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MEDICINA DO TRABALHO

Prof. Joaquim Marques


Esp. Em Medicina Legal e Perícias
Médicas
Objetivos da aula

• Conceituar Medicina do Trabalho


• Conhecer a evolução histórica da Medicina do Trabalho
• Conceituar acidente de trabalho
• Conhecer os tipos de acidentes de trabalho
• Conhecer as formas de emissão da CAT
MEDICINA DO TRABALHO
CONCEITO

A Medicina do Trabalho é a especialidade médica que lida com as relações


entre homens e mulheres trabalhadores e seu trabalho, visando não somente
a prevenção dos acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho, mas a
promoção da saúde e da qualidade de vida.

OBJETIVO

Assegurar ou facilitar aos indivíduos e ao coletivo de trabalhadores a


melhoria contínua das condições de saúde, nas dimensões física e mental, e
a interação saudável entre as pessoas e, estas, com seu ambiente social e o
trabalho

Orientada para a prevenção e a assistência do trabalhador vítima de acidente,


doença ou de incapacidade relacionados ao trabalho e, também, para a
promoção da saúde, do bem estar e da produtividade dos trabalhadores, suas
famílias e a comunidade.
EVULOÇÃO HISTÓRICA DA MEDICINA DO TRABALHO
As doenças relacionadas aos processos de trabalho se
modificaram com a evolução do trabalho em cada época, pela
mudança em cada período da carga biológica, psíquica, social e
econômica exigida em cada processo.

A primeira fase que Posteriormente a essa A mudança desse Iniciam-se, então, as


identificamos como fase, encontramos modelo trabalhista primeiras
processo de trabalho registros de agrícola e de concentrações de
na evolução humana atividades agrícolas, pastoreio pessoas em
foi para que este com o aprendizado do para o modelo trabalhos industriais e
conseguisse suprir homem em industrial acontece que, por ser uma
suas necessidades cultivar e armazenar após a descoberta atividade nova,
para sobrevivência. seu cultivo, podendo da apresentava alto
comercializar aquilo energia hidráulica, índice de acidentes.
que lhe era excedente. da máquina a vapor
e da eletricidade.

Advento da
Necessidade de Modelo Urbanização e
agricultura e
sobrevivência industrial novas tecnologias
propriedade privada
HISTÓRIA DA MEDICINA DO TRABALHO

Ao longo da história, mas com evolução ao longo dos anos, o


homem passou a demonstrar preocupação com a saúde e a
segurança dos trabalhadores. Acidentes e doenças com graves
consequências para a integridade física e para a saúde dos
trabalhadores surgiram, assim como o interesse em estudá-los.

Muito do desenvolvimento atual da área de segurança do trabalho


se deve aos que perderam a vida ou ficaram incapacitados em
decorrência da utilização de novas tecnologias, novos processos e
novos produtos que demonstraram ser prejudiciais ao longo do
tempo, uma vez que não se conheciam os riscos, até que
estudassem os seus efeitos.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Hipócrates (460 a.C.)

Famoso mestre de medicina no livro “Ares, Águas e


Lugares” descreve o quadro clínico da intoxicação
saturnina (chumbo) em um mineiro.
Apesar de descrever o quadro, omite totalmente o
ambiente de trabalho e a ocupação.

Platão( a.C.)

Constatou e apresentou enfermidades específicas do


esqueleto humano que acometiam determinados
trabalhadores no exercício de suas profissões
Plínio, o velho (23 a 79 Dc)

Descreve o aspecto dos trabalhadores expostos ao


chumbo, ao mercúrio e à poeira. Menciona a tentativa dos
escravos em usar panos ou membranas (bexiga de
carneiro) para atenuar a exposição às poeiras – tentativa de
evitar a “ASMA DOS MINEIROS”.

Georg Bauer (Georgius Agrícola) - 1494-1555

Livro: DE RE METALLICA: No último capítulo descreve


sobre acidentes de trabalho e doenças mais comuns
entre os mineiros, onde dá destaque à Asma dos
Mineiros. A descrição da doença sugere que se tratava
da SILICOSE. “As mulheres chegavam a casar sete vezes,
roubadas que eram de seus maridos, pela morte
prematura encontrada na ocupação que exerciam”
Bernardino Ramazzini (1633-1714) - “ Pai da
Medicina do Trabalho

As Doenças dos Trabalhadores. Descreve


doenças que ocorrem em mais de 50 profissões.
Acrescentou à anamnese de Hipócrates:” qual a
sua ocupação?”

