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DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA XX

PODER JUDICIÁRIO

Pessoal, esse assunto é um dos mais importantes para as provas de tribunais. Do


total de questõ es que analisamos para elaborar este material, o tema “poder
judiciá rio” é, certamente, o que possui maior nú mero de questõ es.

A fim de otimizar o seu estudo e, consequentemente, o seu desempenho,


recomendo que você mantenha o foco nos itens que tratam das disposiçõ es gerais,
do Supremo Tribunal Federal e do Supremo Tribunal de Justiça. Além destes
temas, é altamente recomendado que você tenha na ponta da língua as regras
atinentes ao tribunal a que se refere o concurso. Ou seja, se for concurso de
Tribunal Regional do Trabalho, é bastante prová vel que seja cobrada alguma coisa
sobre a Justiça do Trabalho; se for concurso de Tribunal Regional Eleitoral, é muito
prová vel que caia na prova alguma coisa sobre a Justiça Eleitoral.

Vamos começar, entã o, a ver o nosso assunto.

DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE O PODER JUDICIÁRIO

Órgãos do Poder Judiciário

Para a sua prova, você precisa saber que, de acordo com a Constituiçã o Federal, sã o
ó rgã os do Poder Judiciá rio:

I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

II - o Superior Tribunal de Justiça;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territó rios.

Como dissemos, é importantíssimo que você saiba essa lista (nã o precisa
necessariamente decorar, mas apenas conseguir identificar os ó rgã os). Dito isto,
precisamos chamar atençã o para alguns detalhes sobre esse rol de ó rgã os do
Poder Judiciá rio.

Em primeiro lugar, o Supremo Tribunal Federal (STF) é considerado o ó rgã o


má ximo na estrutura do Poder Judiciá rio. Entretanto, nã o existe hierarquia entre
os ministros dos tribunais superiores. Vou repetir: NÃ O existe hierarquia entre os
ministros dos tribunais superiores. Isso quer dizer que o ministro do STF nã o é
hierarquicamente superior ao ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), por
exemplo.

Em segundo lugar, precisamos saber que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é,


sim, ó rgã o do Poder Judiciá rio. Apesar disso, o CNJ tem natureza administrativa (e
nã o jurisdicional). Todos os demais ó rgã os do Judiciá rio possuem natureza
jurisdicional, exceto o CNJ, que possui natureza administrativa. Isso é muito
cobrado nas provas.

Em terceiro e ú ltimo lugar, precisamos observar que o Ministério Pú blico (MP) nã o


integra o Poder Judiciá rio. As provas também perguntam isso o tempo todo. Como
veremos adiante, o MP é tratado como funçã o essencial à justiça pela Constituiçã o
Federal, mas nã o integra nenhum dos três poderes do Estado.

Vamos prosseguir para as demais regras aplicá veis ao Poder Judiciá rio.

De acordo com a Constituiçã o, o Supremo Tribunal Federal e os demais tribunais


superiores têm sede na Capital Federal (no caso, Brasília). Além deles, o Conselho
Nacional de Justiça também tem sede na Capital Federal.

A Constituiçã o atribui ao Supremo Tribunal Federal e os demais tribunais


superiores jurisdiçã o em todo o territó rio nacional. Observe que essa regra nã o se
aplica ao Conselho Nacional de Justiça, já que se trata de ó rgã o com natureza
administrativa (logo, nã o tem jurisdiçã o), como mencionamos anteriormente.

Estatuto da Magistratura

A Constituiçã o Federal estabelece que uma lei complementar, de iniciativa do


Supremo Tribunal Federal, deverá dispor sobre o Estatuto da Magistratura. Por
exigência do texto constitucional, essa lei deverá ser complementar (e nã o
ordiná ria).

A lei complementar que estabelecer o Estatuto da Magistratura deverá observar


alguns princípios, sobre os quais falaremos abaixo:

I – o ingresso na carreira da magistratura deve ocorrer no cargo inicial de juiz


substituto. A entrada no cargo deve ocorrer mediante concurso pú blico de provas e
títulos, com a participaçã o da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
Obviamente, nas nomeaçõ es deve ser observada a ordem de classificaçã o;

II – a promoçã o de entrâ ncia para entrâ ncia deve ocorrer, alternadamente, por
antiguidade e merecimento. Entrâ ncia é, de forma resumida, o degrau na carreira
do juiz, se referindo à classificaçã o das comarcas que têm mais ou menos
processos. Ainda em relaçã o à promoçã o, as seguintes normas devem ser
observadas:
a) é obrigató ria a promoçã o do juiz que figure por três vezes consecutivas ou
cinco alternadas em lista de merecimento;

b) a promoçã o por merecimento pressupõ e dois anos de exercício na


respectiva entrâ ncia e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de
antiguidade desta, salvo se nã o houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago;

c) a aferiçã o do merecimento deve ser feita conforme o desempenho e pelos


critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdiçã o e
pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento;

d) na apuraçã o de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais


antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme
procedimento pró prio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votaçã o
até fixar-se a indicaçã o;

e) nã o será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu


poder além do prazo legal, nã o podendo devolvê-los ao cartó rio sem o
devido despacho ou decisã o;

