise das causas dos
acidentes de trabalho e das doenças profissionais;
f. Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciárias relativas à segurança e
saúde no trabalho;
g. Encorajar os trabalhadores para o uso correcto e conservação de Equipamento de
Protecção Individual (EPI), assim como os meios colectivos de segurança,
colocados à sua disposição;
ACIDENTE DE TRABALHO VS INCIDENTE DE TRABALHO
Se lhe questionassem, a diferença entre Acidente vs Incidente de trabalho, como

responderia. Apesar de serem termos bem semelhantes, existe uma diferença entre ambos.
11
O Diário da República no seu Decreto 53/05 15 de Agosto no seu capítulo 2, artigo

3º, define “Acidente de trabalho” do seguinte modo: “acontecimento espontâneo que
ocorre no exercício da actividade laboral, que provoque ao trabalhador lesão/danos
corporais de que resulte incapacidade parcial, total, temporária, permanente para o
trabalhador, ou ainda a morte.”
E ainda de acordo com o mesmo Decreto 53/05 15 de Agosto, as seguintes situações

podem ser consideradas acidentes de trabalho:
a) durante o trajecto normal de ida/regresso do local de trabalho, não importando
o meio de transporte utilizado, público ou pessoal;
b) durante os intervalos/descansos ocorridos no local de trabalho;
c) em actos de defesa da vida humana e da propriedade social das instalações da
empresa/instituição;
d) durante a realização de actividades culturais, sociais, e desportivas organizadas
pela empresa;
Incidente de trabalho: é um acontecimento que pode causar acidente de trabalho,

isto é, um facto que ainda não gerou danos a nenhum trabalhador e muitos menos a
empresa, porém, é capaz de causar consequências mais graves, caso seja negligenciado.
EXEMPLOS ACIDENTE VS INCIDENTE DE TRABALHO
Para elucidar melhor ambos conceitos, vamos ver alguns exemplos:

Ex1Acidente de trabalho: um trabalhador em uma obra de construção ao
transportar um material, no decorrer dessa actividade, caso o material caia, e cause
12
alguma lesão em qualquer parte do corpo, talvez no pé, ou ainda tal material danifique,
pela queda.
Fig1-acidente transporte carga pesada Fig2-acidente transporte carga pesada
Ex2Acidente de trabalho: um trabalhador, subindo degraus de uma escada,

tropeçou, caiu e provocou uma lesão em si, um entorse na perna.
Ex3Acidente de trabalho: um trabalhador que actua no ramo da limpeza, pode

facilmente envolver- se num acidente de trabalho, por estar exposto a produtos químicos
muito fortes, como lixivia, ácido sulfúrico, cloro e outros componentes, causando
queimaduras na pele.
Agora vamos observar alguns exemplos de incidentes de trabalho;

Ex1Incidente de trabalho: um trabalhador em uma obra de construção
transportando um material, no decorrer dessa actividade, caso esse material caia, mas não
danifique, nem causa algum tipo de lesão ao trabalhador.
Ex2Incidente de trabalho: um trabalhador, subindo degraus de uma escada,
tropeçou e quase caiu, não causando nenhum mal-estar físico em si.
Pode ocorrer que um acidente de trabalho possa levar o trabalhador à ausentar- se

da empresa, por algum curto período de tempo, que é tratado como acidente sem
afastamento.
Isso ocorre quando o acidente é considerado leviano, uma leve caída de uma altura,
talvez um choque elétrico, acidentes que depois de um tratamento, o trabalhador consegue
voltar, a sua actividade laboral sem problemas algum.
Mas nem sempre da- se casos do gênero descritos acima, alguns acidentes de
trabalho, incluem afastamento, que pode ser dias, semanas, meses, ou até mesmo
definitivo. E podem resultar numa incapacidade temporária, incapacidade parcial
permanente, ou ainda incapacidade total e permanente.
13
Vamos ver com mais detalhes cada um desses afastamentos.
Incapacidade Temporária: é a ausência da capacidade para o trabalho por um período

limitado de tempo, que quando cumprido, o trabalhador retoma as suas actividades.
Fig4- incap.temporária.
Incapacidade parcial permanente: é à redução da força/capacidade física do
trabalhador, por toda vida.
Exemplo: incapacidade de flexionar o braço, perna, completamente, à perda de um
dedo, quer seja do pé, mão, à perda de uma vista.
Incapacidade Total Permanente: É aquela que desabilita o trabalhador tornandoo
inapto.
É a que ocorre quando o acidente produz a paralisação dos membros
superiores/inferiores, a cegueira total, em casos mais graves à morte.
Fig5- incap.total.permanente.
DOENÇAS OCUPACIONAIS
As más repercussões do trabalho na saúde podem ser tanto directas como indirectas.
Podemos caracteriza- la como qualquer processo de prejuízo a saúde, definido por
um diagnóstico médico relacionado directa ou indirectamente com o trabalho. Elas
instalam- se de forma silenciosa, que de princípio não parecem ser graves.
Estão divididas em (2) tipos nomeadamente:
14
a) Doenças de trabalho;
b) Doenças profissionais;
Doenças do trabalho; é aquela doença obtida por conta do ambiente, onde o
trabalhador executa as suas funções.
Doenças profissionais; doença relacionada directamente com a actividade que o
profissional exerce.
Vamos analisar alguns exemplos de ambos casos para elucidar melhor o nosso
entendimento.
Ex1Doenças trabalho; um administrativo, trabalhando perto da área de produção
de uma fábrica, pode com passar do tempo, desenvolver problemas auditivos, surdez,
devido a exposição ao meio ambiente (ruído, barulho das máquinas), não por causa da sua
actividade em si.
Ex1Doenças profissionais; um pintor, pode facilmente desenvolver problemas
respiratórios, tosses, irritações nas vias respiratórias, em função da sua actividade, à
exposição ao matérias de pintura, tintas, vernizes, diluentes.
CONSEQUÊNCIAS/INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO
Quando ocorre um acidente de trabalho, naturalmente que gera algum impacto no

trabalhador e na empresa de modo negativo. Por outro lado é necessário investigar as
causas e implementar acções correctivas/preventivas, visando evitar que o acontecimento
volte acontecer.
Consequência de um AT, pode estar relacionada com impactos humanos
(sofrimento e dor do trabalhador), ainda pode afectar psicologicamente (traumas),
diminuição das habilidades sensórias/motoras, surgimento das incapacidades, e por
último a morte, abalando a estrutura familiar, social e profissional.
Consequências Sociais, isolamento social em caso de paralisação prolongada de
trabalho, necessidade de uma orientação profissional após incapacidade para o trabalho,
a deterioração do clima social da empresa.
Consequências Financeiras, para o trabalhador perda de remuneração parcial,
perda do rendimento para sua família, custo com tratamento médico, para o empregador,
custo de reparação/substituição do equipamento danificado, entre outras situações.
15
Alguns passos para investigação de acidentes de trabalho ocorridos:

❖ Identificar as inconformidades que os trabalhadores estão expostos a
perigos/riscos que podem afectar a segurança e saúde;
❖ Tentar em conjunto com o trabalhador conhecer o que efectivamente esteve
na base do acidente, e como poderia ter- se evitado, se fizesse- se
determinada acção/comportamento; Ex: A iluminação era débil, o
trabalhador estava com pressa, tinha sinalização de perigo, etc.
❖ Reconhecer em conjunto com o trabalhador as deficiências no controle de
riscos no sistema de prevenção de forma a possibilitar alterações e
melhorias no sistema de gestão SSO
❖ A troca de informações sobre os riscos entre o técnico de HST, e o
trabalhador conhecedor da realidade diária;
❖ Precaver outras situações adversas, similares ou não, que possam ter os
mesmos factores desencadeadores e como prevenir/proteger; A seguinte
figura ilustra pontos importantes:
Atenção que as análises de investigação de acidentes devem ser canalizadas para a

prevenção de incidentes/acidentes, e não para procurar culpados como reactivamente
muitos empregadores em cumplicidade com os técnicos de SHT o fazem.
16
O importante na investigação de acidentes de trabalho, não é identificar os erros do

trabalhador (que porventura os comete como qualquer outro), mas conhecer as razões que
tornaram os erros possíveis.
PERIGO VS RISCOS DO TRABALHO
Em qualquer actividade de trabalho, não há isenções de perigos/riscos. Por esta

razão é primordial saber como diferencia- las, porque uma depende da outra, bem como
para prevenir- nos dos perigos/riscos, que acarretam a nossa actividade laboral, de
formas a evitar que essas situações, tomem proporções maiores, e derivam acidentes de
trabalho. Vamos ver com mais ênfase cada uma delas:
Perigo: É uma condição ou um conjunto de situações, com potencial de causar
danos humanos, matérias, ou ambientais.
Perigo, também pode ser ainda definido como "fonte geradora" que quando não
controlados, conduzem a ocorrência prejudiciais, nocivas. Perigo, apresentam um
conjunto de situações, que podem ser uma fonte de risco, mas não o risco em si.
Risco: é a probabilidade da ocorrência de uma lesão/dano, em virtude da exposição

de uma situação/condição perigosa.
Risco: possibilidade elevada/reduzida, de alguém sofrer danos provocados pela
exposição de situações perigosas. O risco está sempre associado à exposição de perigo.
Podemos afirmar que sem exposição, não há RISCO!
Podemos ainda equacionar, afirmando o seguinte: R= P*S.

R = corresponde ao Risco;
P = corresponde à probabilidade, exposição, hipótese da ocorrência de um dano;
17
S = corresponde à Severidade, gravidade, consequência, medem a magnitude do

possível dano, pela exposição do perigo;
Classificação dos Riscos
▪ Risco Pequeno
▪ Risco Médio
▪ Risco Grande
EXEMPLOS DE PERIGO VS RISCO
Ex1Perigo: fumar/acender fogo numa bomba de combustível; Ex1 Risco: mais do

que evidente, que é um risco enorme fumar/acender fogo numa bomba de combustível,
sob o risco de causar um grande incêndio.
fig6- perigo/risco.
Ex2Perigo: uma zona com energia (cabos de baixa, média, alta tensão descarnados
e soltos); Ex2Risco; Nessa situação, o risco também é bem evidente uma zona com
cabos de energia soltos, promove o risco de alguém apanhar um choque eléctrico, que
pode causar a morte;
Ex3Perigo: trabalho em altura; são bastantes perigosos, e requer uma boa
preparação dos equipamentos; Ex3Risco; pois acarreta o risco de uma queda, que pode
causar uma morte.
TIPOS DE PERIGO vs TIPOS DE RISCO

No dia-à-dia de uma rotina de trabalho, algumas actividades laborais envolvem a
interação com situações perigosas. Por essa razão, é importante conhecer os tipos de
perigos, à que estamos submetidos, no ambiente de trabalho, podem ser:
18
Matérias: substâncias tóxicas-solventes, ácidos, metais, plásticos, gases, resinas…,

Ex: álcool, diluentes…
Equipamentos: equipamentos sem protecção, condições de uso defeituoso, má
conservação, equipamento impróprio para o serviço, uso incorreto de um equipamento,
podem provocar cortes, esmagamentos de membros. Ex: cabos descarnados de um
equipamento eléctrico, prensas, rebarbadoras…
Ambientes de trabalho: áreas de trabalho muito quentes, frias, poeirentas, sujas,
ruidosas e escuras, com presença de gases, vapores, fumos, posturas ergonómica errada.
Trabalhadores: falta ou insuficiência de capacitação, inexistência de políticas de
segurança, fadiga, uso de drogas, pressão no trabalho, assédio moral, carga de trabalho
excessiva. Ex: um trabalhador sem capacitação, manuseando/conduzindo uma
empilhadora, constitui um perigo.
Todas essas situações descritas constituem perigo para o trabalhador, caso sejam
negligenciadas, podem gerar riscos com consequências graves. Agora vamos analisar
alguns tipos de riscos…
Grupo Identificação Risco Cor Risco
1 Risco Físico
2 Risco Químico
3 Risco Biológico
4 Risco Ergonômico
5 Risco de Acidentes/Mecânicos
Vamos analisar mais detalhadamente cada risco…

