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LONDRINA
2020
GUILHERME MORETE FELIX
LONDRINA
2020
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Londrina
Diretoria do Campus Londrina
Departamento de Engenharia Mecânica
Engenharia Mecânica
TERMO DE APROVAÇÃO
por
GUILHERME MORETE FELIX
___________________________________
(Prof. Dr. Eduardo José Pitelli)
Prof. Orientador
___________________________________
(Profª. Dra Regina Lúcia Sanches Malassise)
Membro titular
___________________________________
(Prof. Dr. Bruno Samways dos Santos)
Membro titular
MUITO OBRIGADO!
“Finalmente, quando chegar a nossa
última hora, será grande e inefável a
nossa alegria ao vermos que em todos o
nosso trabalho, apenas vislumbramos a
infinitude do Criador.”
(Carl Friedrich Gauss).
RESUMO
With the growing number of occupational diseases and accidents at work, the concern
to analyze environmental risks and anticipate possible accidents has been gaining
importance in recent decades. The present work aims to apply a methodology for the
recognition of occupational environmental risks that give rise to dangerous or
unhealthy conditions in a soybean processing unit, through qualitative and quantitative
research, based on regulatory norms and occupational hygiene standards. With the
analysis of these risks, a study was carried out in a soybean processing unit in order
to characterize unhealthy or dangerous situations to which the worker is exposed. If
an agent is characterized above its tolerance limit established by regulatory standards,
measures to change the work environment were suggested in order to prevent and
minimize these risks, making the worker safer and the company can obtain savings
with additional wages due to unhealthy or dangerous situations..
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 ASPECTOS DA SEGURANÇA DO TRABALHO................................................. 12
1.2 UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SOJA ..................................................... 15
1.3 RISCOS OCUPACIONAIS EM UMA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SOJA
PARA SEMENTES .................................................................................................... 16
2 OBJETIVOS............................................................................................................17
2.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................17
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................ 17
3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 18
4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 19
4.1 ETAPAS DO BENEFICIAMENTO DE SOJA ....................................................... 19
4.1.1 Recepção.......................................................................................................... 19
4.1.2 Pré Limpeza...................................................................................................... 21
4.1.3 Secagem........................................................................................................... 21
4.1.4 Limpeza............................................................................................................. 22
4.1.5 Separação E Classificação................................................................................22
4.1.6 Tratamento........................................................................................................ 23
4.1.7 Embalagem....................................................................................................... 24
4.1.8 Armazém........................................................................................................... 24
4.1.9 Expurgo............................................................................................................. 26
4.1.10 Armazém Comercial........................................................................................ 27
4.2 TIPOS DE RISCOS OCUPACIONAIS................................................................. 27
4.2.1 Riscos Ambientais ............................................................................................ 28
4.2.1.1 Agentes Físicos.............................................................................................. 28
4.2.1.2 Agentes Químicos.......................................................................................... 29
4.2.1.3 Agentes Biológicos......................................................................................... 29
4.3 RISCOS RELACIONADOS AO SETOR DE BENEFICIAMENTO DE SOJA ....... 30
4.3.1 Ruído ................................................................................................................ 31
4.3.2 Calor ................................................................................................................. 33
4.3.3 Vibração ........................................................................................................... 34
4.3.4 Produtos Químicos............................................................................................ 37
4.3.5 Sílica................................................................................................................. 38
4.3.6 Espaço Confinado ............................................................................................ 38
4.3.7 Eletricidade....................................................................................................... 39
4.4 INSALUBRIDADE ............................................................................................... 40
4.5 PERICULOSIDADE ............................................................................................. 40
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 42
5.1 GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO (GHE) ............................................... 42
5.2 AVALIAÇÕES PARA CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE ..................... 42
5.3 RISCOS AVALIADOS E METODOLOGIAS UTILIZADAS .................................. 43
5.4 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE RUÍDO........................................................... 43
5.4.1 Caracterização De Insalubridade Por Ruído .................................................... 45
5.5 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE CALOR .......................................................... 46
5.5.1 Caracterização De Insalubridade Por Exposição Ao Calor .............................. 50
5.6 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO ................ 51
5.6.1 Caracterização De Insalubridade Por Exposição À Vibração De Corpo Inteiro .......... 53
5.7 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR ........ 53
5.7.1 Caracterização De Insalubridade Por Particulado Sólido Suspenso No Ar ...... 54
5.8 CARACTERIZAÇÃO DE PERICULOSIDADE POR ELETRICIDADE ................. 55
5.9 MEDIDAS DE AMENIZAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS .................................. 57
6 CRONOGRAMA ................................................................................................... 59
7 RESULTADOS ....................................................................................................... 60
7.1 SETORES EXISTENTES .................................................................................... 60
7.1.1 Armazém .......................................................................................................... 60
7.1.2 Classificação .................................................................................................... 61
7.1.3 Expurgo ............................................................................................................ 61
7.1.4 Linha De Produção ........................................................................................... 62
7.1.5 Moega .............................................................................................................. 63
7.1.6 Tratamento De Sementes ................................................................................ 64
7.2 FUNÇÕES EXISTENTES.................................................................................... 65
7.2.1 Operador De Empilhadeira ............................................................................... 66
7.2.2 Operador De Empilhadeira I ............................................................................. 66
7.2.3 Conferente........................................................................................................ 66
7.2.4 Classificador De Cereais .................................................................................. 67
7.2.5 Auxiliar De Operador De Máquinas .................................................................. 67
7.2.6 Auxiliar de Produção ........................................................................................ 67
7.2.7 Auxiliar de Produção II ..................................................................................... 68
7.2.8 Operador de Máquina I..................................................................................... 68
7.2.9 Operador de Máquina II.................................................................................... 68
7.2.10 Assistente Técnico de Produção .................................................................... 69
7.3 SETORIZAÇÃO DA EMPRESA .......................................................................... 69
7.4 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS PARA CADA SETOR ................ 70
7.4.1 Ruído ................................................................................................................ 71
7.4.2 Calor ................................................................................................................. 71
7.4.2.1 Armazéns ...................................................................................................... 71
7.4.2.2 Linhas de produção ....................................................................................... 71
7.4.2.3 Moega ........................................................................................................... 72
7.4.2.4 Classificação ................................................................................................. 72
7.4.2.5 Expurgo ......................................................................................................... 72
7.4.2.6 Tratamento de sementes............................................................................... 73
7.4.3 Vibração de Corpo Inteiro................................................................................. 73
7.4.5 Particulado Sólido Suspenso no Ar .................................................................. 73
7.4.5.1 Sílica.............................................................................................................. 73
7.4.5.1.1 Metodologia de Coleta................................................................................ 74
7.4.5.1.2 Método de Amostragem para Poeira Total ................................................. 74
7.4.5.1.3 Limite de Tolerância para Poeira Total ....................................................... 75
7.4.5.1.4 Método de Amostragem para Poeira Respirável ........................................ 75
7.4.5.1.5 Limite de Tolerância para Poeira Respirável .............................................. 76
7.4.5.2 CRUISER OPTI ............................................................................................. 77
7.4.5.2.1 Método de Amostragem para Naftas Aromáticas ....................................... 77
7.4.5.2.2 Limites de Tolerância para Naftas Aromáticas ........................................... 78