III – o acesso do juiz aos tribunais de segundo grau (ou seja, a promoçã o a juiz de
segunda instâ ncia – cuidado para nã o confundir com entrâ ncia) também será feita
por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na ú ltima ou ú nica
entrâ ncia;

IV – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores deverá corresponder a 95%


do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal. Já os
subsídios dos demais magistrados serã o fixados em lei e escalonados, em nível
federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciá ria
nacional, nã o podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou
inferior a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais
Superiores;

V – o juiz titular deverá residir na respectiva comarca (ou seja, no lugar em que ele
exerce suas funçõ es), salvo se houver autorizaçã o do tribunal para ele morar em
outro lugar;

VI – o ato de remoçã o, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por


interesse pú blico, deve ser fundado em decisã o por voto da maioria absoluta do
respectivo tribunal (ao qual ele está vinculado) ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa. Veremos que uma das garantias dos juízes é a
inamovibilidade, que significa que o juiz nã o será removido (remanejado), exceto
por interesse pú blico;

VII – todos os julgamentos dos ó rgã os do Poder Judiciá rio serã o pú blicos, e
fundamentadas todas as decisõ es, sob pena de nulidade. No entanto, a lei pode
limitar a presença, em determinados atos, à s pró prias partes e a seus advogados,
ou somente aos advogados, em casos nos quais a preservaçã o do direito à
intimidade do interessado no sigilo nã o prejudique o interesse pú blico à
informaçã o;

VIII – as decisõ es administrativas dos tribunais serã o motivadas (justificadas) e em


sessã o pú blica, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de
seus membros;

IX – nos tribunais com nú mero superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído ó rgã o especial, com o mínimo de onze e o má ximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuiçõ es administrativas e jurisdicionais
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por
antiguidade e a outra metade por eleiçã o pelo tribunal pleno;

X – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos


juízos e tribunais de segundo grau. Além disso, nos dias em que nã o houver
expediente forense normal, os juízos e tribunais de segundo grau devem funcionar,
ficando juízes em plantã o permanente;

XI – o nú mero de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva


demanda judicial e à respectiva populaçã o;

XII – os servidores receberã o delegaçã o para a prá tica de atos de administraçã o e


atos de mero expediente sem cará ter decisó rio;

XIII – a distribuiçã o de processos será imediata, em todos os graus de jurisdiçã o.

Sugiro que você gaste alguns minutinhos tentando perceber os detalhes de cada
uma dessas regras. As provas costumam trocar ou omitir alguma palavra para
induzir o candidato a erro. Por isso, é importante que você esteja atento.

Quinto constitucional

Conforme o art. 94 da Constituiçã o Federal, um quinto dos lugares dos Tribunais


Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territó rios
será composto de membros, do Ministério Pú blico, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notó rio saber jurídico e de reputaçã o ilibada, com mais
de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos
ó rgã os de representaçã o das respectivas classes.

Recebidas as indicaçõ es, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder


Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para
nomeaçã o.

Vamos tentar esquematizar tudo que foi dito nos dois pará grafos acima de uma
forma mais didá tica.

Primeiramente, você precisa saber que alguns tribunais terã o 1/5 dos lugares
ocupados por membros do Ministério Pú blico e advogados. Como falamos, apenas
alguns (e nã o todos) os tribunais seguirã o a regra do quinto constitucional. Entã o,
a regra do quinto constitucional NÃ O se aplica aos seguintes tribunais:

 Superior Tribunal Federal;


 Superior Tribunal de Justiça (que tem uma regra parecida, mas nã o é 1/5);
 Tribunal Superior Eleitoral;
 Tribunal Regional Eleitoral;
 Superior Tribunal Militar.

No Superior Tribunal de Justiça, nã o sã o reservados 1/5 dos lugares, mas sim 1/3
para membros do Ministério Pú blico e advogados, como veremos oportunamente.

Se você observar, embora o art. 94 nã o fale nada sobre a Justiça do Trabalho, os


arts. 111-A e 115, ambos da Constituiçã o, estabelecem o quinto constitucional para
os Tribunais Regionais do Trabalho e para o Tribunal Superior do Trabalho.

