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PROCESSO DO TRABALHO

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:


I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juízes do Trabalho.

TST - Ministro
TRT- Juiz de Tribunal (no dia a dia se fala Desembargador)
VT - Juízes do Trabalho

A pessoa do Juiz do Trabalho é denominada como órgão.


Os Juízes do Trabalho ficam na Vara do Trabalho, e por isso costuma-se falar mais Vara do
Trabalho ou Juízes do Trabalho que atuam na Vara no Trabalho

Art. 644 - São órgãos da Justiça do Trabalho:

a) o Tribunal Superior do Trabalho;

b) os Tribunais Regionais do Trabalho;

c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de Direito.

Antigamente, existia a Junta de Conciliação e Julgamento que tinha uma composição


tripartida formada por:

Juiz Classista (foi indicado)


Juiz Presidente (fez concurso)
Juiz Classista (foi indicado)

Em 99, veio uma EC que acabou com essa composição tripartida fazendo com que só haja
o Juiz Presidente que passou a se chamar tão somente Juiz do Trabalho, que não fica mais
em uma junta pois agora é só ele, é monocrático, que passa a atuar em uma Vara do
Trabalho

Onde estiver escrito junta de conciliação e julgamento, ler automático “vara do trabalho”
Se estiver escrito juiz presidente, ler automático juiz do trabalho
Se estiver escrito juiz classista, ignora a existência

TST - uniformiza entendimentos sobre o direito do trabalho

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros,


escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente
da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de
efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da
magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho,
cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e
promoção na carreira;
II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a
supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de
primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito
vinculante. (não exerce atividade jurisdicional, só exerce a supervisão do pofa) (só faz o
pofa das jt’s e dos trt’s. Do próprio tst não faz, nesse caso, o próprio tst tem o seu órgão
interno para fazer o seu pofa)
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a
reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas
decisões

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos,
sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II - os demais (não envolve o Presidente da República), mediante promoção de juízes do
trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo.

Existem 24 TRT’s atualmente


=>Não existe TRT na RATA - Roraima Amapá Tocantins Acre
São Paulo é o único estado com 2 TRT’s

Art. 674 - Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território nacional é dividido
nas oito regiões seguintes:

1ª Região - Estados da Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo;


2ª Região - Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso;

3ª Região - Estados de Minas Gerais e Goiás e Distrito Federal;

4ª Região - Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

5ª Região - Estados da Bahia e Sergipe;

6ª Região - Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte;

7ª Região - Estados do Ceará, Piauí e Maranhão;

8ª Região - Estados do Amazonas, Pará, Acre e Territórios Federais do Amapá, Rondônia e


Roraima.

Parágrafo único. Os tribunais têm sede nas cidades: Rio de Janeiro (1ª Região), São Paulo
(2ª Região), Belo Horizonte (3ª Região), Porto Alegre (4ª Região), Salvador (5ª Região),
Recife (6ª Região), Fortaleza (7ª Região) e Belém (8ª Região).

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho.
STJ Súmula: 10
INSTALADA A JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO, CESSA A COMPETÊNCIA
DO JUIZ DE DIREITO EM MATÉRIA TRABALHISTA, INCLUSIVE PARA A
EXECUÇÃO DAS SENTENÇAS POR ELE PROFERIDAS.
Se não tiver Vara do Trabalho em um lugar, o Juiz de Direito da área cível que julgará as
demandas

Fontes do Processo do Trabalho


Direito Processual do Trabalho tem por objetivo regular os processos individuais e coletivos
que serão submetidos a Justiça do Trabalho
CLT - fonte primária do Direito Processual do Trabalho

Princípio da Subsidiariedade
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do
direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas
deste Título.
Direito Processual Comum = CPC
A fonte primária sempre será a CLT e a fonte secundária de forma usual será o CPC
Ex: o processo do trabalho é célere por natureza e por isso, deve-se observar esse princípio
OJ 310 SDI. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO.
ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973.
INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC
de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade
que lhe é inerente.
Nesse caso pedir a dobra de prazo iria ferir a celeridade do processo trabalhista

CLT Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo
em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos
executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
Ou seja, na fase de execução, a fonte primária é a CLT, em segundo a LEF - Lei de
Execução Fiscal e em terceiro o CPC

Obs: apesar da regra dizer que o CPC é a terceira fonte de execução, poderá haver casos
específicos que a CLT diz que o CPC vai ser a fonte secundária diante da omissão da
própria CLT.
Ex: Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a
execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das
despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à
penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de
16 de março de 2015 - Código de Processo Civil.

Aplicação: Supletiva X Subsidiária


Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e
subsidiariamente..
Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas,
excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será
admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do
valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor.
Ex: aqui o artigo está falando sobre ação rescisória. A CLT até dispõe sobre a ação
rescisória, só que ela não esgota o assunto e por isso, aplicar-se-á supletivamente o CPC
para complementar o assunto. Não é subsidiária, é supletiva, ou seja, é para complementar
uma matéria não esgotada pela CLT, algo que já existe.
Art. 1°, IN 39/2016 TST. Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e
supletivamente, ao Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja
compatibilidade com as normas e princípios do Direito Processual do Trabalho, na
forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei nº 13.105, de 17.03.2015.

Competência da Justiça do Trabalho

Competência é a delimitação do exercício da jurisdição

Divide-se a competência em material e territorial

CFRB/88 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público


externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;

Relação de Trabalho = gênero


Relação de Emprego = espécie (uma das)
Relação de trabalho abrange tudo, emprego, estagiário, avulso, voluntário...

Relações de consumo: não é competência da JT


Ex: contratei um eletricista e não paguei o serviço, não pode à JT julgar

Honorários advocatícios:
Honorários contratuais se discute na justiça comum estadual (calote)
STJ Súmula 363 -
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional
liberal contra cliente.

Ações Penais
Justiça do Trabalho NÃO tem competência criminal. Não julga crime

Entes de Direito Público Externo


1- Estados estrangeiros, abrangendo as embaixadas e os consulados
2- Organismos Internacionais (OIT, ONU…)
Estados Estrangeiros:
Atos de Império: exercício das prerrogativas soberanas (ex: concessão de visto)
Imunidade absoluta de jurisdição, ou seja, não existe a possibilidade de você entrar com
ação
Atos de Gestão: é a atuação do Estado estrangeiro de ordem privada se equiparando a um
particular. Ex: Os EUA contrata uma mão de obra/um empregado e se equipara a um
particular.
Não há imunidade de jurisdição, ou seja, você pode entrar com ação.
Porém, o Estado possui imunidade de execução. Ou seja, você ganha, até tem a sentença
na mão, mas não leva.
O STF entende o seguinte: nas causas trabalhistas, o Estado estrangeiro se submete à
jurisdição brasileira (se um empregado brasilerio for transferido para o estrangeiro, à
jurisdição será a brasileira), mas você não irá ganhar, só no mundo utópico.
A JT pode iniciar a fase de conhecimento, pode reconhecer que o trabalhador laborou para
o Estado estrangeiro, pode condenar esse Estado a pagar verbas rescisórias, só que no
entanto, ela não pode penhorar valores do Estado estrageiro.
A única via é a diplomática no qual o Estado brasileiro pode mandar uma carta rogatória
para o Estado estrangeiro

Apesar do ganha mas não leva, temos 2 exceções onde eu posso ganhar e levar:
1- Renúncia do Estado Estrangeiro à intangibilidade de seus bens
2- Houver no território brasileiro bens desvinculados as finalidades essenciais
diplomáticas

Organizações ou Organismos Internacionais:


Orientação Jurisprudencial 416/TST-SDI-I - 14/02/2012 - Imunidade de jurisdição.
Organização internacional ou organismo internacional.
«As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de
jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico
brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos
atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de
renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional.»

Administração Pública:

União, Estados, Municípios, Autarquias, Fundações, Sociedades de Economia Mista e


Empresas Públicas

Estatutário e Temporário estão fora, JT não tem competência julgar


SÚMULA Nº 382 - MUDANÇA DE REGIME CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO.
EXTINÇÃO DO CONTRATO. PRESCRIÇÃO BIENAL

A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato


de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.

Orientação Jurisprudencial 138/TST-SDI-I - - Servidor público. Competência residual.


Justiça do Trabalho. Regime jurídico único. CF/88, art. 114. Lei 8.112/1990.

Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na


legislação trabalhista referente a período anterior à Lei 8.112/1990, mesmo que a ação
tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário em
substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista.
(1ª parte - ex-OJ 138/TST-SDI-I - inserida em 27/11/98; 2ª parte - ex-OJ 249/TST-SDI-I -
inserida em 13/03/2002).

II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;


Tudo que envolve greve, sempre será a JT
Obs: Súmula Vinculante 23 - Ações possessórias

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em


decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e


trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
Obs: as federações, as confederações e as centrais sindicais são entes que também podem
reclamar perante a JT

IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado


envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o


disposto no art. 102, I, o;
Conflitos de competência podem ser positivo ou negativo
Positivo: quando 2 ou mais juízes se declaram competentes
Negativo: quando 2 ou mais juízes se declaram incompetentes

Art. 805 - Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados:

a) pelos Juízes e Tribunais do Trabalho;

b) pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho;

c) pela parte interessada, ou o seu representante.

Ex: uma vara do trabalho x vara do trabalho vinculados ao mesmo tribunal (ex: 1ª VT x 5ª
VT do mesmo tribunal/região), quando houver conflito de competência, o TRT irá resolver
(art. 808, a, CLT)

Ex2: uma vara do trabalho x juiz de direito investido de jurisdição trabalhista, TRT tbm
resolve a divergência (art. 808, a, CLT)

O TST sempre resolverá os conflitos de regiões diferentes, seja:

TRT x TRT, TRT x VT (de um outro TRT), VT x VT (ou juiz de Direito) de regiões diferentes

O STF sempre resolverá conflitos envolvendo tribunais superiores, basta que tenha apenas
1 deles envolvido.

