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FAETEC – FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ADOLPHO BLOCH

DISCIPLINA: SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE PROF:. JEANNE MARQUES

A SEGURANÇA DO TRABALHO
1 - INTRODUÇÃO
A Segurança do Trabalho corresponde ao conjunto de ciências e tecnologias
que tem por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando
minimizar e/ou evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
Vantagens de investir na segurança do trabalho
Quando a prevenção ao acidente se torna prioridade, as pessoas se sentem
mais motivadas e valorizadas aumentando sua produtividade;
Melhoria na relação entre empregados e empregadores. Quando o funcionário
percebe melhorias no ambiente de trabalho passa a confiar mais e a ter mais carinho e
respeito com a direção da empresa. E o resultado certamente aparecerá na
produtividade e na melhor qualidade dos serviços prestados pelos funcionários.
Os ganhos das empresas com a segurança do trabalho são muitos, entre eles
estão a economia com gastos com acidentes, como por exemplo:

 transporte do acidentado;
 o afastamento causado por doenças ocupacionais;
 contratação de mão de obra temporária ou permanente para ocupar o lugar
deixado pelo trabalhador acidentado;
 no caso de acidente com maquinários, é comum que se tenham prejuízo com a
danificação de produtos ou da própria máquina;
 gastos com a reabilitação do trabalhador - Um funcionário que sofreu acidente
pode não ter uma volta simples e é provável que leve um tempo para se
readaptar e retomar a sua capacidade produtiva habitual. Nesse período ele
estará protegido pela Lei de nº 8.213/91, art. 118, com estabilidade de um ano.
 gastos com indenizações e com ações na justiça trabalhista civil;
 a imagem da empresa fica mal vista no mercado.

1.1 - FATOS HISTÓRICOS DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES


1770 a 1830 - Ocorre na Inglaterra, a Revolução Industrial. Ocorrência de
inúmeros acidentes: lnexistência de limites de horas de trabalho, sendo a jornada de
trabalho no mínimo de 14 a 16 horas diárias; máquinas sem proteção; a ventilação era
precaríssima nos locais de trabalho; o ruído provocado pelas máquinas primitivas atingia
limites altíssimos, local sujo, etc
1802 - Em função das más condições de trabalho, o parlamento inglês criou uma
comissão de inquérito que foi responsável pela criação da primeira lei de proteção aos
trabalhadores: a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o limite
de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava os
empregadores a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano, e tornava
obrigatória a ventilação destas.
Esta lei não teve a eficiência esperada devido a forte oposição dos
empregadores

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1833 –Foi instituída, na Inglaterra, a primeira lei realmente eficiente no campo


da segurança e saúde no trabalho chamada de “Leis das Fábricas” (Factory Act).
Principais pontos: Proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos,
restringindo sua carga horária para 12 horas diárias e 69 semanais; Para menores entre
9 e 13 anos, a jornada de trabalho diária passou a ser de 9 horas; A idade mínima para
o trabalho era de 9 anos, sendo necessário um médico atestar que o desenvolvimento
físico da criança correspondia à sua idade cronológica. As fábricas precisavam ter,
ainda, escolas freqüentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos.
1919 - Criação da OIT - Organização Internacional do Trabalho, que teve como
objetivo fazer recomendações buscando a solução de problemas relacionados com o
trabalho, devido aos altos índices de ACIDENTES DO TRABALHO
1948 - Criação da OMS - Organização Mundial da Saúde. Estabelece-se o
conceito de que a “saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente
a ausência de afecções ou enfermidades” e que “o gozo do grau máximo de saúde que
se pode alcançar é um dos direitos fundamentais de todo ser humano..”
Histórico no Brasil
A legislação sobre Segurança, Higiene e Saúde do Trabalhado no Brasil
relativamente nova.
Em 1941 – Criação da Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes –
ABPA. Fundada por alguns empresários no Rio de Janeiro, com o objetivo de divulgar
e promover a prevenção de acidentes.
Em 1943 - Criação da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
O Capítulo V, do Título II da CLT contém toda a legislação trabalhista relativa à
Segurança e à Medicina para os empregados em empresas públicas e privadas, regidas
por esse estatuto.
Em 1972 – Embora as Leis sobre Higiene e Segurança do Trabalho tenham
surgido com a criação da CLT, o Brasil se tornou campeão em Acidentes do
Trabalho. A partir daí, começaram a se intensificar diversas medidas para reversão
deste quadro, tendo em vista o avanço tecnológicos e o desconhecimento dos operários
não treinados para o manuseio das referidas máquinas.
Em 1972 - Criação obrigatória dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) pelas empresas. Fazem parte do
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT) os seguintes profissionais: Médico do Trabalho; Engenheiro de Segurança do
Trabalho; Enfermeiro do Trabalho; Técnico de Segurança do Trabalho; Auxiliar de
Enfermagem do Trabalho.
Em 1978 - Aprovação das Normas Regulamentadoras através da Portaria
nº 3.214 de 08 de junho de 1978.

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2 - O INSS E A PREVIDÊNCIA SOCIAL


O Instituto Nacional do Seguro Social (o INSS) é uma autarquia gerenciada e
pertencente ao Ministério da Economia, cujo ministro responsável atualmente,
durante o Governo Bolsonaro, é o Paulo Guedes.
Já a Previdência Social é como um seguro que é gerenciado e administrado
pelo INSS.
O INSS foi criado em 1990 e tinha por objetivo principal assegurar os direitos dos
cidadãos que eram amparados pela Previdência Social.
Funciona basicamente como um seguro social, onde o órgão regulamentador
e fiscalizador é o INSS.

Então, se o cidadão contribuiu com a Previdência Social, se torna um segurado,


e o INSS tem a obrigação de executar com os pagamentos das aposentadorias ou
benefícios de acordo com cada caso.

Mesmo sendo um sistema público, para que o cidadão esteja segurado e,


posteriormente tenha direitos sociais, é necessário que seja feita a contribuição, que é
conhecida por Guia Previdência Social, a GPS.

Os benefícios garantidos atualmente através da contribuição, são:

 Auxílio doença
 Auxílio reclusão
 Pensão por morte (cônjuge e dependentes até 21 anos)
 Aposentadoria (idade, contribuição e por invalidez)
 Salário família (até 14 anos de idade)
 Auxílio acidente

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 01 – Para melhor entendimento sobre a história da


segurança do trabalho no mundo e no Brasil assista o vídeo Ver o vídeo intitulado
como “ A incrível história da segurança do trabalho” através do link:
https://www.youtube.com/watch?v=t4JcQPDQ7bM e responda ao questionário
abaixo:
a) Qual a importância do ano de 1891 para a Segurança do Trabalho?
b) Quando surgiu a OIT? O que é OIT?
c) O que é CLT? O que trata o capítulo V da CLT?
d) Em 1966, foi criada a Fundacentro. O que é a Fundacentro e como ela atua no
campo da Segurança do Trabalho? (pesquisar na internet)
e) O que ocorreu em 1978? Quantas normas foram criadas?
f) Em 1983, qual foi a alteração que ocorreu nas normas regulamentadoras?
g) Em 1990, a NR-4 foi atualizada e quais profissionais passaram a compor o
SESMT? O que é SESMT?
h) Diante de tais informações, como você definiria a importância da Segurança do
Trabalho?

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3 – ACIDENTE DE TRABALHO
Conceito Legal - É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da
empresa ou do empregador doméstico, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional, resultando a morte, a perda ou a redução, permanente ou temporária da
capacidade para o trabalho (Art 19 da Lei 8213/91 - Dispões sobre os Planos de
Benefícios da Previdência Social).

3.1 - INCIDENTE ( QUASE ACIDENTE)


É um acontecimento não desejado que em circunstâncias ligeiramente
diferentes, poderia resultar em lesões à pessoa, danos à propriedade ou perda no
processo ou ao meio ambiente.
Exemplo: A queda de material de uma ponte rolante, sem atingir os
trabalhadores, é caracterizada de incidente.
OBSERVAÇÃO: Se o material tivesse atingido os trabalhadores seria considerado
acidente.
Na realidade, os incidentes sinalizam que algo está errado. O não
tratamento desses sinais compromete o sistema, deixando-o vulnerável à ocorrência de
acidentes.