Além disso, é importante perceber que nã o é qualquer membro do Ministério


Pú blico ou qualquer advogado que poderá ocupar cadeira nos tribunais. Para o
membro do Ministério Pú blico, a Constituiçã o exige que ele tenha mais de 10 anos
de carreira. Para o advogado, a norma constitucional exige que ele tenha mais de
10 anos de efetiva atividade profissional, notó rio saber jurídico e reputaçã o
ilibada.

Garantias e vedações dos juízes

Para que possam desempenhar suas atribuiçõ es com independência, a


Constituiçã o Federal atribui algumas garantias aos juízes. Além disso, para garantir
uma atuaçã o imparcial, algumas vedaçõ es também sã o estabelecidas.

Conforme o art. 95 da Constituiçã o, os juízes gozam das seguintes garantias:

 Vitaliciedade – no primeiro grau (que é o caso do juiz que ingressa por


concurso pú blico), a vitaliciedade só será adquirida apó s dois anos de
exercício. Antes de adquirir a vitaliciedade, o juiz pode perder o cargo por
deliberaçã o do tribunal a que estiver vinculado. Apó s a aquisiçã o da
vitaliciedade, o juiz somente poderá perder o cargo por sentença judicial
transitada em julgado (ou seja, da qual nã o cabe mais nenhum recurso).

É importante chamar atençã o para o caso dos advogados e membros do Ministério


Pú blico que se tornam desembargadores, ocupando lugares nos Tribunais (como é
o caso do quinto constitucional, que vimos há pouco). Como eles ingressam
diretamente no segundo grau, a vitaliciedade é adquirida imediatamente.

 Inamovibilidade – os juízes nã o podem ser removidos ou transferidos de


localidade, salvo por motivo de interesse pú blico. Obviamente, também é
possível a transferência a pedido do juiz, apesar de a Constituiçã o nã o falar
expressamente nisso. Isso visa a garantir que o juiz possa desempenhar
suas funçõ es com independência, sem medo de ser mandado para outro
local caso desagrade alguém.
Perceba que, ao contrá rio da vitaliciedade, a inamovibilidade é uma garantia que se
aplica de imediato a todos os juízes, nã o havendo necessidade de esperar o prazo
de dois anos.

 Irredutibilidade de subsídio – o juiz nã o pode ter seu salá rio nominal


reduzido, salvo se estiver recebendo valores acima do teto remunerató rio,
porque isso configuraria violaçã o à Constituiçã o (nesta hipó tese, o salá rio
será ajustado para que ele receba, no má ximo, o valor do teto
remunerató rio do serviço pú blico).

Se por um lado a Constituiçã o prevê garantias, por outro ela também estabelece
algumas vedaçõ es. É vedado aos juízes:

 exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funçã o, salvo uma de


magistério;

 receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participaçã o em processo;

 dedicar-se à atividade político-partidá ria;

 receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuiçõ es de pessoas


físicas, entidades pú blicas ou privadas, ressalvadas as exceçõ es previstas
em lei;

 exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de


decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneraçã o.

Competência dos tribunais

Veremos mais à frente as competências jurisdicionais de cada ó rgã o do judiciá rio.


No entanto, estes ó rgã os também apresentam algumas competências
administrativas, sobre as quais estudaremos agora.

Compete privativamente aos tribunais:

a) eleger seus ó rgã os diretivos e elaborar seus regimentos internos, com


observâ ncia das normas de processo e das garantias processuais das partes,
dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos ó rgã os
jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes


forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional
respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituiçã o, os cargos de juiz de carreira


da respectiva jurisdiçã o;
d) propor a criaçã o de novas varas judiciá rias;

e) prover, por concurso pú blico de provas, ou de provas e títulos, os cargos


necessá rios à administraçã o da Justiça, exceto os de confiança assim
definidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes


e servidores que lhes forem imediatamente vinculados.

Compete ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais


de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo:

a) a alteraçã o do nú mero de membros dos tribunais inferiores;

b) a criaçã o e a extinçã o de cargos e a remuneraçã o dos seus serviços


auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixaçã o do
subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores,
onde houver;

c) a criaçã o ou extinçã o dos tribunais inferiores;

d) a alteraçã o da organizaçã o e da divisã o judiciá rias.

Por fim, temos que saber que compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes
estaduais e do Distrito Federal e Territó rios, bem como os membros do Ministério
Pú blico, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral.

Declaração de inconstitucionalidade pelos tribunais

Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do


respectivo ó rgã o especial poderã o os tribunais declarar a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo do Poder Pú blico.

