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PROPÓSITO
Compreender de que forma a exposição a agentes de riscos ocupacionais pode gerar o
adoecimento do trabalhador. Analisar os procedimentos disponíveis para as empresas atuarem
na prevenção do adoecimento e na promoção da saúde dos trabalhadores e na preservação do
meio ambiente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 1
RISCOS OCUPACIONAIS
Você sabe o que é um risco ocupacional?
Neste vídeo, você encontrará o conceito, explicação e exemplos de riscos ocupacionais.
Fonte: Pixabay
RISCO QUÍMICO
Fonte: Pixabay
RISCO FÍSICO
Consideram-se como agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, como ruído, calor ou frio extremos, radiação ionizante e não
ionizante e vibração. Esses agentes, quando não controlados, podem causar: câncer, surdez,
desidratação, dor de cabeça, entre outros.
Fonte: Pixabay
RISCO BIOLÓGICO
Fonte: Freepik
RISCO DE ACIDENTE
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) exige ambientes de trabalho seguros, tornando
obrigatória, para as empresas, a adoção de medidas de segurança e observação de suas
regras, tais como:
Instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar para
prevenir acidentes ou doenças ocupacionais.
1. Antecipação e/ou
Reconhecimento dos
Riscos
4. Medidas
corretivas, em caso
de anormalidades
2. Adoção de
Medidas de
Riscos
3. Monitoramento dos
riscos e da saúde dos
trabalhadores
1. Antecipação e/ou
Reconhecimento dos
Riscos
2. Adoção de
Medidas de
Riscos
3. Monitoramento dos
riscos e da saúde dos
trabalhadores
4. Medidas
corretivas, em caso
de anormalidades
Caso seja necessário, adotar medidas corretivas se os agentes de riscos estiverem muito
além do permitido por Lei. O monitoramento dos agentes não pode parar, é constante,
por isso as empresas precisam contratar profissionais capacitados para acompanhar
esse ciclo.
ATENÇÃO
Alguns ambientes podem ser considerados insalubres por não garantirem o cumprimento das
normas de segurança. Neste caso, se realmente ficar comprovado que o ambiente não oferece
a segurança devida aos trabalhadores, o empregador será obrigado a pagar um “adicional de
insalubridade”. Esse adicional assegura ao trabalhador um valor acrescentado ao seu salário,
incidente sobre o salário mínimo da região equivalente a: 40% (quarenta por cento) para
insalubridade de grau máximo; 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio; 10%
(dez por cento) para insalubridade de grau mínimo.
A eliminação ou a neutralização da insalubridade no ambiente de trabalho determinará a
cessação do pagamento do adicional. Em geral, decorre da adoção de medidas que
conservam o ambiente de trabalho nos limites de tolerância e com a utilização de equipamento
de proteção individual.
Uma das competências da CIPA é identificar os riscos para elaborar o Mapa de Riscos,
que é uma metodologia de avaliação qualitativa e subjetiva dos riscos presentes no
trabalho.
Para a elaboração do mapa, a CIPA deve ter a assessoria da equipe do Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Ainda sobre a classificação dos riscos ocupacionais, é preciso lembrar que eles muitas vezes
afetarão a saúde do trabalhador através do que chamamos de “fatores de riscos” como: ruído,
poeira, calor, bactéria, produto químico, entre outros. Há ainda os fatores relacionados à
organização do trabalho, que podem causar doenças osteomusculares e transtornos mentais.
Em outras palavras, podemos encontrar alguns fatores de riscos de grupos de riscos diferentes
em um mesmo ambiente de trabalho.
EXEMPLO
Por exemplo, na indústria têxtil, pode ocorrer: maquinário com ruído (agente de risco físico),
poeira da matéria-prima (agente de risco químico), postura inadequada para manuseio da
máquina (agente de risco ergonômico).
GRUPO I
Doenças em que o trabalho é a causa necessária.
Exemplo: silicose.
GRUPO II
Doenças em que o trabalho pode ser um fator contributivo, mas não necessário, ou seja, o
trabalho pode ou não estar favorecendo a condição do trabalhador.
Exemplo: hipertensão.
GRUPO III
Doenças em que o trabalho é um agravador de um distúrbio latente.
Exemplo: depressão.