3.2 - TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO

3.2.1 ACIDENTE TÍPICO - É aquele que é sofrido pelo empregado no


desempenho de suas tarefas habituais, no ambiente de trabalho ou fora deste quando
estiver a serviço de empregador.
Exemplo 1: A faxineira escorregou no corredor da empresa quando estava indo
para o refeitório almoçar.
Exemplo 2: O lixeiro foi atropelado quando limpava a calçada.
3.2.2. - ACIDENTE DE TRAJETO OU DE PERCURSO - De acordo com o art.
21, inciso IV, letra “d”, da Lei nº 8.213/91, são equiparados aos acidentes de trabalho,
aqueles ocorridos fora do local de trabalho, “no percurso da residência para o local
de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive em veículo de propriedade do segurado”.
O meio de locomoção pode ser por veículo próprio, transporte público ou fretado
pelo empregador, bicicleta ou até mesmo a pé.
Exemplo: João estava indo para o trabalho de ônibus. Seu ônibus se chocou
com outro ônibus, causando um acidente. João caiu no ônibus e se machucou.

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Para que se caracterize o acidente de trajeto, em regra, conforme entendimento


jurisprudencial acerca do tema, o trabalhador deve estar no seu trajeto normal, ou seja,
no caminho habitualmente percorrido para ir ao trabalho.
Além disso, deve ser observado o tempo normalmente gasto no percurso, isto é,
o tempo utilizado deve ser compatível com a distância percorrida.
Vale observar que existem jurisprudências que reconhecem a escola, se
frequentada habitualmente pelo empregado antes ou após o trabalho, como sendo a
casa do trabalhador. Dessa forma, o acidente ocorrido no percurso entre a escola e o
trabalho tem sido reconhecido também como acidente de trajeto.

3.2.3 DOENÇA PROFISSIONAL - Doença produzida ou desencadeada pelo


exercício do trabalho peculiar (especifico) a determinada atividade e constante em
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Também chamada de doença ocupacional
Em suma, a doença profissional é aquela adquirida em consequência do
exercício do trabalho de uma determinada função ou profissão, ou seja, está
relacionada diretamente com a atividade que o profissional exerce. Ela acontece
em decorrência a contínua exposição do trabalhador aos chamados agentes de risco,
que podem ser: físicos, químicos e outros. Esses agentes são responsáveis por
desencadear ou agravar doenças no organismo do trabalhador.
Exemplos:
Um trabalhador que trabalhe numa cerâmica onde é utilizada a sílica, vindo a
adquirir silicose, bastará comprovar que trabalhou na cerâmica, para ficar comprovada
a doença profissional, dispensando qualquer tipo de outra prova.
Uma pessoa que trabalha com digitação e desenvolve problemas e dores no
antebraço devido ao movimento repetitivo exigido pela ocupação se enquadra na
doença profissional. Isso porque não há uma forma alternativa de realizar a função de
digitador ou usar um equipamento de proteção. A doença acontece devido ao tipo de
trabalho desenvolvido.

3.2.4 DOENÇA DO TRABALHO – Doença adquirida ou desencadeada em


função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, ou seja, o trabalho não é a causa da doença mas influencia diretamente
na causa.

A Doença do Trabalho, diferentemente da ocupacional, não é ocasionada pela


função do trabalhador ou por seus instrumentos de trabalho em si, mas sim por algum
agente do qual ele esteja exposto em seu ambiente de trabalho, ou seja, são
resultado das condições especiais de um ambiente profissional. Os riscos
ambientais a que o trabalhador fica exposto durante seu trabalho, juntamente com sua
predisposição (sensibilidade individual), determinam a quebra da resistência orgânica
fazendo eclodir ou agravar certas doenças.

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Esse grupo de doenças não são reconhecidas pela Previdência Social, por não
possuírem um agente causador comum. Isso quer dizer que, exige a comprovação do
nexo causal, ou seja, o trabalhador deverá comprovar que o desencadeamento ou
agravamento da doença está relacionado com o trabalho.

Exemplo1: Trabalhadores que possuem a audição danificada pela exposição


constante à ruídos no ambiente de trabalho ou de pedreiros que desenvolvem câncer
de pele devido á constante exposição ao sol.

Exemplo 2: A tuberculose poderá ser “doença do trabalho” com relação àquele


segurado que comprovar tê-la adquirido no exercício do trabalho em uma câmara
frigorífica.

De acordo com art. 21 da Lei 8.213/91, equiparam-se também ao acidente


do trabalho, para efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para
a sua recuperação;

Exemplo: João tem rinite alérgica e foi trabalhar num frigorífico.

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em


conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou


companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade;

Exemplo: Encanador foi desentupir uma tubulação que havia ratos. Adquiriu
leptospirose.

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de


trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da


empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;

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c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por


esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade
do segurado;

§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da


satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante
este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

De acordo com o § 1º do Art. 20, não são consideradas como doença do


trabalho:

a) a doença degenerativa - são as que modificam o comportamento da célula,


causando uma gradual lesão do tecido de caráter irreversível e evolutivo. Ex: câncer,
diabetes, esclerose múltipla, osteoartrose, osteoporose, degeneração dos discos
vertebrais, hipertensão arterial, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, etc

b) a inerente a grupo etário – São as doenças ligadas ao grupo etário têm


necessariamente a idade como fato gerador da enfermidade. Sua causa não decorre
das atividades exercidas, e sim da própria idade. Como exemplos dessa doença,
podemos citar a presbiacusia (que é a perda da acuidade auditiva iniciada a partir dos
30 anos, resultante da degenerescência das células sensoriais), a catarata, doenças
reumáticas, Alzheimer, entre outras.

c) a que não produza incapacidade laborativa - Enfermidades que não


ensejam a perda da capacidade laboral, como simples queda ou até mesmo um
pequeno corte.

d) a doença endêmica - Adquirida por segurado habitante de região em que ela


se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho. Exs: surto de sarampo, a malária; Leishmaniose;
Esquistossomose; Febre Amarela; dengue, Tracoma; Doença de Chagas; Hanseníase,
Tuberculose; Cólera

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 02 - Classifique como acidente comum,


acidente típico, acidente de percurso, doença profissional ou doença do trabalho
1 - Um operador de máquinas que trabalha na linha operacional de uma indústria
e executa suas tarefas em um local em que há muito barulho e ruído.

2 – No exame médico do soldador, o médico detectou que ele estava com


catarata devido ao seu trabalho.

3 - Maria rotineiramente sai do trabalho e no caminho de sua casa costuma parar


numa padaria para comprar o pão e o leite. Após a compra diária, ela segue para sua
residência. Na saída dessa padaria, ela escorregou e caiu, torcendo o tornozelo..

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4 – Palestrante foi dar um treinamento em uma filial da empresa em outro estado.


No retorno para o trabalho, bateu com o carro.

5 – Alguns pedreiros que estavam trabalhando numa obra tiveram dermatose


ocupacional.

6 - Trabalhador acabou de almoçar no refeitório da empresa e resolveu jogar


futebol com os colegas de trabalho quando torceu o pé.

7 - O empregado sai do trabalho para casa, mas antes resolve ir ao


shopping. Sofre um acidente.

8 – A faxineira saiu na hora do almoço para comprar um presente e foi


atropelada.

9 – Trabalhador saiu do seu turno de trabalho e foi para a academia da empresa.


O peso caiu no seu pé, quebrando seu dedo.

10 – A recepcionista de um hospital foi agredida por um paciente.

11 – A enfermeira de um hospital foi diagnosticada com o Covid-19

12 - Marcelo, diariamente, antes de ir para o trabalho, ele deixa seu filho na


escola. Na volta do trabalho, pega seu filho na escola e vai para a casa. Ele sofreu um
acidente quando estiver indo pegar seu filho na escola.
13 – Trabalhador labora numa fábrica de telhas de amianto. Foi diagnosticado
com asbestose pelo médico do trabalho.

14 - Mecânico que desenvolve dermatose pelo constante contato com óleo


mecânico e com graxa.

15 - Um trabalhador de escritório que desenvolve LER (Lesão por Esforço


Repetitivo) devido ao constante uso do teclado do computador.

16 – Um orientador de aeronaves teve perda auditiva no exame audiométrico.

4 – CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

As causas dos acidentes de trabalho são: ato inseguro, condição insegura e fator
pessoal de insegurança.

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4.1 - ATO INSEGURO


“É toda falha humana que favorece a ocorrência de acidentes”. É o ato praticado
pelo homem (em geral consciente do que está fazendo) na execução do seu trabalho,
contrário as normas de segurança, se colocando em risco.