Juizados especiais e justiça de paz

A Constituiçã o Federal estabelece que a Uniã o, no Distrito Federal e nos


Territó rios, e os Estados deverã o criar:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos (juiz togado
é o juiz aprovado em concurso pú blico da magistratura). É importante saber que os
juizados especiais possuem cará ter jurisdicional;

II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadã os eleitos pelo voto direto,


universal e secreto, com mandato de quatro anos. É importantíssimo saber que a
justiça de paz nã o possui cará ter jurisdicional (até porque ela é composta de
cidadã os – e nã o de juízes propriamente ditos).
A justiça de paz competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar,
de ofício ou em face de impugnaçã o apresentada, o processo de habilitaçã o e
exercer atribuiçõ es conciliató rias, sem cará ter jurisdicional, além de outras
previstas na legislaçã o.

Custas e emolumentos

As custas e emolumentos serã o destinados exclusivamente ao custeio dos serviços


afetos à s atividades específicas da Justiça. Ou seja, elas nã o podem ser destinadas a
nenhuma outra finalidade.

Orçamento

A Constituiçã o Federal assegura autonomia administrativa e financeira ao Poder


Judiciá rio.

Os tribunais (cada um deles) elaborarã o suas propostas orçamentá rias dentro dos
limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes
orçamentá rias.

Curiosidade: basicamente, existem três leis orçamentá rias no Brasil. O Plano


Plurianual (PPA) estabelece normas gerais para o período de quatro anos. A Lei de
Diretrizes Orçamentá rias (LDO) é elaborada anualmente e, em suma, estabelece
regras para a elaboraçã o dos orçamentos de cada ente. Por fim, a Lei
Orçamentá ria Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito, sendo nela que se
estabelecem os valores que cada ente poderá gastar. Observe que o PPA é mais
genérico do que a LDO e do que a LOA. A LDO é mais genérica do que a LOA, que,
por sua vez, é a mais específica de todas. Nã o precisa se preocupar em decorar
isso. Coloquei esse quadro apenas para que você possa entender um pouco
melhor.

O encaminhamento da proposta orçamentá ria, apó s ouvidos os outros tribunais


interessados, compete:

 no â mbito da Uniã o, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos


Tribunais Superiores, com a aprovaçã o dos respectivos tribunais;

 no â mbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territó rios, aos


Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovaçã o dos respectivos
tribunais.

Se os ó rgã os referidos nã o encaminharem as respectivas propostas orçamentá rias


dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentá rias, o Poder Executivo
irá considerar os valores já aprovados na lei orçamentá ria do ano corrente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentá rias.
Em outras palavras, o Poder Executivo irá repetir o orçamento do Poder Judiciá rio
daquele ente.
Precatórios

O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar


ou tentar frustrar a liquidaçã o regular de precató rios incorrerá em crime de
responsabilidade e responderá , também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precató rios a


terceiros, independentemente da concordâ ncia do devedor.

A seu critério exclusivo e na forma de lei, a Uniã o poderá assumir débitos, oriundos
de precató rios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os
diretamente.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PAREI AQUI

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõ e-se de onze Ministros, escolhidos
dentre cidadã os com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notá vel saber jurídico e reputaçã o ilibada.

Pará grafo ú nico. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serã o nomeados pelo
Presidente da Repú blica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituiçã o, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

a) a açã o direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou


estadual e a açã o declarató ria de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal; (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

b) nas infraçõ es penais comuns, o Presidente da Repú blica, o Vice-Presidente, os


membros do Congresso Nacional, seus pró prios Ministros e o Procurador-Geral da
Repú blica;

c) nas infraçõ es penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de


Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeroná utica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de
Contas da Uniã o e os chefes de missã o diplomá tica de cará ter permanente;
(Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas
anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da
Repú blica, das Mesas da Câ mara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal
de Contas da Uniã o, do Procurador-Geral da Repú blica e do pró prio Supremo
Tribunal Federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a Uniã o, o
Estado, o Distrito Federal ou o Territó rio;

f) as causas e os conflitos entre a Uniã o e os Estados, a Uniã o e o Distrito Federal,


ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administraçã o indireta;

g) a extradiçã o solicitada por Estado estrangeiro;

h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o


paciente for autoridade ou funcioná rio cujos atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdiçã o do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma
jurisdiçã o em uma ú nica instâ ncia; (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº
22, de 1999)

j) a revisã o criminal e a açã o rescisó ria de seus julgados;

l) a reclamaçã o para a preservaçã o de sua competência e garantia da autoridade de


suas decisõ es;

m) a execuçã o de sentença nas causas de sua competência originá ria, facultada a


delegaçã o de atribuiçõ es para a prá tica de atos processuais;

n) a açã o em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente


interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer


tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

p) o pedido de medida cautelar das açõ es diretas de inconstitucionalidade;

q) o mandado de injunçã o, quando a elaboraçã o da norma regulamentadora for


atribuiçã o do Presidente da Repú blica, do Congresso Nacional, da Câ mara dos
Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do
Tribunal de Contas da Uniã o, de um dos Tribunais Superiores, ou do pró prio
Supremo Tribunal Federal;

r) as açõ es contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do


Ministério Pú blico; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II - julgar, em recurso ordiná rio:

a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de


injunçã o decididos em ú nica instâ ncia pelos Tribunais Superiores, se denegató ria a
decisã o;
b) o crime político;