Já o STJ, resolverá quando se tratar de matérias de Direito diferentes

Obs: se houver conflito entre a 1ª Vara do Trabalho e o seu respectivo TRT, NÃO HÁ
CONFLITO. Terá apenas que respeitar a hierarquia

Súmula nº 420 do TST


COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE
IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial
nº 115 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do
Trabalho a ele vinculada.

VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de


trabalho;
Podem abranger também os danos pré e pós contratuais

Súmula Vinculante 22 - Competência


A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por
danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.
Antes da EC 45/04 tinha-se uma dúvida de para processar e julgar dano moral e material
decorrentes de acidente de trabalho. J. do Trabalho ou J. Comum? Após essa EC, a dúvida
acabou.
O que aconteceu com as ações antes da EC? O STF diz que aquelas ações que já tenham
sentença de mérito em primeiro grau que tramitaram na Justiça Comum, deixa continuar lá.
Agora, as ações que ainda não chegaram a obter sentença de mérito em primeiro grau,
automaticamente desloca para a Justiça do Trabalho => Modulação de Efeitos
STJ tbm confirma Súmula 367 -
A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados.

Ações Acidentárias: 4 tipos


Empregado x Empregador = Justiça do Trabalho
INSS x Empregador = Justiça Federal (art. 109, CFRB/88)
Empregado x INSS = Justiça Comum Estadual (art. 109, CFRB/88)

Herdeiros e Sucessores x Empregador = Justiça do Trabalho


-dano indireto, reflexo/ricochete
Súmula nº 392 do TST
DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
DO TRABALHO (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em
27.10.2015) - Res. 200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material,
decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e
doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do
trabalhador falecido.

VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores


pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
Órgãos de Fiscalização: Ministério do Trabalho realizado pelos Auditores Fiscais do
Trabalho

VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e
seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

Ex: uma pessoa trabalhou nitidamente como empregada em uma empresa, só que ela era
considerada autônoma. Tudo isso para não pagar os direitos trabalhistas e tudo mais. Essa
pessoa então, postulou uma ação requerendo o reconhecimento do vínculo empregatício
daquele período todo que ela trabalhou. Nesse meio todo aí, há as contribuições
previdenciárias decorrentes do período em que ela trabalhou como empregada (juiz
reconhece vínculo).
Agora, ela pode postular tudo isso em uma ação? Não, pois as contribuições
previdenciárias que não foram pagas durante o período laboral, não são competência da JT.
A JT só tem competência para executar as contribuições previdenciárias decorrentes das
sentenças condenatórias em pecúnia (acordo homologado tbm) que ela mesmo proferir.
O que a JT está julgando, irá gerar uma sentença. Toda sentença irá gerar verbas
indenizatórias (dano moral, multa…) e verbas salariais (13º, adicionais…). Todas as verbas
salariais irão incidir em contribuições previdenciárias, já as verbas indenizatórias não.
Quando a JT profere uma sentença, ela só irá executar as contribuições previdenciárias
decorrentes das sentenças que ela própria proferir.
A JT está julgando uma ação e profere uma sentença condenando o empregador a pagar
R$ 50.000,00 a título de verbas salariais. Nesse momento, o empregador já sabe que ele
terá que pagar e já sabe que vai incidir a contribuição previdenciária nessas verbas
salariais. Se ele não pagar justamente essas contribuições previdenciárias, a própria JT de
ofício já começa a execução, “União, pode vir, eu condenei e não te pagou”. É diferente de
entrar na discussão do período que trabalhou o empregador não fez o recolhimento, isso
não consegue na JT, só consegue EXECUTAR, PROCESSAR e JULGAR não!

Reclamação Trabalhista meramente declaratória, ou seja, o juiz reconheceu que você era
empregado, nesse caso, as suas contribuições previdenciárias vão ser discutidas lá fora. O
Juiz da JT só executa a contribuição incidente de verbas que ele deferiu na sentença.

Súmula Vinculante 53
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal
alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.

SÚMULA Nº 368 - DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA.


RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO

I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições


fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos
valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição.

JT: Se for uma ação só para declarar que você é empregado, eu até declaro. Mas discutir
tempo de contribuição, eu tô fora. Eu só faço o seguinte, eu executo depois que condenei e
o cara não pagou e aí eu vou chamar a União para executar cara.

Art. 876 - Parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições


sociais previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição
Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das
sentenças que proferir e dos acordos que homologar

IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.


Rol exemplificativo
Questões que envolvem pis, seguro desemprego...

§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado


às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de
proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse


público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à
Justiça do Trabalho decidir o conflito.

Competência Territorial da JT
Definida com base dos limites geográficos
A competência territorial é relativa.
Ela precisa ser provocada. Não pode um juiz dizer que não tem competência territorial para
apreciar determinada ação. Na prática ele força a outra parte perceber isso rs
Juiz pode de ofício falar que não tem competência material, mas territorial não pode,
somente via provocação.
Resposta: Exceção de Incompetência Territorial - forma que se provoca o juiz apontando
que ele não tem competência territorial para aquela ação

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a


contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta
exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.

§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a


que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.

§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se


existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.

§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência,


garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado como competente.

§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso,


com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante
o juízo competente.

OJ 149 da SDI-II do Tribunal Superior do Trabalho: “CONFLITO DE COMPETÊNCIA.


INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT.
IMPOSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA.
(DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008) Não cabe declaração de ofício de incompetência
territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT.
Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local
onde a ação foi proposta.”

A regra de competência territorial: local da prestação de serviços

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela


localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador,
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

O que importa é apenas o local em que foi prestado o SERVIÇO.

Se a pessoa prestou serviço em muitos estados diferentes, o último que será o competente

Art 651 § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência
será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Regra: vai poder ajuizar ação trabalhista em uma VT em que a empresa tenha agência ou
filial e esse empregado tem que ser subordinado a elas. Se a empresa tem a agencia ou
filial mas o empregado não é subordinado a elas, ele ajuiza no domicílio ou na localidade
mais próxima (aonde ele quiser).

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo,


estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

O empregado é brasileiro e foi trabalhar no estrangeiro. Ele pode ajuizar uma ação
trabalhista desde que não exista uma Convenção Internacional em sentido contrário.
Se ele puder ajuizar a ação, onde será? Depende!
Há quem entenda que se a empresa tem filial no brasil, será nesse local (melhor dos
mundos)
Se a empresa não tiver filial, poderá ser no domicílio do autor/empregado
O parágrafo não exige que a empresa tenha filial no Brasil
Se a empresa não tiver nada no Brasil, você pode até ganhar mas não levar nada por conta
da imunidade de execução.
Divergência muito forte:
Se a empresa tem filial no Brasil, vai ser onde está a filial
Se a empresa não tem filial no Brasil, no domicílio do empregado (ou seja, em qualquer
lugar). Questão processual
Questão de direito material: o que eu vou assegurar para esse empregado em relação a
competência material (13, horas extras…)?
Tudo que é melhor para o empregado. Ex: Se o 13 em outro país é maior que no Brasil, o
juiz dará a do outro país.

Obs:

Se a parte contrária não provocar o juiz com uma resposta chamada exceção de
competência territorial, haverá a prorrogação da competência, ou seja, o juízo que começou
errado, competente territorialmente, passará a ser o competente.
Se o juiz receber a exceção, abrirá prazo para a outra parte se manifestar e manter a ampla
defesa e o contraditório
PRINCÍPIOS

O autor no processo de trabalho se chama reclamante e o reú é o reclamando


Reclamação Trabalhista é o nome da Petição Inicial no Processo do Trabalho

No processo do trabalho a quase regra máxima - QUEM ALEGA PROVA


Obs: há a possibilidade da teoria dinâmica da prova, haja vista o “quem alega prova”
pertencer a teoria estática.

Princípio da Proteção

No Direito do Trabalho o empregado é a parte fraca da relação.


Ele é subordinado juridicamente ao empregador

No campo processual: funciona mais na parte informadora. Ou seja, os princípios vão


inspirar no Processo Trabalhista o legislador para a criação de uma norma.

Se o reclamante não comparece a audiência - arquivamento da reclamação trabalhista.


Se o reclamado não aparece - revelia (Princípio da Proteção estampada na esfera
processual ao diferenciar o tratamento do empregado e do empregador)

Princípio da Publicidade

art. 93, IX, CF todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença,
em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em
casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação; Exceção: segredo de justiça

A audiência é sempre o principal ato processual no processo do trabalho. Não pode ter
medo do juiz, de falar em público...

CLT Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o
interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

Art. 7º, §3º, Lei nº 13.709/2018. O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público
deve considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público que justificaram sua
disponibilização.
...
§4º. É dispensada a exigência do consentimento previsto no caput
deste artigo para os dados tornados manifestamente públicos pelo
titular, resguardados os direitos do titular e os princípios previstos
nesta Lei.
LGPD se preocupa com o que pode acontecer externamente com os dados. Compete
então, aos tribunais disciplinarem, fiscalizarem internamente sobre o que vai acontecer com
os dados externamente. Lógico que os servidores públicos do tribunal podem ter acesso.

Princípio da Conciliação
Norteia todo o processo do trabalho
O Juiz deve sempre tentar conciliar as partes

Art. 764 CLT.


Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho
serão sempre sujeitos à conciliação.

§1º. Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os
seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.

Tempo para que haja a conciliação


Quando for aberto o pregão, quando aberta a audiência as partes chegam e sentam e o juiz
propõe o acordo. Após as razões finais e antes da sentença o juiz propõe novamente o
acordo.

Art. 846 CLT. Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a


conciliação.

Art. 850 CLT. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões


finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em
seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não
se realizando esta, será proferida a decisão.

Ou seja, o juiz abre a audiência e tenta conciliar as partes. Não conseguindo, a audiência
segue e após as razões finais, o juiz renovará a proposta conciliatória. Se não conseguir de
novo, então o juiz proferirá a decisão.
Obs: esses 2 momentos para propor a conciliação são obrigatórios e funcionam para
nortear o processo. Contudo, a qualquer momento do processo poderá o juiz propor a
conciliação.

No processo do trabalho temos 3 procedimentos ou ritos


O procedimento ordinário (regra), sumário e sumaríssimo

Quando trata-se do procedimento sumaríssimo:


Art. 852-E CLT. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens
da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do
litígio, em qualquer fase da audiência.
No procedimento regra o juiz tem por obrigatoriedade aquelas 2 fases, mas especificamente
no procedimento sumaríssimo, faz-se na hipótese do 852-E

Súmula nº 418 do TST. A homologação de acordo constituem faculdade do


juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado
de segurança.
Juiz não é obrigado a homologar qualquer acordo, pois e se acordo for abusivo? Se houver
renúncias graves de direitos?
Obs: se o juiz não aceitar o acordo, não cabe recurso, não cabe mandado de segurança,
não cabe nada. Apenas melhorar o acordo...

PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI


Quem tem a capacidade postulatória no Processo do Trabalho? As partes!

Art. 791 CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar


pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas
reclamações até o final.
§2º.Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência
por advogado.

A defesa técnica no Processo do Trabalho é uma faculdade

Súmula nº 425 do TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT,
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de
competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Obs: ação cautelar autônoma não existe mais, essa súmula deve ser atualizada

O Jus Postulandi das partes é limitado

O acordo extrajudicial também obriga a presença de advogado


Art. 855-B CLT. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá
início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das
partes por advogado.
Obs: se o juiz não homologar ou homologar em partes o acordo extrajudicial, cabe o
recurso ordinário. Homologação de acordo extrajudicial = sentença

Nesse caso, a capacidade postulatória é privativa das partes, porém, é uma capacidade
limitada.
Mnemônico da limitação do jus postulandi : MARAH
M andado de Segurança
A ção Rescisória
R ecursos de competência TST
A ção cautelar (não existe mais, mas como a súmula existe e não foi atualizada, é
bom citar)
H omologação para acordo extrajudicial

Princípio da Oralidade
Norteia todo o processo do trabalho, pois a reclamação trabalhista pode ser verbal ou
escrita, petição inicial, contestação, audiência, razões finais, tudo isso pode ser verbal.

Princípio da Concentração
Art. 849 CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por
motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.
Contínua= atos processuais estarão sendo concentrados em uma única audiência, ou seja,
que todos os atos aconteçam em uma única data/audiência
Atos: conciliação, instrução processual e o julgamento
Resumo: concentração de atos na audiência
Mas se não for possível, por força maior (pode ser qualquer coisa) o juiz irá fracionar
Obs de prática: sempre levar as testemunhas, se elas não forem ouvidas naquela
audiência, pedir ao juiz que as intimem para o dia da nova audiência.
Tudo isso é no procedimento regra (ordinario)

Obs: Art. 852-C CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas
em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser
convocado para atuar simultaneamente com o titular.
Audiência é UNA, porém possui 3 exceções.
Ordinário: causas que excedem 40 salários mínimos
Sumário: causas de até 2 salários mínimos
Sumaríssimo: acima de 2 e até 40 salários mínimos

Princípio da Identidade Física do Juiz


Vinculação do órgão julgador (que é o próprio juiz que é considerado órgão) aquele que
realizou e concluiu a audiência de instrução.

Súmula 136/TST - 11/10/1982 - Juiz. Identidade física do juiz. CPC/1973, art. 132
(cancelada).
(CANCELADA). Não se aplica às Juntas de Conciliação e Julgamento o princípio da
identidade física do Juiz.
Nessa época tinha o juiz presidente e os juízes classistas e por isso não se aplicava esse
princípio.
Nesse caso, como a EC 24/99 cancelou as juntas de conciliação e julgamento, o CPC/73
em seu art. 132 positivava esse princípio e como a súmula foi cancelada em 2012,
passou-se a dizer que o princípio era aplicado ao Processo do Trabalho.

O NCPC não aplicou esse princípio, não repetiu/reproduziu o art. 132 do código anterior que
consagrava esse princípio. Sendo assim, se não se aplica no Processo Civil, muito menos
se aplicará no Processo do Trabalho.

Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias

Art. 893 CLT. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:


§1º. Os incidentes do processo são resolvido pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a
apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recurso da
decisão definitiva. (sentença)

Atos do juiz: despachos (impulsionam/movimentam o processo, não cabe recurso),


sentenças (cabe recurso) e decisões interlocutórias (parece sentença, mas não é.
Resolve um problema do processo mas não põe fim ao processo. São irrecorríveis de
IMEDIATO, ou seja, quando o juiz profere uma decisão interlocutória você não pode
recorrer. só quando o juiz profere a sentença, cabe um RO (recurso ordinário) e ao recorrer
eu cito aquela decisão interlocutória que ficou lá atrás. Quando um juiz profere a sentença,
cabe a interposição do recurso ordinário se você achar interessante, e aí você abre uma
preliminar e ataca aquela decisão interlocutória.

Pedir pra constar em ata o meu inconformismo.

Pessoa trabalha no RJ, entra com ação em SP. O reclamado receberá uma notificação para
comparecer em audiência que acontecerá no mínimo em 5 dias. O reclamado pode então
entrar com uma resposta chamada de exceção de incompetência territorial. Se o
reclamado não falar nada, prorrogar-se-á a competência.
Se o reclamado apresentar a exceção de incompetência territorial e o juiz acolhe e remete
aos autos para outro TRT, quando juiz resolve a exceção de incompetência territorial, ele
estará proferindo uma decisão interlocutória e nesse caso específico, cabe recurso de
imediato.

Súmula nº 214 do TST. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893,


§ 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas
hipóteses de decisão:

a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do


Tribunal Superior do Trabalho;

b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;

c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o
disposto no art. 799, § 2º,
da CLT.

Tudo isso para manter o contraditório substancial do Reclamante para se justificar o porquê
dele ter aberto o processo fora do local da prestação de serviço

Obs: Quando se tratar de exceção de incompetência territorial de outra comarca dentro


de um mesmo TRT (ex: RJ e Niteroi), NÃO caberá o recurso.

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS SÃO IRRECORRÍVEIS DE IMEDIATO.

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a


contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta
exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.

§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a


que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.

§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se


existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.

§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência,


garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado como competente.

§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso,


com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante
o juízo competente

Princípio da Simplicidade
O processo do trabalho é simples, é breve

§1º, CLT. Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação
das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou
de seu representante.

Na Instrução Normativa nº 41 do TST, em razão de haver muito pedido de danos morais, diz
que o pedido poderá ser por estimativa.

Pode haver pedido implícito na pet. inicial


SÚMULA Nº 211 - JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO
PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL

Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o


pedido inicial ou a condenação.

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação


das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de
seu representante.

§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e


assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste
artigo.

§ 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados


extintos sem resolução do mérito.

Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de


48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado,
notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a
primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.

§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar


embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital,
inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na
sede da Junta ou Juízo.

§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma


do parágrafo anterior.

§ 3o Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá,


sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.

Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão


ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou
estabelecimento.

Princípio do Inquisitivo / Inquisitório

Art. 765 CLT. Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer
diligência necessária ao esclarecimento delas.

Traz a ideia que o juiz dirige, é o diretor do processo. Isso é muito forte no Processo do
Trabalho

Art. 852-D CLT. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem
produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar
especial valor às regras de experiência comum ou técnica. (sumaríssimo)

O juiz é o DIRETOR do processo


Rompeu-se a inércia, o processo só se desenvolve por impulso oficial

Atualmente, a ideologia mudou bastante por conta do princípio da cooperação, da nova


lógica processual do CPC. Mas esse princípio continua muito vivo no Processo do Trabalho

Atos processuais: acontecimentos voluntários que ocorrem no processo e dependem da


provocação das partes, do juiz ou/e auxiliares da justiça. Em regra, são públicos (princípio
da publicidade dos atos processuais. Exceção: segredo de justiça)

Art. 770 CLT. Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o
§ único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado,
mediante autorização expressa do juiz ou presidente.interesse social, e realizar-se-ão
nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

Preciso sempre na verdade conhecer os regimentos internos dos tribunais em relação aos
horários.

Nesse caso, para atos processuais externos é de 6 às 20 horas. Para atos processuais
internos, vai depender do horário de funcionamento estabelecido em regimento interno do
Tribunal. Cada Tribunal poderá ter o seu especificamente.

OBS: Sábado é dia útil para a prática de atos processuais externos (ou seja, não precisa
de autorização).

Prova Documental

Art. 780, CLT. Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente
depois de findo o processo, ficando traslado.
Traslado = cópia

Art. 768, CLT. Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão
tiver de ser executada perante o Juízo da falência.