ADVENTO REVOLUÇÃO INDUSTRIAL -1760 a 1830 - Se ateve praticamente a


Inglaterra. Surgiram as primeiras máquinas
movidas a vapor.
Em torno de 1760 surge a Revolução
Industrial na Inglaterra, com o -1830 a 1900 - difundiu-se pela Europa e
aparecimento das máquinas de América. Surgiram novas formas de energia:
FASES

Hidrelétricas e novos combustíveis (gasolina)


tecelagem movidas a vapor (tear
mecânico). O artesão e sua família
-1900 em diante – Várias inovações surgiram:
passam a trabalhar nas fábricas energia atômica, meios de comunicação
rápida, produção em massa.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Objetivo do empregador era manter os empregados trabalhando

Industrial Robert Dernham procurou o Dr. Robert Baker, seu médico, pedindo que
indicasse qual a maneira pela qual ele, como empresário, poderia manter seus
empregados sadios. – IDÉIA DE COLOCAR O MÉDICO NA FÁBRICA (MEU MÉDICO É
MINHA DEFESA)

Várias greves operárias reivindicando melhores condições de trabalho

Péssimas condições físicas dos


Trabalhadores gera uma epidemia

1802 - O parlamento inglês através de uma comissão de inquérito, aprovou a 1° lei de


proteção aos trabalhadores: Lei de saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo limite
de 12 horas de trabalho/dia, proibindo o trabalho noturno.
Charles Thackrah e Percival Lott
Em 1830, foi publicado na Inglaterra um livro
sobre doenças ocupacionais por Charles
Thackrah e Percival Lott (“Os efeitos das
principais atividades, ofícios e profissões, do
estado civil e hábitos de vida, na saúde e
longevidade, com sugestões para a remoção de
muitos dos agentes que produzem doenças e
encurtam a duração da vida”). A obra contribuiu
para o desenvolvimento da legislação
ocupacional.

“Lei das Fábricas


Em 1833, também na Inglaterra, foi criada a
“Lei das Fábricas” que fixava em 13 anos a
idade mínima para o trabalho, proibia o
trabalho noturno para menores de 18 anos e
exigia exames médicos das crianças
trabalhadoras.
Em 1869, na Alemanha e em 1877, na Suíça foram instituídas leis que
responsabilizavam os empregadores por lesões ocupacionais.

Em 1910, nos Estados Unidos, Henry Ford utiliza os “Princípios de Produção em


Massa” em linhas de montagem, diminuindo assim o tempo de duração dos
processos, a quantidade de matéria-prima estocada e o aumento da capacidade
de produção, através de capacitação dos trabalhadores. de. Em 1903, Henry
Ford funda a Ford Motor Company. Ainda no mesmo ano, houve o
reconhecimento das neuroses das telefonistas como doenças profissionais.

Em 1911, ocorreu a primeira Conferência de Doenças Industriais nos Estados


Unidos.

Assim como se promove a organização do National Safety Council, os primeiros


grupos (agências) de higienistas são estabelecidos nos estados de Ohio e Nova
York.
HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL
1891 - A preocupação prevencionista teve início com a Lei que tratava da proteção ao trabalho dos
menores, em 23/01/1891

1919 - Criada a Lei n° 3724, de 15/01/19 – Primeira Lei brasileira sobre acidentes de trabalho.

1941 - Em 21/04/41, empresários fundam no Rio de Janeiro a ABPA – Associação Brasileira para
Prevenção de Acidentes.

1943 - CLT foi aprovada pelo decreto-Lei n°5452, em 01/05/43 (entrou em vigorem 10/11/43). Foi o
instrumento jurídico que viria a ser prática efetiva da prevenção no Brasil.

1944 - Decreto-Lei n° 7036 de 10/11/44 promoveu a “reforma da Lei de acidentes de trabalho” (um
desdobramento que contava no capítulo V do Título II da CLT). Objetivando maior entendimento à
matéria e agilizar a implementação dos dispositivos da CLT referentes a Segurança e Higiene do
Trabalho, além de garantir a “Assistência Médica, hospitalar e farmacêutica” aos acidentados e
indenizações por danos pessoais por acidentes.