III - julgar, mediante recurso extraordiná rio, as causas decididas em ú nica ou


ú ltima instâ ncia, quando a decisã o recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituiçã o;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar vá lida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituiçã o.

d) julgar vá lida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1.º A argü içã o de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta


Constituiçã o, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
(Transformado do pará grafo ú nico em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de
17/03/93)

§ 2º As decisõ es definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal,


nas açõ es diretas de inconstitucionalidade e nas açõ es declarató rias de
constitucionalidade produzirã o eficá cia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais ó rgã os do Poder Judiciá rio e à administraçã o pú blica
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. (Redaçã o dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º No recurso extraordiná rio o recorrente deverá demonstrar a repercussã o


geral das questõ es constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de
que o Tribunal examine a admissã o do recurso, somente podendo recusá -lo pela
manifestaçã o de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 103. Podem propor a açã o direta de inconstitucionalidade e a açã o


declarató ria de constitucionalidade: (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)

I - o Presidente da Repú blica;

II - a Mesa do Senado Federal;

III - a Mesa da Câ mara dos Deputados;

IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câ mara Legislativa do Distrito Federal;


(Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redaçã o dada pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004)

VI - o Procurador-Geral da Repú blica;


VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII - partido político com representaçã o no Congresso Nacional;

IX - confederaçã o sindical ou entidade de classe de â mbito nacional.

§ 1º O Procurador-Geral da Repú blica deverá ser previamente ouvido nas açõ es de


inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo
Tribunal Federal.

§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissã o de medida para tornar efetiva


norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoçã o das
providências necessá rias e, em se tratando de ó rgã o administrativo, para fazê-lo
em trinta dias.

§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese,


de norma legal ou ato normativo, citará , previamente, o Advogado-Geral da Uniã o,
que defenderá o ato ou texto impugnado.

§ 4.º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá , de ofício ou por provocaçã o,


mediante decisã o de dois terços dos seus membros, apó s reiteradas decisõ es sobre
matéria constitucional, aprovar sú mula que, a partir de sua publicaçã o na
imprensa oficial, terá efeito vinculante em relaçã o aos demais ó rgã os do Poder
Judiciá rio e à administraçã o pú blica direta e indireta, nas esferas federal, estadual
e municipal, bem como proceder à sua revisã o ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º A sú mula terá por objetivo a validade, a interpretaçã o e a eficá cia de normas


determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre ó rgã os judiciá rios ou
entre esses e a administraçã o pú blica que acarrete grave insegurança jurídica e
relevante multiplicaçã o de processos sobre questã o idêntica. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovaçã o, revisã o ou


cancelamento de sú mula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a
açã o direta de inconstitucionalidade.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)

§ 3º Do ato administrativo ou decisã o judicial que contrariar a sú mula aplicá vel ou


que indevidamente a aplicar, caberá reclamaçã o ao Supremo Tribunal Federal que,
julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisã o judicial
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicaçã o da
sú mula, conforme o caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõ e-se de 15 (quinze) membros
com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) reconduçã o, sendo: (Redaçã o
dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redaçã o dada pela Emenda


Constitucional nº 61, de 2009)

II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo


tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal


Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de


Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do


Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

X um membro do Ministério Pú blico da Uniã o, indicado pelo Procurador-Geral da


Repú blica; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XI um membro do Ministério Pú blico estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da


Repú blica dentre os nomes indicados pelo ó rgã o competente de cada instituiçã o
estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XIII dois cidadã os, de notá vel saber jurídico e reputaçã o ilibada, indicados um pela
Câ mara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas


suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal
Federal. (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
§ 2º Os demais membros do Conselho serã o nomeados pelo Presidente da
Repú blica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
(Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

§ 3º Nã o efetuadas, no prazo legal, as indicaçõ es previstas neste artigo, caberá a


escolha ao Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)

§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuaçã o administrativa e financeira do


Poder Judiciá rio e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe,
além de outras atribuiçõ es que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciá rio e pelo cumprimento do Estatuto da


Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no â mbito de sua
competência, ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)

II - zelar pela observâ ncia do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocaçã o, a


legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou ó rgã os do Poder
Judiciá rio, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as
providências necessá rias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da
competência do Tribunal de Contas da Uniã o; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

III receber e conhecer das reclamaçõ es contra membros ou ó rgã os do Poder


Judiciá rio, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e ó rgã os
prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegaçã o do poder
pú blico ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional
dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a
remoçã o, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sançõ es administrativas,
assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV representar ao Ministério Pú blico, no caso de crime contra a administraçã o


pú blica ou de abuso de autoridade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