Tudo que tiver indo para o juízo falimentar vai correr com preferência em todas as fases
processuais, pois
Uma empresa esteja em falência e o processo falimentar está correndo lá no juízo
falimentar. Eu não vou ingressar com uma Reclamação Trabalhista no juízo falimentar até
porque esse juízo não tem competência para isso. O que eu eu devo fazer é ajuizar uma
Reclamação Trabalhista para ter o reconhecimento do meu crédito trabalhista. Eu pego
esse reconhecimento do meu crédito trabalhista no qual eu não recebo pela JT e habilito lá
no juízo falimentar.
Se eu pego o crédito que consegui na JT e vou habilitar lá no juízo falimentar, o meu
processo vai correr com tramitação preferencial.

Comunicação dos Atos Processuais


Objetiva dar conhecimento alguém aos atos realizados no processo

Comunicação entre juízos:


Citação: é o ato pelo qual são convocados o reclamado, o
executado ou o interessado para integrar a relação processual.

Intimação: é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.

No processo do trabalho se utiliza uma nomenclatura única chamada de NOTIFICAÇÃO,


que abrange a CITAÇÃO e a INTIMAÇÃO.
No Processo do Trabalho, a Notificação em via de regra quase máxima, se dará por via
postal.
O juiz só começa a ter contato com a ação na audiência

Art. 841, CLT. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de


48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição (é a citação), ou do
termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do
julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias (prazo mínimo de 5
dias entre a notificação e audiência).

§1º. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar
embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por
edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado
na sede da Junta ou Juízo.
Regra: notificação postal. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for
encontrado, far-se-á a notificação por edital (editalícia).

§2º. O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma


do parágrafo anterior.

§ 3º. Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o
consentimento do reclamado, desistir da ação.
Posso desistir sozinho? Só se o reclamado não for citado
Se está citado, somente o consentimento deste.

A notificação postal é uma regra no Processo do Trabalho. Essa 2ª via é a própria


notificação com efeito de citação.
O reclamante é notificado na hora em regra. Se não for, receberá a notificação postal igual o
reclamado.
Após a certidão negativa de notificação postal, posso pedir a citação por OJAF também
A notificação no processo do trabalho não constitui um ato pessoal, ou seja, pessoas
diferentes podem receber. Pessoas em portarias da empresa...

No Processo do Trabalho NÃO tem rol de testemunhas


Art. 774, §único, CLT. Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o
destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de
responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao
Tribunal de origem.

Súmula nº 16 do TST. Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois


de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo
constitui ônus de prova do destinatário.

Se uma pessoa diferente recebe e por algum motivo não dá ciência ao reclamado, ele que
tem o ônus de provar que não recebeu.
Obs: presunção relativa => “o seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo”

Notificação por Edital


Art. 841, §1º. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar
embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por
edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado
na sede da Junta ou Juízo.
Regra: notificação postal. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for
encontrado, far-se-á a notificação por edital (editalícia).

Comunicação por edital na fase da execução


Art. 880 § 3º - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e
oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na
falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias.

Notificação por Oficial de Justiça


Art. 880, CLT. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir
mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo,
pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em
dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48
(quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.

Notificação por OJAF em regra, será na fase de execução


Na fase da execução, a notificação é um ato pessoal.
Na fase da execução, o OJAF vai até a empresa e entrega a citação pessoalmente ao
reclamado

Notificação Por Meio Eletrônico


Art. 17, Res. 185/2017 CSJT. No processo eletrônico, as citações, intimações e notificações,
inclusive as destinadas à União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas
respectivas autarquias e fundações de direito público serão feitas por meio
eletrônico, sem prejuízo da
publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) nas hipóteses previstas
em lei.
Hoje em dia, as notificações serão eletrônicas (caso tenha PJE)
Formas de Intimação

► intimação por diário oficial;


► intimação postal ou por Oficial de Justiça;
► intimação na audiência;
► intimação eletrônica.

Intimação pelo Diário Oficial (é a regra)


Obs: intimação por diário oficial => Súmula nº 427 do TST. Havendo pedido expresso de
que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de
determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos
autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.

Intimação Postal ou por OJAF

Obs: jus postulandi (logicamente, como não tem advogado, não tem como usar o Diário
Oficial)

Intimação na Audiência
Art. 834, CLT. Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e
sua notificação aos litigantes, ou a seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias
audiências em que forem as mesmas proferidas.

Art. 852, CLT. Da decisão (ou seja, da sentença) serão os litigantes notificados,
pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a
notificação far-se-á pela forma estabelecida no §1º do art. 841.

Revelia: Ausência do Reclamado x Ausência de Defesa

AUSÊNCIA DO RECLAMADO, porém, não tem como afirmar isso, apenas seguir a maioria.
Não temos a resposta, essa é a realidade.

Se o reclamante não comparece a audiência = arquivamento


Se o reclamado não comparece a audiência = revelia

Se o reclamado for revel, não foi a audiência, não será mais intimado dos atos processuais.
O processo vai correr sem que receba as intimações.
Exceção: intimação da sentença por via postal (art. 852)

Intimação Eletrônica
Art. 270, CPC. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na
forma da lei.
Publicadas em Diário Oficial, DJE…

Prazos Processuais

legais: descritos pela própria LEI;

judiciais: fixados pelo juiz;


convencionais: atribuídos de comum acordo entre as partes.

Art.218, CPC. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

§1º. Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à


complexidade do ato.

§3º. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.

Sempre que o juiz não fixar um prazo, nunca pergunte - é feio/gafe jurídica. Sempre vai ser
5 dias...

Art. 223, CPC. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato
processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte
provar que não o realizou por justa causa.

§1º. Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de
praticar o ato por si ou por mandatário.

§2º. Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe
assinar.

Como podemos dividir os prazos processuais trabalhistas:

❶ peremptórios: não podem ser alterados por vontade das partes; (ex: prazo recursal)

❷ dilatórios: podem ser modificados por convenção das partes;

Art. 775, §1º, CLT. Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário,
nas seguintes hipóteses:

I - quando o juízo entender necessário;


II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. (ex: acidente em trânsito me
impede de chegar)

Classificação dos Prazos

❶ próprios: uma vez descumpridos, levam à perda da possibilidade de praticar o ato


processual – preclusão temporal. (basicamente, fixados em lei)

❷ impróprios: uma vez descumpridos, não provocam efeitos processuais.

O prazo impróprio muitas vezes é o prazo que o juiz tem. Ex: prazo do juiz para proferir uma
sentença no processo do trabalho => na audiência de julgamento. Se ele não fizer na
audiência de julgamento => prazo de 48h para proferir. E se o juiz não proferir dentro do
prazo de 48h? => você deve aguardar a ser intimado da sentença
Espécies de Preclusão

→ preclusão temporal: perda de prazos

→ preclusão consumativa: impede a REITERAÇÃO de um ato já praticado;

→ preclusão lógica: veda a prática de um ato INCOMPATÍVEL com o anteriormente


realizado;

→ preclusão pro iudicato: ocorre quando a preclusão é para o JUIZ. (não acontece nada
pois para o juiz são prazos impróprios)

Contagem de prazos

2 momentos - a data da ciência/notificação e a data do início da contagem

Início do prazo: é a NOTIFICAÇÃO

=> dia do susto (não conta)

Início da contagem: o dia útil subsequente à NOTIFICAÇÃO

Art. 775, CLT. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento

Dia do Susto na Sexta-Feira


Súmula nº 1 do TST. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se
seguir

Dia do Susto no Sábado


Súmula nº 262 do TST
I. Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil
imediato e a contagem, no subsequente.

No sábado, o dia do susto é transferido para a segunda-feira e a contagem do prazo


começa na terça-feira.

A audiência em regra é una, mas o juiz pode fracionar. Nesse caso, temos o seguinte
exemplo:

Se o juiz realiza a audiência de instrução no dia 10/11 e marca a audiência de julgamento


para o dia 10/12, acontece que eles já foram intimados e o dia do susto (para recursos) é
justamente nesse dia 10/12.

Súmula nº 197 do TST. O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à
audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.

A publicação se dá na própria audiência


Se o juiz fracionou a sentença e marcou a audiência de julgamento e não juntou a sentença
nesse dia que ele próprio marcou, ele ainda terá um prazo (impróprio) de 48h para juntar a
sentença. Nesse caso, você não será intimado para tomar ciência da sentença e aí cabe a
você a acompanhar nessas 48h se o juiz irá intimar. Ultrapassadas as 48h e o juiz não
sentenciou, você não faz mais nada e espera ser intimado.

SÚMULA Nº 30 TST - INTIMAÇÃO DA SENTENÇA


Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de
julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a
parte receber a intimação da sentença.

Funcionamento desta intimação no PJE

Art. 5º, §1º, Lei 11.419/2006. Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o
intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos
a sua realização.

§2º. Na hipótese do §1º deste artigo, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil,
a intimação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.

Obs: Efetivada a consulta dentro de 10 dias corridos, será intimado da data da consulta.

Se depois dos 10 dias corridos você não fizer a consulta no PJE, após esses 10 dias, você
estará intimado por presunção.

O dia da intimação é o dia susto

Interrupção e Suspensão

Interrupção - o prazo é zerado


Ex: Embargos de Declaração suspende o prazo do RO

Suspenção - o prazo é paralisado


Art. 775-A, CLT. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre
20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.

Prazos Diferenciados

Art. 180, CPC. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos
autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, §1º.

Art. 183, CPC. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e


suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de
prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a
partir da intimação pessoal.

Art. 186, CPC. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais.

Art. 1º, DEC. 779/69. Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou
fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica:
II. o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do
Trabalho;

III. o prazo em dobro para recurso;

Ou seja, prazo mínimo de 20 dias para contestar (pois o normal é o mínimo de 5) e o prazo
dobrado para recorrer.

