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SEGURANÇA DO TRABALHO I
Téc. Seg. Trab.
Prof. Karen Solek
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1.OASPECTOS
1.1 HISTÓRICOS,
Homem e o trabalho

OCONCEITOS
trabalho sempre fezE OBJETIVOS
parte da vida dos seres humanos. Foi
através dele que as civilizações desenvolveram-se aos seus níveis.
O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação
pessoal e desenvolvimento econômico.
Por isso, de seu valor em todas as sociedades.
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PRÉ-HISTÓRIA Idade Antiga Idade Média Idade Moderna Contemporâneo


Comunidade escravismo sistema feudal Mercantilismo Capitalismo x
primitiva pré-capitalismo socialismo
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1. ASPECTOS HISTÓRICOS,
CONCEITOS
1.2 E OBJETIVOS
Histórico da Segurança e saúde do trabalho

Ao longo da história, o homem sempre demonstrou alguma


preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores.
Acidentes e doenças com graves consequências para a integridade física
e para a saúde dos trabalhadores foram surgindo, junto ao interesse em
estudá-los; não só para entender as origens e os motivos de suas
ocorrências, mas também para evitar sua repetição e garantir melhorias
das condições de vida.

Muito do desenvolvimento atual da área de segurança do trabalho se


deve aos que perderam a vida ou ficaram incapacitados em decorrência
da utilização de novas tecnologias, novos processos e novos produtos
que demonstraram ser prejudiciais ao longo do tempo, uma vez que não
se conheciam os riscos, até que estudassem os seus efeitos.
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Aspectos históricos, conceitos e objetivos


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Aspectos históricos, conceitos e objetivos


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Aspectos históricos, conceitos e objetivos

Na Inglaterra, no ano de 1775, Percival


Lott promoveu a caracterização do
câncer de escroto, doença
diagnosticada entre os trabalhadores
que tinham como tarefa limpar
chaminés, cuja causa identificada foi a
fuligem e a ausência de higiene.
Esse evento resultou na criação do “Ato
dos limpadores de Chaminé de 1788”.
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Aspectos históricos, conceitos e objetivos


primeiras leis trabalhistas

Em 1802, foi criada a “Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes”, na


Inglaterra, onde foi estabelecido um limite de 12 horas para a
jornada diária de trabalho, proibição do trabalho noturno e uso
obrigatório de ventilação no ambiente.
Em 1830, foi publicado na Inglaterra um livro sobre doenças
ocupacionais por Charles Thackrah e Percival Lott (“Os efeitos
das principais atividades, ofícios e profissões, do estado civil e
hábitos de vida, na saúde e longevidade, com sugestões para a
remoção de muitos dos agentes que produzem doenças e
encurtam a duração da vida”). A obra contribuiu para o
desenvolvimento da legislação ocupacional.
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SEGURANÇA DO TRABALHO
1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
1.3 LEIS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
1.4 RELAÇÕES DA SEGURANÇA COM AS NOVAS MODALIDADES
DE TRABALHO
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1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

• Ao longo da história o homem esteve constantemente


exposto a riscos, mas a partir da revolução industrial,
com a invenção das máquinas a vapor este risco
ampliaram-se.
• No início da Revolução Industrial 1780,
• a invenção da máquina a vapor por James Watts
1776
• regulador automático de velocidade em 1785,
marcaram profundas alterações tecnológicas em todo
o mundo.
• Foi este avanço tecnológico que permitiu a organização
das primeiras fábricas modernas, a extinção das fábricas
artesanais e o fim da escravatura, significando uma
revolução econômica, social e moral.
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1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

• O surgimento das máquinas em substituição ao trabalho


artesanal multiplicou a produtividade no trabalho. Iniciava-se a
produção em larga escala, através do uso das novas
tecnologias.
• As fábricas da época eram instaladas em locais improvisados,
com péssimas condições de trabalho e exploração de
trabalhadores (o que incluía também mulheres e crianças) em
jornadas diárias de até 16 horas.
• O resultado foi um grande número de acidentes de trabalho,
doenças relacionadas e muitos trabalhadores mortos ou
mutilados. Foi quando originaram as primeiras leis e estudos
relacionados à proteção, à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.
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As casas operárias

Casas de 1 cômodo (quarto e cozinha).


Banheiro coletivo fora da casa
1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
• É verdade que aos empregadores (em parte produtores dos
discursos dominantes) interessa refutar qualquer responsabilidade
sobre os acidentes de trabalho. Por isso, a sua visão quase sempre
assentou no pressuposto da inevitabilidade dos acidentes ( o
designado preço a pagar pelo desenvolvimento industrial) ou a
imprudência e respectiva culpabilização dos próprios trabalhadores.
• A partir da revolução Industrial os acidentes passaram a incorporar
uma nova dimensão de peso: a tecnologia.
• A interação do homem com a tecnologia possibilitou a emergência
de novas formas de acidentes. Afirma-se que neste período houve
uma transformação histórica na tipologia dos acidentes. Outra
transformação importante nessa tipologia ocorreu a partir da
segunda metade do século XX, através da emergência dos
acidentes anteriores.
1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

⚫A partir de 1860, aproximadamente, tem início o período da


segunda revolução industrial, quando da expansão e o
barateamento da produção de aço e a introdução de eletricidade
na vida cotidiana.
⚫o petróleo também foi fator determinante dos progressos, ao lado
dos metais leves.
• A engenharia das construções dinâmicas (a das máquinas e
veículos) passou a atuar tanto quanto a das construções de
edificações em geral.
• Os acidentes de trabalho e as doenças nas indústrias, eram em
grande parte, provocados por substâncias e ambientes
inadequados, dadas as condições subumanas em que as
atividades fabris se desenvolviam.
• Apesar de algumas melhoras com o surgimento dos
trabalhadores especializados e treinados para manusear
equipamentos complexos, que necessitavam cuidados especiais
para garantir maior proteção e melhor qualidade, esta situação
perdurou até a 1a Guerra Mundial.
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As cidades
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Carro movido à vapor


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Máquinas à vapor elevavam a temperatura


interna das fábricas. Para não secar os fios
dos tecidos instalava-se chuveiros de água
fria, que molhavam também os trabalhadores,
provocando choque térmico e doenças.

