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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências Sociais Humanas


Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Analise das doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no


emprego

Otília Mateus Banze – 31220389

Xai˗Xai, Junho de 2022


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Analise das doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no


emprego

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Gestão de Recursos Humanos da UNISCED

Tutor: Hebreu Manuel Raice

Otília Mateus Banze – 31220389

Xai – Xai, Junho de 2022

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Resumo

O termo qualidade de vida no trabalho é um assunto que vem sendo bastante discutido dentro
das organizações, por se tratar de um assunto que visa possibilitar ao trabalhador motivação,
satisfação, sentimento de bem-estar e um ambiente mais agradável para se trabalhar. Tem como
objetivo demonstrar quais são as principais vantagens adquiridas, para os trabalhadores e para
a organização, quando são adotados pela empresa programas de qualidade de vida no trabalho.
Abordando a história, o conceito e os modelos, ressaltando o estresse ocupacional, a fim de
descrever como surgem, quais são suas principais causas e suas consequências em relação à
organização. O estresse ocupacional é um dos problemas mais comum encontrado na
organização, que pode desencadear algumas influências, tanto no rendimento profissional como
na vida pessoal, desencadeando sérios problemas a saúde. Os colaboradores passam a maior
parte do tempo nas organizações, facilitando, assim o surgimento de doenças, que influenciam
seu rendimento profissional. Tem como classificação metodológica a pesquisa qualitativa, com
o objetivo de desenvolver um estudo mais aprofundado sobre o tema, tão importante para as
organizações. Sendo que as ferramentas metodológicas utilizadas neste estudo enfatizam a
revisão bibliográfica, que seleciona e utiliza bibliografia correspondente através de materiais
disponíveis em publicações em artigos, livros, documentos encontrados na internet, entre outros.
Uma boa qualidade de vida no trabalho é essencial para o sucesso da organização, pois
trabalhadores motivados e satisfeitos trabalham com mais vontade e prazer, proporcionando
para a organização resultados satisfatórios e positivos.

Palavras-chave: Qualidade de Vida no Trabalho; Estresse; Motivação.

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Índice
Resumo ......................................................................................................................................iii

1. Introdução............................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 1

1.1.1. Geral ............................................................................................................................. 1

1.1.2. Específicos ................................................................................................................... 1

2. Revisão da literatura ............................................................................................................ 2

2.1. Quadro conceptual ........................................................................................................... 2

2.1.1. Doenças Ocupacionais ................................................................................................. 2

2.1.2. Algumas doenças ocupacionais ................................................................................... 2

c) Estresse ................................................................................................................................ 2

3. Apresentação de Resultados ................................................................................................ 4

4. Considerações Finais ........................................................................................................... 8

5. Referências bibliográficas ................................................................................................... 9

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1. Introdução

A Qualidade de Vida no Trabalho é um termo que vem sendo desenvolvido nas organizações,
com o objetivo de proporcionar um sentimento de bem-estar e de segurança para os
colaboradores. Antigamente as empresas se preocupavam apenas com a produtividade e o
crescimento econômico, deixando em segundo plano os valores humanos e ambientais.
Resultando em trabalhadores insatisfeitos, desmotivados e principalmente, resultando em
trabalhadores estressados com o trabalho realizado, prejudicando a saúde física e mental.

De acordo com Oda e Marques (2009), dentre os direitos fundamentais do homem e, por
consequência, do trabalhador, está o direto de usufruir de uma vida saudável, com qualidade e
livre de ameaças à sua integridade física e mental, inclusive livres de problemas e doenças
ocasionados pela realização do trabalho. Os problemas relativos à saúde, ao meio ambiente e à
qualidade de vida no trabalho vêm ganhando grande destaque e sendo bastante discutido dentro
das organizações, com objetivo de conscientizar e aplicar programas de saúde e de segurança
no trabalho, abordando problemas laborais como lesões por esforços repetitivos, neuroses e
principalmente abordando problemas como o estresse através do trabalho.

1.1.Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar as doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no


emprego.

1.1.2. Específicos

 Identificar as doenças ocupacionais;


 Mencionar as principais doenças ocupacionais;
 Descrever as consequências das doenças ocupacionais.

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2. Revisão da literatura

2.1.Quadro conceptual

2.1.1. Doenças Ocupacionais

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1946), saúde é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença.

