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TST - Ministro
TRT- Juiz de Tribunal (no dia a dia se fala Desembargador)
VT - Juízes do Trabalho
Em 99, veio uma EC que acabou com essa composição tripartida fazendo com que só haja
o Juiz Presidente que passou a se chamar tão somente Juiz do Trabalho, que não fica mais
em uma junta pois agora é só ele, é monocrático, que passa a atuar em uma Vara do
Trabalho
Onde estiver escrito junta de conciliação e julgamento, ler automático “vara do trabalho”
Se estiver escrito juiz presidente, ler automático juiz do trabalho
Se estiver escrito juiz classista, ignora a existência
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos,
sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II - os demais (não envolve o Presidente da República), mediante promoção de juízes do
trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo.
Art. 674 - Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território nacional é dividido
nas oito regiões seguintes:
Parágrafo único. Os tribunais têm sede nas cidades: Rio de Janeiro (1ª Região), São Paulo
(2ª Região), Belo Horizonte (3ª Região), Porto Alegre (4ª Região), Salvador (5ª Região),
Recife (6ª Região), Fortaleza (7ª Região) e Belém (8ª Região).
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho.
STJ Súmula: 10
INSTALADA A JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO, CESSA A COMPETÊNCIA
DO JUIZ DE DIREITO EM MATÉRIA TRABALHISTA, INCLUSIVE PARA A
EXECUÇÃO DAS SENTENÇAS POR ELE PROFERIDAS.
Se não tiver Vara do Trabalho em um lugar, o Juiz de Direito da área cível que julgará as
demandas
Princípio da Subsidiariedade
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do
direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas
deste Título.
Direito Processual Comum = CPC
A fonte primária sempre será a CLT e a fonte secundária de forma usual será o CPC
Ex: o processo do trabalho é célere por natureza e por isso, deve-se observar esse princípio
OJ 310 SDI. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO.
ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973.
INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC
de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade
que lhe é inerente.
Nesse caso pedir a dobra de prazo iria ferir a celeridade do processo trabalhista
CLT Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo
em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos
executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
Ou seja, na fase de execução, a fonte primária é a CLT, em segundo a LEF - Lei de
Execução Fiscal e em terceiro o CPC
Obs: apesar da regra dizer que o CPC é a terceira fonte de execução, poderá haver casos
específicos que a CLT diz que o CPC vai ser a fonte secundária diante da omissão da
própria CLT.
Ex: Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a
execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das
despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à
penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de
16 de março de 2015 - Código de Processo Civil.
Honorários advocatícios:
Honorários contratuais se discute na justiça comum estadual (calote)
STJ Súmula 363 -
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional
liberal contra cliente.
Ações Penais
Justiça do Trabalho NÃO tem competência criminal. Não julga crime
Apesar do ganha mas não leva, temos 2 exceções onde eu posso ganhar e levar:
1- Renúncia do Estado Estrangeiro à intangibilidade de seus bens
2- Houver no território brasileiro bens desvinculados as finalidades essenciais
diplomáticas
Administração Pública:
Ex: uma vara do trabalho x vara do trabalho vinculados ao mesmo tribunal (ex: 1ª VT x 5ª
VT do mesmo tribunal/região), quando houver conflito de competência, o TRT irá resolver
(art. 808, a, CLT)
Ex2: uma vara do trabalho x juiz de direito investido de jurisdição trabalhista, TRT tbm
resolve a divergência (art. 808, a, CLT)
TRT x TRT, TRT x VT (de um outro TRT), VT x VT (ou juiz de Direito) de regiões diferentes
O STF sempre resolverá conflitos envolvendo tribunais superiores, basta que tenha apenas
1 deles envolvido.
Obs: se houver conflito entre a 1ª Vara do Trabalho e o seu respectivo TRT, NÃO HÁ
CONFLITO. Terá apenas que respeitar a hierarquia
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e
seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
Ex: uma pessoa trabalhou nitidamente como empregada em uma empresa, só que ela era
considerada autônoma. Tudo isso para não pagar os direitos trabalhistas e tudo mais. Essa
pessoa então, postulou uma ação requerendo o reconhecimento do vínculo empregatício
daquele período todo que ela trabalhou. Nesse meio todo aí, há as contribuições
previdenciárias decorrentes do período em que ela trabalhou como empregada (juiz
reconhece vínculo).
Agora, ela pode postular tudo isso em uma ação? Não, pois as contribuições
previdenciárias que não foram pagas durante o período laboral, não são competência da JT.