Risco Físico: São diferentes formas de energia, que usam o ar como meio de
propagação, para chegar até aos trabalhadores/colaboradores
São agentes de risco físico, ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações
ionizantes e não-ionizantes, vibração e quaisquer outras formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores.
19
Para cada tipo de risco é indicada uma limitação permitida. No caso de ruídos, o
máximo de decibéis por exemplo:
Visando controlar os níveis de ruído, e outros agentes físicos nocivos ao homem,

temos dois aparelhos, que podem ajudar-nos nessa missão: o sonómetro, e o dosímetro.
Sonómetro: é um instrumento/dispositivo projetado para medir os níveis sonoros
de uma forma padronizada.
Dosímetro: um dispositivo que tem como função medir a exposição de um
indivíduo à radiação, ruído, vibração, durante um período de tempo.
Fig. Dosímetro Fig. Sonómetro
Riscos Químicos: É a possibilidade de um trabalhador, sofrer algum dano devido a

exposição/manipulação de um produto químico (H2SO4 - acido sulfúrico, lixívia).
Podendo causar irritações aos olhos, pele, queimaduras, entre outros perigos.
Podem ser gases, poeiras, fumos ou vapores, além de outros que possam ser
absorvidos pelo organismo.
É o nível de toxicidade do agente químico que determina o período máximo que o
colaborador pode ter exposição.
Via respiratória, Essa é a principal porta de entrada dos agentes químicos, porque
respiramos continuamente, e tudo o que está no ar acaba por passar nos pulmões.
Via digestiva, se o trabalhador comer/beber antes ficar muito tempo exposto a
produtos químicos, parte das substâncias químicas serão ingeridas com o alimento,
atingindo o estômago e podendo provocar sérios riscos à saúde.
Epiderme (Pele), essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador
estiver desprotegido e tiver contacto com substâncias químicas, havendo deposição no
corpo, serão absorvidas pela pele.
20
Via ocular alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação nos
olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos pode ocorrer
também pela vista.
Riscos Biológicos: É a possibilidade de um trabalhador, entrar em contacto com

algum agente biológico patogênico (organismo/bactéria), causando ameaça a sua saúde.
Agentes biológicos, podem ser vírus, bactérias, fungos, parasitas,…, normalmente
presentes em alguns ambientes de trabalho, como:
• Hospitais;
• Laboratórios de análises clínicas;
• Recolha de lixo;
Como estes microrganismos se adaptam melhor e se reproduzem mais em ambientes
sujos, as medidas preventivas a tomar terão de ser relacionadas com:
• A rigorosa higiene de Locais de trabalho;
• A rigorosa higiene de Corpo e das roupas;
• Destruição por processos de elevação da temperatura (esterilização) ou uso
de cloro;
• Uso de equipamentos individuais para evitar contacto directo com os
microrganismos;
• Ventilação permanente e adequada;
• Controle médico constante;
• Vacinação sempre que possível.
Riscos Ergonômicos: é todo factor que possa interferir nas características

psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afectando a sua saúde.
São exemplos de riscos ergonômicos as seguintes situações: esforço físico, postura
inadequada, situação de estresse, jornada de trabalho prolongado, monotonia e
repetividade, levantamento e transporte de cargas pesada.
O posto de trabalho deve ser desenhado tendo em conta o trabalho e a tarefa que vai
ser realizada, a fim de que esta seja executada de modo confortavél e eficiênte.
Situações muito comuns de riscos ergonômicos, são “posturas de trabalhos
inadequadas” causadas após um longo período sentado/pé de forma incorrecta, podendo
causar dores nas costas, enfraquecimento, lesões, e em casos mais graves escoliose.
21
Visando resolver esse problema, pode- se ajustar o ambiente de trabalho, optando por uma
cadeira mais confortavél e apropriada, apoios para os pés, e ajustes de mesa para altura e
distâncias ideias, e o colaborador procurando adotar uma postura correcta na execução do
seu trabalho. Veja a figura seguinte…
Ainda existem outros tipos de ergonomia, no caso analisamos a ergonomia física, mais
ainda existem:
▪ Ergonomia Física - estuda a relação entre a anatomia do ser humano, sua
fisiologia, com as atividades físicas que ele realiza. Envolvendo aspectos
como: posturas, movimentação de carga, etc.;
▪ Ergonomia Cognitiva - estuda a relação homem-trabalho sob o prisma da
concentração, atenção, memória e outros aspectos mentais. Envolvendo
aspectos como: carga mental, estresse profissional, aprendizado dificultado,
perfil indeciso;
▪ Ergonomia Organizacional - Envolve clima organizacional, cultura,
processos e políticas da empresa, projetos de trabalho, gerenciamento do
recurso humano;
Riscos acidentes/mecânicos: são aqueles que ocorrem em situações que podem levar à
acidentes, como resultados das condições do local de trabalho.
Nesse sentido, riscos mecânicos abrangem, ferramentas inadequadas/defeituosas,
arranjo físico inadequado, máquinas sem protecção adequada, armazenamento
inadequado, iluminação inadequada. Podendo derivar acidentes de trabalho, como:
22
quedas, incêndios, choques, esmagamento, corte e entre outras situações…
Hierarquia Controle de Riscos
A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir/eliminar as possibilidades

de ocorrerem problemas de segurança com o trabalhador.
A hierarquia de controle: é um processo para determinar as melhores acções
preventivas e avaliar os avanços efectivos na eliminação de situações perigosas, riscos,
que os trabalhadores estão expostos ao executar as suas actividades, reduzindo a
frequência/gravidade de doenças ocupacionais e acidentes.
É necessário primeiramente fazer a identificação dos riscos através de uma análise
minuciosa, para determinar a graduação: crítico, grave, moderado ou leve. Após essa
etapa, será necessário identificar quais medidas devem ser adotadas e qual a prioridade
necessária para controlar os respectivos riscos.
Atualmente o controle de risco mais utilizado é o fornecimento do EPI
(Equipamento de Proteção Individual).
A hierarquia de controle de riscos é representada através de uma pirâmide invertida,
constituída por 5 elementos:
▪ Eliminação: remover/eliminar qualquer probabilidade da ocorrência do

