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O processo evolutivo nas operações de manufatura ocorreu entre 1760 e 1840. Essa
etapa de transformação culminou na utilização de máquinas, na fabricação de
produtos químicos, nos processos de produção do ferro, na maior eficiência da
utilização da água como recurso de energia a vapor e no aperfeiçoamento de
ferramentas, além da substituição da madeira pelo carvão mineral.
Primórdios da legislação
A Primeira Lei de proteção dos Trabalhadores: a “lei de saúde e moral dos aprendizes”
foi aprovada pelo parlamento da Inglaterra no ano de 1802. Durante o auge da
primeira Revolução Industrial, quando muitos trabalhadores morriam ou sofriam
enfermidades por conta das condições de trabalho da época.
Por Segurança do Trabalho entende-se a área que tem como objetivo tutelar, proteger
o trabalhador, buscando a diminuição da ocorrência de acidentes de trabalho ou
ocupacionais e também de doenças. É também objetivo da matéria proteger a
integridade e a capacidade de trabalho das pessoas. Abaixo, apresentamos conceitos
básicos que todo profissional deve conhecer.
Adicional de insalubridade
É o adicional pago ao trabalhador que desempenhe ou esteja envolvido com
atividades insalubres. Segundo o artigo 189 da CLT, “serão consideradas atividades
ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos”. Seu valor varia entre 10%, 20% e 40% sobre o salário.
Adicional de periculosidade
É o adicional pago ao trabalhador que desempenhe ou esteja envolvido com
atividades perigosas. Segundo a CLT, “são consideradas atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco
acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I – inflamáveis,
explosivos ou energia elétrica; II – roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial”. Seu valor é de 30% do
salário.
Adicional de penosidade
Indenização a funcionários que trabalham em condições de penosidade
Agentes ergonômicos
Agentes que tornam o ritmo e/ou frequência do trabalho desajustados, como
equipamentos e instrumentos que podem gerar desgaste físico, emocional, sono,
fadiga e dores musculares, entre outros.
Ameaça
Evento, circunstância, acontecimento ou iminência de dano ou perda, seja ela humana
ou material.
Toda ação do Técnico de Segurança do Trabalho deve priorizar interesse nas pessoas
baseado no bem estar, saúde e segurança conforme conhecimentos adquiridos, em
caso de dúvidas um especialista (Eng° Segurança do Trabalho ou Médico) deverá ser
consultado. Os profissionais de Segurança do Trabalho devem informar a alta
Administração e os Trabalhadores sobre os riscos da empresa que possam gerar
acidentes ou prejudicar a saúde, mas devem manter sigilo desse tipo de assunto com
pessoas externas, incluindo-se colegas de profissão.
Para alguns parece não ser um caminho fácil atender o exposto acima, mas a
resistência em atender princípios básicos da profissão, pode sim levar o Técnico de
Segurança do Trabalho ao encarceramento, e isso não é exclusividade desta
atividade, mas sim objeto de outras profissões. Atitudes como emitir certificados de
treinamento às cegas sem ministrar o treinamento bem como ignorar extensas
irregularidades no sistema de combate ao incêndio não permite outro caminho aos
responsáveis que não seja a de responder ao previsto no Art. 13, § 2 do Código Penal
– Decreto Lei 2848/40.
CÓDIGO DE ÉTICA
CAPÍTULO I
DA ATIVIDADE PROFISSIONAL
Art. 04 – As funções, quando no exercício profissional do técnico de segurança do
trabalho, são definidas pela Portaria 3.275, de 21 de setembro de 1989, não sendo
permitido o desvio desta.
CAPÍTULO II
DO PROFISSIONAL
Art.05 – Exercer o trabalho profissional com competência, zelo, lealdade, dedicação e
honestidade, observando as prescrições legais e regulamentares da profissão e
resguardando os interesses dos trabalhadores conforme Portaria 3214 suas NRs. e
demais legislações prevencionistas.
Art.06 – Acompanhar a legislação que rege o exercício profissional da segurança do
trabalho, visando a cumpri-la corretamente e colaborar para sua atualização e
aperfeiçoamento.
Art.07 – O técnico de segurança do trabalho poderá delegar parcialmente a execução
dos serviços a seu cargo a um colega de menor experiência, mantendo-os sempre sob
sua responsabilidade técnica.
Art. 08 – Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a
prática de atos que comprometam a sua dignidade.
Art.09 – Cooperar para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de
informações sobre os seus conhecimentos e contribuição de trabalho às associações
de classe e a colegas de profissão.
Art.10 – Colaborar com os órgãos incumbidos da aplicação da lei de regulamentação
do exercício profissional e promover, pelo seu voto nas entidades de classe, a melhor
composição daqueles órgãos.
Art.11 – O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz
nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de
normas técnicas que regem o exercício da profissão.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES
Art. 12 – Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito,
inclusive no âmbito do serviço público, salvo os casos previstos em lei ou quando
solicitado por autoridades competentes e as instituições representativas da categoria
Art.13 – Se substituído em suas funções, informar ao substituto todos os fatos que
devam chegar ao seu conhecimento, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das
funções a serem exercidas.