NEXO OCUPACIONAL
EXEMPLO
JPS trabalha há dez anos exposto a poeira de sílica, após esse período começou a apresentar:
diminuição da capacidade de respirar, fraqueza, tosse intensa, dores no peito, perda de peso.
Foi ao médico e após a anamnese (perguntas que o médico faz ao paciente) e alguns exames,
foi diagnosticado com Silicose (doença proveniente da exposição ao pó de sílica). Neste caso,
ao comprovar que o trabalhador desenvolveu a doença por causa do trabalho, teremos um
nexo de causalidade = causa (ambiente/pó de sílica) e efeito (doença).
Agora que já falamos sobre as formas de adoecer e a sua relação com o trabalho, vejamos o
que acontecerá com o trabalhador adoecido ou em processo de adoecimento.
O TRABALHADOR ADOECIDO
Para entendermos o que pode acontecer aos trabalhadores quando adoecem, é interessante
lembrar de alguns conceitos/termos chave:
ADOECIMENTO OCUPACIONAL
É qualquer alteração biológica ou funcional (física ou mental) que ocorre com uma pessoa em
decorrência do trabalho.
EMPREGADO
Pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a um empregador, sob a
dependência deste e mediante salário. Pode ser: empregado do setor privado (com ou sem
carteira de trabalho assinada); empregado do setor público (com ou sem carteira de trabalho
assinada, militar, servidor público estatuário); e empregado rural.
TRABALHADOR DOMÉSTICO
Pessoa física que presta serviço em domicílio, com ou sem carteira de trabalho assinada.
Agora vamos entender, em três casos, o que acontece com um trabalhador contratado em
regime de CLT:
CASO 1 – TRABALHADOR PRECISARÁ SE
AFASTAR POR POUCO TEMPO DO
TRABALHO
XYZ trabalha em uma empresa de construção civil há cinco anos, com manipulação de
cimento. Há alguns dias tem percebido coceira intensa nas mãos, além de rachadura que
sangra, e isso está impedindo que trabalhe direito. Ao procurar um médico, o mesmo avaliou
as lesões e constatou que XYZ estava com dermatite de contato por causa do cimento e o
afastou do trabalho por cinco dias, entregando a ele um Atestado Médico. Neste caso, o
trabalhador precisará voltar ao trabalho? Precisará entregar o atestado na empresa? O dia de
trabalho será abonado?
QUAL É A RESPONSABILIDADE DO
TRABALHADOR E DA EMPRESA, NESSE
CASO?
RESPOSTA
RESPOSTA
O trabalhador precisou ser afastado por pouco tempo para tratamento. Após sair da
consulta, ele poderá ir à empresa entregar o atestado ou fazer isso no dia seguinte. A
empresa deverá receber o atestado e os dias de afastamento serão abonados, o
trabalhador receberá o valor do salário que corresponde a esses dias.
LMN trabalha como frentista há quinze anos. Há cinco dias vem apresentando cansaço
excessivo, dores de cabeça e tontura. Após um episódio de sangramento no nariz, LMS ficou
assustado e procurou um médico. Durante a consulta relatou detalhes do seu trabalho e o
médico solicitou alguns exames, entre eles o toxicológico. Ao receber os resultados, o médico
identificou que, além da intoxicação, LMN estava com leucemia. Para o tratamento inicial, o
médico emitiu um Atestado com quarenta dias de afastamento. Neste caso, o trabalhador
precisará voltar ao trabalho? Precisará entregar o atestado na empresa? O dia de trabalho será
abonado?
QUAL É A RESPONSABILIDADE DO
TRABALHADOR E DA EMPRESA, NESSE
CASO?
RESPOSTA
RESPOSTA
O trabalhador precisou ser afastado por 40 dias. Após sair da consulta, ele poderá ir è
empresa entregar o atestado ou fazer isso no dia seguinte. A empresa deverá receber o
atestado e os primeiros quinze dias de afastamento serão abonados, o trabalhador
receberá o valor do salário que corresponde a esses dias. Porém, neste caso, o
trabalhador também precisará ser orientado a agendar perícia no INSS. Como ficará
afastado do trabalho por mais tempo, para fazer jus ao benefício do INSS, precisará
passar por perícia médica.
Atenção: Não existe lei que obrigue o médico a colocar o nome da doença (diagnóstico)
e nem o número da classificação (a CID da doença) no atestado médico.
A Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) é um
registro estatístico que reúne e organiza as mais diversas doenças e sintomas
conhecidos pelo homem em grupos ou categorias.