7.4.5.3 Gastoxin B57 ................................................................................................. 79
7.4.5.3.1 Método de Amostragem para Fosfina ........................................................ 80
7.4.5.3.2 Limite de Tolerância para Fosfina .............................................................. 80
7.4.6 Eletricidade....................................................................................................... 81
7.5.1 Armazéns 1/2 ................................................................................................... 82
7.5.2 Armazéns 3/4 ................................................................................................... 82
7.5.3 Classificação .................................................................................................... 83
7.5.4 Expurgo ............................................................................................................ 83
7.5.5 Linha de Produção 1/2 ..................................................................................... 83
7.5.6 Linha de Produção 3/4 ..................................................................................... 83
7.5.7 Moega 19/22 .................................................................................................... 84
7.5.8 Tratamento de Sementes ................................................................................. 84
7.5.9 Disposição dos Grupos Homogêneos de Exposição (GHE)............................. 84
7.6 RESULTADOS DAS ANÁLISES DOS RISCOS EM RELAÇÃO À
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE ................................................................. 86
7.6.1 Ruído ................................................................................................................ 86
7.6.2 Calor ................................................................................................................. 88
7.6.3 Sílica Livre Cristalizada (Poeira Respirável) ..................................................... 89
7.6.4 Sílica Livre Cristalizada (Poeira Total) ............................................................. 91
7.6.4 Vibração De Corpo Inteiro ................................................................................ 92
7.6.5 Fosfina.............................................................................................................. 93
7.6.6 Naftas Aromáticas ............................................................................................ 94
7.6.7 Eletricidade....................................................................................................... 95
7.7 MEDIDAS DE AMENIZAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS .................................. 95
7.7.1 Ruído ................................................................................................................ 96
7.7.1.1 Eliminação de vibração dos maquinários ...................................................... 96
7.7.1.2 Isolamento da fonte de ruído ......................................................................... 97
7.7.1.3 Programa de conservação auditiva ............................................................... 98
7.7.1.4 Equipamentos de proteção auditiva .............................................................. 98
7.7.2 Calor ................................................................................................................. 99
7.7.3 Eletricidade..................................................................................................... 100
7.7.3.1 Medidas de controle .................................................................................... 100
7.7.3.2 Medidas de proteção coletiva ...................................................................... 100
7.7.3.3 Medidas de proteção individual ................................................................... 101
7.7.4 Produtos Químicos em Geral ......................................................................... 101
7.7.4.1 Relação da empresa com o território em que se localiza ............................ 102
7.7.4.2 Gerenciamento de riscos na esfera coletiva da empresa ............................ 102
7.7.4.3 Prevenção dos riscos químicos nos postos de trabalho .............................. 102
7.7.4.4 Medidas de proteção individual ................................................................... 102
8 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 104
8.1 SUGESTÕES PARA PRÓXIMOS TRABALHOS .............................................. 108
9 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 109
APÊNDICE A .......................................................................................................... 118
10 RESULTADOS DAS ANÁLISES DOS RISCOS EM RELAÇÃO À
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE .............................................................. 119
10.1 ARMAZÉNS 1/2 .............................................................................................. 119
10.1.1 Armazéns 1/2 (Conferente) .......................................................................... 119
10.1.1.1 Ruído ......................................................................................................... 119
10.1.1.2 Calor .......................................................................................................... 121
10.1.1.3 Sílica livre cristalizada (poeira respirável) ................................................. 123
10.1.1.4 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 124
10.1.2 Armazéns 1/2 (Operador de Empilhadeira) .................................................. 125
10.1.2.1 Ruído ......................................................................................................... 125
10.1.2.2 Calor .......................................................................................................... 126
10.1.2.3 Sílica livre cristalizada (poeira respirável) ................................................. 127
10.1.2.4 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 127
10.1.2.5 Vibração de Corpo Inteiro.......................................................................... 128
10.2 ARMAZÉNS 3/4 .............................................................................................. 129
10.2.1 Armazéns 3/4 (Conferente) .......................................................................... 129
10.2.1.1 Ruído ......................................................................................................... 129
10.2.1.2 Calor .......................................................................................................... 131
10.2.1.3 Sílica livre cristalizada (poeira respirável) ................................................. 133
10.2.1.4 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 134
10.2.2 Armazéns 3/4 (Operador de empilhadeira)....................................................135
10.2.2.2 Calor .......................................................................................................... 135
10.2.2.3 Sílica livre cristalizada (poeira respirável) ................................................. 137
10.2.2.4 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 137
10.2.2.5 Vibração de corpo inteiro........................................................................... 137
10.2.3 Armazéns 3/4 (Operador De Empilhadeira I) .............................................. 138
10.2.3.1 Ruído ......................................................................................................... 138
10.2.3.2 Calor .......................................................................................................... 139
10.2.3.3 Eletricidade ................................................................................................ 141
10.2.3.4 Fosfina....................................................................................................... 142
10.2.3.5 Sílica livre cristalizada (poeira respirável) ................................................. 143
10.2.3.6 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 143
10.2.3.7 Vibração de corpo inteiro........................................................................... 143
10.3 CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................ 144
10.3.1 Classificação (GHE) ..................................................................................... 144
10.3.1.1 Ruído ......................................................................................................... 144
10.3.1.2 Calor .......................................................................................................... 146
10.4 EXPURGO ...................................................................................................... 148
10.5 LINHA DE PRODUÇÃO 1/2 ............................................................................ 148
10.5.1 Linha De Produção 1/2 (GHE)...................................................................... 149
10.5.1.1 Ruído ......................................................................................................... 149
10.5.1.2 Calor .......................................................................................................... 151
10.5.1.4 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 153
10.6 LINHA DE PRODUÇÃO 3/4 ............................................................................ 155
10.6.1 Linha de produção 3/4 (GHE)....................................................................... 155
10.6.1.1 Ruído ......................................................................................................... 155
10.6.1.2 Calor .......................................................................................................... 157
10.6.1.3 Sílica livre cristalizada (poeira respirável) ................................................. 159
10.6.1.4 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 160
10.7 MOEGA 19/22 ................................................................................................. 161
10.7.1 Moega 19/22 (GHE) ..................................................................................... 161
10.7.1.1 Ruído ......................................................................................................... 161
10.7.1.2 Calor .......................................................................................................... 163
10.7.1.3 Sílica livre cristalizada (poeira respirável) ................................................. 165
10.7.1.4 Sílica livre cristalizada (poeira total) .......................................................... 166
10.8 TRATAMENTO DE SEMENTES ..................................................................... 167
10.8.1 Tratamento de Sementes (GHE) .................................................................. 167
10.8.1.1 Ruído ......................................................................................................... 167
10.8.1.2 Calor .......................................................................................................... 169
10.8.1.3 Naftas Aromáticas ..................................................................................... 171
ANEXO A ................................................................................................................ 174
12
1 INTRODUÇÃO
Figura 1 – Mapa de acidente de trabalho no Brasil durante o período de 2012 até 2018
2 OBJETIVOS
Aplicar uma metodologia para a obtenção e análise dos riscos ambientais, tanto
qualitativos quanto quantitativos.