A JT só tem competência para executar as contribuições previdenciárias decorrentes das
sentenças condenatórias em pecúnia (acordo homologado tbm) que ela mesmo proferir.
O que a JT está julgando, irá gerar uma sentença. Toda sentença irá gerar verbas
indenizatórias (dano moral, multa…) e verbas salariais (13º, adicionais…). Todas as verbas
salariais irão incidir em contribuições previdenciárias, já as verbas indenizatórias não.
Quando a JT profere uma sentença, ela só irá executar as contribuições previdenciárias
decorrentes das sentenças que ela própria proferir.
A JT está julgando uma ação e profere uma sentença condenando o empregador a pagar
R$ 50.000,00 a título de verbas salariais. Nesse momento, o empregador já sabe que ele
terá que pagar e já sabe que vai incidir a contribuição previdenciária nessas verbas
salariais. Se ele não pagar justamente essas contribuições previdenciárias, a própria JT de
ofício já começa a execução, “União, pode vir, eu condenei e não te pagou”. É diferente de
entrar na discussão do período que trabalhou o empregador não fez o recolhimento, isso
não consegue na JT, só consegue EXECUTAR, PROCESSAR e JULGAR não!
Reclamação Trabalhista meramente declaratória, ou seja, o juiz reconheceu que você era
empregado, nesse caso, as suas contribuições previdenciárias vão ser discutidas lá fora. O
Juiz da JT só executa a contribuição incidente de verbas que ele deferiu na sentença.
Súmula Vinculante 53
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal
alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
JT: Se for uma ação só para declarar que você é empregado, eu até declaro. Mas discutir
tempo de contribuição, eu tô fora. Eu só faço o seguinte, eu executo depois que condenei e
o cara não pagou e aí eu vou chamar a União para executar cara.
Competência Territorial da JT
Definida com base dos limites geográficos
A competência territorial é relativa.
Ela precisa ser provocada. Não pode um juiz dizer que não tem competência territorial para
apreciar determinada ação. Na prática ele força a outra parte perceber isso rs
Juiz pode de ofício falar que não tem competência material, mas territorial não pode,
somente via provocação.
Resposta: Exceção de Incompetência Territorial - forma que se provoca o juiz apontando
que ele não tem competência territorial para aquela ação
Se a pessoa prestou serviço em muitos estados diferentes, o último que será o competente
Art 651 § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência
será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
Regra: vai poder ajuizar ação trabalhista em uma VT em que a empresa tenha agência ou
filial e esse empregado tem que ser subordinado a elas. Se a empresa tem a agencia ou
filial mas o empregado não é subordinado a elas, ele ajuiza no domicílio ou na localidade
mais próxima (aonde ele quiser).
O empregado é brasileiro e foi trabalhar no estrangeiro. Ele pode ajuizar uma ação
trabalhista desde que não exista uma Convenção Internacional em sentido contrário.
Se ele puder ajuizar a ação, onde será? Depende!
Há quem entenda que se a empresa tem filial no brasil, será nesse local (melhor dos
mundos)
Se a empresa não tiver filial, poderá ser no domicílio do autor/empregado
O parágrafo não exige que a empresa tenha filial no Brasil
Se a empresa não tiver nada no Brasil, você pode até ganhar mas não levar nada por conta
da imunidade de execução.
Divergência muito forte:
Se a empresa tem filial no Brasil, vai ser onde está a filial
Se a empresa não tem filial no Brasil, no domicílio do empregado (ou seja, em qualquer
lugar). Questão processual
Questão de direito material: o que eu vou assegurar para esse empregado em relação a
competência material (13, horas extras…)?
Tudo que é melhor para o empregado. Ex: Se o 13 em outro país é maior que no Brasil, o
juiz dará a do outro país.
Obs:
Se a parte contrária não provocar o juiz com uma resposta chamada exceção de
competência territorial, haverá a prorrogação da competência, ou seja, o juízo que começou
errado, competente territorialmente, passará a ser o competente.
Se o juiz receber a exceção, abrirá prazo para a outra parte se manifestar e manter a ampla
defesa e o contraditório
PRINCÍPIOS
Princípio da Proteção
Princípio da Publicidade
art. 93, IX, CF todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença,
em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em
casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação; Exceção: segredo de justiça
A audiência é sempre o principal ato processual no processo do trabalho. Não pode ter
medo do juiz, de falar em público...
CLT Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o
interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Art. 7º, §3º, Lei nº 13.709/2018. O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público
deve considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público que justificaram sua
disponibilização.
