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SEGURANÇA DO TRABALHO I
Téc. Seg. Trab.
Prof. Karen Solek
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1.OASPECTOS
1.1 HISTÓRICOS,
Homem e o trabalho
OCONCEITOS
trabalho sempre fezE OBJETIVOS
parte da vida dos seres humanos. Foi
através dele que as civilizações desenvolveram-se aos seus níveis.
O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação
pessoal e desenvolvimento econômico.
Por isso, de seu valor em todas as sociedades.
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1. ASPECTOS HISTÓRICOS,
CONCEITOS
1.2 E OBJETIVOS
Histórico da Segurança e saúde do trabalho
SEGURANÇA DO TRABALHO
1.2 RELAÇÃO DA SEGURANÇA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
1.3 LEIS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
1.4 RELAÇÕES DA SEGURANÇA COM AS NOVAS MODALIDADES
DE TRABALHO
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As casas operárias
As cidades
17
Primeiras
indústrias à vapor
19
Produção industrial
20
Titanic - 1914
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SEGURANÇA DO TRABALHO
3. LEIS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
Relação empregatícia
• O Brasil possui diversos tipos de contrato de trabalho.
Com a reforma trabalhista (2017), algumas modalidades
foram regulamentadas e outras criadas.
• como empregador, você precisa ter o conhecimento
sobre os direitos e obrigações do trabalhador para cada
contrato.
• No caso do trabalhador, é necessário entender como
funciona o contrato firmado entre você e a empresa
antes da assinatura do documento.
• Assim, fica claro para todos quais as responsabilidades
de cada um.
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Relação empregatícia
• 1) CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO
• A data para encerrar o vínculo entre empresa e empregado
é opcional para ambas as partes, com o cumprimento do
aviso prévio. Seja por meio de pagamento na rescisão ou
por meio de trabalho.
• No momento da rescisão de contrato por parte da empresa,
caso o colaborador não tenha falha na conduta, ele poderá
usufruir de recebimento de 40% de multa sobre o valor do
FGTS, seguro-desemprego e aviso prévio.
• Poderá ser feito acordo entre empresa e trabalhador, para
finalizar o contrato. Deve ser pago ao funcionário a metade
do aviso prévio e a metade da multa dos 40% sobre o saldo
do FGTS.
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Relação empregatícia
• 2) CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO
• tipo de contrato com data de início e fim, e não deve
ultrapassar dois anos trabalhando dessa forma. No caso
de prorrogação, ultrapassando os 2 anos, deve ser
alterado como contrato indeterminado.
• Valido em apenas em três hipóteses,
▫ contratação de serviço que justifique prazo do contrato;
▫ Em atividades empresariais de caráter transitório;
▫ contratação em caráter de experiência (90 dias).
• Após o término do contrato, não garante ao trabalhador
o acesso ao aviso prévio, a multa de 40% do FGTS e o
seguro desemprego. Tem que esperar seis meses para ser
readmitido na mesma modalidade.
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Relação empregatícia
• 3) CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO
• O funcionário é contratado para cumprir o trabalho em
prazo determinado. O prazo deve ser de três meses, mas
que podem ser prorrogados por mais seis meses.
• Atende a uma necessidade transitória de substituição do
quadro de pessoal, ou ainda pelo aumento de serviços. No
entanto, os casos mais comuns são para a substituição na
licença-maternidade.
• O colaborador tem direito às horas extras, descanso
semanal remunerado, 13º salário proporcional ao tempo de
serviço e férias. No final do contrato, o trabalhador terá os
mesmos direitos daqueles que estão no prazo
indeterminado.
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Relação empregatícia
• 4) CONTRATO DE TRABALHO EVENTUAL
• Apenas para os trabalhadores que prestam serviços
esporádicos. Não se pode confundir com o trabalho
temporário, pois este não gera vínculo empregatício.
• O trabalhador eventual é chamado apenas para exercer
uma atividade esporadicamente e não pode ser considerado
como empregado do contratante porque o período de
atividade é muito curto, não tendo uma relação direta de
trabalho.
