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CENTRO DE ENGENHARIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MOSSORÓ-RN
2018
KALIANA LOURENÇO DA SILVA LOPES
MOSSORÓ-RN
2018
©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade
do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a
Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra
tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao
processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a)
seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.
O G F T T stituto
de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e
Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de
Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
KALIANA LOURENÇO DA SILVA LOPES
BANCA EXAMINADORA
Dedico este trabalho a Deus por sempre ter
guiado meus passos para que chegassem a
este tão sonhado momento.
P аD q é ó
dom da vida, por me abençoar a cada dia e por me sustentar diante das dificuldades ao longo
de minha trajetória.
Minha eterna gratidão a minha amada e inesquecível mãe Maria de Lourdes Simplício (in
memoriam) que tanto sonhou por esse momento, que tanto me incentivou a ter força para
continuar, que me ensinou a ser determinada, forte e corajosa para enfrentar tudo em busca
de um sonho. Por todo o carinho, amor e dedicação que sentia por mim e digo que essas
lembranças são o meu combustível para continuar lutando e poder corresponder ao papel
de uma boa filha a qual ela tinha tanto orgulho.
Ao meu filho João Miguel, por me ensinar o que é amar e por ser minha maior fonte de
inspiração. Ao meu esposo Ricardo Janilo, por todo o seu amor e carinho, por me
incentivar a continuar diante de tantas vezes que em desespero que pensava em desistir.
As minhas irmãs, Kalijane Lourenço e Kaline Lourenço, pelo amor, admiração e pela
paciência e ajuda diante dos meus estresses e ausências proporcionadas pela rotina para a
construção desse trabalho. Aos meus avós Sebastiana Simplício e Leandro Simplício (in
memoriam), pelo amor e torcida para que eu alcance meus objetivos.
A Luis Oliveira e sua esposa Sandra Medeiros pela disponibilidade e ajuda para a
construção deste trabalho.
Figura 1- Gravidade dos riscos de acordo com o tamanho dos círculos ............................ 24
Figura 2 - Luxímetro MLM- 1011.................................................................................... 36
Figura 3- Decibelímetro MSL- 1352C ............................................................................. 37
Figura 4- Equipamento proteção individual agente funerário............................................ 43
Figura 5- Placas de sinalização na sala de procedimentos ................................................. 44
Figura 6- Plataforma de elevação ..................................................................................... 44
Figura 7 - Armário multiuso encontrado na sala de procedimentos ................................... 45
Figura 8 – Equipamentos de proteção utilizados auxiliar administrativo, atendente e
supervisão........................................................................................................................ 46
Figura 9 - Equipamento de proteção coletiva para acessar o setor de atendimento ao
público ............................................................................................................................ 47
Figura 10 - Equipamentos de proteção individual e coletiva auxiliar de serviços gerais ... 49
Figura 11 - Bomba injetora (A), bomba aspiradora (B), instrumentos cirúrgicos (C) ........ 51
Figura 12 - Paramentação funerária.................................................................................. 51
Figura 13 - Produtos químicos encontrados na sala de procedimentos .............................. 54
Figura 14- Posto de trabalho auxiliar administrativo e supervisão administrativa ............. 59
Figura 15 - Reservatório utilizado na sala de procedimentos para incineração de lixo ...... 75
Figura 16 - Mapa de risco do setor de atendimento .......................................................... 83
Figura 17- Mapa de risco do setor administrativo e supervisão ......................................... 84
Figura 18- Mapa de risco do setor de serviços gerais ........................................................ 85
Figura 19- Mapa de risco do setor da sala de procedimentos ............................................ 86
LISTA DE GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 FUNERÁRIA
(NR 27). Algumas normas tratam de temas pertinentes a todas as organizações, enquanto
outras são específicas a determinados setores ou atividades rotineiras.
O primeiro artigo da NR 01 aponta a obrigatoriedade para as organizações
respeitarem todas as normas regulamentadoras, tanto as empresas privadas, órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos poderes legislativo e
judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) (BRASIL, 2009).
A NR 05 estabelece a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), bem
como seus objetivos, atribuições e princípios de funcionamento. Nos artigos 14 e 16 desta
norma, são apresentadas as atribuições básicas da CIPA, sendo a primeira delas a
elaboração do mapa de riscos (BRASIL, 2011).
A NR 09 determina a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) por parte dos empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados. Essa norma estabelece a elaboração do PPRA
dentro das organizações com o objetivo de prevenir a ocorrência de riscos ambientais,
identificar e classificar os riscos que poderão ser encontrados e auxiliar a CIPA na
elaboração do mapa de riscos (BRASIL, 2017).
De acordo com Saliba et al. (2002) o PPRA não pode ser confundido com o mapa de
riscos, isso por que o PPRA é um programa de higiene no trabalho, enquanto o mapa de
risco é uma inspeção qualitativa efetivada pelo próprio trabalhador no seu posto de
trabalho, levando-se em consideração os agentes químicos, físicos, biológicos,
ergonômicos e acidentes/mecânicos.