Exemplos:

 A inutilização do uso de proteções individuais;


 A inutilização de equipamentos de segurança;
 O emprego incorreto de ferramentas ou o emprego de ferramentas com defeito
pelo trabalhador;
 A permanência debaixo de carga suspensa do trabalhador;
 As correrias em escadarias e em outros locais perigosos pelo trabalhador.

O ato inseguro pode ser por negligência, imprudência ou imperícia por parte do
empregado. Em algumas situações, pode haver negligência por parte do empregador.

4.1.1 NEGLIGÊNCIA
Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era
esperada para a situação. É um ato omissivo, no qual, o agente deixa de realizar um
dever ou obrigação, por agir com indiferença, desleixo (falta de cuidado) ou falta
de atenção, exigido pela situação, não tomando as devidas precauções
Exemplo: O Médico esqueceu uma ferramenta de cirurgia no interior do paciente.

Figura 01 – Objeto estranho dentro do paciente


O médico foi negligente, pois tem o dever de fazer seu trabalho com atenção.
Um corpo estranho causa infecções que podem levar a morte do paciente. Um erro
médico é considerado um ato ilegal (crime).

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4.1.2 IMPRUDÊNCIA
É o ato de agir perigosamente, sem cuidados, com falta de precaução, consiste
na violação de regras ou leis, não ponderando os riscos, se arriscando de alguma
forma ou expondo outrem ao perigo. Na imprudência, a pessoa age de forma
precipitada e sem cautela, tomando uma atitude consciente e diversa da esperada.
Exemplo: O piloto da motocicleta age perigosamente ao transitar pelas vias públicas
conversando ao celular sem o uso do capacete e com sobrecarga de pessoas na
garupa.

Figura 02 – Motociclista imprudente

O piloto tem consciência que está violando as normas de segurança de trânsito,


colocando em risco sua vida e de outrem, podendo causar um acidente.
4.1.3 IMPERÍCIA
É ato de agir sem a aptidão ou falta de qualificação técnica, teórica e prática
necessária para a realização de determinada atividade, ou ausência de
conhecimentos elementares e básicos da profissão.
Exemplo: Um menor de idade ou uma pessoa que não possui CNH (Carteira Nacional
de Habilitação) conduzir veículos e motocicletas.

Figura 03 – Menor dirigindo carro, sem conhecimento técnico

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O menor de idade não conhecimento técnico, pois não fez um curso que o
qualificasse para dirigir. A falta de conhecimento não o habilita a dirigir.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 03- Defina se o ato inseguro é uma negligência,


imprudência ou imperícia.
1) O médico que, ao invés de atender o paciente em estado emergencial, faz uma
parada na sala de café.
2) Uma pessoa dirige em alta velocidade em uma rua e ultrapassa o sinal vermelho, e
atropela uma pessoa.
3) O pintor utilizou uma cortadora de mármore sem nunca antes ter contato com a
mesma.
4) O motorista fica olhando o celular quando em movimento.
5) O empregado não cumpre as normas preventivas de segurança e saúde do trabalho.
6) Um motorista dirige em velocidade acima da permitida e ao ultrapassar na faixa
continua sofre uma colisão com uma carreta que vinha na outra faixa.
7) O empregado que realiza serviços em instalações elétricas, sem qualificação
obrigatória da norma regulamentadora nº 10 (Instalações elétricas)

8) Um pai de família que deixa uma arma carregada em local inseguro e/ou de fácil
acesso a crianças, podendo causar a morte de alguém.
9) Uma pessoa saiu para passear com a família de carro, mesmo sabendo que o mesmo
não está com os freios muito bons, e acontece uma batida por falta do freio e sua família
morre.
10) O empregado que exerce a função de motorista em uma determinada empresa, sem
possuir a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
11) Uma empresa petrolífera derramou óleo no mar.
12) Um médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e cause
deformidade em alguém.
13) O motorista que trafega com seu carro com pneus carecas.
14) Um paciente depressivo caiu da janela do 10º andar de um hospital e morreu. Não
se sabe se ele tentou fugir ou foi suicídio.

4.2 – CONDIÇÃO INSEGURA (CONDIÇÃO AMBIENTE DE INSEGURANÇA)


São situações existentes no ambiente de trabalho que podem vir a causar acidentes
ou contribuir para a sua ocorrência, ou seja, quando o ambiente de trabalho apresenta

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perigo ao empregado. A empresa deve utilizar todos os meios de prevenção para evitar
os acidentes.
Exemplos:

 Instalação elétrica aparente com fios desencapados ou com defeito;


 máquinas em estado precário de manutenção;
 andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados;
 Ventilação deficiente ou excessiva no ambiente de trabalho;
 Colaborador não recebeu treinamento.

4.3 - FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA

Refere-se às falhas inerentes à pessoa como tal ou como trabalhor, levando o


indivíduo a praticar ato inseguro e criar condições inseguras. Exemplos: São os
problemas pessoais do indivíduo, problema de saúde, falta de coordenação
motora, conflito familiar, dívidas, falta de interesse pela atividade desenvolvida,
falta de experiência, alcoolismo e uso de substâncias tóxicas, falta de atenção,
brincadeiras.

RESUMO: CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO


1) ATO INSEGURO
a) Negligência
b) Imprudência
c) Imperícia
2) CONDIÇÃO INSEGURA
3) FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 04 – Classifique os acidentes do trabalho


quanto às suas causas: ato inseguro, condição insegura ou fator pessoal de insegurança

a) O operador de empilhadeira colocou excesso de peso na mesma e ela tombou.

b) O excesso luz ofuscava e perturbava a visão dos trabalhadores no local de


trabalho.

c) O colaborador consumiu bebida alcoólica na hora do almoço e caiu do andaime.

d) Mecânicos trabalhavam no sol durante a reforma do galpão da manutenção.

e) O excesso de confiança levou a ocorrência do acidente.

f) O técnico de laboratório não utilizava luva ao manipular os produtos químicos.

g) Motorista não dormiu à noite e acabou batendo o carro.

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h) A obra era desorganizada e com grande quantidade de entulho.

i) O marceneiro retirou a coifa de proteção da serra circular.

j) Colaborador estava movimentando um andaime e distraidamente, o encostou


num fio de eletricidade.

5 - CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

As consequências dos acidentes do trabalho para e empresa e para o


acidentado, muitas vezes, são grandes. Podem haver:

5.1– DANOS MATERIAIS E FINANCEIROS

É o prejuízo decorrente de danos materiais ou outros ônus resultantes de


acidentes do trabalho. Uma empresa em que os funcionários são expostos aos
acidentes de trabalho constantes está sujeita a uma série de prejuízos:

a) Pagamento ao INSS de uma alíquota maior de acidentes - O nível de risco


verificado da empresa determinará o percentual a ser recolhido sobre a folha de
pagamento, para o INSS, com o fim de custeio das despesas decorrentes de acidente
de trabalho. Assim, verificado um número elevado de acidentes, a empresa estará
sujeita ao recolhimento com base em uma alíquota maior, ou seja, a empresa terá
um gasto maior com a alíquota de acidentes paga ao INSS. Se a empresa tem poucos
acidentes, pagará uma alíquota menor, se tem muitos acidentes, pagará uma alíquota
maior.

b) gastos com contratação de um substituto para o funcionário que se


acidentou.

c) pagamentos de indenização, calculada em juízo de acordo com o peso da


responsabilidade da empresa e extensão do acidente.

d) pagamento de assistência médica e medicamentos - situação em que o


empregado precisa de um rápido atendimento médico.

d) A imagem da empresa fica mal vista no mercado de trabalho – Muitas


vezes, a empresa perde a credibilidade, pois empresas que não cuidam dos seus
funcionários acabam perdendo clientes, já que, nos dias de hoje, a imagem
socioambiental da empresa é muito analisada na hora da contratação.

5.2 – PERDA DE TEMPO – Como sabemos, perda de tempo é dinheiro que a


empresa deixa de ganhar. Pode ocorrer:

a) a interdição de uma máquina, paralisação de um setor ou uma área em


decorrência de um acidente.

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b) os funcionários ficam parados a fim de que o funcionário acidentado seja


socorrido;

c) O afastamento temporário do empregado também é considerado perda de


tempo para a empresa, que arca com o salário de 15 dias do funcionário afastado, ou
seja, paga para um funcionário que não produz;

5.3– LESÕES PESSOAIS - É todo qualquer dano sofrido pelo organismo


humano, como consequência de acidente do trabalho. O principal prejudicado nos
acidentes no trabalho são os próprios acidentados, uma vez que precisam se submeter
a tratamentos médicos que, muitas vezes, podem ser demorados e desgastantes física
e psicologicamente.