• Como o trabalho é esporádico e não há vínculo trabalhista,
o funcionário não tem direito a nenhum benefício. Ele
recebe apenas pelo serviço prestado. Isso acontece bastante
com professores que precisam substituir professores
titulares e substitutos, na ausência deles.
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Relação empregatícia
• 5) CONTRATO DE TRABALHO HOME OFFICE
• Regulamentado na reforma trabalhista.
• O colaborador presta serviços fora das dependências da
empresa e as suas tarefas são desenvolvidas por meio de
tecnologias da informação e comunicação.
• Não descaracteriza o momento em que o funcionário
precisa ir até à empresa para realizar alguma atividade
específica. Isso pode acontecer, por exemplo, uma vez por
semana.
• É necessário um acordo entre empregador e empregado
sobre os custos com equipamento, insumos e despesas
variáveis, como energia e outras em contrato.
• não perde nenhum direito trabalhista e cabe a empresa
negociar alguns benefícios
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Relação empregatícia
• 6) CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE
• Regulamentado na reforma trabalhista.(horistas)
• A característica principal é a não continuidade dos
trabalhos. A atividade ocorre com alternância de período de
prestação de serviços e de inatividade.(bares e restaurantes)
• O trabalho deve ser determinado em horas, dias ou meses,
independente do tipo de atividade, com contrato por
escrito, informando como será feito o pagamento.
• No período de inatividade, não estará a disposição da
empresa e pode prestar serviço para outras empresas. Caso,
a empresa anterior queira contratá-lo novamente, basta
informar com três dias de antecedência.
• O funcionário tem acesso aos direitos trabalhistas como
férias, FGTS, previdência e 13º salários proporcionais.
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Relação empregatícia
• 7) CONTRATO DE TRABALHO PARCIAL (part-time)
• é oficializado um acordo com período inferior ao do
trabalho semanal, de 40 horas, e o número de dias e
período normal de trabalho deve ser estipulado no contrato.
• Se não estipulado no contrato, entende-se que o
trabalhador estará prestando serviço no horário normal.
• A partir da mudança na CLT, esse tipo de contrato permite
ao colaborador ter direito às férias, igual aos demais
trabalhadores celetistas, ou seja, o período deve ser de
trinta dias. E como direito trabalhista, um terço do período
de férias pode ser convertido em dinheiro.
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Relação empregatícia
• 8) CONTRATO DE TRABALHO TERCEIRIZADO
• Esse tipo de contrato é estabelecido de empresa para
empresa. O processo deve passar por uma prestadora de
serviço que será a responsável pela contratação do
profissional de acordo com as necessidades da companhia.
• A empresa contratada é a responsável por pagamentos aos
funcionários, que não são subordinados a empresa
contratante. Portanto, o vínculo e a subordinação estão
relacionados à empresa que presta serviços.
• O contrato fechado não precisa ter prazo, já que é a
terceirizada que vai determinar o tempo de permanência
junto à contratante. Mas o profissional precisa ser
especializado na área em que for atuar.
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Relação empregatícia
• 9) CONTRATO DE TRABALHO AUTÔNOMO
• O contrato não gera nenhum vínculo empregatício com a
empresa, ou seja, é apenas um prestador de serviço. Pode ser
realizado de forma não contínua, apenas eventualmente.
• Pode prestar serviço de qualquer natureza e afasta a
qualidade de empregado, não havendo subordinação jurídica
ou contrato de exclusividade.
• pagamento por Recibo de Pagamento a Autônomo ― RPA.
• Não tem direitos trabalhistas com a empresa, mas pode
contribuir de forma individual com o INSS. Isso lhe dará o
direito a auxílio-doença, auxílio-reclusão, salário-
maternidade, pensão em caso de morte e aposentadoria por
idade, invalidez ou tempo de contribuição.
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Relação empregatícia
• 10) CONTRATO DE TRABALHO ESTAGIÁRIO
• Tem o objetivo de aprimorar o que está sendo aplicado em
sala de aula e gera vínculo entre contratante e contratado,
apesar de não ser considerada pela lei uma relação jurídica
de emprego.
• No fechamento do contrato é determinada a quantidade de
horas e dias trabalhados, que não pode ultrapassar mais do
que 30 horas semanais de trabalho.