A NR 07 traz a obrigatoriedade de mais um instrumento com o objetivo de preservar
a saúde do trabalhador, que é o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO). P M D 2004, . 225 P MSO “ ,
rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à ú ”,
planejado e implantado levando em consideração os riscos à saúde identificados no PPRA.
Já a NR 15 trata sobre o adicional de insalubridade que deve ser pago para
trabalhadores que estão em ambiente cujo risco da atividade esteja acima dos limites de
tolerância ou concentração acima do permitido. E a NR 17 estabelece à adequação do
ambiente de trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores.
22
Assim, todo esse aparato de normas visa eliminar, reduzir ou controlar os riscos
ocupacionais que os trabalhadores estão submetidos para evitar acidentes e doenças
ocupacionais.
De acordo com a NR 05 cabe às CIPAs a construção dos mapas de riscos dos locais
de trabalho. Através de seus componentes, a CIPA deverá ouvir os trabalhadores de todos
os setores da empresa e caso exista na empresa o Serviço Especializado de Medicina e
Segurança do Trabalho (SESMT) poderá solicitar ajuda durante a colaboração do mapa
(BRASIL, 2011).
Os riscos deverão ser representados em planta baixa ou esboço do local de trabalho
(croqui) e os tipos de riscos relacionados em tabelas próprias, anexas à referida portaria.
Muniz et al. (2013), revela que o mapeamento de riscos nos ambientes de trabalho é
uma herança do Modelo Operário Italiano (MOI) e em específico do psicólogo Ivar
Oddone, resultado da luta por melhores condições de trabalho na Itália. Na década de 80
essa configuração italiana disseminou-se, no Brasil. Ele afirma ainda que há duas vertentes
sobre a introdução do mapa de riscos italiano no Brasil: a primeira confere o feito às áreas
sindical e acadêmica, e a segunda atribui à Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina no Trabalho (Fundacentro) de Minas Gerais, pela iniciativa de
aplicação em empresas brasileiras e acompanhamento dos resultados obtidos.
A exclusão do Anexo IV da NR 05 em 1999 possibilitou a utilização das diversas
inovações na elaboração do mapa de riscos e deixou mais flexível a elaboração do mapa
por cada responsável. Com isso, alguns autores apresentam inovações tecnológicas e
metodológicas para a elaboração do mapa de riscos.
Facchini et al. (1998) sugere uma inovação metodológica que é a utilização de ícones
gráficos ao invés da padronização de círculos propostos pela legislação, permitindo um
maior envolvimento e compreensão por parte dos trabalhadores. Após a confecção dos
ícones, o autor utilizou um instrumento para avaliar a associação entre o ícone e o risco.
O autor Jakobi (2008) apresentou uma inovação tecnológica ao elaborar um mapa de
riscos a partir do gerenciamento integrado de saúde e doenças ocupacionais de todo o
estado de Rondônia. Através de um instrumento baseado em georeferenciamento,
23
desenvolvem estas atividades (sexo, idade, preparação para exercer a atividade, número de
pessoas), os instrumentos e materiais utilizados, as atividades exercidas e o ambiente
(BRASIL, 1994).
A segunda etapa é a identificação dos riscos existentes no local analisado e
classificação dos mesmos. A terceira é a identificação das medidas preventivas existentes e
sua eficácia, bem como a verificação dos equipamentos de proteção individuais e coletivos,
medidas de combate a incêndio e medidas de higiene e conforto, como banheiros,
lavatórios, armários, bebedouro, enfermaria, refeitório (BRASIL, 1994).
A quarta etapa é a identificação dos indicadores de saúde por meio de levantamento
de queixas mais frequentes entre o pessoal exposto aos riscos, histórico de acidentes de
trabalho e doenças profissionais diagnosticadas. A quinta é conhecimento dos
levantamentos ambientais já realizados no local (BRASIL, 1994).
A sexta e última etapa é a elaboração do mapa de riscos, em cima do layout do local,
com o grupo a qual o risco pertence, a intensidade do risco e o número de pessoas expostas
ao risco. (BRASIL, 1994).
D P 2011, .08 “ representação gráfica dos riscos deve ser de
forma clara, permitindo a rápida identificação de cada tipo de risco existente em cada
setor”. São utilizadas cores para identificar o tipo de risco e a gravidade em círculos de
tamanho pequeno, médio e grande.
O circulo pequeno representa o risco pequeno por sua essência ou por ser um risco
médio já protegido. O círculo médio simboliza o risco que gera relativo incômodo, mas
que pode ser controlado. Já o círculo grande indica o risco que pode matar, mutilar ou
gerar doenças e que não dispõe de mecanismo para a redução, neutralização ou controle.
Ponzetto (2007) representou de acordo com a Figura 1 a gravidade dos riscos de acordo
com o tamanho dos círculos.