acidente, doença ou lesão. Ex.: Substituir a movimentação manual de carga
por movimentação mecânica; Eliminar completamente o lixo hospitalar;
Eliminar os produtos químicos que podem causar uma reacção perigosa à
pele
▪ Substituição: substituir o perigo, por uma alternativa mais segura; Ex.:; um
produto químico tóxico, por outro menos agressivo, que apresenta pouco
risco à saúde;
23
▪ Controles de Engenharia: é definido através das mudanças no ambiente de

trabalho de forma permanente e efetiva, garantindo que os empregados não
fiquem expostos aos riscos.
Ex.: Diminuição de pessoal na fase pandêmica, evitando aglomeração;
instalação de mecanismos de ventilação, iluminação, isolamentos de
ruídos/vibrações entre outros, eliminação de riscos ergonômicos.
▪ Controles de Administrativo: mudar o procedimento de trabalho das
pessoas; Programas de treinamento, etiquetas de aviso; Ex.: Ler a FISPQ
(Ficha de Segurança de Produtos Químicos), para quaisquer produtos
químicos em uso; reduzir o tempo de exposição do perigo, aumentando os
intervalos entre os trabalhos;
▪ EPI: são equipamentos usados para minimizar a exposição aos perigos que
causam acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
Análise Preliminar de Riscos- APR
A análise de risco, faz parte das medidas essenciais para a segurança do trabalho.
Pode ser definida, sendo um processo prévio e cuidadoso, para identificar/eliminar os
riscos existentes no ambiente de trabalho.
Visando criar estratégias, controlar, minimizar, evitar as ameaças presentes no diaa-
dia dos trabalhadores. Tem como objectivo, a realização da avaliação dos possíveis riscos
em cada etapa das tarefas dos profissionais, é essencial e primordial para eficiência da
segurança do trabalho nas empresas.
Podendo à APR, ser qualitativa ou quantativa. Dependendo do objectivo final da

empresa, levando em consideração o ambiente de trabalho e os riscos que a mesma deseja
analisar.
Qualitativa: determina a qualidade, é um tipo de avaliação que irá definir onde
estão os riscos do seu ambiente laboral, porém não dizer a intensidade desses riscos.
Quantitativa: determina a quantidade dos riscos presentes no trabalho, avaliando a
quantidade dos agentes ambientais.
24
A APR, auxilia diversos tipos de riscos de programas na segurança do trabalho,

contribuindo para elaboração e protecção mais eficaz dos colaboradores, por meio dela
definimos os EPI correctos e necessários para cada usuário e actividade de trabalho.
Para a elaboração de uma APR é necessário considerar alguns pontos importantes,
que vamos destacar:
1. Analisar as actividades: é prioritário analisar o trabalho à ser feito, definir
a sua especificidade, e incluir opiniões de pessoas com conhecimento da
matéria;
2. Identificar os riscos: os perigos devem ser identificados tão logo sejam
observados após análise das actividades, e questionar os elementos que
participam na elaboração da APR: “existe algum risco de
queimadura/incêndio? Os trabalhadores directamente envolvidos, estão
expostos a riscos químicos, físicos, biológicos?”
3. Desenvolva as medidas preventivas: após identificar os riscos que a
actividade expõe os profissionais directamente/indirectamente, é hora de
desenvolver medidas preventivas, que podem ser as estudadas na hierarquia
de controles;
4. Documente/divulgue os resultados da APR: após a finalização da APR, a
informação deve ser passada a todos colaboradores envolvidos na
actividade, lembrar que é um documento vivo, não deve ser guardado e ser
exposto somente em caso de auditoria.
Seguindo esses passos básicos, temos o necessário para a elaboração de um
documento conforme, capaz de corresponder as expectativas dos técnicos envolvidos na
actividade. Porém devemos seguir uma estrutura organizacional do documento,
obedecendo alguns processos…, como veremos a seguir:
• Empresa;
• Descrição da actividade;
• Local da actividade;
• Riscos da actividade;
• Medidas de controle;
• Responsáveis da actividade.
Para uma boa APR, é necessário também uma avaliação qualitativa do riscos,
identificando aqueles que requerem maior priorização, e isso pode ser feito, através de
dados mais precisos da Probabilidade e Severidade. Vemos as tabelas a seguir…
25
26
SEVERIDADE
Cate Denom Descrição

goria inação
I Sem Sem lesão, ou lesão superficial, sem necessidade de

dano tratamento
II Dano Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ou ao

Leve meio ambiente (os danos materiais são controláveis e/ou
de baixo custo de reparo); - Lesões leves em
empregados, prestadores de serviço ou em membros da
comunidade.
III Dano Paciente sintomático, com necessidade de intervenção

Moder (ex.: procedimento terapêutico adicional, tratamento
ado adicional), com aumento do tempo de internação, com
dano ou perda de função permanente ou de longo prazo.
IV Dano Paciente sintomático, necessidade de intervenção para

Grave suporte de vida, ou intervenção clínica/cirúrgica de
grande porte, causando diminuição da expectativa de
vida, com grande dano ou perda de função permanente
ou de longo prazo.
V Óbito Dentro das possibilidades, em curto prazo o evento

causou ou acelerou a morte.
Agora veremos o quadro das probabilidades…
PROBABILIDADE
Categoria Denominação Descrição
A Ext.Remota Possível, mas improvável de ocorrer durante o
processo/instalação
B Remota Ñ se espera que ocorra durante o processo/instalação
C Improvável Pouco provável, que ocorra durante o
D Provável Esperado ocorrer até uma vez durante o
E Frequente Certamente ocorre / o dano ocorre com muita facilidade,
várias vezes por semana ou diariamente
27
A seguir vamos analisar um exemplo de uma APR…
ANALISE PRELIMINAR DE RISCO Data: **/**/**

Pagina: 00
Numero: Empresa:
Descrição do
Trabalho:
Equipamento: Local:
28
CHECK LIST (LISTA DE VERIFICAÇÃO)