5.3.1 - Lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem


perda de tempo): Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho
no dia imediato ao do acidente.

Ex: O trabalhador furou o dedo. Fez um curativo no dedo e retornou ao trabalho.

5.3.2 - Lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de


tempo): Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato
ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente ou temporária. As lesões
com afastamento podem ser por:

a) Incapacidade temporária total: Perda total da capacidade de trabalho de


que resulte um ou mais dias perdidos, excetuadas a morte, a incapacidade
permanente parcial e a incapacidade permanente total. Isto quer que, o trabalhador é
afastado de suas atividades por um tempo determinado, até que esteja em plena
capacidade laborativa; para retornar ao trabalho.

Ex: Trabalhador escorregou e quebrou a perna. Ficará afastado por 30 dias para
se recuperar e retornar ao trabalho.

b) Incapacidade permanente parcial: Redução parcial da capacidade de


trabalho, em caráter permanente, causada de perda de qualquer membro ou parte do
corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou qualquer redução
permanente de função orgânica.

Ex: Trabalhador teve que amputar uma das mãos. Apesar disso, o INSS entende
que ele tem a outra mão sadia e pode voltar a trabalhar, não estando permanentemente
incapacitado para o trabalho

c) Incapacidade permanente total: Perda total da capacidade de trabalho,


em caráter permanente, sem morte. Esta incapacidade corresponde à lesão que, não
provocando a morte, impossibilita o acidentado, permanentemente, de exercer
ocupação remunerada ou da qual decorre a perda ou a perda total do uso dos
seguintes elementos:

n Perda total da visão (ambos os olhos) ou da audição (ambos ouvidos);


n um olho e uma das mãos ou um olho e um pé;

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n ou ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.

c) Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida,


independentemente do tempo decorrido desde a lesão.

RESUMO: CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

1) DANOS MATERIAIS E FINANCEIROS


2) PERDA DE TEMPO
3) LESOES PESSOAIS

a) Lesão sem afastamento


b) Incapacidade temporácial total
c) Incapacidade permanente parcial
d) Incapacidade permanente total
e) Morte

CURIOSIDADE:

Consequências do acidente para o empregado e sua família


Se a incapacidade for temporária por até 15 dias, o empregado continua a
receber da empresa o mesmo salário que seria pago caso estivesse trabalhando.
Todavia, se superior a 15 dias, é necessário ser submetido a perícia médica para
comprovar a necessidade do auxílio-doença acidentário. Isso porque o empregado
deixa de receber o salário pago pelo empregador para fazer jus ao benefício
previdenciário.
Acontece que o auxílio é concedido por períodos determinados, obrigando o
trabalhador a se submeter a constantes perícias, a fim de se comprovar a possibilidade
(ou não) de retornar ao trabalho.
Se percebido o auxílio-doença acidentário, ao retornar ao trabalho o empregado
passa a ter estabilidade provisória. Isso significa que nos 12 meses seguintes ao retorno
ao trabalho ele não pode ser dispensado, salvo cometida falta grave. Essa proteção se
deve ao fato de que o acidentado demora um tempo para se adaptar às funções e,
assim, permanece um período menos produtivo do que o convencional.
No entanto, se constatada a incapacidade permanente total, ou seja, se o
trabalhador estiver incapacitado para o exercício de qualquer atividade laborativa, ele
fará jus à aposentadoria por invalidez.
No entanto, durante a percepção do auxílio-doença acidentário, o benefício
previdenciário corresponde a apenas 91% do salário de contribuição do trabalhador.
Logo, durante este período há uma diminuição da renda para sustento da família.
Nesse sentido, além de ter maiores gastos com remédios, o empregado e sua
família têm a renda mensal diminuída, provocando um desajuste negativo na sua
condição financeira.
Além disso, em muitos casos é preciso que um membro da família se dedique
aos cuidados com o enfermo, impedindo que mais uma pessoa exerça suas atividades
laborativas e, consequentemente, reduzindo ainda mais a renda familiar.
Dessa forma, as consequências do acidente para a família são tanto de desgaste
financeiro quanto de esgotamento emocional.

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Consequências para o governo


Como dito anteriormente, caberá ao governo arcar com o benefício
previdenciário do empregado que precisar se afastar por mais de 15 dias em razão do
acidente de trabalho, que será pago pelo INSS.
Além de ter que arcar com esse custo, ele precisa garantir a presença de
médicos nos postos do INSS para fazer constantes perícias nos acidentados, até se
certificar a possibilidade de retorno ao trabalho ou a incapacidade permanente.
Nesse sentido, verificada a incapacidade permanente total, caberá também ao
governo o pagamento da aposentadora por invalidez, no valor correspondente a 100%
do salário de benefício.
Isso significa arcar, mais cedo, com a aposentadoria de uma pessoa em idade
produtiva. Assim, o governo sofre com esse custo prematuro, mas também com a falta
de recolhimento previdenciário daquele que deveria estar laborando.
Dessa forma, são muitas e são graves as consequências do acidente de trabalho
para todos os envolvidos, razão pela qual o ideal é buscar medidas preventivas para
evitar a ocorrência, conscientizando todos os envolvidos, principalmente os
trabalhadores, sobre os riscos do acidente de trabalho.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 05 – Classifique os acidentes do trabalho


quanto às suas consequências: lesão sem afastamento, incapacidade temporácial total,
incapacidade permanente parcial, Incapacidade permanente total e morte

a) Trabalhador perdeu dois dedos do pé

b) Trabalhador fraturou o braço

c) Trabalhador teve um leve corte no dedo

d) Trabalhador teve perda do braço direito acima do cotovelo e da mão


esquerda.

e) Enfermeira furou o dedo na agulha

f) Trabalhador caiu do andaime e imobilizou o pé direito

g) O Trabalhador perdeu as duas mãos

h) Carpinteiro perdeu uma das mãos na serra circular

i) Trabalhador se acidentou e depois de duas semanas, ele foi a óbito.

6 - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - CAT

A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido ao


INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e obrigatória por lei, para reconhecer tanto
um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional.

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A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de


trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das
atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.

Em caso de ocorrência de acidente fatal, é obrigatória a adoção das seguintes


medidas:

 A CAT deve ser emitida imediatamente;

 Comunicar o acidente fatal, de imediato, à autoridade policial competente (sob


pena de multa aplicada e cobrada na forma do art. 286 do RPS, aprovado pelo
Dec 3048/99) e ao órgão regional do Ministério do Trabalho, que repassará
imediatamente ao sindicato da categoria profissional;

 Isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas


características até sua liberação pela autoridade policial competente e pelo
órgão regional do ministério do trabalho.

Suspeitando-se que o trabalhador é portador de alguma doença ocupacional ou


que o mesmo tenha sofrido algum tipo de acidente, a empresa é obrigada a emitir a CAT
e encaminhar o empregado ao INSS.

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará
sujeita à aplicação de multa (variável entre os limites mínimo e máximo do salário-de-
contribuição, por acidente que tenha deixado de comunicar nesse prazo), conforme
disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999 – Regulamento da Previdência
Social.

Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente,


a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do
Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito Federal
e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de
Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste
instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da
multa à empresa.

O Registro da CAT é feito de forma online no site do INSS, desde que


preenchidos todos os campos obrigatórios. O sistema também permite gerar o
formulário da CAT em branco para, em último caso, poderá ser feito em uma das
agências do INSS, sendo preenchido de forma manual.

A CAT deve ser preenchida em quatro vias:

1ª VIA – ao INSS;
2ª VIA – ao segurado ou dependente;
3ª VIA – ao sindicato dos trabalhadores;
4ª VIA – à empresa

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Compete ao emitente da CAT à responsabilidade pelo envio das vias dessa


Comunicação às pessoas e às entidades indicadas acima.

Importante ressaltar que senão houver a abertura da CAT, o acidentado não


recebe o benefício auxílio-doença acidentário pelo INSS.

OBSERVAÇÃO: Quando a incapacidade do trabalhador ultrapassar 15 dias, ele


deve ser encaminhado ao INSS.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 06 – Para melhor entendimento sobre a


emissão da CAT assista o vídeo intitulado como “ Emissão da CAT: tudo que você
precisa saber” através do link:

https://chcadvocacia.adv.br/blog/emissao-de-cat/ e responda ao questionário


abaixo:

a) O que é CAT?
b) Para que serve este documento?
c) Quando deve haver a emissão da CAT?
d) Qual a importância da emissão da CAT?
e) O que é o auxílio-doença acidentário?
f) Qual o prazo de emissão da CAT após a ocorrência do acidente?
g) E no caso de morte?
h) O que ocorre se a empresa não emitir a CAT no prazo legal?
i) E se a empresa entender que não deve emitir a CAT, ninguém mais poderá
comunicar o acidente ao INSS?
j) Como é preenchida a CAT?
k) Classifique e defina os tipos de CAT
l) O que é CID?