Para que os riscos no ambiente de trabalho possam ser bem identificados, o mapa é
elaborado de acordo com uma simbologia padrão. Os riscos são classificados em círculos
de três tamanhos (pequeno, médio e grande), que representa a intensidade da presença
deles em um determinado setor. E as cores também são elementos de diferenciação e
padronização da natureza do risco (PONZETTO, 2007).
Para Santos (2008) os agentes químicos são substâncias que podem contaminar o
ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a
exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos ou
outros produtos químicos.
De acordo com Santos (2008) os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos
irritantes, asfixiantes ou anestésicos conforme apresentados no Quadro 3.
27
São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas
líquida, sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações
tóxicas e danos à saúde (SANTOS, 2008).
Para esses riscos os danos à saúde do trabalhador são: cansaço, dores musculares e
fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlceras, moléstias nervosas,
alterações no sono, acidentes, problemas de coluna (SANTOS, 2008).
De acordo com o autor, a CIPA deve se familiarizar com o Quadro 4, que classifica
os cinco tipos de riscos ocupacionais que são representadas através de cinco cores
diferentes no mapa.
Outra variável utilizada é a Exposição (E), onde classifica por tempo de exposição ao
risco que o trabalhador está exposto (CHAGAS, 2016). O Quadro 7 apresenta a
classificação da Exposição (E).
Este método parte do conceito geral de risco, para determinar o grau de perigosidade
de um risco, determinado pela seguinte expressão: GP = C x E x P, onde: GP- Grau de
Perigosidade do Risco; C- Consequência esperada; E- Tempo de exposição do trabalhador
à situação do risco e P- Probabilidade de ocorrência (CHAGAS, 2016). O Quadro 8
descreve o grau de perigosidade.
são os específicos para trabalho com agentes biológicos e químicos, os quais serão
abordados nas seções posteriores.
34
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada nos meses de julho e agosto de 2018 em uma funerária
localizada na cidade de Assu/RN composta por 17 trabalhadores distribuídos nas seguintes
35
Para a realização deste trabalho foi realizada uma reunião com os diretores para pedir
autorização para a realização do estudo, conforme Apêndice A. Após a autorização foi
realizada a construção de dois roteiros de entrevista, sendo um para ser aplicado com os
colaboradores (Apêndice C) e outro com os diretores (Apêndice D). Para aplicar o
questionário com os colaboradores se fez necessário à assinatura de um termo de
autorização, conforme Apêndice B, e em seguida foi realizada entrevista com os 15
colaboradores.
Em outra ocasião foram entrevistados os 2 diretores da empresa em estudo. Após a
realização das entrevistas foi realizado o levantamento de questões referentes às atividades
realizadas na empresa, aos riscos ocupacionais encontrados e à utilização de equipamentos
de proteção individual e coletivo.
Em seguida foi realizada uma análise de todos os setores da empresa, verificando as
condições de trabalho e disponibilidade de equipamentos através de um Checklist,
conforme Apêndice E, para obter uma análise qualitativa do risco. Após esta etapa,
utilizaram-se os equipamentos técnicos de ruído e iluminância para obter dados
quantitativos. Por fim, a última etapa foi à elaboração dos mapas de riscos ambientais.
Vale salientar a importância da observação no desenvolvimento deste trabalho. Essa
etapa teve como objetivo a identificação dos riscos presentes em todos os setores da
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empresa a fim de identificar aqueles não abordados na entrevista, mas que existem no local
visando fazer um comparativo sobre a percepção dos colaboradores em relação aos riscos
que foi observado.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Quanto à identificação dos riscos, cada função possui riscos específicos. Sendo
assim, durante as entrevistas os colaboradores do setor administrativo composto por 4
trabalhadores junto com a supervisão administrativa e também os atendentes funerários
identificaram como a má postura um possível fator de risco na sua função.
A equipe de manutenção e limpeza composta por 02 auxiliares de serviços gerais
identificaram como fonte geradora de riscos o uso de produtos de limpeza, piso molhado e
41
Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram que não tiveram treinamentos sobre
situação de emergências. Foi percebido que os colaboradores que tiveram essa percepção
são aqueles com o tempo de admissão mais recente. O que supõe que o treinamento foi
realizado antes da admissão dos mesmos. Conforme Gráfico 3.
Todos os colaboradores afirmam que receberam EPI’s de acordo com sua função e
que utilizam todos os equipamentos. Porém não foram relatados os equipamentos de
segurança coletiva, como por exemplo, os extintores.
Sendo assim, visando confirmar tais informações propôs-se realizar uma lista de
verificação com os EPI’s fornecidos pela empresa. No dia 13 de julho de 2018 foi realizada
a verificação por função de todos os EPI’s e EPC’s necessários para o estabelecimento.
limpeza da sala. Para auxiliar nos procedimentos técnicos de conservação do corpo existe
um cartaz com o sistema circulatório humano, conforme é mostrado na Figura 5.
Também não foi identificado o suporte para pés. No Quadro 12 é apresentada a verificação
dos equipamentos de proteção coletiva.