1955 - Criada a portaria 157, de 16/11/55 para coordenar e uniformizar as atividades das SPAT.
Constando a realização do Congresso anual das CIPA durante a SPAT. O Título do Congresso passou em
1961 para Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho – CONPAT. A exclusão do
CONPAT ocasionou a proliferação de Congressos e outros eventos.
1960 - A Portaria 319 de 30/12/60 regulamenta a uso dos EPI´s.

1966 - Criada conforme Lei n° 5161 de 21/10/66 a Fundação Centro Nacional de


Segurança Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao seu primeiro Presidente.

Hoje mais conhecida como FUNDACENTRO. A criação da FUNDACENTRO foi sem dúvida
um dos grandes feitos na história da segurança do trabalho e partir de ações da
entidade a segurança do trabalho pode avançar de forma significativa.

1967 - A Lei n° 5316 de 14/09/67 integrou o seguro de acidentes de trabalho na


Previdência Social.
Também em 1976 surge a sexta lei de acidentes de trabalho, e identifica doença
profissional e doença do trabalho como sinônimos e os equipara ao acidente de
trabalho.
1972 - Decreto n° 7086 de 25/07/72, estabeleceu a prioridade da Política do PNVT-
Programa Nacional de Valorização do Trabalhador. Selecionou 10 prioridades, entre
elas a Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os serviços de Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o “divisor de águas” entre a fase do
profissional espontâneo e o legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de
preparação dos profissionais da área.
1974 - Iniciados enfim, os cursos para formação dos profissionais de Segurança,
Higiene e Medicina do Trabalho.
1977 - A Lei n° 6514 de 22/12/77 modificou o Capitulo V do Título II da CLT. Convém
ressaltar que essa modificação deu nova cara a CIPA, estabeleceu a
obrigatoriedade,estabilidade, entre outros avanços.
1978 - Criação das NR – Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria 3214 de
08/06/78 do MTE, aproveitando e ampliando as portarias existentes e Atos
Normativos, adotados até na construção da Hidrelétrica e Itaipu. Na ocasião foram
criadas 28 NR’s. Essa portaria representou um dos principais impulsos dados a área
de Segurança e Medicina do Trabalho nos últimos anos.
1979 - Em virtude da carência de profissionais para compor o SESMT, a resolução n°
262 regulamenta a criação de cursos em caráter prioritário para esses profissionais.
1983 - A Portaria n° 33 alterou a Norma Regulamentadora 5 introduzindo nela os
riscos ambientais.
Este é o tipo de acidente mais comum, e acontece dentro da
empresa durante o horário de expediente. É o caso, por exemplo, de
ACIDENTE DE TRABALHO

TÍPICOS quando o trabalhador cai de uma escada ou se machuca ao


manusear um equipamento pesado.

São os acidentes que acontecem dentro ou fora da empresa, devido


ao exercício do trabalho, que a lei assemelha aos acidentes de
ATÍPICOS
trabalho típico (artigos 20 e 21 da Lei nº 8.213/91).
Doenças profissionais;
Doença do trabalho;
Acidente por equiparação

Acontece durante o percurso do trabalhador de sua casa até o local


DE TRAJETO
de trabalho, tanto no início e final do expediente quando no horário
de almoço.

Art. 118, L 8213/91


AUXÍLIO DOENÇA ESTABILIDADE
ACIDENTE DE MAIS QUE 15 DIAS ACIDENTÁRIO 12 MESES
TRABALHO INSS ALTA
TÍPICO
Quando acontece o acidente de trabalho o importante não é encontrar o culpado, e
sim, encontrar as causas e classificar o acidente.
ACIDENTE DO TRABALHO ATÍPICO
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU aquelas decorrentes de situações comuns aos
MOLÉSTIAS PROFISSIONAIS OU integrantes de determinada categoria profissional de
DOENÇAS OCUPACIONAIS (tecnopatias) trabalhadores.

são aquelas adquiridas ou desencadeadas em função


de condições especiais em que o trabalho é
realizado. Está relacionada diretamente às condições
DOENÇAS DO TRABALHO (mesopatias)
do ambiente, ou seja, a atividade profissional
desenvolvida não é a causadora de nenhuma doença
ou perturbação funcional, mas as condições do
ambiente que cerca o segurado

Não são consideradas como doença do trabalho:


A doença degenerativa;
A inerente a grupo etário;
A que não produza incapacidade laborativa;
A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de
que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho

DOENÇA AMBIENTE DE TRABALHO ATIVIDADE DESENVOLVIDA


NEXO CAUSAL
EQUIPARA-SE A ACIDENTE DO TRABALHO

O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou
perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em


consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade;
EQUIPARA-SE A ACIDENTE DO TRABALHO