Para Chiavenato (2010), saúde ocupacional pode ser conceituada como a ausência de doença,
como também, o estado físico, mental e social de bem-estar. Percebe-se que esta definição é
bastante subjetiva, pois depende de cada indivíduo particularmente, pois a cada momento, em
função dos acontecimentos vivenciados no dia-a-dia, das demandas que enfrentadas, nossa
saúde e o nosso bemestar são afetados.Nesse contexto, há sempre um desafio a percorrer em
busca do equilíbrio orgânico, mental, emocional e espiritual. São como ciclos que se repetem e
se sucedem.

2.1.2. Algumas doenças ocupacionais

a) Asma Ocupacional
Causada pela inalação de agentes tóxicos que causam alergia, a asma se caracteriza pela
obstrução das vias respiratórias do trabalhador por poeiras de substâncias como algodão,
borracha, linho, madeira, etc. É a doença respiratória mais comum relacionada ao trabalho.

A sua prevenção depende, em grande medida, da utilização de adequados equipamentos de


proteção individual. A eficácia do tratamento, quando a patologia já está instalada, depende do
afastamento do trabalhador dos agentes causadores da obstrução de suas vias áreas.

b) Dermatose ocupacional
É uma doença do trabalho, que se caracteriza por alterações na pele e na mucosa do trabalhador,
em razão da sua exposição a determinados agentes nocivos durante o desempenho de suas
atividades laborais, como a graxa ou óleo mecânico, por exemplo. O termo engloba os seguintes
males: dermatite de contato, ulcerações, infecções e cânceres.

c) Estresse

Silva e Marchi apud Silva (2002) afirmam que o estresse é um estado intermediário entre saúde
e doença, um estado durante o qual o corpo luta contra o agente causador da doença.
Chiavenato (2004) descreve estresse como:[...] um conjunto de reações físicas, químicas e
mentais de uma pessoa a estímulos ou estressores no ambiente. É uma condição dinâmica, na

2
qual uma pessoa é confrontada com uma oportunidade, restrição ou demanda relacionada com
o que ela deseja (Chiavenato, 2004).

Para Dejours (1999), o estresse são sobrecargas impostas, que influem poderosamente sobre a
percepção que o sujeito tem sobre seu próprio corpo.

d) Surdez temporária ou definitiva


Caracterizada pela perda da sensibilidade auditiva em razão da intensa e prolongada exposição
a ruídos. É uma doença do trabalho, pois, embora possa se relacionar diretamente com o
exercício da atividade profissional, não é típica de uma função específica, mas pode ser
desencadeada por qualquer pessoa submetida às mesmas condições, independentemente de sua
ocupação laboral.

e) Antracose Pulmonar
Doença do trabalho, incidente em trabalhadores das carvoarias, submetidos à inalação contínua
de agentes causadores de lesões pulmonares. Embora seja comum nesse segmento profissional,
ela não é exclusiva dessa categoria de trabalhadores, podendo ocorrer em qualquer pessoa
moradora de grandes centros urbanos. O tratamento exige o afastamento do trabalhador do
agente patógeno.

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3. Apresentação de Resultados

A pesquisa foi realizada na empresa Mocita da Macia, localizada no Distrito de Bilene,


província de Gaza que se dedica ao processamento de castanha de caju. Quanto a delimitação
temporal, a mesma corresponde ao período de 2019 a 2021.

Quanto ao tipo ou forma de abordagem, a pesquisa é qualitativa. Esta pesquisa é qualitativa na


medida em que recorreu-se à uma abordagem não-estruturada, de carácter exploratório baseada
em pequenas amostras, o que que permitiu melhor compreensão do contexto do problema e
conhecimento profundo do fenómeno estudado, conforme ensina (Fonseca, 2009, p. 50).

Quanto à natureza, a presente pesquisa é descritiva. Segundo Terense e Filho (2006, p. 49), a
pesquisa descritiva visa caracterizar certo fenómeno, estabelecendo relações entre variáveis, o
que envolve o uso de técnicas de colecta de dados padronizados, o exemplo do questionário.

Quanto aos objectivos ou finalidade, optou-se pela pesquisa exploratória. Quanto as técnicas de
recolha de dados recorreu – se a pesquisa bibliográfica e qustionario fechado.

Para o efeito foram entrevistados 25 funcionários do total de 65 que compõem a empresa.

Já sentiu algum desconforto físico ou cansaço mental desempenhando sua função?

Desconforto físico ou cansaço mental

Nao
, 5,
20%
Sim, 20,
80%

Sim Nao

Através do gráfico é possível observar que a grande maioria dos entrevistados, já sentiram
algum desconforto físico e/ou mental enquanto desempenham suas funções laborais, todos
devem ficar atentos a esses sinais que o corpo envia, pois pode desencadear uma doença
ocupacional ou profissional.