Porém falta a sinalização horizontal na cor amarelo indicando atenção para todos que
utilizam essa entrada (Figura 9).
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Foi evidenciado que o colaborador que realiza a manutenção do jardim não possui
camisa de manga longa, visto que o colaborador fica exposto ao sol quando está realizando
a poda das árvores e a limpeza na área externa. No Quadro 14 são descritos os
equipamentos de proteção coletiva.
De acordo com o que foi relatado durante as entrevistas foi construído o Quadro 15,
no qual são descritos todos os equipamentos, instrumentos/ferramentas utilizados por cada
função.
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Figura 11 - Bomba injetora (A), bomba aspiradora (B), instrumentos cirúrgicos (C)
De acordo com a CLT, nos arts. 198, 390 e 405, o peso máximo da carga que um
colaborador poderá suportar individualmente sem o auxílio de instrumento mecânico
deverá ser para homem 60 kg e a mulher e o jovem (aquele com idade inferior a 18 e maior
que 14 anos) um peso nitidamente inferior: 20 kg para trabalhos contínuos e 25 kg para
trabalhos eventuais. Sendo assim, o transporte da paramentação tem um peso médio de 10
kg e está dentro do limite da regulamentação.
Durante a visita técnica ao local foi observado que os produtos químicos são
guardados dentro da própria sala de procedimentos. Acondicionados em sua maioria em
bombonas de 20 litros e de 5 litros. Conforme mostrado na Figura 13.
O modo de armazenamento dos produtos químicos está totalmente fora dos padrões
de segurança. As substancias químicas devem ser armazenadas em um almoxarifado
construído de acordo com a NR8, do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 8 do MTE)
para edificações do local de trabalho. Além disso, devem estar separados de acordo com
suas compatibilidades para evitar incêndio, explosão e formação de gases tóxicos que
podem ocorrer mediante a mistura de tais produtos químicos.
4.1.5 Acidentes
Foi mencionado por outra colaboradora mais antiga de uma situação de acidente de
percurso ocorrido por uma trabalhadora que se acidentou quando voltava para casa, e que
ficou afastada 180 dias. Porém esse fato não foi mencionado pelos demais colaboradores,
pois os mesmos não tiveram a percepção de que acidentes ocorridos no percurso de casa-
trabalho e vice-versa são caracterizados como acidente de trabalho.
Trabalho) que foi para registrar acidente de trabalho classificado com acidente de percurso.
A colaboradora precisou de afastamento durante 180 dias. Ressaltou ainda que atualmente
não possui colaboradores afastados ou diagnosticados com alguma doença do trabalho.
Medidas de EPIs: Avental descartável, botina em PVC, Capote, luva cano longo
Controle contra agentes mecânicos e químico, luva látex para procedimento,
Existentes macacão em poliéster, óculos de proteção ampla visão, respirador
purificador de ar tipo peça semifacial. Fardamento para uso externo e
fardamento para uso na sala de procedimentos
Após a identificação dos riscos, com base nas entrevistas e nas observações feitas
na empresa analisada, foram atribuídos índices de probabilidade de ocorrência,
consequência e exposição, e os riscos foram classificados como aceitável, moderado,
substancial, alto e muito alto.
Verificou-se que os riscos ergonômicos são os mais comuns para as funções de
administrativos e supervisão, pois estes estão no mesmo espaço e possuem similaridades
nas atividades. Após a análise constatou-se que as atividades realizadas por essas funções
possuem uma magnitude de risco entre 21 e 70 o que corresponde a uma classificação de
“M ” é / “N ,
deve- ” todos os riscos ergonômicos, físico, acidente e biológico.
Porém existe um risco de grau de magnitude entre 200 e 400 que é classificado com
alto com é / “ ”q é
exposição ao ruído, onde na próxima seção será analisada quantitativamente. Após a
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tabulação de todos dados obtidos e classificação dos riscos para as funções de auxiliar
administrativo e supervisor administrativo os resultados são apresentados no Quadro 22.
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Quadro 22- Classificação dos riscos para função de auxiliar administrativo e supervisor administrativo.
Produto
Classificação Índice Índice Índice Categoria
Setor
do Risco
Risco Consequência Onde
( P) (C) (E)
(P)x (C) x
do Risco
(E)
Administrativo Ergonômico Postura Inadequada Fadiga Posto de trabalho 6 1 10 60 Moderado
Lesão por esforço
Administrativo Ergonômico Repetitividade Computador 6 1 10 60 Moderado
repetitivo ( LER)
Administrativo Ergonômico Responsabilidade Stress emocional Controles interno 6 1 10 60 Moderado
Equipamentos
Administrativo Acidente Exposição elétrica Eletrocussão /Eletrização 1 100 0,5 50 Moderado
elétricos
Batidas contra
Administrativo Acidente Hematomas Mobílias 6 1 10 60 Moderado
objetos
Administrativo Acidente Grampear papel Perfuração/ corte Grampeador 6 1 10 60 Moderado
Perda da acuidade Equipamentos
Administrativo Físico Exposição ao Ruído 6 25 6 900 Muito alto
auditiva elétricos
Administrativo Biológicos Fungos e Bactérias Doenças respiratórias Ar condicionado 6 1 10 60 Moderado
Fonte: Elaboração da autora (2018).