Art.14 – Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto
de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração de
programas prevencionistas de segurança e saúde no trabalho.
Art.15 – Considerar e zelar com imparcialidade o pensamento exposto em tarefas e
trabalhos submetidos a sua apreciação.
Art. 16 – Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente
informado e munido de documentos.
Art.17 – Atender à instituições representativas da categoria, no sentido de colocar à
sua disposição, sempre que solicitados, papéis de trabalho, relatórios e outros
documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.
Art. 18 – Os deveres do técnico de segurança do trabalho compreendem, além da
defesa do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o
aperfeiçoamento da técnica de trabalho.
Art. 19 – Manter-se regularizado com suas obrigações com as instituições
representativas da categoria.
Art.20 – Comunicar as instituições representativas da categoria fatos que envolvam
recusa ou demissão de cargo, função ou emprego, motivados pela necessidade do
profissional em preservar os postulados, éticos e legais da profissão.
CAPÍTULO IV
DA CONDUTA
Art. 21 – Zelar pela própria reputação, mesmo fora do exercício profissional;
Art. 22 – Não contribuir para que sejam nomeadas pessoas que não tenham a
necessária habilitação profissional para cargos rigorosamente técnicos.
Art.23 – Na qualidade de consultor ou árbitro independente, agir com absoluta
imparcialidade e não levar em conta nenhuma consideração de ordem pessoal.
Art. 24 – Considerar como confidencial toda informação técnica, financeira ou de outra
natureza que obtenha sobre os interesses dos empregados ou empregador.
Art. 25- Assegurar ao trabalhador e ao empregador um trabalho técnico livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
CAPÍTULO V
DOS COLEGAS
CAPÍTULO VI
DAS PROIBIÇÕES
Art.31 – É vetado ao técnico de segurança do trabalho anunciar, em qualquer
modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do
colega, da organização ou da classe.
Art.32 – Assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo
moral ou desprestígio para classe.
Art.33 – Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra
exclusivamente de sua prática lícita ou serviços não prestados.
Art.34 – Assinar documentos ou peças elaborados por outros, alheios à sua
orientação, supervisão e fiscalização.
Art.35 – Exercer a profissão quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu
exercício aos não habilitados ou impedidos.
Art.36 – Aconselhar o trabalhador ou o empregador contra disposições expressas em
lei ou contra os princípios fundamentais e as normas brasileiras de segurança e saúde
no trabalho.
Art. 37 – Revelar assuntos confidenciais por empregados ou empregador para acordo
ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento.
Art.38 – Iludir ou tentar a boa fé do empregado, empregador ou terceiros, alterando ou
deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou
elaborando peças inidôneas.
Art.39 – Elaborar demonstrações na profissão sem observância dos princípios
fundamentais e das normas editadas pelas instituições representativas da categoria
Art.40 – Deixar de atender às notificações para esclarecimento à fiscalização ou
intimações para instrução de processos.
Art.41 – Praticar qualquer ato ou concorrência desleal que, direta ou indiretamente,
possa prejudicar legítimos interesses de outros profissionais.
Art.42 – Expressar-se publicamente sobre assuntos técnicos sem estar devidamente
capacitado para tal e, quando solicitado a emitir sua opinião, somente fazê-lo com
conhecimento da finalidade da solicitação e em benefício da coletividade.
Art. 43 – Determinar a execução de atos contrários ao código de ética dos
profissionais que regulamenta o exercício da profissão.
Art.44 – Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pessoas físicas e
jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem.
Art.45 – Utilizar forma abusiva o poder que lhe confere a posição ou cargo para impor
ordens, opiniões, inferiorizar as pessoas e/ou dificultar o exercício profissional.
CAPÍTULO VII
DA CLASSE
Art.46 – Acatar as resoluções votadas pela classe, inclusive quanto a honorários.
Art.47 – Prestigiar as entidades de classe contribuindo, sempre que solicitado, para o
sucesso de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da
coletividade.
CAPÍTULO VIII
DOS DIREITOS
Art.48 – Representar perante os órgãos competentes as irregularidades
comprovadamente ocorridas na administração de entidade da classe.
Art.49 – Recorrer às instituições representativas da categoria, quando impedido de
cumprir o presente código e as leis do exercício profissional.
Art.50 – Renunciar às funções que exerce logo que positivar falta de confiança por
parte do empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência,
zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados,
evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia.
Art. 51 – O técnico de segurança do trabalho poderá publicar relatório, parecer ou
trabalho técnico– profissional e assinado sob sua responsabilidade.
Art. 52 – O técnico de segurança do trabalho, quando assistente técnico, auditor ou
árbitro poderá recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em
face da especialização requerida.
Art.53 – Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal.
Art. 54 – Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar tarefas em não
conformidade com as normas de segurança e saúde no trabalho, e orientações
editadas pelas instituições representativas da categoria.
Art. 55 – O técnico de segurança do trabalho poderá requerer desagravo público às
instituições representativas da categoria quando atingido, pública e injustamente, no
exercício de sua profissão.