Art. 12, DEC-LEI 509/69. A ECT gozará de isenção de direitos de importação de materiais e
equipamentos destinados aos seus serviços, dos privilégios concedidos à Fazenda
Pública, quer em relação a imunidade tributária, direta ou indireta, impenhorabilidade
de seus bens, rendas e serviços, quer no concernente a foro, prazos e custas
processuais.
Ou seja, os Correios foram comparados à Fazenda Pública para demandas judiciais e, terão
o prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.

OJ n º 310 SDI I TST. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229,
caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia


distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer
juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.

§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida
defesa por apenas um deles.

§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

Partes e Procuradores

O processo do trabalho é um processo autônomo, independente

Autor e Réu = Reclamante e Reclamado

Petição Inicial = reclamação trabalhista

Quadro de nomenclaturas própria de Proc. do Trabalho:


Capacidade de ser Parte: é a aptidão de ser titular de direitos e obrigações. Todos possuem
essa capacidade.

Capacidade de ser parte ≠ Capacidade Processual

Capacidade Processual (ou para estar em juízo): é aptidão para prática de ato processual
sem a necessidade de assistência ou representação.

Capacidade de ser Parte + Capacidade Processual = Capacidade Plena

Quando se inicia a capacidade plena no processo do trabalho?


Resp: 18 anos

Capacidade do Menor de 18 anos


Art. 793, CLT. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho (não
existe mais. Hoje em dia, Ministério Público do Trabalho), pelo sindicato, pelo Ministério
Público estadual ou curador nomeado em juízo.

Capacidade das Pessoas Jurídicas de Direito Privado:


Art. 75 CPC/2015.
Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
...
VIII. a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não
havendo essa designação, por seus diretores;

Capacidade das Pessoas Jurídicas de Direito Público:


Capacidade Postulatória

Art. 791 CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente


perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final (obs:
limitado pela Súmula 425 TST {MARAH})

§2º. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.

A priori, a capacidade postulatória é privativa das partes, seja nos dissídios individuais e
coletivos.

Representação por Advogado


Se dá através do instrumento da procuração.

Para Pessoas Jurídicas de Direito Público:

Súmula nº 436 do TST


I. A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas,
quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão
dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de
nomeação.

II. Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se
exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição
na Ordem dos Advogados do Brasil.

Obs: é importante ressaltar essas formalidades pois esses entes podem preferir e contratar
um advogado em razão de ser uma causa específica e esse advogado ser especialista
nesse assunto. Quando não observadas essas regras, poderá trazer confusões ao
Magistrado e ao Processo.

Súmula nº 427 do TST. Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações


sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação
em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a
inexistência de prejuízo (ex: se manifestar sobre prova).

Mandato Tácito

Art. 791, §3º, CLT. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral
poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento
verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.

Acontece especificamente na audiência e não se junta procuração após (obrigatoriamente).


Ele já está constatado em ata que é advogado da parte após a confirmação do juiz na hora
da audiência.

Obs: esse advogado não terá poderes específicos, como não poder receber, dar quitação,
postular benefício da JG e etc. Para esses exemplos, ela precisa obrigatoriamente ter o
mandato de procuração.

Advogado que está em juízo sem procuração e sem mandado tácito.

No Proc. Civil
Art. 104, CPC. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo
para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado
urgente.

§1º. Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de


caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual
período por despacho do juiz.

§2º. O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo
nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

No Proc. do Trabalho
Súmula nº 383 do TST
I. É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o
momento da sua interposição, salvo mandato tácito.
Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado,
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após
a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz.
Caso não a exiba, considera- se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.

II. Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou


substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para
julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício.
Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber
ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência
couber ao recorrido (art. 76, §2º, do CPC de 2015).
Pode ser que tenha uma procuração nos autos, porém com vícios (ex: faltou a OAB do adv,
não assinou...). Nesse caso, ganha-se um prazo de 5 dias para sanar o vício.

Substabelecimento => poder que o advogado tem de transferir os seus poderes para um
outro advogado.
2 espécies:
Com reserva de poderes: dividem os poderes para algum ato.
Sem reserva de poderes: um sai, deixa de atuar no processo e esse advogado que sai
coloca outro em seu lugar.

OJ nº 200, SDI-I, TST. É inválido o substabelecimento de advogado investido de


mandato tácito.
Ou seja, advogado por mandato tácito não pode estabelecer. Somente com mandato tácito.

OJ nº 319, SDI I, TST. Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o
substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então
estagiário, para atuar como advogado.
Uma vez que tinha a procuração como estagiário e me tornei advogado no decorrer do
processo, não precisa anexar uma nova procuração como advogado.

Honorários Advocatícios

Contratuais

Sucumbenciais (ou advocatícios)

Art. 791-A CLT. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa. (Obs: proc. civil: mínimo 10 e máximo 20 - proc. do trabalho:
mínimo 5 e máximo 15)

§1º. Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações
em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.

§5º. São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.

§2º. Ao fixar os honorários, o juízo observará:


I. o grau de zelo do profissional;
II. o lugar de prestação do serviço;
III. a natureza e a importância da causa;
IV. o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu
serviço.

§3º. Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência


recíproca, vedada a compensação entre os honorários.

Beneficiário de JG:

§4º. Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado
da decisão que as certificou, o credor (que é o advogado) demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
“ainda que em outro processo”: doutrina => majoritário que seja especificamente o processo
trabalhista

Deve ficar 2 anos acompanhando a vida da pessoa para ver se ela perdeu a condição de
miserabilidade ou se ela adquiriu verbas por meio de um outro processo trabalhista.

Deveres das Partes

Art. 77, CPC. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus
procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

I. expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II. não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são
destituídas de fundamento;

III. não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou
à defesa do direito;

IV. cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e


não criar embaraços à sua efetivação;

V. declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço
residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação
sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;

VI. não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litgioso.

Partir sempre do pressuposto do princípio da boa-fé e da lealdade processual

Art. 78, CPC. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do
Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo
empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.

§1º. Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou


presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob
pena de lhe ser cassada a palavra.

§2º. De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões


ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de
certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte
interessada.

Litigância de Má-fé

Art. 793-A CLT. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como
reclamante, reclamado ou interveniente.

Art. 793-B, CLT. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I. deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II. alterar a verdade dos fatos;
III. usar do processo para conseguir objetvo ilegal;
IV. opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V. proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI. provocar incidente manifestamente infundado;
VII. interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Art. 793-C, CLT. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a


pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por
cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que
esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que
efetuou.

§1º. Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na
proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se
coligaram para lesar a parte contrária.

§2º. Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em
até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social. (ex: processos por rito sumário)

§3º. O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo,
liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.

Audiências

É o ato processual de maior relevância no Processo do Trabalho

Art. 813, CLT. As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e
realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados entre 8
(oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo
quando houver matéria urgente (pode ultrapassar essas horas nessa hipótese).

Duração da Audiência
5 horas => para o juiz julgar todas as audiências das pautas (do dia). Não é para cada
audiência individualmente.

§1º. Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das
audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência
mínima de 24 (vinte e quatro) horas.

§2º. Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias,
observado o prazo do parágrafo anterior.

Art. 701, CLT. As sessões do Tribunal serão públicas e começarão às 14 (quatorze)


horas, terminando às 17 (dezessete) horas, mas poderão ser prorrogadas pelo
Presidente em caso de manifesta necessidade.

§1º . As sessões extraordinárias do Tribunal só se realizarão quando forem comunicadas


aos seus membros com 24 (vinte e quatro) horas, no mínimo, de antecedência.
§2º . Nas sessões do Tribunal, os debates poderão tornar-se secretos, desde que, por
motivo de interesse público, assim resolva a maioria de seus membros.
Art. 814 CLT. Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária
antecedência, os escrivães ou chefes de secretaria.
Na prática, quem comparece é o Juiz com o seu servidor.
Escrivão nem existe mais, mas sim o Diretor de secretaria

Art. 816, CLT. O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar
retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.
Poder de polícia de juiz na audiência

Art. 815, CLT. À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo
feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes (pregão), testemunhas e
demais pessoas que devam comparecer.

§ único. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de
registro das audiências.

Se ultrapassado 15min e o juiz não comparecer, vc pode ir até a secretaria da vara do


trabalho e perguntar se o juiz está na casa e, com a negativa, então vai constar no registro
de ata e aí vc vai embora. Na prática, o juiz atrasa o quanto ele quiser..

Essa tolerância é para o juiz abrir a pauta da audiência (para dar início aos trabalhos) , não
para iniciar a sua audiência em si. Ex: sua audiência está marcada para 10h, mas a das 9h
ainda não acabou. Pode ser que chegue 10h e a das 9h ainda não acabou e, nesse caso,
não se conta o atraso, só quando essa audiência encerrar.

Atrasos das partes

OJ 245 SDI-I TST


Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na
audiência.

Art. 849, CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por
motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.

A ideia do legislador é que todos os atos processuais aconteçam no mesmo dia.


Força maior: pode ser muita coisa
Juiz pode simplesmente alegar que a pauta está enorme.

Tipos de audiências com o fracionamento:

Audiência inaugural ou de conciliação


Acontece apenas a primeira proposta conciliatória e não sendo possível, a defesa
(contestação, reconvenção, exceção de territ....)
Audiência de instrução em prosseguimento
É a mais importante. Acontece e colheita de provas e é onde você vai tentar formar o
convencimento do juiz.

Audiência de julgamento
Na prática, nem é audiência. É só para você comparecer à vara do trabalho e tomar ciência
da decisão que foi juntada nos autos pelo juiz.