...
§4º. É dispensada a exigência do consentimento previsto no caput
deste artigo para os dados tornados manifestamente públicos pelo
titular, resguardados os direitos do titular e os princípios previstos
nesta Lei.
LGPD se preocupa com o que pode acontecer externamente com os dados. Compete
então, aos tribunais disciplinarem, fiscalizarem internamente sobre o que vai acontecer com
os dados externamente. Lógico que os servidores públicos do tribunal podem ter acesso.
Princípio da Conciliação
Norteia todo o processo do trabalho
O Juiz deve sempre tentar conciliar as partes
§1º. Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os
seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
Ou seja, o juiz abre a audiência e tenta conciliar as partes. Não conseguindo, a audiência
segue e após as razões finais, o juiz renovará a proposta conciliatória. Se não conseguir de
novo, então o juiz proferirá a decisão.
Obs: esses 2 momentos para propor a conciliação são obrigatórios e funcionam para
nortear o processo. Contudo, a qualquer momento do processo poderá o juiz propor a
conciliação.
Súmula nº 425 do TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT,
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de
competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Obs: ação cautelar autônoma não existe mais, essa súmula deve ser atualizada
Nesse caso, a capacidade postulatória é privativa das partes, porém, é uma capacidade
limitada.
Mnemônico da limitação do jus postulandi : MARAH
M andado de Segurança
A ção Rescisória
R ecursos de competência TST
A ção cautelar (não existe mais, mas como a súmula existe e não foi atualizada, é
bom citar)
H omologação para acordo extrajudicial
Princípio da Oralidade
Norteia todo o processo do trabalho, pois a reclamação trabalhista pode ser verbal ou
escrita, petição inicial, contestação, audiência, razões finais, tudo isso pode ser verbal.
Princípio da Concentração
Art. 849 CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por
motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.
Contínua= atos processuais estarão sendo concentrados em uma única audiência, ou seja,
que todos os atos aconteçam em uma única data/audiência
Atos: conciliação, instrução processual e o julgamento
Resumo: concentração de atos na audiência
Mas se não for possível, por força maior (pode ser qualquer coisa) o juiz irá fracionar
Obs de prática: sempre levar as testemunhas, se elas não forem ouvidas naquela
audiência, pedir ao juiz que as intimem para o dia da nova audiência.
Tudo isso é no procedimento regra (ordinario)
Obs: Art. 852-C CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas
em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser
convocado para atuar simultaneamente com o titular.
Audiência é UNA, porém possui 3 exceções.
Ordinário: causas que excedem 40 salários mínimos
Sumário: causas de até 2 salários mínimos
Sumaríssimo: acima de 2 e até 40 salários mínimos
Súmula 136/TST - 11/10/1982 - Juiz. Identidade física do juiz. CPC/1973, art. 132
(cancelada).
(CANCELADA). Não se aplica às Juntas de Conciliação e Julgamento o princípio da
identidade física do Juiz.
Nessa época tinha o juiz presidente e os juízes classistas e por isso não se aplicava esse
princípio.
Nesse caso, como a EC 24/99 cancelou as juntas de conciliação e julgamento, o CPC/73
em seu art. 132 positivava esse princípio e como a súmula foi cancelada em 2012,
passou-se a dizer que o princípio era aplicado ao Processo do Trabalho.
O NCPC não aplicou esse princípio, não repetiu/reproduziu o art. 132 do código anterior que
consagrava esse princípio. Sendo assim, se não se aplica no Processo Civil, muito menos
se aplicará no Processo do Trabalho.
Pessoa trabalha no RJ, entra com ação em SP. O reclamado receberá uma notificação para
comparecer em audiência que acontecerá no mínimo em 5 dias. O reclamado pode então
entrar com uma resposta chamada de exceção de incompetência territorial. Se o
reclamado não falar nada, prorrogar-se-á a competência.
Se o reclamado apresentar a exceção de incompetência territorial e o juiz acolhe e remete
aos autos para outro TRT, quando juiz resolve a exceção de incompetência territorial, ele
estará proferindo uma decisão interlocutória e nesse caso específico, cabe recurso de
imediato.
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o
disposto no art. 799, § 2º,
da CLT.
Tudo isso para manter o contraditório substancial do Reclamante para se justificar o porquê
dele ter aberto o processo fora do local da prestação de serviço
Princípio da Simplicidade
O processo do trabalho é simples, é breve
§1º, CLT. Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação
das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou
de seu representante.