Para a função de atendente funerário pode-se descrever a maior parte dos riscos com uma magnitude de risco entre 21 e 70 o que
“M ” é / “N , -se
”. Porém existem dois riscos de grau de magnitude entre 200 e 400 que é classificado com alto com critério de atuação/ação
“Correção Imediata” que é a exposição ao ruído e a luminosidade excessiva. Vale salientar que iluminação é um
fator primordial num ambiente de trabalho, pois ela é responsável para evitar acidentes de trabalho, assegurar a garantia da qualidade dos
serviços/produtos e consequentemente pela produtividade da equipe. A NR 17 fala sobre a luminosidade no ambiente de trabalho e no item
17.5.3.2 q “ iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos”.
71
No ambiente de trabalho do atendente funerário foi constatada uma luminosidade excessiva no período da manhã, isso por causa da
posição geográfica do prédio e fica evidente que prejudica substancialmente a visão do atendente diurno durante algumas horas do período da
manhã. Para evitar tal risco, sugere-se a colocação de um toldo ou uma persiana com o intuito de reduzir a intensidade da luz solar no
ambiente. O Quadro 23 mostra a classificação do risco para a função de atendente funerário.
Para a função de auxiliar de serviços gerais pode-se descrever a maioria dos riscos com
uma magnitude de r 21 70 q “M ”
é / “N , - ”.
Porém existem dois riscos com grau de magnitude entre 70 e 200 que é classificado
com substancial com critério de atuação/ação corretiva classificada “Correção Urgente”
que foi o frio evidenciado na atividade da limpeza e organização das flores naturais na
câmara fria. Com uma temperatura média de 16 °C o ambiente possui temperatura fria e que
se constitui num risco potencial à saúde dos trabalhadores, pois pode causar desconforto,
doenças ocupacionais, acidentes e até mesmo morte, quando o colaborador fica preso
acidentalmente em ambientes frios ou imerso em água gelada.
O local não possui sinalização, nem termômetro para indicar a temperatura. Vale
ressaltar que as pessoas expostas a esse tipo de ambiente devem estar protegidas contra a
exposição ao frio de modo que a temperatura central do corpo não fique abaixo de 36 °C.
Não foi evidenciado nenhum EPI para tal finalidade. Como medida preventiva a sugestão é
a disponibilidade de vestimentas adequadas à temperatura, um termômetro para mostrar a
temperatura do local. Outro risco com essa magnitude é a exposição prolongada ao calor que
pode causar irritabilidade aguda, fraqueza, ansiedade e incapacidade de concentrar-se.
Como medida preventiva sugere-se a utilização de uma camisa de manga longa e realizar as
podas seguindo a sombra do ambiente.
Também foi evidenciada uma atividade com grau de magnitude entre 200 e 400 que é
classificado com alto com é / “Correção
Imediata”, foi à exposição a temperatura do fogão. Os colaboradores também utilizam um
fogão a gás para fazer café e chá que são utilizados durante os velórios realizados nas
capelas da empresa e também em locais externos. Com essa atividade os colaboradores
ficam expostos tanto a temperatura do fogão quanto ao líquido quente durante o preparo que
pode ocasionar queimaduras tanto de 1º como de 2º grau. Para evitar tal risco é recomendada
a aquisição de uma cafeteira e uma chaleira elétrica que diminui o contato que o trabalhador
terá com o líquido quente e elimina o chama do fogão da operação. Com uma magnitude de
risco acima de 400, q “Muito Alto” ritério de
atuação/ação corretiva classificada de Suspensão Imediata, foi à exposição aos riscos
biológicos durante a limpeza e manutenção dos banheiros. Essa atividade
73
necessita ser executada com todos os EPIs além de toda atenção para o recolhimento do lixo. A classificação do risco para a função de
auxiliar de serviços gerais é apresentada no Quadro 24.