Primeiras
indústrias à vapor
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Produção industrial
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Titanic - 1914
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Casa de Máquinas Titanic - 1914


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Casa de Máquinas Titanic (o filme) - 1997


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Sala de produção em série com polias e prensas


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e as primeiras experiências com eletricidade (1879).


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SAÚDE COLETIVA E DO TRABALHADOR


Aumento da potência conforme a
troca da força motriz animal para a
das máquinas – novas fontes de
energia
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Segunda Guerra (1939-1945)


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1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

• No Brasil, em 1912, durante o 4o Congresso Operário Brasileiro,


constitui-se a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), que teve
a finalidade de promover um programa de reivindicações operárias,
tais como:
• jornada de trabalho de 8 horas, semana de 6 dias,
• construção de casas para operários,
• indenização para acidentes de trabalho, limitação da jornada de
trabalho para mulheres e crianças (menores de 14 anos),
• contratos coletivos (na época individuais),
• obrigatoriedade de pagamento de seguro para os casos de
doenças e velhice, estabelecimento de um salário mínimo, reforma
de tributos públicos e exigência de instrução primária.
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Segunda Guerra (1939-1945)


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1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

• Entre os anos de 1914 e 1919, após o término da Primeira Guerra


Mundial, foi criada , pela Conferência de Paz, a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), convertida na Parte XIII do tratado
de Versalhes.
• Durante a Segunda Grande Guerra, o movimento prevencionista
toma forma,
• Pôde-se perceber que a capacidade industrial dos países em luta
seria o ponto crucial para determinar o vencedor, capacidade esta,
mais facilmente adquirida com um maior número de trabalhadores
em produção ativa.
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SEGURANÇA DO TRABALHO
3. LEIS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA

História Trabalhista no Brasil


Proteção do trabalho feminino e infantil
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LEIS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA


• Pode-se resumir a RELAÇÃO DE TRABALHO como qualquer tipo de
labor (tarefa) que podem ser realizados pelo ser humano.
• Assim, a relação de emprego é uma modalidade da relação de trabalho.

GÊNERO TRABALHO ESPÉCIE EMPREGO

• A relação de emprego será configurada quando estiverem presentes


seus requisitos (elementos fático-jurídicos):
• pessoa física (prestação de serviço de pessoa jurídica não é vínculo);
• Pessoalidade (não pode ser substituída por terceiros),
• Subordinação (submetido a ordens),
• onerosidade (relação econômica),
• não eventualidade (com hora e dia certo para o serviço).
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Art. 3º, Regime CLT - Considera-se empregado toda pessoa


física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”