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de


trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da


empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade
do segurado. (IN ITINIERE)

§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da


satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou
durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
Classificação de Schilling, (1984)
CATE GORIA E XE MPLOS
I-Trabalho como causa · Intoxicação por chumbo
· Silicose
necessária · “Doenças profissionais”
legalmente prescritas
· Outras
II-Trabalho como fator de risco · Doença coronariana
· Doenças do aparelho locomotor
contributivo, mas não · Câncer
necessário, em doenças de · Varizes dos membros inferiores
· Outras
etiologia multicausal
III-Trabalho como provocador · Bronquite crônica
· Dermatite de contato alérgica
de um distúrbio latente, ou · Asma
agravador de doença já · Doenças mentais
· Outras
estabelecida
Acidente de trabalho
O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas:

• Ato inseguro

É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que
está contra as normas de segurança. Ex. Ligar tomadas de aparelhos elétricos
com mãos molhadas; arriscar-se no trânsito em altas velocidades.
• Condição Insegura
É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao
trabalhador. Ex. Instalação elétrica com fios desencapados, guindastes com
cabos deteriorados, locais de trabalho com pregos espalhados pelo chão.

• Operacionais: falhas de componentes materiais ou equipamentos, etc.;


• Ambientais: mudança climática, etc.;
• Organizacionais: treinamento, construção da instalações, etc.;
• Pessoais: erros, problemas de saúde, etc.
INVESTIGAÇÃO DE
NEXO CAUSAL
NEXO CAUSAL
1. Natureza do trabalho
2. Relações de trabalho
3. Organização do trabalho
Conhecer o trabalho 4. Conteúdo do trabalho
5. Ambiente social
6. Ambiente físico

1. Há relação temporal entre as exposições e as manifestações


clínicas?
2. O paciente melhora com afastamento das exposições?
3. Há colegas com quadro semelhante?
4. Há antecedentes pessoais e, ou familiares que podem ter
relação com os sintomas e, ou sinais apresentados?

Sintomas e sinais (observação Hipóteses


clínica)
- Exames complementares
diagnósticas
TIPOS DE ACIDENTES

Acidente pessoal: o acidentado terá por consequência uma lesão.


Acidente de trajeto: ocorre no percurso da residência para o trabalho ou
trabalho para residência.
Lesão imediata: lesão que se verifica imediatamente após ocorrência do
acidente.
Lesão mediata (tardia): lesão que não se verifica imediatamente após a
exposição à fonte da lesão – nexo causal
Incapacidade permanentemente total: perda total da capacidade de trabalho,
inclusive a morte.
Incapacidade permanente parcial: redução parcial do trabalho.
Incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho que
resulte um ou mais dias perdidos.
tempo Temporário Permanente
Grau
RELATIVA Readaptação funcional Readaptação
profissional
TOTAL Licença para tratamento Aposentadoria
de saúde
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - CAT
A CAT precisará ser emitida preferencialmente até 24 horas após o acidente. Se a empresa não emitir a
CAT, a mesma poderá ser emitida por outras fontes. O artigo 22 Lei 8213 nos mostra que a CAT pode ser
emitida pelo:
O próprio acidentado;
Seus dependentes;
O sindicato da categoria do trabalhador;
O médico que atendeu o acidentado;

São quatro vias: 1ª via ao INSS


2ª via ao segurado ou dependente
3ª via ao sindicato de classe do trabalhador
4ª via à empresa.
TIPOS:
a CAT inicial irá se referir a acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito
imediato;
a CAT de reabertura será utilizada para casos de afastamento por agravamento de lesão de acidente do
trabalho ou de doença profissional ou do trabalho. Deverão constar as mesmas informações da época do
acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que
serão relativos à data da reabertura. Não será considerada CAT de reabertura a situação de simples
assistência médica ou de afastamento com menos de 15 dias consecutivos.

a CAT de comunicação de óbito, será emitida exclusivamente para casos de falecimento decorrente de
acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial;
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

Auxílio-doença: segurado ao trabalhador que ficar incapacitado por mais de 15


dias consecutivos (art. 59 da lei 8.213/91). Até os 15 dias o empregador paga o
salário do empregado, a partir do 16º a Previdência paga.