• Caso o estágio alcance mais que um ano de prestação de
serviço, o aluno tem direito aos 30 dias de férias que devem
ser gozados, preferencialmente, no seu período de férias
escolares.
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Relação empregatícia
• 11) CONTRATO DE TRABALHO TRAINEE
• Destinado aos recém-formados que devem passar por um
período de experiência dentro de uma empresa que o
admitiu e pode ter, ou não, um tempo determinado.
• O contrato de trainee é entendido como outro qualquer,
devendo usufruir de todos os direitos decorrentes de uma
relação de emprego. A carga horária do trabalho deve
obedecer às 44 horas semanais e 8 horas diárias.
• Não se pode confundir o contrato de trainee com o do
estagiário que tem uma relação trilateral entre estagiário,
instituição de ensino e empresa. No caso do trainee, a
relação trabalhista está diretamente ligada a empresa que o
contratou.
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BASES CIENTÍFICAS E
TECNOLÓGICAS DA
SEGURANÇA
2.1 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS EM SEGURANÇA DO
TRABALHO;
2.2 DESENVOLVIMENTO DAS TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA E
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: PAPEL DOS ÓRGÃOS
CONTROLADORES E ACORDOS INTERNACIONAIS
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CONCEITOS
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Ao trabalhador
Assegura qualidade de vida;
Evita perda de rendimento;
Mantém sua autoestima
Trabalho como prazer, alegria, motivação para a vida.
Ao empregador
Ganhos de produtividade
Preservação da imagem da empresa perante à comunidade;
Redução dos custos diretos e indiretos;
Diminuição de litígios trabalhistas; Menor rotatividade da mão-de-obra.
A sociedade/governo:
Menores encargos previdenciários;
Imagem positiva da nação perante organismos internacionais;
Valorização do ser humano por meio de políticas públicas;
Diminuição do “Custo Brasil”.
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• Pelo conceito jurídico das horas “in itinere”, eram tidas como o
tempo gasto pelo empregado para realizar o percurso de ida e
volta do serviço, ainda que a condução fosse fornecida pelo
empregador.
• Para restar caracterizadas as referidas horas, o local da empresa
deveria ser de difícil acesso e não estar servido por transporte
público regular em horários compatíveis com os de entrada e
saída dos funcionários.
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SEÇÃO II (CLT)
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em
qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde
que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para
o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na
jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou
não servido por transporte público, o empregador fornecer a
condução. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a
efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando
ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador,
não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467,
de 2017)
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ACIDENTES DE TRABALHO
3. 4 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DOS ACIDENTES DE
TRABALHO
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• Condição Insegura:
• São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas na
empresa que constituem riscos para a integridade física do
trabalhador, para sua saúde e para os bens materiais da
empresa.
• As condições inseguras são deficiências como: defeitos de
instalações ou de equipamentos, falta de proteção em máquinas,
má iluminação, excesso de calor ou frio, umidade, gases,
vapores e poeiras nocivos e muitas outras condições
isatisfatórias do próprio ambiente de trabalho.
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Perda:
É o prejuízo de redução patrimonial
ou financeira sofrido por uma
organização sem garantia de
ressarcimento através de seguros
ou por outros meios.
• Sinistro:
• É o prejuízo sofrido por uma
organização, com garantia de
ressarcimento através de seguros
ou por outros meios.
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• Nas organização e
sociedades “o acidente é
um fenômeno de
natureza multifacetada,
resultante de interações
complexas entre fatores”.
Portanto não há causa
única dos acidentes.
• A abordagem
multifacetada requer a
utilização de diversos
modelos, sendo cada um
mais adequado à certa
abordagem do fenômeno.
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a) RECOMPENSA
1) Autoritarismo: As estratégias de
autoritarismo são um mecanismo de defesa
da segurança dos trabalhadores, mas antes,
uma tentativa de garantir o trabalho
executado de forma acelerada. Quem
reclamar das más condições de trabalho,
pode incitar ao empregador demiti-lo. E se
estas condições não forem corrigidas,
provavelmente irá haver mais acidentes.