Empregado é o trabalhador subordinado que recebe ordens,


é pessoa física que trabalha todos os dias ou periodicamente
e é assalariado, ou seja, não é um trabalhador que presta seus
serviços apenas de vez em quando ou esporadicamente. Além
do que, é um trabalhador que presta pessoalmente os
serviços.
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Relação empregatícia
• O Brasil possui diversos tipos de contrato de trabalho.
Com a reforma trabalhista (2017), algumas modalidades
foram regulamentadas e outras criadas.
• como empregador, você precisa ter o conhecimento
sobre os direitos e obrigações do trabalhador para cada
contrato.
• No caso do trabalhador, é necessário entender como
funciona o contrato firmado entre você e a empresa
antes da assinatura do documento.
• Assim, fica claro para todos quais as responsabilidades
de cada um.
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Relação empregatícia
• 1) CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO
• A data para encerrar o vínculo entre empresa e empregado
é opcional para ambas as partes, com o cumprimento do
aviso prévio. Seja por meio de pagamento na rescisão ou
por meio de trabalho.
• No momento da rescisão de contrato por parte da empresa,
caso o colaborador não tenha falha na conduta, ele poderá
usufruir de recebimento de 40% de multa sobre o valor do
FGTS, seguro-desemprego e aviso prévio.
• Poderá ser feito acordo entre empresa e trabalhador, para
finalizar o contrato. Deve ser pago ao funcionário a metade
do aviso prévio e a metade da multa dos 40% sobre o saldo
do FGTS.
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Relação empregatícia
• 2) CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO
• tipo de contrato com data de início e fim, e não deve
ultrapassar dois anos trabalhando dessa forma. No caso
de prorrogação, ultrapassando os 2 anos, deve ser
alterado como contrato indeterminado.
• Valido em apenas em três hipóteses,
▫ contratação de serviço que justifique prazo do contrato;
▫ Em atividades empresariais de caráter transitório;
▫ contratação em caráter de experiência (90 dias).
• Após o término do contrato, não garante ao trabalhador
o acesso ao aviso prévio, a multa de 40% do FGTS e o
seguro desemprego. Tem que esperar seis meses para ser
readmitido na mesma modalidade.
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Relação empregatícia
• 3) CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO
• O funcionário é contratado para cumprir o trabalho em
prazo determinado. O prazo deve ser de três meses, mas
que podem ser prorrogados por mais seis meses.
• Atende a uma necessidade transitória de substituição do
quadro de pessoal, ou ainda pelo aumento de serviços. No
entanto, os casos mais comuns são para a substituição na
licença-maternidade.
• O colaborador tem direito às horas extras, descanso
semanal remunerado, 13º salário proporcional ao tempo de
serviço e férias. No final do contrato, o trabalhador terá os
mesmos direitos daqueles que estão no prazo
indeterminado.
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Relação empregatícia
• 4) CONTRATO DE TRABALHO EVENTUAL
• Apenas para os trabalhadores que prestam serviços
esporádicos. Não se pode confundir com o trabalho
temporário, pois este não gera vínculo empregatício.
• O trabalhador eventual é chamado apenas para exercer
uma atividade esporadicamente e não pode ser considerado
como empregado do contratante porque o período de
atividade é muito curto, não tendo uma relação direta de
trabalho.
• Como o trabalho é esporádico e não há vínculo trabalhista,
o funcionário não tem direito a nenhum benefício. Ele
recebe apenas pelo serviço prestado. Isso acontece bastante
com professores que precisam substituir professores
titulares e substitutos, na ausência deles.
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Relação empregatícia
• 5) CONTRATO DE TRABALHO HOME OFFICE
• Regulamentado na reforma trabalhista.
• O colaborador presta serviços fora das dependências da
empresa e as suas tarefas são desenvolvidas por meio de
tecnologias da informação e comunicação.
• Não descaracteriza o momento em que o funcionário
precisa ir até à empresa para realizar alguma atividade
específica. Isso pode acontecer, por exemplo, uma vez por
semana.
• É necessário um acordo entre empregador e empregado
sobre os custos com equipamento, insumos e despesas
variáveis, como energia e outras em contrato.
• não perde nenhum direito trabalhista e cabe a empresa
negociar alguns benefícios
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Relação empregatícia
• 6) CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE
• Regulamentado na reforma trabalhista.(horistas)
• A característica principal é a não continuidade dos
trabalhos. A atividade ocorre com alternância de período de
prestação de serviços e de inatividade.(bares e restaurantes)
• O trabalho deve ser determinado em horas, dias ou meses,
independente do tipo de atividade, com contrato por
escrito, informando como será feito o pagamento.
• No período de inatividade, não estará a disposição da
empresa e pode prestar serviço para outras empresas. Caso,
a empresa anterior queira contratá-lo novamente, basta
informar com três dias de antecedência.
• O funcionário tem acesso aos direitos trabalhistas como
férias, FGTS, previdência e 13º salários proporcionais.
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Relação empregatícia
• 7) CONTRATO DE TRABALHO PARCIAL (part-time)
• é oficializado um acordo com período inferior ao do
trabalho semanal, de 40 horas, e o número de dias e
período normal de trabalho deve ser estipulado no contrato.
• Se não estipulado no contrato, entende-se que o
trabalhador estará prestando serviço no horário normal.
• A partir da mudança na CLT, esse tipo de contrato permite
ao colaborador ter direito às férias, igual aos demais
trabalhadores celetistas, ou seja, o período deve ser de
trinta dias. E como direito trabalhista, um terço do período
de férias pode ser convertido em dinheiro.
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Relação empregatícia
• 8) CONTRATO DE TRABALHO TERCEIRIZADO
• Esse tipo de contrato é estabelecido de empresa para
empresa. O processo deve passar por uma prestadora de
serviço que será a responsável pela contratação do
profissional de acordo com as necessidades da companhia.
• A empresa contratada é a responsável por pagamentos aos
funcionários, que não são subordinados a empresa
contratante. Portanto, o vínculo e a subordinação estão
relacionados à empresa que presta serviços.
• O contrato fechado não precisa ter prazo, já que é a
terceirizada que vai determinar o tempo de permanência
junto à contratante. Mas o profissional precisa ser
especializado na área em que for atuar.
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Relação empregatícia
• 9) CONTRATO DE TRABALHO AUTÔNOMO
• O contrato não gera nenhum vínculo empregatício com a
empresa, ou seja, é apenas um prestador de serviço. Pode ser
realizado de forma não contínua, apenas eventualmente.
• Pode prestar serviço de qualquer natureza e afasta a
qualidade de empregado, não havendo subordinação jurídica
ou contrato de exclusividade.
• pagamento por Recibo de Pagamento a Autônomo ― RPA.
• Não tem direitos trabalhistas com a empresa, mas pode
contribuir de forma individual com o INSS. Isso lhe dará o
direito a auxílio-doença, auxílio-reclusão, salário-
maternidade, pensão em caso de morte e aposentadoria por
idade, invalidez ou tempo de contribuição.
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Relação empregatícia
• 10) CONTRATO DE TRABALHO ESTAGIÁRIO
• Tem o objetivo de aprimorar o que está sendo aplicado em
sala de aula e gera vínculo entre contratante e contratado,
apesar de não ser considerada pela lei uma relação jurídica
de emprego.
• No fechamento do contrato é determinada a quantidade de
horas e dias trabalhados, que não pode ultrapassar mais do
que 30 horas semanais de trabalho.
• Caso o estágio alcance mais que um ano de prestação de
serviço, o aluno tem direito aos 30 dias de férias que devem
ser gozados, preferencialmente, no seu período de férias
escolares.
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Relação empregatícia
• 11) CONTRATO DE TRABALHO TRAINEE
• Destinado aos recém-formados que devem passar por um
período de experiência dentro de uma empresa que o
admitiu e pode ter, ou não, um tempo determinado.
• O contrato de trainee é entendido como outro qualquer,
devendo usufruir de todos os direitos decorrentes de uma
relação de emprego. A carga horária do trabalho deve
obedecer às 44 horas semanais e 8 horas diárias.
• Não se pode confundir o contrato de trainee com o do
estagiário que tem uma relação trilateral entre estagiário,
instituição de ensino e empresa. No caso do trainee, a
relação trabalhista está diretamente ligada a empresa que o
contratou.
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BASES CIENTÍFICAS E
TECNOLÓGICAS DA
SEGURANÇA
2.1 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS EM SEGURANÇA DO
TRABALHO;
2.2 DESENVOLVIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA E
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: PAPEL DOS ÓRGÃOS
CONTROLADORES E ACORDOS INTERNACIONAIS
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Bases científicas e tecnológicas da segurança


3.2.1 O que é Segurança do Trabalho?

• Pode-se definir Segurança do Trabalho como:


• uma série de medidas técnicas, administrativas, médicas,
educacionais e comportamentais. São empregadas a fim de
prevenir acidentes, e eliminar condições e procedimentos
inseguros no ambiente de trabalho.
• A segurança do trabalho destaca a importância dos meios de
prevenção estabelecidos para proteger a integridade e a
capacidade de trabalho do colaborador.
• Também é a ciência que objetiva a prevenção de acidentes
do trabalho através das análises dos riscos do local e dos
riscos da operação.
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Bases científicas e tecnológicas da segurança