Auxílio-acidente: indenização ao segurado que após consolidação das lesões


decorrentes do acidentes, resultarem em sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. Esse beneficio consiste
numa renda mensal de 50% do salário de beneficio, não podendo ser acumulado
com qualquer aposentadoria.

Aposentadoria por invalidez: acidente resulta na incapacidade do trabalhador e


for insusceptível de reabilitação profissional para o exercício de atividade que lhe
garanta subsistência.

Pensão por morte: acidentes que acarretam morte no trabalhador, seus


dependentes receberão da Previdência pensão a partir da data do falecimento.
MÉDICO DO TRABALHO
Médico que possui especialização em medicina do trabalho adquirido através de residência
médica ou por aprovação no exame de titulação, comprovada o exercício de atividade

Atua no PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional


Ambulatório de empresas;
Fiscalização;
HIGIENE DO TRABALHO
Rede Pública (INSS, RENAST, CEREST, CRST);
E
Assessoria Sindical (patronal e Trabalhadores);
SAÚDE OCUPACIONAL
Perícias (Perito do Juízo ou Assistente Técnico)
em Previdenciárias, Cíveis, Trabalhistas;
interface Universidades (Docência e Pesquisa);
Entidades de Pesquisa (FUNDACENTRO, INST);
Consultorias e Assessorias Privadas;

Série de medidas técnicas, administrativas, médicas e, sobretudo,


Segurança educacionais e comportamentais, empregadas a fim de prevenir
do Trabalho acidentes, e eliminar condições e procedimentos inseguros no
ambiente de trabalho.

Enfermagem do trabalho Engenharia de segurança do Técnico em segurança do


trabalho trabalho
Onde Atua o Médico do Trabalho
-Ambulatório de empresas;
- Fiscalização; - Rede Pública (INSS, RENAST, CEREST, CRST); -
Assessoria Sindical (patronal e Trabalhadores);
- Perícias (Perito do Juízo ou Assistente Técnico) em Previdenciárias,
Cíveis, Trabalhistas;
- Universidades (Docência e Pesquisa);
- Entidades de Pesquisa (FUNDACENTRO, INST);
- Consultorias e Assessorias Privadas;
ATUAÇÃO DA MEDICINA DO TRABALHO

Higiene do trabalho
Segundo Chiavenato (1999) a higiene do
trabalho refere-se a um conjunto de normas e
procedimentos que visa a proteção da
integridade física e mental do trabalhador,
preservado-o dos riscos de saúde inerentes às
tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são
executadas as suas atividades laborais.

Saúde ocupacional
Saúde ocupacional ou saúde no trabalho
consiste na promoção e prevenção da saúde dos
trabalhadores. A saúde ocupacional possui uma
abordagem de prevenção, rastreamento e
diagnóstico precoce de agravos à saúde
relacionados ao trabalho, além da constatação
da existência de casos de doenças profissionais
ou danos irreversíveis à saúde do trabalhador
Segurança do Trabalho.

 Segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas,


educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir
acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer
instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas
preventivas (17).

* Segurança do trabalho está relacionada com condições de


trabalho seguras e saudáveis para as pessoas.
RISCO

PERIGO

SEGURANÇA
DO TABALHO ACIDENTE DE TRABALHO

ATO INSEGURO

CONDIÇÕES INSEGURAS DE TRABALHO


RISCO

É a probabilidade que se tem de causar danos, pela possibilidade de se acontecer um


acidente ou por conta das exposições a que se é submetido. Ou seja: é a chance ou a
probabilidade de lesão ou morte. Exemplo: intoxicação, perder um membro, ter problemas
na coluna ou em qualquer outra parte do corpo por conta das condições de trabalho

PERIGO

É a situação a que o trabalhador é submetido, a qual oferece riscos à sua saúde. Exemplos:
função de carga e descarga de materiais pesados ou explosivos, trabalho em fornos de
pintura, torno mecânico, processos de soldagem e todas as demais funções que oferecem
riscos aos trabalhadores O perigo é A FONTE que tem o potencial para contribuir ou causar
um efeito indesejado

Para entender melhor esses conceitos, imagine a seguinte situação: um trabalhador está
lavando um piso escorregadio. Neste caso, o perigo é o piso escorregadio. O risco é a
possibilidade de acontecer uma queda durante a execução do trabalho. O risco, portanto,
é a consequência do perigo — se não existir perigo, não existe risco.
O que está errado?
O que está errado?
ESTUDE PELOS
LIVROS

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