Checklist é um termo que vem do inglês: “check” que significa verificar e “list” que
podemos traduzir como “lista”. Em tradução livre, checklist é uma lista de verificação,
sendo uma ferramenta muito utilizada em diversos segmentos de atuação.
Assim, o checklist pode ser utilizado para análise de diferentes procedimentos,
locais de trabalho e equipamentos e tem como foco, assegurar que os requisitos de
segurança sejam cumpridos. Por meio dessa avaliação, é possível verificar se as normas
de segurança estão sendo cumpridas e evitar a ocorrência de acidentes.
Os principais objetivos desse serviço, são:
• Identificação dos riscos que existem no cumprimento da função;
• Verificação da obediência quanto aos procedimentos definidos;
• Impedimento da ocorrência de acidentes e outros eventos prejudiciais ao
trabalhador e à própria empresa.
Checklist de afirmação: neste tipo, quando o item avaliado está dentro do
esperado, ele é marcado como positivo e, quando o padrão não segue as condições
consideradas ideais, será marcado como negativo.
S – Sim; N – Não; P – Parcial; NA – Não se aplica
Checklist de conformidade: utiliza formulários para guiar se as situações estão em

conformidade (dentro da normalidade, dentro dos padrões ou não).
C – Conforme; NC – Não conforme; NA – Não se aplica
O primeiro passo para elaborar um checklist para segurança do trabalho consiste em

identificar os requisitos que devem ser seguidos/cumpridos durante a execução das
atividades. O checklist deve abranger todos os detalhes que envolvem as condições de
trabalho e tudo deve ser devidamente documentado.
1. Realizar o planejamento
Para obter o resultado esperado, é necessário planejar as suas ações. Um ótimo meio
de fazer o controlo dos requisitos de segurança e apoiar a sua verificação é a utilização de
formulários.
2. Especificar os requisitos a serem cumpridos
29
A definição dos requisitos a serem cumpridos deve constar no checklist e estarem

alinhados com a legislação vigente e também com as práticas internas exigidas pela
empresa.
3. Estar atento às especificações técnicas
A maioria dos Equipamentos de Protecção Individual, bem como máquinas e
ferramentas, e outros equipamentos, já vem com especificações técnicas indicadas pelo
fabricante. Essas especificações devem constar no checklist para que você não as esqueça
e o resultado do seu processo seja ainda melhor.
4. Apontar detalhes no checklist de segurança
Incluir informações detalhadas e específicas de cada ação a ser executada e as
respectivas regras é essencial para que seja possível analisar, de forma efetiva, todas as
partes do processo e todos os elementos que foram listados no checklist.
5. Atualizar o checklist
O checklist para segurança do trabalho não deve ser um documento fixo, uma vez
que as condições de trabalho se alteram continuamente e dependem de fatores externos.
Por isso, deve ser estabelecida uma periodicidade para que o documento seja atualizado
para inclusão de novas práticas.
MAPA DE RISCO
É a representação gráfica de um conjunto de factores (riscos presentes nos locais de

trabalho); Capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores (acidentes e doenças
de trabalho):
Objectivos
o Conhecer o local e processo de trabalho; o Identificar e

classificar os riscos existentes no local; o Identificar e aplicar
medidas preventivas necessárias (EPC/ EPI).
Elaboração do Mapa do Risco
• Conhecer o processo de trabalho;

• Identificar os riscos existentes no local de trabalho;
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;
30
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL/COLECTIVA
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, têm a finalidade de proteger o

trabalhador fase aos riscos ambientais, oriundos no desenrolar de uma determinada
actividade laboral.
Os EPIs não evitam os acidentes, apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer
de acidentes.
Vamos ver alguns exemplos de EPI…

Capacete de segurança: usado para protecção contra impactos, perfurações, acção
dos agentes meteorológicos etc.
Óculos de protecção: Evita a cegueira total ou parcial e a conjuntivite. É utilizado
em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e limalhas.
Proteção Respiratória
Máscaras: Protector respiratório, que previne problemas pulmonares e das vias
respiratórias, e deve ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos
nocivos. Mascaras simples para pó e mascaras de filtro para pinturas diluente.
Rosto/Viseira ou protector facial: Protege contra impactos de partículas, respingos

de produtos químicos, radiação.
31
Ouvidos/Tampão, abafadores: previne a surdez, o cansaço, a irritação e outros

problemas psicológicos.
Mãos e braços Luvas, Mangotes: previne problemas de pele, choque eléctrico,

queimaduras, cortes e raspões e devem ser usadas em trabalhos com solda eléctrica,
produtos químicos, materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes.
Pernas e pés
Botas: proporcionam isolamento contra eletricidade e humidade. Devem ser
utilizadas em ambientes húmidos e em trabalhos que exigem contacto com produtos
químico.
Tronco: Aventais, coletes, arnês, e cinto, que protegem de impactos, gotas de

produtos químicos, choque eléctrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em
trabalhos de soldagem eléctrica, oxiacetilénica, corte a quente.
32
EQUIPAMENTO PROTECÇÃO COLECTIVA- EPC
As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteção coletiva

(EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislação. Uma vez que beneficiam
todos os trabalhadores, indistintamente.
Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança
estabelecerem, devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência
Vejamos alguns exemplos:
Cone de sinalização: servem para demarcar situaçoes em

estradas/ambientes de trabalho que precisam ser limitados ou sinalizados. Principal
objectivo garantir a segurança daqueles que passam pelo local de trabalho ou estão
trabalhando naquele ambiente.
33
Fita sinaletica: Serve para delimitar uma área de trabalho, para

restringir o acesso ao pessoal não autorizado.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
No interior e exterior das instalações de uma organização, devem existir formas de

aviso e informação rápida, que possam auxiliar os elementos da organização a actuar em
conformidade com os procedimentos de segurança.
A sinalização de segurança desempenha um papel vital na comunicação de
informações de segurança. Podem minimizar o risco de um acidente num local de trabalho
e são uma forma fácil e compreensível de transmitir a sua mensagem a todos.
Tipos/ Formas de Sinais

• Perigo;
• Proibição;
• Obrigação;
• Emergência;
• Equipamento de Incêndio;
SINAIS DE PERIGO
Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal.

São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc... Têm
forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo. Ex:
34
Varios perigos Risco/Biologico Morte/Toxidade Subst.Corrosivas Subst.Inflam.
Sinais de Proibição
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no sinal.