3.2.2 Quem são os responsáveis pela segurança do trabalho?

• Todos têm uma parcela de responsabilidade na prevenção. O poder


público, em sua tarefa de legislar sobre o tema e fiscalizar seu
cumprimento, o empregador ao cumprir e fazer cumprir as normas
estabelecidas e os trabalhadores, ao seguirem as instruções
determinadas.
• Na CLT (consolidação das leis do trabalho) está previsto que:
• - incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho estabelecer normas sobre a
aplicação da segurança do trabalho, coordenar, orientar, controlar e
supervisionar sua fiscalização e às Delegacias Regionais do
Trabalho, promover a fiscalização do cumprimento das normas de
segurança e medicina do trabalho, adotar as medidas determinando
as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho , se façam
necessárias, impondo as penalidades cabíveis por descumprimento
das normas.
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Bases científicas e tecnológicas da segurança


• Existe uma estrutura no poder público que, em consonância com os
representantes dos empregadores e empregados (comissão
tripartite), elabora normas aplicáveis à área de segurança e saúde
do trabalhador, bem como fiscaliza as empresas para o
cumprimento dessa norma.
• Cabe às empresas cumprir e fazer cumprir as normas de segurança
e medicina do trabalho e instituir os empregados, através de ordem
de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar
acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, constituindo
contravenção penal por parte da empresa que deixar de cumprir as
normas de segurança.
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Bases científicas e tecnológicas da segurança


• Não basta as empresas fornecerem equipamentos de proteção
individual, educar e treinar seus funcionários, é necessário que
estejam atentas ao cumprimento do que foi proposto e se suas
ações estão sendo eficazes.
• Cabe aos empregados observar as normas de segurança e
medicina do trabalho, colaborar com a empresa na aplicação dos
dispositivos de segurança no trabalho, constituindo até ato faltoso
(justa causa) a recusa injustificada à observância das instruções
expedidas pelo empregador e ao uso dos equipamentos de
proteção individual fornecidos pela empresa.
• Os empregados devem ter ciência de que eles são os mais
afetados por uma deficiência na prevenção, por isso não é lógico o
descumprimento de normas e procedimento estabelecidos.
• É fato que a tecnologia afeta as relações de trabalho, visando uma
produção industrial contínua e mais intensa.
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CONCEITOS
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


4 Acidentes de trabalho
4.1 Conceitos
Aquele que decorre do exercício profissional e que causa lesão corporal ou
perturbação funcional que provoca a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho, nos termos do artigo 19 da Lei
8.213/91.
4.2 Conceito prevencionista do acidente de trabalho
Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada ou
não, que interfere ou interrompe a realização de uma determinada
atividades, trazendo como consequência isolada ou simultânea a perda de
tempo, danos materiais ou lesões.
A diferença entre os dois conceitos: para o conceito legal é necessário
haver lesão física, enquanto que no conceito prevencionista são levadas em
consideração, além das lesões físicas, a perda de tempo e de materiais.
Para o profissional prevencionista, mesmo um acidente sem lesão é muito
importante, pois, durante a análise das suas causas surgirão medidas
capazes de impedir sua repetição ou agravamento.
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


4.1.1 A quem interessa a prevenção de acidentes?

Ao trabalhador
Assegura qualidade de vida;
Evita perda de rendimento;
Mantém sua autoestima
Trabalho como prazer, alegria, motivação para a vida.

Ao empregador
Ganhos de produtividade
Preservação da imagem da empresa perante à comunidade;
Redução dos custos diretos e indiretos;
Diminuição de litígios trabalhistas; Menor rotatividade da mão-de-obra.

A sociedade/governo:
Menores encargos previdenciários;
Imagem positiva da nação perante organismos internacionais;
Valorização do ser humano por meio de políticas públicas;
Diminuição do “Custo Brasil”.
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


4.2 Divisão do acidente de trabalho
Pode-se classificar em três grupos: típico de trajeto e doença
ocupacional

4.2.1 Acidente típico


É aquele que ocorre no local e durante o trabalho,
considerando como um acontecimento súbito, violento e
ocasional provocando no trabalhador uma incapacidade para
a prestação de serviço.
Exemplos: batidas, quedar, queimaduras, contato com
produtos químicos, choque elétrico, etc.

O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente


pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do
nexo entre o trabalho e o agravo.
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


Art. 21. Equiparam-se ao acidente do trabalho (Lei
8.213/1991 - Previdência):

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido


a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a
sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do
trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo de
acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de
outra origem, se associe ou se superponha às
conseqüências do anterior.
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por
motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia
de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos
fortuitos ou decorrentes de força maior.

III - a doença proveniente de contaminação acidental


do empregado no exercício de sua atividade;

filme tempos modernos


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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local


e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a
autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa
para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo
quando financiada por esta dentro de seus planos para
melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


3) Acidente de trajeto

Nos anos de 2019 e 2020, o governo federal revogou a alínea “d” do


inciso IV, do caput do artigo 21, da legislação previdenciária.
Esse determinava o que era equiparado a acidente de trabalho os
acidentes ocorridos
d) “no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo
de propriedade do segurado”.

Foi instituído pelas medidas provisórias 905/2019 e


955/2020, mas como não viraram lei foram encerradas.
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou
por ocasião da satisfação de outras necessidades
fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de
acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de
outra origem, se associe ou se superponha às
consequências do anterior.
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


4.2.1 Acidente de trajeto

• Pelo conceito jurídico das horas “in itinere”, eram tidas como o
tempo gasto pelo empregado para realizar o percurso de ida e
volta do serviço, ainda que a condução fosse fornecida pelo
empregador.
• Para restar caracterizadas as referidas horas, o local da empresa
deveria ser de difícil acesso e não estar servido por transporte
público regular em horários compatíveis com os de entrada e
saída dos funcionários.
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SEÇÃO II (CLT)
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em
qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde
que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para
o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na
jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou
não servido por transporte público, o empregador fornecer a
condução. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a
efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando
ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador,
não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467,
de 2017)
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


4.2.1.3 - A classificação de doença do trabalho, proposta
Schlling inclui 3 categorias:
• GRUPO I – doenças em que o trabalho é a causa
necessária, tipificada pelas doenças profissionais e
intoxicações profissionais agudas;
• GRUPO II – doenças em que o trabalho pode ser um fator
de risco, contributivo mas não necessários para doenças
comuns e frequentes em determinado grupo ocupacional,
sendo o nexo causal de natureza epidemiológica;
• GRUPO III – doença em que o trabalho é provocador de
um distúrbio latente ou agravador de doença preexistente
(alergias de pele e respiratória).
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.