Verificar se os trabalhadores estão expostos a riscos ambientais realcionados a
insalubridade e periculosidade e determinar se a intensidade de tais riscos se
encaixam em um quadro (previsto em leis) de periculosidade ou insalubridade.
Sugerir medidas de proteção (Medidas adminitrativas operacionais,
equipamentos de proteção coletiva (EPC), equipamentos de proteção individual
(EPI)) na amenização dos riscos ambientais.
.
18
3 JUSTIFICATIVA
4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
4.1.1 Recepção
4.1.3 Secagem
4.1.4 Limpeza
4.1.6 Tratamento
4.1.7 Embalagem
4.1.8 Armazém
4.1.9 Expurgo
Figura 9 - Expurgo com fosfina em um lote de sementes de soja com uso de lonas plástica específica
para expurgo. A – Lote de sementes a ser expurgado, B – Lona de expurgo colocada sobre
o lote de sementes, C – Detalhe da vedação da lona de expurgo.
Riscos ambientais são, conforme Brasil (1978, p.1) “Os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em função da sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador”.
O reconhecimento dos riscos ambientais é de extrema importância, pois servirá
de base para ações de prevenção, eliminação ou controle dos riscos. Reconhecer os
riscos está ligado ao fato de identificar, no ambiente de trabalho, fatores ou situações
com potencial de danos à saúde do trabalhador. Para se realizar uma análise dos
potenciais riscos que ocorrem nas diferentes situações de trabalho, é necessária uma
avaliação in loco e criteriosa das condições de trabalho aos quais os trabalhadores
estão expostos (VILELA, 2008).
São ocasionados, de acordo com Mattos e Másculo (2011, p.38) “por agentes
que modificam a composição química do ambiente”.
Os agentes químicos podem atingir tanto as pessoas que estejam ou não em
contato com a fonte, pois podem se propagar pelo ar e podem ser substâncias nocivas
pelo contato direto. Freitas e Arcuri (2018) apontam que esses agentes podem entrar
em contato com o ser humano das mais diversas formas, sendo elas: Respiração,
contato direto, absorção pela pele, contato pela boca.
Podem ser encontrados nos mais diversos estados, tais como: gasoso, líquido,
sólido ou na forma de partículas suspensas no ar, sendo elas sólidas (poeiras e fumos)
ou líquidas (neblinas e névoas).(MATTOS;MÁSCULO,2011).
4.3.1 Ruído
para a audição humana é muito ampla, sendo assim a escala seria muito vasta,
dificultando sua utilização de forma linear. Dessa forma, foi adotado uma escala que
representa o nível de pressão sonora utilizando um submúltiplo da escala Bel, o
decibel. A escala Bel busca retratar qualquer nível de potência em relação a um nível
básico de referência. Como a potência sonora é equivalente ao quadrado da pressão
sonora, a expressão que define um nível de pressão sonora em decibel (𝑑𝐵), para
um determinado valor de pressão sonora em relação a pressão mínima de referência
(limite inferior) é (CALIXTO, 2013 apud Rossing,1990; SCHULTZ, 1972):
p12 p
NPS 10 log 2
ou NPS 20 log 1 (1)
p0 p0
32
Onde:
NPS = Nível de pressão sonora referente ao nível de referência em decibel (𝑑𝐵)
𝑁
p1 = Pressão sonora média (𝑚2 )
𝑁
𝑝0 = Pressão de referência igual a 2. 10−5 𝑚2
1 2 p(t )
t 2
N eq 10 log dt (2)
t1 0
T p
Onde:
𝑁𝑒𝑞 = Nível sonoro médio (𝑑𝐵)
𝑇 =(𝑡2 − 𝑡1 ) = Tempo total de medição (𝑠)
𝑁
𝑝(𝑡) =Pressão sonora instantânea (𝑚2 )
𝑁
𝑝0 = Pressão de referência igual a 2. 10−5 (𝑚2 )
4.3.2 Calor
Calor pode ser considerado uma energia térmica que se propaga por uma
diferença de temperaturas no espaço, sendo que existem três meios de propagação:
Condução, convecção e radiação.
Condução é o meio de transferência de calor pelas quais as partículas com
maior temperatura transferem energia para as de menor temperatura devido a
interações entre as mesmas. Essa transferência de energia está baseada no
movimento de translação e vibração entre as moléculas (INCROPERA, 2008, p.2)
A convecção é definida como a forma de transferência de calor entre um fluido
em movimento e um sólido, ao fato que, existindo um gradiente de temperatura, ocorre
a transferência de calor de um corpo com maior temperatura para o corpo de menor
temperatura.
Radiação é a energia térmica emitida pela matéria por meio de ondas
eletromagnéticas ou partículas. Todo corpo emite radiação e recebe radiação,
inclusive no vácuo. Em relação a energia térmica emitida pela matéria, essa é
chamada de emissão. (INCROPERA,2008,p.6)
Para o bom funcionamento do organismo humano, é necessário que ocorra
equilíbrio entre o calor gerado e recebido do ambiente com o dissipado, mantendo a
temperatura do corpo em valores ideais. Segundo Roscani et al. (2017, p.2),
sobrecarga térmica ocorre quando existe um desiquilíbrio térmico do corpo, ou seja, o
corpo recebe mais calor do que pode dissipar, fazendo com que sua temperatura
corporal passe de 38 º𝐶. A permanência em locais com condições térmicas
desfavoráveis pode causar stress térmico, ao qual resulta em debilidade do estado
geral de saúde, alterações das reações psíquicas e queda de produção.
No tocante às atividades laborais com temperaturas elevadas, as doenças do
calor podem se manifestar por sintomas comportamentais, tais como são citadas por
Roscani et al (2017, p.3), “Irritabilidade, confusão mental, câimbras, fadiga repentina,
entre outros sintomas”. Caso ocorra uma falência do sistema termorregulador do
corpo, pode existir o risco de morte.
De acordo com Silva e Teixeira (2014), é de conhecimento que a umidade e a
velocidade do ar no ambiente de trabalho alteram a intensidade da temperatura,
porém, a Norma Regulamentadora de número 15 (NR-15) considera apenas o valor
34
4.3.3 Vibração
De acordo com Rao (2008, p.6) “Qualquer movimento que se repita durante um
intervalo de tempo pode ser denominado vibração”. Em geral, um sistema vibratório
contém um meio para armazenar energia potencial (mola ou elasticidade), um meio
para armazenar energia cinética (massa ou inércia) e um meio de perda gradual de
energia (amortecedor).