São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc…,
têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma o preto e o fundo branco.
Fumar Utilizar Água Empilhadeira Pessoas Ñ Autorizadas
Sinais de Obrigação
Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no

sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos,
etc…, têm forma circular, fundo azul e pictograma o branco. Ex:
Capacete Máscara Facial Botas Tampão de ouvido ViseiraFacial
Sinais de Emergência
Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no

sinal. São utilizados em instalação, acessos e equipamentos, etc…, têm forma rectangular,
fundo verde e pictograma a branco. EX:
35
Primeiros Socorros Maca Lavagem dos Olhos Banho de Segurança
SINAIS EQUIPAMENTO DE INCÊNDIO
ESPAÇO CONFINADO
Diversas actividades laborais, são necessárias medidas extremas de segurança, para

preservação do maior bem existente, à vida.
Uma dessas actividades, são os trabalhos em espaços confinados, são muito
comuns no sector insdustrial, e por conta das características específicas, requerem
bastante cuidado, dos que trabalham directamente/indirectamente com essa actividade,
de formas a evitar acidentes.
Espaço Confinado: São Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não

projetado para ocupação humana contínua. Possui meios limitados de entrada e saída. A
ventilação existente é má, ou até mesmo inexistente.
36
Exemplos de Espaços Confinados
Algumas pessoas tem dificuldades em definir o que são trabalhos em espaços

confinados, por essa razão vamos ver alguns exemplos dessa actividade laboral…, Ex:
▪ Tanques;
▪ Silos;
▪ Vassos de pressão;
▪ Contentores;
▪ Porão;
▪ Vagão;
▪ Tuneis
▪ Esgotos;
Os espaços confinados, variam de sector em sector, quer insdustrias, construção,

agricultura. Por exemplo o caso de sector de construção, podemos estar diante de
espaços confinados, como esgotos, tuneis, valas e outos.
Apesar de estarem presentes em diversos sectores, as actividades laboarais
realizadas, nesses espaços resumem- se em:
▪ Manuntenção/limpeza/reparos;
▪ Inspeção/Instalação de equipamentos;
▪ Operações de salvamento/Resgate de acidentados;
Responsabilidades da empresa E/Confinados

▪ Interromper/abondonar o local em caso de suspeita de risco grave e iminente;
▪ Capacitar os trabalhadores e garantir que eles conheçam os procedimentos de
trabalho/salvamento;
37
▪ Permitir somente à entrada depois da autorização da PET

▪ O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergência e resgate
adequados ao E/C;
Responsabilidades dos trabalhadores E/C

▪ Comunicar situações de risco;
▪ Usar EPI correctamente;
▪ Seguir as orientações dadas nos treinamentos.
Riscos De Trabalhos E/C

▪ Riscos físicos: ruído, calor humidade;
▪ Riscos Químicos: contaminantes, gases, podem causar asfixia, intoxicação;
▪ Riscos Biológicos: microorganismos patogenicos;
▪ Riscos Ergonômicos: posturas inadequadas, esforços excessivos;
▪ Riscos Mecânicos: inundação, desabamentos;
Como Reduzir os Riscos E/C
❖ Descontaminação dos locais de trabalho;

❖ Sinalização/Iluminação adequada;
❖ Isolamento da área;
❖ Uso de EPI/EPC;
EPI/EPC Em Trabalhos De E/C

▪ Capacete de protecção;
▪ Botas de Segurança;
▪ Óculos de protecção;
▪ Luvas de protecção;
▪ Máscaras de protecção;
Ainda podemos ter adicionalmente os seguintes cuidados como medida de
prevenção, não fumar; velas, fósforos, não devem ser utilizados, o fornecimento de
equipamentos, como: Lanternas, rádios de comunicação, detectores de gases prova de
explosão.
38
Permissão De Entrada e Trabalho- PET
É um documento de segurança para o trabalho em E/C, com objectivo de garantir

que o ambiente de trabalho tenha condições adequadas de saúde e segurança para os
profissionais. Deve conter também planos de emergência e resgate.
Tal como os outros documentos que vimos, a PET, deve obedecer a seguinte
extrutura:
Ainda deve obedecer a seguinte extrutura:
❖ Nome da empresa;
❖ Local do E/C;
❖ Data/hora;
❖ Actividade a ser realizada;
❖ Trabalhadores autorizados;
❖ Procedimentos na entrada/durante/saída do trabalho; Ainda pode ter
adicionalmente os seguinte detalhes/critérios:
❖ Formações da equipe com, supervisores, vigias, e outros envolvidos.
❖ Inspecção e testes dos equipamentos;
❖ Exames médicos para os trabalhadores que vão entrar ao espaço;
❖ Conhecimento dos riscos e medidas de controle; Vamos analisar um modelo à
seguir:
39
40
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
A prevenção e combate à incêndio, é um assunto complexo, e de extrema

importância. Independente do espaço onde nós tivermos inseridos, quer seja em casa,
trabalho, ou ainda em outro local, por essa razão devemos abordar com bastante
seriedade, e procurar saber todas tacticas de prevenção de incêndios. Mas antes veremos
alguns conceitos importantes:
Fogo: é um processo químico de transformação, que desprende luz e calor devido à
combustão de materiais diversos.
Incêndio: é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente
perigosa para os seres vivos e as estruturas.
41
A exposição a um incêndio pode produzir a morte, geralmente pela inalação dos

gases(co2), desmaio causado por eles, ou ainda pelas queimaduras graves.
Para que haja fogo, é necessário a composição desses três (3) elementos
nomeadamente: Combustível (sólido, liquido e gasosos); Comburente (oxigênio, lítio
potássio etc.); Calor (energia inicial que provoca calor – faísca). A junção desses
elementos, é comumente chamada de “Triangulo de fogo” que pode ser ilustrado na
imagem seguinte:
As causas de incêndio, podem ser diversas, dentre elas seleccionamos as seguintes:

▪ Manter próximos materias combustíveis de fontes de energia/calor;
▪ Instalações eléctricas em estado precário, inadequadas, improvisadas etc.;
▪ Produtos químicos que reagem entre si, guardados juntos; ▪ Mal uso do fogo; etc.
E para extinção do mesmo, podemos recorrer a 3 metodos distintos:
▪ Abafamento - Retirar o oxigénio do ar, não existirá fogo em ambientes com

menos de 14 % de O2;
▪ Arrefecimento - Retira o calor ;
▪ Eliminação do combustível - Retira o material combustível do ambiente
incendiado;
CLASSES DE INCÊNDIOS
Para se combater um incêndio usando os métodos adequados extinção rápida e

segura, há a necessidade de entendermos quais são as características que definem os
combustíveis.
Existem cinco (5) classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores órgãos
voltados ao estudo do tema, sendo elas:
Classe A – materias consumivéis, aqueles que são consumidos inteiramente pelo
fogo e deixam cinzas, residuos. Ex: Madeira, plástico, papel, carvão, algodão, etc.
42
Classe B – líquidos/gases inflamavéis; diferente dos elementos da classe anterior,

esses não deixam resíduos Ex: Combustivéis líquidos, álcool, diluentes, verniz, gás etc.
Classe C – essa classe, alberga todo tipo de fogo derivado de materiais electricos;
Ex: Quadros de energia, geradores, tomadas, etc.
Classe D – derivada de fogos que actuam em combustão de metais. Ex:
Aluminínio, cálcio, titânio, sódio, potássio, magnésio, etc.
Classe K – fogos derivados de óleos, gorduras, em ambientes como cozinha.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

▪ Extinção por resfriamento - consiste na diminuição da temperatura, calor;
▪ Extinção por abafamento - consiste em impedir que o comburente, permaneça em
contacto com o combustível;
▪ Extinção por isolamento e extinção química - visa atuar na retirada do combustível
da reação.
CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES

Os extintores fazem parte dos EPC, e devem actuar no inicio do fogo, e não quando
o fogo já tiver propagado. E mais importante, devemos conhecer bem os extintores, para
termos exitos no combate ao fogo. Vamos conhecer alguns deles…
43
A esquerda, temos um extintor que actua na Classe K(óleos, gorduras, afins), e a

direita, temos um extintor de Classe D, que actua em metais.
SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIOS

Como já referenciamos, os extintores devem ser usados apenas no ínicio do fogo,
após uma propagação maior do fogo, tornando- se um incêndio, devemos optar por
medidas mais seguras, como recorrer ao corpo de bombeiros, ou ainda se a nossa
instalação tiver, accionar o sistema de combate a incêndios. Mas o que é ao certo um
SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO??
SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIOS: um conjunto de medidas para

detectar e contrrolar o rasto de do fogo, facilitando seu combate e garantido, segurança
das pessoas, bens, e instalação.
44
Encontramos um SCI, em extruturas de grande porte, como industrias, zonas

economicas, edificios grandes.
Para um sistema de incêndio eficiente, é necessário outros motores em
funcionamento, como compressores, paineis de controle, para o controle e bom
funcionamento mecânico e automático do sistema de incêndio, fazer manuntenções
preventivas, testes para testar a funcionalidade de tempos em tempos.
BOCAS DE INCÊNDIO
É um terminal hidráulico com registro, dotado de mangueira e esguicho, localizados

normalmente nas paredes dos corredores das edificações, conhecidos popularmente como
caixas de incêndios, dentro de caixas vermelhas, que servem para combates de incêndios,
substindo os extintores, usados para propagações de fogos em larga escala.
PLANOS DE EMERGÊNCIA
Plano de emergência, é uma estrategia elaborada para garantir que será possível
evacuar o pessoal com segurança, caso ocorra um acidente com maiores proporções.
Pode ser responsável por salvar a equipe de trabalho, em situações de incêndio,
desabamentos, explosão, ou ainda qualquer outra situação que deve ser considerada
emergente.
Além das questões humanas que é a principal, o plano de emergência também pode
levar em consideração questões materiais, prevê medidas para proteger, os principais
equipamentos da empresa.
Os tecnicos de SHST, que actuam na empresa, devem ser responsáveis pela

implementação de um PDE, ou ainda CPAT, porém como é um documento que beneficia
a todos, os tecnicos podem trabalhar com outros membros da empresa, visando criar um
PDE, que satisfaça, responde as necessidades de todos em caso de emergência.
Para elaboração de um PDE satisfatorio, é necessário ter em conta, outros

documentos adminstrativos, como APR, MAPA DE RISCO, que acarretam informações
relevantes de situações, e áreas de maiores riscos.
45
Detenção e análise de riscos: Devemos tomar como ponto de partida o

reconhecimento de quais são os riscos que existem na organização. Isto
permite a identificação dos possíveis tipos de emergências;
A cada risco detectado, é preciso estabelecer quais serão as ações para mitigar o
problema caso alguma eventualidade ocorra.
• Acionamento do plano de emergência: Depois de elaborado e com todos
os colaboradores instruídos, é importante definir como será feito o
acionamento do plano de emergência caso alguma situação aconteça;
Esse passo é fundamental para garantir que nenhum colaborador fique sem saber o
que está acontecendo ou sem saber o que fazer.
• Conhecer a planta da empresa: Estruturas de construção recentes,

possuem pontos essenciais, como áreas de escape, saídas de emergência,
acessos estratégicos e outros meios. Mas é importante que todos conheçam
esses locais;
• Implementar o PDE: podemos fazer isso, por preparar os colaboradores,
que estarão na linha de frente das ações a serem tomadas, os profissionais
poderão conhecer os detalhes estratégicos da ação, capacitar, treinar os
envolvidos para que tudo saia conforme o planejado;
• Revisar o PDE;
• Fazer simulações de Risco;
VANTAGENS DO PLANO DE EMERGÊNCIA
São inúmeras as vantagens de se ter um PDE, implementado numa empresa. Vantagens

como:
▪ Preservação das vidas dos colaboradores: Este passa por ser o principal motivo
por trás do desenvolvimento de um plano de emergência.
Afinal, o capital humano uma vez perdido não pode ser reposto. Por isso, todo
cuidado com o bem-estar dos colaboradores ainda é pouco.
▪ Redução de danos: Além da mitigação de riscos ao capital humano, um plano de

emergência também diminui as perdas econômicas, uma vez que também age na
prevenção de acidentes e destruição de estrutura;
46
▪ Conscientinza os colaboradores na questão da segurança;