• Doença Ocupacional: são decorrentes do trabalho e


podem ser classificadas em profissional e do trabalho.
• Doença profissional - é aquela produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à
determinada atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o da
Previdência Social (Portaria 1.339/1999).
• Doença do trabalho - Resulta diretamente das condições
especiais de um ambiente de trabalho e causa
incapacidade para o exercício da profissão ou morte. Não
são relacionadas em lei por isso precisam de nexo causal.
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CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


São exemplos:
• as LER - lesões por esforço repetitivo (inflamações em
músculos, tendões e nervos provocadas por atividade de
trabalho que exigem movimentos manuais repetitivos durante
longo tempo),
• perda auditiva induzida pelo ruído (provocada pela exposição a
alto s níveis de ruído durante período prolongado),
• bissinose (estreitamento das visa respiratórias causado pela
aspieração de partículas de algodão),
• siderose (causada pela inalação de partículas de ferro, atinge
trabalhadores de mineradoras de hematita, soldadores e
trabalhadores que manipulem pigmentos com óxido de ferro),
• asbestose (trabalho com amiano), saturnismo (intoxicação por
chumbo) e Silicose (sílica).
67

CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


• Considera-se epidemiologicamente estabelecido o nexo técnico
entre o trabalho e o agravo, sempre que se verificar a existência de
associação entre:
• a atividade econômica da empresa, expressa pelo CNAE,
• e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, relacionada
na Classificação Internacional de Doenças (CID) em
conformidade com o disposto na Lista B do Anexo II do RPS.

• as “Concausas” também conhecidas


como anteriores, prévias ou predisponentes, são as causas que não
apresentam vinculação direta com o trabalho, mas que, quando a
ele associadas, determinam a ocorrência do acidente, ocasionando
a morte ou produzindo lesão corporal ou perturbação funcional no
trabalhador, que apresenta uma predisposição latente para o
acometimento do infortúnio.
68

CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


• Existem algumas doenças que não são consideradas doença de
trabalho em virtude de sua natureza, pois se desenvolvem
naturalmente. São elas:
• a) doença degenerativa;
• b) doença inerente ao grupo etário (perda da acuidade auditiva
a partir dos 30 anos, catarata, doenças reumáticas, Alzheimer);
• c) doença que não produza incapacidade laborativa
(pequena queda ou corte);
• d) doença endêmica adquirida por segurado habitante de
região e que se desenvolva, salvo comprovação de que é
resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
69

ACIDENTES DE TRABALHO
3. 4 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DOS ACIDENTES DE
TRABALHO
70

ACIDENTES DE TRAB. NO BRASIL


71

• Causa: É a origem de caráter humano ou


material relacionada com o evento catastrófico
(acidente ou falta) resultante da materialização
de um risco, provocando danos.
72

CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO


73

• Condição Insegura:
• São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas na
empresa que constituem riscos para a integridade física do
trabalhador, para sua saúde e para os bens materiais da
empresa.
• As condições inseguras são deficiências como: defeitos de
instalações ou de equipamentos, falta de proteção em máquinas,
má iluminação, excesso de calor ou frio, umidade, gases,
vapores e poeiras nocivos e muitas outras condições
isatisfatórias do próprio ambiente de trabalho.
600
75

• Incidente Crítico (ou quase-acidente):


• É qualquer evento ou fato negativo com potencialidade
para provocar dano.
• Também chamados quase-acidentes, caracterizam
uma situação em que não há danos macroscópicos ou
visíveis.
• Dentro dos incidentes críticos, estabelece-se uma
hierarquização na qual basear-se as ações prioritárias
de controle.
• Receberão prioridade aqueles incidentes críticos que,
por sua ocorrência, possam afetar a integridade física
dos recursos humanos do sistema de produção.
76

• Dano: É a gravidade da perda ou prejuízo sofrido por um bem,


seja ela humana, material, ambiental ou financeira,
• que pode ocorrer caso não se tenha controle sobre um risco.
• O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) podem manter-se
inalterados e mesmo assim existir diferença na gravidade do
dano.
77

 Perda:
 É o prejuízo de redução patrimonial
ou financeira sofrido por uma
organização sem garantia de
ressarcimento através de seguros
ou por outros meios.

• Sinistro:
• É o prejuízo sofrido por uma
organização, com garantia de
ressarcimento através de seguros
ou por outros meios.
78

• Segurança: É a situação em que haja isenção de


riscos. Como a eliminação completa de todos os riscos
é praticamente impossível, a segurança passa a ser um
compromisso acerca de uma relativa proteção da
exposição a riscos. É o antônimo de perigo.
• Ato inseguro: São comportamentos emitidos pelo
trabalhador que podem levá-lo a sofrer um acidente. Os
atos inseguros são praticados por trabalhadores que
desrespeitam regras de segurança, que não as
conhecem devidamente, ou ainda, que têm um
comportamento contrário à prevenção.
79

CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO


• Perigo: (Danger)
expressa uma exposição
a um risco que favorece
a sua materialização em
danos.
• Se existe um risco, face
às precauções tomadas,
o nível de perigo pode
ser baixo ou alto, e
ainda, para riscos iguais
pode-se ter diferentes
tipos de perigo.