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MODELO DE CAT

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7 - INVESTIGAÇÃO DE UM ACIDENTE DE TRABALHO

Acidente de trabalho é um evento não usual, não esperado e não desejado que
pode causar: ferimentos às pessoas, danos ao meio ambiente, instalações e
equipamentos.
Quando ocorre um ferimento em uma pessoa, chamamos de acidente. Se não houver
ferimento ou a ocorrência de um dano, chamamos de incidente ou quase acidente.
Fato que, os acidentes acontecem em qualquer lugar, a qualquer hora e a
qualquer momento. Por isso, temos que estar focados no nosso trabalho, realizando-o
com atenção e seguindo as normas de segurança.
Quando ocorre um acidente é importante realizarmos uma investigação para
sabermos como e o porquê o acidente ocorreu.

Objetivos da investigação do acidente

- Identificar as causas raiz e contribuintes do acidente;


- Desenvolver recomendações para prevenir a ocorrência de acidentes similares
novamente.

Benefícios para a empresa

- Prevenir futuros acidentes e custos associados;


- Melhorar as condições de segurança na empresa;
- Detectar condições relatadas com o acidente que podem causar outros acidentes;
- Aumentar a conscientização de todos.

Para se realizar uma investigação do acidente, deve-se analisar alguns fatores:

7.1 - AGENTE DO ACIDENTE - Coisa, substância ou ambiente que, sendo


inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado o acidente, ou seja,
é a ação ou agente causador do acidente. Exemplos: ferro elétrico quente, quadro
elétrico energizado, Queda do martelo; serra circular;

7.2 - A NATUREZA DA LESÃO - É o tipo de lesão ocorrida. Exemplos:


Queimadura, corte, fratura, distenção, torção, escoriação,amputação, esmagamento.

7.3 - A LOCALIZAÇÃO DA LESÃO - É a sede da lesão,ou seja, é a parte do


corpo humano onde se localiza a lesão. Exemplos: Braço, cabeça, ouvido externo,
olhos, pescoço, braços, mãos, etc.

7.4 – TIPO DE ACIDENTE - Tipos de acidentes: típico, doença profissional e


doença do trabalho.

7.5 – CAUSAS DO ACIDENTE – Ato inseguro, condição insegura e fator


pessoal de insegurança.

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: Dois operários, João e Henrique, trabalhavam em


um andaime (sem proteção nas bordas) a 5 metros de altura. Eles não prenderam o
cinto de segurança no andaime. João pediu a Henrique que se afastasse um pouco para
que ele pudesse passar para o outro lado do andaime. Henrique recua, sem olhar para
trás, esquecendo-se momentaneamente que estava no andaime. Caiu e quebrou a
perna direita. Identifique:

• Ato inseguro: Eles não prenderam o cinto de segurança.


• Condição Insegura: Andaime sem proteção nas bordas
• Fator Pessoal de insegurança: Esquecimento
• Agente do acidente: Queda do andaime que estava sem as proteções laterais
• Natureza da lesão: Fratura
• Sede da lesão: perna direita
• Tipo de Acidente: Típico

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 07 – Leia o estudo de caso e responda:

Um empregado estava correndo para um estacionamento da Empresa na ânsia


de apanhar o ônibus e ir embora, escorregou sofrendo fratura do braço esquerdo.
Estava desatento e não percebeu que o chão do estacionamento estava molhado. Não
havia placa de sinalização no local.

• Ato inseguro:
• Condição Insegura:
• Fator Pessoal de insegurança:
• Agente do acidente:
• Natureza da lesão:
• Sede da lesão:
• Tipo de Acidente:

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8 - SESMT – SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E EM MEDICINA


DO TRABALHO (NR 4 – NORMA REGUAMENTADORA NO 4)

8.1 - Objetivo do SESMT: Promover a saúde e proteger a integridade do


trabalhador no local de trabalho.

8.2 – Constituição do SESMT: As empresas privadas e públicas, os órgãos


públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho.

A constituição do SESMT somente é obrigatória para empresas a partir de 50


empregados, o que não impede que as empresas tenham atitudes de prevenção de
acidentes, mesmo que não sejam obrigadas.

8.3 – Dimensionamento do SESMT:

O dimensionamento do SESMT vincula-se à gradação do risco da atividade


principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos
Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas na NR-4.

8.4 – Profissionais que compõem o SESMT:

O SESMT deve ser composto por:

 Médico do Trabalho (CRM)


 Engenheiro de Segurança do Trabalho (CAU ou CREA)
 Enfermeiro do Trabalho (COREN)

 Técnico de Segurança do Trabalho (MTE)


 Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho (COREN)

Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro


profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos
instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional, quando
existente. (NR)

Os profissionais integrantes do SESMT deverão ser empregados da empresa.

O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar ou técnico de enfermagem do


trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades do SESMT.

O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro


do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas
(tempo integral) por dia para as atividades do SESMT.

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8.5 – Competência dos Profissionais do SESMT:

Compete aos profissionais integrantes do SESMT:


a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do
trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas
e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do
trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação
do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de
Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6,
desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa;
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao
cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa
e/ou seus estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes), valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-
la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração
permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de
doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da
doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições
do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os
quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI,
devendo o empregador manter a documentação à disposição da inspeção do trabalho.

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 08 - A respeito do SESMT, disciplinada


pela NR-4, julgue os itens seguintes como Certo ou Errado. No caso de Errado,
justifique sua resposta, de acordo com a NR-4.

1 - O SESMT deve responsabilizar-se, gerencialmente, pelo cumprimento do


disposto nas NRs. ERRADO. Tecnicamente

2 - O dimensionamento do SESMT vincula-se à gradação do risco da atividade


principal e ao número total de empregados do estabelecimento. CERTO

3 - O SESMT deve aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança


e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho. CERTO

4 - Os profissionais que compõem o SESMT são: Médico Especialista,


Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de
Segurança e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem. ERRADO. Médico do
Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar ou Técnico em
Enfermagem do Trabalho

5 - O SESMT deve manter, quando necessário, relacionamento com a


CIPA. ERRADO. Permanentemente

6 - Os profissionais integrantes do SESMT não precisam ser empregados da


empresa. ERRADO. Eles precisam ser empregados da empresa.

7 - O SESMT deve registrar anualmente os dados atualizados de acidentes


do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade ERRADO.
Mensalmente

8 - O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro


do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 5 horas por dia para as atividades do SESMT.
ERRADO . 3 horas, no mínimo.

9 - O SESMT deve esclarecer e conscientizar os empregadores sobre


técnicas de primeiros socorros e salvamento. ERRADO. Acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais,

10 - O objetivo do SESMT é promover a saúde e proteger a integridade do


trabalhador no local de trabalho. CERTO

11 - O SESMT deve promover a realização de atividades de


conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. CERTO

12 - A constituição do SESMT somente é obrigatória para empresas a partir de


20 empregados. ERRADO . 50 empregados

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13 - O SESMT deve determinar, quando esgotados todos os meios


conhecidos para a eliminação do risco e se este persistir, mesmo reduzido, a
utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
CERTO

14 – O SESMT deve fiscalizar a atuação da CIPA da empresa. ERRADO.

15 - O SESMT deve analisar e registrar em documento(s) específico(s)


todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem
vítima, e todos os casos de doença ocupacional. CERTO

9 - PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE


OCUPACIONAL (NR 7 – NORMA REGUAMENTADORA NO 7)

9.1 - Objetivo do PCMSO: A promoção e preservação da saúde do conjunto


dos seus trabalhadores.

9.2 – Responsabilidade do PCMSO

Compete ao empregador:
a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como
zelar pela sua eficácia;
b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos
relacionados ao PCMSO;
c) indicar, dentre os médicos do SESMT, da empresa, um coordenador
responsável pela execução do PCMSO;
d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de
acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado
ou não da empresa, para coordenar o PCMSO;
e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá
contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.

9.3 – Desenvolvimento do PCMSO

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames


médicos, que compreendem:
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e
mental;
b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos
nesta NR e seus anexos.