RST trabalha em uma empresa há dez anos e há cinco foi diagnosticada com depressão.
Desde então, faz tratamento regularmente e não pode deixar de tomar seus remédios nem um
dia. Um sábado por mês, RST vai ao médico do posto de saúde para renovar a receita e pegar
outra caixa de medicamento. Acontece que este mês, o médico que a acompanha não poderá
atender aos sábados e agendou uma consulta durante a semana. RST não pode ficar sem o
remédio e foi autorizada pela empresa a comparecer à consulta. O médico entrega a ela uma
Declaração de Comparecimento com a data da consulta e o tempo que ficou no consultório.
Neste caso, o que você acha? A trabalhadora precisará voltar ao trabalho? Deve entregar a
declaração na empresa? O dia de trabalho será abonado?
QUAL É A RESPONSABILIDADE DO
TRABALHADOR E DA EMPRESA, NESSE
CASO?
RESPOSTA
RESPOSTA
Como vimos, o médico precisa atender o trabalhador com atenção, coletar informações sobre
sua vida pessoal e profissional, solicitar exames complementares (se for preciso) e formular um
diagnóstico. Nem sempre o médico faz o diagnóstico imediatamente, às vezes precisa de
tempo para investigar o que está acontecendo com o trabalhador. O médico também poderá
prescrever o tratamento e/ou encaminhar o trabalhador para outros profissionais como,
psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, entre outros.
Uma vez constatado que o trabalhador não tem condições de retornar ao trabalho, o médico
deverá fornecer um atestado com os dias necessários de afastamento. Às vezes o trabalhador
está adoecendo e isso não tem nenhuma relação com o trabalho, porém, mesmo assim, o
trabalhador precisará ser afastado para se tratar. Caso não haja necessidade de afastamento,
o médico deverá entregar ao trabalhador uma declaração de comparecimento à consulta, com
a data e o tempo que ficou no consultório em atendimento.
Se o médico que atendeu o trabalhador não é médico do trabalho e não tem acesso à
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mas diagnosticou uma doença ocupacional,
então deverá emitir apenas um laudo sobre as condições de saúde do trabalhador, para que
este o entregue na empresa e o laudo seja anexado à CAT.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
GABARITO
1. MNH, digitador há dez anos, compareceu a uma consulta médica com queixa de
formigamento, ardência e dores nas mãos, relatou também que há duas semanas não
consegue levantar alguns objetos devido a uma “fraqueza nas mãos”. No exame físico, o
médico observou inchaço e vermelhidão local. Diante desses sinais e sintomas, o
trabalhador foi diagnosticado com tendinite nas mãos e nos punhos. Para o tratamento e
a recuperação, o médico o afastou do trabalho por 07 (sete) dias. Para formalizar o
afastamento, MNH deverá levar à empresa o documento emitido pelo médico com uma
informação obrigatória. Assinale abaixo a alternativa correta sobre o documento e a
informação obrigatória:
Neste caso o documento será o atestado médico, uma vez que o trabalhador precisará ser
afastado para tratamento. Quanto à informação obrigatória, o médico deverá colocar os dias de
afastamento, mas não o tratamento prescrito para o trabalhador.
MÓDULO 2
Como vimos no módulo anterior, muitas vezes o ambiente de trabalho apresenta riscos que
afetam a saúde física e/ou mental dos trabalhadores. Essa situação exige a responsabilidade
de todos, principalmente dos empregadores.
Neste vídeo, você verá a Responsabilidade das empresas na prevenção de riscos,
considerando, principalmente, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
NORMAS REGULAMENTADORAS
PERTINENTES À SEGURANÇA E MEDICINA
DO TRABALHO
Seguindo a Recomendação nº 155 (que trata da Segurança e Saúde dos Trabalhadores) da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), os países membros elaboraram uma política
nacional coerente em matéria de segurança e saúde dos trabalhadores e ambiente de trabalho.
Nesse contexto, trataremos de duas NRs muito importantes para a manutenção da saúde dos
trabalhadores, além de apontar medidas que podem ser colocadas em prática, para que seja
evitado o adoecimento físico ou mental do trabalhador.