▪ Assegura cuidado a todos os funcionário;
É um documento de extrema relevância para empresa, e deve ser sabido por todos
colaboradores da empresa, todos devem cultivar a politica de segurança da empresa,
inclusive, sabendo os procedimentos emergentes da empresa. Perante uma situação de
emergência e evacuação os trabalhadores devem:
❑ Manter a calma;
❑ Seguir as instruções das equipas de evacuação;
❑ Dirigir-se para o ponto de encontro e guardar novas instruções;
Algumas informações obrigatórias devem constar no PDE, como por exemplo a

apresentação de uma planta de risco. Ela tem como objetivo facilitar o acesso ao
ambiente para as equipes de emergência.
A planta deve estar sempre à vista, preferencialmente na entrada do ambiente de trabalho.
Além disso, outras informações devem constar, como:
• Tipo de construção;
• Natureza da ocupação;
• Pessoas que ocupam o espaço, total, por setor, área e andar (em caso de prédios);
• Informações de funcionamento;
• Se existem pessoas com necessidades especiais;
• Quais os recursos humanos e materiais disponíveis.
47
CONCLUSÃO
Foram abordados vários temas nesse manual, desde a história, legislação,

acidentes, incidentes de trabalho, perigos, riscos, e alguns modelos de trabalhos
imprencidiveis, trabalhos em espaços confinados, EPI/EPC, Sistemas de combate ao
incendio, PDE, para melhoria continua do trabalho, tudo relacionado a SHST.
Informações que postas em práticas, ajudam todos colaboradores, incluindo o

próprio tecnico.
ESPERO DO FUNDO DO CORAÇÃO, QUE ESSE MANUAL, POSSA SERVIR

DE MODO UTIL, COMO GUIA DE PESQUISA, CONSULTA,
INSTRUÇÃO…, do seu formador Cândido Cassule.
48

Cópia de MANUAL DE HSST GONCA HSE

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Cópia de MANUAL DE HSST GONCA HSE

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Manual de Higiene Saúde e Segurança no Trabalho 2023

MANUAL DE HIGIENE, SAÚDE SEGURANÇA

Hierarquia Controle de Risco………………………………………………………………………………………….22

Prevenção e Combate Incêndio…………………………………………………………………………………….40

• Todos os ambientes da fábrica devem ser ventilados

Apesar de ser considerado um avanço sobre a proteção do trabalho, o acto de 1802

No século XX foram criados vários organismos com o objetivo final de proteção do

1919 OIT Organização Internacional do Trabalho

Legislação Angolana do Trabalho:

ARTIGO 85º - Obrigações gerais do empregador:

a. Tomar as medidas necessárias no âmbito da segurança, saúde e higiene no

ARTIGO 87º - Obrigações dos trabalhadores:

ARTIGO 91 - Competência da Inspeção Geral do Trabalho:

a) A fiscalização do cumprimento das disposições legais regulamentares sobre

CONCEITOS SEGURANÇA HIGIENE SAÚDE NO TRABALHO

Segurança Higiene e Saúde no trabalho: é um conjunto de normas e regulamentos

Técnico De Segurança Saúde Higiene Trabalho, É Responsável Por:

e) Criar Comissão de Prevenção de Acidentes de Trabalho/CPAT;

b. Auxiliar na promoção e instrução dos trabalhadores em matéria de

c. Sugerir ou dar pareceres aos programas de prevenção e apoiar os Serviços de

ACIDENTE DE TRABALHO VS INCIDENTE DE TRABALHO

Se lhe questionassem, a diferença entre Acidente vs Incidente de trabalho, como

O Diário da República no seu Decreto 53/05 15 de Agosto no seu capítulo 2, artigo

E ainda de acordo com o mesmo Decreto 53/05 15 de Agosto, as seguintes situações

Incidente de trabalho: é um acontecimento que pode causar acidente de trabalho,

EXEMPLOS ACIDENTE VS INCIDENTE DE TRABALHO

Para elucidar melhor ambos conceitos, vamos ver alguns exemplos:

Fig1-acidente transporte carga pesada Fig2-acidente transporte carga pesada

Ex2Acidente de trabalho: um trabalhador, subindo degraus de uma escada,

Ex3Acidente de trabalho: um trabalhador que actua no ramo da limpeza, pode

Agora vamos observar alguns exemplos de incidentes de trabalho;

Pode ocorrer que um acidente de trabalho possa levar o trabalhador à ausentar- se

Vamos ver com mais detalhes cada um desses afastamentos.

Incapacidade Temporária: é a ausência da capacidade para o trabalho por um período

CONSEQUÊNCIAS/INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Quando ocorre um acidente de trabalho, naturalmente que gera algum impacto no

Alguns passos para investigação de acidentes de trabalho ocorridos:

Atenção que as análises de investigação de acidentes devem ser canalizadas para a

O importante na investigação de acidentes de trabalho, não é identificar os erros do

PERIGO VS RISCOS DO TRABALHO

Em qualquer actividade de trabalho, não há isenções de perigos/riscos. Por esta

Risco: é a probabilidade da ocorrência de uma lesão/dano, em virtude da exposição

Podemos ainda equacionar, afirmando o seguinte: R= P*S.

S = corresponde à Severidade, gravidade, consequência, medem a magnitude do

Classificação dos Riscos

EXEMPLOS DE PERIGO VS RISCO

Ex1Perigo: fumar/acender fogo numa bomba de combustível; Ex1 Risco: mais do

TIPOS DE PERIGO vs TIPOS DE RISCO

Matérias: substâncias tóxicas-solventes, ácidos, metais, plásticos, gases, resinas…,

Grupo Identificação Risco Cor Risco

Vamos analisar mais detalhadamente cada risco…

Visando controlar os níveis de ruído, e outros agentes físicos nocivos ao homem,

Fig. Dosímetro Fig. Sonómetro

Riscos Químicos: É a possibilidade de um trabalhador, sofrer algum dano devido a

Riscos Biológicos: É a possibilidade de um trabalhador, entrar em contacto com

Riscos Ergonômicos: é todo factor que possa interferir nas características

quedas, incêndios, choques, esmagamento, corte e entre outras situações…

Hierarquia Controle de Riscos

A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir/eliminar as possibilidades

▪ Eliminação: remover/eliminar qualquer probabilidade da ocorrência do

▪ Controles de Engenharia: é definido através das mudanças no ambiente de

Análise Preliminar de Riscos- APR

Podendo à APR, ser qualitativa ou quantativa. Dependendo do objectivo final da

ANALISE PRELIMINAR DE RISCO Data: //**