V rever, de ofício ou mediante provocaçã o, os processos disciplinares de juízes e


membros de tribunais julgados há menos de um ano; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

VI elaborar semestralmente relató rio estatístico sobre processos e sentenças


prolatadas, por unidade da Federaçã o, nos diferentes ó rgã os do Poder Judiciá rio;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VII elaborar relató rio anual, propondo as providências que julgar necessá rias,
sobre a situaçã o do Poder Judiciá rio no País e as atividades do Conselho, o qual
deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser
remetida ao Congresso Nacional, por ocasiã o da abertura da sessã o legislativa.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a funçã o de Ministro-


Corregedor e ficará excluído da distribuiçã o de processos no Tribunal,
competindo-lhe, além das atribuiçõ es que lhe forem conferidas pelo Estatuto da
Magistratura, as seguintes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I receber as reclamaçõ es e denú ncias, de qualquer interessado, relativas aos


magistrados e aos serviços judiciá rios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)

II exercer funçõ es executivas do Conselho, de inspeçã o e de correiçã o geral;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuiçõ es, e requisitar


servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e
Territó rios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 6º Junto ao Conselho oficiarã o o Procurador-Geral da Repú blica e o Presidente do


Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

§ 7º A Uniã o, inclusive no Distrito Federal e nos Territó rios, criará ouvidorias de


justiça, competentes para receber reclamaçõ es e denú ncias de qualquer
interessado contra membros ou ó rgã os do Poder Judiciá rio, ou contra seus
serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Seçã o III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõ e-se de, no mínimo, trinta e três
Ministros.

Pará grafo ú nico. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serã o nomeados pelo
Presidente da Repú blica, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de
sessenta e cinco anos, de notá vel saber jurídico e reputaçã o ilibada, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redaçã o
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre


desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada
pelo pró prio Tribunal;

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Pú blico


Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territó rios, alternadamente, indicados na
forma do art. 94.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes


e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e
do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios e os do Ministério Pú blico da Uniã o que oficiem perante tribunais;

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado,


dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeroná utica ou do pró prio
Tribunal; (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas


mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdiçã o,
Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeroná utica,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redaçã o dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 1999)

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no


art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele nã o vinculados e entre juízes
vinculados a tribunais diversos;

e) as revisõ es criminais e as açõ es rescisó rias de seus julgados;

f) a reclamaçã o para a preservaçã o de sua competência e garantia da autoridade de


suas decisõ es;

g) os conflitos de atribuiçõ es entre autoridades administrativas e judiciá rias da


Uniã o, ou entre autoridades judiciá rias de um Estado e administrativas de outro ou
do Distrito Federal, ou entre as deste e da Uniã o;

h) o mandado de injunçã o, quando a elaboraçã o da norma regulamentadora for


atribuiçã o de ó rgã o, entidade ou autoridade federal, da administraçã o direta ou
indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos
ó rgã os da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça
Federal;

i) a homologaçã o de sentenças estrangeiras e a concessã o de exequatur à s cartas


rogató rias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II - julgar, em recurso ordiná rio:

a) os habeas corpus decididos em ú nica ou ú ltima instâ ncia pelos Tribunais


Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territó rios, quando a decisã o for denegató ria;
b) os mandados de segurança decididos em ú nica instâ ncia pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territó rios, quando denegató ria a decisã o;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional,


de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em ú nica ou ú ltima instâ ncia,
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territó rios, quando a decisã o recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar vá lido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redaçã o
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

c) der a lei federal interpretaçã o divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.

Pará grafo ú nico. Funcionarã o junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redaçã o dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - a Escola Nacional de Formaçã o e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe,


dentre outras funçõ es, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoçã o
na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a


supervisã o administrativa e orçamentá ria da Justiça Federal de primeiro e segundo
graus, como ó rgã o central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisõ es
terã o cará ter vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Seçã o IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art. 106. Sã o ó rgã os da Justiça Federal:

I - os Tribunais Regionais Federais;

II - os Juízes Federais.

Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõ em-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva regiã o e nomeados pelo Presidente da
Repú blica dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos,
sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade


profissional e membros do Ministério Pú blico Federal com mais de dez anos de
carreira;
II - os demais, mediante promoçã o de juízes federais com mais de cinco anos de
exercício, por antigü idade e merecimento, alternadamente.