Na Instrução Normativa nº 41 do TST, em razão de haver muito pedido de danos morais, diz
que o pedido poderá ser por estimativa.
Art. 765 CLT. Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer
diligência necessária ao esclarecimento delas.
Traz a ideia que o juiz dirige, é o diretor do processo. Isso é muito forte no Processo do
Trabalho
Art. 852-D CLT. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem
produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar
especial valor às regras de experiência comum ou técnica. (sumaríssimo)
Art. 770 CLT. Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o
§ único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado,
mediante autorização expressa do juiz ou presidente.interesse social, e realizar-se-ão
nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Preciso sempre na verdade conhecer os regimentos internos dos tribunais em relação aos
horários.
Nesse caso, para atos processuais externos é de 6 às 20 horas. Para atos processuais
internos, vai depender do horário de funcionamento estabelecido em regimento interno do
Tribunal. Cada Tribunal poderá ter o seu especificamente.
OBS: Sábado é dia útil para a prática de atos processuais externos (ou seja, não precisa
de autorização).
Prova Documental
Art. 780, CLT. Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente
depois de findo o processo, ficando traslado.
Traslado = cópia
Art. 768, CLT. Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão
tiver de ser executada perante o Juízo da falência.
Tudo que tiver indo para o juízo falimentar vai correr com preferência em todas as fases
processuais, pois
Uma empresa esteja em falência e o processo falimentar está correndo lá no juízo
falimentar. Eu não vou ingressar com uma Reclamação Trabalhista no juízo falimentar até
porque esse juízo não tem competência para isso. O que eu eu devo fazer é ajuizar uma
Reclamação Trabalhista para ter o reconhecimento do meu crédito trabalhista. Eu pego
esse reconhecimento do meu crédito trabalhista no qual eu não recebo pela JT e habilito lá
no juízo falimentar.
Se eu pego o crédito que consegui na JT e vou habilitar lá no juízo falimentar, o meu
processo vai correr com tramitação preferencial.
Intimação: é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
§1º. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar
embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por
edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado
na sede da Junta ou Juízo.
Regra: notificação postal. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for
encontrado, far-se-á a notificação por edital (editalícia).
§ 3º. Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o
consentimento do reclamado, desistir da ação.
Posso desistir sozinho? Só se o reclamado não for citado
Se está citado, somente o consentimento deste.
Se uma pessoa diferente recebe e por algum motivo não dá ciência ao reclamado, ele que
tem o ônus de provar que não recebeu.
Obs: presunção relativa => “o seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo”
Obs: jus postulandi (logicamente, como não tem advogado, não tem como usar o Diário
Oficial)
Intimação na Audiência
Art. 834, CLT. Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e
sua notificação aos litigantes, ou a seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias
audiências em que forem as mesmas proferidas.
Art. 852, CLT. Da decisão (ou seja, da sentença) serão os litigantes notificados,
pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a
notificação far-se-á pela forma estabelecida no §1º do art. 841.
AUSÊNCIA DO RECLAMADO, porém, não tem como afirmar isso, apenas seguir a maioria.
Não temos a resposta, essa é a realidade.
Se o reclamado for revel, não foi a audiência, não será mais intimado dos atos processuais.
O processo vai correr sem que receba as intimações.
Exceção: intimação da sentença por via postal (art. 852)
Intimação Eletrônica
Art. 270, CPC. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na
forma da lei.
Publicadas em Diário Oficial, DJE…
Prazos Processuais
Art.218, CPC. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§3º. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.
Sempre que o juiz não fixar um prazo, nunca pergunte - é feio/gafe jurídica. Sempre vai ser
5 dias...
Art. 223, CPC. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato
processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte
provar que não o realizou por justa causa.
§1º. Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de
praticar o ato por si ou por mandatário.
§2º. Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe
assinar.
❶ peremptórios: não podem ser alterados por vontade das partes; (ex: prazo recursal)
Art. 775, §1º, CLT. Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário,
nas seguintes hipóteses:
O prazo impróprio muitas vezes é o prazo que o juiz tem. Ex: prazo do juiz para proferir uma
sentença no processo do trabalho => na audiência de julgamento. Se ele não fizer na
audiência de julgamento => prazo de 48h para proferir. E se o juiz não proferir dentro do
prazo de 48h? => você deve aguardar a ser intimado da sentença
Espécies de Preclusão
→ preclusão pro iudicato: ocorre quando a preclusão é para o JUIZ. (não acontece nada
pois para o juiz são prazos impróprios)
Contagem de prazos
Art. 775, CLT. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento
A audiência em regra é una, mas o juiz pode fracionar. Nesse caso, temos o seguinte
exemplo:
Súmula nº 197 do TST. O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à
audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.