Quadro 24- Classificação dos riscos para função de auxiliar de serviços gerais
Produto
Classificação Índice Índice Índice Categoria
Riscos Consequência Onde (P)x (C) x
do Risco ( P) (C) (E) do Risco
(E)
Ergonômico Postura Inadequada Fadiga Posto de trabalho 6 1 10 60 Moderado
Lesão por esforço
Ergonômico Repetitividade Computador 6 1 10 60 Moderado
repetitivo (LER)
Ergonômico Atenção Stress emocional Controles interno 6 1 10 60 Moderado
Equipamentos
Acidente Exposição elétrica Eletrocussão /Eletrização 3 15 1 45 Moderado
elétricos
Batidas contra
Acidente Hematomas Mobílias 6 1 10 60 Moderado
objetos
Executar atividades
Acidente Quedas / contusões Piso 6 15 10 900 Muito alto
em movimento
Manuseio com
Acidente fogo / Liquido Queimadura Fogão 6 5 10 300 Alto
quente
Exposição ao Perda da acuidade Equipamentos
Físico 6 25 10 1500 Muito alto
Ruído auditiva elétricos
Físico Exposição ao Frio Hipotermia Câmara fria 6 5 6 180 Substancial
Físico Exposição ao calor Desidratação Áreas externas 6 5 6 180 Substancial
Fungos, bactérias e Doenças virais e
Biológicos Banheiros 6 25 10 1500 Muito alto
parasitas bacterianas
Substâncias Produtos de
Químico Intoxicação 6 1 10 60 Moderado
químicas Limpeza
Após analisar as atividades realizadas pela função de agente funerário pôde-se classificar a
maioria dos riscos ergonômicos com uma magnitude de risco entre 21 e 70 o que corresponde
“M ” é /
“N urgente, mas deve- ”. Porém foram evidenciadas algumas atividades com risco
de grau de magnitude entre 70 e 200 que é classificado com substancial com critério de
/ “ U ”.
Neste tipo de classificação pode-se citar o transporte material e da paramentação
funerária como um possível dano a saúde do colaborador. Como medida preventiva a empresa
forneceu um carrinho de elevação que é utilizado pelos colaboradores apenas para transportar
urna mortuária com o cadáver para colocar no carro fúnebre e realizar o transporte. Porém
para os outros materiais necessários para a realização de um velório externo o colaborador
realiza o transporte manual dos itens, e a sugestão é utilizar o carrinho de elevação para
transportar todo o material, reduzindo assim o esforço físico.
Outro risco com essa magnitude foi observado no ato de utilizar instrumentação
cirúrgica onde pode causar cortes ou perfuração e ainda contaminar o colaborador com algum
vírus ou bactéria. Como medida preventiva foi sugerida a utilização de luvas e atenção por
parte dos colaboradores. E para evitar possíveis contaminações foi orientada a aquisição de
uma estufa para esterilizar toda a instrumentação cirúrgica.
Também foi evidenciado o frio quando o trabalhador entrar na câmara fria para
realizar atividades de preparação das flores naturais para realizar a ornamentação do corpo,
sendo necessária a utilização de uma roupa térmica para evitar o desconforto causado pela
baixa temperatura da sala. Com uma magnitude de risco acima de 400, o que corresponde a
uma classific “Muito Alto” é /
“S ” riscos químicos e biológicos. Durante o
manuseio de cadáveres humanos, tanto o local quanto os equipamentos, mobílias e
instrumentos ficam expostos aos vírus, bactérias, fungos, parasitas.
Não foi evidenciado estufa para esterilização dos instrumentos. Todos os equipamentos,
produtos químicos e higiene ficam em uma prateleira aberta ficando expostos a
microrganismos patogênicos. A sugestão é acondicionar esses materiais em um armário de
aço que possui superfície lisa que facilita a limpeza e desinfecção e com portas de vidro para
facilitar a visualização dos produtos. É de extrema importância que os produtos possuam
etiquetas contendo informações e composição.
Outra medida para reduzir os riscos biológicos é a vacinação contra algumas doenças
75
virais como Hepatite B, Difteria, Tétano, Sarampo, Caxumba e Rubéola, Influenza, Varicela,
Hepatite A, Gripe, Pneumococo, Varicela ou Catapora, Dengue, Hepatite A, Hepes zoste.
Vale salientar que a maioria dessas vacinas está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Realizar exames ocupacionais de acordo com o PCMSO da empresa.
A limpeza da sala de procedimentos é de responsabilidade do agente funerário após o
término dos procedimentos. Porém esse tipo ambiente necessita de limpeza específica com o
objetivo de remover as sujeiras, tanto químicas quanto biológicas com o intuito de controlar,
reduzir, prevenir e até eliminar riscos que possam comprometer a saúde dos colaboradores.
Deve-se não somente lavar o chão e mesa cirúrgica, mas também lavar semanalmente as
paredes, desinfetar mobílias, bancadas e utensílios com álcool 70%. Além de esterilizar a
instrumentação cirúrgica.
Na sala de procedimentos não existe uma barreira de segurança que separe o lavatório
do restante da sala. Também se faz necessárias torneiras com acionamento, sem o contato,
deve disponibilizar sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de
abertura sem contato para os colaboradores higienizarem suas mãos e utensílios.
Outro cuidado é no momento do manuseio do lixo gerado durante os procedimentos
para evitar contaminação. Isso porque esse profissional é responsável de recolher esse lixo e
levar para o recipiente que será incinerado pela empresa especializada neste tipo de lixo. Na
Figura 15 é evidenciado uma lixeira para recolher os resíduos gerados na sala de
procedimentos e o tambor fornecido pela empresa especializada em resíduos.