Perigo – exposição risco iminente (soltar pipa)


Risco – possibilidade de dano (Chance, incerteza)
80
81

CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO


82

• Nas organização e
sociedades “o acidente é
um fenômeno de
natureza multifacetada,
resultante de interações
complexas entre fatores”.
Portanto não há causa
única dos acidentes.
• A abordagem
multifacetada requer a
utilização de diversos
modelos, sendo cada um
mais adequado à certa
abordagem do fenômeno.
83

CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


• Responsabilidades:
• os casos de acidente típico ou doença ocupacional a
ele equiparada, faz-se necessário a análise de 3
requisitos básicos para que haja a devida
caracterização e consequente direito à indenização:
• O dano, o nexo causal e a responsabilidade do
empregador
• Não basta a ocorrência do acidente ou da doença
ocupacional, mas a necessária relação entre eles e as
atividades laborais, assim como a apuração da
responsabilidade do empregador nos fatos ocorridos.
84

CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


• O nexo de causalidade é a ligação entre o acidente
do trabalho e as atividades laborativas.
• Assim é possível que o empregado sofra o acidente em
seu local de trabalho, mas que este acidente não
esteja relacionado às atividades laborais,
descaracterizando-o.
• Do mesmo modo, é possível que o acidente
relacionado ao trabalho tenha acontecido por culpa do
trabalhador, descaracterizando os fins de indenização.
85

CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


• Será responsável pelo acidente do trabalho ou doença
ocupacional a ele equiparada o empregador que tenha violado
alguma norma e, que, em decorrência de tal violação tenha
causado algum dano ao trabalhador.
• Algumas atividades, legalmente consideradas como atividade de
risco, a responsabilidade do empregador é objetiva, ou seja, o
simples fato de expor o trabalhador ao risco já acarreta a
responsabilidades.
• Em outros casos, a responsabilidade é subjetiva e será
averiguada mediante a conduta do empregador em relação à
ocorrência do acidente do trabalho ou doença ocupacional e a
ele equiparada.
• Dependendo da situação, as indenizações podem ter natureza
de reparação moral, material, estética e até pensão vitalícia que
pode ser para mês a mês ou em parcela única.
86

CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


• No caso de doença profissional ou do trabalho será
considerado como dia do acidente, a data do início da
incapacidade laborativa para o exercício atividade
habitual ou o dia em que o diagnóstico for concluído,
valendo para esse efeito, o que ocorrer em primeiro
lugar.
• Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o
agravo quando se verificar o nexo técnico
epidemiológico entre a atividade da empresa e a
entidade mórbida motivadora da incapacidade,
elencada na Classificação Internacional de Doenças
(CID).
87

CONCEITO LEGAL ACIDENTE DO TRAB.


§ Além de garantir um ambiente de trabalho seguro, há uma
contribuição da empresa, destinada ao financiamento da
aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em
razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho,
§ cabe à empresa o enquadramento no grau de risco de
acordo com sua atividade

§ 1% - empresas com grau de risco leve (grau de risco I);


§ 2% - empresas cujo grau de risco médio (grau de risco II);
§ 3% - empresas cujo grau de risco grave (grau de risco III);
88

2. ASPECTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E ÉTICOS


89
90

• 2. ASPECTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E


ÉTICOS
Os acidentes de trabalho percorrem globalmente o mundo do
trabalho (espaço de produção e de existência social), mas de
forma não homogênea.
Se considerarmos que os acidentes de trabalho resultam do
desenvolvimento tecnológico e dos processos de
industrialização, então, surge a ideia de que a ciência e a
tecnologia acarretam novas formas de risco para a
modernidade, passíveis de originar acidentes ou efeitos
devastadores.
Na teoria sociológica de Dwyer existem três níveis sociais
com a capacidade para explicar o desenvolvimento das
relações entre empregadores e trabalhadores – a
recompensa, o comando e o organiza; e um de caráter não
social do indivíduo-membro.
91

• 2. ASPECTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E


ÉTICOS
A importância de cada um destes níveis é
construída nos próprios locais de trabalho, não é
dada antecipadamente.
logo, a importancia de um nível num
determinado contexto pode não ter em outra
realidade.
Nesta perspectiva, os acidentes de trabalho
dependem da relação direta ou indireta dos
trabalhadores com os riscos.
Os acidentes são também vistos como uma
situação de erro específico, produzido
organizacionalmente, fruto do funcionamento e
interação das quatro dimensões : Recompensa,
Comando, organizacional e indivíduo-membro.
92

a) RECOMPENSA

Está relacionado com o uso de


incentivos para gerir a relação das
pessoas com o seu trabalho.
93
94

B) COMANDO: está relacionado com a forma


como os empregadores tentam gerir o
trabalho, através de um controle direto ou
indireto de ações. No geral, os trabalhadores
tentam resistir a formas de controle que
inibam a autonomia. São os conflitos entre
empregadores e trabalhadores, entre poder
dominante e estratégias de contrapoder
dominado. Os níveis de comando podem ser
produzidas através das relações:
Autoritarismo, desígnio do grupo de trabalho e
servidão voluntária.

1) Autoritarismo: As estratégias de
autoritarismo são um mecanismo de defesa
da segurança dos trabalhadores, mas antes,
uma tentativa de garantir o trabalho
executado de forma acelerada. Quem
reclamar das más condições de trabalho,
pode incitar ao empregador demiti-lo. E se
estas condições não forem corrigidas,
provavelmente irá haver mais acidentes.
95

B) COMANDO:
2) Designação do Grupo de trabalho: pode ser feita
pela grande rotatividade dos trabalhadores na
empresa. Os empregadores procuram eliminar as
ameaças que grupos de trabalho coesos ou
integrados, pois podem constituir base de resistência
à imposição de trabalhos perigosos. No entanto,
utiliza a desintegração sem que isso impeça o
desenvolvimento das tarefas laborais. A
desintegração pode resultar em acidentes quando as
pessoas não se compreendem em tarefas
interdependentes. A alta rotatividade de trabalhadores
e grupos onde não se falam a mesma língua são
alguns fatores desta relação social.
3) Servidão voluntária: relaciona-se com trabalhos difíceis ou perigosos, sem
oposição por parte dos trabalhadores que não recebem recompensas
extraordinárias por estes trabalhos. Ambientes insalubres podem ser dominados
por esta relação. Os empregadores recorrem a trabalhadores que julgam mais
propensos à servidão, particularmente mulheres, deficientes e imigrantes ilegais.
Nesta relação, as ações dos trabalhadores estão em harmonia com os objetivos
do empregador. Mas esta pode trazer a desvantagem da excessiva passividade
na execução de trabalhos.
96