Art. 5º, §1º, Lei 11.419/2006. Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o
intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos
a sua realização.
§2º. Na hipótese do §1º deste artigo, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil,
a intimação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.
Obs: Efetivada a consulta dentro de 10 dias corridos, será intimado da data da consulta.
Se depois dos 10 dias corridos você não fizer a consulta no PJE, após esses 10 dias, você
estará intimado por presunção.
Interrupção e Suspensão
Prazos Diferenciados
Art. 180, CPC. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos
autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, §1º.
Art. 186, CPC. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais.
Art. 1º, DEC. 779/69. Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou
fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica:
II. o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do
Trabalho;
Ou seja, prazo mínimo de 20 dias para contestar (pois o normal é o mínimo de 5) e o prazo
dobrado para recorrer.
Art. 12, DEC-LEI 509/69. A ECT gozará de isenção de direitos de importação de materiais e
equipamentos destinados aos seus serviços, dos privilégios concedidos à Fazenda
Pública, quer em relação a imunidade tributária, direta ou indireta, impenhorabilidade
de seus bens, rendas e serviços, quer no concernente a foro, prazos e custas
processuais.
Ou seja, os Correios foram comparados à Fazenda Pública para demandas judiciais e, terão
o prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.
OJ n º 310 SDI I TST. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229,
caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida
defesa por apenas um deles.
Partes e Procuradores
Capacidade Processual (ou para estar em juízo): é aptidão para prática de ato processual
sem a necessidade de assistência ou representação.
§2º. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
A priori, a capacidade postulatória é privativa das partes, seja nos dissídios individuais e
coletivos.
II. Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se
exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição
na Ordem dos Advogados do Brasil.
Obs: é importante ressaltar essas formalidades pois esses entes podem preferir e contratar
um advogado em razão de ser uma causa específica e esse advogado ser especialista
nesse assunto. Quando não observadas essas regras, poderá trazer confusões ao
Magistrado e ao Processo.
Mandato Tácito
Art. 791, §3º, CLT. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral
poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento
verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.
Obs: esse advogado não terá poderes específicos, como não poder receber, dar quitação,
postular benefício da JG e etc. Para esses exemplos, ela precisa obrigatoriamente ter o
mandato de procuração.
No Proc. Civil
Art. 104, CPC. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo
para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado
urgente.
§2º. O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo
nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
No Proc. do Trabalho
Súmula nº 383 do TST
I. É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o
momento da sua interposição, salvo mandato tácito.
Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado,
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após
a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz.
Caso não a exiba, considera- se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
Substabelecimento => poder que o advogado tem de transferir os seus poderes para um
outro advogado.
2 espécies:
Com reserva de poderes: dividem os poderes para algum ato.
Sem reserva de poderes: um sai, deixa de atuar no processo e esse advogado que sai
coloca outro em seu lugar.
OJ nº 319, SDI I, TST. Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o
substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então
estagiário, para atuar como advogado.
Uma vez que tinha a procuração como estagiário e me tornei advogado no decorrer do
processo, não precisa anexar uma nova procuração como advogado.
Honorários Advocatícios
Contratuais
Art. 791-A CLT. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa. (Obs: proc. civil: mínimo 10 e máximo 20 - proc. do trabalho:
mínimo 5 e máximo 15)
§1º. Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações
em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
Beneficiário de JG:
§4º. Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado
da decisão que as certificou, o credor (que é o advogado) demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
“ainda que em outro processo”: doutrina => majoritário que seja especificamente o processo
trabalhista
Deve ficar 2 anos acompanhando a vida da pessoa para ver se ela perdeu a condição de
miserabilidade ou se ela adquiriu verbas por meio de um outro processo trabalhista.
Art. 77, CPC. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus
procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
II. não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são
destituídas de fundamento;
III. não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou
à defesa do direito;
V. declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço
residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação
sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI. não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litgioso.
Art. 78, CPC. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do
Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo
empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.
Litigância de Má-fé
Art. 793-A CLT. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como
reclamante, reclamado ou interveniente.
§1º. Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na
proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se
coligaram para lesar a parte contrária.
§2º. Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em
até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social. (ex: processos por rito sumário)
§3º. O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo,
liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
Audiências
Art. 813, CLT. As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e
realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados entre 8
(oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo
quando houver matéria urgente (pode ultrapassar essas horas nessa hipótese).