O risco químico está presente durante toda a etapa de preparação dos cadáveres. A
utilização dos EPIs, a atenção ao manusear é de extrema importância para evitar o contato ou
inalação dos mesmos. Como mencionados anteriormente, todos os produtos químicos estão
dispostos na própria sala de procedimentos, o que torna suscetível a acidentes.
Deve-se salientar que todos os produtos químicos utilizados necessitam estar
armazenados em local apropriado com sinalização de fácil visualização para identificação do
ambiente, de acordo com a NR 26 do Ministério do Trabalho. Ter acesso restrito, além de
armazenar os produtos de acordo com a compatibilidade, em local seguro e bem ventilado,
onde não possa ocorrer confinamento de vapores e gases.
Outra medida importante é possuir ficha de informação de segurança do produto
químico (FISPQ). Essa ficha é um documento normalizado pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) conforme norma, ABNT-NBR 14725, “F
Dados de Segurança”. Segundo Decreto nº 2.657 de 03/07/1998 (promulga a Convenção nº
170 da Organização Internacional do Trabalho - OIT), deve ser recebido pelos empregadores
que utilizem produtos químicos, e é um documento obrigatório para a comercialização destes
produtos. Esta ficha fornece informações sobre as especificações dos produtos químicos
(substâncias ou misturas) quanto à segurança, à saúde e ao meio ambiente além de
recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. A
Classificação dos riscos para a função de agente funerário é apresentada no Quadro 25
77
Entre os dias 19 de julho de 2018 foram realizadas medições técnicas nos setores da
empresa estudada. Estas se referem à identificação durante o período de verificação dos
riscos, sendo elas medições de intensidade de iluminação e ruído. Os procedimentos de
análise e resultados serão apresentados neste tópico.
Nos demais setores, são ambientes são fechados com porta de madeira e em sua
maioria não possuem janelas. A iluminação noturna é totalmente artificial. Sendo assim,
deve-se sempre trabalhar com todas as lâmpadas acesas. Após as aferições foi identificado
80
que a iluminância está abaixo do esperado no setor administrativo e isso pode prejudicar a
visão dos colaboradores conforme descrito no Quadro 28.
Logo após foi feita a identificação dos riscos existentes no local e classificação dos
mesmos. Além de descrever as medidas preventivas existentes e sua eficácia, como, a
verificação dos equipamentos de proteção individuais e coletivos. A última etapa consistiu
na elaboração do mapa de riscos, utilizando o layout do local, com o grupo a qual o risco
pertence, a intensidade do risco e o número de pessoas expostas ao risco. O mapa foi
elaborado individualmente por setor: administrativo, atendimento, sala de procedimentos,
copa e câmara fria.
O mapa de risco do setor de atendimento é apresentado na Figura 15, identificando os
riscos para a função. Vale ressaltar que o excesso de luminosidade através da luz solar foi o
risco com maior impacto para o setor.
83
O mapa de risco do setor administrativo é representado na Figura 17. Vale ressaltar que não houve riscos mais intensos no setor. Pois o
único risco de magnitude alta foi o ruído, porém após uma análise quantitativa constatou-se que esse agente está dentro dos limites de
tolerância.
Figura 17- Mapa de risco do setor administrativo e supervisão
Na Figura 18 é representado o mapa de risco do setor de serviços gerais, no qual os riscos mais intensos classificados como de
magnitude alta e muita alta foram os riscos biológicos, físicos e de acidente.
O mapa de risco do setor dos agentes funerário é representado na Figura 19, em que os riscos mais intensos classificados como de
magnitude alta e muita alta foram os riscos biológicos, químicos e físicos. Já os de acidente como de intensidade média.
’
Fonte: Elaboração da autora (2018).
87
Na empresa analisada não possui CIPA, mas não estão livres das multas previstas pela
NR 1, 1.7, í “ ”. Pois, no caso de não existir CIPA, precisa treinar um
colaborador para ser o designado da CIPA e este pode elaborar o mapa ou então contratar
um profissional capacitado ou até mesmo uma consultoria em segurança do trabalho para
construírem o mapa de risco, e não importando o porte da empresa, quantidade de
funcionários ou segmento.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a colaboração e com o apoio dos diretores da empresa foi possível conhecer todo
o processo de trabalho da funerária analisada, visto que o acesso às informações foi cedido
de forma imparcial. E no decorrer das observações perceberam-se aspectos importantes em
relação ao tema do estudo, como a identificação dos riscos existentes na empresa por função,
facilitando na hora da coleta de dados e na classificação dos riscos, haja vista que cada setor
realiza atividades que possuem níveis de riscos diferentes.
A entrevista com os colaboradores foi de extrema importância para ter como base
alguns dados para em seguida realizar observações e apontamentos que não são perceptíveis
aos olhos dos colaboradores, pois na maioria das vezes os funcionários demostram não
possuir conhecimento sobre o assunto. A maior dificuldade nessa etapa foi encontrar os
agentes funerários durante o horário das visitas, pois os mesmos também executam
atividades externas, como o transporte terrestre dos cadáveres, e ficam várias horas ausentes
da empresa. E por causa disso, foram realizadas várias visitas para conseguir realizar essa
etapa.