§ 1º A lei disciplinará a remoçã o ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais


Federais e determinará sua jurisdiçã o e sede. (Renumerado do pará grafo ú nico,
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarã o a justiça itinerante, com a


realizaçã o de audiências e demais funçõ es da atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdiçã o, servindo-se de equipamentos pú blicos e
comunitá rios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderã o funcionar descentralizadamente,


constituindo Câ maras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:

I - processar e julgar, originariamente:

a) os juízes federais da á rea de sua jurisdiçã o, incluídos os da Justiça Militar e da


Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do
Ministério Pú blico da Uniã o, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisõ es criminais e as açõ es rescisó rias de julgados seus ou dos juízes


federais da regiã o;

c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do pró prio Tribunal ou


de juiz federal;

d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;

II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos


juízes estaduais no exercício da competência federal da á rea de sua jurisdiçã o.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a Uniã o, entidade autá rquica ou empresa pú blica federal forem
interessadas na condiçã o de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou


pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da Uniã o com Estado estrangeiro
ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infraçõ es penais praticadas em detrimento de bens,


serviços ou interesse da Uniã o ou de suas entidades autá rquicas ou empresas
pú blicas, excluídas as contravençõ es e ressalvada a competência da Justiça Militar
e da Justiça Eleitoral;

V - os crimes previstos em tratado ou convençã o internacional, quando, iniciada a


execuçã o no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI - os crimes contra a organizaçã o do trabalho e, nos casos determinados por lei,


contra o sistema financeiro e a ordem econô mico-financeira;

VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o


constrangimento provier de autoridade cujos atos nã o estejam diretamente
sujeitos a outra jurisdiçã o;

VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal,


excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência


da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execuçã o de


carta rogató ria, apó s o "exequatur", e de sentença estrangeira, apó s a
homologaçã o, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opçã o, e
à naturalizaçã o;

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

§ 1º As causas em que a Uniã o for autora serã o aforadas na seçã o judiciá ria onde
tiver domicílio a outra parte.

§ 2º As causas intentadas contra a Uniã o poderã o ser aforadas na seçã o judiciá ria
em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que
deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito
Federal.

§ 3º Serã o processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos


segurados ou beneficiá rios, as causas em que forem parte instituiçã o de
previdência social e segurado, sempre que a comarca nã o seja sede de vara do
juízo federal, e, se verificada essa condiçã o, a lei poderá permitir que outras causas
sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§ 4º Na hipó tese do pará grafo anterior, o recurso cabível será sempre para o
Tribunal Regional Federal na á rea de jurisdiçã o do juiz de primeiro grau.

§ 5º Nas hipó teses de grave violaçã o de direitos humanos, o Procurador-Geral da


Repú blica, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigaçõ es
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja
parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do
inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seçã o
judiciá ria que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o
estabelecido em lei.

Pará grafo ú nico. Nos Territó rios Federais, a jurisdiçã o e as atribuiçõ es cometidas
aos juízes federais caberã o aos juízes da justiça local, na forma da lei.

Seçã o V
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO

Art. 111. Sã o ó rgã os da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juizes do Trabalho. (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

§§ 1º a 3º (Revogados pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros,


escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos, nomeados pelo Presidente da Repú blica apó s aprovaçã o pela maioria
absoluta do Senado Federal, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade


profissional e membros do Ministério Pú blico do Trabalho com mais de dez anos
de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da


magistratura da carreira, indicados pelo pró prio Tribunal Superior. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.(Incluído


pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Funcionarã o junto ao Tribunal Superior do Trabalho: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

I a Escola Nacional de Formaçã o e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho,


cabendo-lhe, dentre outras funçõ es, regulamentar os cursos oficiais para o
ingresso e promoçã o na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei,


a supervisã o administrativa, orçamentá ria, financeira e patrimonial da Justiça do
Trabalho de primeiro e segundo graus, como ó rgã o central do sistema, cujas
decisõ es terã o efeito vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas nã o
abrangidas por sua jurisdiçã o, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do T rabalho. (Redaçã o dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 113. A lei disporá sobre a constituiçã o, investidura, jurisdiçã o, competência,


garantias e condiçõ es de exercício dos ó rgã os da Justiça do Trabalho.(Redaçã o
dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redaçã o dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I as açõ es oriundas da relaçã o de trabalho, abrangidos os entes de direito pú blico


externo e da administraçã o pú blica direta e indireta da Uniã o, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

II as açõ es que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004)

III as açõ es sobre representaçã o sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e


trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato


questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdiçã o; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

V os conflitos de competência entre ó rgã os com jurisdiçã o trabalhista, ressalvado o


disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI as açõ es de indenizaçã o por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relaçã o


de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VII as açõ es relativas à s penalidades administrativas impostas aos empregadores
pelos ó rgã os de fiscalizaçã o das relaçõ es de trabalho; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

VIII a execuçã o, de ofício, das contribuiçõ es sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e
seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX outras controvérsias decorrentes da relaçã o de trabalho, na forma da lei.


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º Frustrada a negociaçã o coletiva, as partes poderã o eleger á rbitros.