Duração da Audiência
5 horas => para o juiz julgar todas as audiências das pautas (do dia). Não é para cada
audiência individualmente.
§1º. Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das
audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência
mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
§2º. Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias,
observado o prazo do parágrafo anterior.
Art. 816, CLT. O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar
retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.
Poder de polícia de juiz na audiência
Art. 815, CLT. À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo
feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes (pregão), testemunhas e
demais pessoas que devam comparecer.
§ único. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de
registro das audiências.
Essa tolerância é para o juiz abrir a pauta da audiência (para dar início aos trabalhos) , não
para iniciar a sua audiência em si. Ex: sua audiência está marcada para 10h, mas a das 9h
ainda não acabou. Pode ser que chegue 10h e a das 9h ainda não acabou e, nesse caso,
não se conta o atraso, só quando essa audiência encerrar.
Art. 849, CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por
motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.
Audiência de julgamento
Na prática, nem é audiência. É só para você comparecer à vara do trabalho e tomar ciência
da decisão que foi juntada nos autos pelo juiz.
Ações de cumprimento: toda vez que não for cumprida uma norma coletiva ou uma
sentença normativa proposta na seara trabalhista (TST ou TRT), você deve ajuizar uma
ação de cumprimento perante a Vara do Trabalho para fazer cumprir o acordo coletivo, ou
convenção coletiva ou a sentença normativa. Em dissídio coletivo não cabe EXECUÇÃO.
Gerente ou Preposto não precisam ter presenciado os fatos, mas sim terem o conhecimento
dos fatos. Nunca podem falar “não sei”, pois configura confissão.
§3º. O preposto a que se refere o §1º deste artigo não precisa ser empregado da parte
reclamada.
§3º . O pagamento das custas a que se refere o §2º é condição para a propositura de
nova demanda.
Art. 731, CLT. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se
apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo
para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis)
meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Nessa hipótese da reclamação verbal, a pena se dá já na primeira vez. É uma oportunidade
única
Art. 732, CLT. Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2
(duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
Doutrina: esse congelamento de até 6m para poder ajuizar uma ação, é somente quando se
trata do mesmo empregado e empregador, é restrita a essa condição.
Súmula nº 74 do TST
Se for audiência de instrução, não gera nem arquivamento para o reclamante e nem a
revelia para o reclamado, apenas a confissão para aquele que não compareceu.
Se ambos não forem, confissão de novo para ambos. O juiz então irá julgar de acordo com
as regras legais de ônus da prova. Quem tinha ônus de prova o que? Não compareceu,
será julgado improcedente.
II. A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
Gerou-se a confissão, mas já existem coisas nos autos. Nesse caso, tudo isso que já foi
colocado na audiência inaugural (provas pré-constituídas), poderão ser levadas em conta
para confrontar aquela confissão ficta que é presumida e não absoluta. Você não mais
querer juntar novas provas pois perdeu a audiência para fazer isso. O juiz pode indeferir
todas as provas que você quer juntar sem que haja o cerceamento de defesa
III. A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se
aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o
processo.
Essa vedação de provas não se aplica ao juiz (princípio do inquisitivo), se ele quiser saber
algo é só ele fazer.
Só apareceu o advogado com procuração nos autos sem o reclamado, o juiz deve aceitar
procuração e os documentos.
Prestigia a ampla defesa e o contraditório
Procedimentos Trabalhistas
Procedimento = Rito
● ordinário → + 40 SM
● sumário → até 2 SM
● sumaríssimo → + 2 SM até 40 SM
Art. 852-A, CLT. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o
salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao
procedimento sumaríssimo.
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e
endereço do reclamado;
Ou seja, no proc. sumaríssimo você tem ônus de ter que saber o nome e o endereço correto
do reclamado, pois não haverá citação editalícia
Obs: §1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste
artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de
custas sobre o valor da causa.
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu
ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o
movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
Obs: na prática nunca dura esse prazo e há brechas para esse prazo ficar infinito
Art. 852-C, CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em
audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado
para atuar simultaneamente com o titular.
Art. 852-E, CLT. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução
conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.
Art. 852-F, CLT. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais,
as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas
pela prova testemunhal.
Art. 852-G, CLT. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam
interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão
decididas na sentença.
§2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência
de instrução e julgamento independentemente de intimação.
Proc. Ordinário (regra): até 3 testemunhas para cada parte, podendo requerer a intimação
da testemunha faltante apenas alegando que convidou e a mesma não compareceu.