B) COMANDO:
O nível de comando apresenta-se por relações de
poder. A utilização de poder serve para combater os
comportamentos indesejados e pode ser usado pelo
empregador (cadeia hierárquica), como pelos
próprios trabalhadores (entre pares).
Pode-se utilizar o poder na prevenção de acidentes,
através de punição de práticas e comportamento
definidos como inseguros. Contudo, mais o registro
formal de acidentes do que os próprios acidentes,
pois os trabalhadores tem medo de serem punidos
disciplinarmente pelos acidentes, o que os levam a
não declarar.
Algumas organizações preferem transferir a
responsabilidade da vigilância para o próprio
trabalhador, como um autocomando, ou seja, os
próprios pares impõem sanções aos que agem de
forma perigosa. Alguns estudos sugerem que a
maioria dos trabalhadores tem preferência pelo
modelo de autocomando, em detrimento aos
programas de segurança organizados pela empresa.
97

c) ORGANIZACIONAL: identifica-se três tipos


de relações sociais: 1) subqualificação;. 2) rotina;
e 3) desorganização.
1) Subqualificação: A falta de conhecimento
pode dar origem a uma incapacidade para
executar as tarefas laborais em segurança.
Esta incapacidade pode vir da falta de
formação específica ou da dificuldade na
capacidade de transformar conhecimento
formal em conhecimento prático.
A introdução de novas técnicas e ou tecnologias
nos locais de trabalho geram, potencialmente,
um novo fator de risco e aumento de ocorrência
de acidentes na inexperiência e falta de
qualificação para a nova situação de trabalho.
2) Rotina: na percepção sobre riscos, as tarefas executadas com pouca frequência
são mais susceptíveis de originar acidentes. Isto pode estar relacionada à falta de
determinados hábitos perante a riscos, como falta de qualificação. Em novas
situações de trabalho há uma demora no condicionamento reflexo, o que pode
explicar alguns acidente. Bem como as rotinas, na redução da atividade mental
aciona-se o “piloto automático” que deixa o trabalhador suscetível a acidentes.
98

c) ORGANIZACIONAL.

3) Desorganização: quando o conhecimento


de determinada tarefa não é transmitido de
forma adequada à pessoa que entra em
contato com essa mesma tarefa. Também,
quando o próprio empregador efetua uma
concepção “defeituosa” ou inadequada da
tarefa que irá ser executada pelo trabalhador.
A falta de manutenção em máquinas,
equipamentos ou infraestrutura, a falta de
limpeza e a desarrumação dos locais de
trabalho. Um controle desadequado sobre o
efetivo cumprimento das regras, normas e
procedimentos de trabalho contribui para
produzir a desorganização.
99

D) INDIVÍDUO MEMBRO
É centrado na concepção de que o sujeito tem
uma certa autonomia para agir, independente
dos constrangimentos impostos pelas
relações sociais e organizacionais. São
fatores não sociais susceptíveis de influenciar
a ocorrência de acidentes de trabalho. Como
por exemplo, os acidentes de autolesão
intencional do trabalhador ou por outro tipo de
ação de natureza individual.
A expressão pode vir da ocorrência de
motivação pessoal, por estar intoxicado, para
reforçar o seu poder ou o do patrão em um
dos níveis sociais. O indivíduo que sabota a
linha de montagem, o que organiza um
sindicato clandestino ou o que viola as
normas de produtividade coletiva que paga
por produção, expressam as diferentes
dimensões deste nível de realidade.
NORMAS REGULAMENTADORAS
5.1 Introdução às Normas Regulamentadoras NR1 à NR36
101

CHARLES CLYDE EBBETS – 1932 – contrução do Rockfeller centre – Nova York


102

CHARLES CLYDE EBBETS - 1932


103

CHARLES CLYDE EBBETS - 1932


104

CHARLES CLYDE EBBETS - 1932


105

“Lunch atop a Skyscraper” - CHARLES CLYDE EBBETS - 1932


106
107

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• As NRs são orientações trabalhistas sobre procedimentos
obrigatórios relacionados à saúde e à segurança do
empregado.
• Hoje, são 37 Normas que as empresas devem seguir para atuar
dentro da legalidade.
• Cada uma possui seus próprios parâmetros de regulamentação,
com o objetivo de prevenir acidentes e doenças provocadas
pelo trabalho.
• As NRs servem como uma bússola que orienta as ações dos
empregadores para tornar os ambientes mais saudáveis e
seguros.
• Elas promovem e preservam a integridade física do
trabalhador, estabelecem a regulamentação da legislação
pertinente à segurança e medicina do trabalho, além de
instituir políticas dentro das empresas.
108

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• Como surgiram
• Na década de 1970, o Brasil era o campeão em acidentes de
trabalho no mundo. Entre várias reivindicações trabalhistas, a
Lei no 6.514/1977 vem a alterar o capítulo V, do título II, da
Consolidação das leis do trabalho (CLT), relativo à segurança e
medicina do trabalho.
• As NR’s, no Brasil vieram para atender as necessidades de
melhores condições de trabalho somente em 1978; quando o
então ministério do Trabalho e Emprego decidiu padronizar,
fiscalizar e fornecer informações sobre os procedimentos básicos
das empresas.
• O primeiro volume possuía 28 Normas Regulamentadoras.
NORMA TIPO NORMA TIPO NORMA TIPO

NR-01 Geral NR-14 Especial – fornos NR-27 Revogada – registro prof.