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociaçã o coletiva ou à arbitragem, é


facultado à s mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econô mica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposiçõ es mínimas legais de proteçã o ao trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente. (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesã o do


interesse pú blico, o Ministério Pú blico do Trabalho poderá ajuizar dissídio
coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redaçã o dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõ em-se de, no mínimo, sete
juízes, recrutados, quando possível, na respectiva regiã o, e nomeados pelo
Presidente da Repú blica dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta
e cinco anos, sendo: (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade


profissional e membros do Ministério Pú blico do Trabalho com mais de dez anos
de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Redaçã o dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

II os demais, mediante promoçã o de juízes do trabalho por antigü idade e


merecimento, alternadamente. (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarã o a justiça itinerante, com a


realizaçã o de audiências e demais funçõ es de atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdiçã o, servindo-se de equipamentos pú blicos e
comunitá rios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderã o funcionar descentralizadamente,


constituindo Câ maras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdiçã o será exercida por um juiz singular.
(Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Pará grafo ú nico. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Art. 117. e Pará grafo ú nico. (Revogados pela Emenda Constitucional nº 24, de
1999)

Seçã o VI
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS

Art. 118. Sã o ó rgã os da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á , no mínimo, de sete membros,


escolhidos:

I - mediante eleiçã o, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeaçã o do Presidente da Repú blica, dois juízes dentre seis advogados de
notá vel saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal
Federal.

Pará grafo ú nico. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor
Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no


Distrito Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ã o:

I - mediante eleiçã o, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;


II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no
Distrito Federal, ou, nã o havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo
Tribunal Regional Federal respectivo;

III - por nomeaçã o, pelo Presidente da Repú blica, de dois juízes dentre seis
advogados de notá vel saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal
de Justiça.

§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente-


dentre os desembargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organizaçã o e competência dos


tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas


eleitorais, no exercício de suas funçõ es, e no que lhes for aplicá vel, gozarã o de
plenas garantias e serã o inamovíveis.

§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirã o por dois
anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os
substitutos escolhidos na mesma ocasiã o e pelo mesmo processo, em nú mero igual
para cada categoria.

§ 3º Sã o irrecorríveis as decisõ es do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que


contrariarem esta Constituiçã o e as denegató rias de habeas corpus ou mandado de
segurança.

§ 4º Das decisõ es dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso


quando:

I - forem proferidas contra disposiçã o expressa desta Constituiçã o ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretaçã o de lei entre dois ou mais tribunais


eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expediçã o de diplomas nas eleiçõ es federais


ou estaduais;

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou


estaduais;

V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de


injunçã o.

Seçã o VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES

Art. 122. Sã o ó rgã os da Justiça Militar:


I - o Superior Tribunal Militar;

II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.

Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios,


nomeados pelo Presidente da Repú blica, depois de aprovada a indicaçã o pelo
Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre
oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeroná utica, todos da
ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.

Pará grafo ú nico. Os Ministros civis serã o escolhidos pelo Presidente da Repú blica
dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:

I - três dentre advogados de notó rio saber jurídico e conduta ilibada, com mais de
dez anos de efetiva atividade profissional;

II - dois, por escolha paritá ria, dentre juízes auditores e membros do Ministério
Pú blico da Justiça Militar.

Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos
em lei.

Pará grafo ú nico. A lei disporá sobre a organizaçã o, o funcionamento e a


competência da Justiça Militar.

Seçã o VIII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Art. 125. Os Estados organizarã o sua Justiça, observados os princípios


estabelecidos nesta Constituiçã o.

§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituiçã o do Estado, sendo a


lei de organizaçã o judiciá ria de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 2º Cabe aos Estados a instituiçã o de representaçã o de inconstitucionalidade de


leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituiçã o Estadual,
vedada a atribuiçã o da legitimaçã o para agir a um ú nico ó rgã o.

§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça


Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos
Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo pró prio Tribunal de Justiça, ou por
Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a
vinte mil integrantes. (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados,


nos crimes militares definidos em lei e as açõ es judiciais contra atos disciplinares
militares, ressalvada a competência do jú ri quando a vítima for civil, cabendo ao
tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da
graduaçã o das praças. (Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar,
singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as açõ es judiciais
contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a
presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo


Câ maras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça
em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realizaçã o de


audiências e demais funçõ es da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdiçã o, servindo-se de equipamentos pú blicos e comunitá rios.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 126. Para dirimir conflitos fundiá rios, o Tribunal de Justiça proporá a criaçã o
de varas especializadas, com competência exclusiva para questõ es agrá rias.
(Redaçã o dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Pará grafo ú nico. Sempre que necessá rio à eficiente prestaçã o jurisdicional, o juiz
far-se-á presente no local do litígio.

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