9.3.1 - Exames médicos obrigatórios:


a) Admissional - Deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas
atividades;

b) Periódico
b.1) anualmente, quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade;
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 anos e 45 anos de idade.

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c) De retorno ao trabalho - Deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro


dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30
dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto

d) De mudança de função - Terá obrigatoriamente realizada antes da data da


mudança.
e) Demissional - No exame médico demissional, será obrigatoriamente
realizado em até 10 dias contados a partir da demissão do trabalhador

Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional
- ASO, em 2 (duas) vias.
a) A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do
trabalhador;
b) A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador,
mediante recibo na primeira via.

O ASO deverá conter no mínimo:

a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade


e sua função;
b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na
atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho - SSST;
c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o
trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;
d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;
e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai
exercer, exerce ou exerceu;
f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;
g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo
seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina.

Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e


exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser
registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do
médico-coordenador do PCMSO.

Os registros do prontuário clinico individual deverão ser mantidos por período


mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador.

O médico responsável pelo PCMSO elaborará um relatório anual devendo


discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos,
incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados
considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano.

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O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA (Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes), quando existente na empresa, de acordo com a
NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela comissão.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 09 - A respeito do PCMSO, disciplinada


pela NR-7, julgue os itens seguintes como Certo ou Errado. No caso de Errado,
justifique sua resposta, de acordo com a NR-7.

1 - Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o ASO, em 2 (duas)


vias: a primeira via deve ser entregue ao trabalhador e a segunda deve ficar no arquivo
da empresa. ERRADO. A primeira via é da empresa e segunda é do trabalhador.

2 – O exame médico admissional deverá ser realizado até 30 dias depois que o
trabalhador assumir suas funções. ERRADO. Antes de assumir suas atividades

3 - Os registros do prontuário clinico individual do trabalhador deverão ser


mantidos por período mínimo de 10 anos após o desligamento do mesmo. ERRADO
20 ANOS

4 - O exame de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no


primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a
15 dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
ERRADO. 30 dias

5 - O exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada em até 15 dias


contados a partir do término do contrato. ERRADO 10 dias

6 - É competência exclusiva do médico do Trabalho analisar os casos de doença


ocupacional ocorridos na empresa. ERRADO. Em conjunto com os outros integrantes
do SESMT e colaboração da CIPA

7 - O exame de mudança de função será obrigatoriamente realizado até o


primeiro dia da data da mudança. ERRADO. Antes

8 - O PCMSO deve prever exames médicos periódicos em intervalos de, no


mínimo, de um ano para empregados que trabalham em locais insalubres. ERRADO.
Os exames podem ser solicitados em menos de 1 ano.

9 - O relatório anual do PCMSO deverá ser apresentado e discutido com a CIPA


da empresa. CERTO

10 – O empregador deverá indicar um médico, empregado ou não da empresa,


para coordenar o PCMSO. ERRADO. Tem que ser um médico do trabalho da empresa

11 – O médico do Trabalho deve garantir a elaboração e efetiva implementação


do PCMSO na empresa. ERRADO. O empregador que deve garantir

12 - Os dados obtidos nos exames médicos deverão ser registrados na ficha


individual de cada trabalhador. CERTO

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13 – PCMSO é Programa de Controle Médico de Serviço Ocupacional ERRADO.


Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

14 – O exame periódico deve ser feito anualmente. ERRADO. Deve ser feito
anualmente, quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade; e a cada
dois anos, para os trabalhadores entre 18 anos e 45 anos de idade.

15 - O prontuário clínico individual, ficará sob a responsabilidade do empregador.


ERRADO. Sob responsabilidade do Médico coordenador do PCMSO.

10 - CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ( NR 5


– NORMA REGUAMENTADORA NO 5)

10.1 - Objetivo da CIPA: Tem como objetivo a prevenção de acidentes e


doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

10.2 – Constituição da CIPA

Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular


funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos
da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas,
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.

10.3 – Organização da CIPA

A CIPA será composta de representantes do empregador e representantes


dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR,
ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos
específicos.

Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles


designados.

Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a


ordem decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no
Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de
setores econômicos específicos.

Para a composição da CIPA, a empresa deve ter, no mínio, 20 empregados.

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Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará


um responsável (chamado de designado) para o cumprimento dos objetivos da
NR-5, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, através de
negociação coletiva.

10.4 – Mandato dos membros da CIPA

O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida


uma reeleição.

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito


para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não


descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a
transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o

O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA

Os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-


presidente.

A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como
não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de
seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa,
exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

10.5 – Atribuições da CIPA

A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de


riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do
SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução
de problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de
trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de
trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;

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g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho
relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde
dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de
outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o
empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor
medidas de solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que
tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção da AIDS.

10.6 - Atribuições dos empregados com relação à CIPA

Cabe aos empregados:

a) participar da eleição de seus representantes;


b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e
apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

10.7 – Atribuições do Presidente da CIPA

Cabe ao Presidente da CIPA:

a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;


b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao
SESMT, quando houver, as decisões da comissão;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;

10.8 – Atribuições do Vice-Presidente da CIPA

Cabe ao Vice-Presidente:
a) executar atribuições que lhe forem delegadas;
b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus
afastamentos temporários;

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10.9 Reuniões da CIPA

A CIPA terá reuniões ordinárias e extraordinárias.


As reuniões ordinárias ocorrerão mensalmente, de acordo com o calendário
preestabelecido.
As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal
da empresa e em local apropriado.
As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de cópias para todos os membros.
As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do
Ministério do Trabalho e Emprego.

As reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:


a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine
aplicação de medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.

O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando


faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o


substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares


da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em
dois dias.

10.10 – O treinamento da CIPA

A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e


suplentes, antes da posse.

O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo


máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.

No caso de designado, as empresas promoverão anualmente treinamento


para o cumprimento do objetivo da NR-5.

O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo


oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa

O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos


originados do processo produtivo;

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b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do


trabalho;
c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição
aos riscos existentes na empresa;
d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e
medidas de prevenção;
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho;
f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos
riscos;
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das
atribuições da Comissão.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 10 - A respeito da CIPA, disciplinada pela


NR-5, julgue os itens seguintes como Certo ou Errado. No caso de Errado, justifique
sua resposta, de acordo com a NR-5.

1 – Empresa de limpeza urbana e esgoto contratada por prefeitura municipal é


dispensada de constituir CIPA, independentemente da quantidade de empregados.
ERRADA

2 – O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano,


permitidas reeleições por decisão do empregado. ERRADA

3 – O presidente da CIPA é designado pelo empregador e escolhido entre os


representantes deste.CERTO

4 – O membro eleito da CIPA tem estabilidade por 2 anos, o ano do mandato e


o subsequente, sendo vedada a sua dispensa nesse período. ERRADO arbitrária

5 – Para os locais de atendimento em que não há necessidade de formação de


uma CIPA, a empresa deverá, pelo menos, designar um responsável pelo cumprimento
dos objetivos da NR-5 no local. CERTO

6 – O membro titular perderá seu mandato, sendo substituído por suplente,


quando faltar a quatro reuniões ordinárias sem justificativas. ERRADO

7 - A SIPAT deve ser organizada pelo presidente da CIPA. ERRADO

8 – A CIPA deve analisar os acidentes de trabalho ocorridos na empresa.


CERTO

9 – O membro titular da representação dos empregados da CIPA poderá ser


despedido, por motivo técnico. CERTO

10 - O treinamento de CIPA será realizado no prazo máximo de trinta dias,


contados a partir da data da posse. ERRADO

11 – O mandato dos membros da CIPA terá duração de dois anos, permitindo-


se reeleição. ERRADO

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12– Todas as empresas devem constituir CIPA. ERRADO

13 – As reuniões extraordinárias somente ocorrerá em caso de acidente grave


ou fatal. ERRADO

14 – O treinamento da CIPA deve comtemplar princípios gerais de higiene do


trabalho e de medidas de controle dos riscos CERTO

15 – A CIPA deve requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a


paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à
segurança e saúde dos trabalhadores. CERTO

11 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES (NR 15 – NORMA


REGUAMENTADORA NO 15)

Os trabalhadores estão expostos há vários agentes de riscos em seu ambiente


de trabalho. A exposição excessiva ou contato dos trabalhadores com estes agentes de
riscos podem leva-los a adquirir doenças, chamadas de doenças ocupacionais.