Proc. Sumaríssimo: até 2 testemunhas para cada parte e só posso requerer a intimação da
testemunha que eu chamei e não compareceu se eu comprovar o convite, seja por e-mail,
carta e etc (se chamei de boca, dificilmente conseguirá provar). Comprovado o meu convite,
o juiz manda intimar a testemunha e, nesse caso, teremos a 2ª hipótese de fracionamento
da audiência do proc. sumaríssimo.
§3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada,
deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá
determinar sua imediata condução coercitiva.
A diferença do p.o do p.s. é que no p.o. o juiz acredita em você, já no p.s. você deve
comprovar.
§4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida
prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear
perito.
Ou seja:
Se interromper a audiência seja por excesso de documentos e o juiz me der prazo para
manifestar, se provado o convite e o juiz mandar intimar a testemunha ou se houver algum
pedido que envolva prova técnica: prazo máximo 30 dias
Se o juiz justificar nos autos algum motivo relevante fazendo com que o prazo máximo de
30 dias não alcance aquela reclamação, ela será prorrogada sem data marcada.
Art. 852-I, CLT. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo
dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
Custas Processuais
MÍNIMO: R$ 10,64
MÁXIMO: 4x RGPS
Art. 789, CLT. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao
processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o
mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão
calculadas:
II. quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente
improcedente o pedido, sobre o valor da causa;
§1º. As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No
caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do
prazo recursal.
§2º . Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das
custas processuais.
§3º. Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o
pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes.
Se no acordo não houver a previsão de quem ou como ficará arcada as custas, o juiz fixará
50% sobre o valor do acordo como custas para cada parte.
Na prática, as custas devem ser previstas em acordo como obrigação da reclamada.
II. atos dos oficiais de justiça, por diligência certificada: em zona urbana: R$ 11,06
(onze reais e seis centavos);
Art. 790-A, CLT. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça
gratuita:
Honorários Periciais
Art. 790-B, CLT. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
§1º. Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
PGR => ADI 5766: questiona a inconstitucionalidade desse final, pois se é beneficiária da
JG, como ele arcará com honorários periciais?
§1º. Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
§3º . O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.
Os honorários periciais só são pagos AO FINAL.
Provas
Ex: CFRB/88 adiciona 50% em horas extras, mas a Convenção Coletiva determina 70% de
adicional. Nesse caso, deverá ser provado em juízo, pois, logicamente, o juiz não vai saber
as disposições daquela Convenção.
Art. 371, CPC. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.
Ônus da Prova
Art. 818, CLT. O ônus da prova incumbe: (teoria estática: quem alega prova)
Fato constitutivo: é aquele que vai dar origem a uma relação jurídica deduzida em juízo.
Princípio da Aptidão para Prova: ao invés do famoso “quem alega prova” é o prova quem
pode.
Art. 818, §1º, CLT. Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos
deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus
que lhe foi atribuído.
Hipóteses que o juiz poderá inverter o ônus da prova:
Art. 818 §2º . A decisão referida no §1º deste artigo deverá ser proferida antes da
abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e
possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
§3º . A decisão referida no §1º deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
Veda a prova diabólica
Recursos
Súmula nº 126 do TST. Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894,
"b", da CLT) para reexame de fatos e provas.
►Quanto a EXTENSÃO da matéria impugnada
→TOTAL O recurso pode ser de TODA a matéria que o recorrente foi sucumbente.
Recurso Adesivo
→ Não há previsão legal na CLT sobre o recurso adesivo, de forma que se aplicam as
normas do CPC, de forma subsidiária (art. 997 CPC/2015).
1 - Sucumbência recíproca
Art. 997 CPC/2015. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com
observância das exigências legais.
§1º. Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o
outro.
I. será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de
que a parte dispõe para responder;
III. não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele
considerado inadmissível.
Análise de admissibilidade:
Positiva: juízo a quo “aprova”, manda para o juízo ad quem que aprova tambm
Negativa: juízo a quo verifica que não foram preenchidos os requisitos de admissibilidade e,
por isso, ele tranca o seu recurso.
Quando juízo a quo tranca o seu recurso por não atender os requisitos de admissibilidade, o
juiz nega seguimento.
Quando o juiz nega o seguimento, eu posso interpor Agravo de Instrumento. O agravo de
instrumento no processo só tem uma finalidade: destrancar recurso trancado
Pressupostos Recursais
OBJETIVOS (extrínsecos)
→ recorribilidade do ato
→ adequação
→ tempestividade
→ preparo
Depósito Recursal: possui natureza de garantia de juízo, portanto, você pode recorrer a
vontade, desde que garanta a o juízo.