4
Se sim, com que frequência?

Com que frequencia ocorre?

as vezes
25% sempre
40%

rarament
e
35%

sempre raramente as vezes

Neste gráfico a questão foi dirigida apenas a aqueles que confirmaram que sentem desconforto
no desempenho de suas atividades, e é possível observar que esta nivelada a percentagem de
ocorrências desses casos que ocorrem vez ou outra e sempre, é o que tem maior percentagem.

Diante destes resultados é possível que alguns funcionarios tenham sofrido de doenças
ocupacionais como Lesão por Esforço Repetitivo que é causada pelo exercício prolongado e
repetitivo de determinado movimento, ela reduz significativamente a capacidade do indivíduo
para o trabalho, podendo levar à aposentadoria por invalidez.

Alguma vez teve um sentimento de exaustão físico e emocional, acompanhado de um


profundo sentimento de frustração e insucesso?

Exaustão físico e emocional, acompanhado


de um profundo sentimento de frustração e
insucesso

Nao
16%

Sim
84%

Sim Nao

5
Os dados da pesquisa mostram que mais que a metade dos funcionários da empresa já passaram
por situação de exaustão física e emocional o que representa sinais de síndrome de Burnout.
Nas palavras Maslach e Jackson (1982) este síndrome representa representa um cansaço
emocional que leva a umaperda da motivação e que progride para sentimentos de inadequação
e fracasso.

Na empresa em que você trabalha existe a prática de ginástica laboral?

Ginástica Laboral

Nao
40%

sim
60%

sim Nao

De acordo com os entrevistados, 60% afirmam que a empresa fornece a ginástica laboral, o que
mostra um nível bom de interesse da empresa Mocita, no que diz respeito a saúde do
colaborador.

Participa Diariamente?

Participa
Participa Diariamente?,
Diariamente?, Sim, 40%
Nao, 15, 60%

Sim Nao

6
Apesar de aempresas que fornecer a ginástica laboral, apenas 40% dos colaboradores a fazem
todos os dias, o que é péssimo já que a pratica da ginástica é para o bem estar do próprio
colaborador e ele pouco usufrui dela.

A empresa onde trabalha fornece condições adequadas para o trabalho?

Empresa fornece Condiҫões Adequadas


de Trabalho

Nao
48% Sim
52%

Sim Nao

Nesta questão apenas 58% que responderam sim. Uma percentagem extremamente baixa, talvez
por esse motivo é que a grande maioria dos entrevistados sentem desconforto físicos e/ou
psicológicos.

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4. Considerações Finais

As doenças ocupacionais e laborais não são desejadas, nem pelos empregadores e muito menos
pelos colaboradores. E elas são causadas pela execução do trabalho ou pelas condições em que
o colaborador é exposto, porém isso na grande maioria dos casos pode ser evitado através de
medidas preventivas de proteção ao colaborador.

Através da pesquisa de campo feita para esse Trabalho, pode-se constatar que empresa Mocita
ainda se preocupa pouco com a implantação de formas de prevenção as doenças do trabalho, e
o que mais preocupa, é que quando a empresa fornece condições decentes de trabalho é o
colaborador que não as adere. Esse tipo de negação por parte dos colaboradores pode ser por
falta de conscientização ou até por motivos culturais, sendo que campanhas de conscientização
é o melhor caminho para mudar isso.

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5. Referências bibliográficas

Bellusci, S. M. (2003). Doenças profissionais ou do trabalho. 5. ed. São Paulo: Editora SENAC
São Paulo.

Chiavenato, I. (2004). Gestão De Pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier.

Chiavenato, I. (2004). Gestão de Pessoas. 4ª Edição. São Paulo: Atlas .

Chiavenato, I. (2010). Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier.

Dejours, C. (1999). A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro, Fundação GetúlioVargas,


1999.
Ferreira L. R. C. & Martino M. M. F. (2006) O estresse do enfermeiro: análise das publicações
sobre o tema. Revista de Ciências Médicas. Campinas (SP), vol.15, n.3, (pp. 241-248),
maio/junho. 2006.

Wolfe, G. B. (1981). of therapists: inevitable or preventable? Phys Ther. Disponível em:


repositorio.unesc.net/.../Daiani%20Damiani%20Pagani...Acesso em: 20/05/2013.

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