Durante a entrevista com os gestores da empresa, foi relatado à preocupação em
manter tudo organizado dentro das normas existentes. Quando informados sobre a falta de
alguns equipamentos de proteção coletiva, como extintores de incêndio, chuveiro de
emergência, lâmpadas de emergência, os mesmos afirmaram que irão providenciar o mais
rápido possível.
Observa-se que a empresa possui uma postura séria com relação a saúde e segurança
dos seus colaboradores através do fornecimento de todos os EPIs. E todos os colaboradores
afirmam que utilizam todos os equipamentos cedidos pela a empresa.
A função de agente funerário é a mais propensa a acidentes, pois estão expostos aos
riscos químicos e biológicos os quais podem acarretar em problemas graves de saúde. No
posto de trabalho desses colaboradores, foram identificadas algumas irregularidades no que
se refere ao armazenamento dos produtos químicos dispostos em baixo das bancadas. Não
foi identificado o PCMSO, para abordar o programa de vacinação desses colaboradores para
evitar o contagio de alguns agentes nocivos biológicos.
Nas avaliações qualitativas foi utilizada uma ferramenta de classificação do risco
baseado no método William T. Fine. Nesta etapa, construiu-se um quadro com todas as
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REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991. 159 p.
MUNIZ, H. P.; BRITO, J.; SOUZA, K. R. de; ATHAYDE, M.; LACOMBLEZ, M. Ivar
Oddone e sua contribuição para o campo da saúde do trabalhador no Brasil. Revista
brasileira de saúde ocupacional, São Paulo, v. 38, n. 128, p.280-291, 2013.
PONZETTO, G.. Mapa de riscos ambientais: NR-5. 2. ed. São Paulo: LTr, 2007. 134 p.
Eu .....................................................................................................................................,
tenho ciência e autorizo a realização da pesquisa intitulada pela estudante Kalliana Lourenço
da Silva Lopes, do curso Engenharia de Produção, da Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA, a utilizar as informações por mim prestadas na minha empresa, como
também pela coleta dos dados pela discente como registros fotográficos, durante o período
de coleta que será realizado entre os meses de junho à agosto de 2018 para a elaboração de
seu Trabalho de Conclusão de Curso, que tem como título: AVALIAÇÃO DE RISCOS
OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO DE UMA FUNERÁRIA NA
CIDADE DE ASSU/RN, que seu objetivo é analisar o processo de trabalho para identificar
os riscos ocupacionais e verificar suas implicações para a saúde dos trabalhadores. E que
está sendo orientada pela Prof. Dra. Fabrícia Nascimento de Oliveira. Autorizo assim a
publicação dos dados desta pesquisa no meio científico sendo que foi garantido pela
estudante que o nome da minha empresa não seria identificado, mantendo no anonimato os
dados referentes à minha identificação.
__________________________________ __________________________________
Kaliana Lourenço da Silva Lopes Fabrícia Nascimento de Oliveira
(discente) (professora orientadora)
________________________________________________________
Responsável legal da empresa
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ESCLARECIMENTOS:
1. Idade __________
7. O Sr.(a) sabe dos riscos que existem na sua atividade? Se sim, cite-os.
9 Quais são os equipamentos, instrumentos e ferramentas que o Sr. (a) utiliza para
desenvolver suas atividades?
12. Quais são os produtos químicos que o Sr. (a) utiliza na sua atividade?
14. Você utiliza todos os EPIs que a empresa lhe forneceu? Se não, qual deles você não
utiliza e qual o motivo?
16. Em sua opinião, quais fatores que tornam os acidentes mais prováveis durante a
execução de suas atividades na empresa?
17. Qual a sua visão sobre acidentes dentro do seu local de trabalho?
19. Sr.(a) já presenciou acidentes dentro da empresa? Qual a frequência de tais acidentes?
20. Você já sofreu algum acidente de trabalho? Se sim, precisou se afastar por algum tempo?
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1. Idade ______________
2. Sexo________________
3. Escolaridade:_______________________
4. Função:____________________________
9.Na empresa existe algum local ou equipamento que apresente mais riscos de acidentes do
que os outros?
13. A empresa fiscaliza o uso dos EPIs pelos funcionários? Se sim, quem fica responsável
para fiscalizar o uso dos EPIs?
15. Sr.(a) já presenciou acidentes dentro da empresa ? Qual a frequência de tais acidentes?
16. Quando ocorre um acidente a empresa faz o registro por meio da CAT (comunicação do
acidente de trabalho)? Se sim, quem fica responsável para preencher a CAT?
17. Algum trabalhador já precisou se afastar das atividades devido problemas de doença do
trabalho?
18. Existem casos diagnosticados de trabalhadores com doenças do trabalho? Se sim, quais
são as doenças?