Sobre as disposições gerais, a NR 01 informa que as NRs são de observância obrigatória pelas
organizações e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público que tenham empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
No que concerne ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, cabe:
À ORGANIZAÇÃO
a) Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho;
b) Identificar perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
c) Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de
prevenção;
e) Implementar medidas de prevenção de acordo com a classificação de risco e na ordem de
prioridade;
f) Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.
AO EMPREGADOR
a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no
trabalho;
b) Informar aos trabalhadores:
I. Os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;
II. As medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir tais riscos;
III. Os resultados dos exames médicos e dos exames complementares de diagnóstico aos
quais os próprios trabalhadores forem submetidos; e
IV. Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
c) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
trabalhadores.
ATENÇÃO
Todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de função que implique alteração de risco,
deve receber informações sobre: os riscos ocupacionais que existam ou possam se originar
nos locais de trabalho; os meios para prevenir e controlar tais riscos; as medidas adotadas pela
organização; os procedimentos a serem adotados em situação de emergência. As informações
podem ser transmitidas durante os treinamentos ou por meio de diálogos de segurança,
documento físico ou eletrônico.
O trabalhador tem direito de interromper suas atividades, quando constatar que a situação de
trabalho envolve um risco grave e iminente para sua vida e saúde. Ele precisa informar ao
superior hierárquico e, caso a situação não seja resolvida, pode se recusar a retornar à
atividade até que se resolva a situação.
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PREVENÇÃO DA SAÚDE
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Já para promoção da saúde, é preciso ter um olhar integral do ambiente e proporcionar “saúde”
para os trabalhadores. Empresas que oferecem alimentação, por exemplo, devem servir
refeições saudáveis. Imagine vários trabalhadores hipertensos comendo alimentos muito
salgados? Perceba que aqui a ação não tem relação direta com a atividade que os
trabalhadores desenvolvem, ainda assim é preciso ter cuidado com a alimentação deles.
EXEMPLO
Banheiros sujos podem inibir o acesso de trabalhadores, fazendo com que “prendam” por muito
tempo a urina, ocasionando infecções urinárias — banheiros limpos, aliás, evitam
disseminação de várias doenças.
É possível. Saúde significa bem-estar físico, social, mental e espiritual, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). Para ter saúde, é preciso que nossas necessidades sejam
satisfeitas, ou seja: alimentação, trabalho/emprego, moradia, educação, acesso a serviços de
saúde. Se não temos emprego/trabalho/renda, não estamos saudáveis.
Retomando nosso tema, o PCMSO deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico
precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho e ser planejado e implantado com base
nos riscos à saúde dos trabalhadores. A equipe do PCMSO é formada por profissionais da área
da saúde e especialistas em saúde do trabalhador, como enfermeiros do trabalho e médicos do
trabalho.
RESPOSTA
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ADMISSIONAL
PERIÓDICO
Exame realizado periodicamente para saber se o trabalhador está bem ou adoecendo por
causa da atividade que desenvolve.
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MUDANÇA DE FUNÇÃO
Exame realizado para saber se o trabalhador está apto para assumir nova função com agentes
de riscos diferentes de sua posição anterior.
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RETORNO AO TRABALHO
Exame realizado para saber se o trabalhador tem condições de voltar à função após
afastamento por 30 dias ou mais.
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DEMISSIONAL
Saiba mais
PERIÓDICO
MUDANÇA DE FUNÇÃO
DEMISSIONAL
Caso haja exposição excessiva ao risco (verificada na avaliação clínica do trabalhador e/ou nos
exames constantes, mesmo sem qualquer sintomatologia ou sinal clínico), o trabalhador deve
ser afastado do local de trabalho ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico
de exposição (o que apareceu no exame) e as medidas de controle nos ambientes de trabalho
tenham sido adotadas. Este procedimento significa adotar as normas de segurança para a
prevenção de doenças!
Ao constatar a ocorrência ou o agravamento de doenças relacionadas ao trabalho no exame
periódico, o médico do trabalho deverá:
a) Solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT);
b) Indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco ou do
trabalho;
c) Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para a avaliação de incapacidade e definição
da conduta previdenciária em relação ao trabalho;
d) Orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no
ambiente de trabalho.
Além das competências que constam da NR 07, Dias et al. (2018) destacam que o médico do
trabalho também deverá:
Promover ações visando à melhoria das condições de saúde e do bem-estar, bem como
o empoderamento dos trabalhadores, formais e informais, na perspectiva da promoção da
saúde.