A vibração de um sistema envolve a transferência alternada de sua energia
potencial em energia cinética e vice-versa, com certa quantidade de energia dissipada
em cada ciclo de vibração se o sistema for amortecido (RAO, 2008) É usual, no ponto
de vista da vibração ocupacional, existirem dois tipos de oscilações ao qual o
trabalhador possa estar exposto, sendo elas a que envolvem o corpo como um todo e
as que envolvem alguns segmentos corporais, como mãos e braços. (ZUCCO;
GOMES, 2009).
As vibrações de corpo inteiro geralmente são mais críticas em profissões
relacionadas ao meio de transporte. Segundo Zucco e Gomes (2009). Essas
vibrações são geralmente de baixa frequência e grande amplitude, situando na faixa
de 1 a 80 𝐻𝑧, mais especificamente na faixa de 1 a 20 𝐻𝑧.
A atividade que envolve transporte expõe o ser humano à vibração mecânica,
podendo interferir em seu conforto, eficiência no trabalho, saúde e na segurança. A
35
De acordo Brasil (1978), a avaliação da vibração de corpo inteiro deve ser feita
com base em dois critérios, sendo eles o valor da aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) e do valor da dose de vibração resultante (VDVR).
36
1 𝑚
𝑎𝑟𝑒 = √ ∑𝑚 2
𝑖=1 𝑛𝑖 ∗ 𝑎𝑟𝑒𝑝𝑖 ∗ 𝑇𝑖 [ 2 ] (3)
𝑇 𝑠
Onde:
𝑚
𝑎𝑟𝑒𝑝𝑖 =Aceleração resultante da exposição parcial [𝑠2 ]
1/4
𝑉𝐷𝑉𝑒𝑥𝑝𝑗 = [∑𝑚 4
𝑖=1(𝑉𝐷𝑉𝑒𝑥𝑝𝑗𝑖 ) ] [𝑚/𝑠]1,75 (4)
Onde:
𝑉𝐷𝑉𝑒𝑥𝑝𝑗𝑖 =Valor da dose da exposição representativo a exposição ocupacional diária
no eixo “j”, relativo a componente de exposição “i”. [𝑚/𝑠]1,75
𝑚 =Número de componentes de exposição que compõem a exposição diária
4.3.5 Sílica
Poeira total pode ser definida como a poeira que se obtém em uma bomba de
amostragem sem o separador de partículas, ou seja, é a poeira que contem partículas
maiores, as quais tem uma menor chance de atravessar a fração torácica do corpo,
sendo menos danosa à saúde.
4.3.7 Eletricidade
𝑉
𝑅 =𝐼 (5)
Onde:
𝑅 =Resistência elétrica (Ω)
𝑉 = Tensão elétrica (𝑉)
𝐼 =Corrente elétrica (𝐴)
40
Segundo Muniz e Silva (2017), quando existe uma diferença de potencial entre
uma parte do corpo e outra, a corrente elétrica fluirá e com ela surgirá o fenômeno do
choque elétrico e, de acordo com Bassetto et al (2017), como a corrente circula pelo
organismo, é possível afirmar que o corpo humano se comporta como uma resistência
elétrica. Esse fenômeno pode provocar: Tetanização (contração muscular contínua),
parada respiratória, fibrilação ventricular do coração e queimaduras.
4.4 INSALUBRIDADE
4.5 PERICULOSIDADE
5 METODOLOGIA
480 𝐷
𝑁𝐸 =10 𝑋 log ( 𝑇 𝑋 100) +85 [𝑑𝐵] (6)
𝑒
𝑁𝐸−85
𝑇
𝑒
𝐷 = 480 𝑋 100 𝑋 2( 3
)
[%] (7)
Onde:
𝑁𝐸 =Nível de exposição [𝑑𝐵]
𝐷 =Dose diária [%]
𝑇𝑒 =Tempo de duração da jornada diária de trabalho [𝑚𝑖𝑛
]
𝑒 𝑇
𝑁𝐸𝑁 =𝑁𝐸 +10 𝑙𝑜𝑔 480 [𝑑𝐵] (8)
Onde:
𝑁𝐸𝑁 = Nível de exposição normalizado [𝑑𝐵]
Para a avaliação quantitativa de calor, foi usado o seguinte aparelho, com seu
respectivo certificado de calibração disponível no anexo A.
Medidor de stress térmico, modelo TGD-200, marca Instrutherm.
Onde:
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo [º𝐶]
𝑡𝑏𝑛 =Temperatura de bulbo úmido natural [º𝐶]
𝑡𝑔 =Temperatura de globo [º𝐶]
𝑡𝑏𝑠 =Temperatura de bulbo seco [º𝐶]
Onde:
̅̅̅̅̅̅̅̅̅ =IBUTG médio ponderado no tempo [º𝐶]
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑖 = IBUTG da sensação térmica “i” [º𝐶]
𝑡𝑖 =Tempo total de exposição da sensação térmica “i”, no período de 60 minutos mais
desfavorável [𝑚𝑖𝑛
]
𝑖=Iésima situação
𝑛 =Número de situações térmicas identificadas no ciclo de exposição
48
Macacão de tecido 0
Macacão de polipropileno SMS (Spun-Melt-Spun) 0,5
Macacão de poliolefina 2
Vestimenta ou macacão forrado (Tecido duplo) 3
Avental longo de mão comprida impermeável ao vapor 4
Fonte: BRASIL (2017, p.25) apud ACGIH (2016) e ISO DIS 7243 (2014)
(Continuação)
Onde:
̅ =Taxa metabólica média ponderada no tempo [𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ ]
𝑀
𝑀𝑖 =Taxa metabólica da atividade i [𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ ]
𝑡′𝑖 = Tempo total de exercício da atividade i, no período de 60 minutos corridos mais
desfavorável [𝑚𝑖𝑛
]
𝑖=i-ésima atividade
𝑚 =Número de atividades identificadas na composição do ciclo de exposição
𝑇 𝑚
𝑎𝑟𝑒𝑛 =𝑎𝑟𝑒 √𝑇 [𝑠 2 ] (13)
0
Onde:
𝑚
𝑎𝑟𝑒𝑛 =Aceleração resultante de exposição normalizada [𝑠²]
𝑚
𝑎𝑟𝑒 =Aceleração resultante de exposição [𝑠²]
1
𝑚
𝑉𝐷𝑉𝑅 = [∑𝐽(𝑉𝐷𝑉𝑒𝑥𝑝𝑗 )4 ]4 [𝑠1,75 ] (14)
53
6 CRONOGRAMA
7 RESULTADOS
7.1.1 Armazém
7.1.2 Classificação
7.1.3 Expurgo
7.1.5 Moega
7.2.3 Conferente
7.4.1 Ruído
7.4.2 Calor
7.4.2.1 Armazéns
7.4.2.3 Moega
7.4.2.4 Classificação
7.4.2.5 Expurgo
7.4.5.1 Sílica
24
𝐿. 𝑇 = % 𝑄𝑈𝐴𝑅𝑇𝑍𝑂+3 (15)
Onde:
𝑚𝑔
𝐿. 𝑇 = Limite de tolerância para poeira total [ 𝑚³ ]
8
𝐿. 𝑇 = % 𝑄𝑈𝐴𝑅𝑇𝑍𝑂+2 (16)
77
Onde:
𝑚𝑔
𝐿. 𝑇 = Limite de tolerância para poeira respirável [ 𝑚³ ]
Tabela 7 – Componentes da nafta aromática e seus respectivos limites de tolerância pela NR-15
(Anexo XI) e ACGIH (2019)
Substância Limite de tolerância (NR-15, Limite de tolerância
Anexo XI) (mg/m³) (ACGIH,2019) (mg/m³)
Cumeno 190 246
Trimetilbenzeno - 123
Benzeno - 1,6
Etilbenzeno 340 87
Hexadecano - -
Decano - -
n-Dodecano - -
Heptano - 1640
Hexano Técnico - 176
n-Pentano 1400 2950
Pentadecano - -
Tetradecano - -
Tridecano - -
Undecano - -
Octano - 1401
Nonano - 1050
Metilciclohexano - 1610
Ciclohexano 820 350
Tolueno 290 75
Ciclopentano - 1720
Xileno 340 434
Naftas C5-C16 (PCR) - 100
Fonte: Autoria própria
𝐿. 𝑇 =0,5 𝑝𝑝𝑚
Onde:
𝐿. 𝑇 = Limite de tolerância para fosfina pela ACGIH, expresso em partículas por milhão
(𝑝𝑝𝑚).