Art. 899 §7º CLT. No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual
se pretende destrancar.
No mesmo dia se comprova.
§11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia
judicial.
Art. 899 §7º CLT. No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual
se pretende destrancar.
Art. 899, §9º, CLT. O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades
sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte.
Art. 899, §10 CLT. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita,
as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
→ regularidade de representação
Advogado deve sempre ter procuração juntada nos autos
→ capacidade
Recurso Ordinário
Da sentença cabe RO e será julgado perante o TRT, mas na hipótese do II que o TRT é
como se fosse a 1ª instância, pois o processo começa nele, o RO será julgado pelo TST
Também:
Súmula 201 do TST. decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança
cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do
Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de
contrariedade.
Recurso de Revista
Sentença do Juiz na vara do trabalho => RO para o TRT => RR para o TST
╟ divergência jurisprudencial; ou
Art. 896 CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos
Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver
dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de
jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal
Federal;
“Roupa suja se lava em casa”. Quando há divergências entre turmas internas do mesmo
TRT, não é cabível o RR. O RR só cabe quando há divergência entres TRT’s diferentes,
pois o TST tem a função de unificar a jurisprudência, tem a função de unificar o
entendimento nacional em sede de matéria trabalhista.
Art. 896, §7º, CLT. A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se
considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do
Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho.
Ex: Danos Morais (já tem Súmula do TST que pacificou)
Art. 896 CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais
Regionais do Trabalho, quando:
Ex: TRT1 e TRT5 com entendimentos diferentes sobre uma mesma Convenção Coletiva de
Trabalho => RR
Obs2: Lei Estadual só existe por conta do estado de São Paulo que possui 2 TRT’s. Se
houver divergência na lei estadual entre esses 2 TRT’s => RR
╟ Súmula vinculante
╟ Súmula do TST
→ Violar LF
→ Houver DIVERGÊNCIA jurisprudencial
→ Contrariar OJ do TST
Recurso de Revista na Execução
Obs: Nas execuções FISCAIS e que envolva CNDT (certidão negativa de débitos
trabalhistas) caberá Recurso de Revista por violação:
╟CF
╟LF
╟Divergência jurisprudencial
*Procedimento Sumário (Lei 5584/70), é um procedimento de única instância e por isso, não
cabe nenhum recurso. Salvo se houver violação a CFRB/88 que caberá REx direito para o
STF.
Embargos ao TST
Eu já estou no TST…
► EMBARGOS INFRINGENTES
► EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Embargos de Divergência
Se temos 8 turmas no TST que não pensam iguais, poderá haver decisões conflitantes
entre elas. Se você encontra divergência entre as turmas do TST, cabe Embargos de
Divergência ao TST. Os Embargos de Divergência serve para acabar com a divergência
interna que existe no TST.
II. das decisões das Turmas (do TST) que divergirem entre si ou das decisões proferidas
pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
Embargos Infringentes
1 – dissídio coletivo;
Art. 894, CLT. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito)
dias:
É como se fosse criar um duplo grau interno, já que a ação começa no TST e então será
julgada pela SDC (Sessão de Dissídios Coletivos)
Agravo de Instrumento
Nega seguimento, cabe Agravo de Instrumento. Só serve para destrancar recurso não
admitido pelo primeiro juízo.
É importante saber essa formação, pois nem todos os tribunais possuem PJE
Na CLT vem sempre escrita por completo, pois se só for escrito “embargos”, refere-se aos
embargos para o TST
O artigo não fala obscuridade, mas como o CPC fala, podemos tranquilamente aplicar.
Em regra, os embargos de declaração não têm efeito modificativo. Ele só vai clarear a
decisão. Por isso, não existe contrarrazões de embargos de declaração. Contudo, se da
decisão dos embargos de declaração houver um efeito modificativo na decisão, o juiz deve
permitir sim a manifestação da parte contrária.
Art. 897-A, §2º, CLT. Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente
poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida
a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.
Deve sempre haver o contraditório prévio sob pena de nulidade dos embargos
declaratórios.
OJ nº 142 SDI I TST. É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração
com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à
parte contrária.
Art. 897-A, §3º, CLT. Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição
de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a
representação da parte ou ausente a sua assinatura.
Agravo de Petição
Art. 897, CLT. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:
O agravo de petição é um recurso muito estrito e o que você não especificou no agravo de
petição, já era, será executado.