Art. 843, CLT. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o


reclamado, independente do comparecimento de seus representantes, salvo nos
casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de cumprimento, quando os empregados
poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

Reclamatórias Plúrimas = Litisconsórcio Ativo


Em vez de ter umas 100 pessoas na audiência, a representação poderá ser feita pelo
sindicato.

Ações de cumprimento: toda vez que não for cumprida uma norma coletiva ou uma
sentença normativa proposta na seara trabalhista (TST ou TRT), você deve ajuizar uma
ação de cumprimento perante a Vara do Trabalho para fazer cumprir o acordo coletivo, ou
convenção coletiva ou a sentença normativa. Em dissídio coletivo não cabe EXECUÇÃO.

§1º, CLT. É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer


outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o
proponente.

Gerente ou Preposto não precisam ter presenciado os fatos, mas sim terem o conhecimento
dos fatos. Nunca podem falar “não sei”, pois configura confissão.

§2º. Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado,


não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se
representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu
sindicato.

Obs: Empregado da mesma profissão e não da mesma empresa

Comparecem a audiência só para evitar o arquivamento.

§3º. O preposto a que se refere o §1º deste artigo não precisa ser empregado da parte
reclamada.

Preposto: pode ser QUALQUER pessoa

Checklist das representações

╟ representação do empregado pelo SINDICATO nas reclamatórias plúrimas;

╟ representação do empregado pelo SINDICATO nas ações de cumprimento;


╟representação do empregado por OUTRO empregado que pertença a mesma profissão ou
pelo SINDICATO;

╟representação do empregador pelo GERENTE ou PREPOSTO.

Não comparecimento das partes na audiência

Se o reclamante não compare: arquivamento


Se o reclamado não comparece: revelia e confissão ficta

Art. 844, CLT. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o


arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia,
além de confissão quanto à matéria de fato.

§2º. Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das


custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da
justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu
por motivo legalmente justificável.

§3º . O pagamento das custas a que se refere o §2º é condição para a propositura de
nova demanda.

Se ambos reclamante e reclamado não comparecerem, arquivará pois o que importa é o


reclamante não comparecer.

Se o Reclamante der causa a 2 arquivamentos seguidos pelo não comparecimento na


audiência, ele ficará impossibilitado pelo prazo de 6m de ajuizar uma nova reclamação
trabalhista => Perempção Provisória ou Temporária

Art. 731, CLT. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se
apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo
para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis)
meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Nessa hipótese da reclamação verbal, a pena se dá já na primeira vez. É uma oportunidade
única

Art. 732, CLT. Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2
(duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
Doutrina: esse congelamento de até 6m para poder ajuizar uma ação, é somente quando se
trata do mesmo empregado e empregador, é restrita a essa condição.

Súmula nº 9 do TST A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após


contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.

Se o reclamante não comparece à audiência de instrução não gera arquivamento. Mas aí


gera o quê? A súmula não diz
Se o reclamado não compare a audiência inaugural: revelia
Se o reclamante não comparece à audiência de instrução: ?

Súmula nº 74 do TST

I. Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação,


não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor.

Parte é ambos reclamante e reclamada. Ou seja, se o reclamante não comparecer à


audiência de instrução se dará sua confissão.

Se for audiência de instrução, não gera nem arquivamento para o reclamante e nem a
revelia para o reclamado, apenas a confissão para aquele que não compareceu.

Se ambos não forem, confissão de novo para ambos. O juiz então irá julgar de acordo com
as regras legais de ônus da prova. Quem tinha ônus de prova o que? Não compareceu,
será julgado improcedente.

II. A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.

Gerou-se a confissão, mas já existem coisas nos autos. Nesse caso, tudo isso que já foi
colocado na audiência inaugural (provas pré-constituídas), poderão ser levadas em conta
para confrontar aquela confissão ficta que é presumida e não absoluta. Você não mais
querer juntar novas provas pois perdeu a audiência para fazer isso. O juiz pode indeferir
todas as provas que você quer juntar sem que haja o cerceamento de defesa

III. A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se
aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o
processo.
Essa vedação de provas não se aplica ao juiz (princípio do inquisitivo), se ele quiser saber
algo é só ele fazer.

► audiência inaugural: ocorre a 1ª proposta conciliatória e apresentação da defesa.


► audiência de instrução (ou em prosseguimento): ocorre a colheita de provas.
► audiência de julgamento: publicação da sentença.
Art. 844, §5º, CLT. Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência,
serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.

Só apareceu o advogado com procuração nos autos sem o reclamado, o juiz deve aceitar
procuração e os documentos.
Prestigia a ampla defesa e o contraditório

Checklist da falta das partes na audiência

Procedimentos Trabalhistas

Procedimento = Rito

● ordinário → + 40 SM

Para todas as causas superiores a 40 salários mínimos


Sempre devo olhar o salário mínimo vigente da data do ajuizamento da ação

● sumário → até 2 SM

Para todas as causas de até 2 salários mínimos

● sumaríssimo → + 2 SM até 40 SM

Para todas as causas que excedam a 2 e não ultrapassam a 40 salários mínimos

Obs: há doutrinadores que entendem que o sumaríssimo absorveu o sumário


Procedimento Sumaríssimo: foi criado pela Lei 9957/2000, incluindo um capítulo na CLT
que vai do art. 852-A ou 852-I.

Art. 852-A, CLT. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o
salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao
procedimento sumaríssimo.

Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é


parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.

P. Sumaríssimo é só para Dissídios Individuais e somente Empresas Públicas e Sociedades


de Economia Mista estão dentro do Sumaríssimo, pois são pessoas jurídicas de direito
privado. Administração Pública direta (União, Estados, DF e Municípios) e Autarquias e
Fundações estão fora do Sumaríssimo.

Art. 852-B, CLT. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:

I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;

Obs: pode ser por estimativa

II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e
endereço do reclamado;

Ou seja, no proc. sumaríssimo você tem ônus de ter que saber o nome e o endereço correto
do reclamado, pois não haverá citação editalícia

Obs: §1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste
artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de
custas sobre o valor da causa.

III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu
ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o
movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
Obs: na prática nunca dura esse prazo e há brechas para esse prazo ficar infinito

§2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas


no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local
anteriormente indicado, na ausência de comunicação.

Art. 852-C, CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em
audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado
para atuar simultaneamente com o titular.

As audiências no procedimento sumaríssimo são únicas. Só existem 3 hipóteses que ela


pode ser fracionada. Mas a princípio, não foi dada margem para o juiz ter o poder
discricionário para fracionar a audiencia.
Art. 852-D, CLT. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a
serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou
excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para
apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.

Art. 852-E, CLT. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução
conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.

Art. 852-F, CLT. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais,
as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas
pela prova testemunhal.

Ou seja, não se fará uma ata pesada, mas sim simplória.

Art. 852-G, CLT. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam
interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão
decididas na sentença.

Art. 852-H, CLT. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e


julgamento, ainda que não requeridas previamente.

§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente


a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a
critério do juiz.

1ª hipótese de fracionamento: diante de uma quantidade exagerada de documentos, a


critério do juiz, ele poderá abrir um prazo para a parte se manifestar sobre os documentos.
Em tese, no sumaríssimo, o contraditório é imediato, se uma parte apresentar algum
documento, a outra parte deverá se manifestar na hora sobre. Contudo, foi dada a
possibilidade discricionária do juiz para o juiz, de ofício, ao observar que a parte contrária
está juntando um excesso de documentos que é impossível de ser analisado tudo naquela
audiência. Então, diante de uma situação dessa e a seu critério, o juiz poderá interromper a
audiência e dar prazo para a parte se manifestar mediante ao deferimento de seu pedido
para o ganho de prazo ou então, por bom senso, ele poderá interromper de ofício.

§2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência
de instrução e julgamento independentemente de intimação.

Proc. Ordinário (regra): até 3 testemunhas para cada parte, podendo requerer a intimação
da testemunha faltante apenas alegando que convidou e a mesma não compareceu.

Proc. Sumaríssimo: até 2 testemunhas para cada parte e só posso requerer a intimação da
testemunha que eu chamei e não compareceu se eu comprovar o convite, seja por e-mail,
carta e etc (se chamei de boca, dificilmente conseguirá provar). Comprovado o meu convite,
o juiz manda intimar a testemunha e, nesse caso, teremos a 2ª hipótese de fracionamento
da audiência do proc. sumaríssimo.
§3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada,
deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá
determinar sua imediata condução coercitiva.

A diferença do p.o do p.s. é que no p.o. o juiz acredita em você, já no p.s. você deve
comprovar.

§4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida
prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear
perito.

3ª hipótese de fracionamento: se houver necessidade de prova técnica/pericial, pois levará


tempo para o perito realizar todo o trabalho imposto.

§6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de


cinco dias.

§7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no


prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da
causa.

Ou seja:

Regra do tempo do proc. sumaríssimo: prazo máximo 15 dias

Se interromper a audiência seja por excesso de documentos e o juiz me der prazo para
manifestar, se provado o convite e o juiz mandar intimar a testemunha ou se houver algum
pedido que envolva prova técnica: prazo máximo 30 dias

Se o juiz justificar nos autos algum motivo relevante fazendo com que o prazo máximo de
30 dias não alcance aquela reclamação, ela será prorrogada sem data marcada.

Art. 852-I, CLT. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo
dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.

Relatório: é o requisito básico de uma sentença, é um resumão de todo o processo.

§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.