7.4.6 Eletricidade
e respirável, outro GHE contém os dois operadores de empilhadeira, aos quais estão
sujeitos aos riscos de ruído, calor, vibração de corpo inteiro e sílica livre cristalizada
em relação à poeira total e respirável e o último GHE contém o operador de
empilhadeira I, ao qual está sujeito ao risco de ruído, calor, vibração de corpo inteiro,
eletricidade e fosfina.
7.5.3 Classificação
7.5.4 Expurgo
O setor do expurgo está instaurado nos armazéns 2/3, sendo assim, o operador
de empilhadeira I está situado em ambos os setores. Com essa informação, os riscos
que o trabalhador está exposto são os mesmos do GHE que cabe ao operador de
empilhadeira I do setor armazéns 2/3.
Com base na seção 7.4, os trabalhadores do setor linha de produção 1/2 estão
expostos ao risco de ruído, calor e a sílica livre cristalizada em relação à poeira
respirável e poeira total. Como todos os trabalhadores realizam funções próximas,
sem nenhum equipamento ou exposição específica para determinado trabalhador,
este setor possui apenas um grupo homogêneo de exposição (GHE).
Com base na seção 7.4, os trabalhadores do setor linha de produção 3/4 estão
expostos ao risco de ruído, calor e a sílica livre cristalizada em relação à poeira
respirável e poeira total. Como todos os trabalhadores realizam funções próximas,
84
Com base na seção 7.4, os trabalhadores do setor moega 19/22 estão expostos
ao risco de ruído, calor e a sílica livre cristalizada em relação à poeira respirável e
poeira total. Como todos os trabalhadores realizam funções próximas, sem nenhum
equipamento ou exposição específica para determinado trabalhador, este setor possui
apenas um grupo homogêneo de exposição (GHE).
7.6.1 Ruído
7.6.2 Calor
Tabela 10 – Resultado para avaliação quantitativa de sílica livre cristalizada (Poeira respirável)
Armazéns 1/2
Armazéns 1/2 Armazéns 3/4
GHE (Operador de
(Conferente) (Conferente)
empilhadeira)
Partículas
respiráveis (𝒎𝒈/𝒎³)
0,11 0,11 < 0,02
% Quartzo Ausente Ausente Ausente
Limite de tolerância
(𝒎𝒈/𝒎³)
4 4 4
Ensejo à
Não Não Não
insalubridade?
Armazéns 3/4 Armazéns 3/4
GHE (Operador de (Operador de Expurgo
empilhadeira) empilhadeira I)
Partículas
respiráveis (𝒎𝒈/𝒎³)
< 0,02 < 0,02 < 0,02
% Quartzo Ausente Ausente Ausente
Limite de tolerância
(𝒎𝒈/𝒎³)
4 4 4
Ensejo à
Não Não Não
insalubridade?
Linha de produção Linha de produção
GHE Moega 19/22
1/2 3/4
Partículas
respiráveis (𝒎𝒈/𝒎³)
0,22 0,40 0,17
% Quartzo Ausente Ausente Ausente
Limite de tolerância
(𝒎𝒈/𝒎³)
4 4 4
Ensejo à
Não Não Não
insalubridade?
Fonte: Autoria própria
o ambiente não possua poeira respirável, mas sim indica que na amostra realizada,
para aquele momento, a concentração existente é menor que o limite mínimo de
detecção. Todavia, não foi identificado em nenhuma das coletas, para nenhum GHE,
% Quartzo, dessa forma, comparando o limite de tolerância com a concentração de
partículas respiráveis de cada setor, constata-se que não é caracterizado uma
situação insalubre por sílica livre cristalizada em relação à poeira respirável.
Tabela 11 – Resultado para avaliação quantitativa de sílica livre cristalizada (Poeira total)
Armazéns 1/2
Armazéns 1/2 Armazéns 3/4
GHE (Operador de
(Conferente) (Conferente)
empilhadeira)
Partículas totais
0,55 0,55 0,18
[𝒎𝒈/𝒎³]
% Quartzo Ausente Ausente Ausente
Limite de tolerância
[𝒎𝒈/𝒎³]
8 8 8
Ensejo à
Não Não Não
insalubridade?
Armazéns 3/4 Armazéns 3/4
GHE (Operador de (Operador de Expurgo
empilhadeira) empilhadeira I)
Partículas totais
0,18 0,18 0,18
[𝒎𝒈/𝒎³]
% Quartzo Ausente Ausente Ausente
Limite de tolerância
[𝒎𝒈/𝒎³]
8 8 8
Ensejo à
Não Não Não
insalubridade?
92
Tabela 11 – Resultado para avaliação quantitativa de sílica livre cristalizada (Poeira total)
(Conclusão)
Linha de produção Linha de produção
GHE Moega 19/22
1/2 3/4
Partículas totais
1,10 2,41 0,28
[𝒎𝒈/𝒎³]
% Quartzo Ausente Ausente Ausente
Limite de tolerância
[𝒎𝒈/𝒎³]
8 8 8
Ensejo à
Não Não Não
insalubridade?
Fonte: Autoria própria
7.6.5 Fosfina
𝐹𝑜𝑠𝑓𝑖𝑛𝑎=0,00071 𝑝𝑝𝑚
94
𝐿. 𝑇 =0,5 𝑝𝑝𝑚
7.6.7 Eletricidade
7.7.1 Ruído
Esse tipo de ação busca isolar o ruído na fonte geradora. Consiste em deixar a
fonte geradora de ruído o mais afastado possível dos trabalhadores e realizar o
isolamento acústico das mesmas, utilizando materiais adequados para o
enclausuramento dos maquinários. A tabela 14 relaciona a propriedade do material
utilizado no isolamento com a atenuação obtida.