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2012), o Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS) gere resíduos provenientes de serviços, indústrias, fábricas, entre
outros, seguindo rigorosamente a legislação.
A importância do PGRS vai muito além do cumprimento da legislação, contribui também para a
promoção da saúde da população. Tratar os resíduos de forma correta evita o descarte
inapropriado e, como consequência, inibe a contaminação do meio ambiente, além de prevenir
várias doenças.
A LEI Nº 12.305/2010
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei nº 12.305/2010 que
dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas
à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos à
responsabilidade dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos,
bem como as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao
gerenciamento de resíduos sólidos.
Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem
como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
RESÍDUOS
Devem ser reaproveitados e reciclados.
Restos de tecidos de uma fábrica de roupas (podem ser reaproveitados para fabricar tapetes e
colchas de retalhos); alguns tipos de papéis e de vidros (podem ser reciclados).
REJEITOS
Devem ter disposição final.
Agulhas e seringas usadas (não podem ser reciclados; caso tenham entrado em contato com
secreção ou sangue, devem ser incinerados).
ATENÇÃO
A Lei nº 12.305/2010 não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação
específica.
NR 1
Na NR 01, cabe ao trabalhador:
a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho,
inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) Submeter-se aos exames médicos previstos nas NRs;
c) Colaborar com a organização na aplicação das NRs; e
d) Usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.
NR 6
Na NR 06, cabe ao trabalhador quanto ao Equipamento de Proteção Individual (EPI)
a) Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso; e
d) Cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado.
Muitos acidentes e doenças acometem os trabalhadores pelo uso inapropriado dos EPIs ou
mesmo pelo não uso durante o trabalho. Cabe à empresa fornecer os EPIs aos trabalhadores e
agendar treinamentos para a utilização desses dispositivos.
Acontece que, mesmo depois de treinados, alguns trabalhadores não os usam por indisciplina
ou razões diversas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. NO PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL (NR
07), É DE RESPONSABILIDADE DA EMPRESA OS EXAMES MÉDICOS
OBRIGATÓRIOS, COMO POR EXEMPLO:
A) Material radioativo
B) Medicamento
C) Papel
D) Parafina
GABARITO
Os exames obrigatórios oferecidos pela empresa são cinco. Entre eles, o admissional, que é
realizado antes de o candidato assumir um cargo; o periódico, realizado quando o trabalhador
já é funcionário e faz o exame periodicamente; e o demissional, que o trabalhador faz quando é
demitido.
Alguns papéis podem ser reciclados, considerados assim um resíduo. Outros papéis não
podem ser reciclados, como por exemplo os engordurados. Por isso é preciso ter cuidado
durante a separação dos materiais para reciclagem.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos a classificação dos riscos ocupacionais e o quanto é importante reconhecê-
los em um ambiente de trabalho. Ao ter controle sobre esses riscos, evitamos espaços
insalubres e, como consequência, reduzimos ou eliminamos o adoecimento dos trabalhadores.
Também vimos como a atuação da CIPA ajuda a prevenir as doenças ocupacionais e a manter
a segurança das pessoas.
Não podemos esquecer que o trabalho tem um efeito protetor e de promoção da saúde, porém,
quando não é bem estruturado, pode causar mal-estar, sofrimento, adoecimento e até morte. O
trabalhador que adoece precisa de apoio, por isso o diagnóstico e o tratamento são
fundamentais — não só o atendimento através de consultas médicas, mas também a
prevenção das doenças relacionadas ao trabalho.
Para que as ações de prevenção do adoecimento e promoção da saúde sejam colocadas em
prática, é preciso que empregadores e empregados estejam envolvidos, cada um com suas
competências. Aos empregadores cabe implantar as políticas públicas relacionadas à saúde e
à segurança dos trabalhadores, as Normas Regulamentadoras (NRs) e outras normas, quando
necessário; já aos empregados cabe respeitar e cumprir as NRs, além de identificar desajustes
no ambiente de trabalho e comunicá-los ao empregador. Só através dessa união de forças será
possível melhorar as condições de trabalho e reduzir o adoecimento ocupacional.
REFERÊNCIAS
EXPLORE+
Leia o item “Alguns pontos importantes da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos”
do texto “Contextos e principais aspectos” no site do Ministério do Meio Ambiente.
CONTEUDISTA
Raquel Juliana de Oliveira Soares
CURRÍCULO LATTES