Custas Processuais

São as despesas do processo


Possuem natureza de taxa que são devidas para o Estado em decorrência de sua atividade
jurisdicional.
Os valores das custas serão analisados a depender da fase que você esteja, ou na fase de
conhecimento ou na fase de execução.
Custas - Fase de Conhecimento

QUEM PAGA: VENCIDO


Reclamante: vencido quando ganha NADA, nenhum centavo.
Reclamado: quando ele perde qualquer coisa, até em sentenças parcialmente providas em
favor do reclamante

QUANTO PAGA: 2% em ordem - ACORDO ou CONDENAÇÃO ou VALOR DA CAUSA ou


JUIZ FIXAR (em caso de valores indeterminados)

MÍNIMO: R$ 10,64
MÁXIMO: 4x RGPS

QUANDO PAGA: AO FINAL, salvo interposição de recursos dentro do prazo

Art. 789, CLT. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao
processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o
mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão
calculadas:

I. quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor;

II. quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente
improcedente o pedido, sobre o valor da causa;

III. no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação


constitutiva, sobre o valor da causa;

IV. quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar.

§1º. As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No
caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do
prazo recursal.

§2º . Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das
custas processuais.

§3º. Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o
pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes.
Se no acordo não houver a previsão de quem ou como ficará arcada as custas, o juiz fixará
50% sobre o valor do acordo como custas para cada parte.
Na prática, as custas devem ser previstas em acordo como obrigação da reclamada.

§4º. Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo


pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente
do Tribunal.
Custas - Fase de Conhecimento

QUEM PAGA: EXECUTADO

QUANTO PAGA: art. 789-A CLT

QUANDO PAGA: AO FINAL

Art. 789-A,CLT. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade


do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela:

I. autos de arrematação, de adjudicação e de remição: 5% (cinco por cento) sobre o


respectivo valor, até o máximo de R$ 1.915,38 (um mil, novecentos e quinze reais e trinta
e oito centavos);

II. atos dos oficiais de justiça, por diligência certificada: em zona urbana: R$ 11,06
(onze reais e seis centavos);

b. em zona rural: R$ 22,13 (vinte e dois reais e treze centavos);

Quem não paga custas:

Art. 790-A, CLT. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça
gratuita:

I. a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e


fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica;

II. o Ministério Público do Trabalho.

Obs: Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista pagam

§ único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do


exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da
obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora.

Ex: OAB, CREA, CRECI, tudo pagam custas

Honorários Periciais

Art. 790-B, CLT. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.

§1º. Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

§2º. O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.


Antes da reforma trabalhista
Art. 790-B, CLT. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

PGR => ADI 5766: questiona a inconstitucionalidade desse final, pois se é beneficiária da
JG, como ele arcará com honorários periciais?

STF: declara a inconstitucionalidade integral desse dispositivo.

Se o STF publicar em acórdão a inconstitucionalidade integral do art. 790-B, ele voltará a


ser como era antes da reforma trabalhista. Se o STF atender ao pedido da PGR, só
modificará a parte final do artigo.

O STF declarará inconstitucional esse parágrafo e ele simplesmente deixará de existir,


fazendo com que os honorários periciais de beneficiários de JG sejam pagos pela União.

§1º. Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

Ou seja, CSJT => POFA + fixação de limite de honorários periciais

§2º. O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.

§3º . O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.
Os honorários periciais só são pagos AO FINAL.

Súmula nº 341 do TST


A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos
respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia.
Ou seja, Assistente Técnico é luxo…

Provas

Provas é o coração do processo.


ACORDO COLETIVO DE TRABALHO, CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO,
SENTENÇA NORMATIVA, REGULAMENTO EMPRESARIAL => DEVEM SER PROVADOS
EM JUÍZO

Ex: CFRB/88 adiciona 50% em horas extras, mas a Convenção Coletiva determina 70% de
adicional. Nesse caso, deverá ser provado em juízo, pois, logicamente, o juiz não vai saber
as disposições daquela Convenção.

Princípio da Comunhão da Prova / Aquisição Processual da Prova

Estabelece que sendo produzida a prova, ela se incorpora ao processo. Incorporando-se ao


processo, torna-se irrelevante que produziu aquela prova. A prova sai da esfera pessoal (de
quem produziu), tornando-se pertencente ao conjunto probatório. Podendo favorecer ou
prejudicar a parte que a produziu.

Art. 371, CPC. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.

Ônus da Prova

Pressupõe a insuficiência e/ou inexistência de provas no processo.

Art. 818, CLT. O ônus da prova incumbe: (teoria estática: quem alega prova)

I. ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II. ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo


ou extintivo do direito do reclamante.

Fato constitutivo: é aquele que vai dar origem a uma relação jurídica deduzida em juízo.

Teoria dinâmica do ônus da prova: consiste na possibilidade do julgador no caso concreto,


atribuir ônus da prova àquele que tem melhores condições de produzi-la. Ao invés de definir
uma forma fixa do ônus da prova, sua definição será feita no caso a caso, no caso concreto,
aplicando-se o princípio da aptidão para a prova.

Princípio da Aptidão para Prova: ao invés do famoso “quem alega prova” é o prova quem
pode.

Art. 818, §1º, CLT. Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos
deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus
que lhe foi atribuído.
Hipóteses que o juiz poderá inverter o ônus da prova:

Art. 818 §2º . A decisão referida no §1º deste artigo deverá ser proferida antes da
abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e
possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.

§3º . A decisão referida no §1º deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
Veda a prova diabólica

Obs: a teoria estática é REGRA e a teoria dinâmica EXCEÇÃO

Recursos

É o remédio voluntário apto a ensejar a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a


integração da decisão judicial que será impugnada.

► Quanto ao OBJETO (natureza)

→ORDINÁRIA: busca tutelar o direito SUBJETIVO da parte. Rediscussão AMPLA da


matéria impugnada.

→EXTRAORDINÁRIA: busca a tutela da própria LEI e sua correta aplicação. Não há


análise de FATOS e PROVAS.

Súmula nº 126 do TST. Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894,
"b", da CLT) para reexame de fatos e provas.
►Quanto a EXTENSÃO da matéria impugnada

→TOTAL O recurso pode ser de TODA a matéria que o recorrente foi sucumbente.

→PARCIAL impugnação somente de PARTE do objeto em que foi sucumbente a decisão.

►Quanto a INDEPENDÊNCIA ou SUBORDINAÇÃO

→PRINCIPAL é aquele que não é vinculado a nenhum outro recurso. É totalmente


INDEPENDENTE. EX: RO e AP.

→SUBORDINADO ou ADESIVO O recurso fica CONDICIONADO a admissibilidade de um


outro recurso (o principal).

Recurso Adesivo

→ Não há previsão legal na CLT sobre o recurso adesivo, de forma que se aplicam as
normas do CPC, de forma subsidiária (art. 997 CPC/2015).

A possibilidade de interpor um recurso na sua forma adesiva exige, dois requisitos:

1 - Sucumbência recíproca

2 - Interposição de recurso por uma das partes

Art. 997 CPC/2015. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com
observância das exigências legais.

§1º. Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o
outro.

§2º. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as


mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal,
salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:

I. será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de
que a parte dispõe para responder;

II. será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;

III. não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele
considerado inadmissível.

Súmula nº 283 do TST. O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e


cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de
agravo de petição, de revista e de embargos (ao TST), sendo desnecessário que a
matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte
contrária.

O recurso adesivo NÃO será recebido quando:

1 - Houver desistência do recurso principal;


2 – O recurso adesivo não preencher todos os pressupostos de admissibilidade;

3 – O recurso principal não for recebido.

No Processo do Trabalho, existe o duplo juízo de admissibilidade, ou seja, quando eu


interponho um recurso, ela passa por uma análise superficial dos requisitos de
admissibilidade pelo juízo a quo e depois passará de novo por uma análise definitiva pelo
juízo ad quem

Análise de admissibilidade:

Positiva: juízo a quo “aprova”, manda para o juízo ad quem que aprova tambm

Negativa: juízo a quo verifica que não foram preenchidos os requisitos de admissibilidade e,
por isso, ele tranca o seu recurso.

Quando juízo a quo tranca o seu recurso por não atender os requisitos de admissibilidade, o
juiz nega seguimento.
Quando o juiz nega o seguimento, eu posso interpor Agravo de Instrumento. O agravo de
instrumento no processo só tem uma finalidade: destrancar recurso trancado

Pressupostos Recursais

Só quero juízo a quo RIR


Receba o meu recurso
Intima a parte contrária para apresentar contrarrazões
Remeta o meu recurso para o tribunal
-Receba, Intima e Remeta

Os Pressupostos podem ser:

OBJETIVOS (extrínsecos)
→ recorribilidade do ato
→ adequação
→ tempestividade
→ preparo

CUSTAS + DEPÓSITO RECURSAL

Recurso sem preparo = Recurso Deserto

Depósito Recursal: possui natureza de garantia de juízo, portanto, você pode recorrer a
vontade, desde que garanta a o juízo.

Empregado/Reclamante não faz depósito recursal, só quem faz é o Empregador/Reclamado

Prazo para fazer o depósito recursal:


Súmula nº 245 do TST. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo
ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.

Salvo se for um recurso de Agravo de Instrumento.

Art. 899 §7º CLT. No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual
se pretende destrancar.
No mesmo dia se comprova.

Para onde vai o depósito recursal:


Art. 899, §4º CLT. O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido
com os mesmos índices da poupança.

§11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia
judicial.

Quanto se paga de Depósito Recursal:


A priori, o valor da condenação. Contudo, se o valor da condenação ultrapassar o teto do
valor daquele recurso estipulado pelo TST, devo pagar somente o teto.
Dessa forma eu garanto o juízo e posso interpor.