Onde:
𝑁𝐸𝑝 =Nível de exposição com proteção [𝑑𝐵(𝐴)]
𝑁𝐸𝑁 =Nível de exposição normalizado [𝑑𝐵(𝐴)]
𝑁𝑅𝑅𝑆𝐹𝑃𝑅𝑂𝑇𝐸𝑇𝑂𝑅 = Nível de redução de ruído do protetor [𝑑𝐵(𝐴)]
7.7.2 Calor
7.7.3 Eletricidade
8 CONCLUSÃO
igual ao outro, em outro dia os valores de temperatura poderiam estar muito acima ou
abaixo dos níveis observados.
Com relação à vibração de corpo inteiro, observou-se que os níveis de vibração
estão abaixo dos limites de tolerância tanto para os armazéns 1/2 quanto para o
armazém 3/4, porém, observa-se que os valores estão acima do nível de ação, sendo
necessário que se tomem medidas de controle que possam abaixar esses níveis, tais
como melhorias no piso e/ou obtenção de modelos mais modernos de empilhadeiras.
Todas as amostras de sílica cristalina, tanto em relação à poeira total quanto a
cristalizada mostraram uma concentração abaixo do limite de quantificação, ou seja,
a quantidade de sílica cristalizada presente é menor do que a quantidade que o
método definido pelo laboratório pode quantificar. Esse resultado pode ser
interpretado pelo contato mínimo dos trabalhadores com as sementes e grãos, além
da maneira de como foi manuseada a safra das amostras que estavam contidas na
UBS na ocasião da coleta. Vale ressaltar que esse resultado pode ser considerado
para fins de laudo de insalubridade, porém não se pode dizer que os trabalhadores
não estejam submetidos ao risco da sílica livre cristalizada, ainda mais considerando
que os valores obtidos foram abaixo do limite de quantificação pelo método adotado
pelo laboratório, porém não é certo afirmar que não exista nenhuma concentração
deste agente no local. Sendo assim, nota-se a importância do acompanhamento
periódico do nível de sílica livre cristalina durante todo o ano, assim como o
acompanhamento dos trabalhadores por meio de exames médicos periódicos.
O nível muito baixo de fosfina quantificado se deve pelo fato do trabalhador não
estar sujeito ao produto Gastoxin B57 quando o mesmo se encontra na forma de gás,
sendo que nesse momento, nenhum trabalhador possui a autorização para entrar no
setor. Todavia, o baixo nível de fosfina mensurado não anula o risco de intoxicação
eventual da mesma por meio de alguma abertura nas lonas em que o gás está alojado.
O único componente das naftas aromáticas do produto Cruiser Opti utilizado no
tratamento de sementes que obteve um valor de quantificação foi o “Trimetilbenzeno”,
com um valor de 0,23 mg/m³, valor abaixo do limite de tolerância estipulado pela
ACGIH 2019 de 123 mg/m³. Observa-se também que os outros elementos estiveram
abaixo do limite de quantificação determinado pelo método usado pelo laboratório de
análises e que vários elementos não possuem limites de tolerância nem pela norma
106
brasileira (NR-15) e nem pela norma americana (ACGIH), no entanto, não significa
que tais elementos não possam causar danos à saúde.
No quesito periculosidade, o “Operador de empilhadeira I” situado no armazém
3/4 se encaixa nessa situação devido ao trabalho que o expõe a carga elétrica. Sendo
assim, o mesmo detém o direito de um adicional no valor de 30% do salário. Observa-
se que este mesmo funcionário é o responsável pela realização do processo de
expurgo, sendo assim, é o trabalhador que está sujeito ao maior risco na empresa.
Com todas as análises qualitativas e quantitativa realizada, observa-se que a
quantificação numérica pode ser válida para efeito de lei, porém nem sempre a mesma
pode refletir a realidade. Todas as análises quantitativas mostram que os
trabalhadores não estão sujeitos a situações insalubres. A análise não pode se pautar
simplesmente se a situação enseja um aumento do salário ou não, porém deve-se
considerar se os resultados realmente são válidos no sentido dos trabalhadores
possam não obter danos à saúde pelo exercício de determinadas funções naquela
situação. Um exemplo desta situação poderia ser evidenciado se a análise levasse
em consideração o fator idade. Na UBS analisada, existem trabalhadores nas diversas
faixas etárias e, mesmo não sendo explicitado em nenhuma norma, não é plausível
dizer que os agentes podem causar os mesmos efeitos nos trabalhadores mais jovens
(faixa de 20 anos) e nos trabalhadores mais idosos (faixa de 50 anos). Esse tipo de
situação fica ainda mais complexo se levado em consideração o mercado de trabalho.
Caso os riscos fossem analisados estritamente em cada trabalhador levando em
consideração suas características como idade, sexo, peso, estatura, problemas de
saúde, etc, talvez as empresas se interessassem apenas por trabalhadores com
características que mostrassem um índice menor de ação dos riscos nos mesmos.
Vale ressaltar que um fator determinante no quesito ao impacto da saúde dos
trabalhadores levando em consideração a aplicação das normas regulamentadoras é
a desatualização das mesmas. A norma regulamentadora de número 15 (NR-15), ao
qual se diz respeito a atividades e operações insalubres é datada de 1978, enquanto
seu anexo que trata da questão de poeiras minerais (Anexo XII) tem sua última
modificação datada de 1991, ou seja, existe uma enorme discrepância do
acompanhamento da norma em relação as atualizações científicas sobre os temas
tratados na mesma, o que pode ser observado claramente pela análise realizada in
107
9 REFERÊNCIAS
ANSI. ANSI/ASA S 12.6: Methods for measuring the real-ear attenuation of hearing
protectors. Disponível em: <
https://webstore.ansi.org/Standards/ASA/ANSIASAS122016?source=blog>. 2016.
Acesso em: 01/11/2019.
ASA. Amostradores. Tubo de carvão ativado 50/100mg, [s. l.], 2019. Disponível em:
https://www.asainstrumento.com.br/seguranca-do-trabalho/bombas-de-
amostragem/amostradores/226-01-tubo-de-carvao-ativado-50100mg. Acesso em: 12
set. 2019.
CALIXTO, A. Vibração, som e luz: conceitos fundamentais. [S. l.: s. n.], 2013.
Disponível em:<www.ergonomia.ufpr.br/RuidosVibeIlumCalixto.doc>. Acesso em: 22
maio 2019.
CRIFFER. Amostragem de gases, vapores e poeirias. LF-500 Kit de baixa vazão, [s.
l.], 2020. Disponível em: https://www.criffer.com.br/amostragem-de-gases-vapores-e-
poeiras/acessorios/lf-500-kit-de-baixa-vazao. Acesso em: 21 jun. 2020.