CAPÍTULO IX
DAS PENALIDADES
Art. 56 – A transgressão de preceito deste código constitui infração ética, sancionada,
segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades: –
Advertência reservada; – Censura reservada; – Censura pública; Na aplicação das
sanções éticas são consideradas como atenuantes: – Falta cometida em defesa de
prerrogativa profissional; – Ausência de punição ética anterior; – Prestação de
relevantes serviços à classe.
Art.57 – O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do
Código de Ética incumbe, originariamente, as instituições representativas da categoria,
que funcionarão como Comissão de Ética, facultado recurso dotado de efeito
suspensivo, interposto no prazo de trinta dias.
Art.58 – Não cumprir, no prazo estabelecido, determinação das instituições
representativas da categoria, depois de regularmente notificado.
Art.59 – O recurso voluntário somente será encaminhado a Comissão de Ética, para
manter ou reformar parcialmente a decisão.
Art.60 – Quando se tratar de denúncia, as instituições representativas da categoria
comunicará ao denunciante a instauração do processo até trinta dias depois de
esgotado o prazo de defesa.
Art. 61 - Compete às instituições representativas da categoria, em cuja jurisdição se
encontrar inscrito o técnico de segurança do trabalho, a apuração das faltas que
cometerem contra este Código e a aplicação das medidas previstas na legislação em
vigor.
Art.62 – As infrações deste código de ética serão julgadas pelas Comissões
Especializadas instituídas pelas instituições representativas da categoria, conforme
dispõe a legislação vigente.
Art. 63 – A cassação consiste na perda do direito ao exercício da profissão de técnico
de segurança do trabalho e será por decisão do Ministério do Trabalho e Emprego.
Art.64 – Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em
desobediência e/ou inobservância às disposições do código de ética dos profissionais
técnicos de segurança do trabalho.
Art. 65 – Atentar para as resoluções específicas sobre as graduações das
penalidades.
Fonte: Fenatest
LEGISLAÇÃO DA SEGURANÇA NO TRABALHO
Convenções e Protocolos
São tratados internacionais que definem padrões e pisos mínimos a serem observados
e cumpridos por todos os países que os ratificam. A ratificação de uma convenção ou
protocolo da OIT por qualquer um de seus 187 Estados-Membros é um ato soberano e
implica sua incorporação total ao sistema jurídico, legislativo, executivo e
administrativo do país em questão, tendo, portanto, um caráter vinculante.
Recomendações
Não têm caráter vinculante em termos legais e jurídicos. Uma recomendação
frequentemente complementa uma convenção, propondo princípios reitores mais
definidos sobre a forma como esta poderia ser aplicada. Existem também
recomendações autônomas, que não estão associadas a nenhuma convenção, e que
podem servir como guias para a legislação e as políticas públicas dos Estados-
Membros.
Resoluções e Declarações
As resoluções representam pautas destinadas a orientar os Estados-Membros e a
própria OIT em matérias específicas. Já as declarações contribuem para a criação de
princípios gerais de direito internacional. Ainda que as resoluções e declarações não
tenham o mesmo caráter vinculante das convenções e dos protocolos, os Estados-
Membros devem responder à OIT quanto às iniciativas e medidas tomadas para
promover seus fins e princípios.
Esses princípios e direitos são regidos por oito Convenções fundamentais que
abrangem a liberdade sindical, o reconhecimento efetivo do direito da negociação
coletiva, a eliminação de todas as formas de trabalho forçado, a eliminação efetiva do
trabalho infantil e a eliminação da discriminação em matéria de emprego e profissão.
Ou aquela estabelecida no inciso XXVIII, do mesmo artigo, que prevê seguro contra
acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Essas normas constitucionais de proteção não têm alcançado efetividade e não têm
evitado sofrimento a um grande número de trabalhadores, com a perda da saúde, com
mutilações, ou com a perda da própria vida, sendo que os acidentes de trabalho e as
doenças profissionais vêm aumentando em número que causam grande preocupação
e trazem prejuízos incalculáveis ao Estado.
O Brasil tem um sistema importante de proteção à saúde e à vida do trabalhador, mas
que não está cumprindo com a sua finalidade. A Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) complementa o texto constitucional, trazendo normas e regras que protegem o
trabalho e o trabalhador. E mais recentemente, surgiu o Decreto nº 7.602, de
08.11.2011, que instituiu a nova Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.
Isso tudo, entretanto, é insuficiente. A Fiscalização deixou de ser eficiente por falta de
estrutura, por falta de fiscais. Surge então a necessidade de ampliação do diálogo
social, para que mais pessoas e entidades se integrem no esforço de prevenção dos
acidentes e doenças no trabalho.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por
cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
anos de idade em creches e pré-escolas
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.
"CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art . 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo,
não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à
matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados
ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas
oriundas de convenções coletivas de trabalho.
Art . 155- Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança
e medicina do trabalho:
I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos
preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades
relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional,
inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;
III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões
proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e
medicina do trabalho.
Art . 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites
de sua jurisdição:
I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do
trabalho;
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste
Capítulo, nos termos do art. 201.
Art . 157 - Cabe às empresas:
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
Art . 158 - Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções
de que trata o item II do artigo anterior;
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do
artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
Art . 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser
delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de
fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições
constantes deste Capítulo.