Exemplo: Exposição ao nível elevado de ruído durante muito tempo pode levar
a surdez.

Tabela de Riscos Ocupacionais

Para que os trabalhadores não adoeçam, a legislação estabelece um limite para


a exposição a determinados agentes de riscos. Quando este limite é ultrapassado, pode

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causar danos à saúde o trabalhador. Este limite de exposição é chamado de Limite de


Tolerância. A NR-15, define Limite de Tolerância:

Entende-se por "Limite de Tolerância", como a concentração ou intensidade


máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que
não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Quando o Limite de Tolerância é ultrapassado, dizemos que os trabalhadores


estão realizando suas atividades num ambiente insalubre, chamadas de atividades
ou operações insalubres.

De acordo com a NR-15, são consideradas atividades ou operações insalubres


as que se desenvolvem:

A) Acima dos limites de tolerância previstos no:

Anexo n.º 1 - Níveis de ruído contínuo ou intermitente


Anexo n.º 2 - Níveis de ruído de impacto
Anexo n.º 3 - Exposição ao calor
Anexo n.º 5 - Níveis de radiações ionizantes
Anexo n.º 11 - Radiações não-ionizantes
Anexo n.º 12 – Poeiras minerais (asbesto, sílica)

B) Nas atividades mencionadas no:

Anexo n.º 6 - Ar comprimido


Anexo n.º 13 - Agentes químicos (sem Limites de Tolerância definidos)
Anexo n.º 14 – Agentes biológicos

C) Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho,


constantes do:

Anexo n.º 7 – Radiações não ionizantes


Anexo n.º 8 – Vibrações
Anexo n.º 9 - Frio
Anexo n.º 10 - Umidade

O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador


a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, chamado de
adicional de insalubridade, equivalente a:

 40% para insalubridade de grau máximo;


 20% para insalubridade de grau médio;
 10% para insalubridade de grau mínimo.

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Exemplo do cálculo do adicional de insalubridade: O lixeiro recebe R$ 1500,00 de


salário. Qual será o salário dele final com o adicional de insalubridade?

Resolução: Ele receberá insalubridade grau máximo = 40% do salário mínimo

Salário mínimo = R$ 1045,00

R$ 1045,00 x 0,40 = R$ 418,00

Salário total: R$ 1500,00 + R$ 418,00 = R$ 1918,00

Outra maneira de cálculo:

R$ 1045,00 _____ 100

X _____ 40

X = 1045,00 x 40 = R$ 418,00

100

Salário total: R$ 1500,00 + R$ 418,00 = R$ 1918,00

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No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas


considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada
a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do


pagamento do adicional respectivo.

A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:


a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do


trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de
segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar
adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável
sua eliminação ou neutralização.

A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através


de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco
à saúde do trabalhador.

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É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais


interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRTs (Delegacias
Regionais do Trabalho), a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste,
com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre.

A realização de perícia, requeridas pelas empresas ou sindicatos de categoria


não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização ex-officio da perícia,
quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito.

Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que


comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional
devido.

O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.

12 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS (NR 16 – NORMA


REGUAMENTADORA NO 16)

São aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, envolvem riscos
acentuados e imediatos a segurança e a integridade física do trabalhador, em
virtude de sua exposição permanente.

São consideradas atividades e operações perigosas, as atividades com:


a) inflamáveis;
b) explosivos;
c) energia elétrica de alta tensão;
d) roubos e outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial;
e) motocicletas
f) radiações ionizantes ou substâncias radioativas

O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador


a percepção de adicional de 30% (adicional de periculosidade), incidente sobre o
salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos
lucros da empresa.
O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.
É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da
periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.

ATENÇÃO: DIFERENÇA ENTRE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Tanto a insalubridade como a periculosidade colocam o trabalhador em


condições de risco. A diferença está nas consequências do risco.

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A insalubridade se caracteriza pelas condições de trabalho, as quais o


trabalhador é exposto durante a sua jornada de trabalho, que a médio e longo prazo
colocam em risco à saúde do trabalhador, podendo vir a causar doenças, às vezes,
irreversíveis.

A periculosidade se refere aos riscos imediatos ao qual um trabalhador é


exposto na execução de suas atividades. A periculosidade se caracteriza pela
possibilidade de causar acidentes graves capazes de levar a óbito ou lesões
corporais graves

Exemplo do cálculo do adicional de periculosidade: O frentista recebe R$ 1300,00


de salário. Qual será o salário dele final com o adicional de periculosidade?

Salário mínimo = R$ 1045,00

R$ 1300,00 x 0,30 = R$ 390

Salário total: R$ 1300,00 + R$ 390,00 = R$ 1690,00

Outra maneira de cálculo:

R$ 1300,00 _____ 100

X _____ 30

X = 1300,00 x30 = R$ 1690,00

100

.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 11 - A respeito das atividades e
operações insalubres, disciplinada pela NR-15, julgue os itens seguintes como Certo ou
Errado. No caso de Errado, justifique sua resposta, de acordo com a NR-15.

1 - A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através


de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco de
acidente.

2 - A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer com a adoção


de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
de tolerância.

3 - O adicional de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de um


adicional de 30% incidente sobre o salário mínimo; 20% para insalubridade de grau
médio; e 10% para insalubridade de grau mínimo.

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4 - O laudo de insalubridade só pode ser emitido por um Médico do Trabalho.

5 - O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao


trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o seu salário.

6 - A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer com a


utilização de equipamento de proteção individual.

7 - É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização


da periculosidade, mediante visita técnica, que pode ser feita pelo Técnico de
Segurança do Trabalho

8 - O laudo de periculosidade só pode ser emitido por um Engenheiro de


Segurança do Trabalho

9 - O adicional de insalubridade, equivalente a 30% para insalubridade de grau


máximo.

10 - No caso de incidência do fator de insalubridade e periculosidade, o


trabalhador poderá escolher, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a
percepção cumulativa.

11 - A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do


pagamento do adicional respectivo.

12 - A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através


de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à vida
do trabalhador.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 12 – Manoel é auxiliar de limpeza de um posto de


gasolina. Logo, ele tem direito a receber adicional de insalubridade grau médio e
adicional de periculosidade. Ele recebe R$ 1200,00 de salário.

a) Calcule o adicional de insalubridade.

b) Calcule o adicional de periculosidade

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c) Ele tem direito a receber os dois adicionais ao mesmo tempo? Justifique sua
resposta.

13 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

13.1 - Definição: É todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à


preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de
terceiros.

13.2 - Objetivo: Proporcionar a preservação da saúde e da integridade física


dos trabalhadores, em geral.

13.3 - Exemplos de EPC:

Figura 01 - Guarda-corpo Figura 02 - Escadas com corrimão

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Figura 03 - Sinalização de Segurança Figura 04 - Sistemas de Exaustão

Outros EPCs:

 Sistemas de proteção/sensores de partes móveis de máquinas/equipamentos


 Fusível;
 Extintor;
 Biombos para trabalhos com solda;
 Porta corta fogo;
 Cabines de pintura;
 Capelas para manuseio de material químico/biológico;
 Kit de Primeiros socorros;
 Chuveiro de emergência
 Lava-olhos de segurança
 Ventilação nos locais de trabalho;
 Piso anti-derrapante;
 Enclausuramento de acústico de fontes de ruído;
 Isolamento de áreas de risco;
 Detector de vazamento de gás

14 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI (NR 6 – NORMA


REGULAMENTADORA NO 6)

14.1 - Definição: É todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo


trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho.

Equipamento Conjugado de Proteção Individual – É todo aquele composto


por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que

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possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a


saúde no trabalho.

Figura 05 - Capacete Figura 06 – Capacete conjugado

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI


adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.

14.2 - Certificado de Aprovação - CA

O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só


poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação -
CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Figura 07 – CA do EPI Figura 08 – CA do calçado

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Antes de ser colocado à venda, o EPI é submetido à vários testes específicos


para garantir a durabilidade, conforto e proteção para exercer as atividades. Sendo
aprovado, o EPI recebe o CA e a autorização para a comercialização do produto.

Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome


comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA.

Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade de 5 (cinco)


anos.
A adaptação do Equipamento de Proteção Individual para uso pela pessoa com
deficiência feita pelo fabricante ou importador detentor do Certificado de Aprovação
não invalida o certificado já emitido, sendo desnecessária a emissão de novo CA.

14.3 - Competência da indicação do EPI

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade.

Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador


selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional
tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e
trabalhadores usuários.