DINIZ, R.C et al. Análise das medidas de controle de riscos químicos: Estudo de caso
em um laboratório de análise de água. XXXVI Encontro Nacional de Engenharia de
Produção, João Pessoa, 2016. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_229_339_29914.pdf>. Acesso em: 22
maio 2019.
GANIME, J.F et al. O ruído como um dos riscos ocupacionais: uma revisão de
literatura. Enfermería Global, [S. l.], ed. 19, 2010. Disponível em:
<http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n19/pt_revision1.pdf>. Acesso em: 14 maio 2019.
113
KLEIN, L. Espaço confinado: o que está faltando ?. Revista Proteção, [S. l.], p. 40-
50, 1 fev. 2015.
MANGAS, R.M; GÓMEZ, C.; COSTA, S.M. Acidentes de trabalho fatais e desproteção
social na indústria da construção civil do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Saúde
Ocupacional, São Paulo, v. 33, n. 118, 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572008000200006.
Acesso em: 27 jun. 2019.
APÊNDICE
118
APÊNDICE A
RESULTADOS DETALHADOS DAS ANÁLISES DE RISCO COM RELAÇÃO À
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
119
O setor armazéns 1/2 possui dois GHE, um para o conferente e outro para os
operadores de empilhadeira.
De acordo com o quadro 4, o trabalhador situado nesse GHE está exposto aos
seguintes riscos: Ruído; calor; sílica livre cristalizada (Poeira respirável) e sílica livre
cristalizada (Poeira total).
10.1.1.1 Ruído
80 dB 85 dB 3
120
(Conclusão)
Dados da dosimetria
18/03/2019 08h00min
08h34min 17h30min
01h56min 07h00min
1 segundo Slow
89,7 dB(A)
72,7 dB(A)
Protetor auricular (CA 14235 / NRRsf 21 dB) - Valor com atenuação
68,7 dB(A)
10.1.1.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑚
𝑀1 =170,2493 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒 2 )
ℎ ℎ
e
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀2 =275,1504 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑑𝑒 𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
̅ =205,516 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 16 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para o conferente no armazém 1/2
Temperatura de globo [º𝑪]
25,3 25,3 25,3 25,3 25,3
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
20,1 20,1 20,1 20,1 20,1
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =21,66 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =21,66 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =28,5 º𝐶
𝐿. 𝑇 =4 𝑚𝑔/𝑚³
𝐿. 𝑇 =8 𝑚𝑔/𝑚³
10.1.2.1 Ruído
10.1.2.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀 = 278,5898 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠 𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠 (𝑆𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜))
ℎ
̅ =278,5898 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 21 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para o operador de empilhadeira
no armazém 1/2
Temperatura de globo [º𝑪]
25,3 25,3 25,3 25,3 25,3
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
20,1 20,1 20,1 20,1 20,1
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =21,66 º𝐶
127
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =21,66 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =27,5 º𝐶
O setor armazéns 3/4 possui três GHE, um para o conferente, outro para os
operadores de empilhadeira e mais um para o operador de empilhadeira I.
De acordo com o quadro 4, o trabalhador situado nesse GHE está exposto aos
seguintes riscos: Ruído; calor; sílica livre cristalizada (Poeira respirável) e sílica livre
cristalizada (Poeira total).
10.2.1.1 Ruído
80 dB 85 dB 3
Dados da dosimetria
19/03/2019 08h00min
08h55min 17h45min
01hh32min 07h18min
130
Dados da dosimetria
1 segundo Slow
82,5 dB(A)
Protetor auricular (CA 17664 / NRRsf 17 dB) - Valor com atenuação NEN
65,4 dB(A)
Protetor auricular (CA 14235 / NRRsf 21 dB) - Valor com atenuação NEN: 68,7 dB(A)
61,5 dB(A)
Fonte: Autoria própria
10.2.1.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑚
𝑀1 =170,2493 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒 2 )
ℎ ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀2 =275,1504 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑑𝑒 𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
̅ =205,516 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 24 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para o conferente no armazém 3/4
Temperatura de globo [º𝑪]
28,5 28,5 28,5 28,5 28,5
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
21,4 21,4 21,4 21,4 21,4
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =28,5 º𝐶
𝐿. 𝑇 =4 𝑚𝑔/𝑚³
𝐿. 𝑇 =8 𝑚𝑔/𝑚³
135
10.2.2.1 Ruído
10.2.2.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀 = 278,5898 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠 𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠 (𝑆𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜))
ℎ
̅ =278,5898 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 29 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para o operador de empilhadeira
no armazém 3/4
Temperatura de globo [º𝑪]
28,5 28,5 28,5 28,5 28,5
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
21,4 21,4 21,4 21,4 21,4
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =27,5 º𝐶
De acordo com o quadro 4, o trabalhador situado nesse GHE está exposto aos
seguintes riscos: Ruído; calor; eletricidade; fosfina; sílica livre cristalizada (Poeira
respirável); sílica livre cristalizada (Poeira total) e vibração de corpo inteiro.
10.2.3.1 Ruído
não é superior ao nível de ruído das demais atividades do trabalhador, aos quais são
semelhantes aos outros GHE deste mesmo setor. Verificou-se, também, que os
trabalhadores utilizam os mesmos equipamentos de proteção individual para a
amenização do ruído. Sendo assim, a análise quantitativa de ruído explicitada na
seção 7.6.2.1.1 é válida para este GHE.
10.2.3.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀1 =278,5898 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠 𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠 (𝑆𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜))
ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀2 =239,8968 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀3 =300,0859 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑢𝑥𝑎𝑟 𝑜𝑢 𝑒𝑚𝑝𝑢𝑟𝑟𝑎𝑟)
ℎ
̅ =274,29 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 31 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para o operador de empilhadeira I
no armazém 3/4
Temperatura de globo [º𝑪]
28,5 28,5 28,5 28,5 28,5
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
21,4 21,4 21,4 21,4 21,4
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺1 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺2 =23,53 º𝐶
141
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺3 =25,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =24,03 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =27,5 º𝐶
10.2.3.3 Eletricidade
10.2.3.4 Fosfina
𝐹𝑜𝑠𝑓𝑖𝑛𝑎=0,00071 𝑝𝑝𝑚
𝐿. 𝑇 =0,5 𝑝𝑝𝑚
143
10.3 Classificação
De acordo com o quadro 4, o trabalhador situado nesse GHE está exposto aos
seguintes riscos: Ruído e calor.
10.3.1.1 Ruído
80 dB 85 dB 3
Dados da dosimetria
18/03/2019 08h00min
08h08min 17h40min
02h11min 07h20min
1 segundo Slow
77,5 dB(A)
145
Dados da dosimetria
60,5 dB(A)
56,5 dB(A)
ruído quanto para o nível de ação, sendo assim, de acordo com a seção 5.4.1, não há
a concessão do adicional de insalubridade de 20% do salário mínimo da região por
ação do ruído.