Obs: Agravo de Instrumento

Art. 899 §7º CLT. No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual
se pretende destrancar.

§8º. Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista


que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal
Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação
jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no §7º
deste artigo.

Art. 899, §9º, CLT. O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades
sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte.

OJ nº 140 SDI I TST. Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou


do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5
(cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não
complementar e comprovar o valor devido.

Art. 899, §10 CLT. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita,
as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.

→ regularidade de representação
Advogado deve sempre ter procuração juntada nos autos

SUBJETIVOS (intrínsecos) – estão relacionados às partes, apenas avaliam suas


características e aptidão para buscar a tutela jurisdicional naquela lide, são eles:

→ legitimidade (art. 966 do CPC)

→ capacidade

→ interesse (o recurso tem que ser útil e necessário)

Recurso Ordinário

Art. 895, CLT. Cabe recurso ordinário para a instância superior:

I. das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 dias; e


II. das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua
competência originária, no prazo de 8 dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios
coletivos.

Da sentença cabe RO e será julgado perante o TRT, mas na hipótese do II que o TRT é
como se fosse a 1ª instância, pois o processo começa nele, o RO será julgado pelo TST

Decisões definitivas: é quando ela julga procedente ou improcedente um pedido, é quando


ela enfrenta o mérito.
Decisões terminativas: é quando há uma extinção do processo sem o julgamento do mérito,
como o arquivamento.

Súmula 158 do TST. Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é


cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização
judiciária trabalhista.
A Ação Rescisória é de competência originária do TRT e, por isso, dessa decisão cabe RO
para TST. Ou seja, TRT não julga só recursos.

Também:
Súmula 201 do TST. decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança
cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do
Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de
contrariedade.

Recurso de Revista

→ quem aprecia é o TST, através de uma de suas TURMAS.


→ prazo: 8 dias.
→ o RR só vai resolver matéria de DIREITO, RR não revê matéria de fato.

No RR você só pode impugnar matéria de direito. O RR possui uma fundamentação


vinculada, pois a lei exige que o recorrente indique o vício específico da decisão
impugnada. Tem que sempre indicar os vícios!

Quais são os vícios?


Divergência jurisprudencial ou a violação da lei.

O RR só cabe contra acórdãos proferidos pelos TRT’s em grau de Recurso Ordinário. Ou


seja, só há o que se falar em RR se ele o processo seguir o seu trâmite “normal”, isto é, se
ele passou pela vara do trabalho.

Sentença do Juiz na vara do trabalho => RO para o TRT => RR para o TST

O RR será cabível quando demonstrada a:

╟ divergência jurisprudencial; ou

╟ violação literal de disposição de Lei Federal ou afronta direta à CF.


Divergência jurisprudencial:
É a existência de decisões CONFLITANTES. Ou seja, cada Tribunal interpreta um
dispositivo legal de modo diverso.

Art. 896 CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos
Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver
dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de
jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal
Federal;

OJ nº 111 SDI I TST. Não é servível ao conhecimento de recurso de revista aresto


oriundo de mesmo Tribunal Regional do Trabalho, salvo se o recurso houver sido
interposto anteriormente à vigência da Lei nº 9.756/98.

“Roupa suja se lava em casa”. Quando há divergências entre turmas internas do mesmo
TRT, não é cabível o RR. O RR só cabe quando há divergência entres TRT’s diferentes,
pois o TST tem a função de unificar a jurisprudência, tem a função de unificar o
entendimento nacional em sede de matéria trabalhista.

Quando há divergência dentro do mesmo tribunal, será resolvida internamente através do


Incidente de Uniformização perante os TRT´s, porém a Reforma revogou esse Incidente.
Porém, ainda é feito mesmo com a revogação, em virtude do art. 926 do CPC (princípio da
subsidiariedade). Nesse caso, cada Tribunal em seu Regimento Interno haverá a previsão
de como se dará esse mecanismo de “lavagem de roupa suja”.

Art. 896, §7º, CLT. A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se
considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do
Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho.
Ex: Danos Morais (já tem Súmula do TST que pacificou)
Art. 896 CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais
Regionais do Trabalho, quando:

b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho,


Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância
obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da
decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;

Ex: TRT1 e TRT5 com entendimentos diferentes sobre uma mesma Convenção Coletiva de
Trabalho => RR

OJ nº 147 SDI I TST I. É inadmissível o recurso de revista fundado tão-somente em


divergência jurisprudencial, se a parte não comprovar que a lei estadual, a norma coletiva
ou o regulamento da empresa extrapolam o âmbito do TRT prolator da decisão
recorrida.

Obs: Lei Municipal jamais se admite interposição em RR

Obs2: Lei Estadual só existe por conta do estado de São Paulo que possui 2 TRT’s. Se
houver divergência na lei estadual entre esses 2 TRT’s => RR

Recurso de Revista no Procedimento SUMARÍSSIMO

Decisão do TRT em RO, contrariar:

╟ CF (sempre vai caber, é a coringa)

╟ Súmula vinculante

╟ Súmula do TST

NÃO caberá RR no procedimento SUMARÍSSIMO, quando:

→ Violar LF
→ Houver DIVERGÊNCIA jurisprudencial
→ Contrariar OJ do TST
Recurso de Revista na Execução

Só quando ofender a Constituição

Súmula nº 266 do TST. A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão


proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na
execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de
violência direta à Constituição Federal.

Obs: Nas execuções FISCAIS e que envolva CNDT (certidão negativa de débitos
trabalhistas) caberá Recurso de Revista por violação:

╟CF

╟LF

╟Divergência jurisprudencial

*Procedimento Sumário (Lei 5584/70), é um procedimento de única instância e por isso, não
cabe nenhum recurso. Salvo se houver violação a CFRB/88 que caberá REx direito para o
STF.

Embargos ao TST

Eu já estou no TST…

► EMBARGOS INFRINGENTES

► EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

Embargos de Divergência

Se temos 8 turmas no TST que não pensam iguais, poderá haver decisões conflitantes
entre elas. Se você encontra divergência entre as turmas do TST, cabe Embargos de
Divergência ao TST. Os Embargos de Divergência serve para acabar com a divergência
interna que existe no TST.

- Trata-se de recurso de natureza extraordinária e vinculada.

- Veda-se o reexame de fatos e provas.

- Prazo: 8 dias úteis.

- A competência para julgamento é da SDI-I


Art. 894, CLT. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito)
dias:

II. das decisões das Turmas (do TST) que divergirem entre si ou das decisões proferidas
pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
Embargos Infringentes

1 – dissídio coletivo;

2 – competência originária do TST;

3 – decisão não unânime.

Art. 894, CLT. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito)
dias:

I. de decisão não unânime de julgamento que:

a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a


competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei;

É como se fosse criar um duplo grau interno, já que a ação começa no TST e então será
julgada pela SDC (Sessão de Dissídios Coletivos)

Agravo de Instrumento

Art. 897, CLT. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: ...


b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.

Nega seguimento, cabe Agravo de Instrumento. Só serve para destrancar recurso não
admitido pelo primeiro juízo.

FORMAÇÃO DO AI (art. 897 §5º I e II CLT)

I. cópia da decisão recorrida, certidão de intimação, procurações.

II. petição inicial, contestação e decisão originária (sentença).


III. comprovantes de depósito e de custas do recurso trancado e do próprio AI.

É importante saber essa formação, pois nem todos os tribunais possuem PJE

Cabe Juízo de Retratação no Agravo de Instrumento


Embargos de Declaração

Na CLT vem sempre escrita por completo, pois se só for escrito “embargos”, refere-se aos
embargos para o TST

Art. 897-A CLT. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de


cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente
a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos
casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos
pressupostos extrínsecos do recurso.

Sanar vícios de decisões omissas, obscuras, contraditórias e manifesto equívoco no exame


dos pressupostos extrínsecos do recurso (recorribilidade, adequação, tempestividade,
preparo…)

É um recurso de fundamentação vinculada e aplica-se também de forma supletiva o CPC.


A competência para os embargos declaratórios é do próprio juízo que prolatou a decisão.
Ou seja, não tem o duplo juízo de admissibilidade em embargos de declaração.

Prazo: 5 dias úteis

O artigo não fala obscuridade, mas como o CPC fala, podemos tranquilamente aplicar.

Em regra, os embargos de declaração não têm efeito modificativo. Ele só vai clarear a
decisão. Por isso, não existe contrarrazões de embargos de declaração. Contudo, se da
decisão dos embargos de declaração houver um efeito modificativo na decisão, o juiz deve
permitir sim a manifestação da parte contrária.

Súmula nº 278, TST. A natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos


declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado.

Art. 897-A, §2º, CLT. Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente
poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida
a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.

Deve sempre haver o contraditório prévio sob pena de nulidade dos embargos
declaratórios.

OJ nº 142 SDI I TST. É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração
com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à
parte contrária.

Embargos de Declaração interrompem os prazos de todos os outros recursos e e


interrompem para ambas as partes.

Art. 897-A, §3º, CLT. Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição
de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a
representação da parte ou ausente a sua assinatura.

Em uma dessas 3 hipóteses, não se interromperá os prazos.

Agravo de Petição
Art. 897, CLT. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;

§1º. O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente,


as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte
remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.

Súmula nº 416 do TST. Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria


e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento
da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo.

O agravo de petição é um recurso muito estrito e o que você não especificou no agravo de
petição, já era, será executado.

Se for só se discutir matéria de direito (ex: impenhorabilidade de bem de família),


logicamente, não terá que ter a delimitação de valores.

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