14.4 - Obrigações do Empregador

Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico.

14.5 - Responsabilidades do Trabalhador

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

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a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para


uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Artigo 158 da CLT- O empregado que descumpre normas internas protetivas do


trabalho e/ou aquele empregado que se recusa a utilizar equipamentos de
proteção individual pode ser despedido por justa causa.

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ANEXO I - LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 - Capacete
a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio - É o mais
adequado ao uso geral.;
b) capacete para proteção contra choques elétricos - É o mais adequado ao uso em
indústrias químicas e serviços elétricos;
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

A.2 - Capuz ou balaclava


a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;
c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;
d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de
operações com uso de água.

a) Origem térmica b) Agentes químicos

c) Agentes abrasivos e escoriantes d) Contra umidade


B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

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B.1 - Óculos
a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas
volantes.

b) Impacto de partículas volantes b) Radiação ultravioleta

c) óculos de tela d) Produtos químicos

B.2 - Protetor facial


a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;
c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;
e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.

B.3 - Máscara de Solda


a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas
volantes, radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.

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C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de


pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.

Protetor auditivo circum-auricular (tipo concha)

Protetor auditivo de inserção

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado:

a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e
névoas;

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b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos;
c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos;
d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado
tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para
proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos;
e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou
combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material
particulado.

Máscara PFF1 (descartável) Máscara PFF2 com válvula de exalação

Curiosidade: Máscara com ou sem válvula


Segundo a Anvisa, a presença de válvula exalatória, no EPI, oferece maior conforto.
Esse item permite a saída de ar expirado, quente e úmido, não aquecendo e
umedecendo a peça. Quando não há válvula, os agentes de contaminação —
existentes no ar ambiente ou no ar expelido — permanecem retidos no filtro.

OBSERVAÇÕES:
Peças Faciais Filtrantes (PFF1, PFF2=N95 ou PFF3): são os respiradores sem
manutenção e são considerados descartáveis. Neste caso, a própria peça facial é
filtrante. Deve ser trocado sempre que houver alguma lesão (rasgado, perfurado),
entupido, ou muito sujo (usuário consegue perceber o cheiro ou gosto do contaminante).

As máscaras PFF1, PFF2 e PFF3 – indicam o nível de eficiência do seu filtro


respiratório, em reter contaminantes presentes no ar.

Classe da PFF Penetração (%) Eficácia


PFF1 20% 80%
N95 ou PFF2 6% 94%
PFF3 3% 97%

 PFF1 e P1: proteção contra poeiras e névoas partículas não tóxicas (penetração
máx. através do filtro de 20%).
 PFF2 e P2: proteção contra partículas finas, fumos e névoas tóxicas (penetração
máx. através do filtro de 6%). Também utilizado para Serviços na área da saúde para
proteção contra vírus e bactérias.
 PFF3 e P3: contra partículas tóxicas finíssimas e radionuclídeos (penetração
máxima através do filtro de 0,1%).

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Máscara um quarto facial Máscara semifacial Máscara facial inteira

D.2 - Respirador purificador de ar motorizado:

a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para
proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou
contra gases e vapores;
b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias
respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e
vapores.

Capuz com ar motorizado Capacete com ar Máscara facial inteira com


motorizado vedação com ar
motorizado

D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:

a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias
respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de
oxigênio maior que 12,5%;
c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para
proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que
12,5%;

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d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção
das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro
auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de
oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas
à Vida e a Saúde (IPVS).

Respirador de linha de adução de ar comprimido com cilindro auxiliar

D.4 - RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTONOMA

a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%,
ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);
b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%,
ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.5 - Respirador de fuga


a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e
vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas
Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

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E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 - Vestimentas
a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;
b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;
d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica; (NR)
f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com
uso de água.

origem térmica origem mecânica origem química

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Origem radioativa Contra umidade Contra o frio

E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando
arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 - Luvas

a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes- Deve ter
costuras sólidas e adequada resistência à abrasão;
b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes - Normalmente
metálicas ou de kevlar, com adequada resistência ao corte por lâminas;
c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos - Contra choque em trabalhos
e atividades com circuitos elétricos energizados;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos - Confeccionadas com
diversos materiais, como aramida e amianto. Algumas, ainda, possuem dorso
aluminizado, para reflexão do calor irradiante;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos - São normalmente
confeccionadas em PVC, neopreme ou hexanol;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações - Apresenta forração de neoprene ou
outro material vibroabsorvente na palma e face palmar dos dedos;

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h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água -
Normalmente confeccionadas de latex, são também conhecidas como luvas de limpeza
doméstica.;
i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes - Normalmente em polivinil
com chumbo flexível sem nenhuma costura.

Contra agentes abrasivos e Contra agentes cortantes Contra choques elétricos


escoriantes e perfurantes

Contra agentes térmicos Contra agentes químicos Contra vibrações

Risco cirúrgico: confeccionada em látex Risco biológico: confeccionadas com


borracha nitrílica.
Contra agentes biológicos

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F.2 - Creme protetor


a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos.

F.3 - Manga

a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;


b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e
escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de
operações com uso de água;
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;
f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.

Contra choques elétricos Contra agentes abrasivos Contra agentes cortantes


e escoriantes e perfurantes

Contra umidade proveniente de Contra agentes térmicos


operações com uso de água:

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F.4 - Braçadeira
a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;
b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.

Contra agentes cortantes Contra agentes escoriantes

F.5 - Dedeira
a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes:
deve recobrir os dedos até a terceira falange (falange proximal).

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado
a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações
com uso de água;

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Contra impactos de quedas Contra agentes Contra agentes


de objetos sobre os provenientes de energia térmicos
artelhos elétrica

Contra agentes abrasivos e Contra agentes cortantes e Contra umidade


escoriantes perfurantes

G.2 - Meia
a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas (frio): em algodão, para
absorver o suor, evitando fungos.

Proteção dos pés contra baixas temperaturas:


G.3 - Perneira
a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos;
d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso
de água.

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Contra agentes abrasivos e Contra agentes térmicos


escoriantes

Contra respingos de produtos Contra agentes cortantes e


químicos perfurantes

Contra umidade proveniente de operações com uso de água

G.4 - Calça
a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;
c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;

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d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água.
e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)

Contra agentes abrasivos e escoriantes Contra agentes químicos

Contra agentes térmicos Contra umidade

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 - Macacão

a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes


térmicos;
b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
químicos;
c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.
d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)

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Contra agentes térmicos Contra agentes químicos

Contra umidade Macacão anti-chama

H.2 - Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química;


b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações
com água;
c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.
d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)

Contra agentes térmicos Contra agentes químicos

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Contra umidade Macacão anti-chama

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM Dispositivo trava-queda

a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra


quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal.

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I.2 - Cinturão DE SEGURANÇA COM TALABARTE

a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de


queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de
queda no posicionamento em trabalhos em altura.

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM 13 – A respeito dos equipamentos de


proteção individual, disciplinada pela NR-6, julgue os itens seguintes como Certo ou
Errado. No caso de Errado, justifique sua resposta, de acordo com a NR-6.

1 – EPI é todo dispositivo ou produto, utilizado pelo trabalhador, destinado à


proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

2 - Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome


comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número de cadastro.

3 - Antes de ser colocado à venda, o EPI é submetido à vários testes específicos


para garantir a durabilidade, conforto e proteção para exercer as atividades. Sendo
aprovado, o EPI recebe o CA e a autorização para set usado.

4 - Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade de 3


anos.

5 - O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado,


só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Autorização
– CA.

6 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, o EPI adequado ao risco


juntamente com as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.

7 - A adaptação do Equipamento de Proteção Individual para uso pela pessoa


com deficiência feita pelo fabricante ou importador detentor do Certificado de Aprovação
invalida o certificado já emitido, sendo necessária a emissão de novo CA.

8 - Cabe ao empregador adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade.

9 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, o EPI adequado ao risco,


em perfeito estado de conservação e funcionamento. O empregador pode cobrar uma
taxa do empregado que será descontado do seu salário.

10 - Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
- CIPA recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente.

11 - Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregado


selecionar o EPI adequado ao risco, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e
trabalhadores usuários.

12 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, o EPI adequado para


atender a situações de urgência.

13 – O empregador deve ou não fornecer treinamento ao trabalhador.

14 - Cabe ao empregado responsabilizar-se pela guarda e higienização do EPI.

15 - Cabe ao empregador responsabilizar-se pela higienização e conservação


periódica do EPI

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