10.3.1.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀1 =208,9423 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀2 =448,8391 (𝑆𝑢𝑏𝑖𝑛𝑑𝑜𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑠𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎)
ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀3 =239,8968 (𝐷𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑠𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎)
ℎ
̅ =231,5132 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
de pesagem e coleta são realizadas ao ar livre, sofrendo ação direta da carga solar.
Sendo assim, os valores das temperaturas obtidas tanto para os locais sem carga
solar direta quanto para os locais com carga solar direta estão representados nas
tabelas 34 e 35, respectivamente:
Tabela 34 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para o classificador de cereais em
locais internos
Temperatura de globo [º𝑪]
24,9 25,0 24,9 24,9 24,9
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
20,0 20,1 20,0 20,0 20,0
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺1 =21,49 º𝐶
Tabela 35 – Temperatura de globo, de bulbo úmido natural e de bulbo seco obtida para o classificador
de cereais em atividades ao ar livre
Temperatura de globo [º𝑪]
24,9 25,0 24,9 24,9 24,9
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
20,0 20,1 20,0 20,0 20,0
Temperatura de bulbo seco [º𝑪]
28,5 28,5 28,4 28,4 28,4
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺2 = 24,76 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =22,03 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =28,5 º𝐶
10.4 Expurgo
10.5.1.1 Ruído
80 dB 85 dB 3
Dados da dosimetria
18/03/2019 08h00min
08h24min 17h37min
01h49min 07h34min
1 segundo Slow
95,6 dB(A)
Protetor auricular (CA 17664 / NRRsf 17 dB) - Valor com atenuação NEN
78,6 dB(A)
150
(Conclusão)
Protetor auricular (CA 14235 / NRRsf 21 dB) - Valor com atenuação NEN
74,6 dB(A)
Fonte: Autoria própria
10.5.1.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀1 =239,8968 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑚
𝑀2 =170,2493 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒 2 )
ℎ ℎ
Por meio de questionário com o responsável pelo setor, o mesmo informou que
na hora de maior stress térmico os trabalhadores realizam 50 minutos a atividade de
ensacamento de grãos e 10 minutos a atividade de vistoria, sendo assim, utilizando a
̅ é de:
equação 12, a taxa metabólica média ponderada no tempo 𝑀
̅ =228,28 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 37 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para a linha de produção 1/2
Temperatura de globo [º𝑪]
28,6 28,6 28,6 28,6 28,6
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
21,4 21,4 21,4 21,4 21,4
Fonte: Autoria própria
152
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,56 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,56 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =28,5 º𝐶
𝐿. 𝑇 =4 𝑚𝑔/𝑚³
como foi o utilizado o termohigrômetro, modelo HK-T240, marca Hikari para a coleta
da temperatura e umidade, parâmetros requisitados pelo laboratório de análises.
Os parâmetros de coleta adotados estão apresentados na tabela 40.
𝐿. 𝑇 =8 𝑚𝑔/𝑚³
10.6.1.1 Ruído
80 dB 85 dB 3
Dados da dosimetria
18/03/2019 08h00min
08h28min 17h32min
01h45min 07h19min
156
1 segundo Slow
93,1 dB(A)
76,1 dB(A)
72,1 dB(A)
Fonte: Autoria própria
10.6.1.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀1 =239,8968 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑚
𝑀2 =170,2493 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒 2 )
ℎ ℎ
Por meio de questionário com o responsável pelo setor, o mesmo informou que
na hora de maior stress térmico os trabalhadores realizam 50 minutos a atividade de
ensacamento de grãos e 10 minutos a atividade de vistoria, sendo assim, utilizando a
̅ é de:
equação 12, a taxa metabólica média ponderada no tempo 𝑀
̅ =228,28 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 43 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para a linha de produção 3/4
Temperatura de globo [º𝑪]
28,5 28,5 28,5 28,5 28,5
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
21,4 21,4 21,4 21,4 21,4
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,53 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =28,5 º𝐶
𝐿. 𝑇 =4 𝑚𝑔/𝑚³
𝐿. 𝑇 =8 𝑚𝑔/𝑚³
10.7.1.1 Ruído
80 dB 85 dB 3
Dados da dosimetria
20/03/2019 08h00min
09h30min 17h59min
02h24min 06h05min
162
1 segundo Slow
93,3 dB(A)
76,3 dB(A)
Protetor auricular (CA 14235 / NRRsf 21 dB) - Valor com atenuação
72,3 dB(A)
Fonte: Autoria própria
10.7.1.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑚
𝑀2 =170,2493 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒 2 )
ℎ ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀2 = 425,6233 (Trabalho de carregar pesos com os braços )
ℎ
̅ =212,81 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 49 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para atividade de monitoramento
na moega 19/22
Temperatura de globo [º𝑪]
26,7 26,7 26,7 26,7 26,7
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
21,4 21,4 21,4 21,4 21,4
Fonte: Autoria própria
Tabela 50 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida para atividade de abastecimento
do secador na moega 19/22
Temperatura de globo [º𝑪]
36,4 36,4 36,4 36,4 36,4
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
25,0 25,0 25,0 25,0 25,0
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺1 =22,99 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺2 =28,42 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =23,22 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =28,5 º𝐶
𝐿. 𝑇 =4 𝑚𝑔/𝑚³
𝐿. 𝑇 =8 𝑚𝑔/𝑚³
10.8.1.1 Ruído
80 dB 85 dB 3
Dados da dosimetria
20/03/2019 08h00min
09h09min 18h00min
02h41min 06h10min
1 segundo Slow
Dados da dosimetria
87,3 dB(A)
70,3 dB(A)
66,3 dB(A)
Fonte: Autoria própria
10.8.1.2 Calor
𝑘𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑚
𝑀1 =170,2493 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒 2 )
ℎ ℎ
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀2 =185,7265 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
170
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑀3 =239,8968 (𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ 𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠)
ℎ
̅ =184,4367 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝑀
Tabela 56 – Temperatura de globo e de bulbo úmido natural obtida no setor tratamento de sementes
Temperatura de globo [º𝑪]
26,2 26,2 26,2 26,2 26,2
Temperatura de bulbo úmido natural [º𝑪]
21,0 21,0 21,0 21,0 21,1
Fonte: Autoria própria
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =22,57 º𝐶
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 =22,57 º𝐶
171
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 =30,0 º𝐶
ANEXO
174
ANEXO A
2 – Condições Ambientais
3 – Padrões Utilizados
4 – Procedimento de Calibração
Método de Comparação direta com três ciclos de medições de acordo com procedimento DT-LC-PC-001. Edição
01 Revisão 03.
5 – Resultado
2 – Condições Ambientais
3 – Padrões Utilizados
4 – Procedimento de Calibração
Método de Comparação direta com três ciclos de medições de acordo com procedimento DT-LC-PC-001. Edição
01 Revisão 03.
5 – Resultado
2 – Condições Ambientais
3 – Padrões Utilizados
4 – Procedimento de Calibração
Método de Comparação direta com três ciclos de medições de acordo com procedimento DT-LC-PC-042. Edição
01 Revisão 03
5 – Resultado