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B) COMANDO:
2) Designação do Grupo de trabalho: pode ser feita
pela grande rotatividade dos trabalhadores na
empresa. Os empregadores procuram eliminar as
ameaças que grupos de trabalho coesos ou
integrados, pois podem constituir base de resistência
à imposição de trabalhos perigosos. No entanto,
utiliza a desintegração sem que isso impeça o
desenvolvimento das tarefas laborais. A
desintegração pode resultar em acidentes quando as
pessoas não se compreendem em tarefas
interdependentes. A alta rotatividade de trabalhadores
e grupos onde não se falam a mesma língua são
alguns fatores desta relação social.
3) Servidão voluntária: relaciona-se com trabalhos difíceis ou perigosos, sem
oposição por parte dos trabalhadores que não recebem recompensas
extraordinárias por estes trabalhos. Ambientes insalubres podem ser dominados
por esta relação. Os empregadores recorrem a trabalhadores que julgam mais
propensos à servidão, particularmente mulheres, deficientes e imigrantes ilegais.
Nesta relação, as ações dos trabalhadores estão em harmonia com os objetivos
do empregador. Mas esta pode trazer a desvantagem da excessiva passividade
na execução de trabalhos.
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B) COMANDO:
O nível de comando apresenta-se por relações de
poder. A utilização de poder serve para combater os
comportamentos indesejados e pode ser usado pelo
empregador (cadeia hierárquica), como pelos
próprios trabalhadores (entre pares).
Pode-se utilizar o poder na prevenção de acidentes,
através de punição de práticas e comportamento
definidos como inseguros. Contudo, mais o registro
formal de acidentes do que os próprios acidentes,
pois os trabalhadores tem medo de serem punidos
disciplinarmente pelos acidentes, o que os levam a
não declarar.
Algumas organizações preferem transferir a
responsabilidade da vigilância para o próprio
trabalhador, como um autocomando, ou seja, os
próprios pares impõem sanções aos que agem de
forma perigosa. Alguns estudos sugerem que a
maioria dos trabalhadores tem preferência pelo
modelo de autocomando, em detrimento aos
programas de segurança organizados pela empresa.
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c) ORGANIZACIONAL.
D) INDIVÍDUO MEMBRO
É centrado na concepção de que o sujeito tem
uma certa autonomia para agir, independente
dos constrangimentos impostos pelas
relações sociais e organizacionais. São
fatores não sociais susceptíveis de influenciar
a ocorrência de acidentes de trabalho. Como
por exemplo, os acidentes de autolesão
intencional do trabalhador ou por outro tipo de
ação de natureza individual.
A expressão pode vir da ocorrência de
motivação pessoal, por estar intoxicado, para
reforçar o seu poder ou o do patrão em um
dos níveis sociais. O indivíduo que sabota a
linha de montagem, o que organiza um
sindicato clandestino ou o que viola as
normas de produtividade coletiva que paga
por produção, expressam as diferentes
dimensões deste nível de realidade.
NORMAS REGULAMENTADORAS
5.1 Introdução às Normas Regulamentadoras NR1 à NR36
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NORMAS REGULAMENTADORAS
• 1.4.2 Cabe ao trabalhador:
• a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde no trabalho, inclusive
• as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
• b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;
• c) colaborar com a organização na aplicação das NR; e
• d) usar o equipamento de proteção individual fornecido
pelo empregador.
• 1.4.2.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do
empregado ao cumprimento do disposto
• nas alíneas do subitem anterior.
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NORMAS REGULAMENTADORAS
• 1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades
quando constatar uma situação de
• trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e
iminente para a sua vida e saúde, informando
• imediatamente ao seu superior hierárquico.
• 1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de
grave e iminente risco, não poderá ser
• exigida a volta dos trabalhadores à atividade enquanto
não sejam tomadas as medidas corretivas.
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NORMAS REGULAMENTADORAS
• 1.9.1 O não-cumprimento das disposições legais e
regulamentares sobre segurança e saúde no
• trabalho acarretará a aplicação das penalidades
previstas na legislação pertinente.
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REFERÊNCIAS
• FERREIRA, L.S.; PEIXOTO, N.H. Segurança
do Trabalho I. Santa Maria: UFSM, CTISM,
Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil, 2012.
• NR-01. Disposiçoes gerais e gerenciamento de
riscos ocupacionais.