NR-02 Revogada – inspeção prévia NR-15 Especial – insalubre NR-28 Geral – fiscalização e pena
NR-03 Geral – embargo/interdição NR-16 Especial – perigosas NR-29 Setorial – portuário
NR-04 Geral – SESMT NR-17 Geral – ergonomia NR-30 Setorial – aquaviário
NR-05 Geral- CIPA NR-18 Setorial – const. Civil NR-31 Setorial – agricultura
NR-06 Especial - EPI NR-19 Especial – explosivos NR-32 Setorial – serviço de saúde
NR-07 Geral – Saúde ocupacional NR-20 Especial – inflamáveis NR-33 Especial – espaço
confinado
NR-08 Especial – Edificações NR-21 Especial – céu aberto NR-34 Setorial – ind. Naval
NR-09 Geral – agentes NR-22 Setorial – mineração NR-35 Especial – trabalho em
físicos/qui/bio altura
NR-10 Especial – Inst. Eletricidade NR-23 Especial – prot. NR-36 Especial – Carnes e
Incendio derivados
NR-11 Especial – transp. Mov. NR-24 Especial – cond. NR-37 Setorial – plataforma
Cargas sanitárias petróleo
NR-12 Especial – máquinas equip. NR-25 Especial – resíduos ind. NR-37 Setorial – limpeza urbana

NR-13 Especial – caldeiras NR-26 Especial – sinalização


seg.

CLASSIFICAÇÃO: geral (8), especial (18), setorial (9) e revogada (2)


NORMAS REGULAMENTADORAS
5.2 Estudo Aplicado:
5.2.1 NR1: Disposições Gerais;
111

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• NR1.2.1.1 As Normas Regulamentadoras - NR são de observância
obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos
Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que
possuam empregados regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT.
• 1.2.1.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nas NR a
outras relações jurídicas
• As disposições contidas nas NR aplicam-se, no que couber, aos
trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem
o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas
categorias profissionais.
112

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• 1.3.1 A Secretaria de Trabalho - STRAB, por meio da
Subsecretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, é o órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho para:
• a) formular e propor as diretrizes, as normas de atuação e
supervisionar as atividades da área de segurança e saúde do
trabalhador;
• b) promover a Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - CANPAT;
• c) coordenar e fiscalizar o Programa de Alimentação do
Trabalhador - PAT;
113

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• d) promover a fiscalização do cumprimento dos preceitos
legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho
- SST em todo o território nacional;
• e) Participar e implementar a Política Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho - PNSST;
• f) conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou
de ofício, das decisões proferidas pelo órgão regional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
114

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• b) Cabe ao empregador informar aos trabalhadores:
• I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de
trabalho;
• II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa
para eliminar ou reduzir taisriscos;
• III. os resultados dos exames médicos e de exames
complementares de diagnóstico aos quais os
• próprios trabalhadores forem submetidos; e
• IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas
nos locais de trabalho.
115

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os
trabalhadores, de acordo com a seguinte
• ordem de prioridade:
• I. eliminação dos fatores de risco;
• II. minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas de proteção coletiva;
• III. minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas administrativas ou de
• organização do trabalho; e
• IV. adoção de medidas de proteção individual.
116

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• Anexo I da NR 1
empregador, a empresa individual ou
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviços. Equiparam-se
ao empregador os profissionais liberais, as
instituições de beneficência, as associações
recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitem trabalhadores como
empregados;
117

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• Anexo I da NR 1
• empregado, a pessoa física que presta serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário;
• Trabalhador: pessoa física inserida em uma
relação de trabalho, inclusive de natureza
administrativa, como os empregados e outros sem
vínculo de emprego.
• Responsável técnico pela capacitação:
profissional legalmente habilitado ou trabalhador
qualificado, conforme disposto em NR específica,
responsável pela elaboração das capacitações e
treinamentos
118

NORMAS REGULAMENTADORAS
• 1.4.2 Cabe ao trabalhador:
• a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde no trabalho, inclusive
• as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
• b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;
• c) colaborar com a organização na aplicação das NR; e
• d) usar o equipamento de proteção individual fornecido
pelo empregador.
• 1.4.2.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do
empregado ao cumprimento do disposto
• nas alíneas do subitem anterior.
119

NORMAS REGULAMENTADORAS
• 1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades
quando constatar uma situação de
• trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e
iminente para a sua vida e saúde, informando
• imediatamente ao seu superior hierárquico.
• 1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de
grave e iminente risco, não poderá ser
• exigida a volta dos trabalhadores à atividade enquanto
não sejam tomadas as medidas corretivas.
120

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• c) estabelecimento, local privado ou público,
edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou
de terceiros, onde a empresa ou a organização
exerce suas atividades em caráter temporário
ou permanente.
• O estabelecimento é o conjunto de bens,
patrimônio, máquinas, stocks, marcas,
catálogos, direitos e é o local onde se trabalha
(OLIVEIRA, JPM). É cada uma das unidades
da empresa, funcionando em lugares diferentes,
tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório,
loja, oficina, depósito, laboratório;
• e) setor de serviço, a menor unidade
administrativa ou operacional compreendida
no mesmo estabelecimento;
121

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• Canteiro de obra: área de trabalho
fixa e temporária, onde se desenvolvem
operações de apoio e execução à
construção, demolição ou reforma de
uma obra.
• Frente de trabalho: área de trabalho
móvel e temporária.
• Local de trabalho: área onde são
executados os trabalhos.
• Obra: todo e qualquer serviço de
engenharia de construção, montagem,
instalação, manutenção ou reforma.
122

ST1 - NORMAS REGULAMENTADORAS


• 1.6.1 Sempre que uma ou mais empresas, tendo,
embora, cada uma delas, personalidade jurídica
própria, estiverem sob direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo
industrial, comercial ou de qualquer outra
atividade econômica, serão, para efeito de
aplicação das Normas Regulamentadoras - NR,
solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas.
123

NORMAS REGULAMENTADORAS
• 1.9.1 O não-cumprimento das disposições legais e
regulamentares sobre segurança e saúde no
• trabalho acarretará a aplicação das penalidades
previstas na legislação pertinente.
124

REFERÊNCIAS
• FERREIRA, L.S.; PEIXOTO, N.H. Segurança
do Trabalho I. Santa Maria: UFSM, CTISM,
Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil, 2012.
• NR-01. Disposiçoes gerais e gerenciamento de
riscos ocupacionais.

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